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MINI CURSO GESTÃO DE

CARBONO

M.Sc. Marcos Pupo Thiesen

Abril de 2018
Conteúdo

1) Mudanças climáticas e aquecimento global

2) Cenário mundial

3) Mercado nacional de carbono

4) Panorama das leis estaduais

5) Precificação de carbono

6) Visão geral nível de Brasil e Mundial

7) Inventário de emissões de gases de efeito estufa

8) Aplicação de estudo de inventário de GEE


Mudanças climáticas?
Mudanças Climáticas
Vocês concordam que esteja ocorrendo mudanças
climáticas?

Quais mudanças vocês podem relacionar no Brasil e


no Mundo?

Quais as principais consequências das mudanças


climáticas no Brasil?

O Aquecimento Global é consequência


da influência humana?

Quais os Países com maior emissão


de GEE? E o Brasil?
VEJA, Março 2007 Folha de São Paulo, Fev 2007

Fev 2014
As mudanças climáticas podem ser
caracterizadas pelo aquecimento
global que se verifica na Terra, e
ocorre devido ao aumento
indiscriminado das emissões de
gases causadores de Efeito
Estufa.
Efeito Estufa
Fenômeno natural gerado por gases
causadores de efeito estufa -GEE-, os
quais absorvem luz infravermelha térmica
que deveria ser direcionada ao espaço,
aquecendo a atmosfera e garantindo a
vida no planeta.

O Efeito Estufa Intensificado, contudo,


causado pelo aumento das
concentrações de GEE altera as
condições de temperatura naturais,
sendo prejudicial a fauna e a flora
terrestre.
EFEITO ESTUFA

Sem o efeito estufa a


temperatura média da
Terra seria de -18oC
Principais Causas do Efeito Estufa

• Queima de carvão, petróleo e gás natural pela


indústria e sistemas de transporte, que causam
grande emissão de gás carbônico

• Destruição das florestas e diferentes tipos de


vegetação e mudanças no padrão de uso do
solo

• Criação de gado e o cultivo de arroz, atividades


que emitem metano, óxido nitroso e outros
gases de efeito estufa.
A cada hora:

10000 pessoas se somam à


população mundial

4 milhões de toneladas de CO2 são


emitidos

1500 hectares de florestas são


derrubadas
Fontes de emissão de CO2 devido às atividades humanas

Emissões a partir de processos industriais


Fontes de emissão de CO2 devido às atividades humanas

Emissões a partir do uso da terra


Emissão mundial de CO2

Fonte: http://www.globalcarbonatlas.org/en/CO2-emissions
Os países industrializados
têm apenas 20% da população
mundial, mas são
responsáveis por 51% das
emissões de gases de efeito
estufa.
Contador de emissões

Mede a quantidade de
emissões de gases de
efeito estufa que
emitimos para a
atmosfera.

Fonte:http://www.opposingviews.com/i/billboard-calculates-global-warming-and-greenhouse-gas-
emissions
Concentração de CO2 na atmosfera
Concentração de CO2 na atmosfera

Fonte: AR5 IPCC


Concentração de gases do efeito estufa

Em 1850 a concentração de CO2 era de 270 ppm, hoje é de 410 ppm.


Concentração de gases do efeito estufa

Fonte: https://www.esrl.noaa.gov/gmd/aggi/aggi.html
Emissões mundiais de GEE

Fonte: http://www.ipcc.ch/pdf/assessment-report/ar5/wg3/ipcc_wg3_ar5_full.pdf
Emissões mundiais de GEE do ano 2014

Fonte: http://www.ipcc.ch/pdf/assessment-report/ar5/wg3/ipcc_wg3_ar5_full.pdf
Estimativa percentual das emissões globais de GEE em 2013

Fonte: http://www.wri.org/blog/2017/04/interactive-chart-explains-worlds-top-10-emitters-and-how-theyve-changed
Intensidade de emissões de GEE para o setor de
processos industriais nos países do G20 em 2010
(tCo2e/Milhão US$ PIB)

Fonte: World Resourses Institute (WRI)


Emissões per capita

Fonte: http://www.pbl.nl/sites/default/files/cms/publicaties/pbl-2017-trends-in-global-co2-and-total-
greenhouse-gas-emissons-2017-report_2674.pdf
Emissões globais de GEE – ano 2016
As emissões globais globais de GEE mostraram uma
desaceleração no crescimento e aumentaram em cerca de
0,5% para atingir 49,3 Gt CO2 eq.

Os cinco maiores países emissores (China, Estados Unidos,


Índia, Federação Russa e Japão) e a União Européia, que
juntos representam 51% da população mundial, 65% do
Produto Interno Bruto (PIB) global e 67% do total de
fornecimento de energia primária representaram 68% das
emissões globais de CO2 e cerca de 63% das emissões globais
de GEE.

O grupo das 20 maiores economias (G20) representou 81% das


emissões globais de CO2 e 78% das emissões globais de GEE.

A maioria dos grandes países mostrou uma diminuição nas


emissões de CO2 em 2016; mais notavelmente os Estados
Unidos (-2,0%), a Federação Russa (-2,1%), o Brasil (-6,1%), a
China (-0,3%) e, na União Européia, o Reino Unido (-6,4%). As
emissões de CO2 na União Europeia como um todo
permaneceram estáveis.
Fonte: http://www.pbl.nl/sites/default/files/cms/publicaties/pbl-2017-trends-in-global-co2-and-total-
greenhouse-gas-emissons-2017-report_2674.pdf
Ehrlich & Holdren, 1971. Science, 171

Impacto = População X Crescimento econômico X Tecnologia

Emissões CO2 = População X PIB X Emissões CO2


população PIB

Fonte: http://www.jstor.org/stable/1731166
Fonte: http://www.ipcc.ch/pdf/assessment-report/ar5/wg3/ipcc_wg3_ar5_full.pdf
Brasil pode perder até R$ 3,6 trilhões
com mudanças climáticas

Segundo o estudo Economia das Mudanças do Clima no


Brasil, divulgado no início de maio de 2010, em 2050 o PIB
(Produto Interno Bruto) brasileiro seria de entre R$ 15,3
trilhões e R$ 16 trilhões, caso não houvesse mudanças no
clima.
Considerando-se o impacto das mudanças climáticas,
esses montantes seriam reduzidos em entre 0,5% e 2,3%.
Conforme o documento, as perdas ficariam entre R$ 719
bilhões e R$ 3,6 trilhões.
O estudo reuniu mais de 60 pesquisadores de 12
instituições e é inspirado no Relatório Stern, que fez uma
análise econômica das mudanças climáticas em nível
global.
Mudanças climáticas
A mudança climática é uma
realidade. A intensidade que os
desastres naturais ocorrem no
Brasil e no mundo é cada vez
maior.

O último relatório do Painel Intergovernamental sobre


Mudanças Climáticas (IPCC), apresenta provas robustas
que as temperaturas globais estão aumentando,
principalmente devido à influência humana. Por exemplo,
11 dos últimos 12 anos estão entre os 12 anos mais
quentes já registrados em termos de temperatura da
superfície global.

Tornar-se cada vez mais claro


que a mudança climática é um
dos maiores desafios que o
mundo tem que enfrentar.
Mudanças climáticas
De acordo com um levantamento da
Organização das Nações Unidas, em 2005
ocorreram 360 desastres naturais, dos
quais 259 diretamente relacionados ao
aquecimento global. O aumento foi de 20%
em relação ao ano anterior.
Mudanças climáticas
Estudo do Fórum Humanitário Global,
entidade das Nações Unidas, prevê que
mudança climática afetará 10% da
população mundial até 2030

A mudança climática mata cerca de 315 mil


pessoas por ano, de fome, doenças ou
desastres naturais, e o número deve subir
para 500 mil até 2030.
Os prejuízos decorrentes do aquecimento
global já superam os US$ 125 bilhões (R$
250 bilhões) – mais do que o fluxo da ajuda
dos países ricos para os pobres – e devem
chegar a US$ 340 bilhões (R$ 680 bilhões)
por ano até 2030.
Mudança climática no Ártico
Nova Iorque, Boston e outras cidades da costa nordeste da
América do Norte podem enfrentar neste século um aumento
do nível do mar superior ao previsto para o resto do planeta,
caso o gelo da Groenlândia continue derretendo com a
rapidez atual. A previsão é de pesquisadores do Centro
Nacional para Pesquisas Atmosféricas, em Boulder
(Colorado, EUA).
Nesse cenário, o nível do
mar na costa nordeste da
América do Norte poderia
subir 30 a 50 centímetros a
mais do que em outras áreas
litorâneas, segundo o estudo
publicado na revista
Geophysical Research
Letters. Isso ocorre porque o
degelo na Groelândia
poderia despejar tanta água
doce no Atlântico Norte a
ponto de alterar as correntes
marítimas.
Geleira do Peru perde 22% de sua área
devido ao Aquecimento Global
Mudança climática
“A mudança climática é o maior desafio
humanitário emergente do nosso tempo, causando
sofrimento para centenas de milhões de pessoas
no mundo todo”.
“Os primeiros atingidos e os mais afetados são os
grupos mais pobres do mundo, embora eles pouco
tenham feito para causar o problema”.
ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan

Os países em desenvolvimento
sofrem mais de 90% do ônus
humano e econômico da
mudança climática, embora os
50 países mais pobres
respondam por menos de 1%
das emissões de gases do
efeito estufa.
Fonte: IPCC AR4
Evidências das Mudanças
Climáticas Globais
• Segundo o IPCC:
– As temperaturas mundiais elevaram-se em
torno de 0,6oC no curso do século XX;

– Cobertura de neve diminuiu cerca de 10%


depois do final da década de 1960 nas médias
e altas latitudes do Hemisfério Norte;

• Exemplos de incidentes climáticos graves


possivelmente relacionados às mudanças
climáticas globais: Katrina e Rita nos EUA,
Catarina em Santa Catarina, as enchentes em
São Paulo em maio de 2005.

• Seca na Amazônia?
Fonte: IPCC
Mudanças climáticas

O ritmo do derretimento da
cobertura de gelo da
Groenlândia dobrou nos
últimos dez anos, segundo
um estudo do meteorologista
americano Eric Rignot, da
Nasa,

O nível dos mares


subiu entre 10 e 20
centímetros no
último século,
segundo o IPCC.
Evidências das Mudanças
Climáticas Globais
• Aumento do nível do mar:
– Elevação média do nível do mar de 9 à 88 cm até o ano
2100
– Inundação de zonas costeiras e ilhas;
– Agravamento das erosões costeiras;
– A água salgada poderá invadir as reservas costeiras de
água doce;
– Ecossistemas costeiros e oceânicos serão ameaçados;
• Recursos Hídricos
– A modificação dos padrões de precipitação afetam os
suprimentos de água;
– Evaporações serão mais abundantes;
– Enchentes
• Saúde
– As doenças propagadas por vetores associados à
alteração de temperatura, como dengue e malária, por
exemplo, poderão ter sua incidência potencializada.

Fonte: IPCC
Evidências das Mudanças
Climáticas Globais
Agricultura
- Maiores temperaturas influenciarão os padrões de
produção;
- A umidade dos solos será afetada pela mudança do
regime de chuvas;
- A produtividade das culturas e pastagens será altamente
afetada.

Biodiversidade
-Diversidade biológica altamente ameaçada pela mudança
do clima – extinção de diversas espécies;
- Desertos e ecossistemas áridos tendem a apresentar
condições mais extremas;
- Regiões montanhosas serão submetidas a um
considerável stress devido às atividades humanas.

Fonte: IPCC
Mudanças Climáticas e a
Economia Mundial

O economista inglês Nicholas Stern


publicou no final de outubro de 2006 um
estudo encomendado pelo governo
britânico sobre o impacto do
aquecimento global na economia.

O relatório do ex-economista-chefe do
Banco Mundial conclui que ações
imediatas para reduzir a emissão de
gases de efeito estufa podem custar 1%
do PIB mundial, porém, ignorar o
problema custaria 20 vezes mais caro.
Fonte: AR5 IPCC
Conseqüências das Mudanças
Climáticas no Brasil*
Eventos Extremos Tendência de aumento de
episódios de chuva intensa no Centro-oeste e
Sudeste do Brasil. Extremos de chuva
aparecem mais intensamente nos estados de
SP, PR e RS. Destaque dos últimos anos, foi o
furacão Catarina, em março de 2004,
possivelmente o primeiro furacão do Atlântico
Sul.

*Estudo: Mudanças Climáticas e seus


Efeitos sobre a Biodiversidade Brasileira do
Centro de Previsão de Tempo e Estudos
Climáticos (CPTEC)/Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (INPE).
Conseqüências das Mudanças
Climáticas no Brasil*
Elevação do nível do mar Na costa brasileira,
observou-se tendência de aumento do nível
do mar da ordem de 40 centímetros/século ou
quatro milímetros/ano. Cidades litorâneas e
25% da população brasileira, cerca de 42
milhões de pessoas que vivem na zona
costeira, podem ser afetadas pela elevação do
oceano Atlântico. A elevação do nível do mar
pode chegar a meio metro ao longo do século
XXI.

*Estudo: Mudanças Climáticas e seus Efeitos sobre a


Biodiversidade Brasileira do Centro de Previsão de Tempo
e Estudos Climáticos (CPTEC)/Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE).
Conseqüências das Mudanças
Climáticas no Brasil
O aumento da temperatura média pode
chegar até 4ºC acima da média
climatológica em 2100. Na Amazônia, o
aquecimento pode chegar, no cenário
mais pessimista, a 8 ºC.
Conseqüências das Mudanças
Climáticas no Brasil
As mudanças climáticas ameaçam intensificar
as dificuldades de acesso à água. A
combinação das alterações do clima, escassez
de chuva associada a altas temperaturas e altas
taxas de evaporação, pode levar a uma crise
nos recursos hídricos.

Os mais vulneráveis seriam os agricultores


pobres de subsistência na área do semi-árido
do Nordeste (polígono da seca), região semi-
árida de 940 mil km2 que abrange nove estados
do Nordeste e enfrenta problema crônico de
falta de água.
Conseqüências das Mudanças
Climáticas no Brasil

Aumento do risco de incidência de doenças


como malária, dengue, febre amarela e
encefalite. Tais doenças teriam condições mais
favoráveis para se expandir num planeta mais
quente, em parte porque os insetos que as
carregam (caso da malária e da dengue) teriam
mais facilidade para se reproduzir.
Conseqüências das Mudanças
Climáticas no Brasil

Aumentaria ainda o risco de contrair, por


meio da água, salmonelose, cólera e
outras doenças. Doenças respiratórias
também poderiam ser mais comuns,
como conseqüência de um possível
aumento na incidência de incêndios na
floresta e na vegetação da Amazônia e
Cerrado, devido à redução de chuva.
Conseqüências das Mudanças
Climáticas no Brasil

Além disso, teme-se que pessoas


morram como conseqüência das ondas
de calor, especialmente crianças e
idosos.

A queda da produtividade agrária


também pode agravar a desnutrição, que
hoje já afeta 800 milhões de pessoas
globalmente.
Um Brasil mais quente e menos úmido

Aumento médio de 2,5°C na temperatura do país até o


ano de 2100 vai alterar o regime de chuvas, causando
impactos econômicos e sociais

Um retrato das mudanças climáticas que vão afetar o


Brasil nos próximos 87 anos revela que as
temperaturas vão subir, em todas as regiões, trazendo
consequências como alterações no regime de chuvas;
aumento ou diminuição no volume dos rios; impactos
na agricultura, pesca e setor hidrelétrico; e até
migrações forçadas. O diagnóstico foi apresentado na
1.ª Conferência Nacional de Mudanças Climáticas
Globais, ocorrida em setembro de 2013, em São Paulo,
com informações de 345 cientistas. O evento
concentrou as mais importantes pesquisas sobre
mudanças climáticas já realizadas no país.
Marcos Thiesen
O que é o IPCC?

O Painel Intergovernamental sobre


Mudanças Climáticas é reconhecido
como a maior autoridade mundial em
questões climáticas. Foi criado em 1988.
Dá subsídio técnico à Convenção do
Clima. O IPCC já produziu cinco
relatórios: em 1990, 1995, 2001, 2007 e
2013.
4º Relatório IPCC (Relatório de Paris)

Assinado por 2.500 pesquisadores de


130 países e divulgado em fevereiro de
2007.

Definitivamente atribuiu o
aquecimento global atual como
resultado inequívoco de atividades
humanas.
4º Relatório IPCC (Relatório de Paris)

O aquecimento do sistema climático é


inequívoco, como está agora evidente
nas observações dos aumentos das
temperaturas médias globais do ar e do
oceano, do derretimento generalizado da
neve e do gelo e da elevação do nível
global médio do mar.
4º Relatório IPCC (Relatório de Paris)

Mesmo que as concentrações de todos os


gases de efeito estufa se mantivessem
constantes nos níveis do ano 2000, seria
esperado um aquecimento adicional de
cerca de 0,1ºC por década.
4º Relatório IPCC (Relatório de Paris)

Intensificação do efeito estufa natural:


• aquecimento adicional da atmosfera e
superfície terrestre (1 a 4º até 2100);
• alteração dos ecossistemas naturais e
fragmentação de regiões climáticas;
• elevação do nível do mar (0,15 a 6m) -
risco para ilhas e regiões costeiras;
• radicalização de fenômenos naturais;
• extinção de espécies animais e
vegetais.
5º Relatório IPCC
O aquecimento global é uma realidade e a
contribuição do ser humano é significativa para a
ocorrência de fenômenos ligados às mudanças
climáticas;
Este aquecimento é, em grande parte, irreversível;
Grande parte do calor está sendo absorvido pelos
oceanos, cujas taxas de acidificação se encontram
em um patamar sem precedentes e extremamente
perigoso para o futuro da biodiversidade marinha;
Temos que agir em escala global imediatamente;
Por fim, seria necessário zerar nossas emissões de
gases de efeito estufa (GEE), ou seja, a grande
maioria dos combustíveis fósseis precisaria se
manter enterrada no subsolo e as energias
renováveis teriam que assumir um papel
fundamental e preponderante na matriz energética
mundial para ficarmos abaixo de um aumento de 2°C
até 2100.
5º Relatório IPCC
O aquecimento é inequívoco. O mundo aqueceu em
média 0,85 °C entre 1880 e 2012. A atmosfera e os
mares aqueceram, o gelo e a neve diminuíram, e as
concentrações de GEE aumentaram. A manifestação do
fenômeno sobre o mundo, bem como dos seus efeitos,
não é uniforme, e o Ártico é onde o aquecimento se faz
sentir com maior intensidade.

A principal causa do aquecimento presente é, com


elevadíssimo grau de certeza, a emissão de GEE pelas
atividades humanas, com destaque para a emissão
de gás carbônico.

As três últimas décadas foram as mais quentes desde


1850. O aumento da temperatura entre a média do
período 1850-1900 e a média do período 2003–2012 foi
em média 0,78 °C.
5º Relatório IPCC
Os oceanos têm acumulado a maior parte do
aquecimento, servindo como um amortecedor para o
aquecimento da atmosfera, estocando mais de 90% da
energia do sistema do clima e muito gás carbônico.

O mar está se tornando mais ácido pela continuada


absorção de gás carbônico.

O nível do mar aumentou em cerca de 19 cm entre


1901 e 2010

No cenário mais pessimista, a elevação pode chegar a


mais de 80 cm até 2100.

O gelo está em recuo acelerado na maior parte das


regiões frias do mundo.
5º Relatório IPCC
O regime de chuvas, as correntes marinhas e o padrão
dos ventos estão sendo perturbados, aumentando a
tendência de secas e enchentes.

Mesmo que as emissões cessassem imediatamente,


haveria um aquecimento adicional pela lentidão de
algumas reações e pelos efeitos cumulativos.

Se as emissões continuarem dentro das tendências


atuais, o aquecimento vai aumentar, podendo chegar a
4,8 °C até 2100.

O mar subiria mais, ficaria ainda mais quente e mais


ácido, haveria mais perda de gelo, as chuvas ficariam
mais irregulares.

Evitar que as previsões mais pessimistas se


concretizem exigirá uma rápida e significativa redução
nas emissões.
Fonte: IPCC AR5
Aquecimento global é “inequívoco”

“É extremamente provável que a influência humana seja


a causa dominante para o aquecimento observado
desde meados do século 20”.

“Extremamente provável” significa uma probabilidade


de pelo menos 95%. AR 5 2013

No relatório anterior, de 2007, essa probabilidade era


calculada em 90%. AR 4

Em 2001 era de 66%. AR3


Se hoje existe um consenso entre cientistas
de que mudanças climáticas globais estão em
curso e têm como origem a influência das
atividades humanas no ambiente, ainda há
um longo caminho a se percorrer no que diz
respeito à mitigação das causas desse
fenômeno. As negociações internacionais
abriram caminhos para lidar com esse
problema, ao estabelecerem diretrizes para
redução de emissões dos gases do efeito
estufa (GEEs).
Aumento de eventos extremos com implicações no ecosistema
Fonte: MCTI, 2013
Emissões em dióxido de carbono equivalente por setor

Fonte: http://sirene.mcti.gov.br/emissoes-em-co2-e-por-setor;jsessionid=68FA25E295DC47C6FDBF37424953D8B6.rima/
Emissões em dióxido de carbono equivalente por setor - 2010

Fonte: http://sirene.mcti.gov.br/emissoes-em-co2-e-por-setor;jsessionid=68FA25E295DC47C6FDBF37424953D8B6.rima/
Total de emissões em 2010

Fonte: http://sirene.mcti.gov.br/infografico/
O que é a Convenção do Clima?
Para fazer frente à previsão de impactos
graves das mudanças climáticas constituiu-
se um acordo internacional: a Convenção
Quadro das Nações Unidas sobre
Mudança Climática (UNFCCC).

A UNFCCC foi aberta para assinatura


durante a Conferência Internacional sobre
Meio Ambiente e Desenvolvimento (no Rio de
Janeiro em 1992). Foi assinada e ratificada
por 175 países.
Ações contra o aquecimento global

Protocolo
Quioto
Pegada
Programa carbono
Brasileiro Conferência
GHG Paris
RIO 92 ISO 14064
GHG Entrada em
Protocol vigor do P.Q.
IPCC COP 15 GCF COP 19 COP 21 COP 23

PNUMA

1972 1988 1992 1997 1998 2005 2006 2008 2009 2010 2012 2015 2017 2020

Primeiro período Kyoto

Redução 5,2% emissões


de GEE

Segundo período Kyoto

Redução 20% emissões


de GEE
Acordo de Paris

O Acordo de Paris é o acordo climático global realizado


durante a 21ª Conferência das Partes (COP21) da
UNFCCC, em 2015. O objetivo central do Acordo é
fortalecer a resposta global à ameaça da mudança do
clima e reforçar a capacidade dos países para lidar com os
impactos decorrentes dessas mudanças.

O Acordo foi aprovado pelos 195 países que compõem a


UNFCCC para reduzir emissões de GEE, com o objetivo
de conter o aumento da temperatura média global em
menos de 2°C acima dos níveis pré-industriais, além de
envidar esforços para limitar esse aumento a 1,5°C até
2100.
Acordo de Paris

O Brasil depositou o instrumento de ratificação do


Acordo em setembro de 2016, que passou a vigorar no
plano internacional em novembro de 2016. Nesse
Acordo, o país assumiu o compromisso de adotar
medidas para redução de emissão de GEE por meio de
uma Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC).

A NDC brasileira contém o compromisso de reduzir as


emissões de GEE em 37% abaixo dos níveis de 2005.
Fundo Verde para o Clima (Green Climate Fund – GCF)

Iniciativa global para responder às mudanças climáticas,


investindo em desenvolvimento de baixo carbono e resiliência
climática.

O GCF foi estabelecido por 194 países para limitar ou reduzir


as emissões de GEE nos países em desenvolvimento e para
ajudar a adaptar as sociedades vulneráveis aos impactos das
mudanças climáticas.

É uma entidade que opera no âmbito do mecanismo financeiro


da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças
Climáticas (UNFCCC) e também serve ao Acordo de Paris.

Foi estabelecido em 2010 e hoje conta com contribuições


anunciadas (pledges) de mais de US$10 bilhões, provenientes
de 43 países.
.
Protocolo de Quioto
Elaborado em 1997, com o objetivo de:
Alcançar a estabilidade das concentrações
de GEE na atmosfera por meio de metas de
redução de 5,2% (em média) em relação a
1990.
Metas durante o período de 2008-2012.

Não há obrigações de redução de emissões


para os países em desenvolvimento.
Entrada em vigor em 16/02/05 (tratado):
ratificado por 156 países que juntos
representam 55% das emissões globais.
2º Período de 2013-2020.
O Protocolo de Quioto

OBRIGAÇÃO
para reduzir emissões

INCENTIVO
para reduzir
emissões
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
(MDL ou CDM)
Crédito de Carbono (CER)
Países Anexo I de Economias de
União Européia – Anexo I
Transição Países Não-Anexo I. Potenciais
Países Anexo I que não ratificaram o Países para o MDL
Países Anexo I fora da União Européia
Protocolo de Kyoto
Protocolo de Quioto - Anexo A
Gases de Efeito Estufa - GEE GWP*
Dióxido de carbono (CO2) 1
Metano (CH4) 21
Óxido Nitroso (N2O) 310
Hidrofluorcarbonos(HFCs)
23 11.700
125 2.800
134a 1.300
152a 140
Perfluorcarbonos(PFCs)
CF4 6.500
C2F6 9.200
Hexafluoreto de enxofre(SF6) 23.900
*GWP - Global Warming Potencial - Índice usado para traduzir o nível de emissões de vários gases
em uma forma comum para permitir comparação. Relativo ao CO2 expresso em termos de massa e
para um período de 100 anos, segundo Relatório de Avaliação do IPCC(1995)
Mercado de carbono

Os mercados mundiais de carbono podem


ser divididos em dois segmentos:

os mercados voluntários e
os mercados regulamentados.

O mercado voluntário distingue-se do regulado,


pois no primeiro não existe uma
obrigatoriedade de redução de emissões.
Essas reduções ocorrem por decisão das
empresas e instituições, sem a vinculação de
leis.
Exemplo de Mercados Voluntários
• Gold Standard (GS)
• Voluntary Carbon Standard 2007 (VCS)
• VER+
• The Voluntary Offset Standard (VOS)
• The Climate, Community & Biodiversity Standards (CCBS)
• Plan Vivo System
• ISO 14064-2
• GHG Protocol for Project Accounting
• Chicago Climate Exchange (CCX)

Exemplo de Mercados Regulamentado

Mecanismos de Flexibilização do Protocolo de


Quioto:
Implementação conjunta(anexo I)
Comércio de emissões (anexo I)
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (não anexo I)
Mercado de carbono

Mercado voluntário de carbono movimentou em 2009


93.7 MtCO2e correspondendo a US$387.4 milhões

Mercado regulado de carbono movimentou em 2009


8,625 MtCO2e correspondendo a US$ 144 bilhões
Quadro resumo

Mercado Permissões Reduções Unidades de Reduções Instrumento


carbono (=allowances) Certificadas de Emissões Voluntárias financeiro de
emissões Reduzidas de emissões carbono

Mecanismo Comércio de Mecanismo de Implementa Carbon offset Chicago


emissões Desenvolvimento ção Conjunta (neutralização) Climate
da União Limpo (MDL) Exchange
Européia (CCX)
(EU ETS)

tCO2e 1 EAU 1 CER (Certified 1 ERU 1 VER 100 tCO2e =


(European Emission (Emission (Verified 1 CFI
Allowance Unit) Reduction) Reduction Emission (Carbon
Unit) Reduction) Financial
Instrument)

Utilização Companhias Governos e Governos e Companhias Comércio


companhias companhias voluntário
no CCX
MERCADOS DE CARBONO
European Climate Exchange
(ECX)
• Primeiro mercado de comércio de
emissões.
• European Union Emissions Trading Scheme
(EU ETS). Primeira fase 2005-2007 e segunda
fase 2008-2012 (conforme o Protocolo de
Quioto).
CAP & TRADE
Cap: Estabelece limites máximos absolutos (t CO2/ano)
para as emissões.
Até 2012, empresas recebem gratuitamente uma certa
quantidade de „allowances“ (AAU) que são direitos de emitir
uma certa quantidade de GEE. Esta quantidade é
gradativamente reduzida, conforme o compromisso de
redução assumido pelo país.
Quem emite mais do que tem de allowances + créditos
paga uma multa de 100 Euros/t CO2e (período de 2008 -
2012).
Trade: Permite negociações para quem tem emissões
sobrando ou para quem precisa de mais emissões do que
recebeu em AAU.
É uma forma para baratear o abatimento. A empresa
escolhe o que for mais barato para ela: ou reduz as próprias
emissões ou compra créditos.
No máximo 12% das emissões podem ser créditos
adquiridos.
Chicago Climate Exchange
(CCX)
• Primeiro programa piloto privado para o
comércio de GEE nos EUA

• Participação de empresas brasileiras


(Cenibra, Klabin, Aracruz, Masisa, etc).
Chicago Climate Exchange (CCX)
Constituído em 2003 através da adesão de 20
empresas, o CCX atualmente possui mais de 300
membros, dentre os quais a Ford Motors, American
Electric Power, Du Pont, IBM, Motorola,
International Paper, entre outros.
Durante o primeiro período (2003 a 2006) a
participação no CCX estava aberta apenas a
empresas da região do Nafta (Estados Unidos,
Canadá e México) e ao Brasil.

A partir de 2007, ampliou-se a possibilidade de


participação a empresas de todo o mundo.

A venda de créditos de carbono somente pode ser


feita por empresas que sejam participantes do
CCX e tenham esses créditos registrados em sua
plataforma eletrônica.
Chicago Climate Exchange (CCX)

Todas as empresas participantes do CCX


assumem compromissos de redução de
emissões de GEE, em relação a uma
determinada baseline, de acordo com um
cronograma padrão previamente estabelecido.
As empresas que superarem suas metas de
redução podem vender os créditos de carbono
excedentes para outras empresas que não
estejam conseguindo atingir seus objetivos.

Regulado e auditado pelo NASD (mesma


instituição que audita a Bolsa de Commodities
de Chicago e o NASDAQ).
CCX - Compromisso de Redução de Emissões
Chicago Climate Exchange (CCX)

As principais tipologias de projeto segundo a CCX


compreendem:

• Seqüestro de carbono florestal;


• Aproveitamento de metano na agricultura;
• Conservação de carbono no solo;
• Energias renováveis;
• Aproveitamento de metano em minas de carvão;
• Emissões evitadas pela disposição de resíduos orgânicos;
• Biogás de pequena escala;
• Aproveitamento de metano em aterros sanitários.
Chicago Climate Exchange (CCX)

A maioria dos projetos brasileiros na


CCX são de silvicultura*, ou seja, de
plantio de florestas comerciais (plantio de
pinus e eucalipto) para produção de
papel, celulose, lenha e carvão.

* Cenibra, Klabin, Aracruz, Masisa, Grupo Arcelor, Grupo Suzano, Duratex,


Chicago Climate Exchange Joint Venture

European Climate Exchange Tianjin Climate Exchange

Australia e Asia-Pacific
Montréal Climate Exchange
region
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
Antecedentes Históricos
• Baseado na proposta brasileira de 1997 de
estabelecimento de um Fundo de
Desenvolvimento Limpo e modificada como
mecanismo, adotada em Quioto.

• Brasil foi o primeiro país a estabelecer uma


Autoridade Nacional Designada (AND).

• Uma metodologia de projeto brasileira foi uma das


primeiras aprovadas pelo Conselho Executivo do
MDL (Aterros Sanitários – Salvador da Bahia).

• Um projeto brasileiro foi o primeiro projeto


registrado como MDL (Nova Gerar).
OBJETIVOS DO MDL
O propósito do MDL é prestar assistência às Partes Não-
Anexo I para que viabilizem o desenvolvimento sustentável
através da implementação de projetos de MDL e, por outro
lado, prestar assistência às Partes Anexo I para que
cumpram seus compromissos de redução de GEE.
Partes Partes
Não-Anexo I Anexo I
(países em (países
desenvolvimento) desenvolvidos)

CER´s

CER - Certificados de Emissões Reduzidas representam créditos que


podem ser utilizados pelas Partes Anexo I que tenham ratificado o
Protocolo de Quioto, como forma de cumprimento de suas metas de
redução.
Etapas para Obtenção de Créditos de
Carbono - Fluxo do Processo
Momento Preferencial Implantação

1 2 3 4 5

Gerenciamento Aprovação
Desenvolvimento Monitoramento e Emissão dos
Estratégico País de origem
do PDD Verificação Créditos
de Carbono e CE

• Descrição do • Validação por • Emissão dos


• Estratégias de projeto entidade • Monitoramento Créditos
redução de independente
emissões de • Metodologia da • Verificação • Negociação
GEE Baseline • Registro no (internamente
Comitê • Certificação por na empresa,
• Idéia do Projeto • Plano de Executivo MDL entidade direto empresa
monitoramento independente compradora,
• Avaliação do e verificação • Aprovação da através de
Risco do Projeto Metodologia agentes
(Benchmark, • Cálculo das pelo CE financeiros)
Baseline, etc) emissões de
GEE • Aprovação do
país de origem
• Impactos
ambientais.
Custos para Obtenção de Créditos de Carbono
ETAPAS CUSTO (R$)
PDD 70.000,00
Validação 25.000 à 35.000,00
Registro US$0,10 para os primeiros
15000 CERs e US$ 0,20
para os restantes
Verificação 20.000 à 30.000,00
Demais verificações 15.000,00
Emissão CER 2% dos CERs para fundo de
adaptação
Considerar Acompanhamento 50.000,00
Validação/AND/Registro
Acompanhamento Monit./ 30.000,00
Verificação
Custos do Projeto

Para projetos MDL os custos de


tramitação envolvidos (incluindo as 5
etapas apresentadas) são entre U$
110 a 150 mil (R$ 220 a 300 mil).
Certificado de Emissão Reduzida

CER - forma de comercialização do


retido ou evitado nos projetos de MDL.
1 CER = 1 tonelada de CO2 eq. reduzido
ou removido.
1 CER aproximadamente €12.
Só podem ser emitidas à partir da
verificação e certificação pela Entidade
Operacional Designada (EOD)
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo

Linha de Base (Baseline)

O Cenário de Referência é um dos


aspectos mais cruciais do MDL, pois é o
cenário de referência que estabelece o
ponto de partida ou a Linha de Base. A
partir deste cenário é que serão
calculadas as emissões reduzidas ou
evitadas pelo projeto candidato.
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo

Emissões
na linha de base
(previstas)

CO2 equivalente
RE

Emissões
realizadas após
Implantação do projeto

Tempo

RE = Emissões linha de base – Emissões projeto


Mecanismo de Desenvolvimento Limpo

ADICIONALIDADE

Um projeto é dito adicional quando as


atividades de projeto do MDL
demonstrarem a redução das
emissões de GEE. Outros critérios
necessários para verificar a
adicionalidade de um projeto de MDL
podem ser verificados na figura a seguir.
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
ADICIONALIDADE
Análise preliminar do projeto
Passa Falha

Análise regulatória (O projeto é objeto de lei?)


Passa
Falha

Análise financeira Análise de barreiras

Passa Falha

Impactos sociais e ambientais


Falha Passa Falha

Prática comum?
Passa Falha

Projeto não está na baseline? Projeto não-adicional


Falha
Passa

Projeto adicional
Sustentabilidade e Crédito de Carbono -
Riscos e Oportunidades

Oportunidades Riscos
• Receita com a venda de • Riscos Regulatórios (legislação e
Crédito de Carbono regulamentação futura)
• Reduzir custos (ex. • Riscos de Mercado
geração energia de • Riscos Tecnológicos
biomassa, resíduos) • Riscos no ciclo de MDL
• Contribuir com o (concepção e monitoramento)
desenvolvimento • Riscos da empresa
sustentável
• Imagem
Risco Regulatório
• Regulamentação Nacional
• Regulamentação do MDL
• Casos:
- mudanças de legislação local, regional ou
nacional
- mudanças nos procedimentos de
avaliação de projetos de MDL (Nacional ou
ONU)
- mudanças nas metodologias de cálculo de
redução de emissão de gases de efeito
estufa
• Consequências:
- não geração de créditos
- atrasos
Risco da Empresa
• Estabilidade da empresa e capacidade de
operação
• Casos:
- falência
- redução de produção
- litígios
- falta de conhecimento operacional
• Consequências:
- não entrega de créditos
Risco Tecnológico
• Requerimentos complexos de
monitoramento, falta de experiência
• Casos:
- biodigestores
- aterros sanitários
- tecnologias estrangeiras
- tecnologias novas
• Consequências:
- não entrega de créditos
- geração de créditos abaixo do esperado
Risco no Ciclo de MDL

• Preço dos CERs é função do risco e da data


de entrega.

Idéia Aprovação Implemen- CER


e registro tação

Preço Risco
100 0
80 20
Registro
Projeto
60 Operacio 40
40 nal 60
PDD
20 80
Validação
0 100
Tempo
PROJETOS DE MDL REGISTRADOS: SITUAÇÃO MUNDIAL
CER’s
Distribuição das atividades de projeto MDL registradas por
país até 31 de janeiro de 2016

Status do MDL no mundo: 7.690 atividades de projeto registradas na UNFCCC.


O Brasil ocupava o 3º lugar com 339 atividades de projeto registradas (4,4%).

Fonte: MCTI, 2018


PROJETOS DE MDL: SITUAÇÃO MUNDIAL

Fonte: UNFCCC em 30/01/14


EVOLUÇÃO DOS PROJETOS MDL NO BRASIL

250
238

200 188

150

105
100

50
20

0
agosto_2005 junho_2006 julho_2007 janeiro_2010

Fonte: www.mct.gov.br Situação em janeiro de 2010

Atualmente aproximadamente 400 projetos.


Distribuição anual das atividades de
projeto MDL aprovadas pela CIMGC e
registradas na UNFCCC

Fonte: MCTI, 2013


Distribuição das atividades de projeto no Brasil por
tipo de projeto, registradas na UNFCCC.

Fonte: www.mct.gov.br Situação em janeiro 2016


Compromisso nacional
com a redução de GEE
Lei Federal nº 12.187, de 29 de
dezembro de 2009

Institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima


Segundo seu artigo 12, teremos o compromisso
nacional de ações de mitigação das emissões de GEE
que abatam entre 36,1% e 38,9% de nossas emissões
projetadas até 2020 em relação ao que emitia em 1990
Compromisso voluntário do Brasil anunciado na COP
15 (Copenhague)
Embora o Brasil não tenha
compromissos de redução de
emissão de gases efeito
estufa, é NECESSÁRIO que o
setor empresarial assuma seu
importante papel na
sociedade e REDUZA SUAS
EMISSÕES.
Novo clima para os negócios

O aquecimento global deixou de ser uma


preocupação exclusiva da ciência e do
movimento ambiental. A pressão agora
vem do mercado financeiro e dos
consumidores — e as empresas têm de
se preparar para isso.

A mudança no clima do planeta


representará altos custos para
cidadãos, governos e empresas — mas
também criará novas e lucrativas
oportunidades de negócios.
As análises socioambientais foram
integradas nas avaliações mais
amplas de governança corporativa

Em termos financeiros isso


significa que empresas com forte
atuação socioambiental têm
melhor performance econômica,
ou no mínimo são mais estáveis.
Têm também menores riscos
operacionais ou perdas no valor
da marca.
FONTE: Governance and risk, 2004
Economia de baixo carbono
Para a transição para uma economia de
baixo carbono seria necessário um grande
acordo internacional (em uma escala
muito superior à do Protocolo de Kyoto)
que deveria ser apoiado por uma série de
mudanças comportamentais, bem como
por desenvolvimentos tecnológicos e
econômicos simultâneos e
complementares.
Transição para economia de baixo carbono

1. Acelerar o ritmo de crescimento da eficiência


energética no uso residencial e industrial, nos
transportes e no planejamento urbano. Aumentar a
reciclagem em todos os níveis da cadeia produtiva e
no consumo;

2. Aumentar a proporção das energias não-fósseis


renováveis (eólica, solar, biocombustíveis e
hidrelétrica) na matriz energética;

3. Desenvolver arquiteturas reguladoras que


promovam o uso de carros híbridos (gasolina-
elétrico e gasolina-etanol) que já atingiram plena
maturidade em termos de competição com carros
convencionais. Aumentar o uso do transporte
coletivo e diminuir o uso do carro. Utilizar carros
menores e mais leves;
Transição para economia de baixo carbono

4. Parar o desmatamento (hoje responsáveis por 18%


das emissões globais), reflorestar áreas desmatadas e
tornar florestadas áreas que nunca tiveram florestas;

5. Incrementar a utilização de técnicas agropecuárias


que são virtuosas no ciclo do carbono, como plantio
direto, irrigação de precisão e rações de gado que
gerem menos metano;

6. Usar eficientemente a água no consumo doméstico,


agrícola e industrial. Baixar a temperatura usual de
aquecimento e elevar a de refrigeração;
Transição para economia de baixo carbono

7. Acelerar o desenvolvimento das tecnologias de


captura e seqüestro de carbono fóssil, separando o
dióxido de carbono tanto do carvão quanto do petróleo
e injetando-o novamente nas jazidas já exploradas que
sejam de alta estabilidade do ponto de vista geológico;

8. Diminuir a proporção de reuniões presenciais


(particularmente, as que envolvam viagens aéreas) e
aumentar as reuniões via teleconferência. Frear o
crescimento do transporte aéreo. Desenvolver aviões
com materiais mais leves, desenho mais aerodinâmico
e maior eficiência energética;

9. Acelerar o desenvolvimento da célula de hidrogênio,


que será certamente a energia do futuro.
Verdes, sim

Algumas das maiores lideranças empresariais do mundo se


comprometeram com o combate às mudanças climáticas

General Electric (GE)


Fabricante de tintas e lavadoras de roupa a turbinas de avião e
locomotivas, quer duplicar a venda de equipamentos que não
agridam o ambiente. A meta é dobrar o faturamento “verde”para
20 bilhões de dólares até o fim da década.

Wal-Mart
Determinou metas de economia de energia em suas 6 600 lojas e
aumento na eficiência de combustíveis na frota de caminhões,
além de investir 500 milhões de dólares em projetos de
sustentabilidade ambiental
Roteiro para implantar uma gestão de
emissões de GEE

Fonte: WayCarbon
Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC)

Documento do governo brasileiro que registra os principais


compromissos e contribuições Brasil para o acordo climático.

Comprometimento de cada governo com ações capazes de


limitar o aumento da temperatura média global a até 2°C.

O Brasil se comprometeu a promover uma redução das suas


emissões de GEE em 37% abaixo dos níveis de 2005, em
2025. Além disso, indicou uma contribuição indicativa
subsequente de redução de 43% abaixo dos níveis de
emissão de 2005, em 2030.
Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC)

O Brasil pretende adotar medidas adicionais que são


consistentes com a meta de temperatura de 2°C, em
particular:

• i) aumentar a participação de bioenergia sustentável na


matriz energética brasileira para aproximadamente 18% até
2030;

• ii) no setor florestal e de mudança do uso da terra:

- fortalecer o cumprimento do Código Florestal;


- fortalecer políticas e medidas com vistas a alcançar, na
Amazônia brasileira, o desmatamento ilegal zero até 2030;
- restaurar e reflorestar 12 milhões de ha de florestas até
2030;
- ampliar a escala de sistemas de manejo sustentável de
florestas nativas;
Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC)

• iii) no setor da energia, alcançar uma participação


estimada de 45% de energias renováveis na composição
da matriz energética em 2030, incluindo:

- expandir o uso de fontes renováveis;


- expandir o uso doméstico de energias renováveis;

• iv) no setor agrícola, fortalecer o Plano de Agricultura de


Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC)

• v) no setor industrial, promover novos padrões de


tecnologias limpas e ampliar medidas de eficiência
energética e de infraestrutura de baixo carbono;

• vi) no setor de transportes, promover medidas de eficiência,


melhorias na infraestrutura de transportes e no transporte
público em áreas urbanas.
Instrumentos para alcance de redução de emissões

Políticas de
não econômicos comando e
controle

Incentivos e
subsídios
Instrumentos

Tributo sobre
emissões
(Carbon Tax)

econômicos Comércio de
emissões
(Mercados de
Carbono)

Sistemas híbridos
(Comércio e
tributo de
emissões)

Fonte: Adaptado de CNI, 2013.


Instrumentos econômicos para
precificação de carbono
Conceitos
A precificação de carbono é a atribuição de um preço,
explícito ou não, sobre as emissões de gases de efeito
estufa (em tonelada de CO2 equivalente) de determinada
instalação

Pode se dar via 3 sistemas:

Tributo de emissões: preço a ser pago por


unidade de emissão de modo que o nível agregado
de emissões previamente estipulado seja atingido

Comércio de emissões ou “Mercados de


Carbono” interação entre agentes por meio de
compra e venda de direitos de emissões. O cap é
distribuído entre os agentes, permitindo-se que
estes transacionem (trade) as licenças de emissões
dentro desses limites Fonte: Elaborado por WAY CARBON, 2017 a partir de
Sistemas híbridos (tributo e comércio de WE MEAN BUSINESS, 2016.
emissões) coexistência de de
tributação e instrumentos
de mercado com coberturas setoriais
diferentes; possibilidade de inclusão de elementos
de controle de preços em sistemas de mercado
Instrumentos econômicos para precificação de carbono
Imposto versus mercado de emissões: linhas gerais

Imposto sobre Mercado de emissões


emissões Instrumento baseado em QUANTIDADE:
limite de emissões de CO2 equivalente com
Instrumento baseado em PREÇO: alíquota em metas absolutas ou de intensidade, sendo
$/t CO2 equivalente, que é difícil de ser estabelecidas por fonte / agente econômico
estabelecido Mais aplicável para agentes econômicos com
Mais aplicável para agentes econômicos com atividades mais concentradas (ex: indústria e
atividades mais pulverizadas (ex: transporte e energia)
agricultura) Permite o estabelecimento de permissões de
Privilegia a redução de emissões do agregado emissões, que podem ser leiloadas, doadas ou
De mais fácil implementação já que pode distribuídas com critérios estabelecidos
aproveitar a estrutura institucional e Permite o uso de créditos de carbono para
administrativa existente no país para compensação (offsets)
tributação Há compra e venda de permissões de
Fornece sinais mais claros de investimentos emissões
de longo prazo do que o comércio de emissões Necessário criação de estrutura
Há grande polêmica quanto ao uso das administrativa e de fiscalização por parte do
receitas apuradas: i) em alguns países utiliza-se governo para implementação
para investimento em tecnologia e Desafios para o estabelecimento da liquidez
desenvolvimento de fontes de energia menos do mercado e controle da flutuação de preços
Fonte: Ministério daemissoras; ii)2013.
Fazenda e CNI, outros países repassam para uso Podem ser do tipo Cap and Trade (mais
social. empregado)
Baseline and Credit (Ex: MDL)
“A Idade da Pedra acabou e não
por falta de pedras, e a Idade do
Petróleo vai terminar em breve e
não por falta de petróleo.”

Xeque Saudita Zaki Yamani


Foi Ministro do Petróleo da Arábia Saudita e Presidente da OPEP
Inventário de emissões de
gases do efeito estufa

Apresentação Geral

O que é um inventário de GEE e por quê


você iria querer um?

Planeamento e concepção de um
inventário de GEE

ISO 14064-1 e do Protocolo WRI / WBCSD


GHG

Passo-a-passo da preparação de um
inventário de GEE
Inventário de emissões de gases
do efeito estufa

É uma espécie de raio-X que se faz em uma


empresa, grupo de empresas, setor
econômico, cidade, estado ou país para se
determinar fontes de gases de efeito estufa
nas atividades produtivas e a quantidade de
GEE lançada à atmosfera.

Fazer a contabilidade significa quantificar e


organizar dados sobre emissões com base
em padrões e protocolos e atribuir essas
emissões corretamente a uma unidade de
negócio, operação, empresa, país ou outra
entidade.
A elaboração de inventários é o
primeiro passo para que uma
instituição ou empresa possam
contribuir para o combate ao
aquecimento global, fenômeno crítico
que aflige a humanidade neste início
de século. Conhecendo o perfil de
emissões, a partir do diagnóstico do
inventário, qualquer organização
pode dar o passo seguinte, de
estabelecer planos e metas para
redução e gestão das emissões de
gases de efeito estufa, engajando-se
na solução desse enorme desafio
que atinge o planeta.
Um inventário de emissões deve ser
estabelecido como um processo contínuo,
que permita identificar o ponto de partida e a
evolução dos esforços de redução de
emissões de uma instituição ou de
determinado território e aprimorar essas
medidas progressivamente.
O que é um inventário de emissões de gases
de efeito estufa?

A ISO 14064 define inventário de GEE como:


as fontes de gases de efeito estufa,
sumidouros de gases de efeito estufa,
emissões e remoções de GEE de uma
organização.

Também inclui: Os procedimentos,


metodologias, dados, sistemas de
informação, manuais e relatórios
relacionados com a quantificação de uma
organização das emissões de GEEs e
remoções de GEE.

"Inventário de emissões de GEE" = "Carbon


Footprint"
Para colocar em prática um inventário de
emissões, é importante adotar metodologias
ou protocolos reconhecidos, como é o caso
do GHG Protocol, utilizável para inventários
de instituições ou empresas (inventários
corporativos).

Para que o inventário


seja bem feito, sua
elaboração deve seguir
os cinco princípios que
fazem parte do padrão
GHG Protocol Corporate
Standard e da norma ISO
14064-1: relevância,
integralidade,
consistência,
transparência e exatidão.
Cenários de Emissões

1 - Inventário
Gerenciando gases de efeito estufa e
Aproveitando Oportunidades

"Não se pode gerenciar aquilo que você


não mede"
A quantificação das emissões é o primeiro
passo para fazer alguma coisa sobre eles
Avaliando as emissões muitas vezes pode
resultar na identificação de economias de
custos associados, dada a ligação comum
entre as emissões e o uso de energia e
material
Compreender as emissões atuais e futuras
e riscos associados será um elemento-
chave da sobrevivência em um mundo
limitado pelo carbono
Motivações corporativas.
Propósito de um inventário de GEE?

Redução de Custos através da gestão


interna
• Maior eficiência no uso de energia
• Otimização no uso de insumos
(por ex. reaproveitamento de
resíduos)
• Maior eficiência operacional e
logística

Geração de Receitas
• Desenvolvimento de novos mercados
• Pioneirismo/ liderança no mercado
• Diferenciação da empresa/produtos
• Participação no mercado
internacional de carbono
• Melhoria da imagem da empesa

Fonte: Estratégias Corporativas de Baixo Carbono: Gestão de Riscos e Oportunidades


Motivações corporativas.
Propósito de um inventário de GEE?
Preparação para futuros marcos regulatórios

• Estabelecimento de regulamentações
mandatórias (por ex., metas de redução e taxas
sobre produtos e serviços);
• Responsabilidade no cumprimento das
legislações

Transparência e reconhecimento dos stakeholders

• Pressão e conscientização dos consumidores,


investidores e acionistas;
• Restrição a linhas de crédito.

Fonte: Estratégias Corporativas de Baixo Carbono: Gestão de Riscos e Oportunidades


Traçar e alcançar metas de responsabilidade
socioambiental
Muitas empresas já internalizam em suas operações
metas voluntárias de caráter socioambiental e a redução
de emissões de GEE pode ser mais uma meta
incorporada a esse processo.

Avaliar passivos e preparar-se para


futuras políticas de emissões de GEE
As empresas podem se antecipar a
regulamentações sobre emissões de
GEE por meio dos inventários, que
permitem identificar fontes e volumes
das emissões, e assim traçar planos
de mitigação que as coloquem em
consonância com as futuras políticas
de emissões.
Replicabilidade e impacto em cadeia
Por meio dos inventários é possível entender e mitigar
impactos na cadeia de valor, envolvendo fornecedores
e compradores em ações de redução de emissões de
GEE.

Criação de benchmark e
oportunidades para melhorar a
competitividade
Os inventários corporativos
podem servir de base para a
identificação de oportunidades
de melhoria e desempenho da
empresa a partir de sistemas de
comparação das emissões
decorrentes da realização de
processos e da geração de
produtos.
Princípios do inventário de emissões
de GEE:

• APLICABILIDADE:
APLICABILIDADE: garante que o Inventário de
Emissões reflita apropriadamente as emissões e
sirva para a tomada de decisão dos seus
usuários (internos e externos)

• INTEGRIDADE:
INTEGRIDADE: identifica e reporta todas as
fontes e atividades de emissão dentro dos limites
estabelecidos.
estabelecidos. Justifica as exclusões específicas.
específicas.

• CONSISTÊNCIA:
CONSISTÊNCIA: utiliza metodologias
consistentes a fim de permitir comparações das
emissões ao longo do tempo.
tempo. Documenta, de
forma transparente, todas as modificações de
dados, limites, métodos e outros fatores
relevantes
Princípios do inventário de emissões
de GEE:

• TRANSPARÊNCIA:
TRANSPARÊNCIA: aborda todos os fatos
relevantes de forma coerente, com base numa
auditoria transparente.
transparente. Declara todas as
hipóteses relevantes e faz referências
apropriadas para todas as metodologias de
cálculo utilizadas

• EXATIDÃO:
EXATIDÃO: garante que a quantificação das
emissões de GEE não está sistematicamente
acima ou abaixo dos níveis de emissões atuais, e
que as incertezas estão reduzidas ao mínimo.
mínimo.
Permite que os usuários possam tomar decisões
com razoável certeza.
certeza.
ISO 14064-1 & THE GHG
PROTOCOL

são muito semelhantes,


diferenças relativamente
pequenas,
permitem a uma organização
gerar um inventário de GEE com
credibilidade
GHG Protocol oferece mais
orientação do que a ISO14064-1

No maioria dos casos, um


inventário que está em
conformidade com uma norma irá
igualmente satisfazer os requisitos
da outra.
Principais Características e Princípios
Direcionadores da ISO 14.064:

• Interação com os relatórios do IPCC.

• Norma neutra (aplicável a todos os


tipos de programas ou regimes).

• Rigor técnico pois há conceitos novos


e de
difícil aferição e medição.

• Ampla participação de países.

• Compatibilidade e consistência com:


– Protocolos de GEE do WBCSD e WRI;
– Mecanismos de flexibilização de Kioto
A norma ISO 14064

Relacionada à quantificação e
verificação de GEE.

Publicada em março de 2006 para dar


suporte às organizações quanto aos
seus projetos e inventários de GEE.

Consolida o resultado do trabalho de


175 especialistas internacionais de 45
países.
A norma ISO 14064

A meta da ISO em desenvolver normas


para a contabilidade e verificação de
GEE é fornecer especificações e
requisitos verificáveis para apoiar as
organizações e proponentes de
projetos de GEE na quantificação e
elaboração de relatórios de GEE, ao
invés de prescrever critérios
específicos e procedimentos,
assegurando que as informações sobre
estes gases sejam verdadeiras e
corretas.
ISO 14064-1 – Gases de efeito estufa –
Parte 1: Especificação com orientação a
organizações para a quantificação e a
elaboração de relatórios de emissões e
remoções de gases de efeito estufa
(Greenhouse gases – Part 1:
ISO 14064-2 – Gases de efeito estufa –
Specification with guidance at the
Parte 2: Especificação com orientação
organization level for the quantification
no âmbito do projeto para quantificação,
and reporting of greenhouse gás
monitoramento e elaboração de
emissions and removals);
relatórios das reduções de emissão ou
melhoria da remoção de gases de efeito
estufa (Greenhouse
ISO 14064-3 – Gases gases – estufa
de efeito Part 2:–
Specification with guidance
Parte 3: Especificação at the
com orientação
project
para a level for the
validação quantification,
e verificação de
monitoring
declaraçõesand de reporting
gases deofefeito
greenhouse
estufa
ISO 14064-1
Detalha princípios e requisitos para se
projetar, desenvolver, administrar e relatar
inventários de GEE em organizações ou
empresas. Inclui exigências para determinar
os limites de fontes de emissão de GEE,
quantificando emissões e remoções de GEE
de uma organização e identificando ações
específicas ou atividades de empresas que
tenham como objetivo aperfeiçoar a gestão
dos GEE. Também abrange requisitos e
orientação sobre a qualidade do
gerenciamento do inventário, a elaboração de
relatórios, a auditoria interna e as
responsabilidades da organização na
verificação de atividades.
ISO 14064-1

A Parte 1 será interessante para organizações


que estejam participando de registros
voluntários de GEE, ou esquemas regulatórios
de concessão, ou administradores de
programas ou esquemas de GEE. Esta parte é
consistente com as melhores práticas
estabelecidas pela norma de contabilidade
corporativa de gases de efeito estufa,
desenvolvida pelo WBCSD e pelo Instituto
Mundial de Recursos Naturais(WRI).
ISO 14064 Parte 1: Conteúdo
1. Escopo
2. Definições
3. Princípios
4. Planejamento e Desenvolvimento
de Inventários de GEE
4.1 Limites Organizacionais
4.2 Limites Operacionais
4.3 Quantificação de Emissões e Remoções de GEE
5 Componentes do Inventário de GEE
5.1 Emissões e Remoções de GEE
5.2 Atividades da Organização para reduzir emissões ou ampliar
remoções de GEE
5.3 Ano-base do Inventário de GEE
6 Gerenciamento da informação de inventários de GEE
6.1 Gerenciamento da informação de GEE e monitoramento
6.2 Retenção de documentos e dados
7 Relatórios de GEE
7.1 Planejamento
7.2 Conteúdo
7.3 Formato
7.4 Distribuição
8 Verificação (1a parte)
ISO 14064-2
Concentra-se em projetos ou em atividades
baseadas em projetos de GEE
especificamente concebidos para reduzir
emissões ou aumentar a remoção de GEE.
Isso inclui princípios e exigências para
determinar os cenários de referência
(baseline) do projeto. Ela também tem o papel
de monitorar, quantificar e relatar o resultado
do projeto em relação ao baseline definido e
prover as bases para que projetos de GEE
sejam validados e verificados.
ISO 14064-2

A Parte 2 da norma será de interesse para


proponentes de projetos que participam em
programas voluntários ou esquemas
regulatórios de créditos, ou administradores
de programas ou esquemas de GEE. Esta
parte requer do usuário selecionar ou
estabelecer um guia relevante de boas
práticas no atendimento aos seus requisitos
para estar certo da compatibilidade com
práticas existentes (ex: MDL) ou emergentes.
ISO 14064-3

Detalha princípios e requisitos para verificar


inventários de GEE e validar ou verificar
projetos de GEE. Ela descreve o processo
relacionado à verificação ou à validação de
aspectos relativos aos GEE e especifica
componentes tais como o planejamento da
validação ou da verificação, os
procedimentos de avaliação e a avaliação da
declaração de GEE da organização ou de
projetos. A ISO 14064-3 pode ser usada por
organizações (ex: empresas) ou partes
independentes (ex: certificadoras) para
validar ou verificar as declarações de GEE.
GHG Protocol

O Greenhouse Gas Protocol Initiative é uma


parceria multi-
multi-stakeholder de empresas,
organizações não-
não-governamentais (ONGs),
governos, e outros liderada pelo World Resources
Institute (WRI), uma ONG ambiental norte- norte-
americana, e o World Business Council for
Sustainable Development (WBCSD), uma
coalização de 170 empresas internacionais

Lançado em 1998,
1998, a missão do GHG Protocol é
de desenvolver padrões de contabilização e
divulgação de gases de efeito estufa (GEE) que
sejam internacionalmente aceitos e promover a
sua ampla aplicação
GHG Protocol

O GHG Protocol Corporate Standard foca


apenas na contabilização e divulgação das
emissões.
emissões.
Cobre os 6 GEE do Protocolo de Quioto —
dióxido de carbono (CO2
(CO2), metano (CH4
(CH4), óxido
nitroso (N2
(N2O), hidrofluorcarbonos (HFCs),
perfluorcarbonos (PFCs), e hezafluoreto de
enxofre (SF6
(SF6).

A metodologia do GHG Protocol é compatível


com as normas ISO e com as metodologias
de quantificação do Painel
Intergovernamental de Mudanças Climáticas
(IPCC), e sua aplicação no Brasil acontece de
modo adaptado ao contexto nacional.
As normas e as diretrizes do GHG Protocol Corporate
Standard foram concebidas, tendo em conta os seguintes
objetivos:
objetivos:
• Ajudar as empresas a preparar o inventário GEE, que
represente um registro justo e verdadeiro das suas
emissões, através da utilização de princípios e abordagens
padronizadas.
padronizadas.

• Para simplificar e reduzir os custos da compilação de um


inventario de GEE

• Para fornecer às áreas de negócios informações


necessárias para a construção de uma estratégia eficaz na
gestão e redução das emissões de GEE

• Para fornecer a informação necessária de maneira a


facilitar a participação em programas voluntários e
obrigatórios de GEE

• Para aumentar a conformidade e transparência dos


registros e relatórios de GEE, entre as várias empresas e
programas de GEE.
GEE.
Questões que eu devo perguntar?

São meus stakeholders preocupados com o efeito


estufa? (clientes, investidores, diretoria, etc)

A minha organização tem riscos de GEE? (grandes


fontes de emissão, cumprimento legal, competitividade)

Será que minha organização sabe: GEE footprint?


instalações, produtos
Oportunidades de redução de GEE? upgrades, novas
tecnologias, projetos de compensação, produtos
ecológicos.

A minha organização tem / necessita de capacidade


interna (ferramentas, treinamento de GEE, sistemas de
gestão, auditoria) para planejar, fazer e / ou implementar,
relatório, gerenciar um inventário de GEE.
Verifique se você pode RESPONDER:

Qual é o propósito do inventário?

Quais são os passos necessários para


desenvolver o inventário?

Que tipo de informação é necessária?

Quem na organização deve participar no


processo de desenvolvimento?

Que recursos são necessários para


desenvolver e manter o inventário de GEE?
Por que tornar públicos os dados sobre as
emissões de GEE de uma dada empresa ou
instituição?

Muitos dos benefícios associados aos


inventários de emissões só existem se a
informação se torna pública. Essa prestação
de contas às partes interessadas garante
transparência sobre dados de alta relevância
para a sociedade na atualidade, que se depara
com o desafio de combater o aquecimento
global. A credibilidade de uma empresa e uma
boa imagem corporativa podem ser
garantidas por essa simples ação de publicar
dados a respeito de sua ´pegada carbônica´.
Além disso, as emissões afetam a todos,
portanto garantir o acesso amplo a esse tipo
de informação é um direito básico a ser
assegurado aos cidadãos e gestores públicos
Empresas que tornaram públicos seus
inventários de emissões de GEE

http://www.fgv.br/ces/registro/
LEI ESTADUAL SC Nº 14.134, DE 17
DE OUTUBRO DE 2007
Dispõe sobre a obrigatoriedade da compensação das
emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) pelos
promotores de eventos realizados em praças e
parques públicos, a saber: shows, práticas
desportivas, concertos, exposições e eventos do
gênero, envolvendo circulação de pessoas,
possibilitando a neutralização da emissão de dióxido
de carbono (CO²).
Projeto de Lei Federal 1147/2007
Determina a obrigatoriedade, para o licenciamento de
obra ou atividade utilizadora de recursos ambientais
efetiva ou potencialmente poluidoras e
empreendimentos capazes de causar degradação
ambiental, da realização do balanço de emissões
(assimilação e liberação) de gases do efeito-estufa.
DECRETO Nº 45.229, DE 3 DE DEZEMBRO DE
2009.
Regulamenta medidas do Poder Público do Estado de Minas Gerais referentes ao combate
às mudanças climáticas e gestão de emissões de gases de efeito estufa.

Art. 2º Fica instituído o Registro Público Voluntário das Emissões Anuais de


Gases de Efeito Estufa de Empreendimentos no Estado.

Art. 4º Os empreendimentos que aderirem ao Programa poderão fazer jus, no


mínimo, aos seguintes benefícios, na medida da manutenção de seus
registros anuais e ocorrência ou não de redução de intensidade de suas
emissões de gases de efeito estufa:
I - direito de uso do selo "Empreendimento Integrante do Registro Público
Voluntário das Emissões Anuais de Gases de Efeito Estufa", a ser concedido
anualmente pela Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM;
II e III direito de figurar na lista dos "Empreendimentos Integrantes do
Registro Público Voluntário de Emissões Anuais de Gases de Efeito Estufa“ e
"Empreendimentos com Redução de Intensidade de Emissões de Gases de
Efeito Estufa - GEE" a ser publicada anualmente pela FEAM;
IV - desconto percentual sobre o valor do custo de análise do requerimento
de revalidação de Licença de Operação - LO ou de renovação da AAF; e
V - incremento de um ano no prazo da LO a ser revalidada ou da AAF a ser
renovada, a ser aplicado quando da revalidação ou da renovação e
observados os limites legais da legislação pertinente.
Deliberação Normativa COPAM nº 151, de 01 de julho de 2010

Regulamenta o "Programa de Registro Público Voluntário das Emissões Anuais de Gases de


.
Efeito Estufa do Estado de Minas Gerais" e dispõe sobre os incentivos à adesão
Art. 2º - O Programa "Registro Público Voluntário das Emissões Anuais de Gases
de Efeito Estufa do Estado de Minas Gerais", também referido nesta norma como
"Registro Público de GEE", tem por finalidade estimular a prática sistemática de
declarações públicas dessas emissões por empreendimentos e instituições,....
§ 1º - O Registro Público de GEE é facultado a todos os empreendimentos e
instituições do Estado de Minas Gerais, independentemente de estarem sujeitos
ao Licenciamento Ambiental ou à Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF).

Art. 4º - O participante que aderir ao Programa ..... fará jus ao uso do selo
"Integrante do Programa de Registro Público Voluntário das Emissões Anuais de
Gases de Efeito Estufa", a ser concedido anualmente pela Feam.

Art. 5º - O participante que, além de atender às exigências expressas no caput do


artigo anterior, demonstrar ao longo da vigência da LO ou da AAF, valor do IRef de
cada ano menor ou igual ao valor do IRef do Ano Base, poderá obter os seguintes
benefícios adicionais:
I - desconto sobre o valor tabelado para custo de análise do requerimento de
revalidação de LO ou renovação da AAF, aplicado à época da revalidação ou
renovação, limitado a 30% (trinta por cento), correspondente à redução percentual
entre o IRef do Ano Base e o IRef do anterior ao vencimento da LO ou AAF do
empreendimento....
II - incremento de 1 (um) ano no prazo da LO ou da AAF do empreendimento,
quando da revalidação ou renovação, desde que a redução percentual a que se
refere o inciso anterior seja maior ou igual a 10% ....
Projeto de lei nº 4.247/2010

Dispõe sobre a concessão de certificado de redução de emissão de


gases de efeito estufa a instituição pública e privada.
A Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais decreta:
Art. 1º - O Estado concederá certificado a instituição pública ou privada
que reduzir a emissão de gases de efeito estufa nos processos de
produção de bens e serviços, na forma, prazo e condições estabelecidos
em regulamento.
Art. 2 - Para a consecução dos objetivos previstos nesta lei, fica
facultado ao Estado adotar as seguintes medidas:
II - ... conceder à instituição certificada redução da carga tributária nos
valores a recolher dos impostos devidos em até:
a) 0,3% do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS;
b) 1% do Imposto de Propriedade de Veículos Automotores - IPVA;
c) 0,7% do Imposto de Transmissão, Causa Mortis e Doação - ITCD;
III - reduzir em até 2% os valores pagos a título de taxa de juros de
empréstimos concedidos com recursos de fundos estaduais;
IV - celebrar convênios com instituições de direito público e privado.
Instrução Normativa IBAMA Nº 7, de 13/04/2009

Art. 1º No procedimento de
licenciamento ambiental deverão ser
adotadas medidas que visem à
mitigação das emissões de dióxido de
carbono (CO2) oriundas da geração de
energia elétrica de usinas
termelétricas movidas a óleo
combustível e carvão.
LEI 18.722 13/01/2010
Cria o Dia Estadual de Reflexão sobre as Mudanças Climáticas.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, O Povo do Estado


de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu
nome, promulgo a seguinte Lei:

Art. 1º Fica criado o Dia Estadual de Reflexão sobre as Mudanças


Climáticas, a ser comemorado anualmente, no dia 8 de junho, como
parte das comemorações da Semana Nacional do Meio Ambiente.

Art. 2º Na data a que se refere o art. 1º, em todo o Estado, em especial


nas escolas públicas, serão desenvolvidas ações, estratégias e
políticas, elaborados projetos e organizados debates, seminários,
audiências e outros eventos relacionados com as mudanças
climáticas.
RESOLUÇÃO INEA N° 43 DE 16 DE
NOVEMBRO DE 2011
Dispõe sobre a apresentação de questionário declaratório de gases de efeito
estufa para fins de licenciamento ambiental no estado do Rio de Janeiro.

Art. 3º- Fica instituída a obrigatoriedade de apresentação de


Questionário Declaratório de Emissões de GEE, por empreendimento
licenciado, para as seguintes atividades:
- aterros sanitários;
- estações de tratamento de esgotos urbanos e industriais;
- indústria de produção de cimento;
- siderurgia;
- indústria petroquímica;
- exploração de petróleo e gás;
- indústria de petróleo (refinarias);
- UPGNs (unidades de processamento de gás natural);
- indústria química;
- indústria de vidro;
- termelétricas a combustíveis fósseis;
- outras que o INEA vier a julgar relevante.
§ 1º- O questionário declaratório deverá fundamentar-se no inventário de
emissões de gases de efeito estufa (GEE). Ele expressará obrigatoriamente as
emissões de escopo 1 e 2...
§ 2º - A metodologia de cálculo do inventário a ser utilizada pelo empreendedor
deverá ser o GHG Protocol....
DECISÃO DE DIRETORIA Nº 254/2012,
de 22 de agosto de 2012.
Dispõe sobre os critérios para a elaboração do inventário de emissões de gases
de efeito estufa no Estado de São Paulo e dá outras providências.

Artigo 3º – Para fins de acompanhamento da evolução quantitativa de


emissões e do resultado de medidas de mitigação e absorção de gases
causadores de efeito estufa, os empreendimentos que desenvolvem as
seguintes atividades deverão enviar o inventário de emissões para a
CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo:
I. Produção de alumínio; II. Produção de cimento; III. Coqueria; IV. Instalações de sinterização
de minerais metálicos; V. Instalações de produção de ferro gusa ou aço com capacidade
superior a 22.000 t/ano; VI. Fundições de metais ferrosos com capacidade de produção
superior a 7.500t/ano; VII. Instalações de produção de vidro, incluindo as destinadas à
produção de fibras de vidro, com capacidade de produção superior a 7.500 t/ano; VIII. Indústria
petroquímica; IX. Refinarias de petróleo; X. Produção de amônia; XI. Produção de ácido
adípico; XII. Produção de negro de fumo; XIII. Produção de etileno; XIV. Produção de carbeto
de silício; XV. Produção de carbeto de cálcio; XVI. Produção de soda cáustica; XVII. Produção
de metanol; XVIII. Produção de dicloroetano (EDC); XIX. Produção de cloreto de vinila (VCM);
XX. Produção de óxido de etileno; XXI. Produção de acrilonitrila; XXII. Produção de ácido
fosfórico; XXIII. Produção de ácido nítrico; XXIV. Termelétricas movidas a combustíveis
fósseis; XXV. Indústria de papel e celulose com utilização de fornos de cal; XXVI. Produção de
cal; XXVII. Outras instalações com consumo de combustível fóssil que emitam quantidade
superior a 20.000 t/ano de CO2 equivalente; XXVIII. Instalações que emitam os gases HFCs,
PFCs, SF6 em quantidade superior a 20.000 t/ano de CO2 equivalente; XXIX. Outras que a
CETESB julgar relevantes.
DECISÃO DE DIRETORIA Nº 254/2012, de 22 de agosto de 2012.
Dispõe sobre os critérios para a elaboração do inventário de emissões de gases de efeito estufa no Estado
de São Paulo e dá outras providências.

Artigo 4º - A metodologia para o cálculo das emissões


estimadas poderá ser a da norma ABNT NBR ISO 14.064 -1 -
Gases de Efeito Estufa ou do “GHG Protocol” ou ainda outra
similar, até que a CETESB defina outra metodologia para o
referido cálculo.

Artigo 5º - Deverão ser registradas no inventário para a


CETESB as emissões de acordo com os seguintes escopos 1 e
2.
Artigo 7º – As declarações de emissão deverão ser
encaminhadas com frequência anual, até o dia 30 de abril,
compreendendo o período de janeiro a dezembro do ano
anterior, a partir dos dados consolidados em dezembro de
2012.

Artigo 8º – A verificação das informações declaradas no


inventário de emissões poderá ser efetuada pela CETESB ou
por terceira parte, a critério da CETESB.
Método de Método de
Iniciativa Tipo Ano contabilização quantificação
Aplicabilidade Cobertura

Estado de São GHG Protocol Empreendimentos que desenvolvem


mandatório ago/2012 (a definir)
Paulo - ISO 14064-1 atividades específicas

Mandatório,
Estado do Rio
de Janeiro
inclusive
verificação
dez/2012
ulações vig
vi gente
GHG Protocol
nte s (a definir)

Empreendimentos
Setores
específicos (e planos de mitigação)

localizados no
estado Empreendimentos e instituições do
Estado de
voluntári jul/201 GHG Protocol IPCC estado de MG, independente de estarem
Minas Gerais
o 0 sujeitos ao licenciamento ambiental.

Estado do Qualquer empreendimento que necessite


Paraná
voluntári out/2013 GHG Protocol (a definir) de licença de operação
o

Espec. Programa Empresa (holding),


Progr. Brasil. Empresas que desejam publicar seus
voluntário mar/2008 Brasileiro GHG A critério da empresa controlada e
GHG Protocol inventários de GEE
Protocol unidade
Doendo no Bolso dos Poluidores

A partir de 1º de julho de 2012, as empresas


em todo o território australiano passaram a
pagar AU$ 23 (dólares australianos) por cada
tonelada de dióxido de carbono que emitem
na atmosfera. Com essa medida, a Austrália
pretende reduzir em mais de 150 milhões de
toneladas de gases de efeito estufa até o ano
de 2020.

Fonte: Revista Meio Ambiente Industrial – julho/2011


Obrigado pela sua participação!

Marcos.thiesen@sistemafiep.org.br

41 32719033
Mini CV Marcos Pupo Thiesen

Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal do Paraná, Mestre


em Engenharia pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA),
Mestre em Meio Ambiente Urbano e Industrial pela UFPR e
Universidade de Stuttgart, Especializações em Gerenciamento
Ambiental e em Gestão da Qualidade e Produtividade pela UFPR,
MBA Empresarial em Administração de Empresas e Negócios pela
Fundação Getúlio Vargas, Aperfeiçoamento em Sistema de Gestão
Integrado pela Ryerson University, Toronto/CA. Atua na área de
Tecnologia e Inovação Ambiental do Sistema FIEP, sendo
responsável por assuntos estratégicos em meio ambiente no PR,
tais como projetos de P&DI, parcerias nacionais e internacionais.
Foi coordenador do Instituto SENAI de Tecnologia em Meio
Ambiente e Química, sendo responsável pela gestão das atividades
de consultoria, metrologia, pesquisa aplicada e inovação
tecnológica na área ambiental. Atuou como consultor ambiental
durante 17 anos, realizando projetos de crédito de carbono, plano
de logística reversa e de resíduos sólidos, implantação de Sistema
de Gestão Ambiental (conforme a norma ABNT NBR ISO 14001),
diagnósticos e auditorias ambientais, inventário de emissões de
gases de efeito estufa. Endereço para acessar este
CV: http://lattes.cnpq.br/7304690569591068

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