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Efeito de estufa

O efeito estufa é um fenômeno natural ocasionado pela concentração de gases na


atmosfera, os quais formam uma camada que permite a passagem dos raios solares e a
absorção de calor.

A camada de ozônio corresponde a uma cobertura gasosa que envolve e protege a Terra
da radiação ultravioleta emitida pelos raios solares.

A principal causa do surgimento de buracos na camada de ozônio é a liberação de gases


CFC (clorofluorcarbonetos) na atmosfera. Esses gases estão presentes em aerossóis,
refrigeradores, materiais plásticos e solventes.

Comumente os CFC possuem fórmula geral CClnF4–n

Formação de camada de ozono

Quando os gases CFC são liberados, eles demoram até 8 anos para chegar a estratosfera
e ao serem atingidos pela radiação ultravioleta, liberam o cloro.

O cloro, então, reage com o ozônio e o transforma em oxigênio (O 2), iniciando a


destruição da camada de ozônio.

Reações de CFC

Fotólise do CFC: CFCl3 (ou CF2Cl2) + luz → CFCl2 (ou CF2Cl) + Cl

Perda de ozono (O3) em média e alta estratosfera

Cl + O3 → ClO + O2

ClO + O → Cl + O2

Global: O3 + O → 2O2

Perda de ozono (O3) em baixa estratosfera

Cl + O3 → ClO + O2

ClO + HO2 → HOCl + O2

HOCl + luz → Cl + OH

OH + O3 → HO2 + O2
Global: 2O3 → 3O2

Os níveis de cloro na atmosfera aumentaram bastante durante as últimas décadas, em


virtude da liberação de gases CFC. Por isso, desde 2010 é proibida a produção de CFC
em todo o mundo.

Onde os buracos na camada de ozônio estão localizados

Em 1977, cientistas britânicos identificaram a formação de um buraco na camada de


ozônio sobre a Antártida. Essa região é visível no final do inverno e primavera no
hemisfério sul.

Em 2000, a NASA concluiu que durante os meses de setembro a novembro o buraco


pode chegar a atingir de 22 a 25 km 2, o que equivale a uma área, aproximadamente, três
vezes maior que os Estados Unidos (9,8 km2).

Os Estados Unidos, parte da Europa e da China e o Japão já perderam,


aproximadamente, 6% da proteção da camada de ozônio. Nessas regiões existe uma
maior liberação de gases CFC.

No Brasil, a camada de ozônio ainda não perdeu 5% do seu tamanho original, o que se
deve a pouca produção de gases CFC.

Os buracos na camada de ozônio são monitorados de vários pontos do mundo.


Em 2016, um grupo de cientistas afirmou que os buracos na camada de ozônio estão
reduzindo, em comparação com o ano 2000. Porém, o cenário não é animador, pois
ainda existe uma grande concentração de gases poluentes acumulados na atmosfera.

Um fato é que a recuperação da camada de ozônio levaria no mínimo uns 50 anos.

Os gases CFC são os principais vilões da destruição da camada de ozônio. Uma


molécula de CFC pode destruir até 100 mil moléculas de ozônio.

Além disso, estima-se que para cada 1% de decréscimo nas concentrações de ozônio, há
um aumento de 2% na radiação ultravioleta na superfície terrestre.

Consequências

As consequências do buraco na camada de ozônio afetam a saúde das pessoas e o meio


ambiente.
Saúde

Com a existência de buracos na camada de ozônio, existe uma maior incidência da


radiação UV-B atingindo a Terra.

Os raios UV-B podem penetrar na pele e danificar o DNA das células. Assim, os casos
de câncer de pele devem aumentar.

Acredita-se que 1% de perda da camada de ozônio corresponda a 50 mil novos casos de


câncer de pele no mundo.

A radiação também pode comprometer a visão e provocar o envelhecimento precoce.

Meio Ambiente

O buraco na camada de ozônio e o aquecimento global, são problemas ambientais


distintos, porém interligados até certo ponto.

O efeito estufa garante que a Terra mantenha uma temperatura adequada para a
sobrevivência dos seres vivos. Porém, com o aumento da liberação de gases poluentes,
esses efeitos têm sido intensificados.

Como resultado da intensificação do efeito estufa e da maior incidência dos raios


solares, as temperaturas médias da Terra estão aumentando. Isso ocasiona o chamado e
conhecido fenômeno do aquecimento global.

Através das metas de redução das emissões de gases poluentes, a projeção é que em
2065 a camada de ozônio esteja recuperada.

Curiosidade

No dia 16 de setembro é comemorado o Dia Internacional da Preservação da Camada de


Ozônio.

Ciclo de substâncias químicas no meio ambiente

Os ciclos biogeoquímicos (processo pelo qual elementos em diferentes formas


químicas passam do meio ambiente para os seres vivos e retornam ao ambiente)
são processos que ocorrem na natureza para garantir a reciclagem de elementos
químicos no meio. São esses ciclos que possibilitam que os elementos interajam com o
meio ambiente e com os seres vivos, ou seja, garantem que o elemento flua pela
atmosfera, hidrosfera, litosfera e biosfera.
Os principais ciclos biogeoquímicos encontrados na natureza são o ciclo da água, do
carbono, do oxigênio e do nitrogênio.

O ciclo da água é o processo de circulação da água no planeta Terra, que sofre


deslocamentos e transformações físicas nos três estados da matéria.

O ciclo de carbono, a biosfera exala CO2 no processo de respiração e durante a


decomposição e fermentação emitem CO 2 e CH4. Por outro lado, a hidrosfera emite CO 2
que se destina a aumentar a temperatura, devido às variações térmicas. Assim mesmo, a
litosfera desprende CO2 durante as erupções vulcânicas.

O ciclo do oxigênio é um ciclo biogeoquímico que envolve o elemento oxigênio. Esse


ciclo apresenta importantes processos, como a fotossíntese e a respiração.

Por ser muito reagente, ele influencia diversos outros ciclos biogeoquímicos, como o
ciclo do carbono. O ciclo do oxigênio permite que o oxigênio circule entre o meio
ambiente e os seres vivos. A principal forma de produção de oxigênio é a fotossíntese.

O ciclo do nitrogênio é um ciclo biogeoquímico que garante a circulação do nitrogênio


no ambiente físico e nos seres vivos. O nitrogênio é um nutriente utilizado por vários
organismos, sendo essencial para formar proteínas, ácidos nucleicos e outros
componentes das células.

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