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ESPAÇO

Grupo da UnB planeja lançar ao espaço em dois anos tecnologia que conduziu sonda da
Nasa até asteróide e cometa

Brasil constrói motor de propulsão iônica


SALVADOR NOGUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Pesquisadores brasileiros estão construindo um motor para naves espaciais baseado em


propulsão iônica, a tecnologia que pode ser a chave para garantir às futuras sondas a autonomia
exigida para ir e vir pelo Sistema Solar sem precisar de ajuda alguma de outros corpos celestes.
O conceito parece até saído da ficção científica -o que não está muito longe da verdade. Para
muitos, a primeira referência a uma nave movida por propulsão iônica veio da antiga série de
televisão "Jornada nas Estrelas" (Star Trek). Foi essa uma das referências que os americanos
usaram para divulgar o lançamento da sonda Deep Space-1, em 1998.
Com o objetivo de testar tecnologias inovadoras para futuro uso no programa espacial, a Deep
Space-1 demonstrou a utilidade de propulsores iônicos na exploração do Sistema Solar. Ela
chegou a visitar um asteróide e um cometa antes de ter sua missão encerrada, em dezembro de
2001.
O novo motor, desenvolvido na UnB (Universidade de Brasília) pelo físico Ivan Soares Ferreira
(que agora está no Inpe, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e por seu orientador, José
Leonardo Ferreira, funciona com o mesmo princípio usado na sonda americana. A partir de um
gás nobre (que serve de combustível), é criado plasma -um estado da matéria em que os átomos
estão separados em elétrons e núcleos atômicos (veja quadro à direita).
As partículas com carga positiva são então induzidas a saltar para fora do motor. Ao saírem,
esses íons (nome dado às partículas carregadas eletricamente) empurram a nave na direção
oposta.
O modelo de Brasília oferece algumas vantagens. "O modelo da Deep Space-1 é eletrostático,
ele tem uma grade para atrair os íons que se desgasta e limita o tempo de vida do motor. Os
nossos íons são impulsionados por um campo magnético, dispensando a grade", diz Ferreira.
Além de mais duradouro, o motor brasileiro seria também mais barato.
A grande vantagem da propulsão iônica é a economia do combustível. Gasta-se muito pouco
dele para dar impulso à nave. É bem verdade que o ritmo de aceleração é bem inferior ao
oferecido por motores a combustão tradicionais, que queimam o combustível e ejetam o produto
da reação para trás. Mas esses sistemas mais antigos esgotam rapidamente o combustível,
impedindo manobras posteriores.
É por isso que as sondas já lançadas às profundezas do espaço dependem tanto de sobrevôos "de
raspão" por alguns planetas, para que possam atingir o alvo final. Elas usam a força
gravitacional do planeta para ganhar aceleração e corrigir o curso.
A sonda New Horizons, que deve decolar em 2006 para Plutão e tem propulsão tradicional, vai
antes passar por Júpiter, do qual ganhará um bom empurrão.
Além de ser útil para as futuras missões de exploração de longa duração, a propulsão iônica
também pode ser usada em aplicações comerciais, ampliando a vida útil de satélites, que
precisam constantemente corrigir sua órbita. Já há vários deles em torno da Terra que controlam
a própria altitude com motores iônicos.
O motor de Brasília, neste momento, é apenas um protótipo. Seus princípios de funcionamento
foram verificados só no Laboratório de Plasmas da UnB. A equipe agora está requisitando
verbas do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e do Fundo
Setorial Espacial, com o objetivo de levar o projeto ao estágio de produção industrial.
A idéia é fazer um teste no espaço, com um satélite, em dois anos. Há uma indústria de São José
dos Campos interessada na fabricação do motor. Empresas como a Boeing já vendem motores
de propulsão iônica para satélites.

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Índice

O Propulsor Iônico do INPE


julho 23, 2009

Olá leitor!

Como vocês já devem ter percebido o PEB padece de uma serie de problemas amplamente abordados aqui no blog e um
desses problemas e a falta de divulgação adequada, fazendo com que o blog corra atrás na busca da notícia onde ela
exista.

Sendo assim, trago hoje para vocês uma informação sobre o desenvolvimento de um projeto de “Propulsores
Eletrostáticos” que esta sendo conduzido pelos engenheiros Gilberto Marrega Sandonato, José Américo Neves
Gonçalves e Ricardo Toshiyuki Irita no Laboratório Associado de Plasma (LAP) do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE).

Propulsores Eletrostáticos, também conhecidos como "Propulsores Iônicos", possuem aplicação como sistemas de
propulsão secundária para controle de atitude de satélites, e como sistemas de propulsão primária para colocação em
órbita de veículos e sondas espaciais. Eles têm como principal vantagem à redução do consumo do combustível propelente
e podem estender o tempo de vida dos satélites pelo controle do potencial eletrostático da espaçonave evitando, desta
forma, processos de faiscamento interno.

O plasma na câmara de descarga de um propulsor iônico é confinado por uma configuração de campo magnético guiante. Os íons
pesados são extraídos da câmara de descarga e acelerados por uma grade eletrostática (1 - 10kV), atingindo um alto impulso específico.
Um feixe de elétrons é também ejetado para neutralizar os íons acelerados
Empuxo num Foguete
Empuxo = (velocidade relativa da massa ejetada)× (taxa de consumo da massa de combustível)

Em propulsores convencionais a velocidade de escape é limitada pela velocidade de propagação da chama na reação
química. Nos propulsores iônicos as partículas carregadas, aceleradas por lentes eletrostáticas, atingem velocidades de
escape elevadas. Desta forma, o consumo reduzido da massa de combustível permite aumentar a carga útil numa
determinada missão.
Desenvolvimento de Propulsores Iônicos no LAP

Ilustração do propulsor iônico em desenvolvimento no LAP. Este micropropulsor deve ser testado em condições espaciais a bordo de
um dos próximos satélites em planejamento pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

Câmara de vácuo utilizada no desenvolvimento de propulsores iônicos no LAP

Feixe de íons produzido por um propulsor desenvolvido no LAP


Duda Falcão

Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

Comentário: Essa notícia leitor em minha modesta opinião vem demonstrar mais uma vez que o problema do PEB é
político/administrativo. Não por incompetência dos profissionais que estão envolvidos no programa, muito pelo contrario.
Tanto no INPE, no IAE, no IEAv e nas universidades e centros de pesquisas espalhados pelo país a competência científica
e tecnológica e inquestionável. O que existe na realidade é o despreparo de seus administradores que não sabem o que
querem como obter e muito menos como planejar visando alcançar seus objetivos. Falta uma boa condução administrativa
aos órgãos e o interesse da classe política em resolver o problema. Lamentável.
Dois Foguetes para o Programa Espacial
Brasileiro:  VS-43 e VS-50.
Por
 Roberto Caiafa
 -
Maio 22, 2018
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Após o anuncio do fim do Projeto VLS-1, o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) divulgou o interesse em
aumentar a família se foguetes de sondagens a disposição do Programa Espacial Brasileiro,  desenvolvendo
dois novos e poderosos foguetes, o VS-43 e o VS-50.
Por Duda Falcão
Após o anuncio do fim do Projeto VLS-1, o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) divulgou o
interesse em aumentar a família se foguetes de sondagens a disposição do Programa Espacial
Brasileiro,  desenvolvendo dois novos e poderosos foguetes, o VS-43 e o VS-50.
O VS-50 (foguete baseado no motor S50 do desejado VLM-1) foi definido durante as negociações entre
o IAE e o Centro Espacial Alemão (DLR) visando um novo foguete europeu de sondagem para substituir o
modelo norte-americano Castor-4B que atende o Programa MAXUS  de microgravidade.
O Interesse do IAE no desenvolvimento do VS-43 (foguete baseado no motor S43 do VLS-1) não é
exatamente novo, pois este projeto já existia quando foi divulgada a segunda versão do Programa
Nacional de Atividades Espaciais (PNAE 1998-2007), da Agência Espacial Brasileira (AEB).
F
amília de Foguetes de Sondagem do IAE.
Foguete VS-43
O Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) vislumbrou a possibilidade de desenvolver um veículo
suborbital controlado baseado nos estágios superiores do VLS-1 (3º e 4º estágios), mas com a utilização do
propulsor S43 no lugar do S40, levando-se em consideração a estratégia de desenvolvimento dos veículos
de sondagem.
Esse veículo, denominado VS-43, seria o meio para desenvolver diversos subsistemas necessários para uma
missão de satelitização. O VS-43 foi identificado como uma plataforma de testes ideal para o
desenvolvimento de soluções para as seguintes áreas:
1. a)teste do SISNAV;
1. b)rede de controle, guiamento e navegação; rede de telemetria; rede de destruição e rede de
serviço; e
1. c)eventos necessários para a satelitização: separação de coifa, basculamento, rotação e
separação.
Além disso, o VS-43 também terá potencial para ser utilizado no cumprimento das seguintes missões:
1. a)teste de experimentos tecnológicos e em ambiente de microgravidade;
1. b)teste de Scramjets em camadas superiores da atmosfera;
1. c)teste de experimentos de reentrada atmosférica (SARA).
Adicionalmente, o IAE possui especial interesse no VS-43 pois:
1. a)sendo um veículo muito mais simples que o VLS-1 e bem mais complexo que um VS-40 ou
Sonda IV, o desenvolvimento do VS-43 será uma excelente oportunidade para o IAE revisar,
implementar e consolidar metodologias para o gerenciamento e desenvolvimento de projetos
complexos;
1. b)possibilita a utilização do estoque adquirido pelo projeto do veículo VLS-1;
1. c)possibilita a utilização de toda a infraestrutura criada para o VLS-1 no IAE e no Centro de
Lançamento de Alcântara (CLA)
O sistema sera composto (preliminarmente), por:
1. a)veículo: saia traseira com empenas, um motor S43 como primeiro estágio, baia de controle de
rolamento, baia de equipamentos, um motor S44 como segundo estágio, cone de acoplamento e
coifa;
1. b)banco de controle e linha de fogo;
1. c)sistema de aquisição e processamento de dados de telemetria;
1. d)sistema de carregamento de nitrogênio;
1. e)equipamentos de apoio ao solo e dispositivos para testes;
1. f)embalagens, manuais e procedimentos de integração;
1. g)estrutura de lançamento e rastreio já existente no CLA composta por: SISPLAT, casamata, PPP,
PPCU, terminação de voo, radares e outros.
O IAE finaliza dizendo que espera que o VS-43 seja o veículo ideal para auxiliar o preenchimento da lacuna
existente entre os veículos Sonda IV, VS-40 e VLS-1, a fim de assim dar continuidade na lógica de
desenvolvimento iniciada com a família de veículos de sondagem.

Esquema do foguete VS-43.


Foguete VS-50
A configuração básica do foguete VS-50 será composta por um propulsor sólido S50 no seu primeiro estágio
e um propulsor S44 no segundo estágio.
O veículo será concebido em conjunto com a base móvel de foguetes (MORABA) do Centro Espacial
Alemão (DLR) visando ensaiar:
1. a)experimentos do projeto SHEFEX;
1. b)componentes que poderão ser utilizados no projeto VLM
50. c)principalmente para desenvolver, fabricar e qualificar em voo o motor S50.
Seu comprimento será de 12 m, seu diâmetro de 1,46 m e massa estimada de 15 toneladas e o seu
desenvolvimento foi iniciado em 2014 em parceria com o DLR alemão.
Entretanto vale dizer que, apesar de ser um importante meio para desenvolver tecnologias necessárias para
o VLM-1 e para as futuras gerações de veículos lançadores, não faz parte do escopo do projeto a redução
dos riscos associados aos eventos necessários para a satelitização.
Fato que reforça a necessidade do desenvolvimento do veículo VS-43.
Esquem
a do Foguete VS-50.
Autor: Duda Falcão (Blog Brazilian Space)

Motor iônico : tudo que você precisa


saber e notícias
Um Propulsor De Efeito Hall Poderia Equipar O LOP-G
– Notícias de 3 de março de 2019 –
O propulsor de íons X3 é um projeto muito interessante do programa Next Leap da
NASA. O objetivo deste programa é desenvolver algumas das tecnologias que irão
explorar ainda mais o sistema solar. X3 é um propulsor de efeito Hall. Isso significa
que ele usa campos elétricos e magnéticos para ionizar e acelerar um gás neutro, o
xenônio.
Propulsores de efeito Hall têm sido usados para aplicações espaciais há décadas.
O que distingue o propulsor de íons X3 é sua alta potência e sua grande
modularidade. O motor desenvolvido pela NASA e pela Força Aérea dos EUA é
composto por três canais concêntricos de aceleração.
O propulsor de íons X3 pode operar com uma potência elétrica de até 200 kilowatts,
energia suficiente para alimentar uma pequena vila na Terra. Isso permitiu definir
registros de impulso para um propulsor de efeito Hall: 5,4 Newton em uma corrida
de teste em 2018. Essa é a força que você sente quando segura um prato de
manteiga na mão, o que é muito pouco. Mas os propulsores de efeito Hall são
projetados para funcionar continuamente por semanas e até meses, o suficiente
para fornecer uma aceleração real. Esse poder relativamente alto torna possível
imaginar muitos aplicativos para o propulsor de íons X3.
A NASA quer equipar sua estação espacial lunar, a LOP-G, com um módulo de
propulsão elétrica. Vai levar um motor de alta potência, talvez até vários, para
efetivamente manter o LOP-G em órbita. O contrato para a construção deste
primeiro módulo do LOP-G deve ser adjudicado na primavera de 2019. Talvez
possamos ouvir sobre o propulsor de íons X3 na época.
Um aglomerado X3 rodando a 800 kilowatts também deve ser capaz de impulsionar
uma missão habitada em Marte. É isso que a equipe de desenvolvimento de
projetos pensa. Mas é difícil fornecer tal poder a uma espaçonave. Isso requer a
instalação de enormes painéis solares ou o uso de energia nuclear.

O Enorme Impacto Do Motor Iônico Na Exploração Espacial


Em um motor iônico, o xenônio é bombardeado pela primeira vez por elétrons para
formar um plasma ionizado. É então acelerado através de grades que têm uma
grande diferença no potencial elétrico. O resultado é impressionante, o feixe
ionizado forma um halo azulado que lembra os filmes de ficção científica. O empuxo
produzido ainda é pequeno, cerca de 90 millinewtons. Isso está perto do empuxo de
uma folha de papel colocada na mão.
Em 1998, a NASA lançou a sonda espacial Deep Space 1, sua primeira
espaçonave de exploração com um sistema de propulsão iônica. O Deep Space 1
provou que com painéis solares e algumas dezenas de quilos de xenônio, uma
sonda espacial pode executar uma missão bem além do sistema Terra-Lua. A
propulsão iônica demonstrou todo o seu potencial para missões espaciais de baixo
custo, que podem transportar apenas uma quantidade limitada de propelente. A
NASA decide rapidamente apostar nesse primeiro sucesso.
Esta tecnologia de propulsão inovadora permite considerar novos objetivos. A
propulsão iônica torna possível alcançar certos destinos gastando dez vezes menos
propelente do que com um motor químico, desde que seja paciente. As acelerações
fornecidas são minúsculas, então você precisa executar um mecanismo de íons por
meses ou anos para produzir uma aceleração significativa. Um motor iônico
também precisa de uma fonte de alimentação, e apenas os painéis solares podem
fornecer energia para fazê-los funcionar, o que limita um pouco as possibilidades,
porque além da órbita do planeta Marte os painéis solares se tornam quase inúteis.
Motor Iônico Da Universidade De Michigan Quebra Recordes De Potência
– Notícias de 13 de março de 2018 –
Motores iônicos prometem um futuro brilhante para a exploração espacial. Sua
maior força é o baixo consumo de propulsores e sua maior fraqueza é a falta de
energia. O desenvolvimento de um motor elétrico de alta potência seria, portanto,
um avanço tecnológico que daria uma grande vantagem para explorar o sistema
solar e talvez colonizá-lo. Uma equipe da Universidade de Michigan está
trabalhando com a NASA para desenvolver e testar um propulsor de efeito Hall
chamado X3. Este propulsor quebrou todos os recordes de poder e empuxo. Ele foi
capaz de operar a uma potência de 102 kilowatts por um impulso de 5,4 Newton.
Ele bate o recorde de impulso de um propulsor de efeito Hall em mais de 60%.
A propulsão iônica é uma das possibilidades que a NASA está explorando para
uma jornada marciana. O X3 é atualmente capaz de operar até cem kilowatts. Com
um sistema rodando a 500 quilowatts ou até 1 megawatt, esse tipo de motor se
tornaria poderoso o suficiente para alimentar missões habitadas além da órbita
lunar. Para obter mais potência em comparação com os propulsores de efeito Hall
convencionais, a Universidade de Michigan projetou uma série de anéis para
canalizar o plasma. O propulsor é bastante imponente: quase um metro de
diâmetro. Imaginamos que, se quisermos multiplicar o poder por dez, o propulsor
terá que ser enorme. Para o X3 realmente se provar, ele tem que realizar um teste
de operação em potência máxima por um longo tempo. A propulsão iônica é de fato
interessante somente se a baixa potência for compensada por durações muito
longas. O X3, portanto, passará por um teste de 100 horas no próximo ano.
O próximo passo será integrar o X3 em um design criado pela empresa Aerojet
Rocketdyne. Esta empresa será responsável por projetar um sistema de
fornecimento de energia e um sistema de fornecimento de xenônio para o motor.
Em seu projeto final, o X3 deve ser capaz de rodar até 200 kilowatts e ser
alimentado por painéis solares. Esta é a principal dificuldade: os 2500 metros
quadrados de painéis solares da Estação Espacial Internacional (ISS) produzem
apenas 120 quilowatts de energia elétrica, nas melhores condições. A superfície do
painel solar necessária seria enorme para uma nave espacial cujo sistema de
propulsão requer apenas 200 quilowatts e ao qual devem ser adicionadas as
necessidades elétricas da própria missão.
Imagem da NASA (Domínio Público), via Wikimedia Commons
Fontes

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