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Este vídeo tem como objetivo a compreensão das reações fotoquímicas que ocorrem ao nível

da atmosfera terrestre, nomeadamente, as reações de fotodissociação e fotoionização, bem


como a importância da camada de ozono e a sua degradação.

A atmosfera terrestre é uma camada de gases que envolve o planeta e protege a vida, nela,
ocorrem reações fotoquímicas.

Esta atmosfera pode ser dividida em quatro camadas com altitudes diferentes e nas quais
ocorrem diferentes reações.

Mais próxima da Terra encontra-se a troposfera e depois a estratosfera, mesosfera e por fim a
termosfera.

Nestas camadas ocorrem reações fotoquímicas através da absorção da radiação solar, sendo
que as reações que ocorrem em cada camada vão variando de acordo com a sua composição
química.

Assim, devido a estas reações a atmosfera funciona como um filtro à radiação solar, o que
permite a proliferação da vida na Terra. Algumas das radiações que nos chegam são parte das
radiações UV, infravermelhos, visível e ondas rádio.

Em termos da filtração dos raios UV a camada de ozono desempenha uma papel fundamental.

Os raios UV podem ser divididos em 3 classes de acordo com a sua energia:

UV-A (menos energética), UV-B e UV-C (mais energética)

Reações de fotodissociação

Uma das reações que ocorre ao nível da atmosfera são as reações de fotodissociação nas quais
há quebra das ligações entre átomos, sendo por isso reações endoenergéticas (necessitam de
energia para ocorrer) que ocorrem na parte superior da troposfera e na estratosfera.

Quando a rutura de uma ligação forma um átomo com um eletrão desemparelhado este
designa-se de radical livre e representa-se com um ponto acima do átomo. Os radicais livres
são moléculas extremamente reativas.

Temos como exemplo a dissociação das moléculas de oxigénio e de nitrogénio:

A energia necessária para quebrar estas ligações varia:

Oxigénio – ΔH: 495 kJ/mol

Nitrogénio – ΔH: 945 kJ/mol

Neste caso, a energia necessária para quebrar a ligação entre os átomos de nitrogénio é maior
uma vez que entre os átomos de nitrogénio se forma uma ligação tripla (mais estável)
enquanto que no oxigénio temos uma ligação dupla.

Fotoionização

Outra das reações que ocorre ao nível da atmosfera é a fotoionização na qual a absorção de
energia leva à libertação de eletrões formando-se um ião com carga positiva.
Para que ocorram reações de fotoionização são necessários níveis mais elevados de energia
pelo que estas reações ocorrem na última camada (termosfera)

Camada de Ozono

A camada de ozono corresponde a uma zona na atmosfera na qual a concentração de ozono é


maior, este ozono é formado pela ação dos raios UV-C nas moléculas de oxigénio. Esta reação
é importante uma vez que os raios UV são os mais prejudiciais à saúde e ao reagirem com o
oxigénio são filtrados e impede que a maioria atinja a superfície terrestre.

(foto do livro FIG 13 pagina 192)

Explicação da imagem: Os raios UV atingem a molécula de oxigénio e formam radicais


(O) e este colidem com moléculas de oxigénio intactas (O 2) formando o ozono (O3) por sua vez
as moléculas de ozono podem ser dissociadas em numa molécula de oxigénio e num radical.

Assim, se a velocidade de formação de ozono for igual à velocidade de decomposição, a sua


quantidade na camada de ozono mantém-se constante.

Degradação da camada de ozono

No entanto, o equilíbrio estabelecido entre estas reações é destruído com a introdução do uso
de CFC (clorofluorcarbonetos) pelo humano.

Estes CFCs durante vários anos eram usados nos sprays e como gases refrigerantes em
frigoríficos, e também eram usados como solventes porque estes gases eram muito estáveis e
fáceis de armazenar.

Sendo que estes gases eram muito estáveis, estes gases ficam na atmosfera durante vários
anos, cerca de 80 ate 100 anos.

Apesar de serem mais densos do que o nitrogénio e do que o oxigénio, estes gases como ficam
vários anos na atmosfera, chegam até há estratosfera e sofrem reações de fotodissociação por
ação dos raios UV, partindo as moléculas de CFC que libertam Cloro e estes destroem as
moléculas de ozono.

Fig 18 pag. 194

Este processo é um ciclo continuo e estima-se que um radical de cloro possa destruir 100 mil
moléculas de Ozono antes de ser removido da atmosfera.
O buraco de ozono situa-se nos polos porque no inverno cria-se vortex de ar gelado de ar
gelado e formam-se grandes nuvens que são constituídas por cristais de gelo, estes cristais
absorvem os aerossóis contendo CFC.

Quando os raios solares da primavera, as radiações UV vão desencadear a formação em massa


de radicais de Cloro, destruindo mais facilmente o Ozono.

Saúde Humana

Com a destruição da camada de ozono, os raios UV passam mais facilmente e causam mais
problemas á saúde humana.

Este tipo de radiação pode causar queimaduras da pele, cancro da pele, inflamação aguda da
córnea, cataratas entre outras doenças.

Este tipo de radiação também afeta animais porque ocorre um aumento de pragas e outros
agentes vegetais e na vida marinha os peixes jovens e os viveiros de marisco são afetados
pelos raios UV-B.

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