Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Grupo da UnB planeja lançar ao espaço em dois anos tecnologia que conduziu sonda da
Nasa até asteróide e cometa
Olá leitor!
Como vocês já devem ter percebido o PEB padece de uma serie de problemas amplamente abordados aqui no blog e um
desses problemas e a falta de divulgação adequada, fazendo com que o blog corra atrás na busca da notícia onde ela
exista.
Sendo assim, trago hoje para vocês uma informação sobre o desenvolvimento de um projeto de “Propulsores
Eletrostáticos” que esta sendo conduzido pelos engenheiros Gilberto Marrega Sandonato, José Américo Neves
Gonçalves e Ricardo Toshiyuki Irita no Laboratório Associado de Plasma (LAP) do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE).
Propulsores Eletrostáticos, também conhecidos como "Propulsores Iônicos", possuem aplicação como sistemas de
propulsão secundária para controle de atitude de satélites, e como sistemas de propulsão primária para colocação em
órbita de veículos e sondas espaciais. Eles têm como principal vantagem à redução do consumo do combustível propelente
e podem estender o tempo de vida dos satélites pelo controle do potencial eletrostático da espaçonave evitando, desta
forma, processos de faiscamento interno.
O plasma na câmara de descarga de um propulsor iônico é confinado por uma configuração de campo magnético guiante. Os íons
pesados são extraídos da câmara de descarga e acelerados por uma grade eletrostática (1 - 10kV), atingindo um alto impulso específico.
Um feixe de elétrons é também ejetado para neutralizar os íons acelerados
Empuxo num Foguete
Empuxo = (velocidade relativa da massa ejetada)× (taxa de consumo da massa de combustível)
Em propulsores convencionais a velocidade de escape é limitada pela velocidade de propagação da chama na reação
química. Nos propulsores iônicos as partículas carregadas, aceleradas por lentes eletrostáticas, atingem velocidades de
escape elevadas. Desta forma, o consumo reduzido da massa de combustível permite aumentar a carga útil numa
determinada missão.
Desenvolvimento de Propulsores Iônicos no LAP
Ilustração do propulsor iônico em desenvolvimento no LAP. Este micropropulsor deve ser testado em condições espaciais a bordo de
um dos próximos satélites em planejamento pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
Comentário: Essa notícia leitor em minha modesta opinião vem demonstrar mais uma vez que o problema do PEB é
político/administrativo. Não por incompetência dos profissionais que estão envolvidos no programa, muito pelo contrario.
Tanto no INPE, no IAE, no IEAv e nas universidades e centros de pesquisas espalhados pelo país a competência científica
e tecnológica e inquestionável. O que existe na realidade é o despreparo de seus administradores que não sabem o que
querem como obter e muito menos como planejar visando alcançar seus objetivos. Falta uma boa condução administrativa
aos órgãos e o interesse da classe política em resolver o problema. Lamentável.
Dois Foguetes para o Programa Espacial
Brasileiro: VS-43 e VS-50.
Por
Roberto Caiafa
-
Maio 22, 2018
0
7023
Partilhar no Facebook
Tweet no Twitter
Após o anuncio do fim do Projeto VLS-1, o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) divulgou o interesse em
aumentar a família se foguetes de sondagens a disposição do Programa Espacial Brasileiro, desenvolvendo
dois novos e poderosos foguetes, o VS-43 e o VS-50.
Por Duda Falcão
Após o anuncio do fim do Projeto VLS-1, o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) divulgou o
interesse em aumentar a família se foguetes de sondagens a disposição do Programa Espacial
Brasileiro, desenvolvendo dois novos e poderosos foguetes, o VS-43 e o VS-50.
O VS-50 (foguete baseado no motor S50 do desejado VLM-1) foi definido durante as negociações entre
o IAE e o Centro Espacial Alemão (DLR) visando um novo foguete europeu de sondagem para substituir o
modelo norte-americano Castor-4B que atende o Programa MAXUS de microgravidade.
O Interesse do IAE no desenvolvimento do VS-43 (foguete baseado no motor S43 do VLS-1) não é
exatamente novo, pois este projeto já existia quando foi divulgada a segunda versão do Programa
Nacional de Atividades Espaciais (PNAE 1998-2007), da Agência Espacial Brasileira (AEB).
F
amília de Foguetes de Sondagem do IAE.
Foguete VS-43
O Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) vislumbrou a possibilidade de desenvolver um veículo
suborbital controlado baseado nos estágios superiores do VLS-1 (3º e 4º estágios), mas com a utilização do
propulsor S43 no lugar do S40, levando-se em consideração a estratégia de desenvolvimento dos veículos
de sondagem.
Esse veículo, denominado VS-43, seria o meio para desenvolver diversos subsistemas necessários para uma
missão de satelitização. O VS-43 foi identificado como uma plataforma de testes ideal para o
desenvolvimento de soluções para as seguintes áreas:
1. a)teste do SISNAV;
1. b)rede de controle, guiamento e navegação; rede de telemetria; rede de destruição e rede de
serviço; e
1. c)eventos necessários para a satelitização: separação de coifa, basculamento, rotação e
separação.
Além disso, o VS-43 também terá potencial para ser utilizado no cumprimento das seguintes missões:
1. a)teste de experimentos tecnológicos e em ambiente de microgravidade;
1. b)teste de Scramjets em camadas superiores da atmosfera;
1. c)teste de experimentos de reentrada atmosférica (SARA).
Adicionalmente, o IAE possui especial interesse no VS-43 pois:
1. a)sendo um veículo muito mais simples que o VLS-1 e bem mais complexo que um VS-40 ou
Sonda IV, o desenvolvimento do VS-43 será uma excelente oportunidade para o IAE revisar,
implementar e consolidar metodologias para o gerenciamento e desenvolvimento de projetos
complexos;
1. b)possibilita a utilização do estoque adquirido pelo projeto do veículo VLS-1;
1. c)possibilita a utilização de toda a infraestrutura criada para o VLS-1 no IAE e no Centro de
Lançamento de Alcântara (CLA)
O sistema sera composto (preliminarmente), por:
1. a)veículo: saia traseira com empenas, um motor S43 como primeiro estágio, baia de controle de
rolamento, baia de equipamentos, um motor S44 como segundo estágio, cone de acoplamento e
coifa;
1. b)banco de controle e linha de fogo;
1. c)sistema de aquisição e processamento de dados de telemetria;
1. d)sistema de carregamento de nitrogênio;
1. e)equipamentos de apoio ao solo e dispositivos para testes;
1. f)embalagens, manuais e procedimentos de integração;
1. g)estrutura de lançamento e rastreio já existente no CLA composta por: SISPLAT, casamata, PPP,
PPCU, terminação de voo, radares e outros.
O IAE finaliza dizendo que espera que o VS-43 seja o veículo ideal para auxiliar o preenchimento da lacuna
existente entre os veículos Sonda IV, VS-40 e VLS-1, a fim de assim dar continuidade na lógica de
desenvolvimento iniciada com a família de veículos de sondagem.