Você está na página 1de 5

Povos Pré-colombianos

Introdução
Assim sã o chamados os povos que já viviam na América antes mesmo da chegada de Cristó vã o
Colombo, em 1492. Entre as principais civilizaçõ es pré-colombianas encontram-se os ASTECAS, os
INCAS e os MAIAS.

Quando Cristó vã o Colombo chegou à s terras americanas ele


nã o tinha consciência de que havia chegado a um novo
continente, aliá s, somente na sua quarta e ú ltima viagem ao
novo mundo foi que ele teve conhecimento deste fato através
do navegador italiano da cidade de Florença, Américo
Vespú cio, que em 1497 ou 1499, chegou ao sul da América. O
nome América, por sinal, é uma homenagem a este navegador e
foi publicado pela primeira vez em um mapa de 1507.
Para os europeus do século XV, era imprová vel a existência de
povos no novo continente, tã o pouco povos civilizados e
altamente desenvolvidos.
A verdade é que em 1492, povos no México, na regiã o central
da América e na Cordilheira dos Andes estavam vivendo um
está gio de expansã o e riqueza.
Riqueza: força motriz das viagens europeias. Riqueza: motivo que ocasionou a exterminaçã o destes
fascinantes povos e culturas.
Os espanhó is estavam interessados em conquistar os metais preciosos daquelas civilizaçõ es e, para
isso, explorou o trabalho e o conhecimento dos pró prios nativos, até entã o donos de tudo. Isso quando
nã o dizimavam os que resistiam à s suas vontades.
Infelizmente, nã o apenas vidas foram perdidas nestes conflitos. Pouco resta destas grandes
civilizaçõ es pré-colombianas. Os conquistadores espanhó is, na ambiçã o incontrolá vel de querer
dominar, explorar e saquear, destruíram praticamente tudo. As ruínas que restam sã o provas da
extraordiná ria grandeza de um passado glorioso e valioso que foi destruído pela ignorâ ncia de um
povo que se considerava superior.

Maias
         
       A Civilizaçã o Maia é das civilizaçõ es que mais marcam e espantam as pessoas de hoje. Sendo esta
provavelmente a mais antiga das civilizaçõ es pré-colombianas, tendo surgido acerca de 3000 anos
atrá s. Desenvolveu-se na regiã o da Guatemala, de Honduras, Belize e Península de Yucatá n (regiã o sul
do atual México). Viveram nesta regiã o entre os séculos IV e XVI. A base da economia era a
agricultura, principalmente de milho, feijã o, cacau e batata-doce.
Suas técnicas de irrigaçã o eram muito avançadas. Praticavam o
comércio de mercadorias com povos vizinhos e no interior do
império. Chichén Itza era uma importante cidade. Eram
politeístas, os deuses eram ligados à natureza (realizavam
sacrifícios humanos para acalmar os deuses). O artesanato
também se destacou: fiação de tecidos uso de tintas em tecidos e
roupas.
É incrível como, sem qualquer tecnologia avançada este povo
conseguiu construir pirâ mides gigantescas, palá cios e muitos outros monumentos, com sistemas de
canalizaçã o e muito mais, sem recurso a ferramentas de metal
ou veículos com rodas. 

      Mas há muito mais para se falar deste povo. Os sacerdotes,


que possuíam todo o saber, eram responsá veis pela
organizaçã o do calendá rio deste povo. Calendá rio que nã o tem
nada de comum, e cujo seu funcionamento total era mantido
em segredo. Baseando-se nos astros e na matemá tica,
conseguiram fazer cá lculos astronó micos, conseguindo
determinar o ano solar de 365 dias.
     Contudo, há algo que deixa os arqueó logos perplexos. No
auge da sua civilizaçã o, o povo Maia abandonou as suas cidades, templos, monumentos e tesouros.
Deixando tudo isto à mercê do tempo e da Natureza. O povo simplesmente desapareceu e nunca mais
voltou a casa, deixando apenas uma paisagem de ruínas. Ao presente, chegou apenas parte do
conhecimento dos Maias e profecias que podem ter variadas interpretaçõ es.

Astecas
Esta civilizaçã o desenvolveu-se a partir do
século XII, na regiã o do México. Fundaram no
século XIV a importante cidade de
Tenochtitlá n (atual Cidade do México).
A sociedade era dividida em camadas bem definidas e comandada
por um imperador, chefe do exército. Dedicaçã o à guerra;

Desenvolveram técnicas agrícolas, construindo obras de drenagem e chinampas.


Plantavam e colhiam milho, pimenta, tomate, cacau (moeda), feijã o, algodã o,
etc.;
Os astecas construíram importantes templos
religiosos utilizados para cultos e sacrifícios
humanos. Possuíam uma escrita rudimentar e
criaram um calendá rio pró prio.
Desenvolveram diversos conceitos
matemá ticos e de astronomia.
A religiã o era politeísta, cultuavam diversos deuses da natureza e uma deusa representada por uma
Serpente Emplumada.
Artesanato riquíssimo, destacando-se a confecçã o de tecidos, objetos de ouro e prata e artigos com
pinturas.
No século XVI (1519), Herná n Cortez extermina os astecas para explorar as riquezas da regiã o.

Incas
Os incas viveram na regiã o da Cordilheira dos Andes (América do Sul ) nos
atuais Peru, Bolívia, Chile e Equador. Fundaram no século XIII a capital do
império: a cidade sagrada de Cusco. Foram dominados pelos espanhó is em
1532.
O imperador, conhecido por Sapa Inca era considerado um deus na Terra. A sociedade era
hierarquizada e formada por: nobres (governantes, chefes
militares, juízes e sacerdotes), camada média ( funcioná rios
pú blicos e trabalhadores especializados) e classe mais baixa
(artesã os e os camponeses). Esta ú ltima camada pagava
altos tributos ao rei  em mercadorias ou com trabalhos em
obras pú blicas.

Na arquitetura, desenvolveram vá rias construçõ es com


enormes blocos de  pedras encaixadas, como templos, casas e
palá cios. A cidade de Machu Picchu foi descoberta somente em 1911 e revelou toda a eficiente
estrutura urbana desta sociedade. A agricultura era extremamente desenvolvida, pois plantavam nos
chamados terraços (degraus formados nas costas das montanhas). Plantavam e colhiam feijã o, milho
(alimento sagrado) e batata. Construíram canais de irrigaçã o, desviando o curso dos rios para as
aldeias. A arte destacou-se pela qualidade dos objetos de ouro, prata, tecidos e jó ias. 

Domesticaram a lhama (animal da família do camelo) e utilizaram como meio de transporte, além de
retirar a lã , carne e leite deste animal. Além da lhama, alpacas e vicunhas também eram criadas.
A religiã o tinha como principal deus o Sol (deus Inti). Porém, cultuavam também animais
considerados sagrados como o condor e o jaguar. Acreditavam num criador antepassado chamado
Viracocha (criador de tudo).
Criaram um interessante e eficiente sistema de contagem : o quipo. Este era um instrumento feito de
cordõ es coloridos, onde cada cor representava a contagem de algo. Com o quipo, registravam e
somavam as colheitas, habitantes e impostos. Mesmo com todo desenvolvimento, este povo nã o
desenvolveu um sistema de escrita.

COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA ESPANHOLA

Introdução
Apó s a chegada de Colombo a um territó rio ate entã o ignorado pelos europeus, o interesse espanhol
se manifestou em mais uma serie de viagens, das quais resultou a notícia da existência de minerais
preciosos. Tal situaçã o levou à conquista do territó rio americano e das naçõ es que nele habitavam. Os
soldados de Cortez venceram os astecas; Pedro de Lavarado e seus homens dominaram a regiã o da
Guatemala; Francisco Pizarro e seus comandados destruíram o poderoso Império Inca. A Colô mbia
dos Chibchas foi arrasada pelas tropas de Jimenez de Quesada; Pedro de Valdivia e Diego de Almagro
conquistaram o Chile aos araucanos e Pedro de Mendonza com suas tropas aniquilou os Charruas,
dominando a vasta regiã o do Rio da Prata. Terminada a conquista, a Coroa espanhola preocupou-se
com a efetiva posse e domínio de seu vasto império americano.

Fatores da conquista
As terras encontradas foram disputadas entre Portugal e Espanha. Para controlar a disputa entre
esses países, o papa espanhol Alexandre VI propô s a Bula Inter Coetera, dividindo o Oceano
Atlâ ntico por um meridiano. Mas, com o meridiano, Portugal só teria direito as terras africanas.
A Coroa portuguesa pressionou para mudarem o acordo e foi assinado o Tratado de Tordesilhas,
dividindo o continente entre os dois países (sendo Espanha com oeste e Portugal com leste). Mas os
outros países europeus nã o concordaram com isso.
A Conquista da América espanhola aconteceu de forma explorató ria, isto é, nã o vinham para a
América em busca de terras para povoar, eles ocupavam o espaço, apropriando-se de suas riquezas.
Os espanhó is dizimaram as populaçõ es indígenas, impondo sua cultura, língua e religiã o.

Politica
Ao contrá rio das demais naçõ es que colonizaram outras partes da América, a Espanha conseguiu
localizar e dominar vastas á reas minerá rias, onde a populaçã o já trabalhava na extraçã o de metais
preciosos. Era necessá rio ampliar esta capacidade de extraçã o, com a finalidade de abastecer a
metró pole. Tomaram-se, entã o, algumas medidas que engendraram uma poderosa má quina
burocrá tica. No entanto, na maioria das vezes, esta má quina emperrava, devido à s distancias e à
cobiça dos funcioná rios. Durante a fase da conquista, a Coroa nã o dispendeu recursos maiores. Os
“adelantados” eram pessoas que ficaram encarregadas de conquistar vá rios territó rios, apropriando-
se de suas riquezas e de sua populaçã o, podendo utilizá -las como bem o aprouvessem, desde que
estavam obrigados a pagar determinados impostos à Coroa. Para fazer frente aos desmandos e à
cobiça dos “ade lentados”, a Coroa, já na metade do século XVI, procurou substituí-los por funcioná rios
nos quais pudesse confiar um pouco mais. Foram entã o criados os Vice-Reinados e as Capitanias
Gerais. A “audiência”, que primitivamente era um tribunal, passou a acumular funçõ es
administrativas ao lado das judiciá rias. A “audiência” era formada pelo Vice-Rei (quando sua sede era
a mesma sede do Vice-Reinado) e vá rios ouvidores, isto é, juízes. Suas funçõ es podem ser resumidas
numa palavra: fiscalizaçã o, vigilâ ncia sobre todos os funcioná rios, As cidades eram administradas
pelos cabildos, que poderíamos definir como sendo uma câ mara municipal, formada pelos elementos
da classe dominante. Era presidida por um alcaide e composta por um numero variá vel de regedores.
Na metró pole ficavam os departamentos encarregados das decisõ es finais: a Casa de Contrataçã o e o
Real e Supremo Conselho das Índias. A Casa de Contrataçã o foi criada em 1503, para ter todo o
controle da exploraçã o colonial. Teve sua sede em Sevilha, um dos portos privilegiados pela Coroa
para receber com exclusividade, os navios que chegassem da América. Outro porto também
privilegiado foi o de Cá diz, para onde se transferiu a Casa de Contrataçã o posteriormente. Criado em
1511, o Real Supremo Conselho das Índias tinha sede em Sevilha e sua funçã o era a administraçã o das
colô nias, cabendo-lhe nomear os funcioná rios coloniais, exercer tutela sobre os índios e fazer as leis
para a América. Nã o se pode esquecer-se de mencionar a Igreja Cató lica, no que se refere aos aspectos
político-administrativos, visto que ela desempenhou papel relevante também nesse setor, atuando de
forma a equilibrar e garantir o domínio metropolitano.

Sociedade
Em muito se assemelhava à da Espanha, no que se refere ao seu cará ter fechado e aristocratizante. Nas
á reas coloniais, além dos convencionados critérios econô micos de diferenciaçã o de classes, temos
também o cará ter racial, ou étnico. Sociedades:

Chape tones-Altos funcioná rios ou comerciantes privilegiados.


Criollos – Brancos nascidos na América, grandes proprietá rios de terra e de minas. Havia restriçõ es a
esse grupo, por serem nascidos na América.
Mestiços – Artesã os.
Índios – Sobrevivente do massacre inicial.
Escravos – Estima-se que durante o período colonial entraram cerca de 1,5 milhã o de africanos,
principalmente para as á reas de grande lavoura de exportaçã o. Na mineraçã o foram empregados os
indígenas.
Economia
Girava em torno dos princípios mercantilistas. Tais princípios, expressos no “Pacto Colonial” imposto
pela metró pole à s colô nias, priorizava acima de qualquer outro interesse, o fortalecimento do Estado
Espanhol, em detrimento de uma possível acumulaçã o de capitais nas á reas americanas. Assim, a
estruturaçã o imposta visava essencialmente o envio dos metais preciosos à Espanha, sob a forma de
tributos ou de simples pagamento das utilidades necessá rias aos colonos e que estes eram obrigados a
adquirir através dos comerciantes metropolitanos. Cobravam-se impostos variados dos colonos, o
mais importante dos quais era o quinto, incidente sobre a extraçã o metá lica. Mas havia também
impostos de importaçã o e exportaçã o, além de “contribuiçõ es” forçadas que, periodicamente, o
governo metropolitano impunha. Aspecto de capital importâ ncia é o da organizaçã o da mã o-de-obra,
onde se destacaram os sistemas da “encomenda” e a “mita”. Com o sistema de “encomendas”, os
encomenda-dores recebiam da Cora direitos sobre vastas á reas. Podiam cobrar tributos em dinheiro
ou em trabalho dos índios, mas eram obrigados a ampará -los e protegê-los, instruindo-os na fé
cató lica. Isto dizia a lei, mas a realidade normalmente era bastante diferente. A “mita” era uma forma
de escravidã o ligeiramente dissimulada, empregada sobretudo nas á reas de mineraçã o. As tribos
indígenas eram obrigadas a fornecer um determinado nú mero de pessoas para trabalhar nas minas.
Os “mytaios” eram obrigados, constantemente, a fazer deslocamentos de centenas de quilô metros
desgastando-se fisicamente e trabalhado arduamente na extraçã o mineral. Analisando as
manifestaçõ es do comércio colonial, evidencia-se o papel do monopó lio. O comércio das colô nias com
a metró pole realizava-se em ocasiõ es pré-determinadas, ligando dois ou três portos americanos ao
porto de Sevilha. Os comboios eram fortemente policiados, para evitar a presença de corsá rios,
principalmente ingleses.

Fontes:

 Professor Josimar (blog)


 2012 revelação (site)
 Sua pesquisa (site)
 Colégio Acadêmico (DCM)
 Wikipédia

Você também pode gostar