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VERÃO 2020 | ANO V | N0 20
EDITORIAL
por Tereza Racy
18 | A VOZ DA COMUNIDADE
Projeto Gráfico e Diagramação: Felipe Kertes
O Respeito e a Inclusão
Capa: Bijde Hansje | Imagem autorizada pela artista
Fotos: Arquivo EWFA
20 | É ASSIM QUE SOMOS
O Sentimento que Reinava em Mim O Informativo Francisco é uma publicação trimestral
da Associação Humanista Francisco de Assis (EWFA) e
é distribuído gratuitamente.
22 | NOSSO ALIMENTO
História e Receita É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos
e ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização
24 | ACONTECEU EM CASA dos artistas ou do editor do Informativo.
ntre o “era uma vez e Grimm, em 1814, recolheram sofria com as doenças e guerras
REFLEXÃO DE ÉPOCA 5
Ilustrações: Betina Carvalho Boehringer
REFLEXÃO DE ÉPOCA
Contar histórias: imagens,
inspiração e transformação
por Marianne Beatriz Adelia Edle Von Schmadel | Professora de Classe do 5° Ano da EWFA
odos os dias em nossa Jardim de Infância até o fim do Ensino - Fábulas e Lendas de Santos - 8 anos
REFLEXÃO DE ÉPOCA
A importância dos contos
no segundo setênio
por Carla Guedes | Professora de Classe do 3° Ano - EWFA
O
s contos e histórias para a linguagem culta, promove o narrativas representam duas áreas da
trazidos aos alunos aumento do vocabulário e trabalha, atuação humana e vão de encontro à
do 1º ao 5º ano são pelas imagens arquetípicas, fatos dualidade que a criança se encontra.
instrumentos de ouro da ligados ao desenvolvimento da alma Nas imagens das fábulas, que devem
Pedagogia Waldorf. Eles da criança ao redor dos sete anos. Ele ser trazidas sem qualquer conteúdo
são sempre contados ao final da aula também vem imbuído de despertar a moralista, trabalhamos o sentir, de
principal, diariamente, e carregam criança sonhadora para a realidade de forma bem humorada. As narrativas
um elemento de regularidade e seu ambiente, trazendo à consciência permitem à criança vivenciar, refletir
tranquilidade para os alunos. os animais, as plantas, rios, por pelas imagens, as atitudes e os
meio de histórias cheias de fantasia. sentimentos animalescos que todos
Através das narrativas diárias, de Contribui para o desenvolvimento nós temos como instinto (cobiça,
forma artística e elaborada, dos anímico harmonioso das crianças. astúcia, inveja...), bem como, aqueles
contos de fada no primeiro ano Já no segundo ano escolar, quando polarmente opostos, pelas lendas
escolar desenvolve-se a sensibilidade criança está ao redor dos oito anos, (que harmonizam a unilateralidade)
em relação à fala. O conto possibilita trazemos as fábulas e as lendas, bem e que mostram o homem em busca
a transição da linguagem popular como histórias da natureza. Essas da perfeição. A superação, como
INFORMATIVO FRANCISCO | VERÃO 2020
aspiração mais elevada, como o histórias cheias de imagem. Nestes possuem uma abertura espontânea
ensinamento de amor ao próximo, a três primeiros anos também o muito grande, permitindo conhecer
renúncia ao luxo e outros, se dá pelas professor tem à mão um valioso muitas narrativas. Nesse momento
lendas em geral e as de Santo. Tanto recurso, que chamamos de contos chegam as primeiras civilizações
as fábulas como as lendas oferecem, pedagógicos, que podem ser criados do Oriente. Essas obras que vêm
pela sua linguagem, a oportunidade pelo próprio professor, buscando geográfica e cronologicamente
de levar às crianças um estilo bem através das imagens, trabalhar de muito longe e que provocam
diferente daquele dos contos de questões comportamentais, como admiração, ao mesmo tempo, são
fada. Eles percebem que embora por exemplo, de agressividade, medo, ferramentas que proporcionam aos
muito concisa a fábula, ela leva a ou qualquer outro que possa ajudar alunos receberem com interesse e
refletir, enquanto a lenda traz um na prática pedagógica e diretamente respeito obras de culturas diferentes.
caráter sentimental. numa situação particular de uma A criança agora, dizemos, está no
criança ou de um grupo de alunos. mundo terreno, confronta-se e
Com a chegada do rubicão, no percebe a realidade. Esses contos
3º ano escolar, a criança está se No quarto ano escolar, as crianças trazem a realidade de povos
despedindo da primeira infância têm uma grande mudança, estão primitivos, através de imagens cheias
e agora ao redor dos nove anos, mais maduras e cada vez mais se de significado. A criança vivencia
vive um grande turbilhão, onde se apropriam do pensar, trazendo de forma imediata toda alegria da
vê separada do mundo ambiente, muitas perguntas sobre o mundo. existência do mundo dos sentidos.
confronta com os novos sentimentos Agora querem estruturar seus
e descobertas (que leva a uma pensamentos. A atenção está voltada Assim, percebemos que os contos
distinção entre o mundo interior e definitivamente na natureza tal como e histórias que permeiam os anos
exterior). A mitologia hebraica vem é percebida pelos sentidos. Então, escolares são um instrumento
de encontro com a alma dessa idade, as narrativas chegam através das pedagógico importante do
trazendo o alimento adequado. histórias da mitologia nórdica e da professor, mas também vão de
Pelas narrativas, a criança conhece mitologia indígena, que vão trazer encontro ao momento de cada
a história da humanidade, as noções essas respostas, apresentando à idade escolar, ajudando, imprimindo
práticas do mundo e vivencia a criança o mundo no início de tudo. e impulsionando a alma em
responsabilidade do ser humano Como já tiveram a mitologia hebraica, desenvolvimento. ★
perante o mundo. Ao escutarem olharão com esses contos a Criação
essas narrativas enriquecem sua sob outro ponto de vista. Isso faz
sensibilidade em relação a mais um nascer na criança a disposição de
elemento estilístico. Paulatinamente observar algo de diversos lados.
perdem o desejo de ouvir descrições Enfim, no 5º ano escolar, as crianças
do mundo ao redor em forma de estão ao redor dos onze anos e
REFLEXÃO DE ÉPOCA 9
A Descida da Paz, William Blake, 1809
FINN – UM CONTO DE NATAL
(Conto popular da Irlanda)
Em tempos passados, quando os povos da Irlanda ainda eram guiados por muitos nobres e reis, vivia na ilha
verde um jovem pastor, que sobrepujava todos os outros jovens, tanto em seu trabalho quanto na batalha.
Seu nome era Finn.
Sucedeu certa vez, durante uma guerra, que Finn ficou sozinho com o seu rei no campo de batalha, depois da
luta. Exausto do combate, o velho rei estava apoiado em seu escudo, e pediu ao jovem guerreiro: - “Tu tens
um gole d’água para que eu recobre as minhas forças?” Finn percebeu pela primeira vez que a fraqueza tinha
poder também sobre seu rei, e um pensamento orgulhoso começou a arder em seu coração: - “Eu somente
quero servir àquele senhor que não tiver fraquezas, e que for mais forte em tudo.”
Esse pensamento tornou-se uma força em sua alma e o impulsionou a procurar o senhor mais digno. Logo ele
abandonou os seus rebanhos, e errou de um lugar a outro, de um rei a outro à procura do mais forte dos fortes.
Porém em toda a Irlanda ele não encontrou um homem que fosse livre de fraquezas. Por fim começou a per-
guntar a si mesmo: - “Teria eu promovido toda essa busca para descobrir a mim mesmo como o mais forte?”
Assim o seu desejo orgulhoso se transformou em altivez.
Quando isto aconteceu, na Irlanda acabara de começar o inverno que ali traz consigo tempestades violentas e
chuvas frias. Certa noite Finn encontrara abrigo na choça de um velho pecador que vivia numa península do
mar aberto no extremo oeste. Enquanto lá fora a tempestade uivava e a chuva batia contra os trapos de couro que
tampavam a entrada os dois homens ficaram durante muito tempo sentados em volta da
fogueira sem dizer nada. Por fim o velho indagou:
- “O que buscas?”
- “Mesmo que tu procurares pela terra inteira, não encontrarás nada que seja mais forte que o todo poderoso
oceano que circunda a nossa ilha.”
O pescador jogou um punhado de cavacos resinosos na brasa e uma poderosa chama se levantou.
Ele se precipitou para fora, para a noite, correu até a praia, onde levou a canoa de peles do pescador até a
água e começou a remar rumo ao mar aberto. Possuído por uma incrível raiva, ele lutou conta o vento e
contra as ondas com violentos golpes de remo. Passaram-se horas e escureceu tanto que ele mal podia
reconhecer a espuma sobre as ondas. Afinal ele pensou ver uma enorme sobra na escuridão à sua frente.
Quando reconheceu ser uma ilha de rochas íngremes que se elevava no meio do mar furioso, já era tarde
demais: uma poderosa rajada agarrou sua embarcação e a jogou sobre os rochedos. Finn foi arrastado pelas
águas para fora do barco que destroçava, e arremessado sobre um bloco de pedra, onde ficou deitado.
Quando voltou a si, através do barulho do mar e do uivar da tempestade, um som maravilhoso, nunca dantes
ouvido, chegou até ele. Até este dia Finn nunca havia escutado o som de sinos. Ele escalou as rochas seguindo
os sons claros e chegou, assim, até uma casa construída de pedras rústicas e sem janelas.
Assim, ele simplesmente entrou.
Em frente de uma mesa de pedra, sobre a qual queimavam velas, estavam reunidos homens com trajes longos e
grossos e depois que a porta se fechou atrás de si, Finn escutou que eles cantavam. Ele ficou parado e escutou.
O sininho continuava a tinir, e quando o canto cessava por alguns instantes, era
como se o sino continuasse a cantar sozinho.
Depois um dos homens falou. Para Finn foi como se o som dos sininhos aumentasse até se tornar o grave e
poderoso badalar de inúmeros sinos de catedral. Ele escutou palavras: “Hoje nasceu o Redentor, aquele que
foi ungido Rei, o Senhor dos Senhores.” E, de repente, escutou-se através dos sons fortes, o choro de uma
criancinha. Finn acreditou sentir o cheiro de estrume de burro e na nuca sentir o bafo úmido e quente de
uma vaca. Por um instante ele viu, no lugar da mesa de pedra, debaixo de forte luz, um recém-nascido,
deitado sobre a palha. – “Por este sinal vós reconhecereis o seu poder milagroso: encontrareis uma
criancinha envolta em panos, deitada numa manjedoura.” O dobrar dos sinos e o choro da criancinha foram
dominados pelo rugir do vento e do mar. Já não eram o mar e o vento, e sim as vozes de todos os seres que
se uniram em todos os confins da Terra para um infinito canto de louvor e
glória a Deus e à dignidade dos homens.
Os homens na casa de pedra caíram ajoelhados e Finn com eles. Ele chorava. Passara a noite a cantar e a
orar e de manhã o sol se levantou sobre o mar calmo e tranquilo, cumprimentado pelo sininho. Os monges
eremitas, pois isso eram esses homens, convidaram Finn para ficar com eles e ele dicou doze dias e doze
noites. Eles ensinaram-lhe, então, muito sobre o verdadeiro Senhor dos homens e das forças da Natureza.
REFLEXÃO DE ÉPOCA
Época do Advento
por Angela Bernardo | Tutora do 12° Ano EWFA
costume nas escolas conhecimento científico, mas de luz aos quatro cantos do mundo.
É
Waldorf contar um coração quente e sensível como A coroa pode ser colocada em
histórias mostrando os dos pastores que se dirigiram um local onde a família se reúna
como elas podem ao estábulo para contemplar a normalmente. Deve ser um local
fornecer a força de chegada do menino Deus. calmo, onde os familiares possam
vontade tão necessária se sentar e refletir sobre o sentido
e escassa para a formação das O advento é um período de da época. A cada domingo uma
crianças para torná-las adultos renovação, fé e principalmente da vela é acesa, de modo que, quando
interiormente fortes. esperança de realizar somente o bem. o dia de Natal chegar, as quatro
velas estarão brilhando.
A época do advento são as quatro Para festejar os passos do advento
semanas que antecedem ao Natal. existe o costume de fabricar uma Esta tradição é uma ajuda externa
Nessa época passamos a trabalhar mais coroa com ramos de pinheiro, em que fala da esperança de os quatro
efetivamente o nascimento da nossa forma de círculo. Este é enfeitado corpos da criança, quais sejam, o
individualidade, cheia de boa vontade. com laços e fitas vermelhas. Sobre o corpo físico, o etérico, o astral e o
círculo são colocadas quatro velas: Eu, nascerem perfeitos. Para isso a
Para conseguirmos que algo azul, verde, amarela e vermelha. luz e o calor são meios necessários
maior nasça dentro de nós, não Elas simbolizam os Anjos que Deus para a esperança psicológica e
precisamos de dinheiro e nem de enviou para a Terra para trazerem anímica poder florescer. ★
INFORMATIVO FRANCISCO | VERÃO 2020
Muitos anos atrás, a Terra era muito diferente do que é hoje. Os homens
não sabiam construir casas e tinham que viver em cavernas muito escu-
ras. Não sabiam plantar nem cuidar da terra. Deus teve pena dos homens
e chamou os Anjos para trazerem luz ao mundo e avisarem que iria man-
dar seu filho para conscientizar os homens.
O segundo Anjo tinha asas verdes. Saiu do céu bem cedinho, mas como
voava muito devagar, chegou à Terra ao entardecer. Os raios de luz que
esse Anjo trouxe, deram cor e perfume às plantas. Ensinou aos homens
como se deve plantar, deixar a terra bem fofinha para receber as se-
mentes. Trouxe também a chuva e com ela molhou a terra, encheu os
lagos e fez os rios correrem mais rápido.
O terceiro Anjo tinha asas amarelas. Ele foi buscar os raios do sol e
quando estava chegando à Terra os animais vieram ver aquela luz e se
admiraram muito. O Anjo contou aos animais que iria nascer uma criança
muito especial e que todos deveria se preparar para recebê-lo.
Os pássaros fizeram músicas lindas, as borboletas coloriram suas asas.
O vento levou a notícia por todas as partes da Terra.
O quarto Anjo tinha asas vermelhas e queria muito ajudar aos homens que
nem esperou para ser chamado. Foi rápido falar com Deus, então recebeu
uma luz especial que vinha do trono de Deus pai. Essa luz do quarto Anjo
deveria ser colocada no coração de cada homem, mulher e criança, porque
faltava muito pouco para a chegada o dia do nascimento de Jesus.
É por isso que até hoje acendemos quatro velas na Coroa do Advento. Para
recordar os quatro Anjos que nos avisam da chegada do filho de Deus.
REFLEXÃO DE ÉPOCA 13
Sou areia sustentando
“Preciso ser um outro
ser humano representa Por volta dos 36 meses, ela se transição, onde ela troca os dentes da
O um pequeno mundo, um
microcosmo perante o
macrocosmo. Ele contém
em si todas as leis do
“reconhece”, dizendo “eu”, referindo-
se a si mesma; desenvolve a marcha
cruzada; apresenta a dentição
completa (20 dentes de leite) e a
infância e vai se transformando em
um adulto. Agora, com o nascimento
dos dentes permanentes, um a um,
ela vai identificando e formando a sua
mundo, todos os mistérios do mundo. conclusão do primeiro templo onde Identidade.
“céu e terra se encontram” no toque
O corpo humano leva 21 anos para entre as duas arcadas. A criança A palavra Identidade possui a palavra
chegar às proporções definitivas, ganha equilíbrio. dente no meio, pois quando um
sendo que até os três anos de indivíduo morre é através da arcada
idade a criança se desenvolve mais Aos 7 anos com o nascimento do 1º dentária que se identifica aquela pessoa.
do que em toda a sua vida: ela Molar Permanente a criança muda
conquista a postura ereta, partindo de rosto, pois seu rosto original não Aos 14 anos nasce o 2º Molar
da horizontalidade; desenvolve as é visível quando ela vem ao mundo. Permanente, que tem relação com o
bases do andar (1 ano), do falar (2 Ela tem que encontrá-lo. Será sistema reprodutor. Nesta fase temos
anos) e do pensar (3 anos). uma descoberta e essa é a fase de 28 dentes na boca.
INFORMATIVO FRANCISCO | VERÃO 2020
FOLHA LIVRE 15
FALANDO COM A DOUTORA
João e Maria
por Ivani Lasco Rotundo Simões | Psicóloga
O inocentes irmãos
vivem na memória
e vivências de cada
um de nós! Será que
crianças? Pelo menos, parece que
era assim que estes pais pensavam!
O que nos consolava muito (e havia uma Sabedoria por trás de Os irmãos inseparáveis foram
ainda consola os pequenos que cada desafio! “expulsos” de um lar árido, mas
acompanham esta saga) era o Então... aprenderam a constituir uma nova
fato de que João ia conseguindo Será que hoje em dia, a bruxa “da ordem de cooperação, confiança
enganar diariamente a bruxa, vez”, veio da China, voando com seus e integração para que enfim...a
que pretendia devorá-lo! E que “morcegos” por todos os Continentes solução aparecesse!
a ingênua e inconsolável Maria da Terra?
criou a incrível oportunidade para O que provocam em nós? “Joões” e “Marias” não são apenas
arremessar ao fogo, aquela que Sabemos que tivemos de sair da irmãos, duplas ou “casais”!
havia feito o “mal” também a nossa zona de conforto, mas sem as Eles são cada um de nós que
tantas outras crianças! “pedrinhas brilhantes e nem as migalhas precisamos com calma, estabelecer
de pão” para nos orientar a retornar projetos conscientes, resilientes e
Por fim, o trabalho cooperativo para o mesmo trajeto “normal”. consequentes, para superarmos as
entre os pequenos heróis apartou provas que essa nova “bruxa”, nos
o “mal” a um plano sem poder! Estamos tendo agora de percorrer impõe!
Sem contarmos que o tesouro o caminho do “destino” (como
escondido pela maldosa senhora, João e Maria) mas... estamos Com perseverança, tranquilidade,
encontrado agora pelos irmãos, duvidando que exista uma guiança raciocínio, amor e fé conseguiremos
mais o resgate das outras infelizes da Inteligência Cósmica permitindo suplantar as dificuldades que esta
crianças, realinhou a trajetória que esses desafios nos confrontem! situação árida exige de nós.
para o final feliz! Pelo fato de não termos essa João e Maria são a integração entre
consciência, achamos que fomos
Ufa! “expulsos” da família coletiva e Espírito e Alma dentro de cada um
fomos lançados à própria sorte, de nós! Essa comunhão interior nos
Pausa... numa desconhecida “floresta”. alavanca a um patamar de Clareza e
Bom Senso que nos traz a consciência
Mas...quem nós chamamos de Anjo Guardião é um ser que tem, para verificarmos a justa direção do
“bruxa” hoje em dia? entre outras, a missão de fazer caminho, rumo ao nosso ser interior!
cumprir em nossa existência, todas Encontraremos os tesouros!
Qual o “mal” que nos aterroriza? as provas necessárias para o nosso
aperfeiçoamento! Precisamos exorcizar essa “bruxa”
O que fazer para procedermos na “pira” da transmutação que
com atos tão coordenados Portanto, há um propósito só um coração simples, ingênuo
(como os de “João” e “Maria”) evolutivo que atua adiante de nós e alinhado com os propósitos
que resultaram em sucesso dessa e nos atrai a situações necessárias Superiores consegue abarcar!
“operação de autorresgate”? para a nossa evolução: o que Por estes dias, a Vida nos
precisamos aprender vem ao “conVida” novamente a olharmos
Reparem que nenhum adulto nosso encontro, quer vivamos na para o nascimento de Jesus menino
apareceu para salvá-los! Zona Norte ou Nova Zelândia! dentro de nós. Da manjedoura
Os desafios (individuais ou em nosso coração sincero,
Nenhum ser espiritual coletivos) são acompanhados das perceberemos a Luz Divina que
materializou-se para proceder ao “ferramentas”, mas o manual de nos inspira, e traz a Confiança no
arrebatamento dos irmãos! Mas instruções temos de decifrar! presente de superação! ★
intuito deste texto é de alguns conteúdos, reclamar do escola, mas encontramos uma
percepção, até porque achávamos escola. Mudanças sempre assustam! um processo. As coisas têm o tempo
que estávamos oferecendo o No início das aulas o resultado não certo para acontecer. Se alguém
que tinha de melhor. Havíamos poderia ter sido melhor, fomos sugerisse a EWFA lá atrás, antes de
procurado pela melhor escola acolhidos com muita generosidade passarmos por tudo, provavelmente
da Zona Norte, com os maiores e em poucos dias a Lina já estava faríamos outra opção.
índices de aprovação nos melhores inserida no contexto e feliz.
vestibulares. Qualquer mudança Nossos problemas não
nos parecia para pior. Logo na primeira semana de aula terminaram, ainda temos
fomos convidados para uma pizza uma filha adolescente, ainda
No primeiro semestre do 10º artesanal na casa dos pais de um estamos buscando ajustes,
ano optamos finalmente pela colega de classe. Estranhamos e até tentando acertar. Ainda estamos
mudança e começamos a procurar pensamos em não ir, mas fomos. Já aprendendo muito, mas sentimos
alternativas. Não queríamos uma neste encontro percebemos inúmeras que demos um grande passo e que
escola com o mesmo sistema diferenças. Posso citar rapidamente estamos na direção certa.
de ensino, cuja única diferença algumas: os pais trabalhando juntos, Nossa passagem pela Escola
fosse uma menor cobrança de fazendo a própria pizza, a tutora Waldorf Francisco de Assis
rendimento. Mariana presente no encontro, muito infelizmente foi muito breve, pois
atenciosa e acessível, os jovens juntos a Lina se forma neste final de
Queríamos oferecer a Lina algo no mesmo evento que os pais. Em ano, porém, mais uma coisa que
que viesse ao encontro das uma semana de aula já conhecíamos aprendemos: os vínculos formados
suas habilidades e que pudesse os pais dos colegas de classe e já prevalecem, não terminarão com
desenvolver seu potencial. Foi éramos conhecidos por eles. Durante a graduação. Sei que seremos
quando o Cássio, pai da Lina, nossa experiência de quase quinze sempre acolhidos e bem recebidos
lembrou de ter tido primas e tias anos na outra escola, nunca havia por esta grande família à qual só
que haviam estudado numa escola acontecido. Um acolhimento ímpar a temos que agradecer.
Waldorf, porém na época ele era nós e à nossa filha!
adolescente e não se atentava
muito para isto, mas lembrava que À princípio, tanto a Lina quanto Sou Lina, formanda
era uma proposta bem diferente. nós, continuávamos buscando
orientações sobre provas, notas, do 12º ano
Fizemos uma busca na internet e médias, boletins, aprovação... mas
descobrimos que a escola Waldorf aos poucos fomos percebendo a Estudei em um colégio tradicional
Francisco de Assis sempre esteve dinâmica da filosofia Waldorf, as pela maior parte da minha vida,
a dois quilômetros da nossa mudanças, as diferenças, as novas e só cheguei a conhecer o ensino
residência. As descobertas não referências e com isto vieram Waldorf na segunda metade de
pararam por aí, conversando com os ganhos. Em pouco tempo foi 2018, quando estava finalizando o
familiares soubemos que Marianne, possível notar um grande alívio primeiro ano do ensino médio.
esposa do Rudolf Lanz, era irmã da nas nossas vidas. À medida em A princípio foi um choque sair
bisavó da Lina e eram pessoas com que desacelerávamos o ritmo em de uma escola tão grande, onde
as quais convivemos por bastante algumas coisas, aprendíamos outras, existia pouca consideração com
tempo sem sequer sabermos de vivenciávamos novas experiências. a saúde mental e emocional dos
nada. Assim também foi com Trabalhar num evento escolar foi alunos, e entrar em uma escola
o Waldemar Setzer, com quem algo inédito para nós. Fazer objetos como a Waldorf, onde aprendi
tivemos muito contato em muitas artesanais para colaborar com a desde o primeiro dia que o bem
festas familiares durante anos. escola também não foi nada simples estar dos estudantes é de extrema
para quem não tem nenhuma importância para os professores e
Fomos buscar informações também habilidade. Surpreendentemente funcionários. Existe uma grande
com quem já conhecia a escola. estas atividades nos trouxeram preocupação com todos.
Thiago Borazanian, nosso primo, cujo uma grande satisfação. Às vezes
filho é aluno da escola, é testemunha sentimos falta de um senso mais Além de ser introduzida a um
das dúvidas e inseguranças que prático e objetivo na escola, ao qual ambiente onde todos cuidam e se
tínhamos. Carinhosamente dividiu estávamos acostumados, mas de importam conosco, pude trabalhar
sua própria experiência e nos forma nenhuma isto se sobrepõe a com coisas que não eram tão
incentivou bastante. todos os benefícios que tivemos. exploradas no meu antigo colégio,
como a música. Existe um grande
Ao procurarmos a EWFA fomos Podemos afirmar que foi uma reconhecimento e uma grande
muito bem recebidos desde o grande transformação para todos valorização pela arte na escola, o que
início. Nossa entrevista foi com nós, que ainda está em curso. Não eu estranhei no começo, mas amei
a professora Angela, com quem é simples mudar tanto depois de desde o primeiro dia.
dividimos nossas angústias e receios tantos anos agindo de outra forma.
e sanamos algumas dúvidas. Saímos Respeitamos as diversidades, mas Por fim, todos foram muito receptivos
esperançosos e com uma boa quando nos deparamos com estas e carinhosos comigo desde o
expectativa. dentro da nossa casa, torna-se momento em que entrei. O respeito
um grande desafio. Entendermos e a inclusão que este colégio pratica e
As férias de julho foram de muita as reais necessidades da nossa ensina é essencial, e deveria ser motivo
ansiedade, para nós e para a Lina. filha e enxergarmos que somos de inspiração para outros colégios.
Ela já tinha se desligado do Colégio bem diferentes dela e, portanto, Embora breve, meu tempo na Waldorf
anterior, mas teríamos que aguardar que aquilo que é bom para nós foi incrivelmente bom e mudou minha
até agosto para iniciar na nova provavelmente não será para ela, foi visão sobre muitas coisas. ★
A VOZ DA COMUNIDADE 19
Arquivo Pessoal
ais um ano prestes parte daquela que me possibilitou passado foi um exercício que
M
a se completar e,
como sempre, para
mim, o momento é
de reflexão sobretudo
desenvolver-me enquanto
indivíduo nessa escola de maneira
leve e feliz mesmo com todas
as provas que são colocadas em
muito pareceu triste por conta
de vários momentos que não
pudemos reviver, no entanto, para
mim, ainda assim, foi muito feliz.
o que fizemos ou deixamos de nosso caminho e que devemos Logo após minha saída do Ensino
fazer, sobre o que tiramos como enfrentar, assim como Micael Médio, o sentimento que reinava
lição após cada dificuldade que encarou sua maior prova de em mim foi o mesmo que o de
enfrentamos, sobre os momentos coragem ao enfrentar o terrível Pegasus quando abriu as asas em
bons e felizes que tivemos, mas dragão. O exercício da memória seu primeiro voo, um sentimento
também é um momento de é um exercício que eu entendo de liberdade, de que poderia fazer
inspiração e preparação para enquanto muito difícil, bastante o que desejasse, e não à toa foi
buscarmos ser um pouco melhor necessário. Em muitos momentos o que fiz. Decidi que gostaria
para o novo ano que se aproxima. da vida revisitamos nosso passado de conhecer o Nordeste desse
Esse ano fui agraciada com a buscando algo que necessitamos meu País, conhecer a Bahia, me
oportunidade de relatar minha naquele momento, força, boas reencontrar com o mar e conhecer
trajetória após a conclusão de meu lembranças, aprendizados, enfim... uma nova face de mim, que já
Ensino Médio na Francisco por e nesse ano atípico revisitar o havia se transformado em uma
INFORMATIVO FRANCISCO | VERÃO 2020
mulher e que carregava comigo a que trago até hoje na minha vida,
responsabilidade de cuidar de mim entrei em contato com numerosos
mesma. Me aventurei e descobri debates importantíssimos que me
novas faces do mundo assim como ajudariam muito na faculdade e,
Sidharta quando teve que sair de principalmente, na vida. Concluída
seu majestoso palácio e iniciar seu essa fase, no final do ano após
percurso por outros ambientes todo o nervosismo das provas,
que lhe eram estranhos. Após recebi a notícia maravilhosa de que
minha jornada voltei para casa havia conseguido passar em uma
e decidi explorar as faculdades universidade pública, a Unesp, em
que havia desenvolvido dentro um curso, Ciências Sociais, que
da escola. Primeiramente me havia selecionado de última hora,
debrucei sobre o macramê e após tantas discussões com meus
me arrisquei a vender meus plantonistas do cursinho.
trabalhos em feiras e eventos de
artesanato, até que decidi me O ano de 2018 foi mais um ano
desafiar e aceitar uma proposta de voo em direção ao mundo. O
que recebi para trabalhar em um curso que havia selecionado era
galpão onde seria produzido o ofertado em uma cidade que não
cenário para uma ópera. Esse foi conhecia chamada Marília. Desde
um dos melhores momentos da então, após três anos fora de casa,
minha vida, creio eu. Sempre tive apesar de uma saudade imensa da
uma conexão muito forte com a minha vida em São Paulo, estou
arte e ver que o trabalho que eu adorando construir uma nova aqui
produzia com as minhas mãos nessa cidade compreendendo a
rendia tão grandes frutos e era tão importância de toda essa vivência
apreciado por outras pessoas me pré-universitária que tive a
deixava extremamente feliz. Junto oportunidade de ter.
com esse trabalho, outro que viria
a definir minha vocação já estava Durante nossos anos dentro de
em curso também. E este outro uma escola Waldorf passamos
eram as aulas de Inglês que eu por várias experiências, somos
lecionava com uma grandíssima e orientados de maneira diferente.
querida amiga em sua casa, para
um grupo de crianças que davam Somos educados através de
muito trabalho, mas que eram processos artísticos e muito
muito queridas. profundos, aprendemos euritmia,
tricô, marcenaria e escultura.
Após esse meu ano de
experimentações, descobertas Os conteúdos nos são contados
e aventuras, decidi que havia através de histórias, lendas, mitos
chegado à etapa em que deveria e enquanto nós, alunos, mesmo
me preparar para o meu futuro. sem muito compreender o porquê,
Um belo dia então, levantei- nos dispomos a todas essas
me e, sem mais nem menos, fui experiências, de tal maneira que
me inscrever no cursinho perto passando por tudo isso, somos
de casa. Tudo que eu havia amparados nesses processos para
experimentado sobre o que era que diferentemente de Parsifal, ao
a Educação virou de cabeça encontrarmos com a “pergunta”,
para baixo quando recebi, no teremos não apenas a intenção,
primeiro dia de aula, um monte mas a faremos conscientemente.
de apostilas e provas; quando
entrei em uma sala de aula com Particularmente, o sentimento que
mais umas cem pessoas onde os carrego de toda essa experiência
não era possível saber o nome que tive e a compreensão que
de todos os alunos, quando me tenho dos motivos pelos quais as
deparei com um prédio azul e coisas são feitas de tal forma na
branco, sem vida, sem cor... mas Waldorf é a preocupação com o
de cabeça erguida enfrentei preparo do jovem para o mundo,
aquele novo desafio, o que não mas de maneira que more dentro
foi fácil. Demorei um pouco para dele a tranquilidade e a certeza
me adaptar, mas entre trancos do que está fazendo e escolhendo
e barrancos consegui concluir fazer. Pelo menos é como eu me
esta etapa. Entretanto, não que sinto e quando relembro todos
tive apenas experiências ruins no esses anos de aprendizados dentro
cursinho, conheci muitas pessoas e fora da Francisco. ★
NOSSO ALIMENTO
HISTÓRIA e RECEITA
por Bernadete Megumi Tamakoshi Kambe | Chef de cozinha, professora de Arte Culinária da EWFA
ra uma vez uma mulher faminta e um cavalo que também focinho para não afundar.
E
que se queixava para o
marido que queria ter
um filho, porém ambos
já eram mais velhos. A
velhinha então decidiu
queriam devorá-lo. Gingerbread
Man falou mais uma vez: “Corram!
Corram! Corram o mais rápido que
puderem! Vocês não podem me
pegar! Eu sou o Gingerbread Man!”
Apesar do medo de ser comido
pela raposa, o Gingerbread Man
pulou no focinho dela. Então, ela o
jogou para o alto, com a intenção
de agarrá-lo com a boca para
fazer um biscoito de gengibre em matar a sua fome.
formato de boneco e colocou no Então, o biscoito de gengibre
forno para assar. Quando ela abriu percebeu que estava correndo em Mas o homem de biscoito era mais
o forno, o biscoito pulou da forma e direção ao rio. “Oh, não! O rio! esperto do que a raposa e saiu
saiu correndo pela janela aberta da Agora eles vão conseguir me pegar! correndo, dizendo: “Corra! Corra!
cozinha. Como eu vou conseguir atravessar Corra o mais rápido que puder!
o rio?”, ele se perguntou. Você não pode me pegar! Eu sou o
O casal correu atrás dele na homem de biscoito de gengibre!”
esperança de comê-lo para saciar Foi nesta hora que uma esperta A raposa escorreu na margem do
sua fome. O boneco gritava: raposa saiu de trás da árvore e se rio, caiu na água e foi levada pela
“Corram! Corram! Corram o dispôs a ajudar o biscoito-homem correnteza.
mais rápido que puderem! Vocês a atravessar o rio. O biscoito pulou
não podem me pegar! Eu sou o em seu rabo e lá se foram eles E, desde esse dia, o homem de
Gingerbread Man”. Enquanto atravessando o rio. Quando estavam biscoito de gengibre corre por
corria, o Gingerbread Man quase chegando à outra margem, a aí, sem que ninguém consiga
encontrou um porco, uma vaca raposa pediu para ele pular no seu pegá-lo.★
INFORMATIVO FRANCISCO | VERÃO 2020
Modo de preparo
GLACÊ DE AÇÚCAR
Ingredientes
Peneire o açúcar e acrescente aos poucos a água ou limão. O Estes biscoitos podem ser
ponto ideal é formar uma pasta lisa. Pingue algumas gotas presenteados, pendurados em árvore
ou até em guirlanda de Natal.
de corante e mexa bem. Coloque em sacos de confeiteiro e
utilize para decorar bolos e biscoito. Fonte: http://blog.milon.com.br/
REFLEXÃO DE ÉPOCA 23
INFORMATIVO FRANCISCO | VERÃO 2020
REFLEXÃO DE ÉPOCA 25
Stephanie McGurk
INSTÂNCIAS
GOVERNANÇA
por Denise Seignmartin e Veridiana Ginco
U
fa! Que ano queridos alunos e de repente, nesse percurso e se surpreenderam,
desafiador que como que num pesadelo, fomos reconhecendo o quão rica e
todos nós tivemos... impossibilitados de nos encontrar. maravilhosa é a nossa pedagogia.
Como diz Imediatamente nos readaptamos
Guimarães Rosa: para um ensino à distância Agradecemos aos professores
através das aulas remotas, com o que de pronto “dançaram
“O correr da vida embrulha tudo, cuidado de manter aquecidos os conforme a música” e tornaram-se
A vida é assim: corações, tanto dos alunos como “especialistas” em informática...
Esquenta e esfria, dos pais, diante da circunstância Porém, apesar de todos os
Aperta e desafrouxa, estabelecida. esforços, ainda paira a sensação de
Sossega e depois desinquieta. que está faltando alguma coisa....
O que ela quer da gente é coragem.” Agradecemos imensamente Sim, falta o abraço, o olho no olho,
aos pais que da noite para o dia o cumprimento na porta da sala, a
E foi assim, um ano de tornaram-se a extensão do nosso conversa na porta da escola, enfim,
ressignificar, aprender com o trabalho, nosso braço direito e o contato humano.
inusitado e seguir a vida escolar que sem isso, não teríamos dado
com coragem. Um dia estávamos conta dessa tarefa tão preciosa de A Governança é imensamente
todos na escola com os nossos educar. Pais que aprenderam muito grata aos pais e professores que
INFORMATIVO FRANCISCO | VERÃO 2020
nesse ano “torto” estiveram Em termos coletivos, necessitamos e dia a dia fomos lidando com
remando juntos: ora tirando a cada vez mais trabalhar as diversas situações que a crise
água do barco para que ele não internamente a fraternidade, gerou. O que no início parecia ser
afundasse, ora remando num a igualdade e liberdade; incontrolável, aos poucos, foi sendo
ritmo intenso para não ir de compreendendo-nos mais uns aos superado e equilibrado. Estamos
encontro ao redemoinho e ora outros. Estamos vendo, durante falando da crise financeira, que
soltando o remo e deixando ser esses meses, um certo progresso em maio projetava consumir todas
conduzido pela sabedoria que nesse sentido. as reservas da escola e que, neste
reina atrás de tudo. Como diz o fechamento de exercício, com as
poeta tcheco Vaclav Havel: Na Escola estamos percebendo o diversas ações da comunidade
esforço de todas as instâncias no conseguimos preservar os recursos
“Esperança é uma orientação sentido de amparar as crianças necessários para iniciar o próximo
do espírito, uma orientação do para minimizar os efeitos da ano letivo - 2021.
coração. Não é a convicção de ausência das aulas presenciais.
que tudo vai dar certo, mas a A compreensão e entendimento O próximo ano ainda será bastante
certeza de que algo faz sentido, entre todos é a chave para sairmos desafiador, mas nossa comunidade
independente do que acontecerá.” fortalecidos desta situação. mostrou que tem a resiliência
necessária para prosseguirmos e
Seja o que virá, esperamos que Necessitamos estar cada vez mais voltarmos a prosperar em união
no próximo ano possamos remar unidos, sem dúvida as crianças fraterna. O exemplo mais vivo disso
novamente juntos, na certeza serão as maiores beneficiadas; é a nova casa do Jardim de Infância
de que a bonança virá e que portanto, não podemos hesitar em que em meio a toda crise conseguiu
remaremos em águas tranquilas nos unirmos. nascer e está linda e pronta para
para que tão logo cheguemos receber as crianças do Ensino
em terra firme e possamos nos Nesse ano, o Grupo de Estudos da Infantil, na Av. do Guacá, 33!
abraçar. Antroposofia terminou a leitura
do livro “As Manifestações do Registramos aqui nossa gratidão
Carma”. Na última conferência por todos que ajudaram a carregar
Steiner coloca em uma das últimas a Francisco nesse período sem
DELIBERATIVO
por Pedro Cerri
espiritual em amor e sabedoria.
Vamos nos lembrar dessa máxima
nesse ano que chegará.
Presidente da AHFA em 2020, que
deixa este grupo no qual contribuiu
por vários anos com dedicação
e generosidade. Agradecemos
INSTÂNCIAS 27
NA FUNÇÃO
Delicadas impressões
por Redação IF| Fotos: Thiago Borazanian
ndrea Teles Lopes de da Francisco. Encaminhou o cur- (2018), vinda de uma escola baseada
NAFUNÇÃO 29
Bijde Hansje | Imagem autorizada pela artista
VIDA EM VERSO