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Centro de Emprego e Formação Profissional de BEJA

CURSO: TÉCNICO/A DE LOGÍSTICA


EFA NS – QUALIFICAÇÃO

Início da UFCD a 28- 05-2021

Formadora: Lélia do Rosário 1


UFCD 0415 -
PREVENÇÃO DE
QUEBRA DAS
MERCADORIAS

• Formador : Lélia do Rosario


• Carga horária: 50 h
• Sessão de 05-de Maio
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CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

Quebras - causas e prevenção

o Origem das quebras

 - Quebras com causas extraordinárias

 - Incêndios e danos por água

 - Derrocadas, falhas estruturais, tempestades

 - Roubos e vandalismo

Quebras com causas operacionais

 - Validade dos produtos ultrapassada

 - Quedas acidentais de mercadorias

 - Mau acondicionamento (embalagem)

 - Controlo das datas de validade dos produtos

 - Deficiente registo da localização da mercadoria

 - Furtos e erros na expedição de mercadorias

 - Devoluções de clientes

Procedimentos paradoaRosário
Formadora: Lélia diminuição das quebras 3
CONTEÚDOS

Relacionamento com os fornecedores

 - Melhor conhecimento do produto e das suas especificidades

 - Melhor conhecimento da procura

 - Adequação das unidades logísticas e das embalagens

 - Adequação das formas de entrega

Controlo ao pessoal e às operações com stocks

 - Controlo aleatório de roubos

 - Controlo das atividades de manuseamento em stocks

Implementação de sistemas de avaliação e de melhoria

 - Clara e correta definição de objetivos de quebra e de metodologias para os atingir

 - Monitorização constante dos resultados e implementação de medidas corretivas

Implementação de sistemas de segurança

 - Delimitação de zonas de circulação e criação de locais de acesso restrito

 - Implementação de mecanismos automáticos de controlo de acessos (cartões, código, etc.)

Arrumação das mercadorias e métodos de previsão

 - Diminuição das operações de manuseamento das mercadorias


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 - Localização das mercadorias e a sua correta arrumação
CONTEÚDOS
 - Correta atribuição de espaço de picking

Manuseamento e o embalamento da mercadoria

 - Percurso de picking

 - Utilização de veículos de transporte adequados

 - Cuidado acondicionamento da mercadoria

 - Acondicionamento da carga

Sistemas de segurança

 - Deteção de roubos

 - Sistemas de deteção e de ataque aos incêndios

 - Sistemas de alarme

 - Manutenção periódica e melhoria constante de todos estes sistemas

 - Sinalização

Quebras – tratamento e recuperação

o Análise do tipo de quebra

o Se possível recuperação no local

o Recolha da quebra

o Transporte para a zona de tratamento


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o Tratamento e encaminhamento de acordo com o definido
1.QUEBRAS -
CAUSAS E
PREVENÇÃO

•1.1.Origem das quebras


 

•1.1.1.Quebras com causas extraordinárias


 

•1.1.1.1.Incêndios e danos por água

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NOÇÃO DE QUEBRAS

O QUE SÃO QUEBRAS?

São diminuições que não decorrem da venda ou uso.

  

A QUEBRA de MERCADORIAS e a PERDA DESCONHECIDA =

PERDA DE LUCRO E COMPETITIVIDADE.

 As quebras de mercadorias estão na origem de menos lucros para as empresas

do que os esperados, face ao stock em inventário.


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CONTINUAÇÃO

AS QUEBRAS OCORREM DEVIDO A:

 Furtos (interno e/ou externo)

 Abates de produtos deteriorados ou obsoletos.

  

 As quebras inferiores a 10% do stock = NORMAIS

 Quebras superiores a 10% = EXTRAORDINÁRIAS


 
 
 
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CONTINUAÇÃO

• Saídas de produtos (vendas, devoluções de


provedores, taras, ruturas, stock) + entradas
de produto (compras, devoluções de clientes).

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REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA

Stock
Stock Real Diferença
Teórico -

Avaliação no
momento de QUEBRAS
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Inventário
MEDIDAS DE PREVENÇÃO

Para evitar a quebra de mercadorias e a perda desconhecida , é


necessário tomar medidas de prevenção:

A localização da empresa e o respetivo layout, que deve ser considerado


em projeto;

A conferência de mercadorias deve ocorrer num local separado do


armazenamento;

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CONTINUAÇÃO

Devem realizar-se inventários para identificar a origem e a


natureza das perdas;

 O stock teórico deve ser comparado com o stock físico;

A área de stock deve ser limpa, organizada e bem iluminada,


como medida para evitar os roubos e os erros de gestão.

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Algumas ORIENTAÇÕES para GARANTIR A
QUALIDADE DA IMPLEMENTAÇÃO E
GESTÃO DE UM SISTEMA DE INVENTÁRIO
PERMANENTE:

ORIENTAÇÕES 1-Todas as compras devem ser precedidas do


registo da respetiva nota de encomenda ao
fornecedor;

2- A nota de encomenda deve estar devidamente


valorizada (preferencialmente com os preços de
compra exatos);
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CONTINUAÇÃO

3 - A entrada da mercadoria
deve respeitar um processo de 4-Garantir que todos os
‘receção e conferência’, produtos estão etiquetados, de
selecionando na nota de forma a: Facilitar a sua leitura
encomenda os produtos que automática, reduzindo o erro
foram entregues e confirmando humano e acelerar o processo
as suas quantidades (em caso de de faturação ou inventário .
entregas parciais);

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Algumas ORIENTAÇÕES para GARANTIR A
QUALIDADE DA IMPLEMENTAÇÃO E GESTÃO
DE UM SISTEMA DE INVENTÁRIO
PERMANENTE:
CONTINUAÇÃO
5-Para acelerar o processo de inventariação, a empresa
pode ainda optar por dispositivos portáteis de conferência
(por exemplo, PDA, tablets, etc.) com softwares específico
de inventariação;

6 - Garantir procedimentos de controlo de quebras, sobras


e furtos, bem como a realização periódica de contagens
físicas de inventariação;
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• 7.Apesar de as sobras não levantarem
questões fiscais, as quebras ou furtos
devem respeitar alguns requisitos (registos,
CONTINUAÇÃO
denúncias), pelo que um processo de
inventariação descuidado pode incorrer
numa penalização fiscal para a empresa

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Conforme o artigo 86.º do Código do Imposto
sobre o Valor Acrescentado (CIVA 2), “salvo
prova em contrário, presumem-se:
 ADQUIRIDOS os bens que se encontrem
ARTIGO 86.º
CIVA em qualquer dos locais em que o sujeito
passivo exerce a sua atividade;
 TRANSMITIDOS os bens adquiridos,
importados ou produzidos que não se
encontrem em nenhum desses locais”.
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Assim, a NÃO EXISTÊNCIA DA
MERCADORIA EM STOCK pode conduzir à
presunção de que o produto foi vendido de
forma não documentada, pelo que esta ausência
deve ser controlada e registada pela empresa,
CONTINUAÇÃO
com os respetivos documentos de quebras e
regularização de existências no sistema (por
exemplo, certidão de furto comunicada à Polícia
Judiciária):

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“não existe obrigação legal de proceder
a qualquer prévia diligência ou
CONTINUAÇÃO
participação junto dos serviços da
administração fiscal. “

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• Os sujeitos passivos terão vantagem em ter na
sua posse elementos justificativos das faltas nas
suas existências dos bens destruídos ou
inutilizados, como forma mais segura de elidir a
presunção no citado artigo 86”. Em suma, com o
CONTINUAÇÃO
aumento das obrigações legais de reporte (como
são exemplos o ficheiro SAF-T (PT) ou a
comunicação obrigatória de inventários), o
investimento num ERP (software de gestão) é
cada vez mais uma necessidade.
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ACABA POR SER UMA FERRAMENTA:

Na otimização interna,

 Com impactos positivos na gestão de stocks;

 Otimização da cadeia de abastecimento e


logística de compras,
CONTINUAÇÃO
Permitindo às empresas ter inventários com
valores cada vez mais baixos,

Aumentando a rotatividade dos produtos;

 Diminuindo o risco de obsolescência técnica ou


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TIPOS DE QUEBRAS

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Existem, essencialmente, três tipos de “perdas”
que podem afetar os armazéns:

1-Uma interrupção no negócio que interfere no


funcionamento normal do armazém; inclui todas as
TIPOS DE situações que tornam impossível expedir mercadorias,
receber ou movimentar as mercadorias no armazém;
QUEBRAS
2.Algumas causas extraordinárias, que afetam tanto o
edifício como o seu conteúdo;

3-Outras causas que afetam apenas a estrutura do


armazém
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ORIGEM DAS QUEBRAS

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AS QUEBRAS PODEM SER:

QUEBRAS EXTRAORDINÁRIAS são


as de verificação imprevisível e
resultantes de factos alheios ao exercício
QUEBRAS
da atividade:
EXTRAORDINÁRIAS
Incêndios e danos por água;

Derrocadas, falhas estruturais,


tempestades; Roubos* (assaltos)

Vandalismo.
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QUEBRAS OPERACIONAIS

• As QUEBRAS OPERACIONAIS merecem


destaque devido ao seu impacto no volume das
perdas. Tratam-se de “avarias” causadas nas
mercadorias por movimentação e
acondicionamentos inadequados que
REDUZEM o seu VALOR COMERCIAL,
parcial ou total.

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1.1.1-QUEBRAS COM
CAUSAS
EXTRAORDINÁRIAS
 

1.1.1.1 -Incêndios e
danos por água

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Em geral, as principais causas que
desencadeiam incêndios num armazém
são as seguintes:
INCÊNDIOS E DANOS
 Descuidos dos trabalhadores. Ex. um cigarro
POR ÁGUA
mal apagado num cesto de papéis;

 Faúlhas provenientes de operações de corte,


solda ou outros trabalhos;

 Defeitos na instalação elétrica;

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 Combustão espontânea de
determinados produtos (especialmente
químicos);

 Faíscas provenientes de empilhadores e


outros equipamentos móveis,
CONTINUAÇÃO
provocadas por defeitos no seu
funcionamento ou derrames de
combustível;

 Existência de vapores que formem uma


atmosfera potencialmente explosiva.
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Quando as águas da chuva provenientes
do teto drenarem pelo interior do
edifício:

• Devem ser selados os tubos de descarga da


CONTINUAÇÃO água através da construção de um maciço
de tijolo ou betão em torno do tubo até
uma altura superior à do muro de retenção.

  Os tubos de descarga exteriores devem ser


selados ao nível do chão.

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1.1.1.2.DERROCADAS, FALHAS
ESTRUTURAIS, TEMPESTADES

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Os armazéns devem estar equipados
com um sistema de proteção contra
descargas atmosféricas (para-raios)

TEMPESTADES devidamente dimensionado de


acordo com as características do local
e das instalações a proteger.

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• Se estes, se destinarem ao

armazenamento de produtos químicos na

fase líquida, e, possuírem elevado potencial

de dano para a saúde dos trabalhadores ou


CONTINUAÇÃ
para o meio ambiente, devem existir meios
O
para contenção de qualquer derrame e de

toda a água proveniente da extinção de um

eventual incêndio.

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1.1.1.3.ROUBOS E

VANDALISMO

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FURTO INTERNO
 

Causas / Pontos de risco


A gestão dos recursos humanos da empresa

Os seguintes fatores têm influência no comportamento dos


colaboradores e portanto também podem agir como inibidores
ou potenciadores de certos comportamentos desonestos:

• Ambiente laboral: Nível de implicação, motivação, etc.

• Política de recursos humanos e de contratação: Duração dos


contratos, rotação do pessoal, políticas de retribuição, etc.
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O PRODUTO.

O risco de um artigo poder ser furtado aumentará em função da sua


atratividade para o potencial ladrão. Os parâmetros que
determinam esta atratividade são:

• O valor.

• A novidade.

• A facilidade de venda.

• A facilidade de ser furtado (tamanho, etc.).

• Localização nas instalações (existem partes das instalações onde é mais


simples “agir”).
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OS PROCEDIMENTOS.

Neste sentido os maiores riscos na cadeia de


abastecimento são:
A forma como são concebidos ou sejam
• As encomendas em que não é possívelcontrolar o
executados os procedimentos será conteúdo no momento da entrega.
• As entregas em que se desconhece o seu
determinante para inibir ou facilitar os
conteúdo exato.
comportamentos desonestos. • As entregas ‘cegas’ (não é controlado o conteúdo
dos envios no ato da receção da mercadoria).

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FURTO EXTERNO
CAUSAS/ PONTOS DE RISCO

O risco de um artigo ser furtado aumentará em função do seu grau de atratividade para o
possível ladrão. Os parâmetros que determinam esse grau de atratividade são:

• O valor;

• A novidade;

• A facilidade de venda;

• Facilidade de ser furtado (tamanho, etc.);

• Localização nas instalações.

 
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• As operações de transporte estão sujeitas a uma série de procedimentos de
elevado risco (carga, descarga, entregas...).

• Além disso, deve ter-se em conta que as ações de furto costumam acontecer
com a cumplicidade das pessoas que têm acesso à mercadoria, quer sejam
externas como internas à organização.

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1.2.QUEBRAS COM CAUSAS
OPERACIONAIS

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1.2.1.VALIDADE DOS PRODUTOS ULTRAPASSADA

Procedimentos a tonar durante a recepção no armazém:


• identificar todos os produtos;
• quantidade;
• etiquetagem e/ou fichas técnicas dos mesmos.
Numa fase seguinte:
• catalogação das mercadorias e conferir com os documentos de transporte.

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BOAS PRÁTICAS PARA REDUZIR AS
QUEBRAS

Verificar: O estado das embalagens e paletes deve ser.

Embalagens e paletes danificadas ou com fugas, devem ser


separadas das restantes.
 

• Situações de etiquetas danificadas ou ausentes, os produtos devem

ser postos de lado e sujeitos a uma inspeção, para posteriormente

lhes serem colocadas novas etiquetas ou fichas de identificação.


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C ON TIN UA Ç ÃO

• Verificar a compatibilidade das condições ambientais relativas ao tipo de


mercadoria transportada e/ou armazenada (ex. temperatura, humidade);

• Condições de acondicionamento das cargas;

• Utilização de EPI’s por parte dos trabalhadores que manuseiam as


mercadorias, consoante o tipo de produtos manuseados; ex.: luvas de
proteção mecânica, capacete, fato de trabalho, botas com biqueira de aço,
etc.;

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CONTINUAÇÃO

• Proceder à carga e descarga de mercadorias de forma


cuidadosa de modo a não danificar embalagens e produtos;

• Higienizar corretamente os locais, equipamentos e


utensílios, especialmente quando de manipulam alimentos
ou produtos químicos;

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CONTINUAÇÃO

• Armazenar rapidamente (prazo máximo de 30 minutos


após a descarga), as matérias-primas, cuja conservação
dependa diretamente do frio de câmaras frigoríficas)

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