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Curso de Terapias Vibracionais Xamânicas

Fundamentos Xamânicos – Módulo 6


:: A Teia Xamânica e o Xamanismo pelo Mundo ::

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Ensino Multidisciplinar em Terapias Naturais,
Holísticas e Complementares
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XAMANISMO MEXICANO

No momento da conquista espanhola e no decurso das décadas seguintes, os índios do


México, foram dizimados de maneira catastrófica por meio de massacres, epidemias e abusos
inerentes aos trabalhos forçados. Também, como a maioria dos outros índios, a Civilização
Maia/Asteca atual encontra-se cristianizada, contudo, seu universo religioso conservou
numerosas sobrevivências do antigo panteão e dos velhos ritos, pode-se falar mesmo de um
verdadeiro sincretismo.

Todas as cerimônias requeriam uma preparação, uma purificação prévia, que se traduzia
em jejuns, abstinências e continências. É que todo o sucesso da cerimônia dependia de um
grau de pureza dos oficiantes e dos diversos elementos participantes.

Ao término destas solenidades, se realizava uma festa onde se bebia o "balche", bebida
própria para a ocasião e também dançavam. Entretanto, estas festividades tinham um cunho
nitidamente religioso e nunca profano. A prova é que era preciso observar previamente um
período de jejum e abstinência para ter autorização para entrar na ronda.

As danças com frequência imitavam cenas de sacrifício e o objetivo dos autores era
identificar- se com um animal, um deus, graças ao poder das máscaras.

O ritmo obsessivo das percussões, o grito lancinante das trombetas e o surdo rufar
dos grandes tambores "huehuetls" mantinham uma tensão contínua e opressiva.

Como nos tempos mais recuados, é provável que as danças de caráter mágico e
encantatório eram celebradas antes das grandes caçadas, das guerras ou das colheitas.

AS OFERENDAS

Nada era feito sem uma purificação pelo jejum e pela abstinência e também, sem
consulta prévia aos sacerdotes que decidiam os dias favoráveis para o respectivo evento.
Habitualmente, os períodos de abstinência duravam uma semana maia, ou seja, 13 dias. Em
todas as ocasiões o fiel fazia oferendas e sacrifícios aos deuses, buscando sua proteção e
graça.

As oferendas eram, geralmente, alimentos, pratos elaborados com bolachas, pozol (tipo
de polenta), grãos de milho, de abóbora e de feijão, um peixe, uma tartaruga, um peru ou um
cervo, balche e também muitas flores. Praticavam outro tipo de oferenda muito peculiar, a

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do próprio sangue, que obtinham ferindo-se de várias maneiras, por intermédio de espinhos,
cacos de sílex ou com um aguilhão defensivo de arraia que enfiavam na língua, nos lóbulos das
orelhas, no septo nasal, nos lábios, nas faces, nos membros e mesmo no pênis. Uma vez feito o
ferimento, deixava-se correr o sangue sobre folhas ou tiras de papel de cascas de árvores,
dispostas num cesto, que eram depois oferecidos aos deuses.

Os maias afortunados ofertavam penas de quetzal, peças de jade, lâminas de obsidiana


ou de sílex talhadas com admirável virtuosidade. Mas sem dúvida, o sacrifício de sangue
representava a suprema oferta. Os deuses exigiam sangue ao desempenho de suas tarefas e
o encargo de providenciá-las cabia naturalmente aos homens criados para tal fim, como ensina
a "Popol-vuh".

Na quarta Criação, os deuses julgaram os homens capazes de prestar-lhes cuidado


nutrindo-os. Esse sacrifício sangrento podia ser o de um animal, tipo passarinho, peru, gamo,
mas também o de um ser humano, criança ou adulto e de qualquer dos dois sexos
indiferentemente.

Os astecas acreditavam que seus deuses se alimentavam de corações humanos. Para


fomentar essas crenças, havia a atitude do guerreiro asteca diante da morte, atitude
compartilhada pela maioria dos seus inimigos mexicanos.

Os astecas desde a infância eram educados na expectativa de serem sacrificados se


acaso fossem feitos prisioneiros e, consideravam este destino uma honra, igual à morte nos
campos de batalha. Aqueles que tombavam em combate ou davam a vida no altar de
sacrifícios, tinham a certeza de que o sangue de seus corações contribuiria para revigorar o
Sol em sua luta diária contra a noite. Desse modo, eles se tornavam parte do próprio Sol.
Nasceriam a cada manhã, formando uma alegre multidão e o acompanhariam até que chegasse
ao zênite, quando as forças da morte, quando as forças da morte e da noite o impelissem para
as trevas.

Uma vez iniciados, os sacrifícios humanos jamais estiveram ausentes no cenário da


América Central. Mesmo o povo maia, mas brando os conheceram. Entretanto, para estes
povos, os sacrifícios humanos só eram realizados em casos críticos, por ocasião de grandes
calamidades ou cataclismos, como seca prolongada, uma epidemia mortífera ou um furacão
devastador.

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NASCIMENTO DO DEUS

No Códice Telleriano-Remense se lê:

"Dizem que Quetzalcoatl foi quem criou o mundo e o chama de Deus do vento, porque
dizem que Tonacatecutli (deus primordial), quando lhe pareceu melhor, soprou e assim nasceu
Quetzalcoatl."

Já no Códice Vaticano se lê:

"Declara-se que o ser supremo Deus Tonacatecutli soprou e fez nascer Quetzalcoatl
sem a intervenção de uma mulher e sim somente por um sopro... Dizem que ele salvou o mundo
com suas penitências, posto que seu pai havia criado o mundo, mas os homens haviam se
entregado ao vício...". ".... assim Tonacatecutli enviou seu filho para salvar este mundo."

Quetzalcoatl é duas deidades em uma. Nos Códices Telleriano-Remenensis no momento


da Criação dividiu um sopro em água da céu e da terra e depois com outro sopro criou seu
filho Quetzalcoatl com a missão de redimir o mundo através do sacrifício e penitência. Para
tanto, Quetzalcoatl, sopro do Criador, também é Ehecatl, deus do Vento e entre suas
obrigações está o de limpar os caminhos para a chegada de Tlaloc, deus da Água.

No decurso de vários estudos e investigações, chegou-se a conclusão que existem três


distintos Quetzalcoatls:

1. Deus Criador,
2. O Civilizador vindo do Oriente 3. O último rei Tolteca.

Estas informações não foram bem passadas pelos espanhóis que lá chegaram, pois eles
não conseguiram distinguir a dualidade dos deuses e nem se deram conta que havia vários
Quetzalcoatls. A dificuldade máxima está em decifra a informação e ver o correspondente de
cada um deles e onde termina o Mito e começa a História.

Este deus é chamado de Quatzalcoatls pelos Astecas, de Kukulkan pelo Maias, e por
Viracocha pelo Incas.

Topiltzin era filho de um rei chamado Mizcáltl que havia se estabelecido em Culhuacán,
alguns quilômetros ao sul da atual cidade do México, no século X. Quando este jovem
preparou-se para o sacerdócio e, finalmente veio a ser sumo sacerdote de Quetzalcoatl ou a

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"Serpente Emplumada", antiga divindade de Teotihuacán, padroeira da cultura e das artes da


civilização. Quando Tolpiltzin subiu ao trono tolteca, mudou de nome passando-se a se chamar
de Quetzalcoatl, pois os sumos sacerdotes da época eram conhecidos pelos nomes dos deuses
que adoravam.

Por volta de 950 d.C. Tolpiltzin transferiu a capital tolteca para Tula, que ficava além
do extremo norte do Vale do México. O rei transformou Tula numa grande cidade e ensinou
seu povo todas as artes da civilização, mas cometeu o grande erro de estabelecer o brando e
benévolo Quetzalcoatl como a divindade principal. Isso desagradou os toltecas que dominavam
a cidade e já possuíam deuses mais guerreiros. O principal destes deuses era Tezcatlipoca,
divindade que exigia ser alimentada com sangue quente e corações ainda a pulsar de vítimas
humanas levadas ao sacrifício. Não se sabe ao certo, acerca da maneira pela qual a facção de
Tezcatlipoca derrotou Topiltzin e seu benigno deus.

Existe uma versão que narra que certa noite Tezcatlipoca, disfarçado de velho
embriagou Tolpiltzin e, em seguida, deixou a própria irmã do rei, a encantadora
Quetzalpetlatl (Esteira de Plumas) no aposento dele. Na manhã seguinte Tolpiltzin
percebendo que havia perdido sua castidade, abdicou o trono tolteca e buscou o caminho do
exílio.

Neste confronto histórico-mítico entre os detentores da cultura urbana policiada,


pacífica e os que representavam a selvageria, a violência, é preciso sem dúvida ver a
eliminação de um estado teocrático e a sua substituição por uma casta de guerreiros.
Prevaleceu a lei do mais forte.

Quetzalcoatl vencido exilou-se no golfo “à beira do Mar divino", no misterioso


território negro e vermelho, o país da Aurora que as lendas localizavam por trás do horizonte
oriental. Uma das inúmeras versões da lenda relata que ele desapareceu no mar numa jangada
construída de serpentes entrelaçadas. Outra diz que ele subiu aos céus e se transformou na
Estrela D'Alva. Entretanto, antes de partir prometeu regressar, vindo da direção do Sol
nascente e especificou até a data em que isso ocorreria, data que corresponde ao ano de 1516
do calendário europeu.

Por uma das mais notáveis coincidências históricas, na data em que o reaparecimento
de Quetzalcoatl fora previsto, chegaram ao México os conquistadores espanhóis.
Quetzalcoatl era representado como um deus branco e barbudo e que viria do leste.
Este elemento da lenda pode ser considerado como o primeiro personagem histórico
palpável da história americana, apesar de seu manto de maravilhoso e embora ostente entre

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seus nomes o de um deus. Esse Acatl Tolpizin Quetzalcoatl! Pela última, mito e história se
entrelaçam.
Castañeda e a Tansegridade
Por Nelson Neraiel

Tansegridade - Texto de Nelson Neraiel sobre o Primeiro Encontro Brasileiro de Xamanismo.


Organização Léo Artése / Associação Lua Cheia - Pax, São Paulo, 13 a 20 de março de 2005

O xamanismo de Carlos Castaneda: apropriação, ruptura ou continuidade?

Queridos amigos, participei do Primeiro Encontro Brasileiro de Xamanismo onde


apresentei uma palestra sobre a Tensegridade de Carlos Castaneda, versão moderna dos
"Passes Mágicos", uma pratica xamânica do México antigo.

Foi um grande prazer estar presente, e ver irmãos de várias vertentes, cada qual com
seu enfoque sobre o que é o Xamanismo. Sem dúvida, foi um momento de discussão de
importantes questões relativas à prática do xamanismo na atualidade. Entre elas, questões de
legitimidade sobre a utilização do saber indígena e de suas medicinas, saber quem pode ser
xamã, o que um xamã faz e como atua.

Pude assistir três mesas redondas cujos títulos eram: "Xamanismo, xamanismo urbano,
xamanismo universal, xamanismo crístico, neoxamanismo: afinal o que é isto?", "O uso da
ayahuasca no Brasil: vertentes e experiências" e "Xamanismo e neoxamanismo: continuidades
e descontinuidades", onde essas e outras questões foram discutidas por xamãs urbanos,
pajés indígenas, antropólogos, ayahuasqueiros e daimistas. Todas Carlos Castaneda é um
antropólogo, autor muito discutido e controverso, e as controvérsias sobre sua obra podem
ser muito úteis para tentarmos entender as questões que foram discutidas durante o
encontro.

Não podemos negar o efeito que seus livros tiveram sobre um número enorme de
pessoas, das mais diversas áreas do pensamento contemporâneo, e do seu papel como
divulgador das práticas xamânicas para o público leigo. Sem dúvida, Carlos Castaneda foi um
dos grandes impulsionadores do que hoje chamamos de Neoxamanismo.
Não vou defendê-lo ou tentar provar que ele não era um farsante, vou apenas narrar os
fatos como ele os colocou e esclarecer pontos importantes sobre a tradição que ele
representa e sua função dentro dela.

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Devo dizer aqui que Carlos Castaneda representa apenas uma única linhagem, uma entre
as muitas ainda existentes, pertencentes ao que hoje se chama de Nagualismo, Toltequismo
ou Toltequidade. Trata-se de um vasto corpo de conhecimento e de práticas acumulado
durante milhares de anos pelos xamãs da região do atual México e América Central. Sua
linhagem começou há vinte cinco gerações atrás, quando os xamãs da época reorganizaram o
conhecimento de homens ainda mais antigos, conhecidos como "Antigos Videntes" e deram
início ao ciclo dos chamados "Novos Videntes".

Esses xamãs, ou Videntes como se autodenominam, colocam-se como herdeiros da


Tradição Tolteca, mas quando falam em "Tolteca" se referem a esse corpo de conhecimento
que mencionei, e não ao povo histórica e geograficamente designado por esse nome segundo a
antropologia e a arqueologia. É importante que fique claro que, para esses homens e mulheres,
Tolteca significa "homens de conhecimento", homens empenhados em explorar os limites da
consciência e da percepção humana.

Esse conhecimento está espalhado pelo xamanismo das várias etnias ainda existentes
no México e em todos os matizes do curandeirismo e feitiçaria local. Temos vários autores
tratando desse tema com abordagens diferentes, mas sem dúvida complementares.

Carlos era um estudante de antropologia em busca de informantes para o trabalho de


campo de sua tese sobre o uso de plantas psicoativas pelos nativos do México. Em sua busca
por informações, cruzou o caminho de um Xamã...

No encontro, enquanto ele falava besteiras sem parar sobre o uso das plantas,
tentando impressionar, o homem viu sua energia... Assim Carlos entrou no mundo dos Xamãs
Mexicanos. O Xamã viu no “ovo luminoso” de Castaneda a configuração energética que buscava
em alguém para ser o seu sucessor. Não se importou se ele era índio ou não; precisava apenas
da sua energia. O Intento, o Espírito, estava apontando aquele homem para ele, indicando-o
para formar um novo grupo de guerreiros e guiá-los à meta final dessa linhagem, um estado
chamado liberdade total.

Todos os esforços desse xamã, um índio Yaqui chamado D. Juan Matus, naquele
momento, o nagual da sua linhagem, foram sempre para Carlos realizasse uma manobra
perceptiva definida por D. Juan como "ver a energia", perceber a energia na forma ela flui no
Universo, ou seja, livre dos processos de interpretação usados pelos nossos organismos para
construir a nossa realidade objetiva. A isso D. Juan chamava simplesmente "Ver", um
processo fundamental para todos os que desejam percorrer o caminho do conhecimento.

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Sabemos que possuir a faculdade de ver o mundo dos espíritos, ver as energias boas e
ruins, é uma capacidade fundamental para que um indivíduo venha a ser considerado um xamã
ou pajé nas culturas xamânicas tradicionais.

Temos aqui a primeira questão que pode ser abordada: como alguém se torna um xamã?
Quem pode se tornar um pajé?

No contexto tradicional das diversas etnias, existem vários processos indicativos e


modos através dos quais uma pessoa pode vir a se tornar um xamã. Temos a indicação por
sonhos, seja do xamã ou do próprio indivíduo, sucessão por parentesco, e principalmente
manifestação de uma crise pessoal - que muitas vezes pode levar a pessoa próxima à morte -
a qual o xamã da tribo verifica ser um chamado. A auto convocação, ou a auto proclamação,
praticamente não existem. Também não é uma função que seja desejada pela maioria dos
indivíduos da tribo; ser um xamã ou pajé envolve muito mais responsabilidades e restrições do
que direitos ou regalias. É necessário ver com atenção o desejo de ser xamã do homem
contemporâneo. O que realmente ele deseja? Do que precisa? Voltaremos a esse tópico um
pouco mais à frente.

Carlos então foi escolhido pelo nagual dessa linhagem como seu aprendiz. Após um
árduo treinamento que envolveu o uso de plantas de poder e as demais práticas dessa
tradição, transformou-se no novo nagual.

O ato mágico de ver a energia e poder verificar por si próprio os fatos energéticos
descritos por D. Juan foi à corroboração de todos os esforços de Carlos e o fato que o
habilitou a empreender sua viajem rumo ao conhecimento. Esse ato é o que o legitima como
sucessor de D. Juan Matus.

Vamos falar um pouco da polêmica que envolve a obra de Castaneda. Foi dito que D.
Juan nunca existiu, que Carlos fez um apanhado de várias tradições, que não viveu nada
daquilo e que seus livros não "fecham" um com o outro.... Não sei se isso são pontos tão
importantes. Claro que o nome de seu benfeitor, o nagual Juan Matus, que também utilizava o
nome de Mariano Aureliano, não era esse mesmo. Carlos também usava vários nomes, como
José Luis Cortez (Joe Cortez), Carlos Aranha, Charles Spider e Izidoro Baltazar.

Enquanto as pessoas liam seus livros na década de 70, e viajavam ao México para
tentar encontrá-lo, ele passou dois anos fritando ovos em uma lanchonete, uma curiosa tarefa
que exigiu disciplina, autocontrole, fluidez, ausência de auto-importância e abandono. Nessa
tradição se busca fluidez perceptiva - então, a constante auto-reflexão e a auto-importância

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são pesos que não precisamos carregar. Essa tarefa prática realizada por ele está
perfeitamente de acordo com uma das principais artes desses xamãs, a Arte da Espreita,
arte de usar nosso comportamento e o mundo em que vivemos para atingir estados
perceptivos de eficiência e atenção não usuais.

Outro conceito dessa tradição é de que não devemos fornecer uma estória muita
definida a nosso próprio respeito aos nossos semelhantes, pois a pressão da energia dos
pensamentos e das idéias das pessoas a nosso respeito limita a nossa liberdade de ação e de
escolha. Os livros foram escritos segundo esses e outros princípios. Qualquer tentativa de
achar um fluxo contínuo de acontecimentos será infrutífera.

Seus livros obedecem a uma didática própria, não linear, que conduz o leitor a
processos perceptivos similares aos que o próprio Carlos experimentou durante seu
aprendizado. Por exemplo, quando na década de 90 ele reapareceu em público ensinando os
"Passes Mágicos" ou, como passou a chamá-los, "Tensegridade", nós leitores já vínhamos
recebendo pequenas descrições de passes inseridas nos diversos livros, como o famoso "Passo
do Poder", presente no seu primeiro livro, A Erva do Diabo (1968). Mais de vinte e cinco anos
depois de conhecermos esse e outros movimentos e já termos feito-os em algum momento,
descobrimos que fazem parte de algo muito maior, um conjunto de práticas chamado "Passes
Mágicos".

O próprio Carlos também passou anos aprendendo os passes sem saber o que eram.

Motivado por D. Juan a mexer o corpo de modo específico com a finalidade fictícia de
tentar estalar os ossos, Carlos acabou aprendendo seus primeiros passes. Com os leitores o
processo foi muito semelhante.

Sua obra tem momentos que soam completamente fantásticos e isso é outro ponto de
polêmica. Há por exemplo o episódio onde Castaneda pula de um penhasco num deserto
mexicano, mas não chega a completar a trajetória de queda até o solo. Pressionado pela morte
eminente, realiza a façanha mágica de entrar em um mundo paralelo se desmaterializando e
retornando a esse mundo em sua cama em Los Angeles; há ainda várias descrições de
transformações em animais e outros do gênero. Enfim, exemplos de fenômenos que
extrapolam os paradigmas da concepção de realidade de nossa sociedade que estão, porém,
plenamente de acordo com o terreno do xamanismo e com as descrições tradicionais feitas
sobre ele.

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Não podemos esquecer que a atuação do xamã se dá dentro de um espaço mágico - é


nele que o xamã navega e atua. Esse espaço mágico pode ter seus símbolos, e esses símbolos
são diferentes nas diversas culturas. Mas isto não quer dizer que o espaço do xamanismo seja
um "espaço simbólico". É desse reino que provém à sabedoria do xamã ou do pajé é nele que
estão seus "espíritos guias", seus aliados como se chamam nessa tradição ou mamaés como se
diz entre os Kamayurá.

Segundo o Pajé Sapaim, ver a energia e ter mamaé são características dos Pajés do
Sol, pajés que aprenderam diretamente do espírito. Existem também os Pajés da Lua; esses
não têm um mamaé e não vêem a energia ou os espíritos aprenderam de outro homem e têm
uma capacidade de atuação e cura mais restrita.

Quando digo que esse espaço não é simbólico é porque, para essas culturas e para esses
indivíduos, esse é um espaço real, que é a contra parte energética ou espiritual do mundo
material, um espaço composto por energias e forças humanas e não humanas com influência e
poder de ação sobre a realidade objetiva. Não podemos relegar a atuação dos pajés e xamãs
ao plano da simples auto-sugestão individual e coletiva. Crer que a descrição da influência
desses xamãs se dá no campo da imaginação dentro de um universo puramente mítico é
desconhecer as concepções de realidade dessas culturas. Se retirarmos a idéia de influência
mágica e dos processos tradicionais de formação de um xamã, teremos muito pouco de
fenômeno original.

Existem vários métodos de indução do transe, e indivíduos dotados de maior ou menor


capacidade de manifestar esse fenômeno. Tradicionalmente, o xamã justamente um indivíduo
com uma grande capacidade de entrar em estados alterados de consciência. Talvez essa seja
uma maneira de tentar responder a questão de quem pode ou não ser um xamã ou pajé. E
Carlos sem dúvida tinha este poder.

Uma das questões que foram levantadas no encontro é sobre como fazer um uso
legítimo do saber indígena e de seu xamanismo nos dias de hoje. Para respondermos a essa
questão, acredito que possa ser útil verificar o que ocorreu com a linhagem de Castaneda.

Após anos de aprendizado, Carlos passou a ser o novo nagual de sua linhagem e,
seguindo a tradição, começou a organizar seu próprio grupo. A forma tradicional dessa
linhagem era a de um grupo fechado, de poucas pessoas que mantinham suas práticas em
absoluto segredo. O grupo agia como um organismo onde cada parte tinha uma função. Era
concebido energeticamente como uma estrutura piramidal com cada elemento ocupando sua
posição específica. Mas, para dar continuidade a sua linhagem, Carlos precisou modificar

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aparentemente a forma tradicional de transmissão do conhecimento - que, aliás, caso tivesse


sido mantida, jamais teria permitido que a parte prática desses conhecimentos tivesse vindo
a público.

Porque Carlos não pode manter a tradição nos moldes originais? Veremos a seguir como
as coisas se passaram.

Inicialmente, Carlos, ainda seguindo os moldes originais da tradição, passou a reunir um


novo grupo de guerreiros, que deveria ser composto de dezesseis indivíduos: oito guerreiras,
quatro guerreiros, três mensageiros e uma mulher nagual. A esse grupo poderiam ser
acrescentados membros em múltiplos de quatro. Num primeiro momento, tudo segue como
esperado: Castaneda reúne os primeiros membros do seu grupo e segue dando continuidade à
linhagem nos moldes originais. Mas, em certo ponto, os membros do grupo, percebendo que
ele não era o tipo de nagual que esperavam, o deixam, sob a acusação de que ele não seria
capaz de guiá-los. E, assim, o grupo se dispersa.

Castaneda não pode manter a forma original da linhagem devido às características


energéticas do seu ovo luminoso. Para se tornar um nagual, o indivíduo deve possuir um ovo
luminoso com características especiais. Enquanto as pessoas comuns têm seu ovo luminoso
dividido ao meio no sentido vertical, formando duas sessões, que eles chamam de "corpo
direito" e "corpo esquerdo", o nagual tem essas duas sessões subdivididas em outras duas. Ou
seja, enquanto o homem comum tem seu ovo luminoso dividido ao meio em duas partes, o de
um nagual é dividido em quatro partes - é esse ovo luminoso duplicado que o habilita a ter
energia para atuar como um guia para os outros membros do grupo.

D. Juan reconheceu em Castaneda seu sucessor, e um nagual, embora ocasionalmente


fizesse a ressalva de que Castaneda era de algum modo energeticamente diferente do
esperado. Posteriormente, ele verificou que Castaneda era dividido em três partes e não em
quatro, e é essa divisão do seu ovo luminoso que conferiu a Castaneda uma função e
características diferentes das de D. Juan. Por isto, Carlos não chegou a concluir sua tarefa
de criar um novo grupo nos moldes tradicionais. Esta foi a razão que fez com que a linhagem
tenha tomado o rumo que tomou, dando início ao um novo momento dentro dela.

Após algum tempo, Castaneda organizou uma nova unidade com as discípulas de D. Juan:
Florinda Donner, Taisha Abelar e Carol Tigs, a mulher nagual (a última pertencera ao seu
antigo grupo composto nos moldes originais, que depois se desintegrara). Entretanto, essa
nova unidade, composta por apenas quatro pessoas, não poderia dar continuidade à
transmissão do conhecimento do modo que havia sido feito até então. Nos moldes

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tradicionais, como vimos, havia dezesseis guerreiros que formavam um modelo energético
preciso e integrado, que necessitava de todas as partes para funcionar e poder conduzir o
grupo à liberdade total.

Como isso não tinha sido possível, pois o grupo original feito por Castaneda se
dissolvera, perceberam que seriam os últimos elos daquela linhagem e que a função de
Castaneda era fechar aquele ciclo. Nesse momento, começaram a decidir o que fazer com o
conhecimento que possuíam. Uma busca mais atenta nos fundamentos dessa tradição revelou
que a cada ciclo de cinquenta e dois naguais, vinte e seis de continuidade e estabilidade, e
vinte seis de crescimento e expansão, surge um nagual de redirecionamento e atualização.
Verificaram que Carlos era um tipo diferente de Nagual e que sua função era de renovação.

Nos moldes originais da linhagem os Passes Mágicos eram ensinados pelo nagual apenas
para os membros da linhagem, que o realizavam individual e secretamente. Neste novo
momento, Castaneda decide tornar pública a parte prática dos ensinamentos, alterando o
rumo da linhagem. Como isto se deu?

Numa primeira etapa, Castaneda e a suas quatro companheiras começam a ensinar os


passes a pequenos grupos de pessoas de fora da linhagem, mas de forma reservada.
Posteriormente, o grupo de condutores volta ao anonimato que manteve durante décadas e os
seminários passam a ser ministrados por um grupo de instrutores, discípulos diretos de
Castaneda, designados para essa função. A partir daí, os passes mágicos passam a ser
acessíveis para um grupo maior de pessoas.

Para tornar os passes públicos, Carlos os organizou em grupos ou séries, separados por
finalidade, tornou os movimentos mais simples e retirou totalmente o ritual e o segredo
associados a eles durante séculos. Carlos deu o nome "Tensegridade" para designar esta
forma moderna dos Passes Mágicos, termo foi tomado por ele da arquitetura, o qual designa a
propriedade dos elementos de uma estrutura trabalhar com a máxima eficiência e o mínimo
desgaste. Assim, a partir de 1996, foram realizados os primeiros seminários públicos de
Tensegridade e, em 1998, é lançado o livro "Passes Mágicos".

Porque Carlos decidiu tornar público os passes mágicos?

Os naguais anteriores, D. Juan e o próprio Carlos, puderam observar através da sua


faculdade de ver a energia, que o mais importante nos passes mágicos é movimentação e a
redistribuição da nossa energia que proporcionam dentro de nosso ovo luminoso. Durante as
práticas que orientava, Carlos pode verificar que o efeito dos passes realizados em conjunto

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por um grupo maior de praticantes é o de um grande incremento de energia. Chamou a isso de


"Efeito de Massa".

Isso, além de intensificar os efeitos dos passes, contribuía para uma maior facilidade
dos praticantes em aprendê-los e em alcançar momentos de silêncio interior. A percepção do
"Efeito de Massa" foi fundamental para determinar o rumo desse conhecimento, assim como
o modo como é ensinado hoje em dia. Hoje praticantes ao redor do mundo testaram e
verificam cada uma das ferramentas que foram dadas.
A decisão de criar a "Tensegridade" e torná-la acessível a todos foi uma decisão de
Carlos, como autoridade de sua linhagem; decisão que tomou ao observar o fluxo da energia
de nosso tempo. Nesse momento, Carlos re-contextualiza seu saber, e o torna contemporâneo
e acessível, garantindo a sobrevivência da tradição.

Ao mesmo tempo, o aparecimento da Tensegridade foi resultado da nova configuração


da linhagem, composta não por dezesseis guerreiros, mas por quatro. Como vimos, isto
ocorreu devido às características do ovo luminoso de Carlos e da própria estrutura da
linhagem, a qual se renova periodicamente.

O movimento de criar a Tensegridade e tornar os passes públicos não deixa de ser um


movimento natural, embora não estivesse previsto originalmente - já que o processo de tornar
público os conceitos da tradição já havia começado com os livros, os quais Carlos escrevera a
partir de uma sugestão inicial do próprio D. Juan.

Temos aqui a idéia de uma tradição viva e aberta à mudança, preocupada com sua
continuidade, mas também atenta à renovação. Poderia ser esse o caminho para as respostas
às questões que estamos discutindo? Um olhar atento para as culturas xamânicas ainda
existentes e uma estratégia de dar continuidade para esse saber dentro de seu contexto
original?

Existem acusações de que Carlos estaria desvinculando os passes de seu contexto


cultural original. Essa afirmação é equivocada porque ele não detém a posse desses passes,
apenas os codificou numa forma que fosse adequada para ser praticada pelas pessoas de
nosso tempo. Acredito que seja importante mencionar que não houve nenhuma reação
contrária a Tensegridade por parte de qualquer grupo étnico ou pelos xamãs mexicanos, e que
é no México que se encontra o maior número de praticantes de Tensegridade.

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Se esse movimento transcultural entre o xamanismo das sociedades tradicionais e a


nossa sociedade não pode ser revertido, então seria ótimo ele contribuísse para o
fortalecimento dessas tradições em suas formas originais também. Não seria esse o caminho?

No caso dos Passes Mágicos, da Ayahuasca, e de outras práticas de expansão da


consciência, existe toda uma vasta tradição a ser preservada e pesquisada. Em ambos os
casos, há uma tecnologia da consciência, que é diferente da nossa, mas igualmente precisa e
funcional.

Castaneda não propõe nenhuma verdade pronta, ele propõe que se pratique, e que se
verifique a validade dessas ferramentas. Acredito que verificar por si próprio seja
fundamental para todos os que se aproximam das práticas xamânicas.

Um dos focos atuais das práticas é a atenta observação de si próprio e dos momentos
em que ganhamos ou perdemos energia, dos momentos em que estamos alinhados e em
harmonia e das coisas ou situações que nos tiram desse estado de alinhamento e equilíbrio.

Aprendemos a observar a repetição entediante dos nossos velhos e equivocados


comportamentos que só nos trazem dor, conflitos interiores e com os nossos semelhantes, e
principalmente o que podemos fazer para mudar isso. Praticar Tensegridade é a busca de um
estado de atenção, eficiência e silêncio conhecido como o caminho do guerreiro.

Busquei até aqui tornar mais claro algumas das práticas e princípios da tradição que nos
foi apresentada por Carlos Castaneda para comentar alguns pontos polêmicos de sua obra,
mostrando como ela se relaciona com as práticas xamânicas tradicionais.

Hoje o grupo de guerreiros do nagual Carlos Castaneda é formado por homens e


mulheres, que estão juntos em uma envolvente aventura, uma aventura com seres mágicos em
um mundo, que sabem que em algum ponto do caminho retornaram para aquela imensidão lá
fora, da onde vieram. Um grupo de praticantes explorando as possibilidades dessa nossa
estranha e empolgante viagem perceptiva como consciências.

Agora podemos voltar ao tópico que abordei no inicio do texto sobre essa busca do
homem contemporâneo pelo xamanismo: o que realmente ele deseja e do que precisa? O que
estamos buscando quando nos aproximamos do xamanismo?

O homem moderno, talvez mais do que em qualquer outra época, sente um grande vazio,
uma falta de completude e paz interior que deriva de nosso quase total desligamento com a

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teia da vida, da natureza e de suas energias. Pressionado pelas preocupações do dia-a-dia,


vive em um nível de consciência que vai muito pouco além da satisfação de suas necessidades
mais imediatas de conforto e de gratificação. Nossa consciência impulsionada por seus medos
e anseios e, principalmente, conflitos, muitas vezes, se vê envolta num diálogo caótico e
frenético que em nada contribui para a percepção de nossas possibilidades enquanto
consciências individualizadas e manifestações da energia criativa da vida.

O xamanismo surge então como uma possibilidade na busca dessa ligação com o
sagrado, como um conjunto de práticas que tem a capacidade de restabelecer a conexão com
o mágico e com o mundo espiritual, livre do peso das religiões institucionalizadas e
principalmente sem intermediários.

Mas essa aproximação se dá muitas vezes de forma romântica, e esse anseio por
transformação, equilíbrio, harmonia e bem-estar, acaba se confundindo com o anseio por
tornar-se um xamã. Não sei se tornar um xamã é tão importante assim.

Acredito que a utilização das praticas xamânicas, a compreensão de seu modus


operandi, e o estudo das tradições que as originaram poderiam constituir uma abordagem bem
mais adequada e sóbria. O contato respeitoso coma as tradições xamânicas pode ser muito
positivo e frutífero para a busca do homem contemporâneo e para a sobrevivência dessas
tradições.

No momento do Primeiro Encontro Brasileiro de Xamanismo em que nos aproximamos


uns dos outros, na busca de troca de experiências e da formação de novos laços de amizade e
de convivência, vivenciando o conceito xamânico de que "tudo está interligado", e que
acabamos verificando que existe uma grande teia de pessoas envolvidas com o trabalho
xamânico hoje, é importante que essas questões sejam colocadas e discutidas.

O clima de respeito e compreensão que presenciamos durante todo o encontro, aliado a


discussão de idéias e questões pertinentes é a forma ideal para que possamos realmente nos
capacitar para ser úteis aos que se aproximam de nós em busca desse caminho.

“Ovo luminoso” citado nesse texto é o campo energético que nos envolve e que se
estende à distância de um braço ao redor de nosso corpo físico; é o equivalente ao que nós
chamamos de "Aura". É a contraparte energética de nosso organismo.

Liberdade total é um estado de consciência e percepção para o qual os praticantes


dessa tradição se preparam para entrar no momento da morte ou da sua partida desse mundo.

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Ao contrário do que ocorre com o homem comum, para o guerreiro, a morte permite que a sua
consciência parta em uma jornada perceptiva definitiva pelo Universo, mantendo assim a sua
totalidade e individualidade. Do ponto de vista dessa tradição, ao fim da existência humana
há uma reabsorção da energia vital e da consciência do individuo pela Consciência Universal,
cessando assim a existência individual. Não existe nessa tradição a idéia de reencarnação e
nem de a idéia de algum céu ou plano paradisíaco ou infernal no pós-morte.

“Nagual”, advém do termo nahual, da língua nahuatl. Aqui o termo é usado para designar
um guia, um homem que por suas características energéticas é uma porta, uma ponte, entre
esse e outros mundos. O nagual é o guia de cada grupo de guerreiros.

TENSEGRIDADE

Tensegridade é o nome dado à versão moderna dos Passes Mágicos e à maneira fluida e
energeticamente eficiente de ser ¾ o caminho do coração ¾ que Don Juan Matus ensinou a
seus discípulos: Carlos Castaneda, Florinda Donner-Grau, Taisha Abelar e Carol Tiggs.

Don Juan um índio yaqui de Yuma, Arizona e Sonora no México, e herdeiro da linhagem
de videntes originários do México antigo, cujo objetivo e propósito, era a liberdade de
percepção ¾ liberdade para perceber o que a física quântica hoje reconhece como a essência
da natureza do universo: um universo de energia, que de acordo com aqueles videntes do
México é uma energia organizada por uma força com inteligência chamada intento.

Uma ferramenta vital para aqueles videntes foram os seus passes mágicos: posições e
movimentos do corpo e a respiração, que os videntes antigos da sua linhagem sonharam e
espreitaram milhares de anos atrás. Respirar para dentro destas posições sonhadas e dos
movimentos permite ao praticante um meio simples e acessível de estimular seu bem-estar ao
redirecionar e restaurar o fluxo de sua energia natural ¾ trazendo a habilidade de estar
presente no momento da vivência, em vez de estar perdido em pensamentos e emoções ¾ e
num padrão de respiração ¾ do passado.

Tal estado de presença traz a energia e o foco para a recapitulação, ou revisão de


nossa própria vida, nos fazendo aprender com as nossas experiências, nos permitindo uma
nova conexão com os outros, conosco mesmos, com a terra, e com a vida da terra (visível ou
invisível ), bem como com os planetas e as estrelas; nos propiciando novas escolhas através da
forma com que usamos a nossa atenção e energia na vida cotidiana.

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Carlos Castaneda emprestou a palavra tensegridade do arquiteto, cientista, navegador,


inovador e visionário R. Buckminster Fuller, cuja percepção da energia levou-o a observar um
princípio de interconectividade fluida presente na natureza, que ele chamou de
“tensegridade”.

É uma combinação de integridade tensional, que descreve as forças em ação dentro de


uma estrutura que é formada por uma rede finita de compressão, ou elementos rígidos
interconectados através da tensão, ou elementos elásticos que dão à estrutura sua
integridade geral.

Devido à essa propriedade de interconectividade, quando um dos elementos da


estrutura da tensegridade muda de nível, todos os outros elementos mudam
concomitantemente, ou se adaptam para uma nova configuração, cedendo sem se quebrar.
Fuller apontou para o suporte essencial da vida sobre a Terra, a árvore, como um
maravilhoso exemplo de tensegridade na natureza. Nascendo de uma semente, água, ar e luz
do sol, uma árvore cresce para formar uma eficiente estrutura de tensegridade com água e
gases se movendo dentro dela permitindo-lhe ser flexível e incrivelmente resistente
enquanto se verga e se adapta aos ventos e à terra, que se movem, além disso leva minerais ¾
partículas das estrelas ¾ e água da terra para o céu.

Carlos Castaneda considerou que esse processo, a tensegridade, era a descrição


energética perfeita da prática moderna dos ensinamentos de Don Juan:

No caso dos passes mágicos, a Tensegridade se refere ao jogo entre a tensão e o


relaxamento dos tendões e músculos e das suas contra-partes energéticas, de modo tal, que
melhora a integridade geral do corpo como um unidade física e energética, e, promove uma
consciência de como todas as partes de nosso ser ¾ tendões, músculos, ossos, sistema
nervoso e órgãos, etc. trabalham em conjunto, integrados por um fluxo saudável de energia.

No caso da vida diária, disse Carlos Castaneda, a Tensegridade é uma arte: a arte de
adaptar-se à vibração, disponibilidade e movimento de nossa própria energia, de modo a
contribuir para com a comunidade da qual somos formados.

Tensegridade por outras palavras

Tensegridade também é vista como a versão modernizada de alguns movimentos


conhecidos como passes mágicos desenvolvidos por índios xamãs que moraram no México em
épocas anteriores à Conquista Espanhola.

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Épocas anteriores à Conquista Espanhola é um termo usado por Dom Juan, um índio
mexicano xamã que apresentou Carlos Castaneda, Carol Tiggs, Florinda Donner-Grau e Taisha
Abelar ao mundo cognitivo dos xamãs que viveram no México nos tempos antigos que, segundo
Dom Juan, foram de 7000 a 10.000 anos atrás.

Dom Juan explicou a seus estudantes que aqueles xamãs descobriram que, através de
práticas que ele mesmo não podia penetrar, é possível para os seres humanos perceber a
energia diretamente como ela flui no universo. Em outras palavras, segundo Dom Juan,
aqueles xamãs diziam que qualquer um de nos pode se livrar por um momento do nosso sistema
de transformar o influxo de energia em informação sensorial própria ao tipo de organismo
que somos. Os xamãs afirmam que, transformar o influxo de energia em informação sensorial
cria um sistema de interpretação que transforma o fluxo de energia do universo no mundo da
vida cotidiana que conhecemos.
Dom Juan explicou ainda que uma vez que os xamãs dos tempos antigos estabeleceram
a validade da percepção direta de energia, que chamaram visão, eles a refinaram usando-a
neles mesmos, isso quer dizer que eles percebiam uns aos outros, sempre que queriam, como
um conglomerado de campos energéticos. Para aquele que “viam”, os seres humanos
percebidos de tal modo eram como esferas luminosas gigantes. O tamanho de tais esferas
luminosas é o comprimento dos braços abertos.

Quando os seres humanos são percebidos como conglomerados de campos energéticos,


um ponto de luminosidade intensa pode ser percebido nas costas, na altura da clavícula a uma
distância de um braço. Antigamente, as pessoas que vêem, que descobriram esse ponto de
luminosidade, o chamavam de ponto de aglutinação, porque eles concluíram que é aí que a
percepção se aglutina. Eles perceberam, auxiliados pela sua visão, que naquele ponto de
luminosidade, o local que é homogêneo para a humanidade, convergem zilhões de campos
energéticos na forma de filamentos luminosos que constituem o universo. Ao se convergirem
para lá, eles se tornam informações sensoriais, que são utilizadas pelos seres humanos como
organismos. Esta utilização da energia convertida em informação sensorial foi considerada
pelos xamãs como um ato de magia pura...energia transformada pelo ponto de aglutinação em
um mundo verdadeiro, global no qual os seres humanos como organismos podem viver e
morrer.

O ato de transformar o influxo de pura energia num mundo perceptível era atribuído
pelos xamãs a um sistema de interpretação. Sua conclusão arrasadora, arrasadora para eles,
é claro, e talvez para alguns de nós que temos a energia para ter atenção, era que o ponto de
aglutinação não era unicamente o local onde a percepção é aglutinada pela transformação do

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influxo de energia pura em informação sensorial, mas é também o local onde ocorre a
interpretação da informação sensorial.

A observação seguinte deles foi que esse ponto de aglutinação é deslocado de modo
muito natural e não obstrutivo da sua posição habitual durante o sono. Eles descobriram que
quanto maior a deslocação, mais estranhos os sonhos que acompanhavam. Destas experiências
de ver, esses xamãs pularam para a ação pragmática de deslocar voluntariamente o ponto de
aglutinação. Eles chamaram esses resultados concludentes a arte de sonhar.

Essa arte foi definida por aqueles xamãs como a utilização pragmática de sonhos
comuns para criar uma entrada para outros mundos pelo ato de deslocar o ponto de
aglutinação pela própria vontade e manter essa nova posição, também pela própria vontade.
As observações desses xamãs ao praticar a arte de sonhar eram uma mistura de razão e de
ver diretamente a energia do universo enquanto flui. Eles perceberam que na sua posição
habitual, o ponto de aglutinação é o local para onde converge uma porção específica e
minúscula dos filamentos de energia que formam o universo, mas se o ponto de aglutinação
muda de local, dentro do ovo luminoso, uma porção minúscula diferente de campos
energéticos se convergem nele, tendo como resultado um novo influxo de informação
sensorial.: campos energéticos diferentes dos comuns se tornam informações sensoriais, e os
campos energéticos diferentes são interpretados como um mundo diferente.

A arte de sonhar se tornou para aqueles xamãs a prática mais absorvente. Durante
aquela prática, eles experimentaram estados não igualados de força física e bem-estar, e no
seu esforço de duplicar esses estados nas horas de vigília descobriram que podiam repeti-los
seguindo certos movimentos do corpo. Os esforços culminaram com a descoberta e
desenvolvimento de grande número de tais movimentos, que são chamados de passes mágicos.

Os Passes Mágicos daqueles xamãs do antigo México se tornaram sua possessão mais
preciosa. Eles os rodearam com rituais e mistérios e somente os ensinaram as pessoas que
eles iniciavam em meio a um enorme segredo. Esta foi a maneira na qual Dom Juan Matus os
ensinou a seus discípulos. Seus discípulos, sendo o último elo de sua linhagem chegaram a
conclusão unânime de que qualquer outro segredo, sobre os passes mágicos seria contra o
interesse que tinham em tornar o mundo de Dom Juan disponível aos outros homens. Eles
decidiram, portanto, resgatar os passes mágicos de seu estado obscuro. Eles criaram desse
modo a Tensegridade, que é um termo na arquitetura que significa a propriedade das
estruturas esqueléticas que empregam elementos de tensão contínua e elementos de
compressão descontínua de tal forma que cada elemento opera com o máximo de eficiência e

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economia. Este é o nome mais apropriado porque é uma mistura de dois termos: tensão e
integridade, termos que conotam as duas forças motrizes dos passes mágicos.

Tensegridade pelas palavras de Taisha

Taisha disse que seu tema sobre tensegridade seria "As nove formas de mover o ponto
de aglutinação".

Segundo ela, os bruxos, shamans ou xamãs, vêem a energia dos seres humanos como
ovos ou casulos luminosos; alguns são redondos ou com forma de sino, outros são oblongos com
a parte de baixo plana. As porções mais baixas do último estão cravadas em uma obscura e
viscosa matéria, que não deixam a energia mover-se; a maioria dos seres humanos tem a parte
de baixo plana.

E um prazer para os bruxos, xamãs, "verem" um ovo luminoso totalmente redondo


flutuando livremente. É um prazer para seus próprios corpos energéticos perceber tal visão.
Todos os seres luminosos possuem um ponto de intenso brilho na altura da omoplata na
superfície do ovo luminoso, esse é o ponto de aglutinação, através do qual passa milhões de
fibras possibilitando a percepção. Se o ponto de aglutinação é deslocado, percebem-se
mundos diferentes, porque o ovo luminoso contem bilhões de pontos para onde pode deslocar-
se. Porque então limitarmos nossa percepção apenas a este mundo ?

Nossa capacidade para a intersubjetividade como seres humanos é tal, que todos
mantemos o ponto de aglutinação na mesma posição. A parte brilhante ao redor da zona
interior do ovo luminoso é o que conta para a auto-reflexão; o mesmo brilho incandescente
que deveria cobrir o resto da totalidade que tem sido devorada pelos voadores.

O ponto de aglutinação do homem não havia se movido muito desde a Idade Média,
quando muito, apenas um triz. Sem dúvida, a luminosidade do ovo luminoso tem diminuído
bastante.

O corpo energético é um conglomerado de energia que se agrupa em um núcleo. Os


feiticeiros intentam juntar outra vez o corpo energético om o corpo físico. (Taisha disse que
ambos estão essencialmente separados desde o nascimento).

Dom Juan disse a Taisha que com as práticas de bruxaria, o corpo energético acercava-
se mais e mais, até que finalmente sentia-o como um cansaço na parte de trás da cabeça.

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Através da disciplina e do treinamento, os bruxos e xamãs ou quem quer que pratique


tensegridade, podem fazer que seu corpo energético apareça como o corpo físico e vice-
versa. Taisha viu pela primeira vez o corpo energético depois de desenvolver bastante
sobriedade mediante o silêncio interior, desta forma permitiu a luminosidade de seu ovo
luminoso crescer outra vez além do nível de seus joelhos. Então Emilito lhe mostrou seu corpo
energético, encenando algo assim como "o passe de estremecimento" (uma vibração que
permite aos bruxos agitar ao corpo físico). Tal como Emilito o fez, seu corpo energético
apareceu como uma nuvem de energia que o envolvia.

Isto é algo que não se pode ver com os olhos, porém sim com o corpo energético.

Os nove caminhos

Estes são os nove caminhos em que os discípulos de Don Juan foram treinados.

Todos resultam harmoniosos e não são nocivos se procedermos de forma lenta e


atentamente .

Os nove caminhos podem ser usados em separado ou em combinação com os outros .

1.-Tensegridade

2.-Recapitulação

3.-Não-fazeres

4.-Pequenos Tiranos

5.-Técnicas de Observação

6.-Silêncio Interior

7.-Disciplina e ações impecáveis

8.-Sonhar

9.-Espreitar

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Nota: Os nove caminhos estão listados basicamente em ordem ascendente, em relação


à consciência necessária para praticarmos adequadamente. Os últimos, sonhar e espreitar,
sendo de todos os mais intricados, requerem haver aumentado nosso nível de consciência
(luminosidade ) pelo menos acima dos tornozelos .

1.- Tensegridade

A cada um dos discipulos do nagual Juan Matus lhes foi dada uma linha de passes. Clara
Grau ensinou a Taisha uma série de movimentos para serem realizados no solo, entretanto
Emilito ensinou-a outros, para pratica-los nas árvores. No princípio de sua estadia na casa
dos bruxos, Taisha não tinha permissão para entrar no ginásio de Clara devido ao fato de ser
radioativa (não havia recapitulado o suficiente). Clara havia aprendido artes marciais na China
e era uma mestra na prática de bastões.

Um dia Taisha intentava dar uma olhada às escondidas no ginásio através de uma
pequena fresta no muro que ela mesma havia feito. Manfredo (que finalmente foi-se com a
partida do velho nagual, porque sua consciência cobriu a totalidade de seu corpo fazendo-o
igual ao restante dos membros), começou a arranha-la e latir repetidamente . Depois que
Taisha foi descoberta, perguntou a Manfredo porque a havia delatado; ele manifestou que só
estava tratando de alertar Clara de que já era hora de lhe ensinar os passes.

Clara ajustou os movimentos ao tamanho de Taisha. Este fato demonstrou ao grupo de


Carlos Castaneda que podia-se amoldar os passes para que outras pessoas os realizassem.
Clara lhe disse que fizesse os passes com total atenção e silêncio interior. Desta forma
estariam imbuídos do intento de aumentar a consciência e acender novas fibras que, em
essência, causaram um movimento do ponto de aglutinação.

Taisha disse que a haviam instruído para focar seu intento em duas áreas de estrelas
mortas quando realizaram os passes da comporta estelar; a constelação Boreal e a estrela
Binária Rotante, que faz o olho do Touro na constelação de Touro.

2.-Recapitulação

A recapitulação é uma técnica dos velhos bruxos, desenhada para desenredarmos


energeticamente de nossos laços com o passado. Livra-nos de nosso forte vínculo com as
velhas interpretações e nos permite perceber novos estímulos. Também está concebida para

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dar descanso aos velhos filamentos fixos e permitir-nos, desta maneira, perceber novas
bandas, novos filamentos, antes ignorados.

Através da Recapitulação sabemos que as novas percepções são apenas momentâneas;


então não nos permitirmos prendermos outra vez em velhos padrões. Quando movemos a
consciência até os velhos filamentos, observando cada detalhe, e logo voltamos outra vez ao
presente, acompanhado do processo do respirar, afrouxamos o ponto de aglutinação. A
Recapitulação revela, ademais, nosso inventário completo de ações ou reações e nossos
padrões básicos de comportamento. Isto nos capacita, depois de recapitular, escolher novas
ações, como por exemplo, os não-fazeres.

As mulheres são seres inorgânicos em 50%, apenas tem que aquietar seu diálogo
interno e se transformam em seres tubulares. Taisha tem dois seres inorgânicos vivendo com
ela, Globus e Phoebus; são seres identificáveis individualmente. O ponto de aglutinação
pessoal e a configuração energética de Taisha está encaminhando-se até a posição dos seres
inorgânicos, permitindo-lhe incrementar os vislumbres de seus hóspedes.

3.- Não-Fazeres

Não fazer significa, essencialmente, não usar itens de nosso velho inventário de ações
e reações. A recapitulação nos permite dispor desse inventário permitindo-nos um momento
de pausa.

Quando um bruxo ou xamã comporta-se de maneira totalmente estranha para si


mesmo, começam a acender novas fibras em seu ovo luminoso. O corpo energético desperta e
responde como resultado dessas novas iluminações. Começam com lentas interrupções, que
tratam de romper com a concepção de que o mundo e sua continuidade é um caminho seguro.

Taisha recordou a um professor da UCLA, que ilustrava a seus estudantes com o


seguinte exercício para que compreendam a visão que os filósofos e fenomenologistas têm da
percepção: pois prismas presos em grampos ou algo parecido que os estudantes levavam.

Mirando através deles, o mundo se via ao revés. (Taisha recordou também a estória de
um estudante de antropologia que uma vez encontrava-se no cemitério e começou a ver
espíritos. Assustou-se tanto que em um minuto esqueceu-se da antropologia). Com essas
máscaras com os prismas invertidos, levou os estudantes a compreensão de "como caminhar
uns poucos passos com elas” permitia uma nova percepção.

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Os não-fazeres são realmente interrupções de nossa continuidade, como por exemplo,


fazer algo com a mão oposta a habitual . Estamos "não-fazendo", quando utilizamos um item
que não forma parte de nosso inventário; também pode ocorrer sob condições de grande
tensão . Esses momentos nos obrigam a mudar nossa idéia do que cremos que podemos fazer.

4.- Pequenos Tiranos

Os feiticeiros, bruxos e xamãs afirmam que o que mantem fixo o ponto de aglutinação
em sua posição atual é nossa ênfase e preocupação em nós mesmos (auto-reflexão). Como
liberarmos da preocupação com o Eu?

Existem três caminhos:

a) Tornando-nos abstratos ou mediante a loucura controlada.

Nossa tendência é fazermos de nós mesmos mais importantes do que em realidade


somos, quando deveríamos ver realmente que tudo o que nos rodeia é apenas ENERGIA: as
árvores, os predadores, os animais, etc...

b) Através dos pequenos tiranos.

Estão em todas as partes e podemos utiliza-los para espreitar nossa importância


pessoal. Os pequenos tiranos fazem que surjam a tona certos comportamentos os quais
estamos presos ou condicionados.

c) Mediante o reconhecimento de que somos seres destinados a morrer.

Porque então ter importâancia pessoal? Essa consciência, assim como o lugar da não-
compaixão, é uma mudança no ponto de aglutinação.

Taisha nos advertiu que o perigoso e provável é que ao vencer um pequeno tirano, nossa
importância pessoal aumente. Por exemplo, Carlos Castaneda viu a Clifford, um amigo,
caminhando com a cabeça raspada, sem camiseta e um colar de alhos ao redor do pescoço.
Clifford era prepotente, porque pensava que podia melhorar as coisas e faze-lo tudo mais
perfeito que os outros.

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Os não-fazeres e o trato com os pequenos tiranos, devem ser levados de forma


tranquila e simples, sem que ninguém o saiba, não devem ser como um comportamento social
ou de grupo, mas uma tarefa de guerreiro .

5.- Técnicas de observação

Mirar fixamente (gazing), não é mirar, é algo que está entre perceber e mirar. As
técnicas de observação são utilizadas para nos ajudar a romper a certeza de que este mundo
é um mundo de objetos. Mirar fixamente está estruturado para romper a tendência da
percepção envolta na subjetividade do mundo ou presa aos padrões da ordem social.

Podemos mirar fixamente a areia, as pedras, as folhas... Podemos observar as árvores


sempre e quando não estivermos de mau humor. Nesse caso é melhor mirar o horizonte ou o
mar. O oceano é suficientemente vasto para absorver esses sentimentos. O método utilizado
pela velha Florinda consistia em dar rápidas olhadas, escolhendo coisas que possivelmente não
pertenciam àquele local em particular, para sobrecarregar seu campo visual. Pode-se também
fazer uma observação de varredura, de 360 graus, ou alternativamente, olhar para cima e
para baixo.

Podemos observar as folhas, perfilando-as ou contando-as. Isto pode ocasionar uma


mudança abrupta que façam as folhas desaparecerem, ao substituir o fundo por um primeiro
plano. Esta é uma técnica para romper nosso padrão de percepção e para intentarmos
perceber a energia diretamente.

6.- Silêncio interior

Este é um assunto de acumular mais e mais silêncio interior. Quando Taisha chegou aos
cinco minutos (para Florinda foram oito), seu ponto de aglutinação atravessou os limites
usuais. Para Carol Tiggs o ponto crítico é de vinte e três minutos de silêncio interior. Nesse
ponto ela pode "parar o mundo". Como nagual, sua massa energética é bem maior e leva muito
tempo para movê-la. Alguns budistas utilizam um ramo fino ou um bastão desde o chão até a
frente como uma forma de concentrar-se para alcançar o silêncio interior. Também podemos
acender um fósforo, molhar a ponta e observar a outra ponta, intentando o silêncio. Quando
alguém chega ao seu umbral crítico de silêncio interior, pode alcança-lo mais rápido e de
forma prolongada.

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7.- Disciplina e ações impecáveis

A disciplina não significa ordem ou regime e sim impecabilidade, dando a cada um de


nossos atos total concentração e intento inflexível, sem esperar nenhuma recompensa
pessoal.

Os bruxos e xamãs sustentam que temos que atuar como se o que fizéssemos fosse o
nosso último ato sobre a terra.

Proceder impecavelmente nos torna desagradáveis e sem sabor para os predadores.

Estes não são nem bons, nem maus, são apenas parte de um universo predatório;
assumem a forma humana para nós porque a um nível subliminar estamos conscientes deles.

Neste ponto Taisha mostrou as ampliações das fotos dos predadores. As fotos
mostram uma figura de dois ou três metros de altura a esquerda da pirâmide principal, com
as montanhas ao fundo. Parecia uma pessoa com braços ou asas por cima da cabeça, voando,
com as pernas dobradas nos joelhos e estiradas para trás.

Taisha nos disse que os voadores ou predadores encontram-se onde há grandes


aglomerações de pessoas.

Nós, os adultos, não conseguimos mais ver esse tipo de coisas; as crianças os veem nos
primeiros anos, antes de serem socializadas .

Algumas pessoas podem alcançar um alto estado de consciência bastante rápido. Em


certa ocasião, Carlos Castaneda visitou uma mulher de oitenta anos que vivia em uma casa de
retiro; dita mulher havia recobrado a consciência depois de vinte anos em estado de coma.

A senhora, havia escrito um livro sobre um grupo de índios e vivia com um deles, o qual
ao final da visita, um dos índios disse a Castaneda que lhe parecia injusto que ele, que estava
avançando muito rapidamente em suas práticas com relação a eles (o grupo do nagual) não
pudera estar um tempo mais falando e fazendo amigos realmente .

Castaneda viu neste comentário a máxima arrogância por parte do homem. Dois anos
mais tarde, o nagual se viu em uma tormenta enquanto dirigia do México a São Diego pela
auto-pista oito. Acercou-se então um caminhão reboque que lhe indicou que o seguisse,

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ficando sob a sua guarda. Castaneda pôs-se ansioso porque não sabia até onde ia o caminhão e
fazia sinal para que o condutor do caminhão parasse.

Finalmente, os dois veículos terminaram em uma estrada de pedras. O motorista do


caminhão era o índio. Este disse a Castaneda que estava pagando uma dívida com ele, por sua
instrução. Fez saber ao nagual que estavam na segunda atenção juntos. Aparentemente, o
homem tinha o nível de energia e consciência necessário para levar Castaneda dentro de seu
"ensonhar". Tão logo o caminhão foi embora, Castañeda, então encontrou-se outra vez na
auto-pista 8 .

8.- Ensonhar

"Ensonhar" não significa ter sonhos lúcidos. No sentido que os bruxos e xamãs
concedem a esse termo, ensonhar quer dizer ter um grau de controle necessário para fixar o
ponto de aglutinação em qualquer posição que se desenvolva durante o sono. O conteúdo dos
sonhos não conta, o que conta é por quanto tempo e com que intensidade podemos mantê-lo
ali. Temos que espreitar nossos sonhos para fixar o ponto de aglutinação em qualquer posição
que o "sonho"' nos leve. Então podemos voltar ao mesmo sonho uma e outra vez, apenas por
ter conseguido fixar o ponto de aglutinação neste sonho.

Começamos despertando de um sonho e nos localizando nele; necessitamos a fixação em


algo que queiramos fazer no sonho, isso nos despertará. Mais tarde quando estamos
totalmente conscientes de novo, podemos repetir os mesmos movimentos que fizemos em
nosso "sonhar" para trazer nosso corpo energético ao nosso corpo físico.

9.- Espreita

Os bruxos e xamãs dizem que primeiro devemos espreitar a nós mesmos através da
recapitulação. Levar a cabo esta premissa requer ser implacável com nós mesmos, na
valorização de quem somos e como é nossa vida.

Taisha deu-se conta, graças a sua recapitulação, que era extremamente complacente
(como muitos de nós), e que fazia qualquer coisa para conseguir o que queria. Dom Juan a
chamava de "eu quero que". Além disso era incapaz de sentir afeto por algo .

Quando Nélida realizou uma simples manobra para soltar seu ponto de aglutinação,
Taisha ficou tanto tempo nessa nova posição que alucinou. Quando voltou a seu estado original

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continuou vibrando, sem mover-se para nenhum lugar, como uma máquina funcionando no vazio.
(provavelmente seu ponto de aglutinação ficou errático).

O grupo de Dom Juan preocupou-se tanto por este motivo que decidiram colocá-la nas
árvores. Seu ponto de aglutinação fixou-se então em uma nova posição enquanto estava na
casa sobre as árvores. Taisha experimentou sentimentos pela primeira vez, que eram
estranhos, como afeto pelas árvores. Ademais sentiu como as árvores comunicavam-se
através de "bolhas" de sentimentos. Taisha estava utilizando filamentos diferentes dos
usuais.

Depois de dois anos, seu ponto de aglutinação voltou a estabilizar-se, então lhe foi
dada uma nova tarefa como espreitadora: a de fixar seu ponto de aglutinação em uma nova
posição que correspondia a uma moça ingênua e superfeminina buscando um marido. Esta foi
uma mudança dramática, já que nas árvores, seu ponto de aglutinação havia se movido para
uma posição atlética, livre e masculina, inclusive seu ponto de aglutinação direcionou-se para
fora e o ponto de aglutinação na maioria das mulheres encontra-se voltado para dentro.

Durante mais de um ano Taisha fez o papel de Madeline Rigo, aperfeiçoando-se em


francês, etiqueta, cozinha e etc., para conseguir ser uma mulher desejável para o matrimônio;
recebeu diferentes ofertas. Este período terminou quando se apaixonou por um homem
inadequado, que havia sido sacerdote. Era um homem jovem, obsessivo, com sentimentos de
culpa e profundamente perturbado, que passava seus dias dirigindo um ônibus e passeando ao
redor das igrejas. Taisha, como Madeline, decidiu que ia salvá-lo.

Os bruxos e xamãs vêem a loucura como uma super-ênfase ou fixação em manter as


fibras de luminosidade em um ponto particular.

Ele decidiu coloca-lo nas árvores. Uma vez que subiu o homem tornou-se
completamente louco. Depois desse escândalo o tempo como Madeline findou-se.

A seguinte posição de espreita assinalada para Taisha foi como a mendiga Alfonsina, um
grande salto, já que anteriormente havia sido uma ingênua consentida.

Dom Juan contratou uma mendiga para ensinar a Taisha tudo sobre ser mendiga e
servir como sua mãe. Quando viu a asquerosa espelunca onde vivia a mulher, Taisha quis fugir
imediatamente. Localizou a Dom Juan para implorar-lhe que a deixasse voltar Dom Juan lhe
disse para escolher entre voltar ao seu mundo (o de Taisha), ou ser Alfonsina até as
profundidades.

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A consciência de Taisha era já o suficientemente alta para atuar como a verdadeira


Alfonsina. Taisha teve unicamente sua disciplina e seu intento inflexível nesta experiência, e
devido a tensão vivida, chegou a experimentar amor por sua mãe; assim foi a mendiga
Alfonsina, sem sentir vergonha ou lástima .

O papel de Alfonsina acabou quando uma mulher que havia intentado levar Taisha a sua
casa para asseá-la e vestí-la e a quem Taisha havia evitado anteriormente, conseguiu seu
objetivo, banha-la e retirar-lhe a sujeira de sua pele enegrecida, mostrando que podia
tornar-se "branca". Este fato assinalou o fim de Alfonsina .

A quarta e última posição de espreita de Taisha foi como um homem, Ricky. Ricky era
um jovem americano apaixonado pela vida e identificado por todas as pequenas coisas que
damos por certas. Ele levava vantagem nas oportunidades da vida, porém a principal
característica dele era o conhecimento de que sua vida ia chegar ao fim.

Quando não temos ego é fácil entrar em um universo paralelo, além disso, o emissário
do sonhar, que é sempre uma voz feminina, nos descreve como é. Nesse universo podemos
interatuar com os seres inorgânicos, os aliados para os antigos videntes. Entramos em seu
mundo pelo sonhar, aonde nossa velocidade ajusta-se a deles. Os espreitadores podem
adaptar-se a essa velocidade através da vigília em repouso, com a voz que lhes dizem o que
devem fazer para conseguir tal.

No reino dos seres inorgânicos temos a muito prazerosa impressão de flutuar e nos
movemos a grande velocidade. Os seres inorgânicos são entidades "femininas" buscando
energia masculina, que é muito estranha em seu universo, um universo que é muito perigoso
para ser visitado por homens na maioria das vezes.

Os bruxos, magos e xamãs dos tempos antigos decepcionaram-se com os seres


inorgânicos, porque não conseguiram as recompensas que esperavam e julgavam merecer.

Eles acreditavam que os seres inorgânicos os ajudariam, por exemplo, contra os


invasores espanhóis.

O grupo de Carlos Castaneda constatou a capacidade dos seres inorgânicos de sentir


afeto, um afeto genuíno e profundo, relaxante como nenhuma outra coisa. Eles fazem coisas
pelos bruxos devido ao seu afeto livre e sem expectativas. Os seres inorgânicos estão
dispostos em nos ajudar sem ter em conta a brevidade de nossas vidas em relação ao tempo

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de vida deles. Quando nos pomos em contato com eles através de um profundo afeto, eles nos
tornam capazes de prolongar nossa atenção, nossa consciência.

Do ponto de vista da razão, os seres orgânicos podem parecer-nos como demônios, já


que estão interessados em estender nossa consciência de maneira tal que chega a ser quase
eterna, em troca de um intercâmbio de energia.

O velho nagual dizia que são como nossos primos, existindo em uma linha paralela a
nossa. A única forma de aumentar nossa potencialidade é entrando em seu mundo. Os seres
inorgânicos não nos ajudam por caridade. Dom Juan dizia que o universo está permeado por
uma onda de profundo afeto, do qual os seres inorgânicos estão cheios. Quando essa onda de
afeto nos golpear, deixem que ela os leve, porque ela permite que o Espírito os leve, então
voamos em direção ao Infinito. Estaremos navegando num intrépido vôo, em êxtase, com total
abandono. Não haverá meio de expressar tal experiência e isso também não terá importância.

Como fazer Tensegridade - O diário de navegação da Tensegridade


Por Carlos Castaneda, Lectores del Infinito Número 4

Os xamãs do México antigo trataram os passes mágicos desde seu começo com algo
único, e não os usaram jamais como uma série de exercícios para desenvolver a musculatura
ou incrementar a agilidade.

Don Juan dizia que foram considerados passes mágicos desde o primeiro momento em
que foram formulados. Descrevia a "magia" dos movimentos como uma mudança sutil que os
praticantes experimentavam ao executá-los; os movimentos produzem uma qualidade efêmera
em seus estados físicos e mentais, um certo brilho, uma luz nos olhos. Don Juan se referia a
essa mudança sutil como um "toque do espírito"; como se os praticantes, através dos
movimentos, pudessem restabelecer um laço, até então inutilizado, com a força da vida que os
sustenta. E continuava explicando que os movimentos foram chamados passes mágicos porque
através de sua prática, os xamãs eram transportados, em termos de percepção, a outros
estados de ser, nos quais podiam perceber o mundo de uma maneira indescritível.

"Devido a esta qualidade, devido a esta magia," me disse Don Juan em uma ocasião, "os
passes não devem ser praticados como um exercício, e sim como uma maneira de chamar o
poder."

"Mas podem ser considerados como movimentos físicos ainda que nunca antes tenham
sido considerados assim?" Perguntei. Eu havia praticado fielmente todos os movimentos que

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Don Juan me havia ensinado e me sentia extraordinariamente bem. Este estado de bem-estar
me era suficiente.

"Pode praticá-los como quiser," afirmou-me Don Juan. "Os passes mágicos acrescentam
a consciência, independentemente de como os realize. O mais inteligente seria realizá-los
como o que são: passes mágicos que ao efetuar-se conduzem os praticantes a desfazer-se da
máscara da socialização."

"O que é a máscara da socialização?" perguntei.

"A aparência falsa que todos defendemos e pela qual morremos," disse. "A aparência
falsa que adquirimos no mundo; a que nos impede de alcançar todo nosso potencial; a que nos
faz crer que somos imortais."

A Tensegridade, sendo a versão moderna desses passes mágicos, tem sido ensinada até
agora como um sistema de movimentos porque essa tem sido a única maneira na qual o vasto e
misterioso tema dos passes mágicos pode ser encarado no quadro moderno de hoje em dia. As
pessoas que praticam Tensegridade de agora não são praticantes de xamanismo, por isso, a
ênfase deve ser posta no valor dos passes mágicos como movimentos.

Nesse caso, o ponto de vista adotado considera que o efeito físico dos passes mágicos
é o aspecto mais importante para estabelecer uma base sólida de energia para os praticantes.
Por estarem interessados em outros efeitos dos passes mágicos, os xamãs do México antigo
fragmentavam longas séries de movimentos em unidades separadas, praticando cada
fragmento como um segmento individual.

A Tensegridade voltou a reunir esses fragmentos em suas longas formas originais.


Deste modo se tem obtido um sistema de movimentos; um sistema no qual se realçam sobre
tudo os movimentos mesmos.

A execução dos passes mágicos, tal com é ensinado na Tensegridade, requer um espaço
determinado ou um horário previamente estabelecido, mas idealmente, os movimentos
deveriam ser praticados de maneira solitária, espontaneamente, ou quando surgisse a
necessidade.

Sem dúvida, o meio ambiente urbano facilita a formação de grupos, e nessas


circunstâncias, a única maneira na qual podemos ensinar Tensegridade é a grupos de
praticantes.

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Praticar em grupos é benéfico em muitos aspectos e pernicioso em outros. É benéfico


porque permite a criação de um consenso de movimentos assim como a oportunidade de
aprender através do exame e da comparação. É pernicioso porque fomenta o surgimento
de comandos e requerimentos sintáticos referentes a hierarquias; e o que os xamãs
desejavam era escapar da subjetividade derivada de comandos sintáticos. Por azar não se
pode ter tudo, de modo que a Tensegridade deve ser praticada de modo que resulte mais
fácil: sejam em grupos, ou de maneira solitária, ou em ambas as formas.

Em todos os demais aspectos, o modo no qual a Tensegridade tem sido ensinada é uma
reprodução fiel da forma na qual Don Juan ensinou os passes mágicos a seus discípulos. Ele os
bombardeou com uma profusão de detalhes e deixou que suas mentes aturdidas com a
quantidade e a variedade de movimentos, e com a implicação de que cada um deles,
individualmente, era um caminho que conduzia ao infinito.

Seus discípulos passaram anos aborrecidos, confusos, e sobre tudo, desalentados


porque sentiam que tal bombardeio era um assalto injusto a suas pessoas. Empregando a
estratégia tradicional dos xamãs de embaçar a visão linear dos praticantes, Don Juan saturou
a memória sinestésica de seus discípulos. Ele sustentava que, se apesar de sua confusão, seus
discípulos seguiam praticando os movimentos, alguns deles ou todos chegariam ao silêncio
interior. Dizia que tudo se torna claro quando se alcança o silêncio interior, a ponto de que
não somente podemos recordar, com absoluta precisão, passes mágicos já esquecidos, mas
que sabemos exatamente o que fazer com eles, o que esperar deles, sem que ninguém nos guie
ou nos diga.

Os discípulos de Don Juan quase não podiam crer em tais afirmações. Sem dúvida, em
um momento dado, cada um deles deixou de estar confuso ou desesperançado. Os passes
mágicos, precisamente porque são mágicos, se organizaram de um modo misterioso em
sequências que acabaram com toda a confusão.

A preocupação das pessoas que praticam Tensegridade hoje em dia é idêntica à


preocupação dos discípulos de Don Juan. As pessoas que têm assistido aos seminários e
encontros de Tensegridade se sentem aturdidas pela quantidade de movimentos. Pedem a
gritos um sistema que as permitam integrar os movimentos em categorias praticáveis e
ensináveis.

Devo insistir uma vez mais que o que tem estado realçado desde o princípio: A
Tensegridade não é um sistema comum e corrente de movimentos para desenvolver o corpo. É

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certo que desenvolve o corpo, mas somente como um subproduto de um propósito mais
transcendental.

Os xamãs do México antigo estavam convencidos de que os passes mágicos conduzem


os praticantes a um nível de consciência na qual os parâmetros da percepção normal
tradicional se cancelam pelo fato de serem acrescentados. Ao ocorrer isso, os praticantes
podem entrar em mundos inimagináveis; mundos que são tão abarcadores e totais como o
mundo no qual vivemos.

"Mas, por que haveria eu de querer entrar nesses mundos?" perguntei a Don Juan numa
ocasião.

"Porque você é um viajante, como todos nós, seres humanos," disse ligeiramente
irritado por minha pergunta. "Os seres humanos se encontram numa viagem da consciência
momentaneamente interrompida por fortes forças. Creia-me, somos viajantes. Se não temos
essa viagem, não teremos nada."

Sua resposta não me deixou absolutamente satisfeito. Continuou explicando que os


seres humanos caíram moral, física e intelectualmente desde o momento que deixaram de
viajar, e que estão girando atrapalhados em um redemoinho, por assim dizer. Têm a impressão
de que se movem com a corrente quando na realidade se mantêm estacionários.

Levei trinta anos de árdua disciplina para chegar a um plano cognitivo na qual pude
reconhecer as declarações de Don Juan e estabelecer sua validade sem sombra de dúvidas.
Os seres humanos são certamente viajantes. Se não temos isso, não teremos nada.

A Tensegridade deve ser praticada com a idéia de que o benefício desses movimentos
ocorre por si mesmo. Isso deve sobressair a todo custo. Não há modo de dirigir o efeito dos
passes no nível de um principiante, e não há nenhuma possibilidade de que alguns deles possam
beneficiar um ou outro órgão. À medida que adquirimos disciplina e que nosso intentar se
torna claro, cada um de nós pode selecionar o efeito dos passes mágicos, de maneira pessoal
e individual, com propósitos específicos pertinentes unicamente a cada um de nós.

Nesse momento, é de suma importância praticar qualquer sequência de Tensegridade


que se recorde, ou qualquer série de movimentos de venha à memória. A saturação que ocorre
dará finalmente o resultado que os xamãs do México antigo buscavam: entrar em um estado
de silêncio interior e decidir, desde o silêncio interior, qual será o seguinte passo.

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Naturalmente, quando me falaram, mas ou menos do mesmo modo, acerca das manobras
dos xamãs para saturar a mente com o fim de alcançar o silêncio interior, minha resposta foi
à resposta de qualquer pessoa interessada na Tensegridade hoje em dia: "Não é que não
creia, mas é algo muito difícil de crer”.

A única resposta que Don Juan tinha para as minhas mais que justificadas perguntas
e para as perguntas de suas outras três discípulas era: "Tomem minha palavra, porque minhas
afirmações não são arbitrárias. Minha palavra é o resultado de corroborar, por mim mesmo, o
que os xamãs do México antigo descobriram: que os seres humanos somos seres mágicos”.

O legado de Don Juan inclui algo que tenho repetido e que continuarei repetindo: os
seres humanos são seres humanos que não se conhecem a si mesmos, estão repletos de
recursos incríveis que não utilizam nunca.

Ao saturar seus discípulos com movimentos, Don Juan logrou dois ensinamentos
formidáveis: trouxe esses recursos ocultos à superfície, e deteve gentilmente nossa
obsessão com nossa costumeira forma linear de interpretação. Ao forçar seus discípulos a
alcançar o silêncio interior, estabeleceu novamente a continuidade de sua interrompida
viagem da consciência. Dessa maneira, o estado ideal de qualquer praticante de Tensegridade
em relação aos movimentos de Tensegridade, é igual ao estado ideal de um praticante de
xamanismo em relação à execução dos passes mágicos. Os dois são guiados pelos movimentos
mesmos até a culminação sem precedentes do silêncio interior.

Do estado de silêncio interior, os praticantes de Tensegridade, serão capazes de


executar por si mesmos, sem nenhuma instrução externa, qualquer movimento dentre a
quantidade de movimentos com os quais foram saturados, para qualquer efeito que
considerem apropriados. Poderão executá-los com precisão e velocidade ao caminhar, comer,
descansar, ou ao fazer qualquer coisa.

DIVINDADES MAIA

O nativo americano possui o dom da intuição, da razão, do livre arbítrio e da vontade.


Capacidades que o tornaram o melhor observador da natureza, que passou a considerar seu
guia e mestre. Adquirindo experiência a respeito do meio em que vivia, acabou por reconhecer
que ele próprio era parte dessa natureza e que todas as coisas possuem alma, porque tem
forma. Assim, os maias definiram a alma como algo material e não confundiam alma com
espírito. Consideravam o espírito como energia solar e a alma como uma forma de
manifestação do espírito.

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A religião dos maias, portanto, baseou-se em todos os segredos que, por milhares de
séculos, foram coletados da Mãe-natureza, deste plano terrestre em união com as leis
cósmicas. Com este material, os iniciados maias formularam sua Religião-Ciência.

O povo maia possuía uma grande religiosidade, apresentando um complexo e dominador


panteão, que nos revela indivíduos de atividades essencialmente agrárias. Suas divindades
apresentavam um caráter ambivalente, que podia ter um aspecto positivo, tanto quanto
negativo. Sendo assim, a chuva que faz crescer as plantas, também podem afogá-las, por
excesso e essa dualidade se identifica com um casal divino ou pode ainda manifestar-se nos
perfis contraditórios de uma mesma divindade.

O estudo do panteão maia nos permite deduzir algumas generalidades básicas.


Inicialmente observa-se divindades da chuva e da terra, ligadas às atividades da agricultura,
que apresentam caracteres ofídicos, isto é, possuem traços de serpentes e crocodilos,
mesclados com humanos. Estas divindades antropomorfas são excepcionais na imaginação
religiosa maia.

Seguindo, observamos o caráter de "quadruplicidade" de numerosos deuses cuja


personalidade se desintegra em quatro indivíduos, cada um correspondendo a um ponto
cardeal. Era frequente também o esquema que associava essas divindades a "duplos",
correspondendo aos quatro pontos cardeais.

Na concepção maia, uma divindade pode revestir-se com um caráter benéfico e depois
maléfico, passando da juventude à velhice ou até trocando de sexo. Constata-se, que não
existe impermeabilidade entre os universos celeste, terrestre e subterrâneo e que uma
divindade pode encontrar-se nestes mundos diversos e ter ciclos diferentes.

Simplificando, podemos reagrupar as divindades maias em 3 grandes famílias: celeste,


terrestre e subterrânea. Para o céu existiam 13 divindades maiores, 7 para a terra e 9 para o
mundo subterrâneo. Diferentes dos mexicanos, não prestavam culto ao deus do fogo.
Estranhamente, seu grande deus, Hanab Ku, criador do mundo e pai de todas as divindades,
ocupava um lugar medíocre no panteão maia.

Entre as divindades celestes, o Sol (Kinich Ahau, deus solar) e a Lua (Ixchel) detinham
um lugar preponderante e todas as lendas estavam associadas a este casal. Antes de serem
transferidos para o céu, os dois viviam como cônjuges sobre a terra, onde madame Lua não
era uma esposa fiel. No decurso de uma discussão o seu marido Sol lhe retirou um pouco de

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seu brilho. Podemos entender com clareza porque os povos antigos escolhiam o Sol como deus
dos homens e a Lua como das mulheres, pois suas características parecem corresponder ao
masculino e feminino, e assim, se justifica a escolha destes símbolos. A história da maioria
das religiões é a história do poder de tais símbolos.

As artes da música, da cerâmica e da caça foram colocadas sob a proteção do Sol,


enquanto que a gravidez, o parto, as colheitas e a tecelagem eram da alçada da Lua.
Paradoxalmente, vemos no códice esta figurada em suas manifestações hostis e negativas e
até destrutivas. Ixchel é entre outras, a deusa das inundações e aparece também, como uma
velha colérica, cercada de símbolos fúnebres, uma serpente enrolada sobre o seu crânio,
ossadas esparsas e fixas sobre uma saia e garras de rapina à guisa de unhas. O nascimento, a
morte...., dois traços ambivalentes, mas que sempre fizeram parte do pensamento indígena.

DEUSA IXCHEL

Eu faço fios de energia


na teia da criação
Onde nada existia antes
do vazio
para o mundo
eu fio criando a vida
a partir da minha mente
a partir do meu corpo
a partir da minha consciência
do que precisa existir
Agora existe algo novo
e toda a vida é alimentada.

A deusa Ixchel foi adorada pelos maias da península do Yucatã, em Cozumel, sua ilha
sagrada. A deusa da Lua e da Serpente ajuda a assegurar a fertilidade pelo fato de segurar o
vaso do útero de cabeça para baixo, de modo que as águas da criação possam estar sempre
jorrando. Ixchel também é deusa da tecelagem, da magia, da saúde, da cura, da sexualidade,
da água e do parto. A libélula é seu animal especial. Quando ela quase foi morta pelo avô por
tornar-se amante do Sol, a libélula cantou sobre ela até que se recuperasse.

O símbolo desta deusa é o vaso emborcado do infortúnio. Sobre sua cabeça repousa
uma serpente mortífera, suas mãos e pés têm garras afiadas de animais e seus traje é
adornado com as cruzes feitas de ossos, emblema da morte.

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DIFERENTES REPRESENTAÇÕES DE IXCHEL

"A essência feminina, quando é comentada, não é mais a essência feminina".

Para as mulheres, a vida é cíclica. No curso de um ciclo completo que corresponde à


revolução lunar, a energia da mulher cresce, brilha totalmente e míngua outra vez. Essas
mudanças as afetam tanto na sua vida física quanto sexual e psíquica. Se uma mulher quiser
viver em harmonia com o ritmo de sua própria natureza, ela deverá submeter-se a ela.

IXCHEL A DEUSA DA LUA

Em todas as épocas e por toda parte, os homens têm concebido uma Grande-mãe que
zela pela humanidade lá do céu. Este conceito pode ser encontrado em praticamente toda a
religião e mitologia cujos conteúdos tenham chegado ao nosso conhecimento.

Os maias elegeram Ixchel como sua poderosa Mãe e deusa da Lua. Os mitos da deusa
lua e suas características protegem uma verdade que nada mais é do que a realidade
subjetiva interior da psicologia feminina.

No passado e nos nossos dias, a Lua representa a imagem do princípio feminino, que é
uma função tanto do homem quanto da mulher.

Visualiza-se Ixchel como a Mãe-Lua que mergulha neste tempo e lugar trazendo das
estrelas as energias de nossos antepassados.

Apresenta-se coroada com serpentes, carregando objetos de rituais tais como, o


espelho e plantas sagradas.

ARQUÉTIPO DE PROVEDORA DA FERTILIDADE

A Lua é uma força fertilizadora de muita eficácia. Faz as sementes germinarem e as


plantas crescerem, mas seu poder não termina aqui, pois sem sua ajuda os animais não
poderiam gerar filhotes e as mulheres não poderiam ter filhos.
Como o bem-estar de uma tribo pequena depende primeiro de seu contingente humano
e, segundo, de seu suprimento de alimentos, imaginem a importância que se reveste a
adoração da deusa da Lua.

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A Senhora da Lua senta-se sobre ela, enquanto percorre suas fases.

A Lua está diretamente associada aos mistérios da menstruação e aos ciclos da vida
humana. Ixchel carrega seu coelho da fertilidade e da abundância.

O coelho sempre foi um amuleto muito estimado e é extremamente poderoso se o


coelho tiver sido pego em um cemitério durante a lua cheia. Mas porque um coelho?

A lua cheia dá a chave do mistério. As marcas que visualizamos a olho nu na Lua são
conhecidas como "a marca da lebre".

O Coelho da Páscoa contém um simbolismo que se aproxima dessas idéias. A Páscoa era
originariamente uma festa da lua.

Ixchel é a árvore da vida, provedora da fertilidade que garante a continuidade da vida,


tanto animal quanto vegetal e humana.

Esta deusa detêm os mistérios da vida e da sexualidade feminina. Ela é deusa do amor,
mas não do casamento.

É protetora das mulheres e das crianças. O leite nutritivo flui dos seus seios e o
sangue sagrado da vida flui do seu útero. (Códice Madri).

ARQUÉTIPO DA VIDA E DA MORTE

A deusa da Lua, assim, tanto como provedora da vida e da fertilidade era também,
controladora dos poderes destrutivos da natureza, portanto, deusa da morte.

Para nossa mentalidade ocidental é quase impossível conceber um deus que seja ao
mesmo tempo gentil e cruel, criador e destruidor. Mas para os adoradores da deusa da Lua
não havia contradição, pois ela vivia em fases, manifestando em cada uma delas suas
qualidades peculiares.

Na fase do mundo superior, correspondente à lua brilhante, ela é boa e gentil. Na outra
fase, correspondente a lua escura, ela é cruel, destrutiva e má. Assim, a deusa nos mostra
primeiro sua face benéfica e depois seu aspecto raivoso.

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Ixchel é a Grande-Mãe maia da Vida e da Morte. Na imagem ao lado ela derrama as


águas da vida do seu jarro de ventre sobre todos nós. Ixchel, também é a dona dos ossos e
das almas dos mortos. Sua festa é realizada em 1 de novembro, Dia dos Mortos. (Códice
Dresden) Ixchel é com certeza, a Grande-Mãe maia. Encera em si as qualidades de seu
marido Kinich Ahau, "Rosto do Sol", que se confundia com Itzamna, o Céu propriamente dito,
pois era a sua manifestação diurna, por oposição a sua imagem noturna. Ele era representado
sob os traços de um velho sábio.

Todos nós seres humanos possuímos os princípios femininos (anima) e masculinos


(animus) dentro de nossas psiques. E, como Jung claramente já demonstrou, os deuses são
forças que funcionam separadamente da vontade consciente do homem e cuja ordem ele
precisa se curvar.

A TEIA DE IXCHEL

Ixchel, tecelã da teia da vida vem até nós para dizer que é hora de nos tornarmos mais
criativas, deixarmos fluir a energia da criação e da ousadia. Crie a obra da sua vida, seja
pintando um quadro ou tendo um filho, ou até plantando sua primeira árvore.

A criatividade é alimento, costura os rasgos da nossa vitalidade, é cura imediata. É


sangue que nutri e nos faz felizes e saudáveis. Portanto, pare agora e se dê um tempo para
ser criativa, tecelã de sua teia da vida.

Procure aquelas aquarelas esquecidas no armário da garagem e pinte o 7, ou até talvez


um quadro para sua sala de visitas. Se não ficar muito bom, coloque na sala da TV, mas ponha
toda sua energia de artista para fora. Não sabe pintar? Tudo bem, então dance ou cante,
escreva um romance, ou uma singela poesia. Explore também sua sexualidade e espere seu
amado com uma roupa nova e o cabelo arrumado. Tente ser feliz por um dia. Não deixe que
nada a detenha, nem que a chamem que um pouco alegre demais. Não faça caso, crie da
maneira que achar mais apropriada para você.

Você se sente tolhida na sua criatividade, por que acha que os outros são melhor que
você? Pois saiba que ninguém é igual a você. Para de achar motivos para descobrir razões para
não criar. Ixchel diz que a totalidade é satisfeita quando você abre seu coração para a
criatividade e a vivencia.

É através da nossa conexão com o divino que nós encontramos maneiras de superarmos
nossos medos e nos relacionaremos melhor com o mundo como um todo. Abrir-se para a

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beleza e a magia da Grande-Mãe, observando cada detalhe de sua Criação, nos fará entender
as mudanças pelas quais também passamos. Este é o alimento que nutrirá nossa
espiritualidade.

DIVINDADES CELESTES

Itzamna aparece com frequência como monstro bicéfalo, espécie de crocodilo ou


lagarto, com uma testa em ponta e então simboliza a abóbada celeste. Aliás itzam significa
lagarto em iucateque.

Uma das cabeças desse dragão celeste é viva representando onde os astros nascem e a
segunda tem a aparência da morte representando o oeste onde desaparecem as estrelas e o
Sol. Ele era representado também sob os traços de um velho magro, às vezes barbudo com
um único dente de tubarão apontando de seu maxilar superior. Às vezes, sua cabeça singular
brota da goela do dragão celeste.

Este jacaré obsedava os Maias, pois eles imaginavam que a terra era um disco circular
pousado sobre um crocodilo, ou quatro, segundo outras versões. Um para cada ponto cardeal,
flutuando sobre as águas subterrâneas e este disco comportava 9 diferentes mundos
subterrâneos, empilhados, cada um dominado por um terrível e aterrorizante Senhor da
Noite. É necessário acrescentar, que os Maias concebiam o Céu composto por 13 Céus, um
sobre o outro, chamados de "oxlahuntikú". Abaixo da Terra outros 9 Céus eram presididos
pelos "bolontikú". O último dos Céus era o "Mitnal", o inferno, reino de Ah Puch, Senhor da
Morte.

De resto, quatro gênios protetores, os Bacabs sustentavam o Céu:

• O Gênio do LESTE era rubro,


• O Gênio do NORTE era branco,
• O Gênio OESTE era negro (noite),
• O Gênio SUL era amarelo. Eles tinham a missão de cortar o vento com lâminas de
obsidiana.
Itzamna, como a maioria dos deuses se "desquadruplicava" em 4 personalidades, um
para cada pólo, com uma cor própria como atributo.

Na iconografia maia, estes monstros voltam com regularidade constante. Podemos


identificá-los como Chaacs, deuses da chuva e da vegetação.

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Esses deuses eram bem conhecidos com seu nariz em forma de trompa, possuindo dois
caninos pontiagudos. Os Chaacs podem ser uma manifestação dos Itzamnas, ou talvez uma
manifestação regional, não se sabe ao certo.

Nós códices são reconhecidos pelos traços ofídicos, pois as serpentes estão a eles
associadas, e podemos vê-los emborcando e entornando jarras cheias de água sobre o solo.
Eles são os deuses da chuva, do vento, da vegetação, da fertilidade e da agricultura.

Entre os 13 deuses celestes, está o planeta Vênus cuja importância foi menor apenas
nos espíritos. Deve ser mencionado também Xaman Ek, o deus da Estrela Polar, de rosto
simiesco, achatado e negro. Ele é o padroeiro e protetor dos mercadores que lhe fazem
oferendas em pequenos oratórios postos à beira das estradas.

DIVINDADES TERRESTRES

Os astros foram para o céu e fizeram chover sobre a terra. É deste modo, que a
semente germina e o milho amadurece. O camponês maia, antes mesmo de semear ou colher,
jejuava e praticava abstinência por 13 dias e jamais deixava de fazer oferendas para as
divindades do solo.

Personificar o milho como um ser vivo e divinizá-lo pode nos parecer bastante
estranho, mas esta concepção foi fundamental no pensamento maia, pois eles se diziam
nascidos do milho.

Sendo assim, o deus do milho era idolatrado ocupando um lugar de destaque em seu
panteão e no coração dos camponeses.
É, aliás, o único deus que tem formas humanas, juvenis e amáveis. Ele se apresentava
com os traços de um jovem, sua cabeça servia também de símbolo ao algarismo 8, de cabelos
longos, sugerindo as barbas da espiga do milho.

Seu nome era Yum, Kax, o "Senhor dos Bosques" e revestia-se de todos os caracteres
de uma divindade agrária. Deus da prosperidade e da abundância, o deus do milho também é
associado a símbolos da morte. Não há como se criar vida senão com a morte.

Para que o grão germine é preciso enterrá-lo e deixá-lo agir como um cadáver. Sendo
assim, representam-no em sua forma decapitada, ou trazendo a cabeça cortada com uma
medalha no peito, para lembrar que o grão morre para que nasça a jovem planta.

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Os feijões tiveram igualmente seus deuses, mas muito menos apreciados do que os do
trigo. Podemos aproximar aos deuses telúricos os que residem no cume das montanhas, em
relação com as nuvens e a chuva, na confluência dos rios, nas fontes ou nas grutas.

O deus Jaguar participava de dois universos: sob seu aspecto visível e externo, ele
encarnava as forças do solo; sob seu aspecto oculto, enterrado em seu covil, encarnava as
forças do subsolo.

DIVINDADES SUBTERRÂNEAS

Nove Senhores da Noite, ditos Nove Deuses (Bolontiku), presidiam aos diversos
mundos subterrâneos superpostos: foram encontrados seus glifos, que não se conseguiu
traduzir. Este é o domínio da morte e do além.

Os símbolos da morte, como crânios descarnados e ossos cruzados, voltam


constantemente na iconografia maia.

Sob a forma de um esqueleto enfeitado de Guizos, Ah Puch é o deus da morte. Talvez


Ek Chuah, o deus da guerra e dos sacrifícios, representado nos códices, não passe de uma
segunda forma do deus da morte.

É fácil reconhecê-lo, pois possui uma silhueta magra, lábios grossos e caídos e às vezes
possui a cauda de um escorpião.

Sua personalidade é dualista e ambivalente, ora é visto levando um fardo nas costas e é
igualmente muito apreciado pelos viajantes e vendedores ambulantes.

No rol dos deuses da morte e dos mundos infernais devemos incluir IXTAB, a deusa do
suicida. Ela está representada nos códices suspendida dos céus por uma corda atada no
pescoço. Suicidas, sacrificados, soldados mortos em combate, mulheres mortas de parto,
toda essa gente, tinha direito a ingressar direto no paraíso maia, lugar idílico, um éden
plantado de "ceibas", as árvores sagradas.

São árvores imensas que contêm em seus grãos-cápsulas rebentos de "kapok".

As lendas maias nos ensinam que uma ceiba gigantesca atravessa todo o universo, dos
mundos subterrâneos aos mundos celestes.

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Os condenados quando morriam iam para o "Mitnal", o mundo inferior onde impera um
frio insuportável. Segundo o pensamento maia, a morte, as enfermidades não tinham um
caráter acidental, mas eram o justo castigo de erros passados, enviados pelos deuses irados.

Os maias sempre foram extremamente fascinados pela passagem do tempo, seu ritmo
cíclico, como eram apaixonados pelo conhecimento da eternidade. Todas as divisões do tempo,
dos dias, dos meses de 20 dias, dos anos, dos séculos de 52 anos, eram deificados. Eles
prestavam culto às estrelas, erguidas em datas regulares, bem como os números, que lhes
permitiam efetuar esses prodigiosos cálculos.

Durante os séculos XI e XII, é preciso notar o culto preponderante da Serpente


Emplumada, Quetzalcoalt.

ENSINAMENTOS TOLTECAS

Os ensinamentos toltecas chegaram pela primeira vez para o público através de Carlos
Castañeda. Os toltecas tradicionalmente eram definidos por um grupo de pessoas (nativos)
que alcançavam um nível refinado de iluminação espiritual.

Seguem abaixo alguns apontamentos do o livro "Além do Medo", escrito por Mary Carol
Nelson, que, relata os ensinamentos de Don Miguel Ruiz, um médico cirurgião mexicano que
descende das tradições dos toltecas.

O "nagual" é tudo aquilo que existe e não podemos perceber. O "tonal" é tudo o que
podemos perceber com os sentidos comuns. O tonal e o nagual só podem existir por causa do
"Intento". Intento é a conexão que torna possível a transferência de energia entre o tonal e
o nagual. Intento é a vida. É a eterna transformação. Intento é Deus. Deus é Espírito. Tudo o
que existe no mundo é energia. O Tonal é o Sol com todos os planetas, luas, cometas,
meteoritos, satélites. O nagual é a energia que vem deles. 7

O Planeta Terra também tem o tonal e o nagual. Ele tem seu próprio metabolismo, seus
órgãos. Entre os órgãos do planeta está o corpo humano, composto de todos os seres humanos
juntos. Os seres humanos também têm tonal e nagual. As emoções são as energias que não
percebemos, mas experimentamos com nossos sentidos. É tonal. O nagual é a energia que não
podemos reconhecer com a razão. É o Deus dentro de nós.

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Quando é dito que uma pessoa é nagual, é que a pessoa cria uma ligação direta entre o
tonal e o nagual. O nagual consegue separar as emoções de ações. O nagual nasce com uma
forte disposição e não é paralisado pelo medo. Qualquer um pode se tornar um nagual. Um
nagual é a pessoa que tem a capacidade de ensinar e orientar outras pessoas para o espírito,
convencendo- as que no interior de cada uma, existe uma força poderosa unindo a pessoa a
Deus.

Essa é a força do Puro Intento. É aquele que orienta as pessoas a descobrirem quem
realmente elas são, ajuda-as a descobrirem seu próprio espírito, sua própria liberdade, sua
própria alegria, felicidade e amor.

Todos nós fomos educados pelo medo. é o resultado da domesticação da infância. O


medo é a origem da realidade que percebemos ao nosso redor. O medo é a fonte da doença,
da guerra, da alienação da alegria que é nosso direito hereditário.

As nossas emoções atraem atenção de seres de uma espécie semelhante, portanto


devemos ser cuidadosos com o tipo de emoções que estamos transmitindo. Nós viemos de
Deus. Nós somos de Deus. Uma vez que essa verdade seja aceita, podemos desistir do medo,
da raiva de nós mesmos, da culpa, da inveja e do sofrimento. As dúvidas sobre nós mesmos
destroem a nossa comunicação interior.

O livre arbítrio pode retira-lo da dor do passado e levá-lo na direção da liberdade


pessoal. Você se liberta de "possessões" e declara o direito de sonhar o seu próprio sonho.
Um estado de comunhão é um estado de vibrar na mesma frequência. Em qualquer
circunstância render-se é uma maneira de ser feliz.

O inferno é o sonho combinado que todos os humanos compartilham. Cada indivíduo tem
o sonho de uma realidade assim como cada família, cidade, estado, país e a humanidade como
um todo. Todos nós contribuímos para o sonho que é caracterizado pelo medo. A Medicina
convencional não é suficiente para curar a enfermidade do espírito que se difunde por este
planeta. Uma cura definitiva significaria acordar do sonho, e com isso, livrar-se do inferno.

O inferno é um conceito encontrado em mais do que uma religião. O inferno é descrito


como um lugar de sofrimento, medo, violência e injustiça, onde todas as pessoas punem todas
as outras. O inferno é um estado mental humano, não está no corpo ou na alma. O inferno é a
maneira que as pessoas sonham suas vidas.

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Gosto de ver o inferno do lado de fora do sonho. A mente é feita de energia etérea.
Nós sonhamos 24 horas por dia, quer o nosso cérebro esteja acordado ou adormecido.
Geramos idéias que são de energia etérea. A mente cria imaginação, sonhos. O modo como
sonhamos, nos leva ao sofrimento e à dor emocional.

Sofremos devido à nossa interação com os outros humanos. Em nossas interações


estamos constantemente julgando para entender. Devido à falta de comunicação é que se cria
o caos entre as pessoas, a nossa interpretação da interação humana leva ao sonho do inferno.
A maioria dos relacionamentos é estragada pela necessidade de controlar um ao outro. Ao
formar os seus relacionamentos, você teve uma escolha entre milhares de pessoas. Quando
você escolhe uma pessoa para amar, precisa selecionar alguém que seja a pessoa certa. Você
precisa de um parceiro que o aceite como você é, porque você vai permanecer como é. Se você
deseja modificar alguém, sem se modificar, é melhor procurar por outra pessoa, caso
contrário estará criando seu próprio pesadelo.

O inferno é uma doença da mente da humanidade. O mundo inteiro é um hospital. Cada


humano se torna um demônio para o resto dos humanos e os mantém no inferno. Cada vez que
nos lembrarmos dos erros de nosso companheiro, nós o fazemos pagar novamente. Usamos
chantagem emocional.

Usamos a culpa e a acusação para controlarmos as pessoas que amamos. Fazemos


promessas, acreditamos que nossa opinião é a mais importante. A culpa é uma emoção
inventada pelo homem para nos fazer sofrer por alguma coisa que realmente queremos fazer.
Quão ridículo é sofrermos por algo que queremos.

O inferno só existe na mente humana. É uma ilusão baseada no medo. No inferno, só há


injustiças. O inferno é experimentado como o veneno emocional da raiva, da inveja e da
cobiça. Nem seu corpo, nem sua alma têm um inferno. Eles reagem ao que está na mente. Se
você tem olhos de raiva ou tristeza, isto irá distorcer sua visão. Olhos de amor tornam tudo
mais bonito. Os nossos olhos são dominados pelo modo como julgamos.

A ilha do inferno fica no oceano do inferno. Este oceano contém todos os medos do
desconhecido, e, os nossos medos são o nosso sonho do inferno. O nosso sonho forma os
filmes interiores que carregamos conosco para todos os lugares. Somos o produtor, o diretor
e o protagonista nesses filmes carregados de medo. Na ilha do inferno, temos ilusão de que
estamos seguros. É um lugar na mente onde acumulamos tudo o que nos pertence. Pensamos:
“Esta é a minha família, a minha casa, o meu dinheiro, o meu carro, a minha carreira, as
minhas realizações, e nos sentimos mais seguros na medida em que tornamos essa ilha cada

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vez maior, com mais e mais apegos ao que é nosso”. Porém a ilha é regida por um medo de
perder qualquer coisa que acalentamos.

Invejamos as ilhas dos outros, sem compreendermos que eles estão presos no inferno
de suas zonas de segurança. Cada um de nós está preso pelas ilusões que acumulamos em
nossas ilhas. Só existe uma maneira de escapar da ilha do inferno e alcançar o "Templo do
Céu".

Esse Templo fica na saída do inferno. No caminho de caída a temos que atravessar a
avenida dos mortos, onde o mal também existe. Lá estão situados pequenos templos em todos
os lados de uma praça, circundando o Templo do Céu.

São nesses pequenos templos que habitam os guardiões que contém o mal gerado por
nossos pesadelos. A primeira tarefa ao longo da avenida dos mortos é privar-se o máximo
possível de julgar e exorcizar a vítima de sua mente.

Você pode mudar o filme interior porque você é o diretor, roteirista e ator, e tem todo
o poder para mudar a história em que está vivendo. Desapegar-se e enfrentar o medo exige
um ato de coragem. Isso é verdadeiro em todas as tradições do mundo. Para atingirmos a
beatitude, precisamos nos entregar, bem como as ilusões do que pensamos que somos ao Anjo
da Morte.

Nossas ilusões fazem o nosso inferno. O inferno é o local dos fantasmas. Os fantasmas
têm a sensação de estarem vivos. Viver no inferno é ser um fantasma.

Paradoxalmente precisamos morrer (morte simbólica) para a nossa vida anterior para
escaparmos do inferno. Morrer (em vida) nos leva à claridade. Iremos reconhecer que àquilo
que acreditamos ser real era uma ilusão.

O regente do inferno é o medo. Um dos grandes demônios do inferno é o "juiz" e o


outro é a "vítima". Porém, o maior demônio é nosso sistema de crença que rege o modo como
sonhamos. Encontramo-nos na Ilha do Inferno porque temos medo de abrir mão de nossos
apegos. O verdadeiro significado de todo o altar é sugerir uma rota para Deus.

Os medos da mente de um humano tornam-se maiores quando são projetados


exteriormente. A nossa comunidade é uma sociedade do medo, da injustiça e da punição.

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Os nossos adolescentes estão se matando uns aos outros, e encontramos crimes e ódio
em todas as partes do mundo. Até mesmo o nosso entretenimento está crivado de violência.

O Céu é exatamente o oposto do inferno. É um lugar de amor, paz e compreensão, sem


nenhum juiz ou vítima. No céu há uma clareza.

Você sabe quem é. Não culpa a si mesmo e nem as outras pessoas. Não precisamos
esperar até a morte para irmos para o Céu, porém precisamos chegar lá antes de morrermos.

É muito mais fácil sairmos do sonho do inferno enquanto estamos vivos do que depois
que estivermos mortos.

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BIBLIOGRAFIA

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As Cartas Sagradas da Madona Negra e Divino Espírito Santo – Carminha Levy – Ed. Outras
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Grandes Civilizações Desaparecidas - Guy Annequin
Tiahunaco - Simone Waisbard
A Estrada do Sol - Vitor W. Von Hagen
América Pré-Colombiana Joathan Norton Leonard Segredos da Rleigiào-Ciência Maia -
Hunbatz Men
Quando um Raio atinge um Beija-flor – Foster Perry – Ed. Ground
Floresta Violeta – Foster Perry – Ed. Ground
Xamanismo – Alix Montal – Ed. Martins Fontes
A Iniciação de uma Xamã – Kay Cordell Whitake – Ed. Nova Era
O Espírito do Xamanismo – José / Lena Steven – Ed. Objetiva
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As Cartas do Caminho Sagrado – Jamie Sams – Ed. Rocco
Cartas Xamânicas – Jamie Sams / David Carson – Ed. Rocco
Dançando o Sonho – Jamie Sams – Ed. Rocco
O Roubo do Espírito – Carl A. Hammerschlag M.D. – Ed. Nova Era
Um Aprendizado Mágico – Steven Foster e Meredith Little – Ed. Série Soma
O Curandeiro Nativo – Médico Urso Pardo do Lago – Ed. Nova Era
A Grande Mãe – Erich Neumann – Ed. Cultrix
Wicca Brasil – Mavesper Cy Ceridwen – Ed. Gaia
Shabono – Florinda Donner Grau – Ed. Nova Era
A Grande Mãe – Erich Neumann – Ed. Cultrix
Mito e Realidade – Mircea Eliade -. Ed. Perspectiva
O Anuário da Grande Mãe – Mirella Faur – Ed. Gaia
Magia do Amor, o amor transformando o Mundo de Djalma Sayão Lobato - Ed. Sulina
Xamanismo, despertando a força da Magia de Djalma Sayão Lobato - Ed. Sulina
Langdon, E.J.M. (org.). Xamanismo no Brasil, novas perspectivas. UFSC, 1996.
O Espírito do Xamanismo (Roger N. Walsh - Editora Saraiva)
Um Aprendizado Mágico (Steven Foster e Meredith Little - Editora Campus)
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O Poder dos Animais (Valéria Silveira Wagner - Editora Gente)


A Roda do Tempo (Carlos Castañeda - Nova Era)
O Caminho do Xamã (Michael Harner - Cultrix)
American Indian, Myths and Legends (Richard Erdoes e Alfonso Ortiz - Pantheon)
Michael Harner - O caminho do Xamã, Ed. Pensamento
Alex Polari - O livro das Mirações e Guerreiro da Luz
Sandra Ingerman - O resgate da Alma, Ed. Nova Era
Derval e Victória Gramacho - Magia Xamânica - Roda de Cura, Ed. Madras
Olga Caritidi - Circulo de Xamãs, Ed. Rocco
Carlos Castañeda - O lado ativo do infinito, Ed. Nova Era
Carlos Castañeda - Estranha Realidade
Carlos Castañeda - Viagem à Ixtlán
Carlos Castañeda - Porta para o infinito
Carlos Castañeda - O segundo círculo do poder
Carlos Castañeda - O presente da águia
Carlos Castañeda - O fogo interior
Carlos Castañeda - O poder do silêncio
Carlos Castañeda - A arte de sonhar
Carlos Castañeda - Passes mágicos
Angeles Arrien - O Caminho Quádruplo, Ed. Ágora
Mircea Eliade - O Xamanismo e as técnicas arcaicas do êxtase, Ed. Martins Fontes
Joseph Campbell - As máscaras de Deus, vol. 2 (Mitologia primitiva), Ed. Pallas Athena.
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Coelho, Vera Penteado, Os alucinógenos e o mundo simbólico. SP, EPU Ed.USP, 1976
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