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10 de abril de 2019

“As TIC’s ao Servico


da Inovacão e da
Sustentabilidade”
“As TIC’s ao Serviço da Inovação e da Sustentabilidade”
10 de abril de 2019
MEETING IBÉRICO EM MOBILIDADE, DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, TURISMO E GESTÃO DO RISCO

As TIC’s ao Serviço da Inovação e da Sustentabilidade


SUMÁRIO:

• A terra é plana!
• Alterações climáticas: mito ou realidade?
• Acordos internacionais: Conferência de Estocolmo, 1972,
Conferências do Rio de Janeiro (1992 e 2012), Agenda 21,
Protocolo de Kyoto (1997), Acordo de Paris
• As TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) e o
Desenvolvimento Sustentável
• Produção energia renovável fotovoltaica

3
da informática à engenharia de segurança e regresso à
informática
• CV académico:
• Curso Complementar de Electrotecnia (Fontes Pereira de Melo)
1982-84

• Bacharelato Eng. InformáGca – ISEP 1985-88


• Eng.InformáGca Industrial (licenciatura) – ISEP 1992/5
• Frequência Mestrados em Ciências da Computação (FCUP) e
Inteligência ArGficial (UP – FEUP, FCUP, FEP)
• Mestrado em Segurança Contra Incêndios Urbanos, 2005/7,
DEC-FCTUC Univ. Coimbra / LNEC

• Doutoramento Engª InformáGca (FEUP 2016)


da informá+ca à engenharia de segurança e regresso à
informá+ca
• CV profissional:
• Ajudante de Despachante – Resp. Sistemas Informação –
Emílio de Almeida – Desp. Oficial, Lda 1984-95

• Analista de Sistemas / Programador Sénior – Real Vida Seguros,


S.A. 1988-2003

• Diretor Técnico – AVANTEC – Tecnologias Avançadas, Lda 2000-2011


• Gestor de Projeto / ProjeVsta Segurança Contra Incêndio –
Layout- Engenharia e Serviços, Lda 2000-2011

• Consultor e Docente Ensino Superior – FEUP, IPCA, ISTEC 2016-


da informá+ca à engenharia de segurança e regresso à
informá+ca
• ISTEC: www.istec.pt
O MUNDO É PLANO!

Verdade
ou
Mito?
O MUNDO É PLANO!

Verdade!!
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS!

Verdade
ou
Mito?!?
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS!

Mito!!
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS!

Verdade!
A Terra deverá atingir o ponto
de não retorno em 2035!

Estudo indica que o mundo tem de


mudar rapidamente para as energias
renováveis, de forma a evitar que a
Terra se torne inabitável.
Revista “Sábado “31.08.2018
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS!
Perda de terra firme na
costa da Louisiana entre
1932 e 2011 devido à
subida do nível do mar.

Verdade!
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS!

Verdade!
A actividade humana foi apontada, em 2007, por cientistas reunidos no Painel
Intergovernamental de Alterações Climáticas, como sendo a principal causa
das mudanças do clima.
A temperatura, no século passado, registou um acréscimo de 0,76ºC. A
previsão é que no presente suba entre 1,1 a 6,4ºC, dependendo das
medidas mitigadoras que sejam encetadas.
Este incremento da temperatura média pode desencadear danos irreversíveis
nos ecossistemas terrestres.

In https://www.natureza-portugal.org/o_nosso_planeta/alteracoes_climaticas/
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS!

Argumentos negacionistas:
1. A concentração de gases estufa não está a aumentar na atmosfera.
2. Mesmo se estiver, o aumento não tem efeito sobre o clima. Não existe
evidência de que o aquecimento global esteja a acontecer.
3. Mesmo que haja aquecimento global, deve-se a causas naturais.
4. Mesmo que as causas não sejam naturais, a contribuição humana é
negligenciável.
5. Mesmo se a participação humana é grande, não vai gerar mudanças
importantes no clima.
6. Mesmo se houver mudanças importantes, elas serão em geral
benéficas.
7. Mesmo que as mudanças não sejam benéficas, a humanidade e o
ambiente vão adaptar-se.
8. Mesmo que os cientistas estejam certos, já é tarde demais para fazer
qualquer coisa.
9. Mesmo que tudo dê errado, a humanidade vai encontrar alguma
solução tecnológica sem que seja necessário mudar significativamente o
seu modo de vida atual.
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS!

Argumentos negacionistas:
1. A concentração de gases estufa não está a aumentar na atmosfera.

Errado. Os principais gases estufa de origem humana têm


aumentado de forma contínua desde a Revolução Industrial,
iniciada em meados do século XVIII:

• a concentração atmosférica de dióxido de carbono (CO2)


aumentou aproximadamente 35%
• o metano (CH4) mais do que duplicou a sua concentração;
• o protóxido de azoto (N2O) aumentou de 270.000 ppm (partes
por milhão) pré-industrial para 319.000 em 2005,
• os níveis de ozono aumentaram de 25.000 para 34.0000 ppm
no mesmo período
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS!

Argumentos negacionistas:
1. A concentração de gases estufa não está a aumentar na atmosfera.
2. Mesmo se estiver, o aumento não tem efeito sobre o clima. Não existe
evidência de que o aquecimento global esteja a acontecer.

Errado. Errado. O aquecimento existe:


• a medição da temperatura em múltiplos pontos do planeta tem
mostrado uma elevação desde meados do século XIX, e nas últimas
décadas o aumento está a acelerar.
• o gelo está a diminuir em todo o planeta,
• os oceanos a aquecer
• as estações frias a ficar mais curtas
• espécies migradoras deslocam-se antes do que era costume.

Essas e outras evidências científicas provam que existe de facto um


aquecimento generalizado da superfície do planeta.
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS!

Argumentos negacionistas:
1. A concentração de gases estufa não está a aumentar na atmosfera.
2. Mesmo se estiver, o aumento não tem efeito sobre o clima. Não existe
evidência de que o aquecimento global esteja a acontecer.
3. Mesmo que haja aquecimento global, deve-se a causas naturais.

Errado. O clima é um sistema sensível à influência de vários fatores.


No passado houve fatores naturais que provocaram mudanças. Hoje, o
ser humano está diretamente envolvido. Grande parte do carbono
lançado na atmosfera tem origem fóssil, que pode ser provada pela sua
composição isotópica. Não existe nenhum processo natural atualmente
em curso que possa explicar a acumulação observada, apenas pela
queima de combustíveis fósseis.
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS!

Argumentos negacionistas:
1. A concentração de gases estufa não está a aumentar na atmosfera.
2. Mesmo se estiver, o aumento não tem efeito sobre o clima. Não existe
evidência de que o aquecimento global esteja a acontecer.
3. Mesmo que haja aquecimento global, deve-se a causas naturais.
4. Mesmo que as causas não sejam naturais, a contribuição humana é
negligenciável.

Errado. desde o início do século XX, e pelo menos desde a década de


1950 com extrema segurança, a participação humana tem sido parte
preponderante no total. A quantidade de gases estufa de origem humana
lançada na atmosfera é imensa, sendo a principal causa do sensível
desequilíbrio energético no sistema terrestre. O desequilíbrio tem piorado
rapidamente desde a década de 1970, e entre 2005 e 2011 aumentou em
43%
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS!

Argumentos negacionistas:
1. A concentração de gases estufa não está a aumentar na atmosfera.
2. Mesmo se estiver, o aumento não tem efeito sobre o clima. Não existe evidência
de que o aquecimento global esteja a acontecer.
3. Mesmo que haja aquecimento global, deve-se a causas naturais.
4. Mesmo que as causas não sejam naturais, a contribuição humana é
negligenciável.
5. Mesmo se a participação humana é grande, não vai gerar mudanças
importantes no clima.
6. Mesmo se houver mudanças importantes, elas serão em geral benéficas.

Errado. Não há base científica para afirmar que as mudanças não


causarão impactos vastos e perigosos em múltiplos níveis. Pelo contrário,
a mudança de cerca de 1ºC desde o início dos registos de temperatura
global já provocou uma série de efeitos prejudiciais ao ambiente, com a
extinção de espécies, elevação do nível do mar, modificação nos padrões
de ventos, chuvas, redução dos gelos terrestres, aumento da intensidade
dos desastres naturais, alteração de ecossistemas, uma onda de
invasões por espécies exóticas em todos os continentes.
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS!

Argumentos negacionistas:
7. Mesmo que as mudanças não sejam benéficas, a humanidade e o ambiente vão
adaptar-se.

Errado. A extinção na pré-história do Permiano-Triássico (há 251


milhões de anos) teve origem num aumento de 8°C ao longo de 9,4
milhões de anos. Exterminou 96% das formas de vida marinha e 70% das
terrestres. Em termos geológicos é considerada uma mudança abrupta. A
recuperação da biodiversidade demorou 10 milhões de anos.

Em cem anos a temperatura já subiu 1°C e os efeitos são visíveis. O que


distingue o processo atual dos grandes eventos pré-históricos de
mudança climática é a sua rapidez. Não há evidências de uma mudança
tão rápida como a atual na Terra nos últimos 50 milhões de anos. A União
Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos
Naturais (IUCN) prevê que se a elevação da temperatura chegar a 3,5 °C,
70% de todas as espécies existentes hoje serão provavelmente
extintas. Haverá uma extinção em massa e desertificação generalizada.
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS!

Argumentos negacionistas:
8. Mesmo que os cientistas estejam certos, já é tarde demais para fazer
qualquer coisa.

Errado. Não é tarde demais para fazer qualquer coisa. Pelo contrário,
quanto mais cedo a mudança para a sustentabilidade avançar, menores
serão os impactos previstos. Já existe um grande número de iniciativas
globais, nacionais e locais para combater o aquecimento e elas têm-se
revelado promissoras; falta apenas uma adesão em larga escala da
população para que os resultados significativos comecem a aparecer.
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS!

Argumentos negacionistas:
9. Mesmo que tudo dê errado, a humanidade vai encontrar alguma solução
tecnológica sem que seja necessário mudar significativamente o seu modo de vida
atual.

Errado. É preciso modificar a estrutura dos mercados, fontes de


energia e hábitos de produção, consumo e reciclagem. É improvável que
num futuro próximo surjam soluções tecnológicas viáveis para resolver o
problema do aquecimento global, devido à própria escala planetária do
fenómeno e as suas ramificações.

Muitas mudanças importantes serão irreversíveis. Um relatório da Royal


Society advertiu: "Nenhum método de geoengenharia será capaz de nos
dar uma alternativa fácil ou acessível para o problema da mudança
climática. Contudo, no futuro podem ser um auxiliar nos esforços de
mitigação dos efeitos da mudança climática. É muito provável que um dia
seja criada tecnologia para a geoengenharia, mas ainda estamos longe, e
subsistem grandes incertezas sobre sua eficiência, custo e impacto
ambiental".
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS!

Outros argumentos negacionistas:


"Não há consenso entre os cientistas".

Errado. O consenso existe e é esmagador.


Há dez anos, mais de 75% dos geocientistas já concordavam que o aquecimento
existe e a origem é principalmente humana; na mesma altura 97% dos
climatologistas, que publicavam trabalhos principalmente na área da mudança
climática já pensavam o mesmo, e a proporção vem crescendo à medida que
novos estudos são feitos.
Uma das mais importantes dessas sondagens, realizada por John Cook, analisou
11.944 artigos científicos sobre aquecimento global e mudanças climáticas
publicados entre 1991 e 2011. Dos artigos 97,1% apontaram o homem como
causador. Em 2016 dez dos principais autores que estudam o próprio consenso
fizeram uma nova análise sobre o tópico, entre 1991 e 2015, reafirmando o índice
de 97% de concordância entre os especialistas.

Em 2016 um estudo tentou reproduzir os resultados de 38 artigos negacionistas e


encontrou erros de método, de avaliação ou de cálculo em todos.
AQUECIMENTO GLOBAL

Gráfico da NASA - intensidade da anomalia térmica global em 2015 em


relação à média de 1880. Em 2016 foi batido o recorde do ano mais
quente desde o início dos registros.
Conferência de Estocolmo (1972)
A primeira grande reunião de chefes de estado organizada
pela ONU para tratar das questões relacionadas à degradação
do meio ambiente.
• Dias 5 a 16 de junho de 1972 - Suécia, Estocolmo.

A Conferência de Estocolmo é amplamente reconhecida como


um marco nas tentativas de melhorar as relações do homem
com o Meio Ambiente, e também por ter inaugurado a busca pelo
equilíbrio entre o desenvolvimento económico e a redução da
degradação ambiental (poluição urbana e rural, desmatamento,
etc), que mais tarde evoluiria para a noção de desenvolvimento
sustentável.

Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio


Ambiente Humano (em inglês, Declaration of the United Nations
Conference on the Human Environment), 6 de junho de 1972.

O primeiro documento do direito internacional a reconhecer o


direito humano a um meio ambiente de qualidade, que é aquele
que permite ao homem viver com dignidade.
Conferência Rio de Janeiro (1992)

Também conhecida como: Eco-92, Cúpula da Terra,


Cimeira do Verão, Conferência do Rio de Janeiro e Rio 92

• De 3 a 14 de junho de 1992.

Vinte anos depois da Conferência de Estocolmo.

Agenda 21: deu origem ao protocolo de Kyoto (1997)

amplamente reconhecida como um marco nas tentativas de


melhorar as relações do homem com o Meio Ambiente, e
também por ter inaugurado a busca por equilíbrio entre
desenvolvimento económico e a redução da degradação
ambiental (poluição urbana e rural, desmatamento, etc), que
mais tarde evoluiria para a noção de desenvolvimento
sustentável.
Conferência Rio de Janeiro (2012)

Também conhecida como: Conferência das Nações Unidas sobre


Desenvolvimento Sustentável (CNUDS)

• De 13 a 22 de junho de 2012.

Vinte anos depois da conferência do Rio 1992 e quarenta da


Conferência de Estocolmo.

A Conferência teve dois temas principais:

• A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da


erradicação da pobreza;

• A estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável.


Acordo de Paris - 2016
Portugal é o quinto país da UE e o 61º do mundo a ratificar o Acordo de
Paris (in Expresso 30.09.2016).

195 países da ONU sobre o clima (COP21), o acordo assume como


objetivo, que as temperaturas médias globais até ao final do século
XXI não podem subir mais de 2 graus Célsius, de preferência não
mais de 1,5ºC, por comparação às registadas na era pré-industrial.

Portugal representa 0,18% das emissões globais. O Programa


Nacional para as Alterações Climáticas 2020/2030, tem como objetivo
reduzir as emissões de gases como o CO2 entre 30% e 40% (face a
2005). Em 2014 Portugal reduziu as emissões em 27%.

A UE, que contribui com 12% das emissões, quer reduzi-las em 40% até
2030 e 80% até 2050 face às de 1990.
5 FACTOS SOBRE AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E ENERGIA

Cada português emite em média 6,5 toneladas de dióxido de carbono


1 equivalente (CO2) por ano; um habitante dos Estados Unidos da América
emite 17,5 ton CO2/ano e da China 6,2 ton CO2/ano.

74% da energia consumida em Portugal depende do exterior. A


2 dependência energética tem diminuído em parte, pelo aumento da
produção de energia renovável (nacional).
26% das emissões de gases com efeito de estufa em Portugal provém do
3 sector dos transportes, em particular devido ao transporte rodoviário
individual.
25% da energia consumida em Portugal é proveniente de fontes
renováveis. A biomassa continua a ser a maior fonte de energia renovável
4 (45%). A energia elétrica hídrica (barragens) aparece em segundo lugar
(26%), com a energia eólica já com um contributo muito próximo, na
ordem dos 20%.
Em 2014, 63% do consumo de eletricidade foi assegurado por fontes
5 renováveis. Em 2015 esse valor foi de 50% devido à menor produção de
hídrica.

Fonte: ZERO - ASSOCIAÇÃO SISTEMA TERRESTRE SUSTENTÁVEL


https://zero.ong/alteracoes-climaticas-energia-e-mobilidade/
Sustentabilidade: capacidade de satisfazer as nossas necessidades no presente sem
comprometer a capacidade de as gerações futuras satisfazerem as suas próprias
necessidades.

Além de recursos naturais, são também necessários recursos sociais e económicos.

No final do século XX, surgiu o conceito de “desenvolvimento sustentável”.

Em 1983, as Nações Unidas escolheram a ex-primeira-ministra norueguesa Gro


Harlem Brundtland para a nova Comissão Mundial sobre Ambiente e
Desenvolvimento. A “Comissão Brundtland” divulgou, no seu relatório final, “Our
Common Future”, as consequências ambientais negativas do desenvolvimento
económico e da globalização e soluções para os problemas decorrentes da
industrialização e do crescimento populacional:

“o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente


sem comprometer a capacidade das gerações futuras
satisfazerem as suas próprias necessidades, garantindo o
equilíbrio entre o crescimento económico, o cuidado com o
ambiente e o bem-estar social.”
in Relatório Brundtland, 1987
As dimensões da sustentabilidade
Dimensão ambiental: recursos naturais conservados
e geridos, para minimizar os impactos negativos no ar,
água e solo, preservar a biodiversidade, proteger e
melhorar a qualidade do ambiente e promover a
produção e consumo responsáveis.

Dimensão social: respeito pelos direitos humanos e


a igualdade de oportunidades de todos os indivíduos
na sociedade. Sociedade mais justa, com inclusão
social e distribuição equitativa dos bens com foco na
eliminação da pobreza.

Dimensão económica: prosperidade da sociedade e


eficiência da atividade económica. Refere-se também
à viabilidade das organizações e das suas atividades
na geração de riqueza e à promoção de emprego de
qualidade.
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS) e a Agenda 2030
A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da
Organização das Nações Unidas é constituída por 17 Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e foi aprovada em
setembro de 2015 por 193 membros. https://www.ods.pt/
As TIC (Tecnologias de
Informação e Comunicação)
e o Desenvolvimento
Sustentável
Duas vertentes:

1. Interna: consumo de recursos


energéticos e matérias-primas

2. Externa: gestão dos recursos


existentes de forma sustentável
Não é nada fácil ser “verde” e manter a
comodidade dos serviços atuais…mas é
possível!

O impacto ambiental vai desde:


• aquisição de recursos
• produção de hardware
• desenvolvimento de software
• armazenamento de informação (consumo
energético dos data centers)
• redes globais e locais (milhões de servidores
ligados 24/7)
• manutenção (pode aumentar tempo de vida útil)
• desmantelamento, reaproveitamento, reciclagem.

Se todos estes processos forem abastecidos


com eletricidade de fontes renováveis já é
um gigante passo.
As TIC (Tecnologias de Informação e
Comunicação) e o Desenvolvimento
Sustentável

Vertentes Interna:

• Redução do consumo de energia (LED,


optimização hardware e software)
• Uso de fontes energia renováveis
• Redução uso matérias primas
• Economia circular
• Digitalização (redução impressão
documentos)
• Uso de video-conferências (reduzir
viagens de trabalho pontuais e diárias)
consumo de recursos energéticos e
matérias-primas
• ...
As TIC (Tecnologias de Informação e
Comunicação) e o Desenvolvimento
Sustentável

Vertente Externa: gestão dos recursos


existentes de forma sustentável

• Redução do consumo de energia (LED,


ar condicionado, optimização
aparelhos, eficiência energética)
• Gestão inteligente das fontes de
energia renováveis
• Reduzir, reutilizar, reciclar
• Digitalização (desmaterilizar processos
e documentos)
• Transportes públicos
• Planeamento e optimização uso de
recursos naturais
• Gestão e controlo
Produção energia
renovável em Portugal

Fonte: Direção Geral de


Energia e Geologia

https://www.apren.pt/content
s/publicationsothers/estatisti
cas-rapidas--renovaveis-
janeiro-2018-dgeg.pdf
Produção energia renovável em Portugal – 2009 a 2018
Produção energia renovável em Portugal – por distrito em 2017
Produção energia renovável em Portugal – por Região
Produção energia renovável em Portugal – variação ao longo do ano
Produção energia renovável em Portugal – evolução 2009-2018
Produção energia renovável em Portugal – por região 2009-2018
Produção energia renovável – comparativo Portugal / União Europeia
Produção energia renovável noutros países da OCDE – 2005 vs 2016
Produção energia renovável fotovoltaica

Pergunta: que área seria necessário para Portugal ficar apenas com
energias renováveis?
Portugal 100% eletricidade renovável

Premissas:
• 51% da electricidade produzida já é renovável
• 24.300 GWh/ano
• 47.700 GWh/ano - consumo total
• Faltam ~24.000 GWh/ano

Resposta:
• 24.000 GWh => 18 GWpainéis fotovoltaicos
• Painel de 270W // 1,65x1,00m
• Área total: 110.000.000 m2 = 110 km2 = 11.000
hectares

(Pordata - dados de 2017)


Conclusões:

• A sustentabilidade passa pela duração dos projetos:


ações pontuais são bem vindas... mas devem perdurar
no tempo;
• O tempo passa... e o clima está em profunda alteração;
ainda vamos a tempo??

57
O futuro está nas nossas mãos:
só depende de nós!

58
“As TIC’s ao Serviço da Inovação e da
Sustentabilidade”
10 de abril de 2019

Obrigado pela sua atenção!


• Questões?

joao.almeida@engenheiros.pt
Membro sénior da Ordem dos Engenheiros
Mestre em Segurança Contra Incêndios Urbanos – Univ. Coimbra
Doutor em Engº Informática FEUP
Investigador no LIACC – Lab. Inteligência Artificial e Ciências da Computação (U.Porto)

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