O aquecimento global é uma expressão que se refere ao aumento das
temperaturas atmosféricas e oceânicas a nível mundial, causadas por diversos fatores naturais e humanos, que tem consequências graves para o ambiente e para a sobrevivência humana. Esse aquecimento é provocado pelo efeito estufa. O efeito estufa é um fenômeno ocasionado pela concentração de gases na atmosfera. Os gases formam uma camada protetora como se fosse um isolante e quando os raios solares atingem a superfície terrestre, devido a essa camada, em torno de 50% deles ficam retidos na atmosfera. A outra parte, atinge a superfície terrestre. Esse processo é responsável por manter a Terra em uma temperatura adequada, garantido o calor necessário. Embora seja um fenômeno natural ele é intensificado pelo aumento das emissões de gases do efeito estufa decorrentes de intervenções humanas como: • A queima de combustíveis fósseis e queimadas pois estas libertam toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera todos os anos; • O desmatamento, uma vez que as árvores captam gases de efeito estufa; • A agricultura a pecuária já que a maioria delas se baseia em modelos não sustentáveis, que realizam o desflorestamento para abrir espaço para os animais e plantações, agravando o quadro de queimadas e desmatamento; • A má gestão dos resíduos, já que este é responsável pela libertação de gás metano pelos aterros sanitários.
O aquecimento global tem estado nos holofotes da opinião pública já há alguns
anos, já que mesmo que este seja um facto comprovado cientificamente, ainda assim há pessoas que se recusam a acreditar. Os efeitos do aquecimento global podem ser observados no aumento da temperatura média do planeta, que sobe ano a ano. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o último século foi o mais quente na Terra desde o fim do último período glacial e o painel alerta que nunca antes na história da humanidade foi registrado um aquecimento tão grande em tão pouco tempo. Segundo esta organização, se não enfrentarmos essa catástrofe rapidamente há risco de: • Incêndios, secas e cheias mais frequentes, destruindo regiões e levando ao avanço da pobreza no mundo • Perda de territórios pelo aumento do nível do mar; • Avanço nos números de doenças tropicais em razão das temperaturas mais altas; • Prejuízos à agricultura, colocando em risco a segurança alimentar; • Grave risco a ecossistemas e à biodiversidade.
Em resposta, o IPCC recomenda que as emissões humanas de dióxido de
carbono precisam cair 45% até 2030 (na comparação com 2010) e zerar até 2050. Para isso, é necessário: • Uma alteração radical nas fontes energéticas e no uso da terra • Desenvolvimento de tecnologias para remoção de dióxido de carbono da atmosfera • Transformações nos sistemas produtivos, atingindo cidades e indústrias • Modificações radicais no estilo de vida das populações, afetando o consumo, reduzindo o desperdício de alimentos e oferecendo opções de transportes não poluentes. “A mudança climática é real e está a acontecer neste preciso momento. É a ameaça mais urgente que a nossa espécie precisa enfrentar e precisamos trabalhar juntos e deixar de procrastinar.” Esta é uma frase dita por Leonardo DiCaprio, que provavelmente já estão cansados de ouvir, mas é a realidade sobre o aquecimento global. Precisamos tomar ações imediatas e embora as medidas para parar este problema tenha de ser maioritariamente feita pelos políticos e pelo governo nós podemos fazer a nossa parte só ao sermos conscientes que este problema existe e espalhar a sua urgência já que vivemos numa democracia e a opinião da população tem sempre um grande impacto nas ações dos políticos.