22/12/2018

GEF 127 – Planejamento e Gestão de Recursos Naturais

Auditoria e Perícia Ambiental

Prof. Luís Antônio Coimbra Borges

2018

Sumário
1. Conceitos
2. Auditoria Ambiental
2.1. Objetivos da Auditoria Ambiental
2.2. Tipos de Auditoria Ambiental
2.3. Classificação das Auditorias Ambientais
2.4. Etapas da Auditoria Ambiental
2.5. Vantagens da Auditoria Ambiental
2.6. Desvantagens da Auditoria Ambiental
2.7. Precauções na Auditoria Ambiental
2.8. Evolução e Tendências na Auditoria Ambiental

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Sumário
3. Perícia Ambiental
3.1. Considerações Iniciais
3.2. Objetivo da Perícia ambiental
3.3. O Perito Ambiental e as áreas de atuação
3.4. Tipos de Perícia Ambiental
3.5. Estrutura da Perícia Ambiental
3.6. Laudo Pericial
3.7. Evolução e Tendências na Pericial Ambiental

4. Considerações Finais

1 – Conceitos

Auditoria: é um termo de origem latina (vem de audire: ouvir) e

foi usado pela primeira vez pelos ingleses para rotular a tecnologia
contábil da revisão (auditing). Hoje o termo tem um sentido mais
abrangente.

“A auditoria consiste em controlar áreas-chaves nas empresas para

que se possam evitar situações que provoquem fraudes, desfalques
e subornos, por meio de verificações regulares nos controles
internos específicos de cada organização.” (GOMES et al., 2009)

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1 – Conceitos

Auditor: é um termo de origem latina

(auditore aquele que ouve, o ouvinte),
que dá origem à palavra inglesa to
audit (examinar, ajustar, corrigir,
certificar).

Auditor é o profissional que examina cuidadosamente com o

objetivo de averiguar se as atividades desenvolvidas em
determinada empresa ou setor estão de acordo com as disposições
planejadas e/ou estabelecidas previamente, se estas foram
implementadas com eficácia e se estão adequadas à consecução
dos objetivos. (BRASIL PROFISSÕES, 2013)

1 – Conceitos

Auditoria Ambiental: de acordo com a União Europeia, é “uma

ferramenta de gerência que compreende uma avaliação sistemática,
documentada, periódica e objetiva do desempenho de uma
organização, do seu sistema de gerência e de equipamentos
destinados à proteção do meio ambiente, com os objetivos de
facilitar à gerência, o controle de suas práticas ambientais e avaliar o
cumprimento de políticas ambientais da companhia, incluindo a
observância da legislação”.

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1 – Conceitos
Perícia: Etimologicamente, o termo perícia advém do latim Perita e
significa “conhecimento adquirido pela experiência”.

“Exame ou vistoria realizados por profissionais especializados com

objetivo de geração de prova judicial ou extrajudicial”. (DIREITONET, 2013)

“Trabalho de notória especialização feito com o objetivo de obter

prova ou opinião para orientar uma autoridade formal no
julgamento de um fato”. (MAGALHÃES et al., 2005)

1 – Conceitos
Perito: É um servidor, a serviço da justiça, que realiza a análise
crítica e científica dos locais onde ocorreram crimes.
O perito é responsável por localizar as provas técnicas e analisar os
vestígios do delito.

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1 – Conceitos
Perícia Ambiental:

Trata-se de meio de prova disciplinada pelos Artigos 420 a 439 do

Código de Processo Civil, aplicáveis também ao Direito Ambiental,
em que o juiz nomeia pessoa de sua confiança e com conhecimento
técnico suficiente para averiguar a veracidade de fatos e, no mais
das vezes, quantificar as consequências dos mesmos, através de
avaliação da área afetada com a realização de diversos testes de
qualidade ambiental. Devem ser apurados e quantificados todos os
danos causados ao meio ambiente, tais como ao solo, ao lençol
freático, à fauna, à flora, à paisagem, à saúde, à cultura, entre
outros. (Adaptado de MATTEI, 2006)

Quem convoca/contrata o perito ambiental?

-Ministério Público;
- parte do processo (autor/infrator);
- Juiz.

Suporte técnico:

-Polícia federal;
- perito do MP;
- órgãos ambientais;
- institutos de pesquisa e universidades;
- profissionais autônomos.
- ART

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Perícia Ambiental:

Dificuldade:

- Fixar valor monetário ao dano ambiental - Custos de Recuperação

(CR); Custos Evitados (CE); Custo Viagem (CV); Disposição a Pagar
(DAP/DAR); Custo Oportunidade (CO).

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2 – Auditoria Ambiental

A Auditoria Ambiental é hoje uma das mais importantes

ferramentas para avaliação do desempenho de uma empresa
quanto às questões ambientais. Tem a grande vantagem de avaliar
as condições ambientais de uma atividade produtiva da indústria,
auxiliando assim o controle operacional e trabalhando os
mecanismos de ações preventiva, corretiva e de avaliação.

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2.1. Objetivos da Auditoria Ambiental

A auditoria ambiental tem como objetivo caracterizar a situação
ambiental da empresa e fornecer um diagnóstico no que diz
respeito à poluição do ar, águas e resíduos sólidos, favorecendo a
definição das ações de controle e de gerenciamento que deverão
ser tomadas para proporcionar a sua melhoria ambiental.
(Adaptado de ECP Consultoria Ambiental, 2013)

2.2. Tipos de Auditoria Ambiental

• Quanto ao Campo de atuação:

Auditoria Pública: realizada pelos institutos de meio ambiente; com

a finalidade de fiscalização do cumprimento das normas ambientais.
Ex: atividades de licenciamento e fiscalização.

Auditoria Privada: realizada para obtenção de certificação

ambiental.
Ex: certificadoras ou clientes, etc.

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2.2. Tipos de Auditoria Ambiental

• Quanto à Forma de realização:

Auditoria Interna: conjunto de procedimentos técnicos que têm por

objetivo examinar a adequação e eficácia das ações ambientais
internas.

Auditoria Externa: conjunto de procedimentos técnicos que têm

por objetivo a obtenção de “certificado” referente à norma
específica (certificado ambiental).

* o auditor externo possui maior grau de independência que o auditor interno

(que é funcionário da empresa auditada).

2.2. Tipos de Auditoria Ambiental

• De acordo com a NBR ISO 14001 as auditorias podem ser

classificadas em:

Auditoria INTERNA: realizada periodicamente pela própria

organização.

Auditoria SEGUNDA PARTE (externa): Realizada pelas partes

interessadas da cadeia produtiva.

Auditoria de TERCEIRA PARTE OU DE CERTIFICAÇÃO (externa): Tem

por finalidade a certificação ou a renovação do certificado, devendo
ser regida por empresa de auditoria ou auditor especialista.

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Figura 1: Auditoria Ambiental Interna e Externa
Tabela 1. Comparativo entre Auditoria Interna e Externa
Auditoria Interna
A auditoria é realizada por um funcionário da
empresa
O objetivo principal é atender as necessidades da
administração
O trabalho é subdividido em relação às áreas
operacionais e às linhas de responsabilidade
administrativa
O auditor deve ser independente em relação às
pessoas cujo trabalho ele examina, porém
subordinado às necessidades e desejos da alta
administração
A revisão das atividades da empresa é contínua
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SILVA, 2012
Auditoria Externa
A auditoria é realizada através de contratação de um
profissional independente
O objetivo principal é atender as necessidades de
terceiros no que diz respeito à fidedignidade das
informações financeiras
O trabalho é subdividido em relação às contas do
balanço patrimonial e da demonstração do resultado
O auditor deve ser independente em relação à
administração, de fato e de atitude mental
O exame das informações comprobatórias é
periódica, geralmente semestral ou anual.
Adaptado de PORTAL DE AUDITORIA, 2013
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2.3. Classificação das Auditorias Ambientais

• Quanto aos objetivos do trabalho:

Auditoria dos impactos ambientais: É feita uma avaliação dos

impactos ambientais no ar, água, solo e comunidade de uma
determinada unidade industrial ou de um determinado processo,
com o objetivo de fornecer subsídios para ações de controle da
poluição, visando a minimização destes impactos.

Auditoria dos riscos ambientais: É realizada uma avaliação dos

riscos ambientais reais ou potenciais de uma fábrica ou de um
processo industrial específico.

Auditoria da legislação ambiental: É feita uma avaliação da situação

ambiental de uma determinada fábrica ou organização em relação
ao cumprimento da legislação vigente.

2.3. Classificação das Auditorias Ambientais

• Quanto aos objetivos do trabalho:

Auditoria de sistemas de gestão ambiental: É uma avaliação

sistemática para determinar se o sistema da gestão ambiental e o
desempenho ambiental de uma empresa estão de acordo com sua
política ambiental, e se o sistema está efetivamente implantado e
adequado para atender aos objetivos ambientais da organização.

É uma ferramenta de gestão, compreendendo uma avaliação

sistemática, documentada, periódica e objetiva sobre como os
equipamentos, gestão e organização ambiental estão
desempenhando o objetivo de ajudar a proteger o meio ambiente.

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2.3. Classificação das Auditorias Ambientais

Auditoria de Desempenho Ambiental: avalia a conformidade da

unidade auditada com a legislação, os regulamentos aplicáveis e
indicadores de desempenho ambiental setorial aplicáveis à unidade.

Auditoria de Certificação: avalia a conformidade da empresa com

princípios estabelecidos nas normas pela qual se deseja certificar:

Auditoria de descomissionamento: avalia os danos ao ecossistema

e à população do entorno de alguma unidade empresarial em
consequência de sua desativação;

SILVA, 2006

2.3. Classificação das Auditorias Ambientais

Auditoria de responsabilidade : avalia o passivo ambiental das

empresas, ou seja, suas responsabilidades ambientais efetivas e
potenciais;

Auditoria Pontual ou de Processos: destinada a otimizar a gestão

dos recursos, a melhorar a eficiência do processo produtivo e,
consequentemente, minimizar a geração de resíduos, o uso de
energia ou de outros insumos.

Auditoria de Sítios : destinada a avaliar o estágio de contaminação

de um determinado local.
SILVA, 2006

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2.4. Etapas da Auditoria Ambiental

Fixação dos objetivos da auditoria

Formação da equipe auditora

Planejamento dos trabalhos:

- Atividades a serem executadas
- Áreas a serem verificadas
- Pessoas envolvidas
- Pessoas a serem ouvidas
- Cronograma de execução

Revisão da pré-inspeção:
- Coleta a revisão de informações já existentes.
- Legislação aplicável.
BIAGIOTTI, 2009

2.4. Etapas da Auditoria Ambiental

Preparar check-list para inspeção

Visita as instalações

Solicitação de informações adicionais

Análise e conclusões preliminares

Discussão

Elaboração do relatório final

BIAGIOTTI, 2009

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2.5. Vantagens da Auditoria Ambiental

• Melhoria do controle da poluição nas empresas.

• Verificação das condições da empresa em relação à legislação

ambiental;

• Substituição parcial do governo na fiscalização ambiental;

• Avaliação dos riscos existentes e da vulnerabilidade da empresa,

assim como identificação dos riscos antecipadamente;

• Priorização de atividades e verbas para o controle ambiental;

• Verificação da condição ambiental de unidades a serem
adquiridas e avaliações de alternativas de crescimento;

SILVA, 2008

2.5. Vantagens da Auditoria Ambiental

• Corte de gastos desnecessários, favorecendo ações econômicas
e eficazes, reduzindo desperdícios;
• Melhora no relacionamento empresa-governo e vice-versa

• Atendimento à legislação de forma sistemática e consistente,

com resposta imediata às novas exigências legais;

• Fornecimento de uma terceira visão do problema ambiental (do

auditor);

• Maior credibilidade e maior flexibilidade nas exigências da

fiscalização;

• Proteção e melhoria da imagem da empresa junto à

comunidade.
SILVA, 2008

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2.6. Desvantagens da Auditoria Ambiental

• Não pode ser implantada e mantida sem um gasto considerável;

• Exige a alocação de empregados especializados ou a contratação

de serviços de terceiros;

• Pode levar uma falsa imagem se não houver cautela na

interpretação e divulgação dos resultados;

• Poderá ocasionar uma falsa sensação de segurança, em especial

se a auditoria foi realizada de maneira incompleta ou por
auditores inexperientes.

SILVA, 2011

2.7. Precauções na Auditoria Ambiental

• Confidencialidade em relação aos segredos industriais e as

informações sensíveis à opinião publica;
• Cuidados com a divulgação pública;
• A empresa deve contratar auditores qualificados;
• Apontando os problemas e não havendo a correção, fica difícil a
defesa legal em caso de problemas, como acidentes, por
exemplo;
• Analisar o custo-benefício da auditoria, principalmente nas
empresas menores.

SILVA, 2008

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2.8. Evolução e Tendências na

Auditoria Ambiental
Tecnologias computadorizadas podem ser excepcionalmente úteis
em auditorias. Dois exemplos dessas tecnologias são o GPS e o SIG.

Sistema de Informações Geográficas (SIG): é uma ferramenta

computadorizada para mapear e analisar objetos existentes e
eventos que acontecem na terra.
O SIG pode ser usado tanto no planejamento como na execução
de uma auditoria.

As informações derivadas do SIG podem ser utilizadas para

identificação precisa da área da floresta que será utilizada para
observações de campo; localização de qualquer desmatamento;
investigação de corte ilegal de madeira; e avaliação de incêndios
florestais e uso ilegal da terra.

2.8. Evolução e Tendências na

Auditoria Ambiental
Sistema de Posicionamento Global (GPS): é um Sistema Global de
Navegação por Satélite desenvolvido pelo Departamento de Defesa
dos Estados Unidos.

O sistema usa uma constelação de 24 a 32 satélites de Órbita

Média. Esses satélites transmitem sinais de microondas precisos
que permitem que os receptores do GPS determinem sua
localização atual, horário e velocidade (inclusive direção).

Em uma auditoria no setor florestal, o GPS localiza com precisão a

área da floresta que será auditada.

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3 – Perícia Ambiental

A perícia é utilizada a fim de se obter uma análise técnica

e específica, de caráter imparcial, para esclarecer fatos e
servir como apoio nas decisões do poder judicial.

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3.1. Considerações Iniciais

Nas ações judiciais sobre o meio
ambiente, a Perícia Ambiental
(Prevista no Código de Processo Civil,
art. 420 a 439), é solicitada sempre
que, na averiguação da verdade dos
fatos, faz-se necessária a atuação de
profissionais com conhecimentos
técnico-científicos especializados.
(KASKANTZIS NETO, 2005)

Arts. 464 a 480 do novo Código de Processo Civil

Lei 13.105/2015

3.2. Objetivo da Perícia ambiental

O principal objetivo da perícia ambiental é emitir um laudo técnico
que subsidie as decisões dos operadores do direito (Juiz,
Promotores, Advogados), na tomada de decisões relacionadas ao
descumprimento das leis ambientais.

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3.3. O Perito Ambiental e as áreas de atuação

Profissional com formação em:

• Agronomia;
• Arquitetura e urbanismo;
• Ciências Biológicas;
• Engenharia civil;
• Engenharia Florestal;
• Engenharia de Minas;
• Engenharia Química;
• Engenharia sanitária;
• Engenharia de Segurança;
• Engenharia Ambiental;
• Geologia;
• História e Patrimônio Cultural.
(Guia Prático de Requisição de Perícias Ambientais do MP, 2006.)

3.4. Tipos de Perícia Ambiental

Judicial (dentro da ação) – a perícia é acionada pela justiça e o juiz

nomeia um perito de confiança para esclarecer um determinado
caso e também atuar como assistente técnico de uma das partes
envolvidas no processo.

Extrajudicial – a perícia é contratada antes do processo atingir a

esfera judicial. Por exemplo, acionada pelo Ministério Público.

A Parte – contratada pelo autuado no processo para defesa das suas

ações.

(SILVA, 2012)

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3.5. Estrutura da Perícia Ambiental

1ª etapa: Preambulo: Indicação da qualificação do perito e do

objeto da perícia.

2ª etapa: Narrativa Fática: Neste momento o perito irá apontar as

suas impressões sensoriais sobre o objeto da perícia – nexo de
causalidade.

3ª etapa: Análise Técnica: Neste momento o perito aplicará o seu

domínio da matéria à aquilo que pode apreciar.

4ª etapa: Resposta ao quesitos: Os quesitos são as perguntas

formuladas ao perito e que devem ser respondidas no laudo.

5ª etapa: Autenticação: Local, data e assinatura do perito.

3.6. Laudo Pericial

O laudo deverá conter:
• Identificação do processo e solicitante da perícia;
• Identificação das partes envolvidas;
• Descrição do objeto da perícia;
• Apresentação da equipe de trabalho (perito e assistente técnico);
• Relação dos documentos e informações utilizados (leis e normas);
• Descrição do local da perícia;
• Data, hora e período de tempo das diligências;
• Descrição dos dados e informações disponíveis para fundamentar a
análise e as respostas dos quesitos da perícia em execução e as
conclusões;

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3.6. Laudo Pericial

• Metodologia de trabalho adotada
 seguir critérios rigorosamente técnico-criminalísticos;
 respaldados nas leis da ciência.
 probabilidade estatística e descritivos de análise;
• Resultados e discussões;
• Respostas aos quesitos;
• Conclusões;
• Identificação do perito ou assistente técnico, registro profissional,
registro geral, assinatura do profissional, data.

A autoridade é livre para decidir sobre a utilidade do laudo no processo,

podendo inclusive contrariá-lo, desde que motive.

3.7. Evolução e Tendências na Pericial Ambiental

Dadas as características peculiares dos tipos penais previstos pela
legislação ambiental, a comprovação de sua materialidade requer
utilização de técnicas específicas, dentre as quais se destaca o uso do
sensoriamento remoto. Possível avaliar “evolução” da ocupação.

O sensoriamento remoto, aliado à utilização de dados cartográficos,

permite que sejam feitos levantamentos prévios de informações
relativas à área a ser periciada. Desta forma, os trabalhos de campo
tornam-se mais objetivos e eficientes.

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3.8 QUESITOS PARA PERÍCIA AMBIENTAL

1) Ministério Público do Estado de Goiás

http://www.mp.go.gov.br/portalweb/hp/9/docs/quesitos_para_per
icia_ambiental.pdf

2) Ministério Público Federal

Manual: Valoração de danos em matéria de meio ambiente e
patrimônio cultural (2014)
Roteiros para vistoria expedita e perícia multidisciplinar
http://4ccr.pgr.mpf.mp.br/

http://4ccr.pgr.mpf.mp.br/documentos-e-publicacoes/roteiros-da-
4a-
ccr/copy2_of_14_006_dia_mundial_do_meio_ambiente_2_Livreto
_ONLINE_CCR4_101.pdf

4. Considerações Finais

O objetivo da perícia é esclarecer tecnicamente a

existência ou não de ameaça ou dano ambiental. Ela é
realizada por profissional especializado na área e serve de
base nas decisões da autoridade judicial que está
avaliando o processo.

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4. Considerações Finais
A auditoria e perícia são importantes para a sociedade, cada uma
com seu papel e propósito.

A auditoria auxilia as empresas ao indicar diretrizes para

cumprimento de normas, legislação e controles internos através
da análise dos documentos fornecidos e avaliação da empresa.
Além disso, pode sugerir melhorias diante das evidências,
experiências e conhecimento da empresa analisada, ocasionando
até mesmo redução de custos e melhoria de processos.

Já a perícia auxilia o juiz na busca da verdade sem interferência da

vontade das partes, ou seja, ajuda a fazer justiça. O perito deve
buscar elementos de prova que garantam 100% a efetividade da
decisão relatada no laudo. Além disso, o laudo pericial não é
divulgado e interessa somente as partes envolvidas e ao juiz.

4. Considerações Finais

Portanto, conclui-se que não existe qualquer semelhança

entre os objetivos da auditoria e da perícia, visto que a
perícia visa auxiliar o Juiz na tomada de decisões e a
auditoria, para cumprimento de normas ambientais e
“comerciais”.

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OBRIGADO!

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