Você está na página 1de 20

Reiki Xamanico

O xama

A origem da palavra “xamanismo” é a expressão “xamã”, ou “ shaman”, que é o nome


dado, na Sibéria Oriental, pela tribo dos “Tungus”, para uma pessoa considerada a
mediadora entre o mundo material e o mundo espiritual. A tradição xamanica fala de
um importante papel do xamã e de sua função desde os tempos primordiais, em que
as comunidades eram isoladas e auto-suficientes. O xamã ou também pajé, nagual,
ojun, bögä é o curador, o mago o conselheiro, o contador de histórias, um sábio de
muitas especialidades, homem ou mulher medicina, aquele que vê, transforma,
possibilita a cura, conhecedor dos segredos da natureza e da harmonia com a vida, o
zelador dos encantos e das forças da natureza, a figura do xamã, seja qual for o seu
nome regional, está presente em todas as civilizações e, acreditam os antropólogos,
surgiu com o próprio homem, desde a era paleolítica, sua função primordial era de
intermediar as relações entre os planos material e espiritual, trazendo ao homem
comum as mensagens, orientações, e os segredos do universo sagrado dos deuses.
Ao acessar o mundo sutil, os xamãs ancestrais escutaram a natureza, aprenderam com
os animais, com as ervas, as pedras, os ventos, com as estrelas,com o movimento da
vida. O conhecimento adquirido nessas jornadas qualifica o xamã a manter o bem
estar o equilíbrio e a cura para os si e para os membros de suas comunidades. Mas é
esta habilidade de realizar essas viagens estáticas, que define o xamã como ‘’Aquele
que Sabe’’, o xamã caminha em busca da excelência espiritual, enxerga as realidades
existentes por trás dos conceitos, e se harmoniza com as mares naturais da vida, ao
trilhar o caminho sagrado o xamã atravessa os portais da mente, das emoções do
corpo e do espírito.
A função dos xamãs, seja um homem ou uma mulher é de grande apoio à sua
comunidade. Praticavam desde a cura a todo tipo de doença, aconselhavam, entravam
em contato com os antepassados, as forças da natureza e os deuses para trazer mais
informações e conhecimento ao seu povo. Os xamãs eram muito sábios e, de acordo
com o dom que tinham, exerciam funções de melhorar a qualidade de vida do ser
humano como também cuidavam e ensinavam a cuidar da alma.
Desta maneira, o xamanismo acabou sendo a forma de identificar as práticas
espirituais de diferentes povos nativos em diversos continentes do planeta Terra.
Assim sendo, é um movimento da espiritualidade dos povos antigos, que acreditam
que espíritos habitam todas as manifestações do universo, como por exemplo, os
elementos naturais, água, terra, fogo, ar, os reinos mineral, vegetal e animal.

Mas o que e xamanismo?

Xamanismo é também um conjunto de práticas, técnicas e conhecimentos muito


antigos, um caminho ensinado pela própria natureza, entretanto apenas praticantes
do xamanismo podem realmente entender seu significado, as práticas xamanicas vem
do início dos tempos, e foram guardadas pelas sociedades e povos tribais do mundo
todo, vem da aurora dos tempos, daquele período misterioso quando o ser humano
ainda era desperto, sabíamos conversar com os animais, as plantas, com as montanhas
e vales, com os rios e lagos, com os ventos, com a grande nação das estrelas, quando
contávamos nossos segredos a eles e eles contavam seus segredos para nós, quando
vivíamos em total harmonia com a vida . Em outros termos xamanismo é um estado
extremamente elaborado de consciência, uma chave preciosa que o seres humanos
desenvolveram para compreender o movimento do universo e da vida, com isso viver
em completa harmonia com o todo.
Os Ciclos, os Movimentos, o Sagrado e
o Ancestral

Observando o movimento do Sol, da Lua, das Estações e das Estrelas nossos ancestrais
aos poucos desenvolveram uma noção sobre o ritmo natural do universo, e
compreenderam que todas as coisas no universo estão interligadas, nada existe por si
só, isoladamente. Tudo, o que quer que seja, está inter-relacionado. Alcançar a
sabedoria é justamente ter a habilidade de ver e entender a simplicidade desta inter-
relação e conexão de todas as coisas. Como tudo faz parte de um todo, não podemos
entender este Uno simplesmente desencaixando as suas partes. O verdadeiro
conhecimento revela que só é possível entender as coisas se conseguirmos
compreender a forma como elas estão conectadas ás demais. Toda a criação vive em
um estado de constante mudança, nada na natureza é imutável, nada resiste á
mudança que ocorre em ciclos e padrões, e não por acaso ou acidentalmente. Ela
obedece um princípio de transformação necessária à manutenção do equilíbrio e da
harmonia do cosmo. Observe as mudanças das estações, dos ventos, das marés e as
transformações físicas visíveis pelas quais o ser humano que, após a gestação, nasce,
cresce, vive e depois morre para renascer no mundo espiritual. As plantas crescem,
fazem surgir os botões dos quais nascem as flores que após um tempo de vida
fenecem, não sem antes beija-flores, abelhas e morcegos as polinizarem e espalharem
suas sementes para a continuidade e proliferação das espécies, e os frutos das árvores
que brotam, amadurecem e, quando não colhidos, caem, servindo de alimentos para
os animais, até que tornam a gerar novas árvores a partir de suas sementes, processo
que se perpetua nos reinos de todos os seres vivos. É este movimento de
transformação constante que atinge toda a Criação que faz o carbono tornar-se, em
um determinado momento, precioso diamante, e o silício um cristal de quartzo.
Quando temos dificuldades para ver, ou não conseguimos ver como a mudança que se
processa em nós está conectada ás outras coisas é porque o nosso ponto de defesa, a
situação de onde vemos a mudança, está limitando a nossa habilidade de enxergar
claramente. Isso se deve ao nível de apego que mantemos. Tudo faz parte de um ciclo.
Esse ciclo pode ser grande ou pequeno: pode levar uma quantidade imensa de anos
terrestres, ou até várias Eras, para se terminar um ciclo, dependendo de que ciclo
estamos nos referindo. Há os ciclos terrestres, solares, zodiacais, galácticos… assim
como há também os ciclos mentais, ciclos celulares, ciclos atômicos… e os ciclos de
vida e morte, o ciclo da água, e assim por diante. Tudo tem um princípio, e esse
princípio é o começo de um círculo. Uma volta, e o círculo se fecha, voltando a seu
início (ou chegando ao “fim”). Dessa forma tudo se renova e, ironicamente, se
mantém. Ironicamente? Sim… costumamos pensar no conceito de “manter-se” como
algo estático, mas nesse caso, é dinâmico; como exemplo para ilustrar, a bailarina se
mantém em movimento, girando em torno de seu eixo, porém, mantém-se
equilibrada. O Universo é perfeitamente otimizado, pois “nada se perde, nada se cria,
tudo se transforma”. Pode-se completar esse célebre frase dizendo “…, tudo volta ao
ponto onde se iniciou, tudo é cíclico”, Pensar ciclicamente é um dos primeiros passos
para se conectar à Natureza Essencial de todas as Coisas.

O mundo físico é real e o mundo espiritual também. Os dois são aspectos de uma
realidade, embora cada um possua suas próprias leis. No entanto, como tudo está
inter-relacionado, a violação das leis de um destes planos pode afetar o outro. Assim,
entende-se por uma vida equilibrada aquela que honra ambas as dimensões da
realidade. Não só o que pode ser visto é real, mas também é realidade o que existe de
forma não-material, como os sonhos, visões, ideais e ensinamentos espirituais. Tudo
isto integra a dimensão espiritual do desenvolvimento humano. O não-ver é
reconhecer que toda semente tem uma vigorosa árvore no seu interior e que os dons
que cada pessoa possui, e foram doados e colocados no seu interior pelo Criador, são
como frutos ‘’escondidos’’ no interior da árvore, pois, se cortada em milhares de
pedaços, nenhum fruto será encontrado. Mas os frutos estão ali e, nas condições
corretas, se revelam em todo seu potencial, sabor e beleza.
Vivendo um Caminho Quadruplo

Todas as tradições xamanicas recorrem ao poder das 4 direções, para viver em


harmonia e equilíbrio com a natureza e o meio ambiente e sua própria natureza
interior, tais direções representam os 4 arquétipos naturais do ser humano: O
Guerreiro, o Curador, o Visionário e o Mestre, estas forças interiores se lastreiam nas
raízes míticas mais profundas da humanidade. Os quatro princípios a seguir, cada um
representa um arquétipo, compõem o que chamamos de Caminho Sagrado.

1 – Mostrar-se ou optar por estar presente. O estar presente nos permite ter acesso
aos recursos humanos do poder, presença e comunicação. Este é o caminho do
Guerreiro!

2 – Prestar atenção ao que tem coração e significado. Prestar atenção abre-nos para
os recursos humanos do amor, gratidão, respeito e valorização. Este é o caminho do
curador!

3 – Dizer a verdade, sem culpar nem julgar. A verdade que não julga mantém nossa
autenticidade e desenvolve nossa visão e intuição interiores. Este é o caminho do
Visionário!

4- Estar aberto aos resultados e não preso aos resultados. A abertura e o desapego
nos ajudam a recobrar os recursos humanos da sabedoria e objetividade. Este é o
caminho do mestre!

Quando compreendemos a essência presente na sabedoria de cada direção, somos


capazes de despertar o entendimento sobre como melhorar e desenvolver nossa
jornada dentro do caminho sagrado. Embora esses quatro arquétipos sejam
enfatizados pela maioria das tradições xamânicas, é importante intender que eles são
universais a toda humanidade, independente de contexto, cultura, estrutura e
práticas. Em nossa sociedade expressamos o caminho do Guerreiro pela nossa
capacidade de liderança. Expressamos o caminho do Curador por nossas atitudes
preocupados em manter nossa própria saúde e nosso meio ambiente. Expressamos o
caminho do Visionário através de nossa criatividade pessoal e de nossa capacidade de
trazer ao mundo nossos ideais e visões do mundo. Expressamos o caminho do Mestre
pela nossa capacidade de comunicação e conhecimentos construtivos.
A Caminhada de Cura
Para os povos ancestrais saúde ótima é considerada a manifestação equilibrada de
todos os arquétipos estes consideram de vital importância estar equilibrado nas quatro
áreas: liderança, cura, capacidades visionárias e ensino. Em termos de cura, ela é
considerada como uma conseqüência da relação harmoniosa do homem com a
natureza, a doença é o justo desequilíbrio dessa relação. A cura representa sempre
uma nova oportunidade. ‘’Curar-se é desapegar-se do medo’’. Aliás, o contraposto do
amor não é o ódio, e sim o medo que nos impede de nos entregarmos de forma plena
e inteira, de deixarmos fluir o ciclo natural da vida e das relações.

Em todas tradições xamanicas os processos de cura se realizam por meio de desapego,


perdão, libertação o amor a morte e o renascimento. Para encontrar uma forma de
cura especial, que pudesse responder a um desafio ou a um problema pessoal, nossos
ancestrais caminhavam com freqüência pelas florestas ou sobre os rochedos das
montanhas em busca de indicações ou sinais que pudessem auxilia-los na cura e na sua
busca de Sabedoria. Esta Caminhada de Cura constituía um meio de restabelecer os
laços com seus guias, ajudantes de cura e as forças do reino natural. Mesmo em nosso
mundo agitado de hoje é possível encontrar este Caminho de Cura, se o buscador se
dispuser a ler e a entender os sinais da natureza. Os povos nativos possuem uma gama
de ferramentas nos seus processos de cura, para eles existem quatro formas de se
equilibrar , se fortalecer e curar uma pessoa, (cantando, dançando, contando historias
e silenciando)
A Magia das Maos.

A imposição de mãos nasceu nas civilizações antigas como um elemento de magia


selvagem, um rito das crenças primitivas. A agilidade das mãos em fazer e desfazer as
coisas, sugeria a existência, nelas, de poderes misteriosos, praticamente comprovados
pelas ações cotidianas da fricção que acalmava a dor, da pressão dos dedos
estancando o sangue ou expulsando um espinho ou o ferrão de uma vespa, o veneno
de uma cobra. Os poderes mágicos das mãos se confirmavam também nas
imprecações aos deuses. As bênçãos e as maldições foram as primeiras manifestações
típicas da cura com as mãos. O selvagem primitivo não teorizava, mas experimentava
instintivamente e aprendia a fazer e desfazer com o poder das mãos. Os deuses o
auxiliavam, socorriam, instruíam em sua manifestações mediúnicas naturais. A
sensibilidade mediúnica aprimorava-se nas criaturas mais sensíveis e assim surgiram os
pajés, os feiticeiros, os xamãs, os mágicos terapeutas, curadores. A descoberta do
passe acompanhava e auxiliava o desenvolvimento do rito, da linguagem e da
descoberta de instrumentos que aumentavam o poder das mãos. Podemos imaginar,
um homem primitivo olhando intrigado o emaranhado de riscos da palma de sua mão,
sem a mínima idéia do que aquilo poderia significar. Seus descendentes iriam admitir,
mais tarde, que ali estavam traçados os destinos de cada criatura. O mistério da mão
humana foi um elemento essencial no desenvolvimento da sabedoria e inteligência
humana ancestral e especialmente da descoberta lenta e progressiva de seus poderes
internos. Dos tempos primitivos até aos nossos dias, a mão é o símbolo do fazer que
nos leva ao saber. Enquanto a Lua, o Sol, as Estrelas atraíam os homens para o mistério
do cosmos a mão os levava a mergulhar nas profundezas da natureza humana. Dessa
dialética do interior e do exterior nasceram a Magia e a Religião. A imposição de mãos
é um gesto sacramental ancestral de cura, sendo uma prática milenar e presente em
diversas culturas e religiões, mas comum hoje em dia, e muito popular. Este método
de Cura pela imposição de mãos fundamenta-se na purificação,equilíbrio energético e
na harmonização do campo energético do ser humano. Portanto, é um método
natural. É uma troca de energia através das mãos, que tem sua eficácia divulgada em
várias correntes filosóficas e, nos últimos 40 anos, a ciência traz pesquisas da aplicação
e benefícios da mesma na área da saúde. Através desse tratamento por imposição de
mãos, podemos aumentar o poder de combate do sistema imunológico de qualquer
ser. Por exemplo,o Reiki, no Japão sempre foi usado e passado por gerações. Basta
lembrarmos de Jesus, que curava através desse método. Sempre houve as famosas
benzedeiras e curadores, em qualquer meio ou religião.

Para os espíritas, essa faculdade é mediúnica, uma força magnética, resultada da


combinação dos fluídos emitidos pelo Espírito e pelo médium e que pode ser
aumentada pela pureza de sentimento, da vontade de aliviar o sofrimento, e auxílio de
oração. Católicos também pregam essa prática. Há muitos padres que se utilizam
desse meio de cura, principalmente os franciscanos. O fato é que existe uma energia
emitida pelo cérebro, através do sistema nervoso, decorrente da VONTADE e que, essa
energia, através das mãos, é repassada ao enfermo. Quantas vezes em momentos de
dor você leva suas mãos ao local na tentativa de sentir alívio, e se respirar fundo e se
acalmar, sentirá o alívio causado pela imposição das mãos. É que é necessário um
tempo de imposição para sentir os primeiros resultados, e óbvio que a cumplicidade
da própria mente. O toque tem o poder de cura, tocar alguém com carinho e respeito
já é o suficiente para abrir possibilidades de cura, no mínimo de conforto e alívio. As
mãos são extensões energéticas dos impulsos cardíacos. Onde nossa mão encosta,
nosso coração está tocando. Independente do nome que se dê, os processos de
canalização energética, por imposição das mãos, geralmente são processos benéficos,
constituindo-se em boas vivências. O reiki, passes energeticos, passes mediúnicos,
quelação e tantos outros, estão nessa linha. Paz interior é um encontro . A Serenidade,
que provém de uma consciência limpa, de uma coração humilde, de um rosto
sorridente, um piscar de olhos, um toque suave e uma visão positiva, um real SER
VIVO. No mundo em que vivemos no qual as serenas florestas nem sempre estão ao
nosso alcance, confusão, preocupação, pressa e barulho cobram seu preço bem alto.
A Vós dos Elementos
No xamanismo, reconhecemos que somos uma semente, um micro-universo de
infinitas possibilidades, nos preparando a todo instante para se tornar uma árvore
bela, viçosa e frutífera.O Xamanismo é a síntese da espiritualidade, da integração e da
essência divina. Não tem nenhuma conotação religiosa e onde seu templo é a própria
natureza. Praticar xamanismo é buscar a excelência espiritual, é enxergar a realidade
existente por trás dos conceitos e se harmonizar com as marés naturais da vida,
valorizando a essência e não a forma, ampliando assim sua consciência ecológica
planetária, reconhecendo a importância de cuidarmos muito melhor da Mãe Terra,
pois sabemos que o planeta está gritando e se faz necessário assumirmos nossas
responsabilidades para termos uma qualidade de vida verdadeiramente melhor,
respeitando a nossa geração e as gerações futuras, lembrando sempre que o nosso
planeta Terra não é descartável . Para isso precisamos repensar de forma coerente
sobre nossos hábitos, buscando exercer atitudes muito mais responsáveis. Para que
aconteça realmente uma mudança de consciência, em todos os níveis de atividade, a
prática é necessária. Não basta saber, é preciso aplicar; não basta querer, é preciso
fazer. A prática estabelece contato com outros planos de consciência, a fim de resgatar
a espiritualidade natural, a re-conexão com estas forças da natureza que está presente
ao nosso redor e alcançar o despertar da felicidade plena. Assim, seguindo o fluxo da
integração total, o Céu torna-se o Pai que ensina o caminho das estrelas e das origens
ancestrais. A Terra torna-se a Mãe que ensina os caminhos das relações, das
integrações, criações e da evolução na matéria. O grande Avô é o Sol que, com seu
sorriso caloroso, ensina todos os dias a sabedoria dos ciclos e do círculo da vida. Então
a Avó Lua com sua serenidade, ensina a arte de sonhar e os mistérios que iluminam os
caminhos pelas noites da vida. As Árvores e Vegetais tornam-se o Povo em Pé; as
Águas, o Povo das Águas; o Trovão, o Espírito do Trovão; as Pedras, o Povo de Pedra e
todos os Animais tornam-se nossos irmãos, cada um com sua medicina particular.
Tudo possui uma energia vital, uma força, um espírito. Quem está neste caminho
sagrado abençoa, compreende e respeita todos os seres, pois fazemos parte de uma
grande tribo da vida.
Os Símbolos, Mantras e Movimentos Sagrados

A palavra “símbolo” é derivada do grego antigo symballein, que significa agregar. Seu
uso figurado originou-se no costume de quebrar blocos de argila para marcar o
término de um acordo ou contrato: cada parte do acordo ficaria com um dos pedaços
e assim quando juntassem os pedaços novamente, elas poderiam se encaixar
formando um quebra-cabeças. Cada um desses pedaços era chamado de symbola.
Portanto o símbolo não representa somente algo, mas também sugere algo que está
faltando, uma parte invisível que é necessária para alcançar a conclusão ou a
totalidade. Os símbolos são o coração da identidade cultural, passando informações
sobre o todos os aspectos da vida. São retirados de todas as fontes – animadas ou
inanimadas – para inspiração – para inspiração e aparecem em todas as formas
concebíveis, tais como figuras, metáforas, sons e gestos, como personificações em
mitos e lendas ou representados através de rituais e costumes. A força e os
significados de alguns dos símbolos mais antigos do mundo ainda estão disponíveis
para nós atualmente, estes podem ser encontrados na arte e nos artefatos
remanescentes das primeiras civilizações do mundo e falam claramente das
preocupações físicas, sociais e espirituais de nossos ancestrais e ao longo de sua
existência, através dos milênios, o ser humano registra, de uma forma ou de outra a
sua saga. Através da arte rupestre a Pré-História é trazida até nós, retratando em
imagens o cotidiano ritualístico e mágico do ser humano, em cenas que mostram,
entre outros, seus cultos e também sua labuta diária. O ser humano se impõe,
enquanto registro de sua existência, a partir do momento em que é capaz de deixar
suas marcas através da transformação que atribui à Natureza; também pelas
interferências produzidas e pelas singularidades culturais que se constituíram antes do
período da escrita alfabética. Num artifício de duplicar utensílios e no sentido de
representar animais e a si próprio, nos legou um sistema comunicativo cujos contextos
e detalhes foram e continuam sendo um enigma a ser decifrado, tais pinturas, em
cavernas ou abrigos sob as rochas, são encontradas em todo o mundo, inclusive no
Brasil, mostrando a importância dos símbolos nas antigas culturas xamanicas, que nos
dão a certeza de que eram feitas após as orações, transes e viagens xamanicas. As
figuras humanas com características de animais, mostram algumas formas de
experiências visionárias envolvendo os animais de poder as forças da natureza e o
mundo espiritual. Desde os tempos remotos o ser humano busca expressar suas
experiências de vida, os ensinamentos da natureza, e seus movimentos através de
cantos, danças e pinturas. A partir disto é possível comprovar a origem de nossa
espiritualidade e a descoberta do poder pessoal, existente em cada um de nós.
As Maos, os Elementos e o Poder

1: O POLEGAR

O elemento fogo e o meridiano dos pulmões são associados com o dedo polegar. Ele
restaura e equilibra. O fogo depende do ar, pois morre sem o oxigênio. Fogo e ar
curaram quase todos os males de nosso corpo. Energia, poder, vontade, desejo, raiva,
dor, motivação, brilho, paixão, iniciativa, agressividade, limitação, esforço, atividade,
criatividade, vontade, inspiração, excitáveis, coragem, bravata, compulsão, o
fanatismo, a frustração, ressentimento, raiva, a liberdade.
Definição: Protege contra o frio. Na culinária, torna os alimentos mais saborosos e
saudáveis pois elemina muitas bactérias.
Definição científica: Entidade gasosa emissora de radiação e decorrente da combustão.
Signos: Áries, Sagitário, Leão
O fogo é representado pelo plasma que não é matéria, é pura energia.

2: O DEDO INDICADOR

O elemento do ar representa a mente, a sabedoria. Projetar o desejo e ir para ação.


Este dedo está associado ao intestino e ao profundo meridiano do estômago. Dá-nos
um instinto fiel, aumenta a capacidade de reflexão e traz muita inspiração. Esta é uma
energia que vai ao nosso mais profundo íntimo e de volta para o cosmo. Vento,
respiração, fala, audição, planejamento, pensando, acreditar, memorização,
comunicação, aprendizagem, ensino, informações, idéias, sabedoria, entendimento, se
preocupar, sensação de consciência, de pareceres, dados, memória, conta.
Definição: Matéria que está em todo lugar.
Definição científica: Oxigênio.
Signos: Libra, Gêmeos, Aquário
Elemento em forma Gasosa
3: O DEDO DO MEIO - O MÉDIO

Associado ao elemento do éter, a ligação com o universo, a fonte original os sonhos, a


consciência, propicia a ligação de todas as manifestações da existência, é o substrato
espiritual primordial, o tempo além do tempo,nas práticas xamanicas, também
chamado de O Grande Mistério, corresponde ao espírito, à força dos deuses, está
associado também a morada dos ancestrais, espiritualidade e intuição.
Definição: Quintessência, o tudo e o vazio.
Elemento sem forma.

4: O DEDO DO ANEL - O DEDO ANELAR


Associado ao elemento água. É o dedo da comunicação e do emocional. Ligado ao
meridiano do coração, não só o nutre e fortifica como preenche alegremente os
relacionamentos. Também trabalhando com cores e mantras, principalmente firmeza.
Emoções, sentimentos, intuição, compaixão, empatia, simpatia, conhecimento,
devoção, busca, aspiração, intenção, apreço, a integridade, a harmonia, beleza,
equilíbrio, serenidade, fluidez, tristeza, apatia, alegria, amor.
Definição: Representa 70% da superfície do planeta.
Definição científica: Molécula resultante da ligação natural do oxigênio e o hidrogênio.
Signos: Peixes, Câncer, Escorpião
Elemento em forma, Líquida, Sólida e Gasosa

5: O DEDO MÍNIMO - O DEDO PEQUENO


Este dedo está associado ao elemento terra e ao nosso poder material. Ele nos da o
poder de afirmação e posicionamento na vida. Paciência e harmonia, serenidade,
pureza e esperança. Força, dinheiro, fundação, resistência, estrutura, serenidade,
solidez, fronteiras, a permanência, a base, a confiança, lealdade, persistência,
teimosia, fortaleza, a segurança, a âncora, a substância, o corpo básico , possessões.
Definição: Matéria essencial para a biosfera, princípio criativo .
Definição científica: Solo, crosta terrestre.
Signos: Touro, Virgem, Capricórnio
Elemento em forma sólida
A Linguagem Sagrada dos Xamas

A linguagem sagrada dos xamas é utilizada desde os tempos remotos como uma
poderosa ferramenta para curar, celebrar e para falar com o mundo natural e
espiritual. Tudo no universo é energia, e esta se propaga e movimenta através da
vibração, porém, auditivamente essa vibração chega até nós de duas formas: o ruído e
o som. Assim como o ruído, a pressa e a preocupação são uma impura e contínua
fonte de desequilíbrio, o som suave, pacífico e puro criado com instrumentos
primitivos a vocalização e os sons da natureza, são poderosos aliados para criar nas
nossas vidas mais paz, alegria, bem-estar e centramento. Instantâneo, este som suave
e natural diminui a tensão nervosa e a raiva, pacifica a mente e o corpo e nos re-
conecta com nossa essência, nosso espírito. É um processo totalmente intuitivo, no
qual o xamã comunica-se com as forças do universo e do reino natural.
O Chamado
A maioria das técnicas que visam estabelecer contato com realidades paralelas é
simples, elas dependem em grande parte da nossa capacidade de relaxar e meditar, ou
também de expandir nossa capacidade de percepção da realidade. Se desejarmos
aumentar nossa visão interior, precisamos aprender a deslocar nosso foco da visão de
realidade a que estamos acostumados, e entrar em um profundo estado de realidade a
que estamos acostumados, e entrar em um profundo estado de relaxamento,
permitindo assim que nossa mente se expanda, consegue-se isso provocando um
estado alterado de consciência. O uso correto da visualização, concentração e
imaginação criativa, induzem as formas superiores de inspiração e a uma percepção
mais consciente e plena dos mundos que nos cercam. Das três técnicas citadas acima,
a imaginação criativa é a mais importante de todas. O seu desenvolvimento adequado
clareia a nossa visão do mundo espiritual, passa-se a enxergar a essência espiritual e as
energias envolvidas no processo. Todas as energias que são trazidas dos reinos ocultos
até o plano físico se revestem necessariamente de uma imagem, que é semelhante a
uma roupagem visual, para que possamos realmente percebê-la. Isto também é
verdadeiro em relação ao trabalho com os seres elementais. Estes seres normalmente
aparecem á imagem que nossa mente e expectativa lhe atribuem. Desta forma o que
muitas vezes consideramos mero produto da imaginação, corresponde na verdade a
manifestação de alguma realidade vinda de planos que estão fora da nossa esfera de
percepção. Por meio da imaginação criativa, aumentamos a percepção da nossa
consciência, permitindo que as interações de cor e forma pouco habituais se
manifestem. A meditação é o gatilho que dispara a formação dessas imagens bem
como a capacidade perceptiva da mente. Este processo estimula a atividade no
hemisfério direito do cérebro.É por meio deste hemisfério que enxergamos e
percebemos o invisível aos nossos olhos, mas plenamente visível na tela mental, é
também por seu intermédio que percebemos a organização especial das coisas e a
relação entre as partes para enxergarmos o todo. Graças a ele vislumbramos o que
está oculto, sonhamos e temos grandes insights.
Os aspectos intuitivo, subjetivo, relacional, holístico e atemporal são atributos do
hemisfério direito do cérebro. As imagens por ele citadas originam-se a partir de
informações sensoriais e dados presentes, passados e até futuros.
O hemisfério direito é o caminho reto aos níveis mentais mais profundos do
subconsciente, nos quais, antigas memórias e percepções sutis, encontram-se
armazenadas.
Waoky Caa Yari
( Invocando Os Espíritos da Natureza )

Invocando o Espírito do Elemento TERRA (naruê)

Naruê Caa Yari

Invocando o Espírito do Elemento AR (uiê)

Uiê Caa Yari


Invocando o Espírito do Elemento FOGO (shanayê)

Shanayê Caa Yari

Invocando o Espírito do Elemento ÁGUA (inaiá)

Ynaiá Caa Yari


Toda expressão que vem do coração é um eco da essência!
Toda expressão que vem do coração é plena consciência!

A MAGIA DAS MÃOS


Quem poderia negar das mãos, o seu valor
Quem poderia negar que não recebe das mãos, o calor
Quem poderia dizer que não se percebe nas mãos, preocupação
Quem poderia dizer que não recebe das mãos, emoção.

Quem poderia negar a presença das mãos em um pedido


Quem poderia negar as mãos ao abraçar o ente querido
Quem poderia dizer que acolheu sem estender as mãos
Quem poderia dizer que não elevou as mãos ao fazer a oração.

Quem poderia negar a uma criança as suas mãos


Quem poderia negar as mãos na educação
Quem poderia dizer que as mãos não indicam o caminho
Quem poderia dizer que as mãos não estão no carinho.

Quem poderia negar as mãos na presença da partida


Quem poderia negar as mãos a uma pessoa sofrida
Quem poderia dizer que não é amiga a mão estendida
Quem poderia dizer que não é do trabalho a mão aguerrida.

Estas mãos ó Grande Espírito, muitas vezes pela vida calejadas,


São as mãos do amor, do trabalho e da fé inabalada. Anauê!
Anotações:

Você também pode gostar