Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Argobol...................................................................................................3
Botânica II........................................................................................ 17
Estudos Demográficos.............................................................. 33
Estudos Estelares........................................................................ 43
Feitiçaria Preventiva.............................................................. 55
História Brasileira...................................................................... 63
Iniciação de Priores.................................................................... 81
Poções e Antídotos..................................................................... 93
Prática Antitrevas................................................................. 105
Runas Antigas............................................................................ 119
Trato das Criaturas Sereianas..........................................135
Todos os direitos são reservados a Escola de Magia e Bruxaria do Brasil®
Inspirado no universo da escritora Vanessa Godoy
Argobol
CONJURADOR
Orion Lee
ARGOBOL
Como nasceu o
Argobol?
Aqui nasceu o
argobol, digo, o
Ringball
5
ARGOBOL
´ ria
A Histo
A o contrário do que se acredita, o argobol não surgiu na França. Ele foi cria-
do despretensiosamente pelos astutos bruxos da ilha de Bliss, nas Bahamas.
Sagazes, esses bruxos enfeitiçaram sua ilha de uma
forma nada convencional. Enquanto escondemos nos-
sas cidades mostrando aos juruás brejos e pântanos, essa
população manteve a exuberância de suas praias, mas com
alguns “porens”.
Os juruás enxergam lá apenas uma ilha nativa e desabitada.
Ou melhor, eles deveras acreditam que a ilha de “Big Major
Cay”, como a conhecem, é habitada por uma colônia de porcos
selvagens.
Bem, não se trata realmente de porcos, mas essa foi uma
alternativa inesperada e, de certa forma, divertida, de como os
bruxos de Bliss resolveram se esconder, ou melhor, se mostrar aos não-mágicos.
É claro que se tratando de uma ilha paradisíaca os juruás aparecem vez ou outra para turismo.
Vejam só, até apelidaram o lugar de “ilha dos porcos”. Porém, sem menor estrutura para pernoite,
eles apenas passam o dia no mar, algo que nunca incomodou os locais.
Foi no deslumbre dessa paisagem que nasceu o “Ringball”, traduzido no Bàdiu para “argobol”.
Inicialmente esse esporte era aquático, um misto de refresco e entretenimento, até que Jérémie
Profiteur, um dos donos da francesa Voler, decidiu passar férias com a família na pequena ilha,
que também é um refúgio dos sonhos da comunidade bruxa.
Foi assim que em 1879 o esporte foi levado para a França, se popularizando em outras partes
do mundo através dos ambiciosos da Voler, um dos primeiros fabricantes de vassoura em larga
escala da Europa. Para vender seus exemplares, o Sr. Profiteur criou uma necessidade, forçando as
pessoas a comprarem vassouras para jogar.
Tirou o esporte da água, levando a solo e aumentando astronomicamente a altura da argola.
Ainda hoje a empresa existe com sede em Paris, e vem desta época a popularidade que os franceses
ganharam no esporte que “criaram”. Também fica neste país o maior estádio do mundo, o Magie
Bleue, sede da final dos principais torneios.
A Voler, uma companhia criada pelo bisavô de Jérémie Profiteur, e que estava próxima
da falência, se tornou o maior nome em vassouras e artigos esportivos de todo o mundo
bruxo, competindo apenas com a brasileira FlyUp.
6
ARGOBOL
Como Jogar?
O jogo é composto por sete jogadores, sendo um goleiro, três atacantes, dois
rebatedores e um pegador.
São quatro bolas que compõe a partida: Uma pelota,
que só pode ser usada pelos atacantes; Duas bruacas, que
só podem ser disputadas entre os rebatedores, e por fim, a
bola dourada, que entra no final, incumbida de ser capturada
pelo pegador.
Uma trave com três cavidades é posicionada de cada
lado do campo.
A argola (ou aro) mais alta vale 15 pontos, a mediana
10, e a mais baixa, apenas 5 por exigir menos equilíbrio dos
atletas – ainda que ele precise passar pelo goleiro, que pode
usar até a vassoura para se proteger.
Apenas os atacantes podem pontuar com a pelo-
ta, enquanto os rebatedores têm a difícil missão de
“queimar” os atacantes adversários com as bruacas,
diminuindo o ritmo de jogo dos rivais. Toda vez
que um jogador é atingido por essa bola infeliz
e mais rígida do que as demais, ele deve dar
uma volta em seus aros, atrasando um bocado
a sua jogada.
Os pegadores normalmente são os heróis do time, pois eles têm que perseguir uma bola colo-
rida e afrontosa, que não economiza nas dentadas. Sendo a mais difícil, ela vale 30 pontos e não
são raras as vezes em que elas salvam o placar de um time que estava fadado a derrota. Bem,
essa última etapa tem dez minutos de duração e, caso ela não seja alcançada, mantêm-se o placar
do tempo normal de partida.
partidas com
No campeonato estudantil teremosa bola
duração total de 10 minutos, tendo dourada a
partir do quinto minuto. AS!!
VAI DRAG
Orion Lee
7
ARGOBOL
Argobol
Profissional
O argobol rapidamente conquistou milhares de fãs, tornando-se o esporte mais
acompanhado do mundo.
Os números impressionam:
O Brasil é uma das potências mundiais do esporte, angariando todos os anos milhões de do-
brões em patrocínios, campeonatos e negociação de jogadores para times estrangeiros.
Justamente por ser um mercado superaquecido e em constante crescimento, a Escola Superior
de Desportos tem atraído cada vez mais interessados na vida esportiva.
Referência no país e em toda América Latina, essa instituição prepara os seus alunos para atuar
em todo o cenário, desde o atleta até o diretor financeiro.
CURIOSIDADE
Mais de 21 mil brasileiros atuam no argobol internacional.
São atletas, dirigentes, clínicos, preparadores físicos e até
empresários.
8
ARGOBOL
^ SABIA?
VOCE
Os estádios empregam mais de 1 milhão de pessoas direta
ou indiretamente todos os anos!
Tulguense
Íbis Carioca
Leviatã
Uritano N os Jogos da Pátria, os times são classi-
ficados em três tipos de séries: SÉRIE
ALFA, SÉRIE BETA e SÉRIE GAMA.
Akhenatense
Quiproquó
Atroz A.C
Folhaverde
9
ARGOBOL
10
ARGOBOL
Dragas da Romênia
Conheça a história do
Dragas através deste
emocionante conto que
narra a trajetória da
grande Crina Petrescu
12
ARGOBOL
A querida de Ferentari
Para alguém de fora poderia parecer que as pessoas estavam fazendo fila em
frente a uma cozinha móvel de sopa para os sem-teto. Mas os viciados estavam
aproveitando a pouca ajuda disponível: seringas limpas. Para as pessoas que espe-
raram pacientemente ao redor dessa ambulância, quatro noites por
semana, pacotes novos de agulhas eram uma tábua de salvação e
uma forma de moeda.
Ferentari, o gueto superpopuloso de Bucareste, capital
da Romênia, era o palco triste dos sonhos da menina Cri-
na, que puxava nas lembranças a imagem da única vez que
estivera diante do rio Dâmbovita: a imensidão de água e
esperança dos romenos.
O vício e a fome eram velhos conhecidos daquelas famílias
que pouco conheciam sobre dignidade. A morte era exímia
frequentadora da Rua Viitor, 7, a casa da família Petrescu, que
de futuro só tinha mesmo o endereço.
Logo na infância, percebeu que conseguia fazer coisas
que outras pessoas não conseguiam e por muito tempo
escondeu, por medo de retaliações. Quando recebeu a carta
convocatória da Școala Vrăjitoare din Transilvania (Escola
Bruxa da Transilvânia), foi enviada de pronto pelo pai, mesmo sem saber exatamente
do que se tratava. Após a morte da esposa, deu um jeito de se livrar de cada um dos 6
filhos, por medo ou preguiça.
Não demorou para que se destacasse na dinastia Bran, talvez a mais agressiva e justa
dentre as três dinastias que compõe a Vrăjitoare din Transilvania. Para alguém que nunca
viu propósito no mundo em que vivia, descobrir que existia outro foi mais que um con-
forto… Um renascimento!
Por anos as corujas cruzaram a cordilheira dos Cárpatos com destino a Rua
Viitor, 7, a velha rua do Futuro, com eles dizeres: “Que a paz encontre Feren-
tari, papai”.
Alguns anos depois voltou para constatar que a paz ainda não havia encon-
trado Ferentari, mas que seu pai encontrou a dele dois anos após o início
de seus estudos. Foi quando decidiu se
13
ARGOBOL
14
ARGOBOL
15
ARGOBOL
Anotações
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
__________________________________________________
______________________________________________
________________________
16
Botânica II
FLORA BRASILEIRA COM ÊNFASE EM
VARINHAS MÁGICAS
CONJURADORA
Berlamina Fajardo
BOTÂNICA II
19
BOTÂNICA II
A Origem das
Varinhas Mágicas
Texto extraído da apostila de Feitiçaria, ano 1, página 84
A varinha tem sido usada ao longo de milênios para canalizar a energia do bruxo a
qual ela pertence, mas como elas surgiram?
Bem, dos antigos egípcios aos druidas¹, varinhas e cajados sempre foram as ferramentas pre-
diletas de rodízios mágicos.
Na antiguidade apenas os mais formais poderiam carregar uma “vara de ofício” ou “bastão do
ofício”, como elas eram chamadas, sendo um objeto de status.
Ao que indicam as pesquisas, elas foram criadas no antigo Egito, onde existem hieróglifos mos-
trando sacerdotes segurando os bastões, porém a prática pode ser ainda mais antiga. Antropólogos
acreditam que algumas pinturas de cavernas, datadas da idade da Pedra, mostrem pessoas portando
as varas, um atestado de poder dado aos líderes das tribos.
Estudos minuciosos da Sapiência (Escola brasileira de educação e pesquisas), relatam que nossas
tribos já produziam varinhas rústicas, mas que aqui também era um artefato reservado aos grandes
líderes, como pajés e caciques. Por hora essa informação ainda não pode ser confirmada.
Revista
varinhas
Um mercado crescente, lucrativo e necessário
Ainda que não saibamos com exatidão quando a primeira varinha sur-
giu no mundo, ela canaliza a magia dos bruxos há milênios, inclusive
aqui no Bàdiu.
Foi Akhenaton, o faraó egipcío com coração pelaguês, que trouxe esse
artefato ao nosso país, logo que apresentou à tribo Guaricai.
Talhada na nobreza do Ébano rosa, e potencializada com pena de
Íbis sagrado, um símbolo de sabedoria daquela civilização, aque-
le bastão medindo 33 centímetros
nos conduziu rumo ao futuro.
20
BOTÂNICA II
C
aubi Porã, índio da tribo Porã dos arredores de Uritã, nas demarca-
ções de Sarça, foi o primeiro fabricante de varinhas em larga escala
que se tem notícia em solo brasileiro.
O índio ficou mundialmente conhecido pela qualidade de seus produtos, que
eram desenvolvidos com madeiras de lei da floresta amazônica, mas o sucesso
vai além disso. Caubi soube aproveitar a abundância de pedrarias da região,
incluindo o topázio azul, produzindo varinhas adornadas, que mais pareciam
obras de arte.
Infelizmente, ele morreu em 1947 e seus descendentes não deram continui-
dade ao trabalho.
Ficou curioso? O Museu da Memória, em Uritã, expõe diversos trabalhos
desse ilustre uritano.
Q
uem não conhece a Priori Varinhas
Exclusivas? Pois bem, há décadas
as varinhas finas da marca são ob-
jeto de desejo dos bruxos deste país.
Cheias de bom gosto e requinte. Os artefatos
mexem com o imaginário do consumidor, mas,
você conhece as mentes brilhantes por trás da
gigante varejista?
Pequeno e Grande são elfos que serviram a
Hector Fajardo. Sim, você não leu errado, queri-
do leitor. Realmente me refiro a Hector Fajardo,
aquele antigo presidente que dividiu o senti-
mento dos eleitores entre amor e ódio.
Viúvo, o político perdeu a esposa no par- Berlamina Farjado
to de sua única filha, confiando a criação da menina a dupla de elfos.
Mais tarde, como forma de agradecimento, Berlamina soube recompen-
sar seus companheiros, financiando a abertura da primeira loja da
Priori, na Rua Sem Fim.
21
BOTÂNICA II
22
BOTÂNICA II
Alô Merlin!
A revista Merlin quer saber de você: Pensa em aplicar seu exórdio em
escolas especializadas para se dedicar a este mercado, ou, já faz parte dele?
Esperamos a sua carta aqui na redação.
Avenida dos Alquimistas, 519, sala de economia, Vila Vareta – Bàdiu.
23
BOTÂNICA II
Flora Brasileira
com ênfase em Varinhas Mágicas
O que são Varinhas Mágicas?
A s varinhas são instrumentos mágicos pelo qual o bruxo pode canalizar o seu poder fazendo
uso de encantamento verbal.
Cheio de magia, esse instrumento é conhecido como “quase consciente”, pois é o artefato que
chega mais perto da consciência, agindo pela potência e característica de sua madeira e núcleo, e
influenciando diretamente na vida de seu portador.
Cada varinha tem sua própria personalidade, e é confeccionada com um diferente tipo de
madeira e recheada pelo seu potenciador, conhecido por núcleo.
Ainda que uma varinha seja feita com a madeira de uma mesma árvore, e tenha propriedades
mágicas de uma mesma criatura ou planta, continuarão sendo diferentes. Apesar da similaridade
das características, cada varinha tem sua própria personalidade e combina suas habilidades com o
caráter de seu dono.
De acordo com as falácias populares o tamanho de uma varinha diz muito sobre o caráter de
um bruxo, enquanto a flexibilidade explica a versatilidade e a possibilidade de mudança.
Isto quer dizer que, quanto maior a varinha, em tese, maior a conduta de seu porta-
dor. Vale lembrar que, geralmente, as varinhas circulam entre 20 e 40 centímetros.
24
BOTÂNICA II
Enforcárvore
LOCAL DE MAIOR CONCENTRA-
ÇÃO: Floresta do Volutabro – Sarça
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS: Plantas
móveis
FORMA DE PLANTIO: Diretamente
no solo
25
BOTÂNICA II
Samambaia Tristonha
LOCAL DE MAIOR CONCENTRAÇÃO: Perto de manguezais
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS: Plantas móveis
FORMA DE PLANTIO: Diretamente no solo ou em vasos
26
BOTÂNICA II
Musgo Aderente
LOCAL DE MAIOR CONCENTRAÇÃO: Demarcações de Atroz
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS: Plantas móveis
FORMA DE PLANTIO: Diretamente no solo ou em vasos
O musgo aderente é uma espécie de musgo verde e altamente viscoso que tem como
característica se grudar de forma quase irreversível.
É uma planta pequena em altura, passando-se por uma gramínea, mas que pode se estender
por alguns metros se não estiver dentro de um vaso, criando um verdadeiro tapete verde por
onde vários animais podem ficar fatalmente grudados.
Os animais presos a este musgo tendem a morrer de fome ou sede, uma vez que o adesivo
perde seu efeito apenas quando entra em contato com pó de cacau, um dos ingredientes do
chocolate. Hoje várias organizações filantrópicas fazem um bonito trabalho de salvamento nas
demarcações de Atroz.
Bruxos que manipulam esta planta para confecção de adesivos, ou até atletas que se dedi-
cam a modalidade de escalada sem cordas, tomam uma série de cuidados para que as viscosi-
dade da planta não seja irreversível. Ainda assim, essas práticas exigem uma série de cuidados
e devem ser exercidas com responsabilidade.
27
BOTÂNICA II
Fruta-Ligeira
LOCAL DE MAIOR CONCENTRAÇÃO: Demarcações de Austral
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS: Plantas móveis
FORMA DE PLANTIO: Diretamente no solo ou em vasos
A árvore de fruta-ligeira, como o próprio nome diz, é uma grande árvore frutífera
encontrada mais facilmente nos interiores da demarcação de Austral.
Trata-se de uma grande árvore gigante, com mais de 6 metros de altura e frutas re-
dondas e vermelhas. Estas frutas são chamadas de frutas-ligeiras.
O que a torna tão especial é o fato das frutas não caírem nunca pela ação do vento ou
do amadurecimento. É a própria árvore que arremessa seus frutos em direção de quem passe
por perto.
Faz-se necessário o uso de equipamentos de proteção durante a colheita, pois o nome
“ligeira” tem muito a ver com a força que a árvore arremessa seus frutos
28
BOTÂNICA II
Planta-Dragão
LOCAL DE MAIOR CONCENTRAÇÃO: Demarcações de Atroz
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS: Plantas móveis
FORMA DE PLANTIO: Viveiros
29
BOTÂNICA II
Volitária
LOCAL DE MAIOR CONCENTRAÇÃO: Demarcações de
Austral
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS: Plantas móveis
FORMA DE PLANTIO: Diretamente no solo ou em vasos
30
BOTÂNICA II
Mato-T inhoso
LOCAL DE MAIOR CONCENTRAÇÃO: Litoral de Pélago, Austral
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS: Plantas móveis
FORMA DE PLANTIO: Não é aconselhado
31
Anotações
__________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
__________________________________________________
_____________________________________________
________________________
32
Estudos Demográficos
CONJURADOR
Quintno Quaresma
QueQue
ESTUDOS DEMOGRÁFICOS
Demografia
A Demografia é uma área geográfica voltada para o estudo
da população. A demografia utiliza a estatística para orga-
nizar e analisar os diferentes aspectos de uma população.
Dicionário do Bàdiu. Editora Uirapuru
I.B.E.
O que é e o que faz?
IBE é sigla para Instituto Bàdiu de Estatística, órgão federativo responsável por prover
todas as informações estatísticas oficiais do país. Fundado em 1952, é diretamente
ligado a Secretaria de Planejamento da Federação.
Todos os dias ouvimos na rádio ou lemos em revistas e jornais que a população brasileira
cresceu, que as vagas de empregos estão aumentando ou diminuindo. Também somos informados
sobre o custo dos produtos básicos, como a alimentação, por exemplo.
Para que esses dados cheguem até as nossas casas, existe um longo trabalho de pesquisa que
acontece diariamente em todo país.
É o IBE quem coleta informações dos mais variados tipos, analisando todos os dados e impri-
mindo suas conclusões ao povo e ao governo em forma de estatística.
35
ESTUDOS DEMOGRÁFICOS
Estudo de Caso
A Horta Boticários é a firma mais antiga do Bàdiu, sendo fundada em 1754 por Quintino
Horta – o sujeito da nota de 1 dobrão.
Atente-se que Quintino Horta comercializava seus produtos antes mesmo de ser constituída a
Federação Mágica do Bàdiu, datada em 1808, sendo que apenas em 1811 tivemos a criação
de uma moeda única, o caiambá, antecessor dos dobrões.
Quintino nasceu em um local próximo do que hoje seria
o distrito de Penosa, em Dédalo, e era filho de um bruxo
holandês com uma índia das proximidades. Como objeto
de estudo ou conhecimento histórico, essa região recebeu
muitos bruxos holandeses, que ao contrário dos juruás
portugueses, estavam preocupados com desenvolvimento
e bem estar.
Muito esperto, o jovem Quintino Van Gaal, so-
brenome de seu pai, foi apelidado de Quintino Horta,
pois era um entusiasta da alquímica aplicada as ervas
do Bàdiu. Foi dessa forma despretensiosa que o ra-
paz começou a negociar suas poções curativas em
forma de escambo, valor econômico utilizado
na época.
36
ESTUDOS DEMOGRÁFICOS
Além de ganhar muitos caiambás com a venda de suas poções prontas, o “bruxo Horta”, como
era chamado pelo presidente, auxiliou na cura de diversas enfermidades.
Folhaverde cria o Oratorium em 1819, embasado em ideias helenistas e romanas e com isso os
brasileiros começaram a ter um registro oficial de nomes. Neste momento Quintino abandona Van
Gaal e se torna oficialmente Horta.
37
ESTUDOS DEMOGRÁFICOS
38
ESTUDOS DEMOGRÁFICOS
39
ESTUDOS DEMOGRÁFICOS
40
ESTUDOS DEMOGRÁFICOS
41
ESTUDOS DEMOGRÁFICOS
45
ESTUDOS ESTELARES
Coordenadas
A partir deste momento, não usaremos mais a expressão “olhe para cima”,
mas diremos, “olhe para zênite”. É chegada a hora de se apaixonar. Abandona-
mos aqui o homem comum, e nos transformamos em alguém das estrela
Zênite
Ponto do céu acima da cabeça do observador.
Nadir
Ponto do céu na direção oposta à do zênite
Eclíptica
Círculo imaginário que representa a trajetória aparente do Sol e dos planetas na
esfera celeste durante o ano.
46
ESTUDOS ESTELARES
Medidas
AR em horas: de 0h à 24h
DEC em graus: Equador equivale a 0°, o Polo Sul, a -90°, e o Polo Norte,
a +90°
Principais Constelações
O Zodíaco é uma faixa do céu limitada por dois paralelos de latitude celeste: um
situado a 8º ao norte e o outro a 8º ao sul da Eclíptica (linha central do Zodí-
aco). Nessa faixa, passam sempre o Sol, a Lua e os planetas.
O Zodíaco possui importância apenas pelo fato de ser sobre ele que estão o Sol, a
Lua e os planetas, mas na realidade, há 24 constelações localizadas na faixa zodiacal,
algumas totalmente inclusas, e outras em somente uma parte. São 13 conste-
lações que são atravessadas pela Eclíptica.
47
ESTUDOS ESTELARES
Capricórnio (CAP)
A constelação é antiga, e foi um dos primeiros
membros do Zodíaco, sendo a sua menor
constelação. Possui estrelas de pouco brilho, e por
isso não é fácil de identifi cá-la no céu. A linha
vermelha, atravessando Capricórnio na figura, repre-
senta a linha da Eclíptica. Localizase entre Aquário e
Sagitário. É normalmente traduzida como “A Cabra
do Mar” ou “A Cabra Peixe”, embora o nome sig-
nifique, literalmente, com chifres de cabra.
Na mitologia grega, representava o deus Pã, que era
semelhante a um bode. Pã era muito indeciso, nunca sabia tomar uma
decisão depressa. Numa ocasião, os deuses estavam fugindo de um monstro marinho chamado
Tifón. Os deuses se disfarçaram para despistar o monstro, mas Pã, em dúvida de qual animal
se transformar, quando viu a sombra do monstro aproximar-se, sem conseguir decidir-se,
transformou o seu tronco em cabra e as suas pernas num rabo de peixe: ficou transformado
num cabra-peixe.
Aquário (AQR)
É uma das maiores constelações do Zodíaco, localiza-se
entre Capricórnio e Peixes. Na mitologia grega, re-
presenta um jovem, e às vezes um homem velho, derramando
água de uma jarra.
Era um belo pastor, Ganimedes, de quem Zeus se agra-
dou. Zeus enviou uma águia (há versões que dizem que
o próprio Zeus que se transformou) que levou o rapaz
para o monte Olimpo, onde serviria como copeiro dos
deuses.
48
ESTUDOS ESTELARES
Peixes (PSC)
R epresenta dois peixes ligados pelas suas cau-
das na estrela alpha piscium. Na verdade, o
nome da alfa, “Al Rischa”, significa “o cordão”. A conste-
lação é bastante fraca; as estrelas de Peixes são geralmente
de quarta magnitude. Localiza-se entre Aquário e Áries.
Sua importância está em conter o ponto em que o Sol
cruza o equador indo em direção ao norte a cada ano, no
equinócio de arço.
No mito grego, representa Afrodite e seu filho Eros, que
se transformaram em peixes e mergulharam no Eufrates para
escapar do monstro Tífon.
Áries (ARI)
S eu nome significa carneiro. Situa-se entre Peixes e Touro, e não
é muito brilhante. Uma das formas de encontrá-la no céu
localizar as lêiades (grande aglomerado aberto de estrela a cons-
é
Touro (TAU)
T ouro é uma constelação que pode ser encontrada com facilidade.
Localiza-se próxima a constelação de Órion. Sua estrela alfa, Alde-
baran, é uma estrela gigante vermelha de cor muito visível
no céu. Possui o grande e níti do aglomerado aberto de
estrelas, Plêiades, conhecido também como Sete Irmãs.
Podemos ver seis membros deste aglomerado a olho nu.
Dista cerca de 400 anos-luz da Terra.
Na mitologia grega, o Touro epresenta o disfarce
que Zeus usou para atrair a atenção da princesa da Fenícia
chamada Europa. Atravessou o Mediterrâneo a nado
levando Europa nas costas até ilha de Creta.
49
ESTUDOS ESTELARES
Gêmeos (GEM)
E sta é uma constelação identificável com faci-
lidade por suas estrelas mais brilhantes, Cas-
tor e Pollux, que representam as cabeças dos gême-
os mitológicos. Localiza-se entre Touro e Câncer.
Na mitologia grega, os gêmeos são apenas me-
tade irmãos. São filhos da mesma mãe (Leda), mas
têm pais diferentes. O pai de Castor era um rei de
Esparta, Tíndaro, e o pai de Pollux era ninguém menos
que Zeus.
Cancêr (CNC)
C âncer, traduzido como caranguejo, é a constelação mais
fraca de todas as constelações do Zodíaco. Locali-
za-se entre Gêmeos e Leão.
Um dos objetos celestes em Câncer é o aglomerado
estelar M44 chamado de Presépio (Colmeia, ou Man-
jedoura). É possível vê-lo a olho nu como um ponto
difuso.
Na mitologia grega, o caranguejo atacou Hércules
durante a sua luta com a Hidra, mas foi esmagado
pelo pé do herói.
Leão (LEO)
É uma constelação onde a figura lembra real-
mente um leão. Localiza-se entre Câncer e
Virgem. No mito grego, Leão atormentava uma pe-
quena aldeia da Grécia chamada Neméia. O animal era
de couro impenetrável, mas Hércules conseguiu matá-lo.
Alpha leonis é chamada de “Regulus”, e era
vista como “Guardião do Céu”. O nome de Regu-
lus foi dado por Copérnico, mas a estrela era mais
conhecida na antiguidade como “Cor Leonis”, “Coração
de Leão”. Regulus é um binário múltiplo. Localiza-se tão próxima à Eclíptica, que a Lua
muitas vezes passa perto, e até oculta a estrela em raras ocasiões.
50
ESTUDOS ESTELARES
Virgem (VIR)
E sta é a segunda maior constelação do céu e a maior
do Zodíaco. Virgem possui uma série de antigos
mitos e contos. Para os anti gos romanos, era a deusa seres do
crescimento das plantas alimentares e das colheitas, e particular-
mente do milho.
Alpha Virginis é conhecida como Spica: a orelha “de trigo”
que a deusa carrega. Spica é um binário eclipsante azul-branco com um
período de pouco mais de quatro dias. A estrela é o dobro do tamanho
do Sol, mas com uma luminosidade de cerca de duas mil vezes a do
sol. Está a 260 anos-luz de distância.
Há um aglomerado de galáxias chamado Aglomerado de Virgem. Este
aglomerado fica localizado no “ombro” da Virgem.
Libra (LIB)
Escorpião (SCO)
C onstelação facilmente reconhecível. Podemos vê-la do
lado esquerdo do Cruzeiro do Sul na direção leste.
A “cauda” curva, sugerindo uma interrogação de ponta ca-
beça é muito aparente no céu. Faz parte do zodíaco, e
se localiza entre as constelações da Libra e de Sagitário.
Na mitologia grega, foi o animal que matou Órion com
sua picada.
A estrela de maior brilho aparente desta constelação
é a super gigante vermelha Antares, e é centenas de vezes
maior que o Sol. É conhecida também como o “coração
do Escorpião”.
51
ESTUDOS ESTELARES
Sagitário (SAG)
O nome Sagitário deriva da palavra em latim
sagitta que significa seta. Foram os roma-
nos que deram o nome à constelação de Sagitário. É
uma brilhante constelação do Zodíaco, entre Escor-
pião e Capricórnio.
Tem como característica um padrão de estrelas que
lembra o formato de um bule. Localiza-se próxima a região
do céu onde está situada a direção do centro da nossa
galáxia, Via Láctea.
Tabela de Constelações
52
ESTUDOS ESTELARES
Instrumentos de Observação
O Telescópio
P lanetas, satélites, estrelas, galáxias e outros corpos astronômi-
cos podem ser observados por meio de um instrumento óptico
chamado telescópio. A palavra advém do grego “tele”, longe, e “scopio”,
observar. Mas, ao contrário do que se imagina, o telescópio não aumenta
o tamanho dos objetos. “O telescópio permite captar uma quantidade
de luz maior do que a pupila humana e, portanto, permite enxergar
objetos com brilho muito fraco, que não são visíveis a olho nu.
A Luneta
A ssim como o telescópio, a luneta também permite observar objetos longínquos. A lune-
ta, no entanto, constitui-se de um tipo específico de telescópio, o refrator, que possui
restrições em comparação com o telescópio refletor. Enquanto os telescópios refratores, chamados
popularmente de lunetas, usam lentes como objetivas, os refletores utilizam espelhos.
O Binóculos
“B inos” para os íntimos, são ótimos para se
familiarizar com as estrelas. Simples e com-
pacto, ele permite observações incríveis da Lua, de
galáxias e de aglomerados estelares. Como o tremor
dos braços é um problema, invista em um bom tripé.
53
Anotações
__________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
__________________________________________________
_____________________________________________
________________________
54
Feitiçaria Preventiva
CONJURADOR
Levi Datto
FEITIÇARIA PREVENTIVA
Pre.ven.ti.va
Substantivo feminino. Aquilo que se destina a prevenir ou evitar
que algo aconteça.
Verdadeiro ou Falso?
“Você não pode prevenir a guerra e se preparar ao mesmo
tempo”
Albert Einstein
Considerações do conjurador
S e estudarmos a fundo a história juruá, veremos que muitas vezes as guerras foram decla-
radas em nome da paz. Se isso não faz muito sentido para você, espere até saber que os
homens matam em nome de seus deuses.
No mundo mágico as varinhas também já foram apontadas com ódio, mas em nome do amor
- Quem aqui nunca estudou a fundo a guerra de 1998?
Nesta disciplina e com este professor maravilhoso, vocês têm a oportunidade de empunhar
suas varinhas e descobrir a potência de variados feitiços, então é importante que se façam pessoas
responsáveis.
O propósito dessa disciplina não é apenas resolver pequenos problemas do dia a dia, como
arrastar objetos e abrir portas, tampouco atacar inimigos por bel prazer. A feitiçaria é e precisa
ser mais do que isso.
Levi Datto está aqui para formar grandes feiticeiros, é verdade, mas o bom feiticeiro não é
aquele que reproduz movimentos perfeitos e recita um encantamento. O bom feiticeiro é aquele
que faz tudo isso usando a responsabilidade.
A varinha é o bem mais precioso de um bruxo, mas não esqueça que ela tem a dua-
lidade de trazer a luz e destruição pela mesma ponta.
Juruás têm em suas armas apenas a destruição, mas nós, temos em um único instru-
mento o livre-arbítrio. Esse poder está literalmente em nossas mãos.
Estrelas do Amanhã
E studamos no primeiro ano a história do faraó Akhenaton e sua fuga para o Bàdiu
séculos antes deste país ser visitado por juruás.
O rei do Egito, em sua décima oitava dinastia, se curvou aos conhecimentos da tribo
Guaricai, passando de líder a discípulo do pajé Oluê por vontade própria.
Akhenaton e a tribo se dedicaram a estudar profundamente técnicas de defesa e feitiços
de proteção, abrindo mão de poderosos feitiços destrutivos.
Abaixo mais um trecho do livro “A veia mágica do Bàdiu”, de Carlos Efesto.
Apesar de não ter nenhuma comprovação da existência dessa Ordem nos dias de
hoje ou em qualquer tempo, Os Estrelas do Amanhã se tornaram uma história
romântica no cenário da defesa antitrevas.
58
FEITIÇARIA PREVENTIVA
Os T ipos de Feitiços
Encantamento
S ão classificados como encantamentos os feitiços mais cotidianos, que não só facilitam a vida
de um bruxo, como os tornam mais preguiçosos.
Através de encantamentos acendemos uma vela sem fogo, arrastamos um objeto sem levantar
e abrimos uma porta sem manusear as chaves.
Azaração
A azaração é um dos tipos conhecidos de magia, afiliada à magia negra e distinguido por
seus efeitos negativos utilizados principalmente para a diversão dos observadores e des-
conforto menor da vítima.
Uma azaração, por exemplo, seria fazer sair lesmas ou sapos da boca de alguém.
Apesar desse tipo de feitiço não se classificar como defesa, existe defesa dentro dele:
A contra-azaração é um tipo de contrafeitiço que acaba com o efeito de uma azaração. Neste
caso, a vítima apenas se defende, sem atacar de volta.
Transfiguração
S ão feitiços de transformação, tendo a capacidade de mudar a forma e a aparência de um
objeto.
Essa modalidade de feitiço é a mais difícil, exigindo movimentos precisos. Além disso, é
a mais polemica, envolvendo uma série de questões majurídicas, principalmente se relacionada a
transfiguração humana – constantemente ligada a crime e estelionatos. Falsidade ideológica é passível
de condenações graves.
59
FEITIÇARIA PREVENTIVA
Apesar dessas maldições serem proibidas pela Federação sob penas graves,
existe um livro não autorizado e repleto de maldições dolorosas. De autor
desconhecido, assinando pelo pseudônimo de “”Pastor das trevas”, essa obra
foi banida.
Existem feitiços de ataque que funcionam muito bem como defesa, a exemplo de feitiços de
atordoamento. Neste caso fica claro que não é intenção matar ou ferir alguém ou alguma criatura
gravemente, mas apenas é uma forma de se proteger de algum risco, evitando algo nocivo a pró-
pria vida.
´ ´ ria
No ano que vem o cara la de cima vai detalhar essa mate
~ ~
oes e magias do mal”.
lecionando “Azaracoes, maldic
~
~
~ me refiro a Nhamandu, nem Tupa, ~ nem
Observacao: Nao
´
Guaraci, enfim, voces entenderam quem e, o caolho.
<
60
FEITIÇARIA PREVENTIVA
61
FEITIÇARIA PREVENTIVA
A baixo alguns feitiços de ataque e defesa que funcionam como feitiçaria preventiva e age
dentro da ética.
Considerações finais
É preciso observar que mesmo agindo por um bem maior, precisamos ter responsabilidade
no momento de escolher os feitiços a serem utilizados.
Não quero com isso sugerir que fiquem a mercê da própria sorte, mas que apenas reflitam
como seres humanos, sabendo que nossas ações interferem diretamente na vida das pessoas.
Compaixão, empatia e compreensão, meus queridos, pois o lobisomem impiedoso de
hoje pode ser o pai de família de amanhã. Defesa e prevenção se fazem necessárias, mas
pondere todas as decisões.
62
História Brasileira
CONTEXTUALIZAÇÃO DE BEM E MAL
CONJURADOR
Hércules Ourinho
HISTÓRIA BRASILEIRA
CONTEXTUALIZAÇÃO DE BEM E MAL
Filosofia
I Amor pela sabedoria, experimentado apenas pelo ser humano consciente de sua
própria ignorância [Segundo autores clássicos, sentido original do termo, atribuído
ao filósofo grego Pitágoras.
66
HISTÓRIA BRASILEIRA
CONTEXTUALIZAÇÃO DE BEM E MAL
67
HISTÓRIA BRASILEIRA
CONTEXTUALIZAÇÃO DE BEM E MAL
68
HISTÓRIA BRASILEIRA
CONTEXTUALIZAÇÃO DE BEM E MAL
69
HISTÓRIA BRASILEIRA
CONTEXTUALIZAÇÃO DE BEM E MAL
70
HISTÓRIA BRASILEIRA
CONTEXTUALIZAÇÃO DE BEM E MAL
71
HISTÓRIA BRASILEIRA
CONTEXTUALIZAÇÃO DE BEM E MAL
Estudos de Caso
I. O Incidente de Uritã
E m 15 de Setembro 1912 uma comunidade ribeirinha juruá foi devastada. Com cerca
de mil moradores, a comunidade de “Uritã”, localizada na floresta Amazônica, no
que seria as demarcações de Sarça, passou por dois dias de terror.
Uma criatura vinda da floresta derrubou árvores, rondou as casas e devorou seus animais.
O terror aumentou ainda mais quando as pessoas começaram a sair para os seus afazeres e não
retornavam para casa.
Havia relatos de que uma imensa
serpente teria sido vista boiando do
rio, à noite, mas como a vila era
afastada das grandes cidades, ninguém
veio em auxílio daquelas pessoas. Até
que todos desapareceram.
Foi nesta data que a Federação
Mágica do Bàdiu transferiu a responsabi-
lidade de criaturas ao Priorado dos
Magos, obrigação que antes não fazia
parte da corporação.
Priores experientes captu-
raram o boitatá com a ajuda de
cinco guerreiros da tribo Porã, a
comunidade bruxa mais próxima do local do ocorrido.
Acontece que essa não foi a única colaboração destes índios
para com a Federação.
Passado três dias até capturar o boitatá, a gigantesca serpente que tem o poder de petrificar
seres vivos que maltratam a floresta, uma guerra entre bruxos e juruás parecia eminente.
Os não-mágicos não ficariam felizes ao descobrir que uma criatura mágica foi capaz de dizimar
toda uma população, é claro, e temendo isso, conhecemos uma das propostas mais parado-
xais da história do Bàdiu:
A Federação pediu aos índios Porã que abandonasse sua tribo para viver na
comunidade ribeirinha, pois assim não chamariam a atenção dos juruás.
72
HISTÓRIA BRASILEIRA
CONTEXTUALIZAÇÃO DE BEM E MAL
Anotações
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
________________________________________________
___________________________________________
_______________________
73
HISTÓRIA BRASILEIRA
CONTEXTUALIZAÇÃO DE BEM E MAL
74
HISTÓRIA BRASILEIRA
CONTEXTUALIZAÇÃO DE BEM E MAL
O Caso
A solução que a bruxa Horgana encontrou para o seu dilema foi no mínimo
estapafúrdia.
Ela não pôde aceitar o seu fim, mas, também, não pôde abrir mão da vaidade de ser
uma boa adivinha.
Anotações
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
________________________________________________
___________________________________________
________________________
75
HISTÓRIA BRASILEIRA
CONTEXTUALIZAÇÃO DE BEM E MAL
“... aos que ainda sonham com um país dividido, entre bruxos e os outros, digo que
deixem esta esperança de lado, pois é inevitável que os juruás recorram sempre as armas
de fogo contra a nossa existência. Seu medo os levará a isso. Sua ignorância os conduzirá
a intolerância.
Digo a vocês, irmãos, que não há tempo a perder. Nós devemos assumir nossa posição
no universo, pois agora eles não são numerosos e nós podemos vencê-los com feitiços.
Chegará um tempo em que poderão, mais uma vez, pôr-nos de joelhos e nos levar a morte”
Com discursos como este Kayke Macuxi conseguiu convencer muitos bruxos de que não havia
outro caminho senão a guerra, e que quanto mais cedo ela viesse, mais chance teríamos.
Por sorte, não eram apenas os membros do movimento que estavam ouvindo estes
discursos. Espiões enviados pela Federação estavam infiltrados e conseguiram alertar a
Federação a tempo de um ataque de grande expressão.
Infelizmente 2 juruás haviam sido mortos na região por seguidores fanáticos de Macuxi
e isso fez com que sua prisão fosse decretada em 1837.
Os Priores cercaram o local de encontro do grupo e após uma batalha que
durou algumas horas, 27 membros do movimento e 2 Priores foram mortos.
Kayke Macuxi foi condenado, preso e
76
HISTÓRIA BRASILEIRA
CONTEXTUALIZAÇÃO DE BEM E MAL
O Caso
K ayke Macuxi não concordou com a maioria dos bruxos, usando de sua boa oratória para
manipular um grupo de pessoas a lutar pelos seus ideais.
Anotações
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
________________________________________________
___________________________
________________________
77
HISTÓRIA BRASILEIRA
CONTEXTUALIZAÇÃO DE BEM E MAL
O Caso
A autointitulada “Brigada dos Amaldiçoadas” utilizou uma bomba de fabricação caseira
com insumos da escola, uma vez que desapareceram todas as samambaias tristonhas que
protegiam os muros.
Feito isto, explodiu um centro comercial popular, de baixo custo, pois assim, poderia
matar ou ferir gravemente bruxos mestiços.
78
HISTÓRIA BRASILEIRA
CONTEXTUALIZAÇÃO DE BEM E MAL
Considerações do conjurador
“O bruxo que não conhece a sua história, está fadado a repeti-la”, então,
pense, critique e aprenda!
Anotações
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
__________________________________________________
_____________________________________________
________________________
79
Anotações
__________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
__________________________________________________
_____________________________________________
________________________
80
Iniciação de Priores
CONJURADOR
Boris Forte
INICIAÇÃO DE PRIORES
Tobias Tôla
Diretor do Ateneu, academia do Priorado dos Magos
83
INICIAÇÃO DE PRIORES
84
INICIAÇÃO DE PRIORES
85
INICIAÇÃO DE PRIORES
86
INICIAÇÃO DE PRIORES
Os Prisioneiros
Q uando um bruxo passa a linha do aceitável e comete um crime, ele pode ser preso e
interrogado pelos priores.
As penas impostas no Bàdiu vão de pagamento de multa para infrações comuns ou até mesmo
pena de morte para crimes graves como assassinatos.
Importante frisar que são raras as penas de morte após a guerra de 1998. No ano em questão
alguns bruxos foram diretamente responsabilizados pelo conflito.
Passo III
Ter autorização do presidente da
Federação Mágica do Bàdiu
87
INICIAÇÃO DE PRIORES
Imperial Asylum
Instituição mantida pela Federação Mágica do Bàdiu para o confinamento de prisioneiros
considerados perigosos e insanos. Nesta instituição foram presos alguns membros da Brigada
Amaldiçoada, por exemplo.
A instituição possui alguns séculos, e visa confinar, tratar e estudar a mente
dos bruxos considerados loucos. Alguns teorizam que feitiços obscuros se-
riam testados em bruxos aprisionados naquele local, mas isto nunca
ficou comprovado, já que todo o perímetro da propriedade é
guardado por curupiras.
Sepulcrum
U m presídio construído em local não divulgado na Amazônia. O local ainda é
utilizado pelas autoridades para “sumir” com alguns dos prisioneiros mais perigo-
sos do Bàdiu. Naquele lugar eles estão proibidos de fazer contato com o mundo exterior.
O presídio foi construído num antigo cemitério subterrâneo e os sepulcros transfor-
mados em celas. Por isto o nome do lugar. É impossível saber seu tamanho, visto que
o complexo de túneis é vasto, com longos corredores e amplos salões esculpidos
na pedra.
88
INICIAÇÃO DE PRIORES
Os presos não
podem ver a luz do
sol, e devem dormir onde
antes ficavam os corpos de
uma cidade inteira dizimada
por uma praga. Este é um
lugar de completa escuridão.
O local é guardado por uma
complexa rede de túneis escava-
dos por boitatás da região.
Abismuto
É o local onde são encaminha-
dos os prisioneiros comuns e
com crimes menos violentos. Está
localizado num vale ao sul das de-
marcações de Austral.
Ali os detentos têm permis-
são de conversar com a família
através de papagaios do Posta
e a banhos de sol todos os
dias.
Foi construído na pa-
rede de um cânion, e é
guardado por bruxos bem
treinados.
Exércicio
Concluímos que é preciso deixar morrer dentro de nós uma série de arrogâncias de
nossa alma se quisermos viver em paz. Se partisse hoje, qual a herança que deixa para o
mundo e quais as últimas palavras que proferiria a todos aqueles que ama?
89
Anotações
__________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
__________________________________________________
_____________________________________________
________________________
92
Poções e Antídotos
CONJURADOR
Vladimir Tristão
POÇÕES E ANTÍDOTOS
Prefácio
A prendemos anteriormente que poção é a nomenclatura usada para nos referir
aos líquidos mágicos oriundas da mistura de diversos ingredientes. Seu objetivo
é realizar encantamentos complexos que não podem ser realizados apenas com o recitar de uma
palavra e/ou movimento de varinha.
Neste adorável ano letivo estudaremos os antídotos, que são as substâncias ou misturas que
neutralizam o efeito do veneno, ou seja, é a poção neutralizadora capaz de reverter certos efeitos
provocados.
Para toda ação existe uma reação e para cada envenenamento existe um antídoto – ainda que
as vezes levamos um tempo para descobrir qual é.
Grosso modo nós podemos dizer que o antidoto funciona como um contrafeitiço, agindo de
forma libertadora no organismo.
Paracelso
A citação de Paracelso é tida como a mais importante da ciência boticária, sendo algo con-
temporâneo até hoje.
Fernão Datto
Docente do Instituto Flamel e Mestre de vacinas e
immunis da Horta Boticários
Vladimiro
Tristã
95
POÇÕES E ANTÍDOTOS
Antídoto
1. que ou o que combate os efeitos de uma toxina ou veneno
(diz-se de substância, medicamento, soro)
2. substantivo masculino
POR EXTENSÃO
o que evita ou corrige (vício, defeito, estado de depressão psi-
cológica, paixão etc.); corretivo, remédio.
Elaboração
P ara fabricar um bom antídoto é imprescindível que o mestre estude a fundo a causa que
pretende curar ou evitar.
O caminho é um só e não tem mistério: Apenas estudando a raiz do problema e conhecendo
a propriedade mágica dos ingredientes que se pode chegar a um resultado satisfatório.
Ao lado um exercício passado para alunos do primeiro ano de Botica do Instituto Flamel,
ministrado na disciplina Diagnose Boticária, professor Moacir Peri Porã.
96
POÇÕES E ANTÍDOTOS
97
POÇÕES E ANTÍDOTOS
98
POÇÕES E ANTÍDOTOS
Análise do Estudo
É importante salientar que essa aula é ministrada por um importante clínico bra-
sileiro a alunos do curso de Botica. Os alunos são instruídos a chegar nos mais
diversos diagnósticos.
São os clínicos que examinam, mas são os boticários que se tornam mestres e
produzem poções, elixires e antídotos para todo tipo de mal dos curandórios.
Conforme lei vigente e o os protocolos da CLB (Confraria Local de Boti-
cas), toda botica localizada em solo nacional, o que inclui todas as demarcações de
terra, precisam disponibilizar um boticário no local para que a loja tenha licença
de funcionamento.
Ainda que o boticário não possa clinicar, ele tem autorização para
dar diagnósticos mais simples e indicar poções que
não precisam de uma prescrição controlada.
Observe que um boticário não poderia
receber na botica um caso como este, onde
o paciente fora atacado gravemente por uma
criatura e encontra-se desacordado. Porém,
há muitos anos, foi um mestre de poções,
um boticário, quem descobriu como combater
queimaduras.
Quero com isto dizer que, a poção Flammae e tantas outras, são o resultado do empenho,
conhecimento e pesquisa desses profissionais.
Um boticário não precisa ser clínico e nem tem autorização para clinicar, mas ele precisa, sim,
ter amplo conhecimento sobre todos os males e patologias.
Dito isto e entendido o que pode ou o que não pode fazer um profissional de Botica
no exercício de sua profissão, vamos ao entendimento deste caso hipotético:
Foi fundamental entender o comportamento desta criatura para entender a real situação
clínica do paciente, que tivera uma demora perigosa em seu atendimento - algo que
poderia lhe custar a vida.
Poucas as pessoas são queimadas por
uma mula-sem-cabeça e sobrevivem, neste
99
POÇÕES E ANTÍDOTOS
100
POÇÕES E ANTÍDOTOS
101
POÇÕES E ANTÍDOTOS
Curiosidade
O time de argobol do curso de Botica, no Instituto Flamel, se chama “RX”
Laboratório Prático
A s histórias de homens com aspecto de lobo são bem sugestivas. Estes seres têm uma força
extraordinária e são capazes de gerar um medo surreal nas pessoas.
Faremos uma poção que impede a maldição de um lobisomem em caso de ataque.
Atenção!
A POÇÃO NÃO LHE TORNA INVULNERÁVEL AO ATAQUE
DE UM LOBISOMEM, ELA SERVE APENAS PARA DIMINUIR
AS CHANCES DE SER AMALDIÇOADO CASO SEJA MORDI-
DO POR UM LOBISOMEM. AINDA ASSIM, O EFEITO NÃO É
GARANTIDO.
Lupus Mordere
Ingredientes
- 30g Pó de dente de lobo
- 10 Cravos
- 100g Folha de acônito macerada
- 50ml Suco de limão
- Cristal
Observações importantes
A flor de acônito ou acónito é venenosa, pertencente à família Ranunculaceae muito
utilizada em fármacos homeopáticos. É o principal componente para a poção para
matar lobisomens (PROIBIDA PELOS DIREITOS HUMANOS), é por isso, que
nesta poção, se usa apenas a folha da planta, pretendendo repelir os efeitos.
Outro ingrediente interessante para evitar o efeito dessa criatura é o
suco de limão, pois esse insumo elimina
102
POÇÕES E ANTÍDOTOS
Modo de Preparo
1 Preencha o caldeirão com 500 ml de água potável
2 Adicione o cristal
3 Adicione o cravo
103
Anotações
__________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
__________________________________________________
_____________________________________________
________________________
104
Prática Antitrevas
CONJURADOR
Hector Saião
PRÁTICA ANTITREVAS
Licantropia
1. Em grego: λυκάνθρωπος; transl.: likán-
thropos, de lykos, lobo, ánthrōpos, homem, na junção,
homem lobo.
2. Licantropo é o indivíduo que é afetado pela
licantropia, ou seja, apela capacidade de se transformar
em um lobo, seja por causa de uma maldição ou por
fatores externos, como por exemplo, um
mordida de um outro lobisomem.
Rei de Arcádia
O pai dos Lobisomens
L ycaon foi um rei da cidade de Arcádia, na
Grécia.
Filho do herói Pelasgo com Melibea, uma filha do
oceano, Lycaon sucedeu seu pai, sendo um bom rei
para o povo. Foi bondoso, justo e ajudou as pessoas
do reino a saírem da vida precária e selvagem que
levavam.
Muito religioso, o rei Lycaon chegou a criar um
templo em homenagem a Zeus, o pai dos deuses. Fer-
voroso, frequentemente realizava sacrifícios humanos
em honra. Até aí, tudo dentro de uma cultura. O
problema é que o tal rei, em nome da fé, cap-
turava os visitantes da cidade para sacrificar.
Era difícil visitar Arcádia e
107
PRÁTICA ANTITREVAS
Este é o motivo para licantropia ter esse nome. Esse foi o castigo que Zeus deu ao rei Ly-
caon por infringir a lei sagrada. É essa a raiz e a origem de todas as histórias que envolvem os
lobisomens.
Amaldiçoado para todo o sempre, Lycaon se transformava em um lobo furioso todas as noites
de lua cheia, mordendo outros homens e passando sua maldição como uma doença. É por isso que
o rei de Arcádia é conhecido como o pai dos lobisomens.
E o conselho é...
TRATE BEM AS
SUAS VISITAS!
108
PRÁTICA ANTITREVAS
Os T ipos de Lobisomen
E xistem cinco raças de lobisomens, e vamos defini-los através de sua aparência
física e suas características comportamentais.
ESCALA DE FÚRIA E
PERICULOSIDADE
109
PRÁTICA ANTITREVAS
ESCALA DE FÚRIA E
PERICULOSIDADE
110
PRÁTICA ANTITREVAS
ESCALA DE FÚRIA E
PERICULOSIDADE
111
PRÁTICA ANTITREVAS
112
PRÁTICA ANTITREVAS
113
PRÁTICA ANTITREVAS
114
PRÁTICA ANTITREVAS
115
PRÁTICA ANTITREVAS
116
PRÁTICA ANTITREVAS
117
PRÁTICA ANTITREVAS
118
Runas Antigas
CONJURADORA
Alma Damas
RUNAS ANTIGAS
121
RUNAS ANTIGAS
Runas Nórdicas
O presente de Odin
A s runas surgiram como inscrições alfabéticas em torno do ano 150, século II, pelas
mãos dos antigos povos do norte da Europa. Na língua germânica, “runa” signi-
fica “segredos” ou “mistérios”. Esses povos, como os germânicos e os vikings, as esculpiam
em ossos, metais ou madeira e as utilizavam em jogos de adivinhação para escrever poemas e
até mesmo como amuletos de proteção. As runas eram o único alfabeto dos povos nórdicos – no
entanto, elas nunca evoluíram para algo como uma escrita ideogramática.
Diversos povos da Antiguidade consideravam as árvores como portais para outra dimensão,
elos entre o mundo visível e o não-visível. É o ser vivo que une a terra e o céu, indicando o
caminho dos deuses
A árvore podia ser considerada como o eixo do mundo – “axis mundi“ – pois em torno dela
a vida da comunidade encontrava sua identidade sagrada. Exprimia ainda o ideal de juventude, a
imortalidade, a sabedoria. Por exemplo:
A oliveira era considerada sagrada na Grécia, carregando em si atributos como paz, fecun-
didade, beleza e dignidade, enquanto o carvalho era cultuado pelos velhos bruxos druidas. Esses
sacerdotes, os sábios do povo celta, consideravam as raízes dessa árvore um portal sagrado para o
“outro mundo”, o reino das fadas.
122
RUNAS ANTIGAS
y ggd ras il
123
RUNAS ANTIGAS
Como usar as
Runas de Odin?
A lém do uso como alfabeto, guardando conteúdos em códigos, as runas nórdicas
podem ser utilizadas com fins adivinhatórios, ou seja, como um oráculo, todavia
existem outras aplicações. As runas são extremamente eficazes contra energias negativas, e
também, a depender da pedra escolhida, esse talismã pode atrair prosperidade.
Vamos ao jogo...
Jogo de Uma Runa
E ssa é a utilização mais simples do oráculo, e consiste na seleção de uma
única pedra de runa. Apesar de mostrar uma visão geral sobre determinada
questão, essa modalidade traz uma resposta clara para a situação
A RESPOSTA
EXPLICAÇÃO CONCLUSÃO
OBJETIVA
124
RUNAS ANTIGAS
PERSPECTIVA CURSO
GERAL DA DESAFIO DE AÇÃO
SITUAÇÃO REQUERIDO
SITUAÇÃO
SACRIFÍCIO DESENVOLVIDA
125
RUNAS ANTIGAS
POSIÇÃO NORMAL: Associada ao gado, que era o dinheiro dos antigos nórdicos, ela
sempre se relaciona com a matéria, dinheiro, prosperidade, enriquecimento mesmo nos as-
pectos não materiais, aumento dos senti mentos e amor, conclusão de projetos e recompensa
pelos esforços.
INVERTIDA: Significa pobreza material ou espiritual, problemas financeiros, encerra-
mento de projetos, frustração e instabilidade física e emocional.
RUNA: Ur (Uruz)
DEUS REGENTE: Tyr
SIGNIFICADO: Bisão
MENSAGEM: Passagem
REPRESENTAÇÃO: U
POSIÇÃO NORMAL: O bisão sempre foi um animal sagrado, relacionado aos testes
iniciáticos que traziam os meninos para a posição de guerreiros. Esta runa representa testes
(de força, de integridade, de coragem), responsabilidades e consciência, sucesso profissio-
nal, oportunidades que surgem em meio a dificuldades.
INVERTIDA: Gasto inútil de energia, estar imerso em batalhas perdidas, falta de
preparo para enfrentar uma situação, estar numa posição vulnerável.
126
RUNAS ANTIGAS
RUNA: Thurisaz(Thor)
DEUS REGENTE: Thor
SIGNIFICADO: Deus Thor
MENSAGEM: Vencer dificuldades
REPRESENTAÇÃO: TH
POSIÇÃO NORMAL: Representando a própria pessoa do deus Thor, traz para a mesa
do oráculo um protetor invencível, que proporciona o conhecimento prévio do perigo,
ajuda a transpor obstáculos e anuncia sorte em todos os assuntos, temperamento explosivo e
atitudes impensadas (que, se for mal administrada, pode levar a perdas posteriores).
INVERTIDA: Egoísmo, dificuldade de ouvir conselhos e aceitar ajuda, teimosia, dificul-
dade de enxergar os riscos da situação em que se encontra.
RUNA: Ansuz
DEUS REGENTE: Bragi
SIGNIFICADO: Boca
MENSAGEM: Aprendizado
REPRESENTAÇÃO: A
POSIÇÃO NORMAL: Representando uma boca, ela se refere à fala, comunicação, trans-
missão de conhecimentos, estudos, trabalho mental e administrativo bem sucedido, interme-
diários, advogados e parceiros. Anuncia sucesso em exames, entrevistas, teses e reuniões,
ampliação da cultura e conhecimentos técnicos.
INVERTIDA: Anuncia o mau uso da palavra e do conhecimento: fofocas, mentiras, falta
de comunicação, discussões, falsificação de documentos, provas falsas, perda de documentos,
fracasso em entrevistas e trabalhos mentais.
RUNA: Raidho
DEUS REGENTE: Nornes
SIGNIFICADO: Roda
MENSAGEM: Mudança
REPRESENTAÇÃO: R
POSIÇÃO NORMAL: Representando uma roda, num contínuo movimento, ele impri-
me a característica de movimento ao assunto em questão, mudanças, evolução, mudanças
de local ou cidade, estações do ano, situações que, embora possam melhorar, podem ser
transitórias, pois a roda sobe, mas depois tem que descer para iniciar uma nova volta.
INVERTIDA: Podem ser mudanças infrutíferas, ou para pior; falta tempo para fina-
lizar o ciclo de instabilidade em que o consultante está vivendo, pode faltar obje-
tividade, mas o tempo todo existe a consciência de que a sorte vai mudar
brevemente.
127
RUNAS ANTIGAS
POSIÇÃO NORMAL: Representa um nó que ata duas pessoas, união, sociedade, com-
panheirismo, partilha, relações amorosas, todas positivas e bem sucedidas. No entanto,
deve-se ter cuidado para ver se, na questão do consultante, existe algum assunto relativo
à dependência, pois esta runa indica coisas que as pessoas só conseguem fazer em parceria.
INVERTIDA: Não há posição invertida.
RUNA: Is (Isa)
DEUS REGENTE: Mimir
SIGNIFICADO: Gelo
MENSAGEM: Atraso, espera
REPRESENTAÇÃO: I
POSIÇÃO NORMAL: Representa a neve, o gelo. Esta é uma runa neutra, que indica
atrasos e congelamento de planos, limitações de espaço, local, casa ou imóvel; se o assunto
é um relacionamento, esta runa significa que a outra pessoa não está interessada ou engajada
nesta relação. Períodos de inatividade, dormência, atrasos temporários e retardamento de
planos podem ocorrer.
INVERTIDA: Não há posição invertida.
128
RUNAS ANTIGAS
RUNA: Algiz
DEUS REGENTE: Thor
SIGNIFICADO: Alce
MENSAGEM: Espiritualização
REPRESENTAÇÃO: Z
POSIÇÃO NORMAL: Em geral, anuncia proteção divina ou um protetor que nos apa-
rece; as coisas se resolvem sozinhas num fluxo de energia positivo que nos envolve, mas
não está sob nosso controle.
INVERTIDA: Nossa proteção se retirou; se fizemos escolhas erradas, é hora de pagar
o seu preço; se trilhamos caminhos tortos, é hora de se redimir e voltar ao caminho
reto. Indica uma situação em que se está em desvantagem, vulnerável, ou seé
obrigado a fazer sacrifícios.
129
RUNAS ANTIGAS
RUNA: Nauthiz
DEUS REGENTE: Hella
SIGNIFICADO: Necessidade
MENSAGEM: Pobreza
REPRESENTAÇÃO: N
RUNA: Perthro
DEUS REGENTE: Nornes
SIGNIFICADO: Revelação
MENSAGEM: Revelação
REPRESENTAÇÃO: P
130
RUNAS ANTIGAS
RUNA: Eihwaz
DEUS REGENTE: Sacrifício de Odin
SIGNIFICADO: Teixo
MENSAGEM: Reflexão, morte
REPRESENTAÇÃO: EI
POSIÇÃO NORMAL: Representa uma árvore, o teixo, sob a qual se alojavam os sábios
que iam lançar as runas, e cuja madeira era usada em rituais, armas, construções e objetos
artísticos. Esta runa tem o significado simbólico da reflexão, abnegação, sacrifícios por causas
importantes, ou o aparecimento de um sábio que irá nos instruir, orientar ou organizar
nosso trabalho para que os problemas sejam contornados. Toda vez que a pergunta envolve
questões espirituais, esta runa aparece, pois ela representa a sabedoria e a experiência.
INVERTIDA: Não há posição invertida.
RUNA: Sowilo
DEUS REGENTE: Baldur
SIGNIFICADO: Sol
MENSAGEM: Vitória completa
REPRESENTAÇÃO: S
POSIÇÃO NORMAL: Representa o Sol, doador de luz, calor e vida. Em geral, anuncia
vitória, fama, reconhecimento, recompensas, sorte e saúde. Tudo é motivo de alegria: amor,
dinheiro, amigos e festas; pode ser o final de um ciclo de problemas, a solução que traz
alívio.
INVERTIDA: Não há posição invertida.
RUNA: Tiwaz
DEUS REGENTE: Deus Tyr
SIGNIFICADO: Guerreiro
MENSAGEM: Coragem
REPRESENTAÇÃO: T
POSIÇÃO NORMAL: Em geral, aparece nos casos em que é necessário ter muita co-
ragem e ousadia para vencer problemas; em relacionamentos afetivos indica uma paixão
incontrolável e sensual, ou uma pessoa de caráter forte, personalidade que se impõe e
físico saudável.
INVERTIDA: Fraqueza física, ou de caráter; falta de empenho para resolver
problemas ou obter sucesso; personalidade auto indulgente.
131
RUNAS ANTIGAS
RUNA: Berkano
DEUS REGENTE: Frigg
SIGNIFICADO: Gestação
MENSAGEM: Fecundidade
REPRESENTAÇÃO: B
RUNA: Othala
DEUS REGENTE: Heimdall
SIGNIFICADO: Velho
MENSAGEM: Tradição, herança
REPRESENTAÇÃO: O
POSIÇÃO NORMAL: Representa o herói lendário Inguz, e traz para a leitura a neces-
sidade de atitudes heroicas, corajosas e de franca generosidade altruísta. Em geral, anuncia
o fechamento de ciclos de problemas e um recomeço bem sucedido, acerto de pendências
antigas, ou desaparecimento de pessoas que nos incomodaram durante muito tempo; a
conotação em termos de sentimento é de alívio.
INVERTIDA: Não há posição invertida.
132
RUNAS ANTIGAS
RUNA: Laguz
DEUS REGENTE: Sacerdotistas
SIGNIFICADO: Água
MENSAGEM: Intuição
REPRESENTAÇÃO: L
133
RUNAS ANTIGAS
POSIÇÃO NORMAL: Representa o dia, o nascer do sol, a chegada da luz depois das
longas noites de inverno. Sempre que aparece, revela uma mensagem de esperança, fé,
ajuda, a certeza de que o tempo cura tudo e que um dia sempre nasce depois do outro.
Otimismo e confiança, situações que caminham seguramente para a solução.
INVERTIDA: Não há posição invertida.
RUNA: Wird
DEUS REGENTE: Odin
SIGNIFICADO: Em branco
MENSAGEM: Precipitação do destino
POSIÇÃO NORMAL: Representa o nada, a runa ausente, sem símbolo, chamada a runa
do destino. Quando aparece, significa que o homem faz seu próprio destino, tem em suas
mãos o poder de decidir e agir, mas é sempre uma escolha delicada, uma situação de risco.
Em geral, quer dizer que as circunstâncias que afetam o projeto ainda estão em aberto, não
foram definidas. Pode-se relacioná-lo a situações cármicas, acontecimentos predestinados.
INVERTIDA: Não há posição invertida.
134
Trato das Criaturas Sereianas
CONJURADORA
Inaiê Sofie Walter
TRATO DAS CRIATURAS SEREIANAS
Se.re.ia
S er feminino, representado sob a forma de ave ou peixe,
com cabeça e/ou peito de mulher e, às vezes, empunhando
uma lira; sirena [Os primitivos navegadores diziam ter ela um canto
mavioso, com o qual atraía os marujos para o mar, onde pereciam
afogados.].
Dicionário do Bàdiu. Editora Uirapuru
137
TRATO DAS CRIATURAS SEREIANAS
Acontece que,
diferente da
conclusão da deusa, as sirenas
ganharam sim uma fatal sensua-
lidade feminina, e isso é algo que
persistiu e persiste até os dias de
hoje. Porém, diferente das
nereidas, essas criaturas
têm um ímpeto ofensi-
vo, e isso nem o poder de
Afrodite poderia mudar.
Ao perceber a mudança das sirenas, a deusa finalmente as libertou da ilha, e não demorou para
que encontrassem com o charmoso Tritão, filho de Poseidon, deus dos mares.
Ao contrário das sirenas, ainda que tivesse feição humana e cauda de peixe, o Tritão era um
pacífico mensageiro de seu pai, acalmando as águas do mar para que a carruagem de Poseidon
deslizasse com segurança. Para tal, ele fazia uso de búzios como instrumentos musicais, produzindo
uma música apaziguadora.
Tritão se reproduziu com muitas sirenas, dando origem a outras sirenas, machos e fêmeas.
Ainda que Tritão fosse nome próprio, acabou se tornando o nome da espécie masculina das sereias.
A partir de então, parte dessa espécie começou a deixar o mar Egeu, migrando para rios e
oceanos mundo afora, chegando, inclusive, ao Bàdiu.
Tritões continuam tendo o temperamento mais pacífico do que sereias. Ao que tudo indica, a
herança de Afrodite perdura nas sirenas, criaturas do gênero feminino, e toda essa sensualidade é
usada para seduzir suas vítimas.
Há centenas de anos as sereias são protetoras dos rios e mares do Bàdiu.
138
TRATO DAS CRIATURAS SEREIANAS
Criaturas Sereianas
Encontradas na fauna brasileira
Grau de Periculosidade
c Enfadonho
cc Domesticável
ccc Potencialmente perigoso
cccc Temerário
ccccc Indomável
139
TRATO DAS CRIATURAS SEREIANAS
Boto cor-de-rosa
Grau de Periculosidade: cc
Yacuruna
Grau de Periculosidade: ccccc
O Yacuruna é uma espécie de ser aquático humanoide que vive em rios e lagos da floresta
Amazônia, ao norte de Sarça.
São criaturas similares a seres humanos, porém apresentam
membranas nos pés, cabeça e mãos. Além disso, ostentam uma
grande nadadeira nas costa, o que lhes dá a aparência de peixe.
Esses seres moram em cidades submersas feitas de cris-
tal e usam conchas e escamas de peixe para se enfeitar.
Nos últimos anos pudemos acompanhar uma grande
migração para as águas tranquilas de Atroz, onde construí-
ram inúmeras cidades de cristal.
Yacurunas não atacam banhistas e navegadores, isto
é, a não ser que estejam com más intenções. Neste caso,
eles se mostram criaturas ferozes que rapidamente vão das
profundezas a superfície e levam suas vítimas para o fundo do
lago, deixando-as morrer afogadas.
140
TRATO DAS CRIATURAS SEREIANAS
Ipupiara
Grau de Periculosidade: ccccc
Tritão
Grau de Periculosidade: cc
141
TRATO DAS CRIATURAS SEREIANAS
Sereia
Grau de Periculosidade: DEPENDE DA ESPÉCIE
É impossível definir o local exato em que surgiram as sereias, mas estudos recentes
mostram que os primeiros relatos sobre tais criaturas apareceram na Grécia, e
depois da migração, na Assíria, isso há mais de 3 mil anos.
A partir de lá os registros de sua presença foram
feitos no litoral do Egito (Mar vermelho), Cartago, e
mais tarde no litoral de Portugal.
Estima-se que as sereias tenham buscado refúgio
em águas norte americanas há cerca de 700 anos,
quando a sociedade não-mágica passou a captu-
rá-las para exibi-las em público.
Milhares delas atravessaram o Atlântico pro-
curando por águas mais calmas e mornas, e
espalharam-se rapidamente por todo o litoral
brasileiro, o que inclui mares e rios.
Age por consciência
Comunidade
A s sereias vivem em pequenas comunidades, com cerca de 100 ou 200 indivíduos da
mesma espécie, o que nem sempre inclui os tritões. Suas vilas ainda são pouco conhecidas.
Isso se deve instabilidade no humor, o que afasta os pesquisadores. Todavia sabe-se que elas podem
construir abrigos de pedra no fundo de rios e mares, e que dividem suas funções em um modelo
similar as colmeia de abelhas. Trabalham como soldados, construtores e caçadores (conforme cada
habilidade).
142
TRATO DAS CRIATURAS SEREIANAS
C0NSIDERAÇÕES
Sereias pertencem a uma mesma espécie. Acontece que
cada individuo tem suas próprias características físicas
e psicológicas. Normalmente são arredias, mas sendo seres
únicos, cada uma se comporta de uma maneira, independente
do grupo.
É claro, que, assim como os seres humanos, elas tendem a
agir de acordo com o temperamento da comunidade em que
vivem, mas no geral, são traiçoeiras, sensuais e dissimuladas.
Usam de sedução para atrair suas vítimas e as levar para o
fundo dos águas, onde as deixam morrer por puro sadismo da
espécie.
Além disso, elas são as maiores protetoras de rios e mares,
sendo conhecidas como as representantes de Iara, a deusa do
panteão de Tupã, criada por Nhamandu para proteger rios e
mares.
Alimentação
A s sereias das águas brasileiras se alimentam
quase que exclusivamente de peixes ou frutas
que caem na água. Algumas algas e plantas também
podem ser ingeridas se apresentar a necessidade, mas
raramente fazem parte da dieta constante.
143
TRATO DAS CRIATURAS SEREIANAS
144
TRATO DAS CRIATURAS SEREIANAS
145
TRATO DAS CRIATURAS SEREIANAS
Arquipélago de Ilhota
A maior base oceânica do Bàdiu pertence a Dédalo, e está a mil quilômetros de
Parálio, o distrito brasileiro mais próximo.
Bem inóspito, um punhado de rochedos pontiagudos formam esse arquipélago no meio
do Atlântico, composto de dez pequenas ilhas e rico em diversidade marinha. Esse é o
pedaço do Bàdiu mais próximo da África, e é frequentemente chacoalhado pela fúria de
uma comunidade com mais de 3 mil sereias.
Menor do que dois campos de argobol, sem vegetação nem fonte de água doce, o espaço é
dividido entre pesquisadores, pássaros, caranguejos e sereianos.
A parte mais alta tem apenas 18 metros e a profundidade ao redor é de mais de 4 mil me-
tros. Essa é a única ilha oceânica no mundo formada pelo manto terrestre, uma das entranhas mais
profundas da terra.
São grandes os esforços para manter os juruás longe desse território depois da visita de um
pesquisador de nome Charles Darwin. Por décadas os não-mágicos se preocuparam com a região
e quiseram estudar seus “terremotos”, sem saber, claro, que se tratava apenas da fúria das sereias.
Tendo várias embarcações juruás naufragado na região, sempre foi difícil manter essa área
longe de seu interesse. Isso complicou ainda mais em 2009, quando esses rochedos viraram notícia
internacional depois da pane de um artefato juruá de voo, que acabou caindo na região.
Nos últimos cinquenta anos o arquipélago está sob a proteção do programa “Ilha sirena”, em
responsabilidade do Liceu de Ases. Semanalmente são enviados formandos e pesquisadores da
instituição.
146
Anotações
__________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_____________ ____________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
__________________________________________________
_____________________________________________
________________________
147
CONTEÚDO
APROVADO POR