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Escola Secundária de Odivelas

EFA Secundário Escolar


Curso ESA B
Sociedade, Tecnologia e Ciência - UFCD 2
2018/2019

Atividade N.º3
Quantificação dos desequilíbrios nos sistemas ambientais, diagnosticando as causas associadas e, em particular, a
dimensão da intervenção antropogénica sobre o ambiente
(Conteúdos respeitantes à UFCD)

Documentos exploratórios:
Textos; Notícias
(Texto, Imagem, Video ou Esquema …)

Tarefa a desenvolver: Ficha formativa 3


(individual, em par ou em grupo/escrita, oral, digital (p.e. ppoint)/debate em turma, reflexão individual ou em grupo, visitas de estudo, palestras,
acções de dinamização de turma ou escola, …)

Poluição do Ar
A poluição do ar tem vindo a ser a causa de um conjunto de problemas, nomeadamente no que respeita:
 À degradação da qualidade do ar;
 À exposição humana e dos ecossistemas a substâncias tóxicas;
 A danos na saúde humana;
 A danos nos ecossistemas e património construído;
 À acidificação;
 À deterioração da camada de ozono estratosférico;
 Ao aquecimento global/alterações climáticas.

Entre os efeitos na saúde humana referem-se os problemas


ao nível dos sistemas respiratórios e cardiovascular. Quanto aos
danos nos ecossistemas podem citar-se a oxidação de estruturas
da vegetação, que entre muitas outras coisas pode originar a
queda prematura das folhas em algumas espécies e o
apodrecimento precoce de alguns frutos. Finalmente, quando se
fala de prejuízos ao nível do património construído pode dar-se
como exemplo o caos dos poluentes acidificantes que atacam quimicamente as estruturas construídas,
causando a degradação dos materiais.
Os efeitos dos poluentes atmosféricos variam
em função do tempo e das suas concentrações.
Este facto faz com que, normalmente, se fale em
efeitos crónicos e agudos da poluição
atmosférica. Os efeitos agudos traduzem as
altas concentrações de um dado poluente que,
ao serem atingidas, podem ter repercussões
imediatas nos recetores. Os efeitos crónicos
estão relacionados com uma exposição muito
mais prolongada no tempo e níveis de
concentração mais baixos. Embora este nível

Formador: João Rodrigues Data: ____/____/ 2018-19


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seja mais baixo, a exposição dá-se por um período prolongado, o que faz com que possam aparecer efeitos
que derivam da exposição acumulada a esses teores de poluentes.
As emissões poluentes geram problemas a diferentes escalas, desde uma escala local (p.ex. as
concentrações de monóxido de carbono – CO – provenientes do tráfego junto a estradas congestionadas) até
à escala global (cujo melhor exemplo são as alterações climáticas que se traduzem, entre muitos outros
efeitos, pelo aquecimento global do planeta com todas as repercussões daí resultantes).

O impacto da polução atmosférica


De acordo com estimativas, o número de mortes que a poluição causa é de 3 milhões de pessoas em todo
o mundo a cada ano – segundo Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
Além disso são agentes causadores de muitos problemas de saúde, como a asma e doenças cardíacas. É
um preço muito alto que pagamos em termos de vidas perdidas e prejuízos na saúde e economia. Em 2010,
por exemplo, o impacto na saúde (contando mortes e doenças) em países da OCDE foi de aproximadamente
de 1,7 bilhões de dólares. São indícios que demonstram claramente o quanto precisamos tratar com
seriedade a poluição atmosférica para diminuir o seu impacto no meio ambiente e na própria população.

Formador: João Rodrigues Data: ____/____/ 2018-19


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Poluição do ar provoca 6630 mortes prematuras em Portugal


Lisboa, Porto e Braga encontram-se entre as cidades com valores anuais de poluentes atmosféricos nocivos acima
da média, alertam os ambientalistas
A poluição que os habitantes de Lisboa, Porto e Braga respiram todos os dias, a maioria fruto do tráfego
automóvel, faz com que 6630 pessoas morram prematuramente todos os anos. O alerta chega da associação
Zero que, citando o último relatório da Agência Europeia do Ambiente relativo à qualidade do ar na UE, dá
conta que houve melhorias, mas insuficientes. (…)

Os poluentes têm variadíssimas origens e, muitas vezes, como é caso das partículas atmosféricas secundárias,
derivam das reacções químicas entre outros gases provenientes de processos de combustão de combustível
(seja este para automóveis, habitações ou indústria), sendo prejudiciais para a saúde pois, por terem
dimensões mais reduzidas que as partículas primárias, penetram mais facilmente nas vias respiratórias
humanas, explica a associação ambientalista.

Outros, como o ozono troposférico, que tem origem na reacção de gases emitidos pelos escapes dos automóveis
com a radiação solar, causam problemas de saúde ao formarem radicais livres, já que esta molécula se torna
altamente reactiva no tracto respiratório humano, podendo provocar problemas graves.

Uma grande fonte de emissão de poluentes atmosféricos na Europa continua a ser a agricultura intensiva mas,
em Portugal, o problema assume maiores proporções nas grandes cidades, sendo o tráfego rodoviário o
principal responsável pela ultrapassagem dos valores limite, ou seja, o limite a partir do qual se torna nocivo
para a saúde. Braga, Lisboa e Porto são os principais focos de preocupação devido ao seu elevado tráfego
rodoviário.

Enquanto que os níveis portugueses de partículas e ozono troposférico se encontram estáveis e abaixo da
média, no caso do dióxido de azoto a situação é grave: O valor limite permitido pela legislação europeia e
nacional é de 40 miligramas por metro cúbico mas, em 2016, a estação da Avenida da Liberdade registou uma
média anual de 57 mg/m3. Mas se este valor já é alarmante, o registado na estação de Francisco Sá
Carneiro/Campanhã ascendeu aos 74,8 mg/m3. Em Braga, o valor fica pelos 55,3 mg/m3 o que também é de
preocupar, já que é uma cidade aproximadamente cinco vezes menos populosa que Lisboa, salienta a
associação.

Segundo a Zero - Associação Sistema Terrestre Sustentável, é fundamental a implementação de medidas nestas
cidades para reduzir a emissão de poluentes. “É fundamental diminuir fortemente o tráfego nas cidades”,
explica Francisco Ferreira, presidente da associação. “A proibição de veículos a gasóleo ou o reforço de
fiscalização de carros antigos a que temos vindo a assistir será um bom sítio por onde começar.”
Notícia do jornal Público - 11 de outubro de 2017

Proposta de trabalho:

Formador: João Rodrigues Data: ____/____/ 2018-19


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1. Refira os efeitos da poluição do ar na saúde humana e no ambiente.

2. As emissões atmosféricas geram problemas a diferentes escalas. Justifique.

3. Enumere os principais poluentes químicos do ar.

4. Segundo a notícia do jornal público qual o poluente que regista maior preocupação em Portugal. E por
que razão (inclua exertos da notícia que suportem a sua resposta)?

FIM

Formador: João Rodrigues Data: ____/____/ 2018-19

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