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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE – CAMPUS


IPANGUAÇU
DISCIPLINA: QUÍMICA AMBIENTAL
DISCENTE: ANA RUTE, AYARA CLARA, CLAELSON
OLIVEIRA, JEFERSON GUILHERME, THUIZA CARLA
PROFESSOR: MARCUS MEDEIROS

POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

Como dizia o grande físico teórico Stephen Hawking “a poluição, a


ganância e a estupidez são as maiores ameaças ao planeta”. Diante desse
pensamento, a poluição atmosférica se dá pela quantidade excessiva de gases
nocivos lançados na atmosfera tal qual o gás carbônico (CO2), restos
orgânicos, fuligem de combustíveis fósseis, queimadas, monóxido de carbono
(CO), dióxido de enxofre (SO2), hidrocarbonetos como metano (CH4) e outro.
Por tanto, causando problemas ambientais e a saúde humana além de
contribuir com aquecimento global e favorecer o efeito estufa.

Vale ressaltar que esse tipo de poluição afeta diretamente no clima,


isso acontece porque os gases estufa, o ozônio e o metano contribuem para o
aquecimento global. Segundo a Coalizão Clima e Ar Limpo, esses poluentes
são responsáveis por entre 30% e 40% do aquecimento do planeta até o
momento. Além disso, há impactos em relação aos vegetais e também na
produção de alimentos, pois com a emissão do ozônio na atmosfera, pode
danificar as células das plantas e afetar negativamente a fotossíntese,
enquanto o material particulado pode reduzir a quantidade de luz solar que
atinge as plantas e as culturas alimentares.

Seguidamente a isso, a poluição atmosférica também pode


causar as famosas chuvas ácidas, que são consequência da queima de
combustíveis fósseis que liberam na atmosfera o óxido de nitrogênio, dióxido
de carbono e o dióxido de enxofre. Em reação com as partículas de água que
formam as nuvens, tem como resultado o ácido nítrico e o ácido sulfúrico, que
depois se precipitam em forma de chuva ácida. Consequentemente a isso, as
chuvas ácidas prejudicam as lavouras, alteram os ecossistemas aquáticos,
contribuem para a destruição de florestas, contaminam a água potável e,
sobretudo prejudicam a saúde humana.

Os efeitos da poluição atmosférica sobre os seres vivos, em especial


nos humanos têm se demonstrado preocupantes e os mais diversos possíveis.
Esses efeitos são mais notáveis em se tratando de países desenvolvidos e nas
proximidades dos grandes centros urbanos, devido ao alto tráfico de carros. Os
principais problemas são relacionados aos sistemas respiratório e
cardiovascular, crises de asma, dor precordial, limitação funcional e aumento
de internações hospitalares. Estudos apontam que mesmo quando as
concentrações de poluentes encontram-se abaixo do limite há maio incidência
de problemas como bronquite e asma, também há indícios de que a
mortalidade por doenças respiratórias está fortemente atrelada a poluição do
ar. Os grupos mais sujeitos a tais efeitos nocivos são idosos, crianças e
pessoas que apresentem, previamente, problemas respiratórios. Os problemas
cardiovasculares também estão fortemente atrelados a inalação de material
particulado, com dimensões entre 2,5 µm e 10µm.

Previamente, é de suma importância analisar as causas da poluição


atmosférica. Em maior parte, é culpa do ser humano ao produzir e descartar
produtos químicos e/ou tóxicos no meio ambiente. Um dos agentes é a queima
de combustíveis fósseis que possibilita a emissão de monóxido de carbono
(correspondente a 45%, aproximadamente, dos poluentes em grandes
cidades). Por não possuir cor ou odor, o monóxido de carbono pode se
associar com a hemoglobina sanguínea, causando a asfixia. Já um estudo feito
pelo Disclosure Insight Acion (CDP) sobre a Mudança do Clima e Saúde
Urbana - Impactos e Oportunidades para as Cidades Brasileiras, concluiu que a
poluição do ar causa um custo de mais de US$ 1,7 bilhões (cerca de R$ 8,5
bilhões) por ano no Brasil em razão das mortes prematuras provocadas em 27
capitais brasileiras.

Em concordância com o estudo, dados mostram que 60% do material


tóxico inalado no país têm como origem as queimadas realizadas na região
amazônica. Um ano antes da pandemia de covid-19, em 2019, na Amazônia
foram registradas 2,5 mil hospitalizações em virtude das queimadas. Ao todo,
foi identificada a presença de 307 perigos climáticos em 83 municípios
brasileiros como: inundações (55), tempestades (41), secas (41) e doenças
causadas por insetos ou outros vetores (38).

Outra pesquisa, desta vez realizada e publicada pela Academia


Nacional de Ciências dos Estados Unidos, demonstra que mais do que 17 mil
mortes por ano são registradas no país. Os gases (metano, amônia e sulfato de
hidrogênio) soprados de uma fazenda de porco são perigosos e juntamente
com a alimentação dos animais geram pequenas partículas que acarretam em
irritação nos pulmões. Posto isso, a péssima qualidade do ar é o maior risco de
saúde ambiental nos Estados Unidos e no mundo, tendo a agricultura como a
maior fonte de poluição do ar, ultrapassando as fábricas de carvão uma vez
que causa mais mortes anualmente.
Embora tenha uma grande conexão com os seres vivos, o ar é
severamente afetado pelas atividades humanas. As atividades humanas
causam poluição do ar e causam enormes danos à natureza e aos próprios
humanos. Nos últimos anos, as notícias mais atraentes na mídia têm sido as
relacionadas ao clima, como: poluição do ar pela queima de combustíveis
fósseis, emissões de gases industriais, incêndios, etc. Isso leva a questões
relacionadas, como aumento da temperatura global, efeito estufa, aumento do
nível do mar e assim por diante.

Com a nova pandemia de corona vírus, as atividades diminuíram. Tem


um efeito positivo na poluição, de acordo com pesquisa realizada pelo Centro
de Pesquisas de Energia e Limpeza do Ar (CREA), o centro de pesquisas é
uma organização independente voltada para a análise da relação entre saúde e
poluentes. Devido à redução da poluição do ar, a Europa evitou cerca de
11.000 mortes na atmosfera Concentração de sujeira.

No Brasil, o Centro Meteorológico indicou que a poluição do ar em


alguns centros urbanos diminuiu. Por exemplo, o distrito de Santa Cruz,
localizado na região metropolitana do Rio de Janeiro, teve uma queda de 77%
nos níveis de dióxido de nitrogênio. De acordo com dados do CREA, o NO2 do
Rio de Janeiro diminuiu 30% no total.

Finalmente pode-se afirmar que o combate a poluição atmosférica deve


seguir os mesmos protocolos de combate ao aquecimento global, já que esses
problemas estão fortemente relacionados. Reduzir as emissões de gases
poluentes, do desmatamento, queimadas, planar mais árvores e eliminar ou
diminuir o descarte de lixos e esgoto em mananciais hídricos de água doce e
salgada, já que grande parte do CO2 retirado da atmosfera, são
responsabilidade de organismos marinhos que realizam fotossíntese.

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