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As civilizações Ameríndias
Outra hipótese indica que os povos ameríndios tenham chegado atravessando o oceano Pacífico.
Assim, teriam vindo de partes da Ásia e da Oceania. De acordo com alguns historiadores, os
primeiros povos da América teriam feito a migração há aproximadamente 70 mil anos e, devido à
grande quantidade de pessoas, não poderiam ter utilizado apenas um caminho.
A nomenclatura que ficou mais conhecida para designar estes povos foi “índio”. Isso ocorreu
devido a uma confusão feita por Cristóvão Colombo, líder da frota que alcançou o continente
americano. Na verdade, Colombo achava que tinha descoberto as Índias, por isso nomeou desta
forma os povos que encontrou no local. É por isso que atualmente as ilhas do Caribe ainda são
chamadas de Índias Ocidentais.
No que se refere à América do Norte, os nomes dados a estes povos são: indígenas da América,
nativos do Alasca, primeiras nações, índios americanos e povos aborígines. Um grupo que não se
encontra nestas denominações são os esquimós (aleutas, yupik e inuit) e os métis encontrados na
região do Canadá. Isso ocorre, pois tais populações apresentam características genéticas
diferentes em relação aos outros índios.
Apesar de não existirem fontes seguras, tudo indica que os primeiros povos que chegaram ao
Brasil localizavam-se no Piauí. Eram grupos de coletores e caçadores que já dominavam o fogo e
sabiam fabricar instrumentos de pedra. Segundo pesquisas arqueológicas realizadas na região de
São Raimundo Nonato, localizado no interior do Estado, existem indícios da presença de seres
humanos na região datados em 48 mil anos. Outra região em que foi encontrado um cemitério de
ossos é Lapa Vermelha, em Minas Gerais, com registros de 12 mil anos de existência.
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Foram povos que dominaram boa parte das Américas antes da chegada dos europeus ao
continente, no século 16. A civilização maia foi a primeira a se consolidar como um império,
atingindo o auge no final do século 9 – época em que o território maia se estendia do sul do
México à Guatemala. Arqueólogos especulam que guerras ou o esgotamento das terras
cultiváveis levou a civilização a um rápido declínio a partir do ano 900. No início do século 16,
quando os espanhóis desbravaram a América, os maias encontrados eram simples agricultores
que apenas praticavam rituais religiosos de seus ancestrais. Já os astecas estavam no auge nesse
período. A civilização deles surgiu mais ao norte do México. Enquanto seus “vizinhos” maias
entravam em decadência, os astecas começaram a crescer por volta do século 12. Formando
alianças com estados vizinhos, montaram um grande império que ainda estava se expandindo
quando ocorreu o contato com os espanhóis, em 1519. Em apenas dois anos os invasores do
Velho Mundo dominaram o mais importante centro asteca: Tenochtitlán, a atual Cidade do
México. Era outro império pré-colombiano que chegava ao fim. Na América do Sul, os incas
viveriam uma história semelhante. Até o século 14, eram só mais uma tribo indígena espalhada
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pela cordilheira dos Andes. Mas a partir do século 15 se expandiram, atacando vilas vizinhas.
Quando os espanhóis chegaram, os incas já dominavam uma grande área do norte do Equador à
região central do Chile. Epidemias e lutas pela sucessão imperial deixaram a civilização
enfraquecida para enfrentar os conquistadores europeus. Resultado: assim como fizeram com os
astecas, os espanhóis derrotaram rapidamente o império inca. Levou só três anos, de 1532 a 1535.
ANTES DE COLOMBO
Semelhanças e diferenças entre as três civilizações mais importantes da América
INCAS
Idioma – A língua era o quéchua, falado por todo o território em vários dialetos. Outros povos
conquistados pelos incas podiam manter seu idioma original, desde que falassem o quéchua como
língua principal.
Hoje, quase a metade da população do Peru ainda usa o idioma
Escrita – Não desenvolveram a escrita. Mas criaram um complexo sistema para números na
forma de nós distribuídos em uma corda. Apenas pessoas especialmente treinadas entendiam essa
contagem, cujo significado não foi totalmente decifrado até hoje
População – Foi o maior dos três impérios em número de súditos: 12 milhões de pessoas. As
conquistas territoriais pela cordilheira dos Andes e ao longo da costa do Pacífico começaram no
início do século 15. Cem anos depois, a população sob domínio inca atingiria seu auge
Cidades – Na época da chegada dos espanhóis, em 1532, calcula-se que Cuzco, a capital do
império, tinha cerca de 40 mil habitantes. Outra cidade inca bastante famosa, Machu Picchu, era
bem menor, abrigando em torno de mil pessoas
Sociedade – Era uma civilização muito estratificada, em que era quase impossível mudar de
classe social.
O poder supremo pertencia ao imperador, que era auxiliado por uma aristocracia hereditária. Esta
exercia a autoridade com rigor e medidas muitas vezes sangrentas
Poderio militar – Seus exércitos, de camponeses recrutados para campanhas militares, eram
muito numerosos. Tinham como armas principais lanças de madeira com várias pontas de pedra e
atiradeiras (feitas com lã de lhama) para arremessar pedras
Ciência e tecnologia – Possuíam conhecimentos astronômicos avançados e eram capazes de
aplicar conceitos de matemática e geometria nas suas construções. Apesar disso, a tecnologia de
construção dos incas era relativamente simples, fazendo uso em especial de artefatos de pedra
Grandes realizações – Construíram um incrível complexo de estradas ligando todo o império. O
sistema tinha duas vias principais no sentido norte-sul: uma, com cerca
de 3.600 km, corria ao longo da costa do Pacífico e a outra, com quase a mesma extensão, seguia
pelos Andes.
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Onde Nossa Senhora de Guadalupe aparece nesta história
MAIAS
Idioma – Não havia um único idioma principal. Os atuais descendentes de
maias, por exemplo, podem ser divididos em seis grupos principais, que
falam dialetos às vezes muito semelhantes, mas em outros casos com
grandes variações
Escrita – As paredes de seus templos e palácios são cobertas de inscrições em hieróglifos. Os
textos, em boa parte já decifrados, registravam principalmente as histórias das dinastias maias,
suas guerras contra cidades rivais e o sacrifício de inimigos para agradar aos deuses
População – Os números da época da conquista espanhola não são confiáveis.
Mas, apesar de a civilização ter sido quase dizimada, ainda hoje existem cerca de 4 milhões de
descendentes dos maias na América Central ? o que dá uma idéia da grandiosidade da sua
população
Cidades – As cidades maias ? algumas com até 50 mil habitantes ? eram muitas vezes
independentes, mas podiam liderar federações que abrangiam grandes territórios. Palácios e
templos eram de pedras, enquanto a população comum vivia em cabanas de madeira
Sociedade – Até meados do século 20, arqueólogos achavam que a sociedade maia tinha no topo
uma classe de pacíficos sacerdotes observadores de estrelas, mantidos por camponeses devotos.
Hoje já se sabe que essa sociedade era agitada com freqüência por guerras entre cidades
Poderio militar – Sua força militar residia no tamanho dos exércitos que podiam ser recrutados.
Os armamentos, porém, eram mais limitados: arcos e flechas de concepção primitiva, lanças e
escudos de madeira e até mesmo pedras que podiam ser atiradas com as mãos
Ciência e tecnologia – Faziam avançados cálculos matemáticos e observações astronômicas.
Tinham um calendário de 260 dias (determinado por complexos movimentos de astros) e já
entendiam o conceito do número zero ? que só posteriormente seria bem compreendido pelos
europeus
Grandes realizações – Produziram obras arquitetônicas tão grandiosas quanto egípcios, gregos e
romanos. A cidade de Teotihuacán, por exemplo, possuía um complexo monumental de 600
pirâmides.
Em Tikal, havia um templo com 70 metros de altura, o maior edifício erguido na América antiga
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ASTECAS
Civilizações pré-colombianas
Quando o primeiro grande descobridor europeu, Cristóvão Colombo, aporta ao continente
americano, encontra lá estabelecidas três grandes culturas, espalhadas por uma vastíssima região
que se estende do México ao Chile: os Astecas, os Incas e os Maias.
Os Astecas haviam-se instalado há séculos, após várias guerras de conquista, no território a que
hoje chamamos México. Aí constituíram um estado que de algum modo se pode comparar aos
estados da Antiguidade, quer aos do Médio Oriente quer aos da região índica. Os Astecas tinham
já desenvolvido um sistema de escrita, onde se misturavam sinais ortográficos de carácter
fonético e ideogramas, com os quais podiam registar as suas obras poéticas e os seus mitos.
Tratava-se de uma sociedade dividida em clãs, em que os sacerdotes e os guerreiros detinham um
grande poder sobre os restantes segmentos da sociedade; a pirâmide social descia até aos servos,
ocupados na produção agrícola, passando por uma classe de comerciantes e de artesãos. A
religião, politeísta, tinha uma tão grande influência na vida quotidiana que a chegada dos
conquistadores espanhóis foi encarada por todos, incluindo o imperador reinante, como uma
inelutável fatalidade prevista nos mitos. À religião estava associada a astronomia, que registava
assinaláveis progressos, embora baseada apenas na observação directa dos fenómenos; dessa
observação tinham sido deduzidos dois calendários, um religioso (de 260 dias, dividido em vinte
“meses”) e um solar (com 365 dias, com 18 meses), sendo os nomes dos meses relacionados com
o ciclo dos trabalhos agrícolas. A atestar a sua competência técnica (embora não seja muito
completo o conhecimento das suas técnicas de construção) estão as pirâmides, destinadas à
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prática religiosa (no seu topo localizava-se a mesa dos sacrifícios humanos) e a sua escultura
(geralmente de temas dramáticos).
Os Incas tinham estabelecido o seu império num vasto território que ia da actual Colômbia à
costa chilena. A conquista de tão vasto domínio não estava ainda perfeitamente consolidada no
momento da chegada dos conquistadores espanhóis, o que de certo modo facilitou a implantação
e dominação destes (o Império Inca seria destruído em 1532, quando Francisco Pizarro derrotou e
matou o imperador Atahualpa). A organização social inca, fortemente hierarquizada,
compreendia uma família real (cuja origem e poder se identificava com mitos ancestrais), ligada a
uma nobreza detentora de poder político, religioso e militar, à qual se subordinava uma classe de
agricultores e artesãos, terminando nos trabalhadores agrícolas, destituídos de toda a liberdade. O
imperador dispunha de um corpo de cobradores de impostos dotado de apreciável autoridade; por
outro lado, a extensão do império obrigava a uma regionalização e à consequente distribuição do
poder por um segmento nobre, que representava o poder imperial em todo o vasto país. A
economia era baseada unicamente na produção agrícola, sendo a terra propriedade do estado, que
a distribuía aos que a iriam trabalhar. É assim fácil de entender que a religião, organizada e
dirigida pelo estado, estivesse também, nos seus rituais e mitos, ligada ao ciclo da produção
agrícola. Da arte deste povo, que não possui a monumentalidade dos Astecas, conhecem-se
esculturas murais com pouca variedade de motivos e trabalhos decorativos em metais preciosos.
O maior exemplo das capacidades da sua engenharia está nas estradas andinas que permitiam
atravessar todo o império.
A cultura maia apresenta características diferentes das duas anteriores. Os Maias eram uma
federação de estados, que se criou em territórios que hoje fazem parte do México (Chiapas) e da
Guatemala. A Federação teve uma vida agitadíssima: encontrava-se constituída no século IV da
nossa era, mas foi palco de numerosas lutas internas, prolongadas e destruidoras, acabando o
povo maia por se fundir com os toltecas (século X), o que lhe deu novo fôlego. As suas cidades
começaram a renascer, recompondo-se a Federação. No entanto, nas vésperas da conquista
espanhola a crise voltara a instalar-se, e os conquistadores foram encontrar um povo em
decadência e desorganização, cuja cultura tinha já quase desaparecido inteiramente. Nos meados
do século XVI a cultura maia tinha sofrido o mesmo destino das restantes culturas pré-
colombianas: a integração no império espanhol.
MAIAS – HISTÓRIA
ASTECAS – HISTÓRIA
Religião
Máscara Asteca
Era uma civilização politeísta e prestava grande importância a cada momento da vida
humana, o que explica o grande poder dos sacerdotes astecas, reguladores das forças naturais.
Entre os seus deuses, destacam-se Huitzilopochtili, deus da Noite e da Guerra, rival de
Quetzalcoátl, o grande deus da civilização asteca; Tlaloc, deus da Chuva; Chalchiuhtlicue, sua
companheira; e Tlazolteotl, deusa do Amor. Os astecas ofereciam sacrifícios rituais aos deuses,
às vezes humanos (e até canibalismo ritual), muitos deles cativos de guerra. Os astecas
acreditavam que o destino do homem no além dependia da forma como morria: os guerreiros,
quando mortos em combate, acompanhavam o sol até ao seu zénite. Davam imensa importância
ao futuro, que se “previa” segundo a adivinhação através de um calendário de 260 dias, sendo
uma tarefa dos sacerdotes, que a desempenhavam em dias festivos ou em grandes acontecimentos
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públicos. A astronomia asteca, apoiada no culto solar, atingiu desenvolvimentos e graus de
conhecimento extremamente avançados.
Arquitectura e artes plásticas
Pouco restando da sua arquitectura, os astecas construíram obras monumentais, destruídas
posteriormente pelos conquistadores espanhóis. Inspirava-se na arte Tolteca e de Teotihuácan,
bem como no estilo huáxteca, embora tivesse elementos originais. Os templos eram imponentes,
bem como as pirâmides, ladeadas de outras construções. A capital, Tenochtitlán, terá sido um
conjunto arquitectónico impressionante até à sua destruição pelos espanhóis. As estátuas e
baixos-relevos são também identificativas da arte asteca, com particular destaque as composições
de carácter religioso, como a estátua gigante da deusa Coatlicue, ou o célebre e enorme
calendário solar. A ourivesaria e as plumagens eram expressões artísticas de grande importância
entre os astecas, bem como as máscaras e as peças de joalharia. Os templos e palácios eram,
como no Egipto, ornados de frescos e inscrições hieroglíficas consteladas de coloridas
ilustrações. Todo este património móvel e imóvel foi pilhado e arrasado pelos espanhóis depois
de 1525.
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INCAS– HISTÓRIA
Economia
Assentava na repartição tripartida das terras. A primeira parte, atribuída ao Sol, era
cultivada para suprir as necessidades do clero; a segunda pertencia ao Inca, mas servia muitas
vezes de reserva; a terceira, era a do ayllu (grupo de famílias unidas por parentesco ou aliança e
habitando na mesma terra). As terras e os pastos eram divididos em parcelas e explorados pelas
famílias. O ayllu, enorme reserva de trabalho (não só agropastoril mas também mineira e das
grandes obras públicas), estava devidamente recenseado e controlado pelo Inca e seus
funcionários (os quipu-camayoc).
Religião
O culto primacial e imperial era o do Sol (Inti), embora se adorasse também, por exemplo, a Lua
(Killa) e o Relâmpago (Illapa). Toleravam-se também os cultos regionais, das etnias subjugadas,
ainda que fossem secundários.
Arquitectura e artesanato
Construíram uma imponente arquitectura de pendor “megalítico”, amplamente pragmática
e severa, fosse em palácios, templos ou residências. De planta quase sempre rectangular, os
edifícios eram feitos através do ajustamento de blocos de pedra irregulares ou de tipo
“almofadado” no exterior. As aberturas eram trapezoidais, surgindo nichos abertos nas paredes.
Raramente a escultura aparece associada à arquitectura, da qual se destacam as fortalezas, vias,
templos, canais ou as cidades, como Machu Picchu ou Cuzco.
Produziam cerâmica, alguma com grandes primores artísticos, obedecendo a decorações
geométricas e policromáticas. Celebrizaram-se mais nos tecidos (principalmente em lã) e na
metalurgia e ourivesaria, na qual criaram magníficas obras de arte em ouro, prata, platina e cobre
(que ligaram ao estanho para obter bronze). Faziam não só ornamentos, mas também armas e
instrumentos utilitários.
Ciências
Devido à ausência de escrita, é impossível avaliar o avanço científico dos Incas, que deve
ter sido notável, pelo menos em relação à astronomia, à metalurgia e à “engenharia civil”. Eram
dotados de um calendário.
Literatura
Devido à insuficiência de fontes, a literatura dos incas é bem menos conhecida do que a
dos Maias ou dos Astecas. Os incas não desenvolveram um sistema de representação gráfica que
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se pudesse considerar escrita, persistindo na literatura exclusivamente oral. A repressão colonial
espanhola sobre a cultura inca foi também responsável pelo apagar de muitas tradições literárias
daquele povo. Todavia, os cronistas espanhóis, como Cieza de León e Cristóbal de Molina deram
a conhecer as expressões poéticas e seus temas, para além de hinos. Pode-se, a partir desses
testemunhos e da tradição oral que se manteve durante muito tempo, denotar um carácter oficial
da literatura inca, muito ligada ao cerimonial litúrgico e à perpetuação das tradições e lendas
desse povo. Havia pois uma função pública e ritual, que se manifesta também nas criações líricas
ou dramáticas do povo. A produção literária inca estava a cargo de dois tipos de criadores (com
estatuto oficial), o amauta, filósofo e historiador, e o arawicus, poeta e músico.
O teatro era muito apreciado e de grande importância, embora também impregnado de um
carácter institucional e patriótico, principalmente no género dramático, pois também existiam
“comédias”, com mais música instrumental e canto. Uma das peças que chegou aos nossos dias é
o Ollantay, drama de cerca de 2 000 versos sobre uma paixão contrariada pela religião e pelo
sentido de estado, elementos muito fortes no quotidiano e cultura incas. A poesia era igualmente
difundida e apreciada, fosse de carácter sacro (em hinos) ou profano, como o arawi, poema lírico
centrado no sofrimento do amor. Os contos maravilhosos e as narrativas mitológicas eram
também comuns e importantes elementos da literatura e cultura do povo inca.
Revoltas Incas
Os Incas são um povo nativo da América do Sul, da região andina, que desenvolveram um
próspero império no século XV, devastado depois pelos conquistadores espanhóis, comandados
pelo implacável aventureiro de nome Francisco Pizarro.
No ano de 1525, o Império Inca encontrava-se dividido, pois à morte de Huayna Capac o império
ficara desprovido de um herdeiro que assegurasse a continuidade do trono, cobiçado por dois dos
seus filhos, os meio-irmãos Huáscar e Atahualpa. Estes dois potenciais candidatos ao trono
envolveram-se numa luta fratricida pela posse do império, que culminou com a captura de
Huáscar, em 1532, e que positivamente veio debilitar a já fragilizada unidade do império.
Foi neste momento bastante delicado que os espanhóis chegaram a este território. Pizarro fazia-se
acompanhar por um grupo de 180 homens, que os Incas identificaram como sendo semideuses da
sua mitologia que retornavam à Terra. A estratégia de Pizarro foi simples: aprisionou Atahualpa e
desestabilizou a unidade deste povo dividido. Este temeu que o seu rival o vencesse e assim
ordenou que os conquistadores executassem o seu meio-irmão, oferecendo-lhes em troca ouro
como forma de pagar o seu resgate. Mas este não foi de todo recompensado pelos espanhóis, que
o mataram em 1533.
Um irmão de Huáscar, Manco Capac, subiu ao trono com o apoio dos espanhóis, mas veio a
rebelar-se contra os seus apoiantes, que o aniquilaram sem piedade. Tupac Amaru, seu filho, e
único representante da linhagem inca, foi decapitado, ficando assim destruída qualquer
possibilidade de reabilitação deste império.
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