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Tambor Xamânico

Tatiana Farnocchia
Tambor Xamânico
Desperte o tamboreiro que há em você
© 2019 por Tatiana Farnocchia
Revisão
Adriane Carrara
Capa
Marcio Benevides
Diagramação
Marcio Benevides
Editora
Tatiana Farnocchia
1º edição - Junho - 2019

Impressão e acabamento Masa Artes Gráficas


+55 11 3934-1777
Todos os direitos reservados para:
Editora: Tatiana Farnocchia
Rua João Batista Pereira Pinto 15 ap 09 - Bairro Candelaria 13310-245 - Itú - SP - Cel.: (15) 99777-4797
thaty-art@live.com

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP,


Brasil)
Farnocchia, Tatiana
Tambor Xamânico - Desperte o tamboreiro que há em você / Tatiana Farnocchia São Paulo: Kenda, 2019

ISBN 978-65-900670-0-5
Prefixo Editorial: 900670
Tipo de Suporte: Papel
Agradecimento
Agradeço a todos os meus ancestrais, aos meus mentores espirituais, aos meus pais amados que
me ajudaram a ser quem sou, ao meu filho, minha maior obra, aos meus diversos amigos que
passaram ou ainda estão presentes em minha vida, fazendo parte dessa história de superação.

Em especial, agradeço a três pessoas que por amor incondicional, a cada dia estão dispostos a me
ajudar, amigos queridos e eternos.

Loyd Antônio dos Santos Vanderlei Soares


Sumário
Prefácio 11
Introdução 17
História dos Tambores 21
Xamanismo e o Tambor 23
Frequência e Vibração 27
Arquétipos 30
Lendas Xamânicas 34
Modelos de Tambores 45
Vivência 56
Roda de Tambores 58
Tambor x Terapia 59
Sistema Energético Humano 61
Os Chakras e suas Funções 63
Kundalini 66
O Mundo dos Cristais 68
Pêndulo 72
Cristais Aliados aos Tambores 74
Resgate da Alma 84 Cartas 88
01 - Tamboreiro Ancestral 90
02 - Cherokee 91
03 - Lakota 92
04 - Pueblo 93
05 - Oceânico 94
06 - Pow Wow 95
07 - Elemento Ar - Fluidez 96
08 - Elemento Terra - Enraizamento 97
09 - Elemento Fogo 98
10 - Elemento Água 99
11 - Inverno - Introspecção 100
12 - Primavera - Renascimento 101
13 - Verão - Alegria 102
14 - Outono - Morte 103
15 - Norte 104
16 - Sul 105
17 - Leste 106
18 - Oeste 107
19 - Guerreiro 108 20 - Curador 109
21 - Visionário 110
22 - Mestre 111
23 - Ancestral - Sabedoria 112
24 - Criança - Inocência 113
25 - Masculino Sagrado 114
26 - Feminino Sagrado 115
27 - Árvore Cósmica 116
28 - Espírito Animal Guardião 117
29 - Mentor 118
30 - Pachamama 119
31 - Espaço Sagrado 120
32 - Resgate da Alma - Fragmento 121
33 - Direção - Caminho 122
34 - Básico (Muladhara) 123
35 - Sacro (Svadhistana) 124
36 - Plexo Solar (Manipura) 125
37 - Cardíaco (Anahata) 126
38 - Laríngeo (Vishuddha) 127
39 - Frontal (Ajna) 128 40 - Coronário (Sahasrara) 129
41 - A Roda de Cura 130
42 - Misão, Visão e Propósito 132
Mísica - Força do Tambor 135
Bibliografia 143
PREFÁCIO

Lembro do dia em que conheci a querida Tatiana Farnocchia em um retiro de carnaval em 2017,
em uma linda Jornada Xamânica consagrando o chá da Ayahuasca. Eram aproximadamente
umas 3 horas da manhã, estávamos todos na “força” da planta, processos profundos se abrindo
na minha mente, rasgando o meu peito, curando o meu coração, meu corpo e minha alma...

Em um momento de puro êxtase, todos que estavam lá começaram a se levantar e a dançar ao


som dos tambores e das maracás da “Thaty do Tambor Xamânico” – assim a conheci! A cada
toque do tambor que a Thaty vibrava, reverberada no meu coração, curando e limpando as
feridas do meu passado. O espírito do tambor se uniu com o espírito da Ayahuasca e como uma
dança cósmica, toda a egrégora entrou em sintonia e frequência energética que nos levou a um
nível altíssimo de transcendência.

Neste momento, já não havia mais o domínio do Ego, não havia controle mental, não havia mais
medo. O único verbo que pairava no ar, era o verbo AMAR. O amor incondicional do Grande
Espírito, dos Animais de Poder que se manifestavam no local e do espírito sagrado do Tambor
que nos levou a espaços nunca antes vivenciados fisicamente. Estávamos todos reunidos em um
plano astral de cura e resgate da nossa verdadeira essência.

Esta foi a minha segunda experiência em uma Jornada Xamânica, e a partir deste dia, a minha
vida com o Xamanismo foi crescendo dia-a-dia. Busquei alguns cursos, algumas experiências,
até uma iniciação espiritual no Xamanismo Andino com um Xamã nativo de Machu Picchu em
2018. Neste mesmo ano, iniciei um Curso de Formação em Psicologia Transpessoal, onde volto
a encontrar a querida Thaty do Tambor na mesma turma que a minha. Uma grata surpresa! Uma
grande sincronicidade do Universo.

Neste curso, trabalhamos juntos várias noites conduzindo jornadas xamânicas com os alunos da
turma. Assim, desenvolvemos uma linda parceria, onde a Thaty é responsável hoje pelas
Jornadas e Oficinas de Tambores Xamânicos que acontece na MEDA – Minha Escola de
Autoconhecimento na montanha mágica de Serra Negra. Dezenas e dezenas de tambores
xamânicos nasceram aqui no nosso espaço sob comando da Thaty. Continuamos trabalhando
juntos até que nos unimos para uma experiência única no nosso TCC do Curso de Psicologia
Transpessoal: unimos o conhecimento da Mandala Sagrada do Eneagrama ao Xamanismo,
trazendo os arquétipos dos tambores e o caminho vermelho para dentro da mandala do
Eneagrama, foi mais uma experiência surreal.

Quando achei que já tínhamos realizado trabalhos incríveis juntos, a Thaty me convida para
escrever o prefácio desta obra prima no mundo do Xamanismo. Confesso que fiquei muito
emocionado ao poder colaborar com esta grandiosidade especial do legado da Thaty Farnocchia.
Você tem agora em mãos, uma obra que foi criada com muito amor, muito carinho, muitos
desafios, suor e suor em cima da construção de tambores, com o objetivo de deixar um legado
para aqueles que desejam estudar os Tambores Xamânicos e o seu efeito terapêutico. Como
Terapeuta, eu afirmo que, a medicina dos tambores é uma grande proposta de mergulhar em
espaços não acessados no Mundo Profundo, e assim podermos olhar para as nossas sombras,
medos e traumas, nos permitindo vivenciar processos de cura necessários para a nossa conexão
com o Grande Espírito.

Thaty inicia esta obra nos trazendo a história e a origem do Tambor Xamânico de uma forma
simples, profunda e direta. Ela traz uma relação dos tambores com os grandes rituais xamânicos,
fazendo com que a gente possa entender, que não estamos falando de um simples instrumento de
percussão, mas sim da possibilidade de abrir campos energéticos nos nossos corpos, físico,
mental, emocional e astral para que a frequência vibratória energética dos tambores possam atuar
diretamente nossos chakras, ativando-os e curando-os.

Acredito, que a grande contribuição da Thaty nesta obra, foi nos presentear com a integração dos
4 Arquétipos do Caminho Vermelho com o seu respectivo tambor. Saber que o grande tambor
Cherokee está ligado a energia do Guerreiro, nos coloca na posição norte, na ação, no foco, no
rumo, na mudança de comportamentos necessários para a nossa vida prática. Quando entendi que
o tambor Lakota está ligado a energia do Feminino Sagrado, no arquétipo do Curador, percebo o
quanto o som sagrado deste tambor nos conecta diretamente a Mãe Terra, a nossa ancestralidade,
a criança do sul e abre e cura as feridas do nosso coração.

Sempre me achei um Visionário em meus trabalhos como treinador, em meus processos com
meus animais de Poder: Condor Andino e Águia NorteAmericana. Quando deixei nascer meu
primeiro tambor com a Thaty, logo fui tocado pelo Tambor Pueblo. Ao perceber que ele está
conectado a energia do arquétipo do Visionário, senti uma profunda conexão com esta medicina
sagrada. Cada vez que toco o meu tambor Pueblo, ou melhor, toda vez que Ele me toca, viajo
além da Grande Dimensão das Estrelas, ao Grande Avô Sol... esperando o dia em que o Condor
Andino e a Grande Águia Dourada do Norte possam voar juntas e assim trazer a harmonia para o
nosso plano.

Foi lindo ter meu filho Gabriel de 14 anos na nossa Jornada de Tambores aqui em Serra Negra e
vê-lo construir o seu Tambor Cherokee, buscando despertar o Guerreiro que há dentro dele. Foi
lindo também, ver minha pequena Isabella de 7 anos, construir o seu “lakotinha” e se conectar
com o arquétipo de uma curadora-mirim. E por fim, a minha linda Josi Meda, na construção de
seu Tambor Oceânico, que a Thaty nos ensina que está conectado a energia do arquétipo do
Mestre, que todos nós devemos buscar desenvolver dentro de nós de uma forma fluida como o
elemento água.

Peço a você que leia as Lendas Xamânicas que a Thaty traz nesta obra e que você medite sob a
conexão destas lendas com a sua ancestralidade sagrada. Tudo o que você precisa saber sobre os
modelos dos tambores, sobre o funcionamento de uma oficina de tambor, uma vivência e uma
roda de tambor a Thaty traz de uma forma brilhante aqui nesta obra.

Você vai ainda conhecer um pouco sobre a nossa anatomia energética sutil, estudando os
chakras, seus cristais e a conexão com a transcendência através da energia Kundalini. Vai
perceber, que os tambores conversam diretamente com nossos chakras e eles tem papel
fundamental no despertar da energia Kundalini.

Por fim, deixo aqui uma grande dica: use as cartas do Tarô Xamânico que a Thaty humildemente
canalizou com a parceria de Adriane Carrara e Ane Alves. As cartas estão lindas, são mágicas.
Sua magia vai além de trabalhos terapêuticos conscientes, eu diria que estas cartas terão um
profundo papel no seu inconsciente em busca do seu autoconhecimento e seu desenvolvimento.

Use as cartinhas sem moderação! Isso mesmo. Pra você terapeuta, elas serão uma grande
ferramenta para abertura e conduções de processos de cura. Para você que busca os estudos e o
autodesenvolvimento no mundo do Xamanismo, deve utilizá-las para entender a sua jornada de
alma.

Divirta-se nesta deliciosa obra que a Thaty do Tambor nos presentou. Agradeço a Deus, ao
Grande Espírito, aos meus Animais de Poder, ao Espírito do meu Tambor Pueblo e a você Thaty
por colaborar com o meu desenvolvimento e o meu despertar no Xamanismo.

Ahow,
Marco Meda
INTRODUÇÃO

Há alguns anos, passando por um momento de muita transformação em minha vida, entendi que
era hora de mudar e que minha passagem neste mundo não era tão simples.

A cada dia, sentia o peso da responsabilidade de alinhar minha missão com meu propósito de
vida. Alguns anos foram bem longos, com várias superações de grandes perdas, outros de muita
coragem e entrega neste caminho espiritual.

O projeto deste livro nasce há alguns anos, quando através de um sentimento que fui tomada,
sentimento este de plenitude, de um profundo encontro e entrega com minha missão. Nesse
momento nasce o amor incondicional para com os tambores, onde eu brinco, porém, uma
brincadeira bem séria, que meu primeiro tambor nasceu em meu “colo”, depois de uma profunda
experiência com a “Madrecita” Ayahuasca.

No momento que estava tomada por esta energia maravilhosa, tive uma visão da árvore sagrada,
do meu animal e dos meus ancestrais. A partir disso, os tambores começaram e nunca mais
pararam.

Os materiais foram a cada dia sendo pesquisados e melhorados; não posso deixar de citar um
grande artesão, Vanderlei Soares, que me ajudou a tornar o “Tambor Xamânico”, em uma
referência, isso se deu por uma profunda entrega e aceitação de sua espiritualidade.

No decorrer dessa história, alguns grandes amigos passaram para “somar”, porém o tempo foi
mostrando a responsabilidade que eu teria com essa medicina fantástica, tendo a
responsabilidade de passar o conhecimento que muito me foi canalizado por outro “plano”, a
responsabilidade de honrar a Tamboreira Ancestral que há em mim cresce a cada dia, por isso, a
ideia de criar e fortalecer um Movimento dos “Tamboreiros Ancestrais” nasceu.

Chegamos em um momento onde há necessidade de ajudar Pachamama, com as vibrações


positivas de nosso Planeta.

Há mais ou menos dois anos comecei a escrever este livro, uma obra onde muito foi intuído,
porém devidamente pesquisado após dias, noites e horas a fio. A obra nos conta histórias,
importância, processos de cura que cada tambor pode nos trazer.

O livro nos conduz a uma grande jornada de entendimento sobre os tambores, passando por
diversos povos, culturas e significados de diversas simbologias e arquétipos dentro do
xamanismo, porém em especial com os tambores xamânicos.

Como já disse, muito dessa obra foi instruída por um plano maior, onde através de uma das
canalizações, recebi que este livro conteria cartas associativas pintadas na entrega da Pintura
Mediúnica, todas as cartas foram desenvolvidas de acordo com o conteúdo do livro, fazendo
forte ligação com o movimento dos Tamboreiros Ancestrais.

Não posso deixar de citar duas queridas amigas dessa vida e acredito que de tantas outras que me
ajudaram nos processos dessas pinturas, Adriane Carrara e Ane Alves, minha eterna gratidão
pela entrega.

Por fim, esta obra foi desenvolvida para nos conectarmos com nossos ancestrais e com a
natureza, para nos tornarmos agentes de mudança, para ajudarmos a nós mesmos e também as
outras pessoas.
Tambor Xamânico
HISTÓRIA DOS TAMBORES
O

s tambores surgiram desde as mais remotas eras da humanidade, num período onde o fogo foi
descoberto. Com a evolução do homem primitivo, ao caçar, começou a utilizar as peles dos
animais na fabricação de roupas e outros objetos.

Os primeiros tambores eram feitos de pedaços de troncos ocos e tocados com as mãos, galhos ou
ossos de animais. Ao esticarem a pele sobre o tronco, eles perceberam que o som produzido era
mais potente. Acreditava-se que este som, era o choro do animal morto, passaram então a
consagrar a morte de sua caça com gratidão, surgindo os primeiros princípios da manifestação
religiosa do homem e a origem dos tambores.

Pela forma simples de construção, tipos diferentes de tambores existem em praticamente todas as
civilizações conhecidas. A variedade de formatos, tamanhos e elementos decorativos dependem
dos materiais encontrados em cada região e dizem muito sobre a cultura que os produziu.

Os períodos de inverno eram longos, por isso, os homens permaneciam dentro das cavernas e
esse tempo era utilizado na preparação de utensílios e na realização de cerimônias religiosas,
danças e na comunicação entre povos tribais.

Ao realizar essas cerimônias ao toque do tambor, os homens primitivos perceberam que as


batidas do coração se uniam com as batidas do coração da Mãe Terra, criando um ritmo comum
que emanava da terra levando o grupo ao estado de “transe” (frenesi) de consciência alterada.

A música e a dança sempre foram determinantes na comunicação entre os homens com os


Deuses. Alguns historiadores e antropólogos destacam a ideia de que a maneira utilizada para se
chegar aos conhecimentos místicos nas religiões primitivas, eram provocados pelo toque do
tambor. Esse instrumento seria então o responsável pela comunicação entre o homem e as
Divindades – seres responsáveis pelo comando da Natureza em nosso Planeta.

O tambor também era tocado em volta da fogueira para contar as histórias das caçadas vitoriosas.
O uso do tambor produzia uma frequência energética elevada, por isso, também eram usadas em
curas, orações e viagens a outras dimensões.

O tambor é considerado a canoa ou cavalo dos xamãs, pois proporciona uma forma segura de
voltar ao corpo. É o mapa que nos guia a diversos estados de consciência, pois facilita a conexão
do nosso mundo interior. Está associado à direção sul, ao elemento terra, às criaturas de quatro
patas, ao Arquétipo do Curador e a qualidade da cura.

O tambor conecta o coração da pessoa que cultiva a jornada, formando uma conexão profunda na
energia e confiança onde a pessoa realiza jornadas bemsucedidas, pois o tambor proporciona
acesso aos padrões de força vital que existem dentro e fora de nós (SAMS,1990).

Os tambores são o início de tudo e representaram um papel muito importante, pois é utilizado
para enviar e receber mensagens espirituais e é essencial na preservação da tradição oral. Aquele
que toca o tambor é um orador e um comunicador de mensagens sagradas.

XAMANISMO E O TAMBOR
O xamanismo é uma das práticas espirituais e ancestrais mais arcaicas do mundo, originando-se
na idade primitiva, onde o homem começa a descobrir os mistérios da natureza e do mundo
espiritual. A partir desse momento, se conecta com seu sagrado e passa a se comunicar e a
interagir com essas energias sagradas.

É considerado um legado da humanidade e é universal, pois parte da ideia de que tudo está
conectado ao Espírito da Natureza e a todos os Seres. A espiritualidade xamânica, nasce com o
indivíduo por direito ancestral e quando este começa a descobrir o mundo invisível e se conecta
com intensidade com o sagrado, que tem como templo a natureza, que interage no seu cotidiano
onde essa natureza passa a ser respeitada como um todo.

De acordo com Samuel Souza de Paula (2014, p. 29)

As formas existentes na natureza eram então respeitadas como espíritos que formavam uma
única família, a família do Grande Espírito, do TODO QUE ESTÁ EM TUDO. do Grande
Mistério. Assim o Céu torna-se Pai que ensina o caminho das estrelas e das origens ancestrais. A
Terra torna-se mãe que ensina os caminhos das relações das integrações e da evolução na
matéria. O grande avô é o Sol que, com seu sorriso caloroso, ensina todos os dias a sabedoria dos
ciclos e do círculo da vida. Então, a avó Lua com sua serenidade, ensina a arte de sonhar os
mistérios que iluminam os caminhos pelas noites da vida. As árvores e vegetais tornam-se o
Povo em Pé; as Águas, o Povo das Águas; o Trovão, o Espírito do Trovão; as Pedras, o Povo de
Pedra e todos os Animais tornam-se os Irmãos mais jovens, cada um com sua medicina
particular!

Tudo possui energia vital, uma força, um espírito. Tudo se torna sagrado.

Antigamente nas práticas xamânicas, os humanos que tinham essa conexão com os espíritos e
com a natureza, eram chamados de Xamãs, que significa aquele que é inspirado pelo Espírito,
que está integrado, em conexão, atuando como Conselheiro, Curador e Guardião da Mãe Terra.

Portanto, Xamã é aquele que compartilha suas medicinas, seu poder pessoal, sua energia e seus
conhecimentos em benefício dos outros.
Atualmente, podemos observar as práticas xamânicas presentes em diversas crenças, em
trabalhos terapêuticos, no campo Neurolinguístico e Psíquico.

Ao estudar o xamanismo, cientistas o consideram um conjunto de técnicas de conhecimento,


revelado através dos seus ensinamentos, modificando a forma como o indivíduo enxerga a si
próprio e aos outros, alterando sua forma de agir no seu cotidiano.

O Neo-Xamanismo vem se expandindo mundialmente, compartilhando cada vez mais os


aprendizados remanescentes dos povos antigos, partilhando assim, suas ritualísticas para
aprimoramento do autoconhecimento e evolução do Espírito. Fora das tribos indígenas, as
pessoas que utilizam essas técnicas e participam dos rituais, são chamadas de Neoxamãs.
Utilizam instrumentos como tambor ou chocalho nas vivências para alcançar visões em mundos
paralelos. A diferença básica, é que elas vivem em cidades e utilizam o conhecimento tribal.

Traz como caminho, a expansão da consciência, o reconhecimento dos próprios dons e do


desenvolvimento do poder que cada um de nós possuímos, por isso, reconhece o que há de
sagrado na natureza e a prática do amor Universal, buscando em mundos paralelos, através da
expansão da consciência, obter o conhecimento para equilíbrio e harmonia dos quatro elementos,
a terra ligada ao campo físico, a água relacionado a alma e as nossas emoções, o ar ligado ao
campo mental e das ideias e por fim, o fogo relacionado a consciência. A interação destes
elementos, proporciona o equilíbrio a nossa jornada, onde obtemos conhecimento, poder, paz,
saúde e bem-estar.

O xamanismo através de suas práticas, nos permite sentir, vivenciar grandes experiências que
pulsam no corpo e na alma permitindo a reconexão com a nossa essência, dando as ferramentas
necessárias para viver e ser feliz, buscando alívio para problemas físicos e emocionais.

Existem várias práticas utilizadas nos rituais como uso de objetos de poder, totem animal, resgate
da alma, alinhamento dos chakras, rodas de cura e as jornadas onde acontecem as viagens a
outros mundos e as visões.

Uma das práticas mais importantes que consideramos, é o uso do tambor, instrumento de poder
que é a essência dos sons e da vida, que sustenta as vibrações e desperta nossa Ancestralidade,
ancorando as forças dos Espíritos.

O tambor é o coração da Mãe Terra, é um instrumento vivo, sagrado e mágico que celebra a
força da alma, é a canoa que ancora a viagem do Xamã a mundos paralelos, abrindo campos para
o resgate da alma, para curas e acessos a estados profundos de consciência.

Em um ritmo de cento e cinquenta a duzentas batidas por minuto, possibilita o estado de


consciência alterado. O tambor traz a verdade, proporciona o surgimento de parcerias espirituais,
os animais de poder e os mestres de cura.

O tambor é um amigo espiritual, que abre as portas para uma realidade incomum. Aquele que se
torna tamboreiro por direito ancestral, traz consigo o poder de transformação de si próprio e do
Universo.

Segundo Paula (2014, p.163) “Quando eu escuto meu coração, estou na realidade escutando as
vibrações do tambor que vibram no meu corpo. Como dizem os sábios: Não sou eu quem toca o
tambor, é ele que me toca”.

O tambor é um divisor de águas na vida de um tamboreiro, é um instrumento de poder, um


aliado, que promove o equilíbrio, a cura, traz autoconhecimento e empoderamento do Ser. É um
amigo que nos ajuda diariamente na jornada do cotidiano e no estilo de vida.

Em seu livro Caminho Quadruplo, Arrien traz resultados de suas pesquisas feitas com a
tecnologia do laboratório de biofeedback da Mind Center Corporation, onde os resultados
confirmam a teoria de que a utilização dos tambores pelos xamãs em rituais e cerimônias tem
efeitos neurofisiológicos específicos e é capaz de fazer surgir mudanças temporárias nas ondas
cerebrais, alterando o estado de consciência, obedecendo aproximadamente um padrão de 4 a 4
½ batidas por segundo chegando a frequência Teta permanecendo por no mínimo 15 minutos
(ARRIEN, 1997).

FREQUÊNCIA E VIBRAÇÃO
A partir da perspectiva da Criação, frequência e vibração tem suas diferenças.

A frequência, é um módulo alternante de ondas escalares que se movimentam de forma


consciente através da unidade do tempo, onde a consciência se manifesta.

Já a vibração é oscilante, alternante, movimento periódico de um corpo rígido ou elástico do


estado de equilíbrio; são movimentos que se repetem.

A combinação de vibração e oscilação determina a taxa de frequência vibracional, criando


padrões de energia que são processados pela nossa consciência e nosso DNA para criar a nossa
realidade externa.

Por isso, o fato de ligar e desligar o padrão de energia, nada mais é do que um potencial infinito
de poder surpreendente da inteligência do Universo.

A frequência de onda e o corpo energético são únicos, cada pessoa emite a vibração de
identificação para o Universo. Para manipular essas energias, é importante que entenda o que é
frequência e vibração e saiba conduzi-las, sejam aquelas que se gera, quanto as que se recebe.

Nosso corpo possui vários vórtices de energias, mais conhecidos como chakras, que vibram de
acordo com os padrões vibratórios gerados pela pessoa que, quando estão em desiquilíbrio, não
geram a frequência necessária para seu bem-estar.

O cérebro é um órgão eletroquímico, sua eletricidade é medida através de ondas cerebrais que
podem variar de velocidade, das mais lentas até as mais rápidas, destacando a importância da
percepção em que as ondas cerebrais mais rápidas correspondem a frequência mais baixa e as
ondas cerebrais mais lentas correlacionam-se a frequência mais alta, ou seja a de expansão de
consciência (Peirce, 2011).

Neste contexto, em nosso cotidiano, o nosso cérebro percorre por quatro ondas cerebrais;

A onda Beta (13-40 Hz), é a frequência do nosso dia a dia, aquela que acessamos quando
estamos realizando atividades de nossa rotina como por exemplo, trabalhar, ler, estudar ou
quando sentimos medo, raiva ou fome.

A onda Alfa (8-13 Hz), é a frequência quando estamos em um estado de relaxamento e de


tranquilidade leve, como os de meditação, reflexão, contato com a natureza e processos
artísticos.

A onda Delta (1/2-4 Hz), é a frequência em que o cérebro acessa quando estamos num estágio de
sono profundo, de sonambulismo, coma, transe profundo e processos de auto cura.

A onda Teta (4-8 Hz), é a frequência associada ao estágio de sonolência, aos sonhos, a estados de
meditação profunda, de estados místicos e de percepção intuitiva. É neste estágio que o
consciente e o subconsciente estão emparelhados, as ideias e visões fluem livremente e perdemos
a noção do tempo.

É nesta frequência que alcançamos profunda conexão espiritual e realizamos viagens a mundos
paralelos. Portanto, a energia e a consciência têm alma própria, onde as ondas cerebrais estão
ligadas a diversos níveis de percepção, assim, à medida que praticamos a meditação, as ondas
cerebrais desaceleram e alcançamos a compreensão do nosso Eu verdadeiro e consequentemente,
ficamos perceptivos, trazendo-nos a expansão da consciência da nossa alma.

É importante ressaltar que o indivíduo que tem por prática entrar na frequência Teta, desenvolve
diversas potências, onde é possível sentir qual frequência está, sentir a frequência de um
ambiente, ou mesmo das pessoas que estão ao seu redor, podendo manipular tais energias,
mudando de uma frequência para outra através do seu ritmo interno.

Penny Peirce explica que a medida que encontramos a compreensão do nosso verdadeiro Eu, o
Ego começa a morrer e é substituído pela percepção da alma, sentindo unidade dentro de si e
com todos os outros seres vivos, tornando esse processo consciente, com uma percepção muito
mais expansiva. (Peirce 2011).

Para observarmos nosso ritmo interno é preciso viajar pelas próprias frequências.

Os chakras ou centros de energia são os portais que nos conduzem aos Estados de Expansão de
Consciência, é na meditação que esses portais se abrem e observarmos nosso ritmo interno.

Por isso, convidamos você a sentir esta experiência, e isso fará você viajar pelas vibrações do seu
corpo.
Vivência Vibracional:

Sente-se em uma posição confortável, de preferência deixando a palma de suas mãos sobre suas
coxas, dirija sua atenção para a coluna, certificando que sua cabeça esteja reta e passe para uma
respiração profunda. Perceba o ar entrando e saindo e o ciclo de sua respiração, acompanhe este
trajeto e deixe que o ar entre pelas suas narinas e saia pela sua boca lentamente.

Emita um comando a seu cérebro para que se concentre inteiramente no momento presente,
adentre em seu corpo e passe para uma respiração regular.

Visualize, perceba e sinta a atividade de seu corpo, enquanto tudo funciona e te mantém vivo.
Reverencie seu estado de presença, neste momento, deixe que o movimento da onda, fique
fluido, sem que ocorra qualquer esforço.

Observe agora seu ritmo interno, o bater do seu coração e a vibração em diversos locais de seu
corpo, conecte-se com o pulsar, sentindo seu coração bombear e liberar o sangue, essa vibração é
ainda mais rápida do que a da respiração.

Averigue seu corpo, observando todo o seu formigamento e o zumbido elétrico dos seus nervos,
esta vibração é ainda mais rápida do que a sua pulsação cardíaca.

Aprofunde seus pensamentos e concentre-se na vibração das células, deixe se levar até as
moléculas que compõem seu corpo, permita-se chegar a um átomo e sinta o poder, a
impressionante força vital que o mesmo a contém.

E finalmente, chegamos em uma vibração de alta frequência. E neste momento, te convido a


adentrar na menor partícula do átomo e ir descendo aprofundando ainda mais, percebendo o
mistério, transformando-se em uma grande e perfeita onda de energia e consciência, tornando-se
livre de tempo e espaço, integrando tudo com o Todo.

Observe que neste momento você flutua e se espalha por toda parte, sendo tudo possível e
cognoscível e tudo o que você deve fazer é “SER”, e a medida que “FOR” você volta para a
realidade com uma nova partícula no tempo e espaço, trazendo uma nova energia que precisa
para o momento de sua vida.

E já conectado com seu corpo, entendendo o poder de sua vibração, percebendo a


responsabilidade de manter uma vibração elevada, traga consciência e comece a viajar em
sentido contrário, voltando, passando pelas menores partículas, átomos, moléculas, células,
nervos, coração, respiração e momento presente. Volte com uma nova e grande força vital e uma
nova visão do seu corpo, conectado com um novo propósito para o mesmo.

ARQUÉTIPOS

Os arquétipos têm origem do Grego e seu significado é princípio ou modelo de algo antigo.
Portanto, é um conceito muito utilizado em diversos campos de estudo, como por exemplo, a
Filosofia.

Os arquétipos são conjuntos de imagens fundamentais do nosso imaginário que trazem sentido a
histórias antigas, passadas entre as gerações e que representam o conhecimento no inconsciente,
designando ideias e modelos que os fenômenos psíquicos tendem a se moldar. (JUNG, 2000).

Os tambores estão intrinsecamente ligados a quatro arquétipos que consideramos de extrema


importância no que se refere a base e instrumento do autoconhecimento nas tradições xamânicas,
integrados à vida moderna e nossa essência interior.

Elaborados pela antropóloga e escritora Angeles Arrien, cujo o nome é um dos mais respeitados
no que se refere a estudos sobre as culturas indígenas, o mundo em que vivemos é definido pelos
poderes das quatro direções, ligados ao nosso campo emocional, físico, mental e espiritual,
proporcionando ferramentas que nos conduzem ao encontro de nossa verdadeira natureza,
ensinando-nos a agir com todo nosso potencial, onde cada indivíduo assume e percorre os
arquétipos (ARRIEN, 1997).

O Arquétipo do Guerreiro está ligado ao tambor Cherokee, o Curador está ligado ao tambor
Lakota, o Visionário está ligado ao tambor Pueblo e o Mestre está ligado ao tambor Oceânico,
falando diretamente à alma através do momento de vida que se encontra, nos conduzindo a uma
jornada pessoal que proporciona novos conhecimentos sobre a nossa verdadeira natureza.

Esta junção dos tambores e seus arquétipos, são práticas antigas de sabedorias e rituais, que ao
pô-las em prática, trazem mudanças significativas em nossa existência, amenizando o processo
de alienação e de doenças trazidas pela sociedade atual, resgatando assim, a sabedoria ancestral
com consciência de que todos estamos ligados uns aos outros, onde é possível viver em harmonia
e equilíbrio com a natureza interior, a sociedade e o meio ambiente.

Segundo Starhawk (1982) citada por Arrien (1997, p. 22) em sua obra, para que nos tornemos
senhores de nossa mudança, é preciso entender que a energia dirigida provoca mudanças
significativas, por isso, devemos reconhecer que nossas escolhas trazem consequências
inevitáveis nos resultados, nos chamando a responsabilidade por aquilo que praticamos, e
portanto, adquirimos conhecimento e consciência.

Quando interiorizamos verdadeiramente esses arquétipos e os colocamos em prática,


potencializados pelos tambores, aprendemos a viver e a recuperar nossa essência, o EU
verdadeiro, unificando então, nosso Universo fragmentado.

Os princípios citados a seguir, estabelecem as características universais de todos os arquétipos


que ao compreende-los, passamos a acessá-los independentemente do contexto em que se vive,
de sua cultura ou práticas tornando acessíveis a toda humanidade.

De acordo com Angeles Arrien (1997, p. 23)

1. Mostrar-se ou optar por estar presente. O estar presente nos permite ter acesso aos recursos
humanos do poder, presença e comunicação. Este é o caminho do Guerreiro.

2. Prestar atenção ao que tem coração e significado. Prestar atenção abrindo para os recursos
humanos do amor, gratidão, respeito e valorização. Este é o caminho do Curador.

3. Dizer a verdade, sem culpar nem julgar. A verdade que não julga mantém nossa autenticidade
e desenvolve nossa visão e intuição interiores. Este é o caminho do Visionário.

4. Estar aberto para os resultados, não preso aos resultados. A abertura e o desapego nos ajudam
a recobrar os recursos humanos da sabedoria e da objetividade. Este é o caminho do Mestre.

A seguir analisaremos cada arquétipo, para que aliados à medicina dos tambores, possamos
entendê-los e praticá-los de forma consistente e satisfatória em nosso cotidiano.

Guerreiro/Cherokee

O Caminho do Guerreiro traz como princípio, a presença de um líder nato, protetor,


comunicativo, responsável, determinado e disciplinado, que demonstra honra e respeito por todos
os seus Ancestrais. Utiliza-se de palavras e ação, pois fala sobre sua vontade e cumpre aquilo que
falou, trazendo consciência de suas ações praticadas, tornando-se assim, confiável.

Traz consigo a direção norte e o elemento ar, forças que levam esse grande Guerreiro em grandes
viagens astrais, ultrapassando e visitando diversas dimensões. Tem como potencial, o uso do seu
corpo em sua totalidade, utilizando o mesmo como ferramenta através de uma grande dança em
sua sensibilidade e força. Traz grande introspeção em diversos momentos de sua vida, entrando
em sua caverna, passando por um grande inverno observando todo seu viver.

Três poderes universais: presença, comunicação e posicionamento. Curador/Lakota

O Curador é uma estrutura Universal. Seu princípio é prestar atenção ao que tem no coração e
seu significado, reconhecendo que o poder do amor é a energia mais poderosa de cura que
dispomos em nós. É aquele que estende os braços do amor através do reconhecimento, aceitação,
consideração, valor e gratidão. É a capacidade de defender nossa essência, dar valor e prestar
atenção àquilo que tem verdadeiro significado para nós. Traz cura e reciprocidade, que é a
capacidade de dar e receber.

Conectados com a direção sul, trabalhando amorosamente sua Criança Interna, busca não apagá-
la, mas sim acolher, ligadas completamente com o elemento terra buscando sua maior expressão
na criatividade do seu trabalho. Trabalha o corpo físico, a auto cura e assim que estabelecido,
pode se tornar curador através de grandes ensinamentos respeitando e integrando todas as
histórias de nossas gerações.

Quatro bálsamos de cura: contar histórias, cantar, dançar, e fazer silêncio.


Visionário/ Pueblo

O princípio do Visionário, é dizer a verdade sem acusações ou julgamentos, compartilhando seus


objetivos e agindo com seu “Eu” autêntico, fazendo uso da sinceridade, honrando a forma de ver,
a intuição, a percepção, o discernimento e a visão no que é mais sagrado.

Ser um Visionário, significa ter a incansável força interior que nos convida a ser quem somos, a
expressar a autenticidade totalmente ligado com a direção leste, onde a força do grande
Masculino Sagrado nasce. São homens fortes, que prezam grandes mudanças através de grandes
batalhas. Utilizam da força do fogo para transmutar e transcender, utilizam ainda, a sua voz
como canto de guerra para enfrentar e se posicionar em qualquer ocasião. Tem o verão como
fonte de calor que representa a fonte de vida Universal.

Três forças vitais: dinamismo, magnetismo e integração.


Mestre/Oceânico

O caminho do Mestre nos leva ao caminho da sabedoria, seu princípio é estar aberto aos
resultados e não ficar preso a eles, nos ensina a ter confiança e entende a necessidade do
desapego. Este, aprende como confiar e sentir-se a vontade diante das situações difíceis e
desconhecidas.

O Mestre aprende a observar e a silenciar, pedindo aos Espíritos Ancestrais a orientação


necessária através da meditação, muitas vezes, passa longos períodos em silêncio e isolamento,
que permite alcançar clareza e a percepção em suas experiências, alcançando a capacidade de
aceitarmos nossos atributos já desenvolvidos e os poucos desenvolvidos, encontrando o
equilíbrio necessário, através da flexibilidade, objetividade, discernimento e confiança.

Tem um grande nível de intuição e preza experenciar a profundidade das sensações. Está ligado
com a direção oeste, totalmente fortificado em seu Sagrado Feminino. Estabelece um profundo
contato com a estação outono, onde tudo morre para que possa renascer em seu esplendor da
grande essência divina. Trazendo um grande poder através da conexão do silêncio, fortificando e
utilizando o rezo como sua maior ferramenta de atuação.

Aspectos da sabedoria: silêncio, clareza, objetividade e discernimento.

LENDAS XAMÂNICAS: Povo Cherokee e a Lenda da Juventude Tambor Cherokee


Os Povos Cherokees originaram-se na América do Norte, de uma das tribos da nação
denominada Iroquois, localizados na região leste dos EUA, contudo, foram obrigados a
migrarem para o Planalto de Ozark, uma cordilheira posicionada entre os rios Missouri e
Arkansas.

Em sua história, há uma lenda conhecida como rito de passagem da juventude para a maturidade,
que de acordo com os Cherokees é a única forma do jovem se tornar um homem. Este jamais
poderá compartilhar sua experiência com os demais jovens, pois é importante que cada um venha
amadurecer a seu próprio modo.

Conta a lenda que no cair da tarde, o pai leva seu filho vendado até uma floresta, no alto de uma
montanha e o deixa sozinho. O filho deve permanecer lá sozinho bravamente por uma noite
inteira, com os olhos vendados, sentado, não podendo de forma alguma chamar por socorro, até
o raiar do próximo dia.

Durante a noite, o jovem poderá sentir medo devido aos possíveis barulhos oriundos de animais
selvagens, do vento soprando nas copas das árvores, não isento de ameaças, tais como, cobras e
insetos e ainda poderá sentir frio, fome e sede.

Tendo êxito em sua permanência e mantendo as recomendações, vencendo seus temores, a luz do
sol brilha e é retirada a venda de seus olhos, e logo o jovem homem descobre a presença de seu
pai, sentado bem próximo a ele, e que o mesmo permaneceu a noite inteira lá, o protegendo de
todo e qualquer perigo.

Quando nos dispomos a trilhar o caminho do autoconhecimento e despertar do mundo de ilusão,


temos que trabalhar nossa confiança. Podemos perceber na Lenda da Juventude que, o Povo
Cherokee divide conosco a sabedoria de passarmos por situações desafiadoras que proporcionam
crescimento emocional, físico, mental e espiritual.

O jovem para atingir a maturidade é colocado a prova, é instigado a aguçar seus sentidos,
enfrentar seus medos, seus receios, privações momentâneas, acalmando sua mente e coração,
voltando ao seu Eu interior.

Diante da adversidade da noite, frio, fome, sensações de perigo e medo do por vir, busca o
silenciar na esperança do sol que brilhará no amanhecer.

O Arquétipo do Guerreiro possui a capacidade de liderança, que é proteger, aventurar-se e


explorar novos caminhos. Um Guerreiro honra e respeita tudo e todos, não se prende a
julgamentos e valoriza as diferenças. É consciente em suas palavras e ações e preza por uma
comunicação clara e transparente. É disciplinado, busca seu o próprio ritmo, traz consigo um alto
nível de poder de presença.
Povo Lakota e a Lenda da Mulher e o Búfalo Branco

Tambor Lakota
O povo Lakota é uma tribo Nativa Americana, que vive cerca de 200.000 km² do que hoje
chama-se Dakota do Sul e seus entornos, é o mais ocidental dos grupos de Sioux.

De acordo com um dos grandes difusores desta lenda, Joseph Charing Horse, embaixador das
Nações Unidas do Povo Lakota Sioux, tem como objetivo unir grande parte dos povos indígenas.

Joseph conta que num período de muita fome, guerra e desentendimentos entre os povos, há
aproximadamente 2000 anos, dois jovens guerreiros Lakotas que andavam em seus cavalos
desnutridos, buscando o que caçar, vislumbraram uma mulher acompanhada por um Búfalo
Branco. Ela era fascinante, envolta em brumas de clarões de luz.

A mulher usava um belo vestido com bordados sagrados, uma pluma no cabelo e em suas mãos,
carregava consigo uma folha de sálvia. Tamanha era sua beleza, que despertou o desejo de um
dos jovens em possui-la e antes mesmo de toca-la sobreveio uma nuvem escura sobre ele, e com
raio de fogo, foi consumido instantaneamente.

O outro jovem guerreiro se ajoelhou tomado de muito medo, pensava que teria o mesmo fim,
mas a mulher acariciando seus cabelos, disse que era uma Wakan (mulher sábia, portadora de
magia), e que estava ali para ajudá-los.

Com grande expectativa o Povo Lakota preparou a melhor tenda, oferecendo o que de melhor
tinham: raiz, insetos, erva seca e água fresca.

A mulher Búfalo Branco ensinou o Povo Lakota a fumar cachimbo, ofertando tabaco de
salgueiro vermelho, ensinou as práticas espirituais, formas de reverenciar a natureza e orações
com as palavras certas, portanto, rememoraram ritos ancestrais que há muito haviam esquecido.

Convidou o povo a entoarem cânticos ancestrais, dirigidos às quatro direções do Universo,


reforçando sobre a importância de homens e mulheres se reunirem, praticando a cerimônia do
cachimbo da paz, honrando suas almas, seu grupo e sua ancestralidade.

Ao se despedir, a mulher Búfalo Branco disse que enquanto o povo guardasse estes
aprendizados, ela estaria com eles e os protegeriam.

Pouco antes de partir a mulher trouxe uma manada de búfalos pretos. A quantidade era tamanha
que as montanhas cobriram de escuridão e o solo tremia. Deste dia em diante os búfalos pretos
supriram o povo Lakota com sua carne, peles e ossos.

Antes de partir a mulher Búfalo Branco disse: Tosha Ake Wacinyanktin ktelo (sua tradução é,
“eu os verei novamente”). E até hoje, muitos Lakotas acreditam no retorno daquela presença
feminina, e que seu retorno purificará, trará harmonia, equilíbrio e espiritualidade a todos.

O Arquétipo do Curador nos remete a diferentes personalidades que acreditam que o poder do
amor é a forma mais poderosa de cura. O povo Lakota observa o seu coração com muita atenção
para ver o que há dentro dele. Estão sempre prontos a estenderem seus braços reverberando o
amor, o reconhecimento, a aceitação, a consideração, o valor e a gratidão.

Os Lakotas acreditam na cura, buscam sentir-se inteiros e mantêm vivas suas tradições, almejam
viver em plenitude, transcendendo de forma a experenciar o Divino. Confiam nas vibrações e
sensações causadas pelo amor. A saúde e o bem-estar são advindos do equilíbrio entre o
crescimento, o recebimento e o reconhecimento, esta reciprocidade é igualmente capaz de dar e
receber.

Assim, quando nos lembramos da Lenda da Mulher Búfalo Branco, vemos um povo que apesar
de suas dificuldades como, desentendimentos, guerras e privações, conseguiram através daquela
Wakan acharem o caminho de volta, a essência, o equilíbrio e o despertar do amor divino, que
transcende qualquer situação. Diz à lenda que ela fez com que o povo rememorasse as práticas e
ritos, dos quais fizeram que o povo se fortalecesse e pudesse expressar toda a gratidão e honra
aos seus ancestrais, sendo assim, se tornam instrumento e canais vivos do amor. Os búfalos que a
mulher deixou ali antes de ir, simboliza a abastança, trazendo a harmonia, o equilíbrio e
espiritualidade. O Curador está sempre atento ao seu coração e significado, respeita estas
condições, manifestando o amor consigo e com os outros, visando sempre manter-se saudável e
bem-disposto, mantendo o equilíbrio entre dar e receber, e reconhecer quando um dos polos está
pendendo para um lado. Sempre de braços abertos repletos de amor incondicional, envolto de
aceitação, consideração, valor e gratidão.
Povo Pueblo: Lenda Kokopelli e a Flor de Neve

A lenda do Kokopelli conta sobre um visitante que era um altivo Tolteca que chegou a Aztlán
vindo do coração do México. Aztlán foi o local onde originouse a poderosa Nação Asteca antes
que ela construísse sua capital no meio de um lago, numa ilha conhecida hoje em dia como
Cidade do México. A fronteira norte de Aztlán ficava ao sul do Colorado e cobria todo o vale do
Rio Grande no Novo México. A fronteira norte de Aztlán era povoada pelas pacíficas Nações
dos Pueblos.

Os Pueblos eram fazendeiros e habitavam as encostas das montanhas. Dependiam dos Seres-
Trovão e do Arco-Íris para alimentar as Três Irmãs (Milho, Abóbora e Feijão) que garantiam a
sua sobrevivência.

A música, suave e inspiradora, ecoava pela parede do desfiladeiro. A Mesa Verde estava repleta
de habitação no alto da encosta, as fogueiras brilhantes ardiam, e todo o povo olhava
maravilhado, observando Kokopelli transformar a música encantada de sua flauta de nariz numa
poção milagrosa, que alimentava os corações dos jovens e velhos.

Foi um ano muito seco na região de Mesa Verde quando Kokopelli, o grande xamã, apareceu
para falar ao povo. À distância, ele parecia ser corcunda, mas quando se aproximava era possível
perceber que, na verdade, tinha às costas uma grande sacola de talismãs, remédios e sementes
que trazia para comerciar. Em sua cabeça, um arranjo de plumas vermelhas dava a impressão de
que usava uma coroa de fogo e sua flauta reluzia ao Sol, o brilho era uma fonte de encantamento
tão grande quanto à música.

Ao terminar de tocar, ele embrulhou a flauta em um tecido, como se fosse uma criança, e a
consagrou ao povo que habita as Estrelas, proclamando que a melodia vinha das estrelas e
chamava o Pai Trovão para se unir à Mãe Terra. Dessa união nasceria uma Criança Mágica, que
um dia, viria a liderar seu povo e conduzi-lo de volta ao Céu. Isso porque – disse o xamã – tinha
havido um tempo, antes da Criação, em que todos os seres eram como centelhas pertencentes ao
Fogo Primordial, e que tinham vindo à Terra para semeá-la com pensamentos, ideias e ações.

Os Bastões de Fogo criaram um grande jogo de luzes antes que Trovão Retumbante quebrasse o
silêncio da noite. Além deste som só se ouvia a corrida dos pés metidos nas sandálias de fibra de
iúca subindo e descendo escadas em busca dos potes. Só uma jovem ficou parada, em pé, perto
da praça principal. Ela olhava para cima e observava, maravilhada, os relâmpagos que
iluminavam o céu noturno, enquanto os outros, a seu redor, não paravam de correr de um lado
para o outro. Kokopelli olhou seu rosto tão maravilhado, bonito e inocente e aproximou-se dela,
ainda segurando a flauta como se fosse uma criança. A jovem demonstrava tanta serenidade que
chamou a atenção de Kokopelli.

- Por que não foi buscar seus potes? - perguntou ele.


- Já estão lá em cima. - respondeu ela.
Kokopelli perguntou o seu nome, e ela respondeu:
- Chamam-me Flor da Neve do Clã de Inverno do Milho Branco.
- Por que é que seus potes já estão lá em cima, Flor de Neve? - perguntou ele.

- Porque sua flauta me chamou assim que você começou a subir o desfiladeiro e me revelou que
você traria a chuva. - respondeu ela.
Kokopelli ficou intrigado. Nisto, ela olhou para ele e sorriu. Kokopelli lhe sorriu de volta. Tinha
acabado de entender a sua mensagem.
- Então é você! - exclamou ele.

O Xamã do Clã da Águia começou a convocar o povo para uma oração de Graças. Neste mesmo
instante os primeiros seres do Povo da Chuva começaram a tocar os seios da Mãe Terra.
Kokopelli pegou Flor da Neve pela mão e conduziu-a suavemente até a fogueira. Todos os
olhares do povo observavam o casal, que se encaminhava para o centro da aldeia. Terminada a
oração, Kokopelli colocou sua flauta nos braços de Flor da Neve, como se fosse um bebê. Este
gesto significava que aquela mulher partilharia de sua música e de sua semente dali por diante.

A magia pairava no ar, e o filho desta união usaria a Magia do Corvo para ajudar o povo a
redescobrir o seu caminho de volta às estrelas. Segundo a lenda, os Pueblos vieram abrindo
caminho do mundo interior, logo após a Criação. Enquanto isso, os espíritos de seus Ancestrais
retornavam ao mundo interno até que soasse a hora de caminhar novamente pela Terra.
Kokopelli também revelou que todos se tornariam Vaga-lumes na Grande Nação do Céu, no dia
em que os sangues Tolteca e Pueblo se unissem em um só sangue.

Contam os Astecas que nove meses depois Flor da Neve deu à luz a um menino, que se tornou
um grande Visionário, líder espiritual do Clã da Águia. A sua Magia de Cura consistia em unir o
carinho de sua mãe ao poder de Fogo do seu pai. Aquele local, chamado de Mesa Verde, já está
abandonado há alguns séculos. Portanto, uma pergunta ficou pairando no ar: teria este povo
deixado a Mãe Terra para ir viver na Grande Nação das Estrelas? Se isto for verdade, a
fertilidade e a abundância de Kokopelli continuam brilhando até hoje em nosso mundo, durante
todas as noites do ano.

Um autêntico Visionário, diz a verdade despida de qualquer culpa ou julgamento, age a partir do
seu EU sincero, exprimindo o que vê interior e exteriormente, dando abertura ao seu espírito
criativo, não deixando adormecer os sonhos ou propósito de vida. Anda sempre alinhado entre as
escolhas das palavras apropriadas, o tom de voz e até mesmo a postura corporal.

Ao permear pelo Arquétipo do Visionário, adquirimos olhos e asas de águia, vemos o mundo por
um outro prisma, explorando ao máximo as quatro formas de ver: intuição, percepção,
discernimento e visão.

Quando o indivíduo está disposto a honrar as quatro formas de ver, sendo verdadeiro consigo e
com os outros, livres de padrões comportamentais de negação e indulgência, dando vasão ao
espírito criativo, sendo autêntico com seu sonhos e propósito de vida, apresenta-se aberto ao
novo, permite que a coisas sigam seu rumo, ponderando sobre as opções ou perspectivas não
consideradas num primeiro momento.
Lenda da Cachoeira Multnomah / Tambor Oceânico

No Estado de Oregon, (EUA) parte leste entre os municípios de Coubertt e Dodson, existe uma
cachoeira com duas quedas d’água. Seu nome é Cachoeira Multnomah. Esta possui vários
mistérios sobre sua formação, uma delas, é a Lenda deste Povo.

A Lenda conta que, há muito tempo, havia uma tribo com o nome Multnomah e seu chefe tinha
uma filha, uma linda princesa, a qual adorava. Atingindo certa idade, seu pai com todo carinho,
escolheu um noivo para ela, um guerreiro da Tribo Clatsop que a amava muito.

Chegado o dia do casamento, as tribos se reuniram para comemorarem o matrimônio, mas um


pouco antes de iniciar a festa, uma doença avassaladora começou a dizimar os homens das tribos.

Preocupados, os anciãos e chefes das tribos se reuniram, na busca de uma solução para esta
doença que se alastrava fatalmente sobre seus guerreiros. O mais velho dos curandeiros
rememorou algo que seu pai, no leito de morte, lhe contou. Chegaria um tempo em que os
guerreiros das tribos seriam mortos por uma doença assustadora e a única forma de dissipar este
mal seria que a filha de um chefe se apresentasse de boa vontade, dotada de coração puro e livre
de qualquer maldade, ofertaria sua vida em sacrifício pelos seus, assim, iria acima do grande rio
voluntariamente e pularia do penhasco.

O Conselho, por não ter certeza que esta predição estivesse certa, concordou que poderia ser
demais aceitar este sacrifício. Contudo, aquela doença se mantinha firme e forte a assolar aquele
povo, fazendo com que o jovem noivo também ficasse doente e sua noiva, a filha do Chefe,
soube naquele momento, que deveria cumprir aquela expiação.

Caindo a tarde, a noiva despediu-se do noivo moribundo e partiu para a grande viagem rumo ao
local narrado na lenda, um altíssimo penhasco, no grande rio. Chegando lá, a jovem noiva se
entregou ao Grande Espírito, pulou sem qualquer hesitação, rochas abaixo.

Amanheceu o dia e nas aldeias seus guerreiros milagrosamente estavam curados, sem qualquer
resquício do mal que os perturbava. O noivo, logo recobrando sua saúde, deu falta da jovem e
começou a procurá-la, porém não a encontrou. Logo deduziram que ela seguiu para cumprir a
profecia e foram às pressas para aquele penhasco. Ao chegarem, acharam seu corpo todo
arruinado da queda, seu pai com uma dor vinda do âmago da alma gritou para o Grande Espírito,
clamando que o sacrifício de sua filha fosse relembrado sempre.

Instantaneamente, manou água do alto do penhasco caindo rochas abaixo, nos pés dos presentes,
inundando seus entornos e transformando em um lindo lago.

O Arquétipo do Mestre nos ensina a estarmos totalmente abertos aos resultados e flexíveis.
Busca ensinar confiança através de sua sabedoria, pois conhece e entende a necessidade do
desapegar.

O Mestre não permite que as incertezas do caminho tirem sua fé e seus sonhos. Permanecem
confiantes no que está por vir, fazendo com que atinja uma sabedoria, clara, objetiva e
desapegada. É perceber o que nos faz perder o senso de humor, o que não nos permite seguir o
rumo, nisto está o apego.

Quando seu lado sombra está aflorado, as pessoas conduzem suas vidas cheias de justificativas,
de posicionamentos, julgamentos e a necessidade de controle. Vivem uma confusão de emoções,
não conseguindo filtrar o momento e local correto de como se portarem e por vezes, se
apresentam como grosseiros, inadequados e ignorantes no contexto, prendendo-se aos resultados
que ainda virão.
Na Lenda contada acima, percebemos uma jovem noiva, flexível, objetiva e confiante, que
mesmo sem saber o grau de veracidade da profecia contada pelo curandeiro, sobre o sacrifício,
em nome da cura daquilo que assolava seu povo, se entregou à morte.

De todo sacrifício nasce uma cura, de todo o esforço surge um aprendizado, trazido em um curto,
médio ou longo prazo. Achar o equilíbrio e a abertura dos resultados, seja qual for, sem que eles
não nos prendam, ou nos limitem, honrando assim sua herança, se tornando flexível e fluida
como a água, que ao transcorrer um percurso, se deparando com algum obstáculo, simplesmente
o contorna, munidos de sabedoria e discernimento, clareza e objetividade.

MODELOS DOS TAMBORES


Cherokee
Um povo com origem na América do Norte, denominados “Cherokees”, uma das tribos da nação
nativa chamada Iroquois. Antes do século XVI, localizavamse na região leste dos EUA, mas
acabaram sendo expulsos pelos brancos para o Planalto de Ozark, cordilheira localizada entre os
rios Missouri e Arkansas.

O povo Cherokee tem uma forte conexão com a espiritualidade, eles diziam que o Grande
Espírito lhes deu as suas terras, e na mesma, construíam também suas próprias casas utilizando o
“todo da natureza”, aproveitando cada provisão. Construíam também suas próprias lareiras de
calor, para se protegerem do frio do inverno rígido. O seu único meio de transporte era de
“canoa” que geralmente eram feitas de fósseis de madeira carbonizada, sendo um trabalho de
extrema entrega e disposição de energia, riscando (cavando) a madeira calcificada com uma
pedra afiada.
Os Cherokees plantavam, colhiam, faziam suas roupas com peles de animais, utilizando tudo o
que o Pai-Céu, a Avó Lua, o Avô Sol e a Mãe Terra ofereciam, e é nesse momento que nasce
tamanha conexão com sua espiritualidade.

Os homens Cherokees eram homens extremamente responsáveis em seus afazeres entre caçar,
plantar, preparar a terra, construir casas e canoas. Já as mulheres tinham suas grandes
responsabilidades também, tal como as dos homens, faziam suas próprias roupas, plantavam
sementes, colhiam as safras e participavam do conselho. As crianças e jovens deste povo também
tinham suas responsabilidades, integrando tudo em sua forma de viver.

Este povo com tamanha conexão, sempre utilizava os rituais como instrumento antes de qualquer
decisão e antes de suas grandes batalhas. Um povo enraizado e ligado com sua ancestralidade,
passando seus costumes de geração em geração, preservando a cada dia o seu legado passando
suas histórias e lendas.

Um povo de grande poder de magia, com grandes passagens históricas e espirituais, um lar de
raros Alces, animais de grande energia. Energia tamanha, que faz, com que o inimigo não possa
capturá-lo, pois tem o poder de disparar com um incrível vigor, o mesmo continua e sobe pelas
terras mais altas em ritmo acelerado, sua defesa é ir sempre mais longe e mais rápido do que
qualquer inimigo, utilizando ao máximo de energia de determinação.

Os Cherokees têm uma profunda integração com o corpo, um povo que utiliza a dança para
conexões espirituais, conectados profundamente com o elemento ar e seus ancestrais.

Estão sempre prontos para ajudar o próximo, porém necessitam de seus próprios rituais,
buscando sempre a introspecção e a conexão profunda com sua espiritualidade, trabalhando sua
força e energia, transformando em uma só coisa.
Lakota
O povo Lakota são das grandes Planícies da America do Norte, eles fazem parte de uma das
tribos Sioux.

A história deste povo nos conta que os chefes das tribos eram muito respeitosos, principalmente
com crianças e mulheres, e por sua vez as mulheres eram calmas, amorosas e pacientes.

Conta ainda, que para se tornar um chefe nesta tribo era preciso ter no mínimo 50 anos, dotados
também de extrema compaixão e fidelidade ao grupo, muitas vezes em sacrifício da própria
individualidade.

Para as mulheres tudo estava e sempre esteve conectado, sendo o Universo uma grande teia, que
o homem não teceu a trama da vida, ele é somente um fio dentro dela, e tudo o que fizer à teia
estará fazendo a si mesmo.
Os índios, sempre tiveram ricas histórias, tendo como filosofia de vida a simplicidade como bem
mais valioso. Podemos observar os aspectos, os fundamentos que designam nossas vidas, pois,
quando compreendermos profundamente a verdade dos nossos corações saberemos louvar, amar
e agradecer o Grande Espírito.

Reza a lenda Lakota que a mulher deve ser sábia, portadora de magia que restaura a união entre
todos os filhos da Mãe Terra, contribuindo com o equilíbrio da natureza.

O arquétipo desta figura feminina de grande poder, dá início em uma nova era, recordando
velhas tradições.

Traz como essência não a beleza física e sim a beleza interior, traz força, coragem,
empoderamento de si, traz também a leveza de entoar cânticos, melodias, versos e fazer a Terra
feliz.

A mulher é a mais bela expressão da divindade, tendo um potencial materno, de grande


sabedoria, potencializando em seu interior toda a sua força.

A mulher sábia, dentro do autoconhecimento, quando opta por trabalhar tudo que há dentro de si,
torna-se conectada com o elemento terra eliminando seus bloqueios, traumas, fobias,
condicionamentos, complexos, ilusões e passa a trilhar um caminho de cura dentro dos princípios
espirituais. E quando este ato de amor surge, esta mesma mulher ajuda na cura de toda a sua
ancestralidade.

Pueblo
Os índios Pueblos vivem no Nordeste do Arizona e Noroeste do novo México nos Estados
Unidos. Os espanhóis exploradores, deram-lhes o nome de “Pueblo”, que em espanhol significa
Cidade/Aldeia. Hoje o termo Pueblo é usado tanto para as pessoas como para suas Aldeias.

Reconhecidos por construírem suas casas sobre as rochas para poderem observar, avaliar e traçar
as metas necessárias para as batalhas, as casas dos índios Pueblos eram impressionantes, pois
eram grandes e tinham vários andares. Construídas de blocos de adobe (espécie de tijolo
artesanal feito de terra crua, água e palha) ou barro cozido ao sol, suas casas foram construídas
em posições defensivas e estratégicas para lutarem contra seus inimigos.

Os índios caçavam e colhiam plantas para se alimentar, se tornando agricultores de milho entre
outras coisas.
Os Pueblos são descendentes dos antigos povos “Anasazi”, algumas de suas aldeias já existem há
centenas de anos. Os homens Pueblos nos revelam uma extraordinária figura de chefes tribais,
chamados “homens de medicina”, guerreiros, caçadores, sobretudo homens de muita dignidade,
prontos para servir seu povo e ajudar em qualquer batalha. Eram homens nos quais possuíam
uma grande força vital, nobreza, segurança e confiança em si mesmo. Verdadeiros filhos da
Terra, alinhados com a força do fogo, com a capacidade de enxergar além, tendo uma visão
ilimitada podendo transmutar qualquer coisa como o fogo.

Para se tornar um masculino curado, é necessária muita coragem, é conseguir resgatar a essência
do feminino sagrado dentro de si, é mergulhar sem medo em suas próprias emoções vencendo
suas próprias batalhas internas.

E com a firmeza do guerreiro desperto, tal guerreiro pode utilizar toda a sua força para ajudar o
próximo em suas batalhas.

O homem desperto é ligado com a energia do sol, sendo a estação de maior luz solar e calor. É
nesse momento que o homem restaura sua força, tornandose o “verão” a estação para lhe abrir
novos campos de visão para que na primavera possa fazer grandes mudanças.

Para este homem se tornar guerreiro, o mesmo deve passar por todos os ciclos que representam o
ciclo da vida; nascimento, crescimento, envelhecimento e morte.

Oceânico
O tambor Oceânico não faz parte das tradições Nativas Americanas, tão pouco se faz presente
em uma determinada nação ou em um determinado ritual de alguma etnia.

Os tambores são velhos amigos ancestrais, e nossa ancestralidade é nossa via de identidade
histórica, e sem esta integração com nosso antepassado, não saberíamos quem somos.

Os tambores são utilizados para comunicação devido seu potencial de som, foram feitos na pré-
história com o intuito de cultuar seus Deuses e pelo remorso que o próprio homem tinha quando
matava um animal.

De acordo com cada cultura, cada povo ou cada etnia, após séculos se passarem, diversas
representações religiosas e ou espirituais foram surgindo, entendendo o homem como produto do
meio e principalmente, de acordo com os padrões socioeconômicos de cada um na época.
Todas essas expressões culturais, religiosas e espirituais foram crescendo e se modificando. De
acordo com as provisões de cada lugar, nossos amados tambores foram surgindo cada um em seu
momento, forma e formato.

Ao passar dos séculos, com tantas transformações, a qualidade dos materiais e formas foram
sendo estabelecidas, criadas para facilitar, modificar e melhorar nossos lindos tambores. O toque
do tambor está associado desde sempre com a comunicação espiritual e sonora. O seu toque nos
revela a arte de se comunicar, nos conectar com a Mãe Terra e com nosso “Eu” interior,
sintonizando nosso coração com o coração dela, podendo viajar para outros mundos, um mundo
invisível.

Dentro das possibilidades que um tambor Oceânico pode nos trazer, é a imersão em nossos
próprios sentimentos, ligados totalmente com o elemento água, nos traz o silêncio, a meditação, a
sabedoria do nosso Sagrado Feminino, o encontro com as faces da Deusa.

Quando em sua face “jovem” é pura, inocente, bela, atraente e sonhadora. Também é vaidosa e
sensual, firme e decidida, disposta a movimentar e transformar tudo. É dominadora e impetuosa,
guerreira e destemida, além de tempestuosa e agressiva quando se faz necessário.

Em sua face “mãe”, dá a vida a criação, amamenta, cuida e protege seus filhos. É companheira,
amiga, ensina os passos à sobrevivência na educação. Traz a paz e derrama as bênçãos.

Quando em sua face “anciã”, possui a sabedoria ancestral, é fria e justa. Prepara seus
descendentes para enfrentarem seus destinos com sabedoria. Determina a ordem de tudo e corta
tudo aquilo que não serve mais. Sábia, feiticeira, trabalha na esfera das grandes transformações,
tira a vida e traz a vida, uma entre as tantas faces de Maria.

Ser guardiã de um tambor Oceânico é ter as águas aos seus pés, é dominarse e ser mestre de si
mesma.

Oficina de Tambores
Vivemos em uma grande “Selva de Pedras”, onde muitas vezes, apresentamos dificuldades para
encontrar lugares que nos ofereçam trabalhos xamânicos, vivências, meditações e rituais que
tenham responsabilidades.

O “Ritualismo” pode ser uma prática de cura para aqueles que acreditam. Dentro desta prática,
muitas vezes, são utilizados elementos, objetos que permitem uma comunicação consciente e
supraconsciente, sendo assim, o uso desses instrumentos nos “ritos” permite diagnosticar e
transmitir a cura.

A oficina de tambor, pode ser definida como um profundo ato de amor, onde se faz necessário
uma profunda entrega do facilitador e do participante. Em todo o percurso do livro pode-se
observar a história, técnicas, funções e ritualísticas. Neste capítulo aprofundaremos no próprio
“feitio” dos tambores.

O trabalho se inicia pela escolha do modelo, já citados anteriormente. Essa escolha deve permear
os elementos, as estações, as culturas e tudo o que foi citado nos capítulos anteriores.

O intuito é você observar o que mais precisa, como trabalhar sua energia yin e yang, força,
fluidez, emoções, coragem e tantas outras coisas.

Não escolhemos nossos tambores por beleza estética, nem ao menos os escolhemos, mas nos
permitimos expandir nossos corações e deixar que a nossa ancestralidade se faça presente e nos
conduza a melhor escolha.

“Assim, quando escutar a voz de Pachamama, quando adentrar em seu interior, alinhando
vossos corações em um só ritmo, então verás sua força, e se lembrarás que é, e sempre foi um
Tamboreiro Ancestral”.

Tatiana Farnocchia

Sendo assim, com este princípio já definido, passamos para a próxima etapa. O trabalho se inicia
pela escolha do aro do tambor, escolha do couro, furação, montagem, finalizando com uma
consagração na fogueira para reverenciar o tambor como instrumento sagrado de cada
participante do grupo.

Durante a oficina poderemos incluir algumas vivências, de acordo com o perfil do grupo, tais
como, rodas de chanupas, limpezas com maracas, toques de tambores, leitura de cartas, terapia
de alinhamento dos chakras com tambores e cristais, entre outros. A ideia é integrar o grupo ao
sentido de espiritualidade, que é próprio do tambor, durante sua confecção.

A proposta deste trabalho é apresentar a importância rítmica e espiritual, à todas as pessoas, que
de alguma forma, por ele se interessam, seja no segmento holístico, artístico ou xamânico. De
forma geral, o escolher de um tambor, se destina aqueles que sentem o propósito de trabalhar
seus ritmos internos, de possuir esse instrumento para meditações, curas e em uma sagrada
conexão ancestral através de seu som. A proposta final da oficina é promover uma unificação
entre as pessoas, trabalhando através do lúdico ao espiritual, para que se reforcem os laços entre
as pessoas, levando o tambor como proposta de cura a todo o grupo.

Dessa forma, nossa proposta é que, através da confecção do tambor, olhando de uma forma
ampla, a pessoa se conecte com seu lado espiritual, sua essência primal e ainda com o lado
lúdico e rítmico que o instrumento proporciona. Da confecção ao toque do tambor, a proposta de
forma geral, é que o indivíduo encontre um equilíbrio e harmonização emocional, espiritual,
comportamental e mental entre o seu mundo interno (ser interior) e seu mundo externo (social).
Assim, o tambor conecta o indivíduo com sua ancestralidade. E dessa forma, é considerado um
forte instrumento de poder espiritual. Os curandeiros associam suas batidas ao do coração da
Mãe Terra e ao som do útero.

O tambor é ligado ao Universo xamânico, onde tudo tem vida e espírito e assim, os elementos
(materiais) usados para a confecção do tambor, devem ser reverenciados com o devido respeito,
por que este instrumento serve como ferramenta de cura ao indivíduo que o adquirir.

Outro aspecto importante, é entender que o couro é um material orgânico, que renascerá com um
novo propósito e missão, assim ele é único, possuindo características próprias. Por isso, cada
tambor é singular e diferente um do outro, mas todos estão ligados através de sua energia e
frequência, reverberando energia para o Universo e aos seus donos, formando uma grande
família. Seu som pode modificar pela temperatura da estação ou mesmo pela energia em que nos
encontramos.

Um dos objetivos da oficina de tambor coletiva, é trabalhar no grupo, a integração e percepção


do outro, porém a construção do tambor se dá individualmente, mas o trabalho apenas finaliza
quando todo o grupo chegar ao término do feitio. Propomos assim, uma edificação de
autoconfiança e respeito pelo outro dentro do percurso do tempo de todo o trabalho.

Temos também como objetivo específico, fazer com que o grupo perceba o instrumento
“Tambor” como sagrado e que sua confecção é um rito de passagem, um divisor de águas em sua
vida, despertando a partir da construção deste, a consciência de que cada um passará a ser
guardião de seu instrumento de poder.

VIVÊNCIA
Despertando sua Árvore Sagrada, seu Animal Guardião e seu Mestre

Na última parte do feitio do seu instrumento de poder, já entendendo que suas funções mágicas
são múltiplas, somos por sua vez iniciados, utilizando nosso próprio Eu Superior (mestre
interno). Na presença de um facilitador, em uma grande viagem mística por diversas dimensões,
viajamos até o nosso “Espaço Sagrado” e o “Centro do Mundo”, nos nutrindo da grande “Árvore
Cósmica”, que nos doa um dos seus galhos, dando a vida ao casco do tambor por permissão do
Senhor Universal (fonte de energia). O significado desse simbolismo, ressalta com clareza, o
complexo de que ele faz parte, da comunicação entre o céu e a terra, por intermédio da “Árvore
do Mundo”, assim, pode subir ao céu (Eliade, 2002).
Visto por esse prisma, o tambor pode ser equiparado a árvore xamânica de vários degraus, pelo
qual o xamã sobe simbolicamente ao céu.
Ao som do tambor, o xamã se aproxima dessa árvore, transformando e trazendo essa “Árvore
Cósmica”, por sua vez, em árvores pessoais. A escolha da madeira com a qual será fabricada o
casco do seu tambor depende unicamente, do espírito ou de uma vontade transumana.

Dando sequência do despertar desse instrumento de poder, passamos para a membrana do


tambor, o couro deste animal, o “Animal Guardião” de seu tambor.

No momento do feitio, onde “você” é escolhido por este animal, segurando essa membrana,
vocês já adquirem uma sintonia afetiva. Neste momento e vivência, é comum o animal falar do
nascimento, da sua vida e até da sua morte (momento que foi abatido).

Este animal com tamanha grandeza e amor por você, volta à vida, o mesmo promete a você
prestar inúmeros serviços.

Este animal na vivência pode se transformar, deixando sua aparência real e dar morada para um
animal que simbolize a força necessária para seu processo de Tamboreiro Ancestral.

Ao dar continuidade da vivência final, no momento onde você se encontra com o Guardião do
seu tambor (arquétipo do animal), você pode sentir o cheiro, o som, os movimentos do mesmo e
pode se permitir entrar em uma frequência tão forte e se fundir, tornando uno, transcendendo o
tempo e o espaço, compartilhando da natureza ancestral teriomórfica.

E por fim, viajamos ao centro do Mundo, ao encontro com o coração de Pachamama,


visualizando, percebendo e sentindo toda a energia deste espaço de poder, encontrando no centro
da Terra um grande Pow-wow, que representa este coração.

E neste momento, nutridos de amor incondicional e entrega a experiência, pedimos para a


Grande Mãe, que se for de sua vontade, que possamos receber nosso “Espirito Protetor”, um
guardião, um ancestral para fazer morada em nossas vidas, nos tornando uma só energia, a
serviço do Universo. E assim, através de um profundo contato com o espírito do tambor,
voltamos destas tantas dimensões e com um profundo sopro sobre nossos tambores o trazemos a
vida.

RODA DE TAMBORES
Magia, Força e Cura nas Rodas de Tambores Xamânicos
Culturas indígenas têm praticado rodas de tambores por milhares de anos. Na verdade, diversos
povos ancestrais das mais variadas etnias em todos os Continentes do Planeta, utilizaram-se das
rodas com instrumentos de percussão para as mais variadas finalidades: celebração, culto ao
sagrado, ritos de passagem, curas e invocações. O tambor dentre os povos nativos é considerado
um dos maiores instrumentos de poder, capaz de conduzir o xamã ou pajé a outros mundos,
expandindo muito a sua consciência. Sendo assim, as rodas de tambor xamânico visam abrir uma
vereda para a cura física e psíquica, através de uma bela e poderosa força transmutadora que é
despertada dentro de nós. Alguns chamam de kundalini, outros de luz interior, outros tão
somente de energia ou consciência. Um tamboreiro pode despertar essa força tocando sozinho,
mas sem dúvida essa magia ancestral é multiplicada quando em grupo.

A força da roda se manifesta na ressonância da vibração dos tambores, coordenadas com o ritmo
e a intenção dos presentes. Pesquisas neurológicas mostraram que o toque rítmico do tambor
induz a mudança no padrão da frequência das ondas cerebrais, induzindo a consciência a um
estado de relaxamento semelhante à quando estamos ainda conscientes, mas prestes a dormir.

A magia e a força do tambor também despertam memórias ancestrais. Para os nativos o tambor
representa as batidas do coração da Mãe-Terra, o útero, o caminho do coração e a porta de
comunicação entre o Céu e a Terra. É a canoa onde o xamã embarca para viajar com seu espírito
para outros mundos.

No entanto, ele também tem seu lado rítmico, instrumental e associado a cânticos, sinos e outros
instrumentos cria um ambiente muito propício para o lúdico, para se tocar um tambor não há
regras, cada um toca de acordo com seu ritmo interno, com sua forma própria de se conectar com
o instrumento que tem em mãos, pode ser com toques harmônicos, criando música e sons de
acordo com seus ritmos mais alegres e descontraídos.

Não há necessidade de saber tocar um tambor e sim, tudo parte da entrega, do respeito, alinhando
o seu ritmo interno com o coração de Pachamama, deixando que o tambor te conduza, e é neste
momento que a magia acontece e o som da alma (sua alma) pode ser ouvido.

O objetivo é propor ao grupo, sair do mundo automático e robotizado da sociedade, que nos leva
a comportamentos limitantes e repetitivos, e entrar em contato com o mundo espiritual, de
ancestralidade, de reconexão com a Mãe Natureza, de acordo com as vivências pessoais de cada
um.

As rodas de tambores xamânicos são vivências libertadoras e transformadoras, ancoradas na


amorosidade, no autoconhecimento, no resgate de nosso poder pessoal e na evolução de nossa
alma.

TAMBOR X TERAPIA

Nas práticas xamânicas busca-se o encontro do homem com seu propósito de vida. É o
reconectar com sua sabedoria interior, o ancoramento do poder pessoal, a limpeza dos corpos
energéticos e a harmonização plena do Ser, despertando a consciência no aspecto espiritual e a
sua relação com a natureza no meio em que vive. É buscar a firmeza necessária para realizarmos
nossas ações cotidianas na totalidade, onde a alma e coração estejam presentes, permitindo
transcender nossas sombras e evoluirmos com sabedoria utilizando nossa energia interna de
forma inteligente e equilibrada.

A terapia promove um bem-estar de forma natural, respeitando seu ritmo, seus ciclos,
restabelecendo o fluxo de energia vital, aumentando a frequência de vibração dos campos
energéticos, dissolvendo as energias intrusas.

Desta forma, as terapias restabelecem os fluxos de energia, permitindo que a força vital
desempenhe novamente seu papel de proteção e nutrição do organismo. O Universo xamânico
possui diversos simbolismos e técnicas profundas que enriquecem nossas vidas através de
ensinamentos básicos como:

• Respeito ao Planeta que nos acolhe, é a conexão profunda com a Mãe Terra, Pachamama.
• Respeito pelo próximo, pois para os nativos todos somos irmãos.
• Respeito a energia criadora o Pai-Céu, o grande mistério.

• Agradecer e abençoar constantemente, pois essas práticas geram curas nas nossas vidas.
• Manter-se conectados com os quatro bálsamos de cura; o contar histórias, o canto, a dança e o
silêncio.

Assim, as práticas xamânicas, possibilitam uma jornada de total integração com o caminho
sagrado, ativando o poder pessoal, permitindo acessarmos os quatros arquétipos: o Guerreiro, o
Curador, o Visionário e o Mestre, transformando assim nossa existência.

Entre as diversas terapias xamânicas abordaremos em especial a terapia de alinhamento dos


chakras fazendo a junção dos cristais com tambores. É importante que entendamos alguns
conceitos básicos para o melhor aproveitamento desta terapia.
O SISTEMA ENERGÉTICO HUMANO
Abrange as sete camadas de corpos de energia sutis referentes ao campo de força ao redor do
corpo humano chamada de Aura.

A Aura é uma espécie de bolha, que nos circunda, possuindo um campo eletromagnético que
controla nosso bem-estar físico, nosso emocional e nossa clareza mental. Seu objetivo é garantir
a vida. A Aura é formada por sete camadas de energia sutil que afetam nossos estados, agindo
como um filtro de energia vital.

O corpo etérico é o mais denso dos corpos sutis, é ele que traz a vitalidade e energia necessária
ao corpo físico e aos ritmos de energia terrestre. Os chakras se localizam no corpo etérico, ou
seja, próximo ao corpo físico; são eles que promovem diversos estados de saúde conforme
nossas atitudes e sentimentos.
A Aura é integrada por padrões energéticos que determinam a saúde e bemestar do indivíduo
pois quando há bloqueios energéticos nos fluxos de energia a doença inicia na Aura, assim se
não forem dissipados do campo energético, consequentemente a doença se manifestará no corpo
físico.

Segundo Pauline Wills, a Aura é formada por corpos áuricos, sendo eles o corpo espiritual, o
corpo causal, o corpo mental superior, o corpo mental inferior, o corpo astral e o corpo etérico.
Eles se penetram reciprocamente no corpo físico.

O corpo espiritual é a própria essência do nosso Ser. É a centelha divina e da consciência


universal. (Wills,1995).

No corpo causal, traz a causa, a razão pela qual reencarnamos. Neles ficam as lembranças de
nossas vidas passadas, nossos aprendizados e também nosso carma.

O corpo mental superior é o que traz as inspirações e o conhecimento do Eu superior que se


manifestam.
O corpo mental inferior é onde estão as formas de pensamento podendo ser negativos ou
positivos.
O corpo astral é o nosso corpo emocional onde manipulamos as emoções gerando equilíbrio ou
desequilíbrio.

O corpo que está mais próximo ao físico como já citamos anteriormente, é o etérico, ou seja, o
campo energético. Nele além dos chakras encontrase também os Nadis que são canais de
energias pelo qual circula o Prana (energia vital) pelo corpo.

A palavra chakra vem do termo sânscrito que significa roda, portanto os chakras são centros
rotatórios de energia do corpo. São elas que absorvem o Prana, separam e distribuem pelos Nadis
ao sistema nervoso, nas glândulas endócrinas e no sangue.

Os sete principais chakras estão localizados ao longo da nossa coluna e funcionam em diferentes
níveis e frequências, pulsando a energia cósmica no corpo com objetivo de fornecer o
combustível necessário para as atividades humanas.

A espiritualidade nos permite a abertura de consciência da verdade, da sabedoria e do amor


dando propósito a nossas vidas, e nos ensina a valorizar e trabalhar com nosso mestre interior. Os
chakras tem uma forma de inteligência que organiza a energia conforme nosso propósito
superior, respondendo de forma sensível aos nossos pensamentos e atitudes refletidos na
natureza de nossas crenças, através dos níveis de energia que eles filtram, expandindo ou
limitando nossos campos energéticos. A consciência positiva abre portais para a energia fluir em
direção ao nosso bem maior e prazer. Traz a inteligência emocional necessária para utilizar
quando quiser transformar seus pensamentos negativos, de infelicidade, raiva ou desespero em
felicidade e paz.

Observe e acredite nesta força, para que ela lhe mostre percepções das quais você precisa para
aprender a utilizar ferramentas necessárias para entender e controlar seu sistema energético para
curar, equilibrar e transformar sua vida.
OS CHAKRAS E SUAS FUNÇÕES

Chakra Básico - MULADHARA

Está localizado na base da coluna, sua estrutura é de suporte e segurança. Traz as heranças
ancestrais de sobrevivência, doenças hereditárias e qualidades espirituais. Este chakra controla
nossos instintos e está ancorado na terra, sua cor é vermelho.

Chakra Sacral - SVADHISTANA


Está localizado abaixo do umbigo em direção a pelve, controla nossa saúde física e bem-estar.

Sua estrutura concentra a força vital que mantém o sistema imunológico forte e o corpo físico
funcional e ativo. Também controla nossas emoções, nossos apetites por comida, sexo e prazer.

Está ligado ao merecimento, quando sentimos que somos dignos daquilo que desejamos e nos
permitimos ter o que queremos. Sua cor é laranja. Chakra Plexo Solar - MANIPURA

É localizado abaixo do esterno e ao redor do estômago. Sua estrutura é o centro da nossa


identidade pessoal, regendo os aspectos da personalidade, do Ego, do autovalor e autoestima. O
mesmo regula o conhecimento interior e profundos instintos sobre as coisas e pessoas. Ele
desenvolve as amizades, as finanças e responsabilidade. Sua cor é amarela.

Chakra Cardíaco - ANAHATA

Está localizado no meio do peito, governa o coração e os pulmões. É o centro do sistema


energético e funciona para manter a força vital viva. Este movimenta o amor em nossas vidas,
ancora a identidade e o amor próprio. Sua cor é verde.

Chakra Laríngeo - VISHUDDHA

Está localizado na garganta, é responsável por diferenciar as energias humanas de outras formas
de vida, dando-nos o poder de expressarmos nossas experiências. Este exige que expressamos a
verdade com integridade, satisfazendo nosso espírito.

É considerado a passagem para reinos espirituais superiores. Ocorre quando a mente fica livre e
o espírito aberto. A energia superior é canalizada para nosso corpo, onde recebemos as
inspirações espirituais que trazem significado a nossa vida. É o chakra da individualidade forte,
essencial para expressarmos nossa verdade nos diferenciando dos outros. Sua cor é azul claro.

Chakra Frontal - AJNA

Está localizado entre as sobrancelhas, é responsável por cultivar a mente forte e independente,
por isso é conhecido como centro de controle. Sua função é gerenciar dispositivos mentais de
que precisamos para termos vidas felizes e saudáveis.

Este, nos dá a energia necessária para a prática do pensamento claro e conciso, assim como a
reflexão espiritual e a contemplação interior. Quando ativado estimula os hemisférios do cérebro
que controlam a maturidade psicológica e os princípios fisiológicos criando harmonia entre si,
expandindo nossa visão interna sobre nós e o Mundo. Este chakra está diretamente relacionado
ao poder da mente em criar nossa realidade nos campos físicos, mentais e emocionais. Sua cor é
azul índigo.

Chakra Coronário - SAHASRARA

Está localizado na parte superior do crânio. É responsável por realizar a conexão profunda com a
espiritualidade plena. É a fonte de energia curativa no sistema energético do homem. Este nos
traz insights espirituais, autocontrole, equilíbrio e discernimento do nosso propósito superior.

É o centro onde experenciamos a Divindade com presença ativa em nossas vidas. É a força que
nos impulsiona na busca do caminho espiritual sem que renunciemos por completo o mundo
material.

É entendermos que estamos na Terra para sermos felizes e realizarmos os desejos de nossa alma
com amor, paz e felicidade, trazendo curas e transformações para nossa vida, obtendo a
consciência cósmica, equilíbrio e senso de auto identidade. Sua cor é violeta.

A Inteligência dos Chakras

Quando nos abrimos para a consciência da verdade, do amor e da sabedoria, os chakras


respondem de forma inteligente aos nossos pensamentos e atitudes, assim podemos expandi-los
ou limitá-los conforme nossas atitudes. Cada chakra tem uma forma de inteligência que permite
organizar a nossa energia conforme seu propósito. A consciência positiva abre os canais para que
a energia possa fluir em favor do nosso bem-estar. Já as atitudes negativas fazem comprimir os
fluxos energéticos, sobrecarregando-nos.

Há muitas formas que podemos utilizar para restabelecer e equilibrar os chakras, para
proporcionar curas, como a utilização dos cristais aliados aos tambores.

KUNDALINI
A Kundalini é uma força que está ligada diretamente aos chakras. É um fenômeno bioelétrico, ou
seja, são correntes elétricas que percorrem os chakras, uma de cima para baixo e a outra de baixo
para cima e está localizada na base da coluna.

Deriva da palavra em sânscrito que significa “enrolada como uma serpente”, devido ao seu
movimento ondulatório.

É denominada como um poder espiritual, que despertada, chega ao sétimo chakra, no qual o
indivíduo alcança o estado de iluminação (nirvana) através da ativação da glândula pineal. É a
energia chamada pelos iogues de “Shakti” que significa a força divina aninhada na base da
coluna.

O despertar da kundalini é um processo espiritual e energético na mais pura essência do Ser. É a


força milenar da expansão da consciência que distribui e equilibra corretamente o fluxo de
energia de Shakti ao longo dos Nadis.

O MUNDO DOS CRISTAIS

Os cristais são minerais e se formam nas entranhas da Terra. A medida que os minerais esfriam,
sedimentam-se em várias camadas onde os cristais começam a se formar. Esses processos são
extremamente lentos e levam milhões de anos para se transformarem em objetos sólidos.

Existem sete cristais mestres de cura que correspondem aos chakras. A cura com cristais,
consiste na utilização destes, para reequilibrar os aspectos que não estão em harmonia, através
dos poderes curativos da Terra. Assim, os cristais são instrumentos preciosos que ajudam a
melhorar o bem-estar físico, emocional, mental e espiritual.

Os cristais possuem aspectos e cores diferenciadas de acordo com seu processo de formação. Os
cristais mais utilizados representam as sete cores do arco-íris para canalizar diferentes
frequências e tipos de energia para o corpo através dos chakras.

As frequências de cores vermelha, laranja e amarela são consideradas quentes e energéticas, o


verde promove crescimento, o azul, violeta e branco trazem calma e purificam.

Os Principais Cristais e seus Efeitos Físicos e Espirituais Os cristais estão diretamente ligados
aos chakras pelas suas cores e funções. Veja a seguir:
Jaspe - cristal vermelho, está ligado ao chakra básico - raiz

É uma pedra que possui uma energia muito elevada e estável. É excelente para momentos
difíceis, pois traz calma e centramento. É utilizada para proteção e fortalecimento espiritual, pois
é capaz de bloquear ataques

de magia negra, inveja e mal olhado.

Na parte física, ajuda a regular a pressão arterial, melhora o sono, diminui o stress físico,
ansiedade, combate à exaustão física e a falta de vitalidade. Ativa a circulação e aumenta a força
física.

Cornalina - cristal laranja ligado ao chakra sacral.

E uma pedra que atrai boa sorte e auxilia a resolver confusões e dúvidas através de escolhas
acertadas, por isso, é vista como uma pedra tranquilizadora. Em níveis físicos, está ligada com a
sexualidade. Ajuda

a regular os hormônios femininos e minimiza dores menstruais. Nos homens reforça o vigor
masculino. Contribui na limpeza dos rins e vesícula.

A Cornalina potencializa a criatividade e a memória. Nos aspectos emocionais, dá força interior


para assumirmos nossa identidade e raízes. Traz fluidez no corpo físico, emocional e espiritual.
Citrino Amarelo - ligado ao chakra do plexo solar.

Está ligada a energia solar, que proporciona força, poder e alegria de viver. Esta pedra aumenta a
energia vital e estimula a expressão dos sentimentos mais profundos. Amplia nossa generosidade
e atrai a dos outros para nós,

por isso aumenta a sensação de bem-estar e felicidade.


No aspecto físico, ajuda a manter o sistema digestivo saudável. Emocionalmente, diminui a
depressão e traz otimismo, reforçando a capacidade de superar obstáculos.

Quartzo Verde – ligado ao chakra cardíaco.

É responsável por acalmar e proteger o coração e promover uma circulação sanguínea saudável.
Estimula a renovação celular, carrega a energia vital e diminui a insônia. Sua energia transmite
calma, por isso, diminui o stress. É utilizada para limpar as emoções tóxicas do coração.
Quartzo Azul – ligado ao chakra laríngeo.
Proporciona a energia da comunicação, protege dos pensamentos e falas negativas, devolvendo a
paz e equilíbrio.

Favorece a tranquilidade emocional nas conversas. Ajuda a relaxar tensões do dia a dia e quebra
padrões de comportamentos que não nos favorecem. Estimula a memória e capacidade de
estruturação mental, fisicamente limpa e fortalece os órgãos. É indicado para desfazer bloqueios
retidos no subconsciente, também é utilizada em terapias, pois ativa memórias passadas.

Sodalita – ligado ao chakra frontal.

Produz fortes mudanças em suas atitudes, ajuda a ser mais objetivo e menos crítico,
desvencilhando-se de armadilhas provocadas pelo estilo de vida agitado. Equilibra o
metabolismo e promove limpeza do sistema

imunológico. Ativa o pensamento lógico e inspiração artística.

Estimula a intuição e a inteligência, afastando o medo e ilusões, equilibrando a mente e os


conflitos internos entre o consciente e o subconsciente. Alivia culpas e temores, trazendo
autoconfiança, coragem e decisão, desfaz a ilusão trazendo clareza, desenvolve a percepção, a
consciência e a capacidade de aprendizagem. Desperta a terceira visão, situando o homem em
seu papel cósmico, abrindo o subconsciente para canalização da intuição e vidência.
Ametista – ligado ao chakra coronário.

É uma poderosa pedra de proteção, vitalidade e elevação espiritual. Suas energias são
purificadoras e afastam as forças das sombras e energias negativas. Eleva nossa intuição,
fortalece a mediunidade e desperta poderes espirituais.

Aumenta a sensibilidade e a energia de cura. A nível físico, alivia dores de cabeça, enxaquecas e
sobrecarga mental. Ajuda a curar problemas auditivos e respiratórios, elimina toxinas do corpo e
do sangue e regula o metabolismo, sendo útil para o emagrecimento. Promove elevação
espiritual e facilita o processo de meditação.

Limpeza dos Cristais:

O processo de limpeza dos cristais, é algo indispensável. Seja cuidadoso e limpe regularmente o
seu cristal para que possa obter os efeitos desejados. A limpeza deve ser feita logo após a compra
do cristal, sempre que outra pessoa toque nele e depois de utilizá-los em terapias. O processo de
limpeza pode ser feito isoladamente ou com vários cristais simultaneamente.

A limpeza dos cristais é necessária para libertá-lo das influências externas que possam pairar
sobre ele para que não tenha interferência no estado físico, emocional ou espiritual do seu
utilizador ou do indivíduo que receberá a terapia.

A limpeza dos cristais serve ainda, para restabelecer a força, o brilho e a sua positividade.
Existem diversas formas de limpar um cristal. Não existindo um ou outro que seja melhor, cabe
ao utilizador escolher aquele com que se identifica melhor ou considera mais fácil. Qualquer um
dos métodos abaixo mencionados é bastante eficaz.

• Água corrente natural: é uma das formas mais utilizadas, basta banhar os seus cristais em água
corrente, de cachoeira, do mar ou da chuva. Deixeos imersos pelo tempo que a sua intuição
mandar.

• Água com sal grosso: coloque uma porção de sal em um recipiente com água e coloque os seus
cristais. Deixe repousar por algumas horas e depois enxágue-os em água corrente para retirar o
sal.

• Defumação: acenda o incenso de sua preferência e deixe que a fumaça dele passe por todas as
faces do cristal, pelo tempo que considerar necessário.
Depois de limpar os cristais, é necessário energizá-los, ou seja, carregálos de boas energias. Os
métodos mais conhecidos são:
• Sol: Deixe seu cristal, após ter sido lavado e limpo, diretamente na luz do Sol, de preferência na
parte da manhã, até o meio-dia.

• Lua: Se quiser energizar seu cristal com energia mais feminina e intuitiva, coloque-o
diretamente exposto à luz do luar preferencialmente na fase crescente ou cheia.

• Sol E Lua: Coloque seu cristal exposto à luz do luar, durante toda a noite, e depois à luz do Sol,
até o meio-dia. É uma energização muito forte.

• Terra: Como os cristais provêm da Terra, também se energizam em contato com a energia que
vem do centro do Planeta. Para isto, basta colocálos sobre a terra por um período mínimo de três
horas. Não é necessário enterra-los, basta deixá-los em contato com a terra.
• Energização com as mãos: Coloque o cristal entre suas mãos e gire-o até esquentar,
mentalizando passagem de energia de suas mãos para o cristal. Ao inspirar, mentalize uma luz
branca e expirando esta luz, de um sopro no cristal carregando-o com essa força mentalizada
para dentro do cristal.

• Método intuitivo: segure os cristais em suas mãos, respire profundamente e deixe sua intuição
fluir, mostrando os elementos em que os cristais deverão ser energizados.

PÊNDULO

O pêndulo é um instrumento de medição, que capta e amplifica reflexos geralmente


imperceptíveis de energia através de suas movimentações. Pode ser confeccionado de vários
materiais como cristais, madeira ou pedras que fica suspenso por um cordão ou corrente. O
mesmo tem que ser simétrico para não distorcer o balanço e pesado o suficiente para oscilar

de forma adequada e ganhar um bom impulso.

Quando utilizamos um pêndulo nas terapias, ele se torna um instrumento mágico, um aliado, que
nos auxiliará a detectar respostas dos espíritos da natureza a nosso serviço. Portanto, agradeça ao
espírito que habita no interior do pêndulo, pois tudo que vem da mãe natureza, traz um Elemental
que habita e comanda suas forças. Assim, entre em sintonia com seu pêndulo, peça licença para
utilizá-lo e com amor e sentimento puro, segure-o entre as mãos, leve-o ao seu coração
conectando com suas forças, pedindo para que ele trabalhe sempre em prol do Bem-Maior. Esta
conexão fará com que seu pêndulo cada vez mais se alinhe com sua energia, e ele trará as
respostas da maneira que você deseja e entenda o que ele está te mostrando, para isto seja
objetivo em suas perguntas, não faça perguntas múltiplas pois ele não pode responder, caso
contrário você poderá interpretar mal a resposta.

É um instrumento de uso pessoal, portanto, não deve ser manuseado por outras pessoas que não
seja seu dono.
Para utilizarmos devemos seguir algumas instruções básicas:

-Não utilize anéis ou pulseiras ou qualquer peça metálica pelo corpo, principalmente se o
pêndulo for feito de cristal.
-Lave sempre as mãos para assepsia, pois nos tornamos instrumentos de canalização de energia e
podemos acumular energia magnética nas mãos.
-Esteja calmo e conectado em seu propósito, para não influenciar mentalmente as respostas.
Movimentos do pêndulo:
Sentido horário, indica sim ou positivo as respostas. Este movimento energiza e revigora ou
mostra equilíbrio de energia nos chakras.
Sentido anti-horário, indica não ou negativo a respostas. Este movimento limpa e indica baixo
nível de energia nos chakras.
CRISTAIS ALIADOS AOS TAMBORES
Já vimos que através de impulsos vibratórios podemos mudar padrões. Percebemos que somos
seres de pura vibração, que toda matéria é energia, como a luz, a cor, nosso corpo, os animais e
os minerais. Entendemos também, que toda natureza é energia que vibra em diversas frequências
e que possuem diferentes capacidades de interação.

Ao pensarmos no processo da terapia, trazendo a presença do Reino Mineral, podemos entender


que os cristais são agentes de transformação, trazendo possibilidades de energização.
Os cristais são amplificadores de energia, podendo nos proporcionar curas através da sua
energia. Ao utilizarmos um cristal, unindo sua energia com a nossa, podemos criar um outro
nível de força vibracional. Em nosso processo terapêutico, ao colocarmos a pedra em nosso
corpo, próximo de cada chakra, podemos amplificar essa força.

Ao avaliar o cliente para uma possível terapia, ao som dos tambores e cristais, devemos levar em
conta no processo de cura, não só os sintomas físicos, mas também as causas energéticas,
mentais, emocionais e psicológicas.

A utilização das pedras na posição certa pode desbloquear energias estagnadas, elevando a
vibração dos sete corpos. O uso dos cristais nas terapias a cada dia vem crescendo, possibilitando
ter acesso a diversos tratamentos, esses conhecidos por diversos povos indígenas, como;
Cherokees, Navajos, Hopis e os povos da Amazônia.

Para concluir, os cristais quando bem manipulados, auxiliam nos planos físico, mental,
emocional e espiritual, trazendo para o portador da pedra diversos benefícios.

Psicologia Transpessoal

A psicologia transpessoal vem contribuindo na concepção do ser humano, trazendo uma visão
ética e sagrada da vida, resgatando a conexão entre a ciência e a espiritualidade. Através desta
perspectiva cientifica, estão aliados a física quântica, a antropologia, a medicina, a neurociência,
a biologia e os arquétipos, possibilitando a criação de exercícios e práticas para expandir a
consciência, desenvolvendo os potenciais do ser humano no campo físico, emocional, mental e
espiritual.

Partindo deste princípio, explanaremos de forma sucinta, o conceito da expansão da consciência


para aproveitarmos de forma eficaz todas nossas potencialidades.

A expansão da consciência é a ampliação das percepções sobre si e do Universo. Através desta


expansão, deixamos de viver de forma automática e passamos a entender nossos sentimentos,
emoções e as reações que estes geram nos pensamentos e nos nossos comportamentos. É
desenvolver a percepção das energias que emanamos e atraímos através das ideias e atitudes,
desfrutando plenamente a vida.

Assim, quando expandimos nossa consciência, encontramos o Eu verdadeiro, aprendemos a


observar e refletir, controlamos o Ego, vencemos as crenças limitantes, saímos da zona de
conforto, desfrutamos da solitude, nos conectamos com a natureza e nos permitimos amar.
Portanto, criamos uma realidade de acordo com nossos desejos, para que possamos evoluir e
assim, nos tornarmos mestres de nós mesmos, libertando-nos dos padrões que não nos servem
mais.

Segundo a pesquisadora e praticante de projeção da consciência, do instituto Monroe, Déborah


Sanchs “a consciência não se define, mas você define aspectos, utilização e as formas como ela
pode se apresentar em uma determinada situação, pois a consciência não está na gente, nós é que
estamos na consciência”.

Já para Grof “a consciência e a psique humana são expressões e reflexo da inteligência cósmica,
que permeia o Universo. Possuímos campos ilimitados de consciência transcendendo tempo,
espaço, matéria e causalidade linear” (Grof, 1994).

Portanto, ter consciência é ser observador de si mesmo, é o Eu superior que observa o que o Eu
inferior faz.
Com base nas relações descritas, somos compostos por conjunto de sujeitos em interação, há
uma força que atua sobre nós ligados ao campo mórfico.

O campo mórfico é uma estrutura onde todas as ações, emoções, pensamentos vividos ficam
registrados no campo de memória que um sujeito constrói e é modificado por suas ações ao
longo do tempo. Assim, ressonamos vibrações, experiências e conhecimentos vividos que
armazenados neste campo de memória, podem reverberar para as gerações. Portanto, somos
influenciados por acontecimentos e comportamentos das nossas gerações anteriores e
influenciaremos as próximas gerações. Essa interconexão ocorre entre pessoas da mesma
geração, de gerações passadas e com sua própria história de vida.

Sheldrake é um biólogo renomado, estudioso da teoria dos campos mórficos. Segundo ele, fatos
ocorridos com antepassados, mesmos desconhecidos e inconscientes, afetam seus descendentes,
manifestando conflitos, bloqueios, doenças e distúrbios comportamentais (Sheldrake, 2009).

O mesmo se dá com as manifestações que expressam força e talentos, como dons artísticos,
postura de bravura e coragem, que superadas as dificuldades, agregam sabedoria.

Bert Hellinger, parte do pressuposto de que , tudo que acontecer em um sistema fica registrado
no campo mórfico, ou seja, no campo da memória, para além do espaço e do tempo e são
herdados de forma não material, mas por repetição e não apenas de ancestrais diretos, mas
também de outras pessoas, como cônjuges e de vínculos conflituosos e trágicos como
assassinatos e abusos.

Hellinger, ao longo de suas observações, descobriu que os sistemas humanos se organizam em


três leis, que ao serem desrespeitadas podem desencadear apreensão no conjunto sistêmico. A
primeira refere-se ao reconhecimento “do lugar de cada um, suas respectivas funções e
responsabilidades”. A segunda lei diz respeito a “hierarquia”, em que deve haver respeito por
parte dos mais novos aos mais velhos e por quem chegou em primeiro. A terceira contempla o
“significado e pesos das interações e das trocas”, num fluxo constante entre dar e receber de
forma equilibrada. Hellinger denominou estes princípios por “ordens do amor”, força propulsora
da auto regulação dos sistemas. (Hellinger, 2010).

Baseados nestes conhecimentos, ao aplicar a terapia dos tambores e cristais, somos capazes de
entender todo o processo, aprofundando nestes campos mórficos, através da vibração emanada
pelo tambor, unidos à essência dos cristais, permitindo a mudança, rompendo padrões
energéticos da pessoa, proporcionando equilíbrio e bem-estar.

Ao vibrarmos o tambor próximo ao cristal posicionado em cada chakra, ativamos diretamente as


glândulas endócrinas, pois cada chakra age como receptores e transmissores de energia,
energizando nosso corpo físico através da vasta rede de Nadis, que controlam os plexos, nervos,
glândulas e órgãos correspondente a cada região dos chakras, manifestando assim, a energia sutil
no plano físico.
A pesquisadora Jasmuheen , afirma que “ nosso corpo é um sistema energético, e que todos
oscilamos de acordo com uma frequência vibratória especifica, única, que reflete a forma de tudo
que vivenciamos e nos alerta que a toxicidade dos pensamentos, das emoções mal resolvidas, da
alimentação inadequada e outros fatores, afetam diretamente nosso campo energético,
influenciando a frequência vibratória que determina se estamos alinhados ou desalinhados
energeticamente”.( Jasmuheen,1995).

Cada indivíduo está conexo a um nível de consciência, determinando a frequência vibracional


que definirá uma prática harmoniosa dos corpos energéticos para transformar as energias densas,
através do balanceamento do fluxo energético, reequilibrando e curando o indivíduo,
fisicamente, psiquicamente e emocionalmente.

É importante ressaltar que todo esse processo de terapia dos tambores e cristais exige uma
entrega profunda durante a meditação.

Meditação, na terminologia Yogue, significa “deixar a mente fluir”, por isso, é entendida como
um estado de concentração pura, em que a mente flui naturalmente para a consciência alterada. A
meditação é a jornada da qual podemos desenvolver nossos potenciais, com o propósito de
percorrer a uma aventura verdadeira na natureza do propósito a ser alcançado o
autoconhecimento e a autotransformação.

Portanto, a meditação é uma ferramenta que atualmente tem sido ressaltada pela medicina e
psicologia, pois proporciona relaxamento, alterações fisiológicas benéficas que diminuem as
síndromes causadas por stress, como ansiedade, doenças cardíacas, depressão, hipertensão,
fadiga e síndrome do pânico. Ainda, aumenta a vitalidade da pele, a percepção auditiva, e a
coordenação motora e o reflexo.

Estudos feitos através do exame encefalograma, apontam que o cérebro entra na frequência Alfa,
aumentando sua amplitude, diminuindo sua frequência, atingindo mais áreas do cérebro,
alcançando então, a frequência da onda cerebral Teta, que é capaz de gerar cura instantânea para
doenças de diversos tipos. Muitas dessas doenças, são geradas por crenças que nos impedem de
sermos verdadeiramente quem somos, nos bloqueando de nos tornarmos mestres de nós mesmos.

Ao atingirmos esta frequência, somos capazes de mudar diferentes aspectos de nossas vidas,
alterando assim, nosso sistema de crenças, possibilitando então, as curas em nível físico, mental,
emocional e espiritual.

Como já visto, Teta são ondas de baixa frequência, que acessamos quando vamos dormir ou
quando estamos acordando. Para um melhor entendimento, é quando estamos passando do
subconsciente para o consciente ou viceversa. Este processo atua em nossa mente, ou pelo menos
em parte dela, onde guardam memórias e sensações e mostram nossas atitudes, comportamentos
e crenças.

Vivendo neste mundo completamente cheio de obstáculos, correria e pouco tempo para um olhar
mais profundo para nós mesmos, muitas crenças que carregamos, podem gerar grandes bloqueios
em nossas vidas.
Muitas crenças são carregadas pelo nosso código genético, muitas vezes, podem vir de nossos
ancestrais, também podem estar ligadas com questões étnicas e culturais, ou ainda, podem vir de
traumas e situações que passamos, vivenciamos, ou por algum motivo que nos foi passado e que
tomamos por verdade absoluta.

Devemos sempre buscar meios para poder acionar e aprender a manipular as ondas cerebrais,
práticas artísticas e a meditação podem te levar a frequência Teta, porém a concentração é
fundamental.

Meditar em si, pode nos levar em uma frequência Alfa, porém algumas meditações como a de
tambores xamânicos e a de cristais, tem a capacidade de nos levar a lugares extraordinários, com
um vasto alcance de visões, proporcionando curas interiores maravilhosas. Esta ainda, possibilita
mudar sua realidade e está disponível a todos que se permitirem conectarem com esta onda, com
elevação da mente e com uma consciência ampliada. Assim, podemos perceber os sons e a
frequência que nós sintonizamos, agindo profundamente em nosso sistema, desde o físico até na
nossa mente.

Com base nestes estudos, partiremos para a vivência da terapia de alinhamento dos chakras
através dos tambores e dos cristais.

Materiais utilizados para montagem da mandala dos quatro elementos:


01 Recipiente com água (elemento Água)
01 Recipiente para álcool em gel (elemento Fogo)
01 Recipiente para terra (elemento Terra)
01 Porta incenso (elemento Ar)
01 Ramo de Ervas (a sua escolha)
01 Pêndulo
01 Kit pedras (Cristais dos Chakras)
01 Tambor

Inicie a montagem de sua mandala, observando as direções, norte/ sul/ leste/ oeste, observe as
posições relacionadas com os respectivos elementos, sendo o elemento “AR” na direção norte
(incenso), o elemento “FOGO” na direção leste (recipiente para fogo), o elemento “TERRA” na
direção sul (recipiente para terra) e o elemento “ÁGUA” na direção oeste (recipiente para água)

Os cristais permanecem ao centro do círculo, e as folhas das ervas compõem o restante da


mandala, fazendo o fechamento da mesma.
Após o término da montagem da mandala, fica a critério do terapeuta utilizar músicas para
relaxamento, como mantras ou músicas instrumentais.

Quando seu cliente chegar em seu setting terapêutico, se faz necessário uma conversa,
(anamnese) para entender um pouco mais o que seu cliente está sentindo ou procurando.

Após essa análise, o terapeuta deve explicar um pouco sobre vibração, frequência, cristais,
direções e tambores, sanando todas as suas dúvidas sobre o processo, assim podendo iniciar seu
trabalho.

Pedimos agora para o cliente deitar e permanecer de forma relaxada e você (terapeuta) inicia um
processo avaliando com o pêndulo os sete chakras. Observe com muita atenção a fala que seu
cliente trouxe na anamnese, observe se os chakras do seu cliente estão circulando em sentido
horário ou anti-horário.

Mantenha sua mente tranquila, pois vai precisar utilizar sua energia e a do seu tambor. Com seu
cliente já relaxado, faça uma mentalização, pedindo para que seus mentores se façam presentes,
peça licença para o “Eu Superior” e “Eu Inferior” do seu cliente, para poder entrar em seu campo
energético e fazer uma varredura.

Posicione os cristais com suas respectivas cores em cada chakra, e assim, segurando o tambor,
comece pelo Chakra da Raiz, utilizando a batida do coração por alguns minutos. Perceba sua
intuição, você irá sentir se deve ficar mais algum tempo ou sentir que deve ficar um pouco
menos, pois não existe contraindicação se passar um pouco do tempo.

Ao tocar o tambor próximo deste Chakra da Raiz ( Muladhara) mentalize toda a energia do corpo
físico do seu cliente, firmando toda a energia do elemento terra. Neste momento, já ao som do
toque do coração, você vem pedindo para que seu cliente direcione seus pensamentos a base da
coluna onde este chakra se encontra, peça para que ele mentalize uma cor vermelha viva e forte
neste ponto. E você vem solicitando para ele receber toda a energia do Planeta Terra, para que
seu corpo físico permaneça em equilíbrio, buscando a capacidade de se alinhar com sua
sobrevivência, com o seu trabalho e seus pertences materiais, emitindo um comando para o
cérebro para que haja um equilíbrio, e assim melhorando a vontade de viver, a coragem, a força
do corpo para o trabalho, a ação e a vitalidade em todos os níveis. E neste momento, passa a ter
consciência que alinhou o seu primeiro chakra.

Em seguida, peça para seu cliente tomar uma respiração profunda, emitindo um comando para ir
até o seu segundo Chakra do Sacro (Svadhisthana) localizado logo abaixo do umbigo,
mentalizando a cor laranja, neste momento, com o tambor ao som do coração um pouco mais
acelerado, da mesma forma você vem pedindo para seu cliente receber toda a energia do Planeta
Terra, para que seu corpo permaneça em equilíbrio, buscando a eliminação de resíduos
energéticos nocivos e um acolhimento maior das emoções, para que toda a energia mal
direcionada como manipulação, relacionamentos abusivos, insegurança e negação sejam
equilibradas. Que todos seus órgãos, ovários, útero ou próstata permaneçam também em
equilíbrio. Peça ainda que nesse momento vá acolhendo toda sua sensibilidade e mediunidade,
deixando que as águas eliminem todas as impurezas.

Em seguida, peça para seu cliente tomar uma respiração profunda, emitindo um comando para ir
até o terceiro Chakra do Plexo Solar (Manipura) sua localização é próxima da região do
estômago, mentalizando a cor amarela, neste momento, com o toque do coração em seu tambor,
acelere ainda mais a batida do coração e da mesma forma peça para que seu cliente receba toda a
energia da terra, para que seu corpo permaneça estabilizado, adquirindo o equilíbrio em seu
comportamento, observando seu orgulho, inveja, má vontade , submissão, rejeição e medo.
Emitindo um comando para seu corpo físico, para que seu pâncreas, baço, fígado, rins, também
permaneçam em harmonia. Trazendo aceitação, disposição, sensatez, maturidade e a alegria para
sua vida.

Em seguida, peça para seu cliente tomar uma respiração profunda, emitindo um comando para ir
até o quarto Chakra do Coração (Anahata) sua localização é no meio do peito, mentalizando a
cor verde, neste momento, com o tambor acelerado, passamos para o som da jornada, batidas que
nos levam para outras dimensões de cura profunda. Vá pedindo para seu cliente receber toda a
energia dos céus, para que todos os níveis de perdão possam ser trabalhados, para que este
coração possa vir a receber a cura, para que o grande amor divino se estabeleça dentro do seu
peito. E assim, compreendendo a mensagem amorosa e de tamanha energia divina, possa
encontrar seu propósito de vida e emanar uma grande energia de cura. Emita um comando para
que todo o ódio, intolerância, preconceito, prejulgamento, egoísmo, vingança e solidão se esvaia
de você. Que partes de seu corpo físico como seu coração, pulmões, braços, mãos, costelas e
ombros encontrem equilíbrio necessário.

Que sua integração em todos os níveis se estabeleça, que o amor, o perdão e a caridade façam
parte do seu Ser, que você aceite toda a mudança por meio do amor, que aceite a cura através de
um abraço ou um toque físico, que você entre em sintonia com o amor divino se unindo com as
pessoas que ama e possa aceitar as energias positivas vindas dos outros, abrindo o seu coração
para seu maior esplendor.

Em seguida, peça para seu cliente tomar uma respiração profunda, emitindo um comando para ir
até o quinto Chakra do Laríngeo (Vishuddha) sua localização é na área da garganta,
mentalizando a cor azul, neste momento, o som permanece ainda com o tambor em ritmo de
jornada, nos conectando e levando ainda mais para outras dimensões, mergulhando em esferas
muito mais profundas. Peça para seu cliente continuar recebendo toda a energia dos céus, para
que tudo o que estiver ligado com a comunicação, a fala, o ouvir, a escrita, a maneira de se fazer
entender e de compreender possam ser equilibradas. Emita um comando para que a sua fala
pesada, as discussões inúteis, as intrigas e fofocas possam se esvair de você. Continue a emitir
um comando para seu corpo físico para que sua garganta, ouvidos, tireoide, cordas vocais
permaneçam em equilíbrio. E assim, o poder da palavra, a facilidade para decidir, sua fala clara,
farão com que acrescente em sua vida o poder das preces.

Em seguida, peça para seu cliente tomar uma respiração profunda, emitindo um comando para ir
até o sexto Chakra do Terceiro Olho (Ajna), localizado no meio da testa, mentalizando a cor
índigo, o tambor nesse momento passa para um ritmo monótono, porém acelerado, trazendo
consciência da nossa visão física e espiritual, assim, peça para seu cliente continuar recebendo a
energia do céus, para que a intuição, a clarividência e a visão ampliada se estabeleçam e nos
liguem sutilmente com as vibrações provenientes das emanações divinas.

Emita neste momento, um comando para que sua vida espiritual não seja deturpada por ilusões,
fantasias, sonhos, ideias fixas, excessiva atividade mental, mas que a concentração e a meditação
se faça a cada dia mais presente em sua vida.

Que partes do seu corpo físico como, olhos e nariz e tudo que ali geram, como sinusite, miopia
possam permanecer em equilíbrio. E assim, com sua visão inteligente estabelecida, será fácil ver
as soluções de tudo o que é necessário para sua vida, adquirindo grande capacidade de sintonia,
de entendimento de clareza e de seus pensamentos.

Em seguida, peça para seu cliente tomar uma respiração profunda, emitindo um comando para ir
até o sétimo Chakra da Coroa (Sahasrara), sua localização é no topo da cabeça, mentalizando a
cor violeta, o tambor nesse momento cessa, e o silêncio toma conta do seu Ser, então você passa
a escutar o seu próprio ritmo interno, sua conexão com seu coração, alinhado com o coração de
Pachamama e por meio deste silêncio passa a fazer comunicação com o Plano Espiritual. E
assim, passa a se conectar com um estado de consciência ligados com o Ser Supremo.

Neste momento você emite um comando a seu cérebro para que todas suas crenças limitadoras e
dogmáticas se esvaiam e você se dedique no máximo do seu potencial espiritual (mestre interno).
Continue a emitir o comando para que partes de seu corpo físico, tal como, a cabeça, o cérebro e
o sistema nervoso permaneçam em equilíbrio. E assim, conectados com tamanha vibração,
nossas orações fluem melhor, trazendo um estado de consciência, de fé, de poder e alegria em
trilhar o caminho espiritual e uso dos dons espirituais que todos nós temos.

E agora finalizamos respirando profundamente como no início, emitindo um comando para seu
cérebro, que todo o alinhamento dos seus quatro corpos (físico, mental, emocional e espiritual)
possam estar restabelecidos e possa ser concluído, convidando a sentir o ritmo de sua alma.
Neste momento, você (terapeuta), pode colocar uma música bem suave, para que seu cliente
possa ir voltando lentamente e você fala com uma voz sensível e gentil, para que ele vá mexendo
seus pés, mãos, todos os seus membros e quando estiver confortável e seguro possa se sentar.

A ideia é que isso leve alguns minutos, pois varia de uma pessoa para outra, quando você
perceber que seu cliente está consciente por completo, pergunte a ele: o que achou da
experiência? o que você está sentindo?

E se for necessário, utilize mais uma vez o pêndulo para verificar se os chakras estão
harmonizados e equilibrados.

Você pode utilizar este método quantas vezes achar necessário dentro do seu consultório, tendo a
permissão de seu cliente, é um método que não existe contraindicação.

Por fim, lave suas pedras no recipiente com água, coloque uma folha da erva de sua escolha e as
pedras em suas mãos, macerando esta folha e ao abrir a palma de suas mãos, retire os fragmentos
da folha entregando ao fogo, elevando seus pensamentos para que tudo seja transmutado e limpo.

RESGATE DA ALMA
Ao realizar o resgate, o xamã se move para o Estado de Consciência Xamânico, sendo guiado ao
som dos tambores que ajuda a alcançar este estado para realizar o processo.

Segundo Achterberg (1985) citada por Ingermam (2008, p. 60). O tambor prevalece como meio
mais importante de entrar em outras realidades. Cientistas descobriram que ouvir uma batida de
tambor, facilita as ondas cerebrais nas faixas Alfa e Teta, permitindo que o xamã sincronize suas
ondas cerebrais com a pulsação da Terra. A maioria de nós busca um claro sentido de nós
mesmos, percebemos que as únicas sensações de completude vêm de dentro. Entendemos que a
segurança exterior é falsa e que precisamos nos sentir seguros dentro de nós mesmos. Quando
estamos presentes, ou em casa, é muito mais fácil nos sentirmos em paz, seguros e em harmonia
com todo o Universo.
O Resgate da Alma tem como objetivo fazer esta ponte entre o real e o irreal, entre o visível e o
invisível, dentro da energia da amorosidade, respeitando a ancestralidade.

Dentro da técnica do Resgate da Alma, é fundamental a intenção e a confiança para o processo


de cura xamânica. Articula ainda que, o trabalho não é feito sozinho, e que os xamãs são apenas
instrumentos pelo qual o poder do Universo se manifesta, pedindo ajuda aos espíritos’.
(INGERMAN, 2008)

Em diversos povos esta técnica tão ancestral é praticada variando de acordo com cada cultura.

No mundo atual quando nos deparamos com pessoas que perderam seus fragmentos, podemos
observar que isso é decorrente de diversos traumas, que esta “Matrix” pode nos oferecer, tais
como: incesto, abusos físicos, estupros, perda de um ente querido, acidentes, experiências de
guerra, doenças graves e cirurgia. A perda consiste em sofrer esta agressão, afastando um
fragmento da alma humana do corpo.

Devido qualquer um desses traumas, a pessoa passa a sentir falta de uma parte sua, causando
uma grande sensação de vazio, a mesma por desespero passa a tentar suprir tamanho vazio
interno, procurando coisas externas, caindo em uma armadilha de vícios, tais como: álcool,
drogas, comida, sexo ou jogo.

Partes importantes de seu Self pode estar fora de alcance. Se assim for, a energia vital e os dons
naturais dessas partes estão temporariamente inacessíveis. Ingerman afirma ainda que, essas
partes perdidas sobrevivem em uma realidade incomum, da qual elas podem ser resgatadas
apenas por meios xamânicos (INGERMAN, 2008).

Ela ainda traz em sua obra, perguntas que te farão pensar se você sofre de perda da alma.
1. Você já teve dificuldade para ficar “presente” em seu corpo? Às vezes, sente-se fora do corpo,
observando-o como se assistisse a um filme.

2. Você já se sentiu entorpecido, apático ou enfraquecido?


3. Você sofre de depressão crônica?

4. Você tem problemas com seu sistema imunológico e dificuldades para resistir às doenças?

5. Quando criança, você estava sempre doente?


6. Você tem lacunas nas lembranças de sua vida após os cinco anos de

idade? Você sente como se tivesse apagado traumas significativos de sua vida?
7. Você luta contra vícios como, por exemplo, álcool, drogas, comida, sexo ou jogo?
8. Você procura coisas externas para preencher um vazio interior? 9. Você já encontrou
dificuldade para levar adiante sua vida depois de um divórcio ou da morte de um ente querido?
10. Você sofre de síndrome de múltiplas personalidades?

Abordaremos a importância dos tambores em mais um processo de cura dentro da ancestralidade


xamânica. Segundo Acheteberg (1985) citada por Ingerman (2008, p. 60) O tambor do Xamã,
impera como o meio mais importante de entrar em outras realidades, e como uma das
características mais universais do xamanismo.
Já tratamos mais profundamente sobre vibração e frequência anteriormente e vimos que as ondas
Tetas (4-7 ciclos por segundo), está relacionada com criatividade, visões vividas e estados de
êxtase.

Em seu livro Resgate da Alma, Sandra Ingerman afirma que “o objetivo principal do resgate é
trazer a essência, para que sua energia, sua autoestima volte e ela consiga viver de uma forma
significativa adquirindo mais clareza”.

Sendo assim, uma das perguntas mais importantes para se fazer para alguém que está prestes a
vivenciar esta medicina, é se ela deseja que ocorra uma mudança significativa em sua vida, pois
ela realmente mudará.

Outro aspecto importante a refletir, é o que irá fazer com tudo isso. Dentro dessa maravilhosa
técnica, a grande maioria das pessoas fazem alterações que trazem de volta a harmonia e
mudanças significativas. Sandra em sua magnífica obra, nos descreve uma história de Resgate da
Alma contada por Joseph Compbell em The woy of the animal power.

Sem dúvida o mais importante, de todos esses recursos Malo-Altaico é o tambor; e os Buriat ou
Irkutsk afirmam que graças ao poder do tambor, originalmente de dois couros, seu primeiro
xamã, Moyan-Kara, conseguia trazer de volta até mesmo a alma dos mortos.

Erlen Khan, o Senhor dos Mortos, reclamou com o grande Deus Tengri, que por causa de
Moyan-kara ele não conseguia mais segurar as almas trazidas para ele por seus mensageiros;
então o próprio Tengri resolveu colocar o xamã à prova com um teste. Ele se apossou da alma de
certo homem, colocou-a em uma garrafa e depois, segurando a garrafa na mão e tampando-a com
o polegar, ele esperou para ver o que o poderoso Buriat faria.

O homem cuja alma foi pega ficou doente e sua família foi procurar por Moyan-Kara. O xamã
imediatamente reconheceu que a alma do homem havia sido roubada, e montando em seu
maravilhoso tambor, ele procurou nas florestas, nas águas, nos desfiladeiros das montanhas, em
toda a Terra, e depois desceu ao submundo. Não encontrando a alma em nenhum desses lugares,
só havia um local onde procurar: o Paraiso Supremo. Então, sentado em seu tambor, ele levantou
vôo e cruzou os céus por alguns instantes, antes de perceber que o radiante Deus Supremo estava
sentado com uma garrafa em sua mão, tapando o gargalo com seu polegar. Estudando a situação,
Moyan-Kara percebeu que dentro da garrafa estava exatamente a alma que ele tinha ido resgatar.
Então, ele se transformou em uma vespa, voou até o Deus e deu-lhe tamanha ferroada na testa
que seu polegar se contraiu e a alma escapou. O que Tengri viu a seguir foi o xamã, com a alma
resgatada, novamente em seu tambor, voltando para a Terra. Ele pegou um raio, lançou-o e o
tambor foi cortado ao meio, e é por esse motivo que os tambores xamânicos agora só têm um
lado.

E assim, podemos observar e entender um pouco mais sobre a magia e o poder dos tambores no
xamanismo. (INGERMAN, 2008).
CARTAS
As cartas que compõe o livro Tambor Xamânico, são ferramentas que trazem direcionamentos
em sua jornada de autoconhecimento, através de alguns arquétipos do xamanismo aliados ao
tambor. Por isso, não são cartas limitadoras, mas sim, cartas que fazem uma costura na trajetória
de um Tamboreiro Ancestral proporcionando a própria evolução espiritual.

As cartas do Tambor Xamânico, visam abrir portais para um mundo de magia, beleza e
sabedoria, tornando acessível a conexão a todos que se permitem uma entrega nesta jornada.
Estes portais nos aproximam de uma conexão maior com a natureza, com nossos ancestrais, com
os animais, com povo de pedra, com povo em pé (árvores) com a nação do céu, com Pachamama
e com os elementos. Enfim, toda natureza e divindades ligadas a ela. Estas ainda, trazem uma
profunda consciência para que cada indivíduo possa refletir melhor em seu momento de vida e
permitem desenvolver sua autoconfiança e crescimento neste mundo em que vivemos.
As cartas surgem de uma conexão da abertura de um grande portal ancestral, que foram
canalizadas por três buscadoras que acreditaram e ainda acreditam no processo de cura que a
medicina dos tambores xamânicos podem oferecer.

Buscadoras que através de uma profunda entrega em meditações, com a Madrecita Ayahuasca
canalizaram todas as figuras que foram desenvolvidas de forma livre e fluida, trazendo a conexão
com os Mestres Espirituais que as conduziram com amorosidade em todos os momentos.

LEITURA DAS CARTAS:

As cartas que compõe o livro Tambor Xamânico, consiste em dois baralhos diferentes com
quarenta e duas cartas em cada. Um representa os arquétipos citados no livro e o outro representa
palavras chaves que complementam o direcionamento destes arquétipos. As cartas podem ser
utilizadas de forma livre, ou seja, no uso individual, em grupos ou em terapias.

A proposta de leitura das cartas é de que sejam cartas associativas, por isso não possuem um
jogo direcionado, utilizando assim, as cartas de forma intuitiva, propiciando diversas
combinações de leitura que revelam sentimentos e valores onde o conjunto das cartas trazem ao
leitor um direcionamento na sua forma universal do Eu analítico e o intuitivo de acordo com o
momento de vida em que se encontra.

01 - Tamboreiro Ancestral
Ensinamento
Se você escutou uma voz te chamando para adentrar no mundo dos Tamboreiros Ancestrais, você precisa entender que isso é seu
por direito ancestral e ninguém pode tirar isso de você, pois essa voz é dos seus ancestrais.

Você está sendo solicitado em trazer do plano astral para o plano físico seu tambor de alma, sua verdadeira essência. Se essa
força bateu em sua porta, você tem a responsabilidade de trabalhar para o bem maior do Universo, trazendo o ritmo do seu
tambor alinhado com seu ritmo interno para mudar sua frequência e a do Planeta.

02 - Cherokee
Ensinamento
O povo Cherokee tem uma forte conexão com a espiritualidade, e seu elemento é o ar. Eles diziam que o Grande Espírito lhes deu
as suas terras, e na mesma, construíam também suas próprias casas utilizando o “todo da natureza”, aproveitando cada provisão.

É um povo de grande poder de magia, com grandes passagens históricas e espirituais e com muita energia, que faz com que o
inimigo não possa capturá-lo.

Se esta carta se apresentou, você está sendo convidado a se conectar com sua espiritualidade e ancestralidade, possuindo assim,
um estado de presença com profunda integração entre corpo e espírito, acessando outros mundos, trazendo conhecimentos e
vivências profundas, trabalhando sua força e energia, transformando em um ser pleno, consciente de seus poderes e de suas
ritualísticas.

03 - Lakota
Ensinamento
Reza a lenda Lakota que a mulher deve ser sábia, portadora de magia que restaura a união entre todos os filhos da Mãe Terra,
contribuindo com o equilíbrio da natureza.
O arquétipo desta figura feminina de grande poder, dá início em uma nova era, recordando velhas tradições.

Traz como essência não a beleza física e sim a beleza interior, traz força, coragem, empoderamento de si, traz também a leveza de
entoar cânticos, melodias, versos e fazer a Terra feliz. Se esta carta se apresentou, você está sendo convidado a se conectar com o
elemento terra, buscando alternativas para eliminar bloqueios, medos, traumas, fobias e condicionamentos percorrendo o
caminho da auto cura dentro de sua espiritualidade.

04 - Pueblo
Ensinamento
Os índios Pueblos são reconhecidos por construírem suas casas sobre as rochas para poderem observar, avaliar e traçar as metas
necessárias para as batalhas. As casas dos Índios Pueblos eram impressionantes, pois eram grandes e tinham vários andares. Os
homens Pueblos nos revelam uma extraordinária figura de chefes tribais, conectados com o elemento fogo, chamados “homens de
medicina”, guerreiros, caçadores, sobretudo homens de muita dignidade, prontos para servir seu povo e ajudar em qualquer
batalha. Se a carta do Pueblo se apresentou a você, é chegada a hora de resgatar sua essência, vencer suas batalhas internas,
tornando-se curador de si mesmo onde o guerreiro desperto em si, utiliza sua força para ajudar os outros em suas batalhas
internas com novas percepções e estratégias, pois enxerga o mundo de outro prisma.

05 - Oceânico
Ensinamento
O tambor oceânico traz uma profunda imersão em nossos próprios sentimentos, ligados totalmente com o elemento água, nos traz
o silêncio, a meditação, a sabedoria do nosso Sagrado Feminino, o encontro com as faces da Deusa.

Se esta carta se fez presente, está convidando você a imergir em suas emoções, buscando o domínio de seus sentimentos e a
conectar-se com seu “Eu” interior, sintonizando seu coração, podendo viajar para outros mundos e com plena sabedoria nos
conecta com a Mãe Terra.

06 - Pow Wow
Ensinamento
A principal simbologia deste tambor é a união de pessoas para celebração, nos permitindo adquirir ânimo para a vida. Podemos
nos reunir em círculo, partilhar de antigos saberes, proporcionando um sentimento de união.

Se esta carta se fez presente, você pode estar sendo solicitado em participar desses círculos, podendo reforçar sua capacidade de
viver em harmonia com nosso Planeta, buscando e se permitindo o apoio de outras pessoas, recebendo um ombro amigo onde
possa se apoiar.

07 - Elemento Ar - Fluidez
Ensinamento
O Ar está ligado com a direção norte, com o inverno, este pode estar te convidando a prestar atenção em sua respiração e quais
estão sendo seus pensamentos e ideias.

Este elemento tem a capacidade de focalizar suas energias em ideias específicas que ainda não se materializaram, estão ligadas
em seus profundos e mais ocultos sonhos, portanto, traz um modo de expressão mais abstrato no que se refere a arte. O elemento
tem como função estimular o raciocínio e uma de suas principais características é a comunicação. O mesmo ar que pode soprar e
refrescar, também pode incendiar e espalhar impurezas. E neste caso é extremamente necessário se auto observar, a comunicação
pode ser maravilhosa, pois nos tornamos mais ativos, cheios de ideias, mas seu aspecto negativo pode indicar que estamos
falando demais, e pode causar vibrações negativas.

A ideia é que diariamente você se pergunte se está falando muito ou pouco, e qual a necessidade de sua fala. Esse elemento
também nos traz a necessidade da observação de nossas ideias, muitas vezes ficamos presos no plano das ideias e não
enraizamos, por esse motivo o enraizamento é importante, para que essas ideias possam trazer grandes realizações.

08 - Elemento Terra - Enraizamento


Ensinamento
A terra está ligada com a direção sul, com a primavera, este traz uma força sólida, ela representa nosso corpo físico, traz a
fertilidade e nos sustenta. A força desse elemento pode nos trazer praticidade em nossas decisões, nos permitindo estar sempre
com os pés enraizados ao chão.

Quando em equilíbrio, podemos nos tornar práticos, organizados e pacientes e ainda aproveitar os prazeres da Terra, respeitando
a natureza, os animais e todos que nela habitam. Porém em desequilíbrio, se faz necessário prestar atenção se não estamos nos
tornando pessoas inflexíveis, teimosas, lentas e materialistas.
09 - Elemento Fogo
Ensinamento
O fogo, está ligado com a direção leste, com o verão, com a energia universal irradiante. Esta energia é excitável e entusiástica,
desenvolve uma grande fé em si mesmo, buscando sempre seu mestre interno.

As pessoas do elemento fogo, são capazes de expressar de forma natural sua liberdade, muitas vezes cativante aos outros, mas
pode parecer ofensiva aqueles que são mais cautelosos e sensíveis.

Pertencer a este elemento, requer a expressão da autenticidade, esta força está constantemente nos convidando a ser quem somos,
a olhar para nossos desejos mais profundos. Este elemento traz um grande poder de criatividade, porém é preciso trabalhar a cada
dia sua intuição, percepção, discernimento e visão.
10 - Elemento Água
Ensinamento
A água está ligada com a direção oeste, com o outono, este traz o contato com nossos próprios sentimentos e emoções. Quando
sintonizados com o Mestre Interno a consciência se estala e nos tornamos mestres da intuição.

A força desse elemento pode trazer a paciência e adaptação em qualquer ambiente. Possuem uma percepção aguçada, sabem lidar
com os problemas com grande tranquilidade, são honestas, sonhadoras, porém é necessário auto-observação, pois tendem a
fantasiar diversas relações.

Quando em equilíbrio transmite calma e sabem escutar o próximo, quando em desequilíbrio pode se tornar “esponja” absorvendo
muita energia dos ambientes, tem a tendência de se perder nas próprias emoções, nos seus pensamentos, perdendo o foco e
concentração para a tomada de decisões importantes em sua vida.

11 - Inverno - Introspecção
Ensinamento
Ao estudarmos cada estação do ano, observamos que muito podemos aprender com os ciclos da natureza. Cada estação traz
diversas simbologias no xamanismo.

Se a carta do Inverno se fez presente, você está sendo convidado a se recolher para poder avaliar os ciclos passados, pesar o que
se foi e o que ficou. É uma ótima oportunidade de entrar em contato com a própria sombra, entendendo nossos maiores aspectos
escondidos e assim perdendo o medo de encará-los de frente, podendo também entender que existem momentos em nossas vidas
que precisamos diminuir nosso ritmo para poder escutar a voz do nosso Mestre Interno.

12 - Primavera - Renascimento
Ensinamento
Ao estudarmos cada estação do ano, observamos que muito podemos aprender com os ciclos da natureza. Cada estação traz
diversas simbologias no xamanismo.

Se a carta da Primavera se fez presente, você está sendo convidado a florescer, está recebendo uma força extra para enxergar uma
beleza, que está além dos olhos, uma beleza vista com olhos do coração, trazendo para si a mais pura essência do seu Ser.

13 - Verão - Alegria
Ensinamento
Ao estudarmos cada estação do ano, observamos que muito podemos aprender com os ciclos da natureza. Cada estação traz
diversas simbologias no xamanismo.

Se a carta do Verão se fez presente, você está sendo convidado a despertar, utilizando da energia do Avô Sol, e dos seus raios que
nos nutrem a cada dia, nos fortalecendo para novos desafios e um novo olhar para um despertar sereno.

14 - Outono - Morte
Ensinamento
Ao estudarmos cada estação do ano, observamos que muito podemos aprender com os ciclos da natureza. Cada estação traz
diversas simbologias no xamanismo.

Se a carta do Outono se fez presente, você está sendo convidado a aprender sobre o desapego e renovação, adquirindo sabedoria e
entendimento que em determinadas circunstâncias da sua vida a única coisa que nos resta a fazer é esperar, pois o tempo pode ser
seu maior aliado.

15 - Norte
Ensinamento
Nesta direção o caminho sagrado da sabedoria universal pode se fazer presente em sua vida, se adquirir a capacidade de aceitar o
que é incomum, com um sentimento de graça e leveza.

A sabedoria é um degrau de ascensão que pode estar lhe sendo revelado em seu processo evolutivo. Você deve ser agradecido por
esses novos conhecimentos, por essas novas experiências na sua vida pessoal.

Quando trilhamos o caminho da sabedoria, entramos em contato com as lições do “Búfalo Branco” e transitamos por esse
caminho de ancestralidade, honrando a cada dia o Arquétipo do Guerreiro nos tornamos sólidos. A maior sabedoria no caminho
do autoconhecimento pode vir das experiências vividas, sendo assim, é possível entrar em contato e compreender desta fonte
universal inesgotável de nossa ancestralidade.

16 - Sul
Ensinamento
A direção Sul tem grande ligação com a “Criança”, com a juventude e representa o lugar onde a vida física começa.

Muitas vezes, quando adultos não nos permitimos ver a beleza da vida, a inocência de “nossa criança”, e durante esses momentos
é que podemos perder nossa autoestima, medos começam a surgir e destruir nosso perfeito ritmo interno, assim esquecemos que
todos estamos interligados.

Jamie Sans nos ensina sobre o “Coiote” e a beleza que existe em nossa inocência infantil, até que nos tornemos sérios demais,
perdendo todas as características deste arquétipo.

Se esta carta da direção Sul chegou até você, está sendo convidado a encarar a vida de uma forma mais alegre e tranquila, você
pode se permitir liberar recursos que se encontram aprisionados em você, sentimentos puros e imaculados, adquirindo confiança
em si mesmo, deixando seus medos, carências e a dependência, trazendo para sua vida o arquétipo da “Criança”, retornando a
essa beleza, deixando as máscaras, escutando a sua voz inocente, para que possa recuperar a magia que nela há e assim se
permitir entrar em contato com o Arquétipo do Curador e equilibrar seu próprio corpo, encontrando alívio e fluidez para conhecer
a si mesmo.

17 - Leste
Ensinamento
É no Leste que o Avô Sol nos saúda a cada manhã, um centro iluminado de grande poder.

Neste momento de sua vida, se permita a olhar para dentro de si e observar seus talentos, a criatividade que você possui e a
observar também quais as mudanças e escolhas necessárias que você precisa fazer em sua vida, para transmutar e entender sua
energia e trilhar um caminho de sabedoria, onde dar e receber façam parte da sua vida.

Se esta carta se fez presente e você anda confuso em determinados relacionamentos, é chegada a hora de prestar mais atenção na
organização e planejamento da sua vida.

Você está sendo solicitado a finalizar projetos, assim você se tornará mais receptivo, tendo mais clareza em sua caminhada.
Limpe a poeira de tudo aquilo que está parado em sua vida, adquira olhos de “águia”, voando além, se permitindo a entrar em
contato com o Arquétipo do Visionário, com seu Sagrado Masculino, para que possa ver sua coragem e todo o novo.

18 - Oeste
Ensinamento
A direção Oeste nos traz uma capacidade de interiorização, tem ligação com o Feminino Sagrado, com a caverna da grande
“Ursa”, aquela que te ensina sobre introspecção, que te faz olhar para seus objetivos e compreender como podem afetar sua vida,
esta direção está ligada com tudo aquilo que o futuro nos reserva. Um lugar onde temos que olhar para dentro, onde entramos em
contato com nossas mais profundas emoções, penetrando seu silêncio, adquirindo coragem para ter maior clareza interna.

Seguindo nessa direção podemos descobrir e ter contato com Arquétipo do Mestre, adquirindo sabedoria para escutar nossa
própria voz, assim permitindo um profundo contato com o povoem-pé (as Árvores), o Povo de Pedra, as Criaturas Aladas, a Mãe
Terra, o Pai Céu, o Avô Sol, a Avó Lua, os quatro espíritos chefes, Ar, Terra, Água, Fogo e todos as demais formas de vida.

19 - Guerreiro
Ensinamento
Para poder estar em harmonia e equilíbrio com a natureza nas tradições xamânicas, temos que seguir alguns princípios, buscando
a sabedoria em diversos arquétipos. Observando todos os ensinamentos, representações, força e coragem que eles nos trazem.

Se você está com a carta do Guerreiro, você precisa optar-se por estar presente, permitindose adquirir um recurso humano de
poder de comunicação para se tornar um guerreiro habilidoso que sabe honrar e respeitar sua própria vida.

20 - Curador
Ensinamento
Para poder estar em harmonia e equilíbrio com a natureza nas tradições xamânicas, temos que seguir alguns princípios, buscando
a sabedoria em diversos arquétipos. Observando todos os ensinamentos, representações, força e coragem que eles nos trazem.

Se você está com a carta do Curador, você precisa prestar mais atenção ao que tem coração, adquirindo recursos humanos do
amor, gratidão, respeito e valorização, reconhecendo que o poder do amor é a mais poderosa energia de cura de que o ser humano
dispõe.

21 - Visionário
Ensinamento
Para poder estar em harmonia e equilíbrio com a natureza nas tradições xamânicas, temos que seguir alguns princípios, buscando
a sabedoria em diversos arquétipos. Observando todos os ensinamentos, representações, força e coragem que eles nos trazem.

Se você está com a carta do Visionário, você precisa sempre dizer a verdade, sem culpar ou julgar, sempre com autenticidade,
assim poderá ampliar sua visão e intuição. Dizer e praticar a verdade é um recurso humano valioso, que nos permite adquirir uma
força interior, e nos convida a ser quem realmente somos.

22 - Mestre
Ensinamento
Para poder estar em harmonia e equilíbrio com a natureza nas tradições xamânicas, temos que seguir alguns princípios, buscando
a sabedoria em diversos arquétipos. Observando todos os ensinamentos, representações, força e coragem que eles nos trazem.

Se você está com a carta do Mestre, você precisa estar aberto para os resultados e não preso a eles, adquirindo do recurso humano
da sabedoria e da objetividade, buscando desapegar de tudo que não é necessário para seu processo evolutivo espiritual.

23 - Ancestral - Sabedoria
Ensinamento
Ancestralidade é tudo aquilo que nos antecedeu, que está no passado e antepassado. Quando pensamos em nossos ancestrais,
percebemos a importância deste grande legado de ancestralidade, que de certa forma nos influencia a sermos quem somos.

Podemos entender que quando fazemos “escolhas” em nossa vida, como relacionamentos, atuação profissional, entre tantas
outras coisas, estaremos influenciando as escolhas de nossos descendentes por algumas gerações.

Se você foi convidado a olhar para sua ancestralidade, observe se você está respeitando seus ancestrais, se você está se
permitindo ouvir, reflita sobre suas escolhas e quais suas reações. Você está sendo convidado a retornar a suas raízes, trazendo
sua força e de seus ancestrais, abrindo seu coração para sua verdadeira essência.
24 - Criança - Inocência
Ensinamento
Dentro do arquétipo da Criança, observamos que a criança é pura e alegre, que para ela não existe barreiras e não há limites. A
criança é puro amor e é a mais pura essência divina.

Ao longo de nossas vidas, quando vamos nos tornando adultos, permeando um caminho, onde se faz necessário a
responsabilidade de tantas coisas para dar conta da vida adulta e não paramos para olhar para dentro de nós e se perguntar onde
foi que perdemos a força espontânea e pulsante, onde deixamos nossos sonhos, talentos, amor incondicional e tantas outras
coisas.

Se sua criança se apresentou para você, está sendo convidado a olhar que tipo de adulto se tornou, e quais atitudes você pode
fazer para melhorar a sua vida, se inspirando e deixando o fluir da alegria e do amor fazer parte novamente de você.

25 - Masculino Sagrado
Ensinamento
Quando falamos em Masculino Sagrado, o primeiro passo é entender que os homens também têm seus ciclos e é necessário
respeitá-los. Estes ciclos estão completamente ligados com o Avô Sol, com o calor que restaura sua força.

É necessário entender que ao longo do ano passamos por todos os ciclos, nascimento, morte e renascimento, e que o homem só se
torna curado quando com muita coragem, consegue durante estes ciclos resgatar o Feminino Sagrado dentro de si. E ao se
relacionar intimamente, com esse “Ser Curado” aceita sua sensibilidade, sua vulnerabilidade, se tornando capaz de adentrar ao
mundo de suas próprias emoções.

Se o Masculino Sagrado se fez presente em sua vida, está sendo convidado a olhar dentro de si e observar se não está sendo duro
demais consigo mesmo, não respeitando os limites de seu próprio corpo.

26 - Feminino Sagrado
Ensinamento
Quando falamos em Sagrado Feminino, não falamos somente do “Ser Mulher”, mas de um estado, uma evocação de um sagrado,
que permeia um encontro de devoção para com a vida. Toda mulher é uma “guia”, quando estamos em grupo, podemos
facilmente fazer a diferença, trazendo conforto e acolhimento.

No momento que nos lembramos de nossos dons, de nossa ciclicidade, da nossa verdadeira essência, podemos nos curar,
honrando nossos corpos e nossa sexualidade, como parte daquilo que somos.

Se o Feminino Sagrado se fez presente em sua vida, é o momento de poder resgatar o respeito no meio em que vive, em suas
diversas relações, é hora de trazer fluidez para seu corpo, adquirindo uma forte sensibilidade, amor incondicional para você e
para o outro.

27 - Árvore Cósmica
Ensinamento
A simbologia da Árvore Cósmica nos traz desde tempos imemoriais, grandes ensinamentos. Ela nos eleva aos céus, onde
podemos percorrer por três mundos, sendo as raízes que mergulham nas profundezas, nos abismos subterrâneos, seu tronco que
contempla a imensidão do Planeta Terrestre e seus ramos se erguem atingindo as estrelas brilhantes. A árvore se torna fonte de
vida, dando abrigo, alimentando, sendo símbolo de prosperidade.

Se esta carta se apresentou, você está sendo convidado a pensar se está enraizado, com profundas raízes enterradas ao solo,
buscando em sua vida uma perpétua evolução, sempre em ascensão, subindo em direção ao céus.

28 - Espirito Animal Guardião


Ensinamento
O Espírito Animal Guardião é um arquétipo, uma manifestação de nossa força interior. Nosso guardião pode dizer muito de nossa
personalidade ou comportamento.

Se a carta do animal guardião se fez presente, você está sendo convidado a observar as mudanças que estão ocorrendo em sua
vida e utilizar da energia, saberes e força de seu animal. Porém, se você não sabe qual é seu animal guardião, você pode estar
sendo solicitado a participar de uma vivência e encontrar o seu animal, pois ele já está em seu campo te rondando.

29 - Mentor
Ensinamento
Todos nós possuímos um Espírito Protetor, um Mentor que nos auxilia no caminho espiritual da nossa atual encarnação, são
como professores que nos orientam quando necessário.

Se você tirou a carta do Mentor pode ser que esteja precisando da ajuda dele e que é chegada a hora de se conectar. Para que essa
conexão aconteça, será necessário observar sua vibração energética, pois os mentores são seres espirituais de luz que estão
conosco para nos iluminar e ajudar em nosso processo evolutivo.

30 - Pachamama
Ensinamento
Pachamama é a grande Mãe-Terra, é vista pelos nativos como um símbolo de fertilidade, pois gera e sustenta a vida em nosso
Planeta. Se esta carta se fez presente, você está sendo convidado a observar seu templo interior e receber da vida prosperidade,
sustento e boas energias. Pachamama é aquela que possui o dom da purificação e da limpeza, por isso, planta no coração de todos
o amor e o perdão. Esteja aberto para receber tudo que a vida está oferecendo, fique atento as oportunidades e desfrute com
sabedoria e gratidão o que lhe está sendo ofertado.

31 - Espaço Sagrado
Ensinamento
Nas tradições xamânicas, todas as formas de vida possuem um Espaço Sagrado, particular, que é lhe dado por direito ancestral.
Este espaço é seu templo energético. É um local de poder pessoal, inviolável, onde permite nos conectarmos com nossa
ancestralidade, nossos animais e divindades na mais pura essência do nosso Ser. É um espaço, onde sua principal função é
permitir entrar em um estado profundo de meditação, para poder visualizar vários portais que trarão novos conhecimentos e
aprendizados.

Ao entrar em contato com essa carta, é necessário entender que estamos falando do seu Espaço Sagrado, um lugar que pode
permear outras dimensões e que somente você tem acesso as informações que a contém.

Preservar o Espaço Sagrado é demarcar limites. É aprender a dizer não e a expressar a sua verdade. É trilhar o caminho do
Guerreiro e não deixar se invadir em nenhum aspecto, seja energético, mental, emocional ou mesmo físico. Respeite seu espaço
divino, não permita que ninguém adentre sem ser convidado. Devemos proteger nosso Espaço Sagrado para aprender a respeitar
o Espaço Sagrado do outro, pois o respeito que você demonstra por si mesmo, fortalece a sua forma de se relacionar com o
mundo.

32 - Resgate da Alma - Fragmento


Ensinamento
Neste mundo é exigido uma enorme quantidade de energia psíquica, procurando a cada dia respostas para tantas dores. A perda
da alma, se dá por qualquer evento que o indivíduo considere traumático.

A carta Resgate da Alma, está te oferecendo uma nova oportunidade de vida, onde a completude pode fazer parte de você. Nesse
momento você pode visualizar, perceber e sentir uma profunda conexão com seu Ser Divino.

Procure observar seus traumas e se permita resgatar seus fragmentos perdidos com amorosidade, acolhendo e ressignificando
cada um, adquirindo assim a completude para sua vida.

33 - Direção - Caminho
Ensinamento
A Bússola é um instrumento de orientação que gira livremente, através de pontos magnéticos e que nos orienta a direção dos
pontos cardeais, a partir do posicionamento daquele que a possui em mãos. Se esta carta se apresentou, você está sendo
convidado a parar e observar qual caminho seguir para alcançar aquilo que é necessário para realização de suas metas e objetivos.
É avaliar dentro das direções e dos arquétipos xamânicos, qual é seu posicionamento atual e qual a melhor direção a ser trilhada
dentro do seu caminho na busca do autoconhecimento. A bússola nos traz constante movimento e direcionamento.

34 - Básico (Muladhara)
Ensinamento
Este chakra é responsável pela absorção da energia da Terra e pelo estímulo da energia no corpo, portanto está ligado a
sobrevivência e a matéria.

Se a carta do chakra básico se apresentou, você está sendo convidado a refletir sobre o cumprimento de suas metas materiais, as
atividades que trazem segurança, a sua energia física e seus relacionamentos com pessoas, seja amoroso, no trabalho, em família.
É sentir dentro de você a energia que impulsiona a sua vontade de viver, trazendo consciência do seu Eu.

É importante analisar se há aspectos em desequilíbrio como apego, domínio, medo, resistência a mudanças, satisfações imediatas
de seus desejos. É necessário a análise destes aspectos para estabelecer o equilíbrio, trazendo a consciência, proporcionando um
desenvolvimento saudável.

35 - Sacro (Svadhistana)
Ensinamento
Está ligado a criatividade, a vitalidade e a sexualidade. Se a carta deste chakra se apresentou, você está sendo convidado a olhar
para dentro de si, para seu Eu interior e a observar as ações que trazem alegria, prazer e autoestima para sua vida. É trazer
consciência em seus relacionamentos, autoconfiança, desenvolver a habilidade de dar e receber e do desenvolvimento da
maturidade emocional.

Observe ainda, se há aspectos em desequilíbrio como desejo de aprovação, sentimento de rejeição, abandono ou submissão.
Mergulhe em suas emoções, busque o equilíbrio que trará o controle saudável de seus sentimentos adquirindo a confiança
necessária do autoconhecimento do Ser como um todo.
36 - Plexo Solar (Manipura)
Ensinamento
Representa a força primordial do indivíduo, de poder e vontade. É onde atua nosso Ego. Se esta carta se apresentou, você está
sendo convidado a refletir sobre o seu poder de escolha e suas consequências. É observarmos nosso Ego, humor e controle
emocional, aprendendo a ter autocontrole. É o desenvolvimento do poder pessoal que sustenta sua ideologia e traz a consciência
do coletivo. A carta nos chama a fazer bom uso da lógica e da razão, nos conduzindo a boa administração de nossos
empreendimentos e nas conquistas de nossos objetivos. Em desequilíbrio, nos alerta a observarmos nossas inseguranças,
desconfianças, dependências, egoísmo, impulsividade e compulsividade. É chegada a hora de transcender o Ego.

37 - Cardíaco (Anahata)
Ensinamento
Está ligado ao amor incondicional e a verdadeira essência do Ser Superior que habita em nós. Se esta carta se apresentou, você
está sendo convidado a observar a movimentação dos seus sentimentos, a transcender os valores do Ego, trazendo consciência do
Eu Superior e um novo olhar às necessidades humanas, integrando corpo-mente-espírito com plenitude e empatia pelo outro.
Perceba se não há aspectos em desequilíbrio que precisam ser trabalhados em você, como medo, angústia, arrogância, amor
condicional e sensação de vazio.

38 - Laríngeo (Vishuddha)
Ensinamento
Está ligado a maneira como cada um se expressa. É o chakra conhecido como “Portão de Jade” pois serve como veículo de
transformação da nossa realidade através da invocação das palavras com o Divino, ou seja, aquilo que falamos torna-se um desejo
realizado.

Se esta carta se apresentou, reflita sobre sua auto expressão, como você exterioriza seus sentimentos e pensamentos, buscando o
uso sensato da comunicação com discernimento, equilíbrio e segurança.

Entregue-se as inspirações superiores e dê poder a suas palavras, materializando sua vontade através desta força poderosa. Saiba
ouvir e silenciar respeitando a voz do outro. Fique atento a agitação mental.

39 - Frontal (Ajna)
Ensinamento
Está ligado a mente, a intuição, aprendizagem e conhecimento.

Representa nossa percepção interior, ao olho que tudo vê (clarividência). É o despertar do “Deus” que estava adormecido no Ser,
desenvolvendo poderes psíquicos, a intuição, as energias do coração e da garganta, operando assim a mente crística.

Se esta carta se apresentou, você está sendo convidado a observar, sentir e a vivenciar os dons espirituais concedidos a você que
estão despertos, através da conexão profunda com a inteligência divina. É o momento de utilizar este potencial para transformar o
karma individual. Trabalhar com a verdade, com a manifestação da luz divina, através destes dons concedidos. É vivenciar o
encontro com formas superiores através da meditação ou projeção, promovendo o equilíbrio psíquico e contemplando a centelha
divina que há em você.

40 - Coronário (Sahasrara)
Ensinamento
Está relacionado a espiritualidade na sua totalidade. É o portal que encontramos a compreensão do Universo e conseguimos
identificar o meio de evolução do nosso espírito, tornando claro a missão e o propósito de nossas vidas. Se esta carta se
apresentou, você está sendo convidado a refletir sobre sua missão em um estado de máxima consciência, por onde entendemos
que somos muito mais do que nossa presença física, nosso espírito e nosso verdadeiro “Eu”, assim, transcendemos muitos outros
mundos que fazem parte de uma vontade Universal.

É onde a mediunidade está manifestada com alto grau de integridade. Traz consciência do verdadeiro poder de transmutação,
sensação de profunda paz e inteireza do Ser.
41 - A Roda de Cura
Ensinamento
A Roda da Cura é um Elo Sagrado que engloba todos os ciclos da vida e representa as lições pelas quais devemos passar para
honrar e evoluir em nossa jornada dentro do Caminho Vermelho e seus arquétipos; o Guerreiro, o Curador, o Visionário e o
Mestre. Dentro dos povos indígenas de cada continente e suas respectivas culturas, no que diz respeito aos pontos cardeais e as
estações do ano, podemos observar diversos posicionamentos. No entanto, nossa roda é baseada no estudo do Caminho
Quadruplo de Angeles Arrien.

Uma vez absorvida a lição de um determinado ciclo, a Roda irá girar. Contudo, o significado profundo da Roda vai muito além
da mudança. Seu giro nos faz admitir que existe um movimento ordenado por trás de tudo, que nada escapa à Inteligência Divina,
ainda que tenhamos dor, se nos entregarmos à esta Força Maior, o resultado será sempre um salto qualitativo da consciência, em
sua ascensão à iluminação.

Os índios Norte Americanos sabiam percorrer pelo caminho quádruplo, expressando sua sabedoria em todos os seus atos e
escolhas no mundo, desenvolvendo todo seu potencial. O caminho do Guerreiro, está ligada a direção Norte, ao elemento Ar, a
estação do Inverno, aos nossos Ancestrais e com o tambor Cherokee. Seu bálsamo de cura é a dança. O caminho do Curador, está
ligado a direção Sul, ao elemento Terra, a estação da Primavera, a Criança e com o tambor Lakota. Seu bálsamo de cura é o
Contar histórias. O caminho do Visionário, está ligado a direção Leste, ao elemento Fogo, a estação do Verão, ao Masculino
Sagrado e com o tambor Pueblo. Seu bálsamo de cura é o Canto. O caminho do Mestre, está ligado a direção Oeste, ao elemento
Água, a estação do Outono, ao Feminino Sagrado e com o tambor Oceânico. Seu bálsamo de cura é o Silenciar.

Se esta carta se apresentou, é necessário que haja uma entrega de sua parte, pois a resistência que oferecemos ao giro da roda
provoca estagnação do fluxo de energia, resultando em desequilíbrio, dor e adoecimento. É hora de resgatar o contato com sua
natureza interna, harmonizando-se com as forças da natureza, para reaprendermos a percorrer pela roda de cura, alinhando nosso
propósito de vida à Vontade Suprema.

É necessário reconhecer a importância e recuperar os quatro bálsamos de cura: contar histórias, o canto, a dança e o silêncio.

Nas tradições xamânicas acredita-se que quando paramos de cantar e dançar, não mais nos sentimos encantados por histórias ou
ficamos perturbados com o silêncio, estamos passando pela experiência de perda da alma, perda de fragmentos que abrem as
portas ao sofrimento e à doença. (ARRIEN,1997).

42 - Missão, Visão e Propósito


Ensinamento
A carta da missão, visão e propósito traz uma profunda reflexão através de três perguntas fundamentais; Qual é a sua visão de
futuro? Qual é a sua missão neste mundo? Qual o propósito que guia a sua vida? O objetivo desta carta é buscar olhar para si
mesmo e fazer com que você perceba e descubra o que te move a cada dia.

Existe algo maior dentro de cada ser humano, que nos impulsiona a superar nossos limites, podendo assim, enfrentar nossos
maiores medos, nos permitindo ir além dos nossos limites, isso se dá por acreditarmos em nossos talentos. Nossa missão de vida,
direciona nossas ações, construindo uma visão ampla e trazendo o entendimento do nosso propósito que nos faz ir em busca de
nossos sonhos e obter esses resultados. Portanto, missão pode ser entendida como princípio, meio e fim de tudo, norteando nossas
ações, nossos aprendizados e conquistas. Assim, ao entender sua missão de vida e o papel que exercemos no mundo, tudo começa
a fazer real sentido, nos tornamos plenos, felizes e empoderados.

A visão nos faz olhar para nossa missão de vida, e nos faz vislumbrar o futuro, nos guia para onde queremos chegar e para quais
resultados desejamos conquistar ao longo de nossa existência. Todas às vezes que sentimos, desejamos e imaginamos as nossas
metas, sonhos e objetivos tornamo-las reais, reafirmando assim, verdadeiramente, a nossa visão.

Este olhar para dentro de si, para fora e para o outro, nos faz compreender a própria missão de vida, ampliando a visão sobre si
mesmo e o mundo à sua volta, adquirindo uma maior consciência sobre o impacto de suas atitudes e pensamentos.

O entendimento do nosso propósito nos torna mais plenos, em contato com a nossa essência, é o que nos motiva ir além e nos
possibilita deixar nosso legado neste mundo. Entendemos que o propósito é a razão de sua existência, sua força interna e a sua
motivação para prosseguir na sua jornada de evolução profissional, pessoal e espiritual.

Uma pessoa sem propósito, não conhece a si mesmo, é um ser humano sem um sentido para viver, pois desconhece seu propósito
de vida.

Esta carta convida você a pensar qual o verdadeiro propósito de sua vida e o que você está fazendo para se aproximar de sua
verdadeira essência, buscando assim, olhar verdadeiramente para dentro de si e para o outro, encontrando seus talentos e
adquirindo uma profunda consciência de que é merecedor. É chegada a hora de permitir o reencontro com sua essência, alinhando
sua missão e propósito a serviço do Universo.
FORÇA DO TAMBOR
1 DE : ENZO FARNOCCHIA
Steinway Grand Piano
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FORÇA DO TAMBOR AUTOR: ENZO FARNOCCHIA
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