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Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto

Serviço de Formação Profissional do Porto

UFCD – 0416
Inventário
OPERADOR/A DE DISTRIBUIÇÃO
Inventário

Inventário é um documento contabilístico


que consiste numa relação de bens que
pertencem a uma pessoa, entidade,
empresa ou comunidade.
g
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ed Inventário
e
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o
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Inventário íe
Porquê? so
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gxo
STOCK

Refere-se à quantidade de bens ou produtos de que


dispõe uma organização ou um individuo num
determinado momento para o cumprimento de certos
objetivos.
Necessidade de Inventários

Proteção contra as incertezas (procura aleatória, imprevistos)


• Stocks de segurança

Produção e encomendas de acordo com critérios económicos


• Lotes de fabrico e lotes de encomenda (descontos de quantidade)

Cobrir antecipadamente flutuações da procura ou do fornecimento (sazonais)


• Cobrir necessidades de trânsito dos produtos

Produtos em vias de fabrico (entre postos de trabalho)


Inventários

Para verificar a qualidade do estado


dos stocks (diferença entre stock real e
registo informático do stock), é
necessário efetuar inventários e
eventualmente atualizar a registo
informático.
Inventários

Inventário

Permanente Intermitente
O valor dos inventários
É possível saber a em armazém e os
qualquer momento o resultados apurados, só
valor do inventário em é determinável através
armazém e apurar em de inventariações
qualquer momento os diretas dos valores em
resultados das vendas armazém, efetuadas
periodicamente
Inventário Permanente
Obrigatório para empresas de média e grande dimensão.

Com este sistema, o custo das existências vendidas e consumidas é conhecido a todo o
momento, já que a movimentação das contas de existências é feita sistematicamente

É um sistema que implica a existência de fichas de armazém, discriminando as quantidades e


valores unitários dos lotes, apurando-se assim o valor das existências finais, bem como o CEVC

É o que melhor serve os propósitos da gestão, já que sabendo-se sempre o CEVC, a informação
sobre os resultados da empresa está sempre disponível
Inventário Permanente
O inventário permanente inclui:

1. O registo de entradas com identificação dos tipos (compra, devolução, transferência, etc.) e da data em que
tal ocorreu;
2. O registo de saídas com identificação do tipo (consumo, venda, transferência, devolução, etc.) e a data em
que tal ocorreu;
3. O apuramento da existência (saldo) e respetivas datas;

4. A valorização dos movimentos e das existências;

5. Os acumulados dos movimentos para efeitos estatísticos;

6. O registo de identificação dos movimentos de entrada e saída.


Inventário Intermitente
Inventário intermitente ou periódico: registam-se as compras, o inventário inicial e o inventário
final

Com este sistema, o custo das existências vendidas e consumidas só pode ser apurado depois
da contagem física das existências e consequente apuramento das existências finais

É um sistema que, embora de fácil aplicação, não serve os propósitos da gestão, já que a
informação sobre os resultados da empresa depende sempre de uma contagem física
Inventários

Inventário Em qualquer momento: Durante o ano:


Permanent - A conta 31 está saldada - A conta 31 Compras representa
e - Io saldo da conta de inventário as compras feitas até à data
reflete as existências em - o saldo da conta de inventário
armazém reflete as existências do início do
Inventário
- O CMVMC reflete o custo das ano
Intermitent
mercadorias vendidas até à data - o CMVMC não está apurado
e
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Objetivos e Periocidade do Inventário


Objetivos

Proceder uma
determinação real Permitir uma
dos bens existentes otimização dos níveis Prevenção e redução
de stock das perdas
Quebras

Diferença entre os stocks teóricos de acordo com a


atividade da empresa, e os stocks reais.
Quebras

Quebras têm a sua origem em três causas principais:

Fruto Externo Fruto Interno Erros de Gestão

Produzido pelos empregados Derivados de falhas de gestão não


Provocado por pessoas da própria organização ou por intencionadas. Pe.: o registo de vendas
com preços errados, a não
alheias à empresa pessoas com relações de contabilização de quebras por
trabalho com a empresa obsolescência, etc.
Quebras
O primeiro passo para reduzir e combater o impacto da Quebra Desconhecida numa
organização é conhecer e reunir informação sobre este problema

Para o fazer, um passo imprescindível será calcular a diferença de inventário:

A diferença de inventário é a diferença entre o


inventário teórico e o inventário real ou físico; ou seja, a
diferença entre o que deveríamos ter de acordo com a
nossa atividade empresarial e o que realmente temos
Diferença de Inventário
Stock Inicial

Saídas de Produto
(vendas, devoluções a Stock Teórico
fornecedores)

Entradas de Produto
(compras, devoluções Stock Real
de clientes)

Diferença de Nível de Quebra


Stock Teórico Inventário Desconhecida
Usos e Aplicações da Diferença de
Inventário
 A diferença de inventário irá permitir-nos medir o alcance da Quebra Desconhecida.

As diferenças de inventário podem servir-nos para fazer:

Revisão ou estabelecimento
de novosdeprocedimentos
Adoção medidas de
internos
segurança (logística,
pontuais sobre
Ações comerciais
segurança, para
encomendas,expor
determinados
o produto em produtos,
locais mais
etc.).
zonas,
seguroslojas, etc.
da loja.
Usos e Aplicações da Diferença de
Inventário
 As medidas corretoras que podem ser tomadas serão mais eficientes quanto maior for
a qualidade da informação. Esta qualidade será determinada por:

1. A que nível da organização se realiza: Ou seja, se é feita ao nível da loja, secção,


categoria, referência, etc.

2. Frequência temporal do cálculo.


Usos e Aplicações da Diferença de
Inventário
 O cálculo da diferença de inventário permite corrigir os desvios que possam existir no
inventário teórico relativamente

Este facto é de vital importância, uma vez que o inventário teórico constitui a base
para a tomada de muitas decisões que transcendem o âmbito da Quebra Desconhecida
e, além disso, um inventário teórico deficiente pode levar a:

1. Roturas de stock

2. Implantações deficientes.

3. Cadeias de abastecimento ineficientes


Erros e pontos de risco a ter em conta no
cálculo da diferença de inventário

1. Haver engano na seleção do corte dos últimos movimentos que vão ser considerados
no cálculo do inventário teórico. Exemplo: Se foram feitas vendas enquanto o inventário físico é realizado e
estes movimentos não forem incluídos no cálculo do inventário teórico que utilizaremos para calcular a diferença, o resultado
revelará que “faltam” unidades quando na realidade elas foram vendidas, mas não incluídas no cálculo.

2. Manusear informação errónea ou incompleta. (Duplicação das vendas, Realização de envios incorretos de
vendas, Notas de entrega de armazém, Faturas relativas a entregas diretas na loja, Devoluções de produto, Regularizações
de preço, Autoconsumos, Receções incorretas)
Erros e pontos de risco a ter em conta no
cálculo da diferença de inventário

Para a realização do inventário físico constituem fontes de risco:

Produtos com vários


Produtos que estão componentes:
localizados em mais do que Se um dos componentes Armazém e lojas
um ponto da loja, armazém: “desapareceu”, e não se desarrumadas:
Isto pode fazer com que o Dificultam a tarefa da
cálculo mostre Quebras de pode comprovar que estão contagem física dos
todos, pode acontecer que
produto quando na realidade na contagem física não se produtos.
isso não acontece.
detete esta Quebra.
Melhores práticas no Cálculo da diferença de
Inventário

Constitui uma forma de


Conhecer o problema é o Com esta informação serão consciencializar e envolver
primeiro passo para o tomadas melhores medidas os trabalhadores da empresa
solucionar. de prevenção e controlo. na prevenção de Quebras
Desconhecidas.
Métodos de Abastecimento
As principais causas da diferença entre o fluxo físico de mercadoria e o fluxo de
informação são:

Falta de formação e de meios materiais adequados para o


tratamento da informação.

Falta de Alinhamento de Ficheiros Mestres (A.F.M)

 Por isto entende-se que os agentes que intervêm na cadeia de abastecimento manuseiam a mesma informação
atualizada de produto (formato promocional, dimensões, preço...)
Métodos de Abastecimento
Procedimentos que acarretam maior risco para a diferença entre o fluxo físico de
mercadoria e o fluxo de informação:
 

1
A preparação das encomendas.

2
Os processos de entrega e a receção da mercadoria, especialmente as entregas
que se fazem diretamente na loja.
3
A gestão das devoluções e os produtos estragados.
Métodos de Abastecimento
A deterioração dos produtos acontece por não existirem instalações adequadas que
permitam:
 
Manter uma temperatura adequada
para a conservação dos produtos

Execução de uma
“paletização” correta.
Métodos de Abastecimento
Práticas e Ferramentas para melhorar a eficiência do fluxo de mercadoria e de
informação na cadeia de abastecimento:
 

Intercâmbio de Dados
Codificação EAN.UCC
Preparação Eletrónico
128
(EDI)
Métodos de Abastecimento
Intercâmbio de Dados Codificação EAN.UCC
Preparação Eletrónico
128
(EDI)

Enco Receção
Carg Trans Desc de
mend Mercad
as a porte arga orias
Métodos de Abastecimento
Intercâmbio de
Codificação EAN.UCC
Preparação Dados Eletrónico 128
(EDI)

Através de uma linguagem standard as empresas podem:


1. Comunicar com antecedência o conteúdo exato dos envios

2. Confirmar a receção de mercadoria e informar de possíveis ocorrências no processo de


receção

3. Informar sobre a situação concreta de encomendas


Métodos de Abastecimento
Intercâmbio de Dados Codificação
Preparação Eletrónico
(EDI) EAN.UCC 128

É um sistema de identificação para armazéns, para ligar o fluxo físico de


mercadorias ao fluxo de informação e facilitar a integração dos fluxos de
informação entre as empresas, que permite:

Automatizar a gestão de armazéns Agilizar os processos de receção de


mercadoria
Métodos de Abastecimento
Intercâmbio de Dados
Preparação Eletrónico Codificação EAN.UCC
128
(EDI)
Nível de Stock de cada Referência

Planeamento

MRP MPS

É uma exposição de quais os items


Permite que as empresas calculem Sistema de Planeamento
quantos materiais de determinado tipo finais (produtos acabados ou Plano Diretor de Produção
são necessários e em que momento, Material montagens ou módulos utilizados para
objetivando o cumprimento de entregas os fabricar) que a empresa planeia (Master Production
(Material Requirements
de produtos sempre com o mínimo de produzir em termos de quantidade e de Schedule)
stock necessário Planning) calendário
Nível de Stock de cada Referência
Objetivos do MRP

O principal objetivo de um sistema de MRP consiste em controlar o nível de inventário, assinalando


prioridades de fabrico para os vários itens, e em planear a capacidade de funcionamento do sistema de
fabrico. Isto corresponderá a dizer que

Em termos de Inventário • Encomendar os itens certos, na quantidade certa e no tempo certo;

Em termos de Prioridades • Encomendar com a data certa em que vão ser necessários e
mantendo essa data válida;

• Planear para uma carga completa e precisa, realizando o


Em termos de Capacidade planeamento num período de tempo que permita visualizar as
futuras cargas.
Nível de Stock de cada Referência
“Fazer chegar os materiais certos, no local certo e no instante certo.”

Melhora o serviço a clientes


Aumenta a facilidade de alterar o Plano Director
Melhora o fluxo de informação
Melhora a resposta às mudanças de mercado
Minimiza o investimento em stocks
Reduz das interrupções do processo
Maximiza a eficiência das operações
Reduz os tempos não produtivos
Aumenta as vendas
Derruba barreiras internas
Reduz o preço de venda
Melhora a preparação para as funções de gestã
Aumenta o controlo do nível de stocks
Nível de Stock de cada Referência
Nível de Stock de cada Referência
É recomendado calcular a diferença de inventário com uma frequência proporcional ao

risco que cada secção, categoria, produto, etc. tenha em termos de furto ou erro.

Para estabelecer esta frequência recomenda-se ter em consideração o


seguinte: 

• 1.A atratividade dos produtos sentida pelos ladrões.


• 2.A situação na loja. Os produtos localizados em pontos críticos da loja têm mais possibilidades de
serem furtados.
• 3.A rotação do produto.
• 4.O seu grau de perecibilidade (qualidade daquilo que se estraga).
• 5.As diferenças de inventário detetadas anteriormente.
• 6.A consistência dos dados anteriores.
Nível de Stock de cada Referência
Para evitar erros e ter em conta as muitas ocorrências possíveis no fluxo físico da mercadoria
ao longo da cadeia de abastecimento, recomenda-se que na realização dos inventários se possa
ter a participação de forma direta ou indireta dos seguintes departamentos:

Controlo de gestão. Logística.


Nível de Stock de cada Referência

Contar fisicamente duas vezes os produtos.

Fazer comprovações aleatórias da integridade dos produtos


(Ex: verificar se nas unidades de venda estão todos os
componentes).
Nível de Stock de cada Referência
Uma vez que a realização de um inventário físico requer muitos recursos humanos e técnicos e,
frequentemente, envolve a paragem da atividade da empresa, uma forma de manter o nível de
implicação e consciencialização da nossa empresa é a realização de

“Inventários à distância”.

No caso de uma cadeia de lojas, a loja central solicita ao pessoal das lojas que no dia D
contabilizem uma amostra reduzida de referências. Posteriormente o pessoal da loja envia os
dados e a loja central confronta os dados da contagem física com os dados teóricos.
Política de Diminuição do nível de
Quebra
É recomendável que sejam feitas ações de formação e de acompanhamento das pessoas
envolvidas na realização do inventário físico.

O objetivo destas ações de formação é:


1. Estabelecer melhores práticas: por exemplo, realização de uma análise prévia da contagem sobre a
localização dos produtos, especialmente os que estão situados em mais do que um local diferente.

2. Unificar e normalizar aspetos como:


 A metodologia da contagem. (De cima para baixo e da esquerda para a direita.
Assim conseguiremos evitar erros e acelerar o processo.)

 A documentação de apoio a utilizar (formulários, tabelas, etc.)


Nível de Stock de cada Referência

Caso apareçam diferenças


significativas nas últimas
• 1. Rever a metodologia de cálculo.
disparidades de inventário
calculadas e a evolução dos • 2. Aumentar a frequência de
dados não seja muito cálculo.
consistente, recomenda-se:
Inventários – Periodicidade

Inventário

Periódicos Pontuais Sistemáticos

Inventário Inventário
Físico Físico Inventário Físico Inventário
Permanente Rotativo Intermitente Programado
Inventário Físico Permanente
Este sistema consiste em contar diariamente, no fim de cada dia de trabalho, apenas os artigos
que tenham tido movimento durante esse dia.

Assim, se houver qualquer erro, terá apenas que se verificar esse dia, simplificando-se a tarefa
de correção.
Inventário Físico Rotativo
Processa-se da seguinte forma:

Dividem-se os artigos, de acordo com o número de movimentos, nas categorias A, B e C;

Os artigos A são contados de forma cíclica e uma vez em cada trimestre, enquanto os B são
contados semestralmente e os C anualmente;

No início de cada dia de trabalho são controlados os movimentos dos artigos entrados e
saídos, no dia anterior.
Inventário Físico Intermitente
Consiste no encerramento periódico do armazém, durante alguns dias, a fim de fazer um
balanço (contagem) dos diferentes artigos.

É geralmente efetuado uma vez por ano, no final do exercício contabilístico. Engloba todos os
artigos da empresa, gerando uma elevada carga de trabalho que pode perturbar a sua atividade.
Inventário Programado
Este inventário permite, não só ter conhecimento dos stocks teóricos de materiais, durante os
próximos η períodos de controlo, mas, também das entradas programadas (provenientes das
encomendas emitidas), das previsões de saída, isto é, saber em que data se processa qual
movimento.
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Processo de Inventário
Calendarização do Inventário
Calendário de Contagem Residual Balance Counting
(Contagem de Balanço Residual)
Um dado número de recontagens é efetuado todos os dias, por vezes durante mudanças de turno ou em alturas em que é possível assegurar que não existem transações de inventário.

A recontagem é efetuada no momento em que o funcionário visita


a localização do artigo para fazer o picking ou a sua reposição.
As discrepâncias são corrigidas e registadas para análise.

São mantidos registos das recontagens para assegurar que todos os artigos são contados na frequência planeada.
Pode ser programada para situações em que seja
fácil a sua contagem.

As discrepâncias são corrigidas e registadas para análise. São mantidos registos


das recontagens para assegurar que todos os artigos são contados na
frequência planeada.
Preparação do Material de Contagem

Trata-se de um documento
onde é reunida toda a
1. Plano de Operações informação, detalhada e
rigorosamente tratada, relativa
a qualquer operação ou tarefa;

Inclui:
Preparação do Material de Contagem
Preparação do Material de Contagem

3. A escolha de Fornecedores

• Este passo é fundamental pelo que deve ser antecedido de uma avaliação do mercado dos
fornecedores dos materiais, tendo em conta alguns critérios, como a competência técnica, o preço e os
prazos de entrega.
• No seguimento da identificação destes elementos, a empresa deve entrar em contacto com os
fornecedores para obter informação específica sobre a estrutura e funcionamento das respetivas
empresas. A seleção deve atender a uma lista de critérios, concretamente estabelecidos por ordem de
prioridade.
• É importante que a empresa estabeleça uma relação de parceria com o fornecedor. Por outro lado, é
Preparação do Material de Contagem

4. Escolha da Qualidade dos Materiais

• Neste âmbito, a aquisição de matérias-primas é uma medida que deve ser privilegiada
mesmo quando a empresa se encontra em fase de lançamento. Se se revelar necessário,
deve-se atrasar os processos de vendas para permitir o fabrico de um produto com maior
qualidade;
Preparação do Material de Contagem

4. Avaliação dos Fatores – Chave para a política de


Existências

• A política de existências deve procurar evitar duas situações:


• A existência de um volume de stocks demasiado baixo, que coloca a empresa em risco de não poder
fornecer os seus clientes
• O excesso de stock, que reflete uma imobilização de capital difícil de gerir financeiramente.
• Neste contexto, a empresa deve ter em conta a duração do ciclo de produto, as previsões de vendas e
os prazos de entrega;
Preparação do Material de Contagem

5. Criar um Stock de Segurança

•É acrescentado às existências normais e tem como objetivo minimizar as consequências de um aumento inesperado da procura ou de um atraso ocasional dos fornecedores, o que obriga a um aumento do prazo de entrega.
•O stock de segurança equivale à quantidade de produtos vendidos por dia, em média, e pode ser calculada através de várias fórmulas;
Preparação do Material de Contagem

6. Gerir o stock consoante o seu valor financeiro

Para a otimização da gestão do stock, as existências, Aquelas que representam até 80% desse valor
tanto no âmbito da compra, como do armazenamento, exigem um cuidado especial; as que representam
devem ser tratadas com graus de importância que até 15% justificam alguma atenção; finalmente
diferem consoante o seu valor financeiro (preço aqueles que só chegam a 5% do valor financeiro,
unitário x compras anuais por parte da empresa). não necessitam de tratamento.
Instruções escritas para a realização das contagens físicas das
existências:

Emitir instruções escritas sobre a realização das contagens físicas

Detalhadas Redigidas de forma clara e acessível


Instruções escritas para a realização das contagens físicas das
existências:

Aspetos que devem constar das instruções:

 1) Datas e locais de contagem


oDias, horários e armazéns em que decorrerão as contagens
 2) Existências a serem inventariadas
oContagem total ou parcial (itens a inventariar)
3) Procedimentos pré-inventário
oLimpeza dos armazéns, arrumação das existências e separação dos
itens obsoletos, com pouco movimento…
Aspetos que devem constar das instruções:
Instruções escritas para a realização das contagens físicas das
existências:
 4) Constituição das equipas de contagem:
oMínimo de duas pessoas – Contador (armazém) e escrivão (secção de
contabilidade)
oEm cada local de contagem deverá estar um encarregado de armazém e um
conferente (secção de contabilidade)
oNo caso de existirem auditores internos, estes devem fazer as suas próprias
Contagens
 5) Forma de realização do inventário
oSequência e registo dos itens contado
Instruções escritas para a realização das contagens físicas das
existências:

Aspetos que devem constar das instruções:

6) Anotação das contagens:


oAs contagens devem ser anotadas em listas ou em talões
(fichas)
oTalão: individualiza os diferentes produtos em talões
separados
oFicha: relação dos diferentes produtos
Instruções escritas para a realização das contagens físicas das
existências:

Aspetos que devem constar das instruções:

7) Procedimentos relativos ao «corte» de operações (cut-


off):
  Há acontecimentos que podem falsear o inventário,
tais como:
 a) Existências recebidas antes da data de inventário mas
contabilizadas após essa data;
Instruções escritas para a realização das contagens físicas das
existências:

Aspetos que devem constar das instruções:

 8) Procedimentos pós-inventário:


oComparar as quantidades contadas com os registos de quantidades e do
inventário permanente
oA análise das diferenças deve ser realizada o mais cedo possível após o
inventário
oAs diferenças devem ser investigadas e retificadas
 9) Reunião Preparatória:
oDistribuir as instruções escritas para a realização do inventário
Controlo das Contagens
O processo de inventário permanente divide-se na inventariação de dois tipos
de posições:
 

Posições de Posições
Preparação vazias
Controlo das Contagens – Posições de
Preparação
O objetivo é inventariar todos os locais de preparação.

Como o local de preparação é uma posição onde vão parar 85% — em média – de todas as
paletes que entram no armazém, poder-se-á dizer que mais cedo ou mais tarde quase todos os
erros cometidos acabam por se refletir nesta posição.

Passos a Seguir

Modelo Clássico Modelo JIT


Controlo das Contagens – Posições de
Preparação

Modelo Clássico
1. Os operadores de inventário dirigem-se ao gabinete da equipa de organização e recolhem o mapa das posições e inventariar;

2. Para cada posição indicada o operador deverá verificar que esta contém o artigo correto na quantidade e qualidade correta;

3. Se tal não acontecer, anota o erro e remove o artigo para uma zona de artigos com problemas de inventário e que está devidamente marcada. A remoção dos artigos só se justifica se ele for
diferente do que deveria estar na posição, se não deve-se fazer um acerto de inventário para corrigir a quantidade;

4. Procede para a próxima posição da lista e repete os três últimos passos;

5. No final da lista, o operador deverá dirigir-se ao gabinete da equipa de organização e entregar o mapa com os erros;

6. O mapa entregue será alvo da atenção dele próprio ou de um operador administrativo para que as diferenças sejam registadas no sistema;
Controlo das Contagens – Posições de
Preparação

Modelo JIT
1. O operador de inventário indica ao computador via rádio-
terminal que vai começar um inventário às posições de preparação;

2. O computador mostra-lhe a primeira posição e pergunta o artigo e quantas caixas lá estão. O


operador responde – quer introduzindo o código do artigo quer lendo-o com um leitor de
código de barras – e indicando também o número de caixas;

3. Em caso de erro e depois da confirmação dos valores, o computador assume a quantidade indicada como sendo a da posição. O
operador remove a mercadoria que está mal posicionada – se for este o caso – para a zona de artigos com problemas de inventário. A
remoção dos artigos só se justifica se ele for diferente do que deveria estar na posição, senão deve-se fazer um acerto de inventário
para corrigir a quantidade.
Controlo das Contagens – Posições Vazias

O interesse deste inventário reside no facto de ser muito simples inventariar uma posição vazia
– é olhar e ver se está ou não. Devido a esta simplicidade ele pode ser utilizado para níveis
superiores aos do chão, que são difíceis de inventariar.

Passos a Seguir

Modelo Clássico Modelo JIT


Controlo das Contagens – Posições Vazias

Modelo Clássico
1. Os operadores de inventário dirigem-se ao gabinete da equipa de organização e recolhem o mapa das posições e inventariar;

2. Para cada posição indicada o operador deverá verificar se ela está vazia ou não. No caso de ela estar ocupada assinalará esse facto no mapa;

3. Procede para a próxima posição da lista e repete o último passo;

4. No final da lista, o operador deverá dirigir-se ao gabinete da equipa de organização e entregar o mapa com os erros;

5. O mapa entregue será alvo da atenção dele próprio ou de um operador administrativo para que as diferenças sejam registadas no sistema;

6. As diferenças existentes deverão ser passadas para um operador de movimentação de paletes para que a palete mal colocada seja retirada para a zona de artigos com problemas de
inventário.
Controlo das Contagens – Posições de
Preparação

Modelo JIT
1. O operador de inventário indica ao computador via rádio-terminal que vai
começar um inventário às posições vazias;

2. O computador mostra-lhe a primeira posição e pede a chave da posição;

3. O operador deverá dirigir-se para a posição e introduzir a chave correta,


confirmando se está ou não vazia;

4. Caso não esteja vazia, e após a necessária confirmação, o computador marcará a posição para que a palete seja removida e colocada
na zona de artigos com problemas de inventário – esta marcação irá fazer que seja dada uma ordem de movimentação à máquina que
esteja mais próximo dela, logo que possível.
Controlo das Contagens – Modelos
De novo se nota que o modelo JIT funciona de uma forma muito mais natural e produtiva, em
que as ações são tomadas em tempo real.

De novo se coloca o problema da idade da informação, no caso do modelo clássico há que
garantir que não é arrumada nenhuma palete entre o momento de emissão do mapa e a
respetiva contagem.

Esta necessidade levanta muitos problemas práticos, que impedem uma utilização mais
frequente deste método. Isto não se passa no modelo JIT, onde a informação é em tempo real.
Controlo das Contagens – Resolução de Problemas
Encontrados

Este procedimento permite-nos resolver os problemas e inventário encontrados e que foram


devidamente isolados numa área do armazém marcada para o efeito.

Passos a Seguir

Modelo Clássico Modelo JIT


Controlo das Contagens – Posições Vazias

Modelo Clássico
1.Pegar num bloco de folha de operações manuais – acertos, transferências e outras atividades semelhantes e selecionar um artigo dos que estão na zona referida;

2. Se a quantidade for pequena – algumas caixas – o operador deverá identificar o local de preparação do artigo – por consulta num terminal do computador — e acrescentar essas caixas lá. De seguida deve fazer uma contagem ao total de caixas e anotar o total na folha de acertos;

3. Se a quantidade for uma palete inteira — ou perto disso – deverá identificar todos os locais onde esse artigo existe e, um a um, verificar se estão ocupados:

- Se estão deverá arrumar a palete noutro local e anotar o facto na folha de acertos;

- Se não estão deverá colocar a palete no local onde falta e cujo número de caixas é igual. Se não existir nenhum local nestas condições deverá colocar a palete em falta num dos locais e anotar na folha de operações o acerto correspondente para que o sistema informático ficar concordante com a realidade;

- Se ao inventariar as posições, no ponto anterior, identificar qualquer erro, ela terá de ser resolvido pelo método apresentado nos procedimentos Posições de Preparação ou Posições Vazias;

4. Selecionar o artigo seguinte e proceder do mesmo modo;

5. Periodicamente deverá levar o conjunto de folhas de operações para o gabinete da equipa de organização para que as alterações físicas sejam refletidas no sistema;
Controlo das Contagens – Posições de
Preparação

Modelo JIT
1. Selecionar um artigo dos que estão na zona referida;

2. Se a quantidade for pequena – algumas caixas – o operador deve identificar o local de preparação do artigo – por consulta no rádioterminal — e acrescentar lá essas caixas. De seguida deve fazer uma contagem ao total de caixas e atualizar de
imediato o sistema;

3. Se a quantidade for uma palete inteira — ou perto disso – deverá identificar todos os locais onde esse artigo existe e, um a um, verificar se estão ocupados:

- Se sim, deve arrumar a palete noutro local e atualizar de imediato o sistema – através do rádio terminal;

- Se não, colocar a palete no local onde falta e cujo número de caixas é igual. Se não existir nenhum local nestas condições deverá colocar a palete em falta num dos locais atualizar o sistema informático para que ele fique concordante com a
realidade;

4. Se ao inventariar as posições, no ponto anterior, identificar qualquer erro, ela terá de ser resolvido pelo método apresentado nos procedimentos Posições de Preparação ou Posições Vazias;

5. Selecionar o artigo seguinte e proceder do mesmo modo.


Tratamento do Inventário – Precisão do
Inventário
A precisão do inventário (IRA – Inventory Record Accuracy) prende-se com a correspondência
entre os registos da informação sobre stock e a realidade.
A importância da precisão do inventário pode ser percebida pelos custos e perdas associados à
sua falta:

1.Diminuição 2.Uso de stocks de


segurança, para
de garantir nível de
património serviço
Tratamento do Inventário – Sistemas de Medição e Monitorização do
Inventário

O objetivo destes sistemas é manter níveis altos de fiabilidade da informação sobre O


inventário com o mínimo de investimento possível.
Os melhores sistemas monitorizam o processo e não apenas o stock. Implicam habitualmente:

1 •A definição de uma equipa responsável;

2 •A simplificação e normalização de procedimentos;

3 •A garantia da integridade dos registos;

4 •O treino do pessoal para a disciplina na execução dos procedimentos;

5 •E, finalmente, algum método de inspeção do inventário.


Tratamento do Inventário – Auditoria e
os
Inventários
v
b jeti
O 1. •Ver ifi car se o tr atamen to co nt ab ilís ti co eas med id as de co n tro lo in tern o r elacio n ad as co m o s in ven tário s s ão adequ ad os e se est ão , d efact o , as er ap licad os ;

2. •Det er minar s eas q uan tid ad es relati vas ao s inven tário s exis tem, es tão cor ret amen t ein vent ariad as , são p ro pr iedade da emp resa es ão ap ro pr iado s p ar aa su a fin alid ad ee s es ob re eles r ecaem r es tri ções de pr op ri edad e;

3. •Det er minar s eo s in ven tár io s estão valor izadas ao cu sto d eaqu isi ção e/o u ao cu st o d ep ro du ção , se o s critéri os de men su ração fo ram ap licad os de fo rma co ns ist en teem r elação ao exer cí cio an terio r est an do o s in ven tár ios co rr et amen te co nt ab ili zad as qu an to à co nt a, mo n tante e perío do ;

4. •Det er minar s e, n o caso do cus to de aqu isição e/ ou d ep ro d ução ser s up er ior ao valo r r ealizável lí qu ido , foi est e últi mo o u til izado n avalo riz ação do s inven tário s;

5. •Ver ifi car se o s in vent ár ios in clu em a p len itu d ed os p ro du to s n a data do b alan ço ese as in for mações fo ram ad eq uadament e di vul gad as ;

6. •O cu s to das mercado r ias ven d idas e con su mi das r efl eti do n as DF´s est ár elacio nad o com o perí od o so b exame;

7. •Ver ifi car se es tão adeq uad amente d ivulgad as no an exo as informaçõ es perti nent es
Tratamento do Inventário – Procedimentos de
Auditoria
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Tratamento do Inventário – Fases da Auditoria ao Processo de Contagens
Físicas

FASE 1: Assistir ao planeamento da contagem:

Fontes de informação sobre os stocks, armazéns e pessoas

Estratégia a seguir na contagem física

Tempo e localização da contagem

Responsáveis e técnicos na contagem

Procedimentos de contagem
Tratamento do Inventário – Fases da Auditoria ao Processo de Contagens
Físicas

FASE 2: Observação da contagem:


Os stocks estão devidamente arrumados?

Os stocks que não pertencem à empresa estão identificados?

Como é que os stocks são registados?

Como é avaliado o estado de conservação dos stocks?

Como são marcados/etiquetados os stocks já contados?

Determinação dos stocks danificados, obsoletos ou de baixa rotatividade?

As instruções estão a ser seguidas?

Métodos de pesar, medir, etc...


Tratamento do Inventário – Fases da Auditoria ao Processo de Contagens
Físicas

FASE 3: Encerramento da contagem

Certificar que todos os artigos foram contados

Obter a relação numérica das folhas de contagem utilizadas, não utilizadas e inutilizadas

Encerrar a contagem.
Tratamento Contabilístico
A Norma contabilística e de relato financeiro (NCRF) 18 – Inventários

Esta norma tem por objetivo prescrever o tratamento para os inventários, fornecendo
orientação para mensurar a quantia do custo a ser reconhecida como um ativo e a ser
escriturada até que os réditos relacionados sejam reconhecidos.

A norma proporciona ainda orientação prática na determinação do custo e no seu subsequente


reconhecimento como gasto, incluindo qualquer ajustamento para o valor realizável líquido,
assim como as fórmulas de custeio que são usadas para atribuir custos aos inventários.
Tratamento Contabilístico
A Norma contabilística e de relato financeiro (NCRF) 18 – Inventários

Assim, os inventários (existências), são ativos:

a) Detidos para venda no decurso ordinário da atividade empresarial;

b) No processo de produção para tal venda; ou

c) Na forma de materiais ou consumíveis a serem aplicados no processo de produção ou na


prestação de serviços.
Tratamento Contabilístico
A Norma contabilística e de relato financeiro (NCRF) 18 – Inventários

A obrigação de adoção do sistema de inventário permanente na contabilização dos inventários encontra-


se prevista no artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho.

Assim, as entidades a que seja aplicável o SNC ou as normas internacionais de contabilidade adotadas
pela UE, desde que ultrapassem, durante dois exercícios consecutivos, dois dos três limites indicados no
n.º 2 do artigo 262.º do Código das Sociedades Comerciais (vendas líquidas e outros rendimentos:
3.000.000 €; total do balanço: 1.500.000 €; e n.º médio de empregados no exercício: 50), ficam obrigadas
a adotar o sistema de inventário permanente na contabilização dos inventários, nos seguintes termos:
Tratamento Contabilístico
A Norma contabilística e de relato financeiro (NCRF) 18 – Inventários

1. Proceder às contagens físicas dos inventários com referência ao final do exercício, ou, ao
longo do exercício, de forma rotativa, de modo a que cada bem seja contado, pelo menos,
uma vez em cada exercício;

2. Identificar os bens quanto à sua natureza, quantidade e custos unitários e globais, por forma
a permitir a verificação, a todo o momento, da correspondência entre as contagens físicas e
os respetivos registos contabilísticos.
A Classe 3 – Inventários – Registo
Contabilístico
Esta classe, como engloba contas de inventários e os ativos biológicos, diz-se que é mista e é composta pelas seguintes

contas:

31 – Compras
32 – Mercadorias
33 – Matérias-primas, subsidiárias e de consumo
34 – Produtos acabados e intermédios
35 – Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos
36 – Produtos e trabalhos em curso
37 – Ativos biológicos
38 – Reclassificação e regularizações de inventários
39 – Adiantamentos por conta de compras
A Classe 3 – Inventários – Registo
Contabilístico
Conta 31 – Compras

Esta é uma conta de transição pelo que deverá estar saldada e o momento do movimento
depende do sistema de inventário usado.

Assim, se a entidade usa o sistema de inventário intermitente, o saldo é transferido no fim do


período para a correspondente conta de inventários se usa o sistema de inventário
permanente, o saldo é transferido aquando da entrada dos inventários em armazém.
A Classe 3 – Inventários – Registo
Contabilístico
Conta 32 – Mercadorias

Esta conta regista o custo dos bens destinados à venda no decurso normal da atividade
empresarial e a sua movimentação depende do sistema de inventário adotado.

No sistema de inventário permanente esta conta é debitada e creditada pelas entradas e


saídas respetivamente de mercadorias em armazém, enquanto que se usa o sistema de
inventário intermitente esta conta só é movimentada no fim do período contabilístico após
inventariação física.
A Classe 3 – Inventários – Registo
Contabilístico

Conta 33 – Matérias-primas, subsidiárias e de consumo

Regista o custo dos bens detidos para posterior aplicação no processo de produção ou na
prestação de serviços.
A Classe 3 – Inventários – Registo
Contabilístico

Conta 34 – Produtos acabados e intermédios

Esta conta regista o custo de produção dos bens provenientes da atividade produtiva da
empresa, assim como os produtos intermédios que embora reentram no fabrico podem ser
vendidos.
A Classe 3 – Inventários – Registo
Contabilístico

Conta 35 – Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos

Uma vez que o valor comercial deste bens é reduzido ou nulo, esta conta regista o seu custo
atribuído.
A Classe 3 – Inventários – Registo
Contabilístico

Conta 36 – Produtos e trabalhos em curso

Esta conta regista o custo acumulado da produção (apurado pela contabilidade de Gestão ou
por mapas extra-contabilísticos) que não está em condições de ser vendida ou armazenada.
A Classe 3 – Inventários – Registo
Contabilístico

Conta 37 – Ativos biológicos

Esta conta regista o justo valor atribuído aos ativos biológicos (os produtos agrícolas são
registados na conta 34 Produtos acabados e intermédios e os ativos biológicos que não se
enquadrem na atividade agrícola mas que cumpram os critérios de reconhecimento de Ativo
são registados na conta 43.6 Equipamentos biológicos).
A Classe 3 – Inventários – Registo
Contabilístico

Conta 38 – Reclassificação e regularização de inventários e ativos biológicos

Esta conta regista as variações de inventários de operações que não sejam compras, vendas ou
consumos: mudanças de classe, quebras, sobras, ofertas... e não pode ser usada aquando de
variação do custo padrão.

Não aparece no Balanço pois usando o sistema de inventário intermitente é saldada antes da
data do Balanço e usando o sistema de inventário permanente é debitada e creditada em
simultâneo.
A Classe 3 – Inventários – Registo
Contabilístico

Conta 39 – Adiantamentos por conta de compras

Esta conta regista as entregas antecipadas relativas a compras cujo preço esteja previamente
fixado.
Tratamento da Quebra

Quebras

Quebras Normais Quebras Anormais


Os produtos
alimentares que se
deterioram ou os “roubo de mercadorias”
produtos que passam
de prazo de validade
Reconciliação de Stocks
Valorimetria das Existências

FIFO

LIFO

CPM
Reconciliação de Stocks

•Saem primeiro do armazém

FIFO as existências que lá estão à


mais tempo, isto é, as que
foram as primeiras a entrar.
Reconciliação de Stocks

•As primeiras unidades a


LIFO sair são as que entraram
em último lugar.
Reconciliação de Stocks

•Permite calcular um custo

CMP unitário após cada entrada, ou


seja, a cada saída é imputado
o custo médio, até essa data.
Reconciliação de Stocks

Valorização de Entradas

Para os elementos comprados, a avaliação faz-se tendo em conta o custo de


compra ou o custo de aquisição:

O importe que figura na fatura de compra (sem IVA)

+ gastos externos de compra: segurança, alfândega, transporte.

+ gastos internos de armazenamento: gastos de receção, armazenagem.


Reconciliação de Stocks

Valorização de Saídas

Os elementos armazenados irão saindo segundo o custo ao qual entrarão.

Este tipo de valoração não constitui nenhum problema para bens que sejam
perfeitamente individualizados (peças únicas) ou individualizáveis (peças
idênticas, isoláveis).

No entanto, esta técnica é de difícil aplicação nos bens fungíveis (trigo, vinho,
azeite, etc), o qual acontece em uma parte importe da indústria.
Calculara a Taxa de Diferença

Diferença de Inventário = Stock Teórico – Stock Real

Taxa de Diferença
Calculara a Taxa de Diferença

 No controlo de inventário a situação de stock é caracterizado pela posição


de inventário:
 
Posição de inventário = stock físico + encomendas executadas – encomendas pendentes

 
Calculara a Taxa de Diferença

 Ao contrário da posição de inventário, os custos de armazenamento e rutura


de stock dependem do nível de inventário:
 
Nível de inventário = stock físico – encomendas pendentes
 
Modelos de Controlo de Inventário

1 •O Modelo P

2 •O Modelo Q
3 •Modelo de revisão continua
4 •Modelo de revisão periódica
5 •Modelo de ponto de encomenda periódico

6 •Modelo de revisão periódica com limite mínimo


Modelos de Controlo de Inventário
Modelo Q

• Neste modelo a quantidade encomendada é fixa e o


período de encomendas varia, determinando um nível
de stock onde a encomenda é posta no mercado, logo
quando a procura é maior, o tempo aumenta e
quando a procura é menor, o tempo diminui.
Modelos de Controlo de Inventário
Modelo P

• Neste Modelo o período de encomendas é fixo e a quantidade encomendada varia, o


objetivo é restituir o stock a um nível máximo.
Modelos de Controlo de Inventário
Modelo de revisão contínua

• Neste Modelo a quantidade encomendada é fixa quando o nível de stock atinge um


certo ponto de encomenda.
Modelos de Controlo de Inventário
Modelo de revisão periódica

• Neste modelo o stock é verificado em intervalos de tempo iguais, a quantidade encomendada é variável,
proporcionado à quantidade procurada no período anterior, tentando repor um nível de stock máximo.
Modelos de Controlo de Inventário
Modelo ponto de encomenda periódico

• A quantidade das encomendas são fixas quando a revisão deteta que o nível de stock é
igual ou mais baixo de um ponto de encomenda.
Modelos de Controlo de Inventário
Modelo de revisão periódica com limite mínimo

• Neste modelo em cada momento da revisão, se o nível de stock for igual ou mais baixo que o ponto de encomenda, faz-se uma
encomenda, calcula-se a quantidade pela diferença entre o stock existente (como as encomendas que ainda não tenham sido
entregues caso existam) e o nível de stock objetivo.

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