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DISCIPLINA
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UNIDADE 1 – HISTÓRIA DAS AMÉRICAS
1. Fatos Gerais 3
3. Referências Bibliográficas 27
1. Fatos Gerais
Fonte: Veja.abril1
1 Retirado em http://veja.abril.com.br
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“Outro povo a florescer nas américas foi o dos Anasazi, contando com
vestígios que datam do ano 500, e desenvolvimento arquitetônico que,
ao final do ano 1.000 construía casas de pedra com significativa
complexidade, e possuía rotas comercias e que ligavam o território do
atual México com territórios norte-americanos como Arizona, Novo
México e Utah. Após o colapso da civilização Anasazi, diversas outras
tribos se originaram desta, como os Zuni, que, em 1680, participaram
de revoltas contra os espanhóis, e até hoje vivem nas mesmas áreas de
seus antepassados. Diversas culturas, por todo o território americano,
floresceram antes da chegada dos europeus. Algumas destas possuíam
alta complexidade cultural e social em diversas áreas, como as
mencionadas acima, e muitas outras. O homem europeu, ao chegar às
Américas, não se deparou com povos primitivos, mas sim com culturas
altamente ricas e desenvolvidas.” (SALLES, 2018).
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Antiguidade na América: Povos Pré-Colombianos
Civilização Maia
2 Retirado em http:incrivelhistoria.com.br
Assim já possuíam o conhecimento de construção de templos e pirâmides.
Edificaram grandes cidades como Palenque, Pedra Negra e Tekal, consideradas
as cidades mais importantes. A partir de 731 d.C. tem-se início um grande
processo de expansão, o que levou os Maias a dominar toda a Península de
Yucatán e a um fantástico florescimento cultural.
Segunda Fase: é representada pelo apogeu e pela decadência da civilização Maia.
Nesta segunda fase os Maias sofreram novas influências vindas do Norte (Região
do México), o que levou às cidades Maias a se desenvolverem mais, passando de
centros religiosos as cidades estruturadas militarmente.” (PERDIGÃO, 2006).
Fonte: http://www.pinterest.pt
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Note que no desenvolvimento dos Maia destacam-se três cidades:
Chicenitza, Mayapan e Uxnal. Em 1004 é formada por estas cidades a
Confederação Maia, depois a confederação, dezenas de cidades constituíram-
se nos dois séculos posteriores, suscitando um acrescentamento no poder
político da Confederação.
Veja que as cidades Estados que os Maias edificaram não era um Estado
unificado e centralizado. Contudo, na verdade era que as cidades que se
destacavam pela as suas importâncias, desempenhavam o controle sobre as
vilas, aldeias e regiões próximas.
Logo, a grandiosidade da sociedade maia foi arquitetada com o trabalho
de uma população ajuizada e disciplinada. A organização social era
intransigente. Haviam três camadas sociais.
A camada mais elevada era a da família real, dos ocupantes dos basilares
postos do governo e dos comerciantes;
Na segunda camada jaziam os servidores do Estado, como os inspetores
de impostos, os responsáveis pela defesa e os dirigentes das cerimônias;
Na última camada jaziam os trabalhadores braçais e os agricultores.
“O grupo social mais poderoso, o dos sacerdotes, monopolizava a
escrita e os conhecimentos científicos, principalmente a astronomia e
a matemática. Os maias acreditavam que o destino da humanidade era
regido pelos deuses, por isso a religião esteve presente em todas as
atividades culturais do povo. Eles desenvolveram um sistema próprio
de escrita, até hoje quase indecifrável, baseava-se na representação de
objetos e ideias. Sabe-se que possuía alto grau de abstração.” (PERDI-
GÃO, 2006).
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Escrita Maia
Cidade maia
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“Economia e Sociedade: sua economia era baseada na agricultura, que
tecnologicamente era primitiva, porém sua produtividade é grande,
principalmente de milho (principal base alimentar). Essa produção
gerava excedentes, assim era possível deslocar um grande contingente
para as construções de templos, pirâmides, reservatórios de água etc.
Os Maias eram obrigados a realizarem o rodízio das terras, pois estas
eram pouco férteis, assim poderiam então garantir a fertilidade delas
por até 8 ou 10 anos antes de passarem para outra área cada vez mais
distante das aldeias e cidades.” (PERDIGÃO, 2006).
Pintura Maia
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Já os escravos: comumente eram espólios de guerra, trabalhavam para
um senhor, contudo não trabalhavam na produção.
Note que, os avançados conhecimentos que os maias tinham sobre
astronomia (eclipses solares e oscilações dos planetas) e matemática lhes
deixaram criar um calendário cíclico de extraordinária precisão. Na verdade,
são dois calendários justapostos: o tzolkin, de 260 dias, e o haab de 365.
“O haab era dividido em dezoito meses de vinte dias, mais cinco dias
livres. Para datar os acontecimentos utilizavam a "conta curta", de 256
anos, ou então a "conta longa" que principiava no início da era maia.
Além disso, determinaram com notável exatidão o ano lunar, a
trajetória de Vênus e o ano solar (365, 242 dias).” (PERDIGÃO, 2006).
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afiançar, certamente, é que quando os espanhóis abordaram à América, a
civilização maia não existia mais sinais de vivência.
Civilização Asteca
Sua origem ocorreu por sofreram influencias dos olmecas, estes viveram,
em tempos distantes, na mesma região. Os olmecas compuseram uma
hegemonia na região, que depois as invasões dos povos procedentes do norte
da América, chegou a seu fim.
Fonte: http://www.jornaljoca.com.br
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de 500 a 600 d. C., influenciados pela cultura olmeca, sendo está é uma das
grandes cidades da era com enormes construções, pirâmides de tributo ao Sol,
a Lua e ao deus maior Quetzacoatl. Não existe muitos dados dessa civilização.
Já os toltecas, oriundos da América do Norte, semelham por conterem
influencias da cultura olmeca e se dominados pelos sacerdotes da grande
cidade Teotihuacán, porquanto deram continuação à cultura e à administração
da cidade, aparelhando um Estado forte e uma cultura rica, chegando ao fim
visivelmente por causa das disputas internas e a guerras externas em 1194 d. C.
Contudo, o povo mexica é oriundo da região Sul da América do Norte,
cognominada Aztlán, por isso o nome de Asteca. Se ativeram na região do lago
Texcoco, ao lado de ou-tros povos e depois 1325 iniciaram a construção do que
significaria a maior cidade do séc. XV, a ampla e majestosa Tenochtitlán.
Dessa forma, a área tomada pelos astecas foi nas adjacência do lago
Texcoco situado no sul da América do Norte, onde Tenochtitlán foi edificada a
partir de 1325 d. C.
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Fonte: https://www.historiadomundo.com.br/asteca
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“Formação do Império Asteca: a formação do Império Asteca teve
como base a união de três cidades: a capital Tenochtitlán, Texcoco e
Tlacopán, que juntas estenderam seu poder por toda a região. Como
eram as relações políticas entre as três cidades e as demais não são
muito claras, porém não era muito centralizada com nos Incas. “Na
confederação Asteca conviviam comunidades de diferentes culturas,
costumes e idiomas, porem a unidade era marcada pela religião, pela
centralização militar e pela arrecadação de impostos feitos em
Tenochtitlán. As províncias da Região subordinavam-se aos Astecas,
de maneira a não apenas pagarem impostos, mas também serem
obrigados a fornecerem contingentes militares e a serem submetidos
aos tribunais da capital.” (GWEBER, 2019).
Assim, o Império Asteca apresenta ter 1440 a 1520 o seu auge, antes de
ser completamente destruído pelos colonizadores, com a chegada de Cortez,
que posteriormente a várias incursões em agosto de 1521 o império foi
totalmente conquistado. Uma das causas da ruína dos Astecas foi o poderio
militar, outro motivo foi que os Astecas não batalhavam para matar, contudo
para submeter os demais povos ao seu predomínio, para os espanhóis a guerra
era um momento de conquista e extermínio.
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tivessem outro apoio alimentar estas civilizações não teriam se formado sem o
que permitia o crescimento de suas populações.
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Representação moderna de Tezcatlipoca, um dos principais deuses
do panteão asteca.
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santuário no topo.” (GWE-BER, 2019).
Esculturas asteca
Fonte: http://artout.com.br
Civilização Inca
Sua origem está entre o lago Titicaca e a cidade de Cuzco (Peru). Sua
localização fica na Região oeste da América do Sul, regressada para o Pacífico.
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A área ocupada começa na região de origem, posteriormente se ampliaram
sustando regiões atualmente conhecidas como sul da Colômbia, Equador, Peru,
Bolívia, norte da Argentina chegando ao sul do Chile.
Fonte: http://hipercultura.com.br
Fonte: http://saopaulosao.com.br
“Os povos habitavam várias regiões como: os chavin que viviam nas
serras peruanas; os manabi no litoral do Equador; os chimu no norte
do Peru; e ainda haviam os chincas, mochicas, nazca e outros. A
maioria possuía centros urbanos organizados, templos cerimoniais,
agricultura diversificada (milho, batata e outros), alguns
domesticavam lhamas, vicunhas, alpacas e cachorros-do-mato. A
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grande cidade era Tia-huanaco, centro cerimonial que recebia
milhares de pessoas por ano, apresenta influência dos chavin,
estabeleceu-se por volta do séc. X d. C.” (PERDIGÃO, 2006).
Fonte: http://conhecimentoscientificos.r7.com
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existiam duas religiões, uma regressada a nobreza e outra para a população
pobre.
Desse modo, oi Estado Inca realizava a utilização dos censos com base
para planejamentos, porquanto orientava nos comandos: controlar a
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quantificação de população/arrecadação de impostos; a precisão de mão-de-
obra para alguma obra pública; controle do desenvolvimento demográfico;
planejamento de arranjos populacionais para áreas não exploradas, afim de
suavizar a densidade demográfica.
Por causa do imenso Império, foi indispensável uma infraestrutura que
admitisse a circulação de impostos, empregados, trabalhadores pelo Império,
dessa maneira, foram edificadas várias pontes, estradas, no decorrer desses
caminhos existia tabernas e construções que abrigavam alimento e água para
os viajantes.
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Como já mencionado a base da economia era a agricultura, desenvolvida
principalmente na zona montanhosa dos Andes. Cultivos se desdobravam por
encostas íngremes, com o famoso sistema de terraços, espécie de degraus
arquitetados com paredes de pedras. As terras estatais eram lavradas por todos
as áreas e a produção era guardada para sustentar a nobreza, os sacerdotes e os
militares.
Fonte: https://www.todamateria.com.br/
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Fonte: https://www.cuscoperu.com/
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Fonte: http://amino.apps.com.br
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Fonte: http://dosmanosperu.com
Resumo
Fonte: http://docsity.com.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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UNIDADE 2 ÁFRICA
Sumário
1. Fatos Gerais......................................................................................3
Civilização Maia .......................................................................................................5
Civilização Asteca ................................................................................................... 11
Civilização Inca ...................................................................................................... 17
Resumo ...................................................................................................................25
2. A África ......................................................................................... 28
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2. A África
3 Retirado em https://www.ofm.org.br/
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Porém, podem-se definir duas formas básicas de classificação regional: as
questões físicas localização geográfica e questões humanas cultura/ocupação.
(RICH-TER, s/d, s/p)
Ainda conforme Richter (s/d, s/p), ao visualizar um mapa da África,
pode-se ver que dividir o mesmo por regiões a partir da sua localização espacial
nos sentidos Norte, Sul, Leste e Oeste, é bem possível. Dessa forma, classifica-
se o continente em cinco regiões distintas quanto a sua posição geográfica:
Norte da África, Oeste da África, África Central, Leste da África e Sul da África.
Oeste da África: é uma região muito confusa do ponto de vista político. São
quinze nações que dividem um espaço caracterizado por áreas desérticas
(Saara, ao norte) e florestas tropicais. Em sua economia local, a exploração de
petróleo destaca-se com uma atividade bem atraente para os países.
Leste da África: também conhecida como “Chifre da África”, por sua forma
física do extremo leste africano, é uma área bem diversificada por ter países
bem estruturados e urbanizados, como é o caso do Quênia, e em contraponto a
isto, existe à Somália e Etiópia, nações mergulhadas em problemas gerados
pelas suas guerras civis. Nesta região encontram-se dez países bem distintos,
tanto nos aspectos físicos como humanos. É na divisa entre Uganda, Tanzânia
e Quênia que existe o lago Vitória, que é considerado a nascente do rio Nilo.
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país exerce um poder centralizador nesta região, onde a economia é seu ponto
forte. Observa-se também uma diversidade natural neste espaço, em razão de
possuir grandes vales férteis e vastos desertos como o Kalahari, sendo no delta
do Okavango(Botsuana) acontece uma das maiores e mais impressionantes
migrações do mundo, a dos nus. (RICHTER, s/d, s/p)
Nesse âmbito, segundo Richter (s/d, s/p) analisar a África destacando
suas características culturais promove uma divisão bem diferente da anterior.
Ao observar o continente africano pela sua ocupação ao longo dos anos,
classifica-se a África em duas regiões: África “branca” (cultura árabe) e África
“negra” (culturas locais).
Isto é possível em virtude da influência que a região norte da
África(árabe) sofreu da ocupação dos povos do Oriente Médio(Ásia) durante os
tempos, tendo como resultado um espaço totalmente adverso da África
“negra”, sendo esta última caracterizada pelas culturas regionais provindas de
milenares tribos africanas. Também é possível destacar a própria cor da pele
dos africanos nessas duas regiões: os descendentes de árabes possuem uma tez
clara, em grande parte, enquanto que os africanos relacionados com as culturas
tribais já têm uma cor mais negra.
Sendo assim, a África vem a ser o resultado de anos de ocupação e
influência das mais diversas culturas do mundo que remodelaram e
transformaram seu continente num espaço diversificado e muitas vezes carente
de recursos econômicos, por outro lado, suas belezas naturais são únicas e, por
enquanto, estão permanentes em todo seu território. (RICHTER, s/das/p)
Divisão Física(localização) da África:
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Sul da África África do Sul, Angola, Botsuana, Lesoto, Madagascar,
Malauí, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Zâmbia e
Zimbábue.
África “branca” Argélia, Djibuti, Egito, Eritréia, Etiópia, Líbia, Mali, Marrocos,
Mauritânia, Níger, Saara Ocidental, Somália, Sudão e Tunísia.
África “negra” Benin, Burkina Faso, Cabo Verde, Gâmbia, Gana, Guiné,
Guiné-Bissau, Libéria, Nigéria, Senegal, Serra Leoa, Togo,
Camarões, Congo, Gabão, Guiné Equatorial, República
Centro-Africana, República Democrática do Congo, São Tomé
e Príncipe, Chade, Burundi, Quênia, Ruanda, Tanzânia,
Uganda, África do Sul, Angola, Botsuana, Lesoto, Madagascar,
Malauí, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Zâmbia e
Zimbábue.
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Fonte: Web Busca/África
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Fonte: Comunicado4
4 Retirado em https://ceert.org.br/
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De acordo com Barbosa (2007, p.1) uma primeira observação necessária
a esta história é a compreensão da sua amplitude. Falar em História da África
é falar sobre a história humana. Afinal, foi lá que surgiu o homo sapiens, cerca
de 160 mil anos atrás. (...) A importância do continente no Mundo Antigo é hoje
inegável. Sobretudo a partir da ascendência civilizatória milenar do Egito
Faraônico sob as civilizações que beiravam o Mediterrâneo: persas, assírias,
hititas, cretenses, helênica, hebraica e outras. Assim como influenciou
interiormente a África, desde o Alto Nilo e abaixo, entre os núbios e cuxitas, na
época do Império de Kusch (aproximadamente 100 0-0a.C.). (BARBOSA,
2007, p.1)
Continuando, Barbosa (2007, p.1) aponta que se trata de uma história de
sete mil anos, que formou a base sócio cultural da maioria das civilizações
humanas na antiguidade. Algo que foi consolidado com a formação da cultura
helenística e a construção da célebre Biblioteca de Alexandria, após as
conquistas de Alexandre, o Grande(356-323a.C.). É difícil resumir a amplitude
daquele fenômeno histórico. Ele se refere, primordialmente, a influência que a
cultura egípcia teve para a expansão das artes, das ciências empíricas
(matemática, geometria, biologia, astronomia, etc.), da filosofia da natureza e
do pensamento religioso (Diop,1983).
Em língua portuguesa, o leitor encontrará uma introdução a esta vasta
história no segundo volume da grandiosa obra Historia Geral da África, escrito
sob a coordenação da UNESCO.
Após quatro mil anos de história, a civilização egípcia entrou em processo
de decadência que iria culminar com as invasões do último milênio a.C. É uma
queda que enfraqueceu também os seus vizinhos africanos, núbios e cuxitas.
Na virada do último milênio para nossa Era, a África assiste a outro fenômeno
relevante em sua história: as migrações populacionais para a África Austral
subsaariana. Salvo melhor juízo, foram estas migrações que trouxeram a
manipulação do ferro e do bronze para esta vasta região ao Sul da África. Um
saber essencial para a criação de instrumentos agrícolas mais desenvolvidos,
além de armas mais letais. O historiador Joseph Ki-Zerbo traz esta hipótese no
seu conhecido livro História da África Negra (1979).
Talvez por esta razão, em diversos mitos de origem dos povos da África
Austral e Ocidental se observa a referência ao grande ancestral comum,
geralmente conhecedor do poder da metalurgia: guerreiro ou agricultor. Na
mesma época vê-se também a ocupação da ilha de Madagascar. Esta ocupação,
todavia, não foi realizada primeiramente pelos africanos, mas pelos aborígines
indonésios, na virada do último milênio. Posteriormente, ela foi também
ocupada por povos nativos africanos, formando uma cultura e população
hibrida. Uma visão introdutória a esta história singular se encontra em Pierre
Bertaux: África: desde la pré-história hasta los estados actuales (1972).
(BARBOSA, 2007, p.2)
Outro fato coloca Barbosa (20 07, p. 2) que vem sendo recuperado em
relação à África é a história da civilização de Axum, entre os séculos I e V(d.C.).
Fonte: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/
Fonte: http://jornalcultura.sapo.ao/
Fonte: Notibras5
5 Retirado em https://www.notibras.com/
ainda essa ideia ao dizer que pelo fato da linguagem imagéticas e analógica não
pode ser construída com negativas “é muito difícil, senão impossível conceber
uma cena negativa usando recursos plásticos”. Em outras palavras a imagem
tem um maior compromisso com o indiscutível, com a verdade.
Pré-concebidamente, a questão da oralidade está frequentemente ligada
a povos ágrafos, ou melhor, tem-se como verdadeiro que o conhecimento, a
história de uma sociedade é transmitida por meio do oral em grupos que não
tem o domínio da escrita, são desprovidas de grafia, contrapondo-se às
sociedades letradas, alfabetizadas. A cultura africana é pautada pela oralidade,
pelo poder que é outorgado à palavra falada. A palavra possui poder de ação e
aquele que não a usa equivale a um ser incompleto, privado de uma parte
essencial de seu corpo. (MENEZES, CASTRO,2007, s/p)
Continuando, Menezes, Castro (2007, s/p) apontam que segundo Bâ
(2003) o poder da palavra falada possui uma energia vital, com capacidade
criadora e transformadora do mundo, garante e preserva ensinamentos “a
tradição oral é a grande escola da vida”. O autor diz ainda que a tradição oral é
ao mesmo tempo: “religião, arte, ciência história, divertimento, recreação, pois
todo pormenor nos remonta à Unidade primordial”.
A narrativa africana é forma de registro tão complexa quanto à escrita, e
incorpora música, dança, interpretação, entonação, o que talvez expresse
melhor essa energia vital. Existe nela uma integração completa entre o verbal
e o não verbal, a palavra e o gesto, a relação da palavra falada e como ela deve
ser falada. (...) para compreender a realidade não há que se separar as partes,
isolando as áreas do conhecimento, pois a compreensão de cada parte, mesmo
resguardadas suas especificidades, remonta ao todo, sem hierarquizações de
conhecimentos e saberes. Tendo por base a iniciação e a experiência, o homem
que se forma na tradição oral é conduzido à sua totalidade (JESUS, 2005, apud
MENEZES, CASTRO,2007, s/p).
A verbalização conforme Menezes, Castro, (2007, s/p) tem tamanha
importância na África que existe uma posição de destaque na sociedade para
profissionais treinados em memorização e transmissão da memória cultural da
comunidade. Esses indivíduos armazenam séculos de crenças, costumes,
lendas, lições de vida, segredos. Tem o compromisso com a verdade, pois
acreditam que a mentira pode provocar o desequilíbrio e desarmonia da
comunidade ocasionada pela perda da sua energia vital. Jesus(2005) ao citar
Vansina – “a oralidade é uma atitude diante da realidade e não a ausência de
uma habilidade” - acrescenta que as sociedades de tradição oral partem desse
princípio, pois a fala não é mero elemento de comunicação cotidiana, mas um
meio de perpetuar a história comum, um meio de preservar a sabedoria
ancestral. Segundo Pierce (apud San-taella,1999) além da linguagem verbal
escrita, o modo de codificação alfabética ocidental de origem grega, existem
outras formas decodificação escrita, diferente da linguagem alfabeticamente
articulada, tais como hieróglifos, pictogramas, ideogramas, formas limítrofes
do desenho.
Partindo do mesmo princípio de Vansina e a despeito dos pressupostos
encontrados nos livros de história, os povos africanos, apesar da tradição oral
estão entre os primeiros a desenvolver em sistemas de escrita. Além dos
hieróglifos egípcios, existem diversos sistemas de escrita desenvolvidos antes
da influência árabe. O fato de priorizarem a verbalização não demonstra
incapacidade de produzir em sistemas de grafia. Retomando-se o que foi dito
anteriormente sobre o compromisso que tanto a oralidade como a imagem tem
com a verdade, pode-se concluir ainda que o fato dos sistemas de escrita
sociedades orais africanas serem basicamente figurativos têm aí sua origem. As
inúmeras composições gráficas observadas na arquitetura e design africanos
sejam nos objetos de uso cotidiano, ritualísticos, ou mesmo decorativos tem a
finalidade de registrar e transmitir conhecimento. Esses símbolos combinados
transmitem mensagens. Não são considerados alfabetos verdadeiros porque
não existe uma forma única de leitura, podem ser interpretados, mas não lidos.
Entretanto, primeiramente, a definição de termo alfabeto é de “qualquer
sistema de sinais estabelecidos para representar letras, fonemas ou palavras”.
Por outro lado, o ato de ler não está restrito à visualização e entendimento da
coisa escrita com alfabeto, mas significa também perceber (sinais, signos,
mensagem) seja por meio da visão, do tato, compreendendo lhes o significado.
A questão da interpretação é também contestável, uma vez que qualquer texto
ou contexto está sujeito a interpretações diferentes dependendo do ponto de
vista. De acordo com National Museum Of African Artossistemas de escrita
africanos desafiam compreensões convencionais da palavra escrita como algo
estático aplicado só ao papel e demonstrando outras formas dinâmicas e
criativas do uso da escrita, ou da ideia de escritura. (MENEZES,
CASTRO,2007, s/p)
Nesse âmbito Menezes, Castro (2007, s/p) colocam que baseando-nos em
Nascimento(1996) e na documentação do National Museum Of African Art
podemos destacar os seguintes sistemas de escrita africanos, os quais podem
aparecer individualmente ou em conjunto:
Pictóricos: os grafemas (a menor unidade construtiva num sistema de
escrita) constituem-se de imagens icônicas;
Ideográficos: símbolos abstratos que por convenção, carregam conceitos,
ideias;
Fonológicos (alfabéticos ou silábicos): que representam os sons da
linguagem (fonemas- unidade mínima distintiva no sistema sonoro de
uma língua- ou sílabas) e que em conjunto representam palavras e
permitem compreensão mais imediata;
Escrita por meio de objetos: arranjos convencionais de peças para
transmissão de informações.
6 Retirado em https://estudo-help.com.br/
venda sustentava os exércitos das metrópoles e financiava as constantes e
exaustivas guerras, provocadas pelas ambições nacionalistas na Europa.
No século XIX– de par com a Revolução Industrial–surgiu um novo
expansionismo europeu, de cunho imperialista, que se lançou à conquista dos
demais continentes, com exceção da América (defendia pela doutrina Monroe).
Este novo imperialismo europeu estendeu-se especialmente pela África e a
Ásia. Não era apenas colonialista (do antigo tipo mercantilista): também era
estratégico (militar)e econômico. Cobiçava novas fontes de matérias-primas;
não ouro e especiarias, mas elementos indispensáveis à indústria. E
ambicionava novos mercados. (BERGAMINI, 2008, s/p)
Para Bergamini (2008, s/p) havia necessidade de novas fontes de
matérias- primas, sobretudo ferro, cobre, petróleo, manganês, trigo, algodão e
de novos mercados para o consumo dos produtos industriais das metrópoles;
superpopulação da Europa e consequente necessidade de novas áreas para o
excesso de habitantes. Os colonos continuariam a ser cidadãos e forneceriam
contingentes humanos para os exércitos das metrópoles; necessidade de
aplicação dos capitais excedentes; desejo da conquista de bases estratégicas
(sobretudo para segurança do tráfico marítimo); espírito e ambições
nacionalistas. (...) (BERGA-MINI, 2008, s/p)
Colonização Francesa
Colonização Inglesa
Colonização Alemã
Colonização Italiana
O Congo Belga
Espanha e Portugal
De acordo com Rosa (s/d, s/p) os europeus tomam contato com a região
em 1487, quando o navegador português Bartolomeu Dias contorna o Cabo da
Boa Esperança. Ponto estratégico na rota comercial para a Índia, e habitada
por grupos negros de diversas etnias (bosquímanos, khoi, xhosas, zulus), a
região do Cabo começa a ser povoada por imigrantes holandeses no século
XVII. Lentamente, os colonos passam a considerar a região como sua pátria e
adotam uma língua própria, o africâner. Em 1806, os ingleses tomam a Cidade
do Cabo e lutam, simultaneamente, contra os nativos negros e os descendentes
de holandeses (bôeres), como objetivo de se instalar na região. Os choques
levam os bôeres a emigrar maciçamente para o Nordeste (a Grande Jornada,
em 1836), onde fundam duas repúblicas independentes, o Transvaal e o Estado
Livre de Orange.
A entrada de colonos ingleses em Orange e no Transvaal provoca tensões
que resultam na Guerra dos Bôeres (1899-1902) e termina com a vitória dos
ingleses. Os estados bôeres são anexados pela Coroa britânica e, em1910,
juntam-se às colônias do Cabo e de Natal para constituir a União Sul-Africana.
A população bôer passa a se chamar africâner.
A partir de1911, a minoria branca, composta de ingleses e africânderes,
promulga uma série de leis com o objetivo de consolidar o seu poder sobre a
população, majoritariamente negra. Essa política de segregação racial
(apartheid, do africâner separação) é oficializada em 1948, com a chegada ao
poder do Partido Nacional(PN)–a força política dominante por mais de 40
anos. O apartheid impede o acesso dos negros à propriedade da terra, à
participação política e às profissões de melhor remuneração. Também obriga
os negros a viver em áreas separadas das zonas residenciais brancas. Os
casamentos mistos e as relações sexuais entre pessoas de raças diferentes
tornam-se ilegais. (ROSA, s/d, s/p)
Ainda de acordo com Rosa (s/d, s/p) a oposição ao regime do apartheid
toma forma na década de 50, quando o Congresso Nacional Africano (CNA),
organização negra fundada em 1912, lança campanha de desobediência civil.
Em 1960, a polícia mata 67 negros que participavam de uma manifestação
liderada pelo CNA em Sharpeville, uma favela situada a 80km de Johanes-
burgo. O “massacre de Sharpeville” provoca marchas de protestos em todo o
país. Como consequência, o CNA é declarado ilegal. Seu líder, Nelson Mandela,
é preso em 1962 e depois condenado à prisão perpétua.
Fonte: https://www.dw.com/
7 Retirado em https://conhecimentocientifico.r7.com/
A descolonização na África passou por várias etapas até que
os países sob a influência estrangeira conseguissem alcançar a
independência. As principais organizações que contribuíram para o
arranque deste processo foram a Sociedade das Nações -SDN- (no pós
Primeira Guerra Mundial) e a ONU (no pós Segunda Guerra
Mundial). ASDN, com o fim das hostilidades internacionais em 1918,
decidiu retirar os privilégios que os países perdedores tinham sobre
as suas colônias africanas. Consequentemente, a Itália e a Alemanha
tiveram de abdicar da sua condição de países colonizadores, uma vez
que as colônias que controlavam foram atribuídas aos países
vencedores. A Organização das Nações Unidas deliberou, no final da
Segunda Guerra Mundial e com a ajuda dos EUA, que a Europa
Deveria desfazer-se do seu passado colonialista, conferindo a
independência aos países africanos.
Deste modo, com o fim da Primeira Grande Guerra, a Alemanha
foi forçada, em 1920, a deixar o Togo (que controlava desde 1884), os
Camarões (em1916) e a África Oriental Alemã (a mais importante
colônia daquele país). A Itália, outra das potências colonizadoras,
também perdeu o domínio africano em pouco tempo. A Líbia, que os
italianos tinham anexado ao seu território em 1912, foi perdida
durante a Primeira Guerra Mundial, embora em 1918 a Itália a tenha
reconquistado. Com a subida de Mussolini ao poder, em 1925, os
italianos tentaram invadir a Etiópia. Como consequência do ato
imperialista, a Sociedade das Nações interveio, declarando a Itália um
Estado agressor, ao qual foram impostas retaliações econômicas. Mas
o conflito com os etíopes continuou e, em 1936, a Etiópia foi anexada
às colônias italianas. Este país conseguiu a independência em 1942,
graças à debilitação que a Itália sofreu com a participação na Segunda
Guerra Mundial. Com o fim deste conflito a Itália é forçada a
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renunciar às suas colônias, das quais abre mão, continuando apenas,
até1960, com o domínio sobre a Somália. Entre 1941 e 1945
mantiveram-se como grandes potências colonialistas Portugal,
Inglaterra, França e Bélgica. (INFO-PÉDIA, s/d, s/p)
Ainda de acordo com a Infopedia (s/d, s/p) o domínio britânico
centrava-se na África do Sul (que compreendia o Cabo, Natal, os
Estados Livres de Orange e o Transvaal). Esta junção de colônias deu
origem à União da África do Sul, que tinha participado em ambas as
guerras mundiais. Nos anos 30, a Inglaterra iniciou o regime do
apartheid, que consistia na separação das raças branca e negra, a nível
político, econômico e social. A atitude britânica foi constantemente
criticada pela ONU, e em 1961 a União da África do Sul deixou de estar
inserida na Com-monwealth, passando a República da África do Sul,
sob o estatuto de independente. A maior oposição ao colonialismo
britânico veio do Egito, que conseguiu a independência em 1953
depois de alguns anos de confronto entre a resistência nacionalista e
as tropas monárquicas. A luta dos egípcios foi determinante para
a descolonização do mundo africano, uma vez que serviu de exemplo
para países como o Sudão, que rapidamente se empenhou na
conquista da independência em 1956.
As colônias francesas estendiam-se pelo norte e noroeste do
continente africano: Argélia, Tunísia e Marrocos. Este último foi o
país que maior resistência trouxe ao domínio francês. Em 1921
organizou-se um movimento armado que lutava pela independência,
e só em 1926, com a ajuda de Espanha, é que a França conseguiu fazer
capitular o líder do grupo. Novos levantamentos tiveram lugar entre
1943 e 1944. A independência foi concedida pela França em Março de
1956. A Bélgica teve o seu maior desafio no Congo. Em1960, dezessete
antigas colônias tinham alcançado a independência, fato que trouxe
novo alento à população congolesa.
Commonwealth (em inglês: Commonwealth of Nations) é uma
associação de territórios autônomos, mas dependentes do Reino
Unido, criada em 1931 e formada atualmente por 54 nações, a maioria
das quais independentes, mas incluindo algumas que ainda mantêm
laços políticos com a antiga potência colonial britânica.
Fonte: https://escolaeducacao.com.br/