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CATALÃO/GOIÁS
FEVEREIRO/2018
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CATALÃO/GOIÁS
FEVEREREIRO/2018
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3
3
Dedico este trabalho ao meu pai e maior exemplo, Ronaldo Mamede Silva, que
não pôde ver este trabalho pronto, mas foi lembrado em cada página.
4
3
AGRADECIMENTOS
5
6
RESUMO
7
8
ABSTRACT
Transportation in mining enterprises is essentially carried out by dump trucks, both road and
off road, which requires the construction and maintenance of access roads to the mining fronts
for these equipments. Operating expenses on transportation equipment are largely derived from
the fuel and lubricants consumed and parts and components subjected to constant wear such as
tires and coatings. In this way, the correct sizing of the roads where these trucks operate
contribute to the reduction of the wear of its mechanical components and the consumption of
fuel. The present work proposes to approach a broad bibliographic review on the design of
access roads, and to carry out the structural design of a mining company, with an analysis of
the materials available in the mine and possible mixtures to be made for the composition of the
(CBR), usually applied in mining and the National Department of Roadways (DNER), current
National Department of Transport Infrastructure (DNIT) for roadways. The results obtained by
the two methods differed in terms of coating thickness, base and sub-base, and it was possible
to expose the direct application of the CBR and the necessary adaptations to the use of DNER
in mining projects, analyzing the points of sensitivity of each method, in relation to sub-base
and base, respectively.
Keywords: Mine access roads. Mining roads. Surface coating. Structural Sizing.
8
9
LISTA DE FIGURAS
10
11
LISTA DE QUADROS
11
12
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 14
2 OBJETIVOS ................................................................................................................... 16
3 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................... 17
12
13
5 METODOLOGIA .......................................................................................................... 47
7 CONCLUSÕES .............................................................................................................. 71
8 REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 72
13
14
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
3 JUSTIFICATIVA
4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A NBR 10182 (ABNT, 1998) define o termo acesso de mina como sendo uma via
inclinada para acesso principal aos diversos bancos de uma mina a céu aberto, sendo de extrema
importância na operação.
Neste trabalho, vias de acesso e estradas de mina serão utilizados como sinônimos e de
forma abrangente para designar o acesso de pessoas, veículos e equipamentos a diferentes áreas
dentro do empreendimento mineiro, como o tráfego de cargas entre bancadas, a instalações de
beneficiamento mineral, a pilhas de estoque de produtos e a pilhas de disposição de estéril.
O termo pavimento (Figura 1) é definido por Santana (1993) como uma estrutura
construída sobre a superfície obtida pelos serviços de terraplanagem com a função principal de
fornecer ao usuário segurança e conforto, que devem ser conseguidos sob o ponto de vista da
engenharia, isto é, com a máxima qualidade e o mínimo custo.
Sendo assim, para a obtenção de uma via de acesso que atenda aos requisitos de um
pavimento é de suma importância que se tenha conhecimento das condições que serão impostas
na via e assim possibilitar o trânsito de veículos de forma cômoda e segura, devendo resistir aos
esforços decorrentes do tráfego, apresentando alta durabilidade.
19
É sabido que o Plano de Cava Final é estabelecido no Planejamento de Longo Prazo sob
critérios da conformação final dos bancos, sem informações sobre os acessos. E a medida que
esse planejamento é detalhado, até se tornar de Curto Prazo surgem as informações úteis para a
construção das vias, e o traçado é definido seguindo critérios construtivos e operacionais, se
adequando ao espaço deixado.
20
𝟐
𝑫𝒑 = 𝟏⁄ 𝒈𝒕𝟐 𝒔𝒊𝒏 𝜽 + 𝑽 𝒕 + [ (𝒈𝒕 𝒔𝒊𝒏 𝜽+𝒗𝒐) ]
𝟐 𝟎 (𝟐𝒈(𝒇− 𝒔𝒊𝒏 𝜽) (1)
Onde:
g = aceleração da gravidade (m/s2);
t = tempo de parada (s);
θ = grade da rampa, positivo para baixo (graus);
f = coeficiente de atrito do pneu (contato estrada/pneu);
vo = velocidade do veículo (m/s);
As características particulares dos materiais que constituem os acessos, assim como a sua
condição (seca ou úmida), influenciam diretamente o coeficiente de atrito do pneu (f). O Quadro
2 a seguir estabelece valores de coeficiente de atrito de acordo com a natureza da pista.
𝟐𝟖, 𝟔𝟓 ∗ 𝑫𝒑
𝑴 = 𝑹 ∗ [ 𝟏 − 𝒄𝒐𝒔( ] (2)
)
𝑹
Onde:
M = afastamento horizontal mínimo (m);
R = raio de curvatura (m);
Dp = distância de parada (m).
A determinação do comprimento ideal da curva vertical (L) pode ser realizada pelas
equações 3 e 4.
𝟐
𝑳 =[ ∆𝑮∗𝑫𝒑 ] , se Dp ˂ L (3)
𝟏𝟎𝟎(√(𝒉𝟏+𝒉𝟐)𝟐
𝟐
𝑳 = 𝟐 ∗ 𝑫𝒑 − [ 𝟐𝟎𝟎 (√𝒉𝟏+√𝒉𝟐 ) ] , se Dp ≥ L (4)
∆𝑮
Onde:
Dp = distância de parada mínima (m);
ℎ1 = distância do operador acima do piso (m);
ℎ2 = altura do obstáculo (m);
ΔG = diferença algébrica entre grade.
De acordo com Masetti et al. (2011), é importante que distância de visibilidade seja
suficiente para que o equipamento transitando em uma dada velocidade pare antes de atingir
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um obstáculo. Para isso, a distância de visibilidade deve ser igual ou maior do que a distância
de parada. As curvas verticais e horizontais devem ser planejadas segundo essa premissa e caso
isso não seja possível, limites severos de velocidade máxima devem ser impostos, sabendo que
a distância de visibilidade e a distância percorrida são proporcionais.
Onde:
𝑳𝒎𝒊𝒏= largura mínima da estrada (m);
V = número de vias;
X = largura do veículo (m).
25
4.2.1.4 Superelevação
Raio de 15 20 25 30 35 40 45 50 55
curvatura
(m)
50 0,040 0,060 0,080
75 0,030 0,050 0,070 0,090
100 0,025 0,040 0,060 0,075 0,100
150 0,020 0,030 0,040 0,050 0,070 0,100
200 0,020 0,020 0,030 0,035 0,050 0,070 0,090 0,110
300 0,020 0,020 0,020 0,025 0,030 0,040 0,060 0,070 0,850
400 0,020 0,020 0,020 0,020 0,030 0,020 0,040 0,050 0,060
O raio das curvas deve ser projetado de modo a serem o maior possível e suaves, evitando-
se variações repentinas no raio, e com isso garantindo maior segurança e diminuição da
congestão de tráfego.
Segundo Masetti et al. (2011) a projeção de curvas deve considerar a performance dos
caminhões, de forma a possibilitar velocidade constante, sem redução de marchas ao longo do
trajeto, e assim garantindo a performance otimizada dos caminhões, sem que aumente o tempo
de ciclo, o que interfere diretamente nos custos de transporte. A Equação 6 estabelece o raio de
curvatura mínimo R (m), de acordo com a superelevação aplicada, o coeficiente de atrito e a
velocidade do veículo.
𝑽𝒐𝟐
𝑹𝒎𝒊𝒏 = (6)
𝟏𝟐𝟕 (𝒆𝒎𝒂𝒙+𝒇𝒎𝒂𝒙)
Onde:
Vo= velocidade de projeto do veículo (km/h);
𝑒𝑚𝑎𝑥 = máxima taxa de superelevação aplicada (m / m de largura de estrada);
𝑓𝑚𝑎𝑥 = máximo coeficiente de atrito entre os pneus e a superfície da estrada
(adimensional).
Onde:
𝛼 = Ângulo entre a superfície da estrada e o plano horizontal (graus), considerando-se a
distância horizontal igual a 100 metros.
De acordo com Masetti et al. (2011) é muito comum a adoção de grades que variam entre
8 e 10%, mas primeiramente devem-se observar as especificações dos manuais dos
equipamentos de transporte e as limitações geométricas das rampas.
O correto direcionamento da drenagem faz com que águas não sejam acumuladas nas
estradas. Esta característica pode ser estabelecida de duas formas: caimento lateral único ou
abaulamento, e em ambas as situações é importante construir canaletas nos pontos extremos do
direcionamento de água (Figura 7).
De acordo com Reis (2014) o caimento lateral único é preferível, por ser mais fácil de
executar e necessita de apenas uma sarjeta, só do lado que direciona o fluxo.
Figura 7- Configuração da inclinação transversal para drenagem: (a) abaulamento; (b) caimento lateral
único
Para Kaufman e Ault (1977), que indicam inclinações de 2% para os casos em que o
material de superfície da estrada é liso e escoa rapidamente a água, ou há problemas com neve
e lama; e 4% para os casos em que a superfície é mais irregular e não há problemas com neve
e/ou gelo.
Segundo Vieira (2013), as camadas estruturais de uma estrada de mina devem possuir
capacidade de suporte e espessura de tal forma que resistam à ruptura, não se deformem ou se
desgastem excessivamente devido aos esforços de carga aos quais são submetidas, e que
absorvam as cargas impedindo a deformação no terreno in-situ.
31
de prever seu comportamento estrutural, e isso depende não apenas do tipo de solo, mas também
de seu estado.
Figura 10- Curvas granulométricas :A - Material uniforme; B - Material bem graduado e C- material mal
graduado
𝑰𝑷 = 𝑳𝑳 − 𝑳𝑷 (8)
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Este índice é expresso em porcentagem e pode ser entendido como a quantidade máxima
de água que pode ser adicionada ao material a partir do seu limite de plasticidade de modo que
o mesmo não perca sua característica plástica, e por ser máximo para argilas e mínimo para as
areias, fornece um valioso critério para se avaliar o caráter argiloso de um solo (Quadro 5).
O índice de plasticidade é função da quantidade de argila presente no solo, enquanto o
limite de liquides e o limite de plasticidade são funções da quantidade e do tipo de argila.
Figura 13- Gráfico da Penetração do equipamento Cone Sul Africano (mm) pelo CBR (%) da superfície
em análise
Por fim, constrói-se a curva CBR em função da metragem para pontos específicos do
pavimento ao longo da profundidade em que o teste é conduzido. Para os materiais de
revestimento, que não devem ultrapassar a profundidade de 200 mm em relação à superfície,
38
os valores de CBR devem ser superiores a 80%. De maneira similar, a camada de base deve
possuir CBR superior a 300% (Figura 14).
Figura 14- Gráfico da espessura do pavimento (mm) pelo valor CBR (%) recomendados da camada base
A partir dos resultados desse ensaio é possível ter uma estimativa do CBR, e de acordo
com Thompson e Visser (2000) afirmam que os valores provenientes deste teste podem ser
utilizados para determinar a espessura de alguma camada da estrada que esteja com problemas
de sustentação, permitindo-se definir quanto do local precisa ser escavado e preenchido com
novo material adequadamente compactado, como pode ser visto na Figura 14 no polígono
destacado em vermelho.
De acordo com Thompson e Visser (1996), algumas das vantagens do uso de métodos
mecanístico-empíricos em relação aos métodos genuinamente empíricos de dimensionamento
de pavimentos de mineração são:
Aplicação de diferentes carregamentos e avaliação de seus impactos no desempenho
da estrutura do pavimento;
Uso mais eficiente de materiais disponíveis na mina e seu entorno para a construção
das camadas;
Previsões de desempenho mais confiáveis;
Caracterização mais acurada das propriedades das camadas de pavimentos existentes.
4.4.2.1 ELSYM5
Entradas
Coeficiente de Poisson
*Ao fornecer dois destes
Nº de pontos de carregamento dados o terceiro é calculado
e coordenadas (máximo 10)
Módulo de elasticidade
Saídas
Dimensionamento concluído
De acordo com Masetti et al. (2011) a resistência ao rolamento é a medida da força a ser
superada para que uma roda seja puxada ou rolada sobre o solo. Essa força é afetada por
condições do solo e pela carga: quanto mais uma roda afunda no solo, maior a resistência ao
rolamento. O atrito interno e a flexão dos pneus também contribuem para a resistência ao
rolamento. A resistência ao rolamento também pode ser definida como a capacidade de um
pneu resistir ao seu movimento natural de "girar" (ou rolar).
A Figura 17 abaixo, mostra um exemplo de parâmetro mecânico dos equipamentos que
influencia diretamente no coeficiente de resistência ao rolamento imposto aos caminhões de
transporte durante a atividade de lavra.
Figura 17- Coeficiente de resistência ao rolamento em função da pressão interna dos pneus
O material empregado na confecção das camadas deve ser distribuído de modo que a
espessura da camada seja constante e, a homogeneização e umedecimento devem ser feitos com
o auxílio de grade de discos e caminhão pipa. Em caso de mistura de materiais, o material de
maior quantidade na mistura deve ser espalhado primeiro utilizando moto niveladoras ou
tratores. A homogeneização da mistura dos materiais deve ser feita até que não se possa
distinguir um material de outro.
4.5.3 Compactação
Figura 18- Equipamentos de compactação: a) rolo vibratório liso; b) Rolo pé- de-carneiro
a) b)
Fonte: BRASIL (2010).
1
Solos não coesivos são solos granulares compostos de pedregulhos, cascalhos e areias, ou seja, de partículas de fração
grosseira. Já os solos coesivos têm grãos muito finos, com espaços vazios entre as partículas que os compõe muito pequenos.
45
Apesar de não serem aconselhados o uso dos tratores e caminhões para compactar,
diante da importância desta etapa em casos em que não há os rolos recomenda-se o seu uso até
que se consiga adquirir equipamentos adequados. Reis (2014) sugere-se que se faça uma
avaliação econômica detalhada para que possa mostrar que a compactação pode levar à estrada
ideal, com mais ganhos do que perdas, Jaworski (1997) apresenta resultados de uma análise
econômica de um aterro rodoviário onde a operação de compactação representa algo em torno
de 5% do custo da construção do aterro.
Brown et al. (2001) destacam que a manutenção dos equipamentos provoca perda de
produção e aumento de custos; a manutenção corretiva de equipamentos, por exemplo, depende
do tempo necessário para diagnosticar a falha, da disponibilidade de componentes e do tempo
efetivo para a realização do reparo.
A maior parcela dos procedimentos de manutenção realizados ainda tem caráter corretivo.
Kaufman e Ault (1977) enfatizam que deveriam ser feitos esforços para a incorporação de
procedimentos preventivos de manutenção em detrimento de procedimentos corretivos.
Nas situações na qual a manutenção deixa de ser efetiva deve se realizar a readequação,
que consiste na reavaliação dos elementos de projeto e construção, identificando e priorizando
aqueles que são críticos e devem ser retrabalhados.
47
5 METODOLOGIA
Neste tópico do trabalho objetiva-se abordar uma descrição de como o estudo foi
desenvolvido em uma empresa de rocha fosfática localizada no estado de Minas Gerais,
mostrando os materiais e os dados disponíveis, as sequências de atividades realizadas e como
estas foram feitas.
Fonte:AUTORIA PRÓPRIA.
Nas Figuras 25 e 26 tem-se a o limite de liquidez (LL) que determina o teor de umidade
que delimita a fronteira entre o estado líquido para o estado plástico, ou seja, umidade abaixo da
qual o solo se comporta como um plástico.
Figura 27- Resultados CBR: a) Argila vermelha; b) Argila amarela; c) Magnetita e d) Cascalho laterítico
a) b)
c) d)
Fonte: AUTORIA PRÓPRIA.
Para o dimensionamento estrutural os materiais disponíveis para compor cada camada estão
no Quadro 7,
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Sub-base Magnetita
Base Cascalho laterítico
Revestimento Mistura ideal
Fonte: AUTORIA PRÓPRIA.
Dados de campo
Produção anual (t) 15000000
Movimentação de estéril anual (t) 48000000
Vida útil prevista mina (produção em anos) 15
Regime de trabalho (h/dia)
20
Produção diária total (t) 207955
V0: Tráfego diário médio (número de viagens/dia) 958
V1: volume médio diário de tráfego no ano de abertura, num sentido (veic/dia) 479
Dados estimados
Sentido mais solicitado, numa faixa por sentido (%) 50
Taxa de crescimento (tt), em progressão linear (%) 0,5
Vida útil prevista estrada (PP) (período de projeto, anos) 15
Precipitação anual (mm) 1626
Fonte: AUTORIA PRÓPRIA.
Além disso são necessárias informações dos caminhões da frota da empresa, retiradas do
catálogo dos equipamentos, expresso no Quadro 9,
Figura 28- Intervalo ótimo de seleção do melhor material ou mistura de materiais para revestimento dos
acessos
Sp = LS × P425 (9)
Onde:
LS = Valor de contração linear;
53
Figura 29- Ábaco para dimensionamento de pavimento usando valores de CBR e carga de roda
Figura 30- Fluxograma para obtenção de um pavimento dimensionado através do método do DNER
Cálculo da
espessura total Cálculo dos
do pavimento coeficientes estruturais Cálculo das espessuras
(k) do material necessárias acima de cada
cada camada camada de pavimento
Resolução de um sistema de
inequações e obtenção das
espessuras das camadas
A definição dos materiais deve levar em consideração algumas observações feitas por
Souza (1981), relacionadas a partir do CBR dos materiais a serem utilizados, ou seja,
respeitando os valores mínimos de algumas características de forma a prevenir a ruptura por
cisalhamento ou de acúmulos de deformações permanentes ou plásticas no subleito
(afundamento de trilha de roda na camada de revestimento). Estas características estão descritas
no Quadro 10.
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𝒕𝒕
𝑉1∗[𝟐+(𝑷𝑷−𝟏)∗ ]
𝟏𝟎𝟎 (11)
𝑽𝑴 = 𝟐
𝒕𝒕 𝑷𝑷
𝟑𝟔𝟓∗𝑉 ∗[(𝟏+ ) −𝟏]
1
𝑽𝑴 = 𝟏𝟎𝟎 (12)
𝒕𝒕/𝟏𝟎𝟎
58
Onde:
𝑉1 = volume médio diário de tráfego no ano de abertura, num sentido;
tt = taxa de crescimento anual;
PP= período de projetos (anos).
𝑽𝒕 = 𝟑𝟔𝟓 ∗ 𝑽𝑴 ∗ 𝑷𝑷 (13)
𝐅𝐄 = ( 𝐩𝟐 ) * 2 + ( 𝐩𝟑 ) ∗ 𝟑 + ⋯ + ( 𝐩𝐧 ) ∗ 𝐧 (14)
𝟏𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎
Onde:
𝑝2= porcentagem de veículos de 2 eixos;
𝑝3= porcentagem de veículos de 3 eixos;
𝑝𝑛= porcentagem de veículos de n eixos;
Onde:
C = carga máxima por eixo (tf).
Onde:
𝑝𝑖 = porcentagem de veículos do tipo considerado.
59
𝑬𝑸𝑶𝑷
𝑭𝑬𝑪 = 𝟏𝟎𝟎
(17)
𝑵 = 𝑽𝒕 ∗ 𝑭𝑬 ∗ 𝑭𝑬𝑪 ∗ 𝑭𝑹 (18)
Entretanto Balbo (2006) cita a Equação 19, como solução para as retas contidas no ábaco,
estas obtidas por regressão linear múltipla, que podem atender os casos em que o valor de N
extrapola o ábaco.
60
Quadro 12- Espessura de revestimento necessária corrigida em função dos coeficientes estruturais dos
materiais disponíveis em mineração
Número N Espessura de revestimento Espessura de revestimento
betuminoso (cm) não betuminoso (cm)
N ≤ 106 1,5 a 3 1,8 a 3,6
107< N ≤ 5. 107 10 20
≤ 5. 107 12,5 25
O próximo a ser definido é o Coeficiente de equivalência estrutural (K), que depende do tipo
de material que será utilizado para construir a estrada. Ele relaciona a espessura que a camada deveria
possuir de material padrão (base granular) com a espessura equivalente do material que realmente
comporá a camada, e está expresso na Quadro 13.
𝑹 ∗ 𝑲𝒓 + 𝑩 ∗ 𝑲𝒃 ≥ 𝑯𝟐𝟎 (20)
𝑹 ∗ 𝑲𝒓 + 𝑩 ∗ 𝑲𝒃 + 𝒉𝟐𝟎 ∗ 𝑲𝒔 ≥ 𝑯𝒏 (21)
𝑴𝑹 ∗ 𝑲𝒓 + 𝑩 ∗ 𝑲𝒃 + 𝒉𝟐𝟎 ∗ 𝑲𝒔 + 𝒉𝒏 ∗ 𝑲𝒏 ≥ 𝑯𝒎 (22)
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6 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Na Figura 33 podemos perceber que nenhum dos materiais possui os requisitos para
constituir a camada de revestimento, sendo assim foi realizado o mesmo procedimento para
algumas misturas entre estes, de modo que a se aproximar ao máximo das características
desejadas.
O Quadro 16 apresenta os resultados do Produto de Contração das misturas propostas
analisadas,
Considera-se o maior carregamento por pneu que o neste caso é o de 64,62 t (pneus do eixo
traseiro).
Seguindo o mesmo raciocínio, agora para a espessura da base, o ponto de interseção das
linhas de carga de roda e CBR de 72,6 na Figura 27 corresponde a aproximadamente a 0,23 m. Isso
significa que o topo da camada de base deve estar 0,23 m da superfície final da estrada. Por diferença
é obtida a espessura da base 0,22m, conforme expresso no Quadro 21.
0,5
479 ∗ [2 + (15 − 1) ∗ 100]
VM = ∴ VM = 495
2
Pela Equação 13, temos que o volume total de veículos no período do projeto (Vt), e
multiplicaremos 365 por 0,833, já que a mina em questão opera apenas 20h/dia,
Calculando o fator de eixo (FE) pela Equação 14, sabendo que todos os veículos possuem
dois eixos, temos que:
100 0 ) ∗ 3 +⋯+ ( 0
FE = ( )∗2 + ( ) ∗ n ∴ 𝐹𝐸 = 2
100 100 100
Com esses dados, é possível calcular o fator de equivalência de carga (FEC), através da
Equação 17,
1066880000
𝐹𝐸𝐶 = ∴ 𝐹𝐸𝐶 = 1,06 ∗ 107
100
68
Percebe-se que N é maior que 1 ∗ 109 , então para chegarmos a espessura total do
pavimento (Heq) iremos usar a Equação 19 já que o ábaco da Figura 29 não possui valores tão
altos.
Primeiramente será determinado a espessura do revestimento (R), que conforme o Quadro
12, na situação com N > 5 ∙ 107 implica em uma espessura mínima do revestimento não
betuminoso corresponde a R = 25,00 cm.
Em seguida será calculado a espessura da base (𝐵), através da Equação 19, será primeiro
calculando o H20, lembrando que o CBR a ser utilizado é o da sub-base, entretanto como este
é maior que 20% será adotado este valor como máximo a ser considerado,
Sendo assim quanto menor a capacidade de suporte do subleito, maior será a espessura
necessária do pavimento acima dele, de forma a se reduzirem sobre o mesmo, as tensões e
deformações resultantes da carga de roda aplicada em superfície.
O método CBR não leva em consideração as propriedades do revestimento, visto que a
sua espessura é calculada pela distância entre o topo da camada de base e a superfície do
pavimento dimensionado, já no método do DNER o revestimento também não é calculado, mas
adotado de acordo com a tabela baseada no número N.
Caso considerarmos o mesmo valor de N encontrado e mudássemos o tipo de material
para betuminoso, chegaríamos em um valor de R de 12,50 cm e não 25,00 cm, entretanto por
se tratar de estradas de mineração que não são revestidas temos a necessidade de uma espessura
maior.
Como anteriormente já foi dito o método do DNER não privilegia o dimensionamento de
camadas de sub-base com CBR superior a 20%. Ainda que o CBR do subleito seja maior do
que esse valor, a espessura do pavimento necessária para protegê-la é calculada como se o valor
máximo de CBR da sub-base fosse 20%. A espessura da sub-base poderia ser inferior, caso o
método levasse em conta o CBR efetivo.
71
7 CONCLUSÕES
8 REFERÊNCIAS
HUGO, D. Haul Road defect identification and condition assessment using measured
truck response. Dissertation (Master of Engineering in the Department of Mechanical
and Aeronautical Engineering) – University of Pretoria, 109 p., Pretoria, 2005.
KUMAR, V. Design and construction of haul roads using fly ash. Dissertation (Master
of Science in Mining Engineering) - University of Alberta, 97 p., Alberta, 2000.
OLIVEIRA FILHO, W. L. de; Fernandes, G.; Sousa, L. M. L. S. de; Costa Filho, W. D.;
Rodrigues, C. A. F.; Van Ham, G. H. J. Relatório de Inventário de Estradas de Acesso
de Mina. Relatório interno. Convênio Vale UFOP, 12 p., Ouro Preto, 2010.
SOUZA, M. L. de. Método de projeto de pavimentos flexíveis. IPR, Publ. 667, 3. ed.
rev. e atual., 33p., Rio de Janeiro, 1981.
THOMPSON, R.J. and VISSER, A.T. The functional design of surface mine haul
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75