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9° ano, 901
Niterói, ? de ? de 2022
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AGRADECIMENTOS ESPECIAL
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RESUMO
Você já ouviu algo sobre o Telescópio Espacial James Webb? Bom, muitos podem
pensar que o James Webb é apenas um satélite que foi criado para substituir o Telescópio
Espacial Hubble mas, na verdade, ele foi criado por muitas razões além do que se pode
imaginar. O mesmo foi lançado recentemente, completando apenas um ano em dezembro,
porém a ideia de sua formação já estava circulando na área da astronomia há muitos anos. O
James Webb tem uma história vasta mesmo sendo novo, sua composição é complexa e exige
muito estudo e sua importância no cenário atual não é uma, nem duas, mas várias. O satélite
quebrou recordes com menos de um ano de atuação e foi capaz de atingir metas jamais
esperadas. Ele conseguiu cativar cientistas, matemáticos, físicos e astrônomos do mundo todo
com tamanha complexidade e é esperado que consiga surpreender a humanidade mais do que
já fez.
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ILUSTRAÇÕES E ABREVIATURAS
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Imagem da nebulosa Carina (adaptada do infravermelho para o espectro visível); (figura 3)
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Imagens da nebulosa NGC 3132 (adaptada do infravermelho para o espectro visível);
(figura 5)
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Imagem da superfície de marte; (figura 7)
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Foto tirada de James Webb (Segundo administrador da NASA, 1961-1968); (figura 9)
Posição do JWST no espaço com os referenciais da Terra, Lua e Sol ; (figura 10)
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Foto tirada do telescópio Hubble da Nebulosa Carina; (figura 11)
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO……………………………………………………………………11
1.1. CONTEXTO HISTÓRICO………………………………………………11
1.2. O QUE É E COMO FUNCIONA…………………………………………11 e 12
1.3. HISTÓRIA DE SUA CRIAÇÃO………………………………………………13
1.4. QUEM FOI JAMES WEBB…………………………………………………14
2. OS FEITOS DO JAMES WEBB…………………………………………………15
2.0. INTRODUÇÃO DO CAPÍTULO……………………………………………15
2.1. NEBULOSA CARINA………………………………………………………15
2.2. QUINTETO DE STEPHAN……………………………………………..…16
2.3. NGC 3132…………………………………………………………………16 e 17
2.4. AGLOMERADO SMACS 0723………………………………………………17
2.5. DESCOBERTAS FEITAS NO PLANETA VIZINHO………………………18
3. A IMPORTÂNCIA DO JAMES WEBB…………………………………………19
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS………………………………………………………20
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1. INTRODUÇÃO
1.1. DA GUERRA FRIA AO JAMES WEBB
Desde então, graças a essa disputa, os avanços tecnológicos voltados para a astronomia
no mundo todo e, principalmente, nos Estados Unidos têm sido de alta relevância. Como no
“recente” lançamento do Hubble, satélite artificial portador de um grande telescópio capaz de
captar luz visível e infravermelha, que tornou-se uma grande referência astronômica.
Assim, diante de um vasto contexto histórico por trás e um antecessor como referência,
foi criado o Telescópio Espacial James Webb, o projeto capaz de revolucionar o mundo.
Nas últimas décadas, graças aos avanços tecnológicos e descobertas feitas por diversos
engenheiros e físicos ao redor do mundo, a humanidade foi capaz de lançar o extraordinário
“James Webb Space Telescope” (ou JWST).
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Para a captação da radiação infravermelha, emitida pelos corpos celestes a bilhões de
anos luz, o JWST utiliza espelhos feitos de berílio e revestidos com pequenas camadas de
ouro, que se estendem até 6,5 metros de distância formando uma aparência de “colméia”
(Figura 1). Além do seu espelho primário (podendo, também, ser visto na “Figura 1”), ele
também possui um espelho secundário localizado em cima da parabólica e possui um
tamanho reduzido se comparado ao anterior. Seu objetivo é refletir a luz que ele recebe para
os 2 espectrógrafos presentes no interior do telescópio (sendo eles os famosos: NIRcam,
NIRspec e o MIRI).
Além dos inúmeros desafios que precisam ser enfrentados para a realização dessa
missão, o telescópio também possui um problema de aquecimento. A temperatura necessária
para a captura de imagens pelo JWST é de aproximadamente -240℃ (ou 400℉) devido a
distância dos alvos, os quais são ondas infravermelhas que viajaram bilhões de anos luz. A
reparação desse problema foi feita com a criação de um escudo solar com o tamanho de uma
quadra de tênis e com cinco camadas feitas de tecido refletivo que tem o objetivo de bloquear
a radiação proveniente do sol, possibilitando a "resfriagem passiva”.
Outro obstáculo grave era a radiação infravermelha emitida pela Terra. Como solução,
os engenheiros, físicos e astrônomos responsáveis pelo projeto posicionaram o JWST na
chamada L2. A L2 é um dos Pontos de Lagrange (pontos onde os campos gravitacionais entre
dois corpos em órbita são suprimidos), localizado a aproximadamente 1 milhão e 500 mil
quilômetros de distância da Terra (figura 10). Entretanto, os desafios para a instalação do
James Webb nesse ponto são grandes já que é localizado em uma área muito instável, o que
significa que qualquer intercessão poderia causar danos sobre o satélite.
O telescópio foi posto em órbita no dia 26/12/2021 com a ajuda da NASA (Estados
Unidos), ESA (Europa) e CSA (Canadá). Entretanto, as primeiras imagens do James Webb só
foram divulgadas para o público no dia 12/07/2022 em uma LIVE na internet.
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1.3. HISTÓRIA DE SUA CRIAÇÃO
A ideia de um telescópio, como o que conhecemos hoje, existe desde 1989 (antes do
lançamento do Telescópio Espacial Hubble) graças ao interesse dos astrônomos de explorar
os lugares mais remotos de nosso universo. Entretanto, esse projeto ousado sofreria vários
desafios e demoraria décadas antes de ser finalizado.
No início do projeto, o telescópio era chamado Hi-Z. Mesmo com seu nome
diferenciado, ele possuía os mesmo objetivos e funções do atual (Curiosidade: No antigo
projeto, se planejava ter um espelho de 8 metros ao invés de 6 metros como é hoje).
Entretanto, em 2002, o projeto foi renomeado em homenagem ao segundo administrador da
NASA, James Edwin Webb.
Nos anos 2000, grandes agências espaciais como a ESA e a CSA ingressaram no projeto,
mais especificamente nos anos de 2004 e 2007, respectivamente. Também, nessa época,
grandes investimentos foram feitos no projeto por empresas como a TRW Inc. (depois
renomeado Northrop Grumman Space Technology).
Um dos grandes desafios enfrentados na criação do JWST foi seu tamanho. Para ele ser
levado ao espaço, era preciso embarcá-lo em um foguete espacial até o ponto de Lagrange 2
(L2), algo que não era possível a princípio. Depois de muitas ideias, a decisão final foi de
montá-lo como um “origami”. Ou seja, os componentes presentes no telescópio como o
escudo solar e os espelhos eram dobráveis, o que possibilitou a redução de seu tamanho
durante o lançamento, mas com a consequência de ser bem desafiador e caro de fazer.
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No dia 25 de dezembro de 2021, após muitos cancelamentos e bilhões de dólares gastos, o
JWST foi lançado para o espaço a bordo do foguete “Ariane 5” (foguete europeu) no Centro
Espacial de Kourou, localizado na Guiana Francesa. “Um grande dia para o planeta terra” -
Afirma Bill Nelson.
Afinal, porque o nome do telescópio é “James Webb”? A razão desse nome vem do
famoso James Edwin Webb.
O administrador foi uma das figuras mais influentes nos projetos da NASA na época,
sendo eles: sua importância no voo espacial Apollo 11 (servindo como frente do projeto) e os
grandes investimentos feitos em espaçonaves durante sua direção. Os avanços alcançados por
ele foram ditos como “jamais imaginados”.
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2. OS FEITOS DO JAMES WEBB
Em apenas alguns meses desde seu lançamento, o JWST foi capaz de capturar imagens
esplêndidas que impressionaram o mundo todo. Apenas nas suas primeiras 5 imagens, ele já
foi capaz de quebrar recordes impressionantes como o de galáxia mais distante já observada.
Neste capítulo, iremos apresentar com mais detalhes os feitos que o JWST conquistou e
a importância deles para a comunidade científica e para a humanidade em geral. Iremos
também apresentar informações sobre planetas do nosso sistema solar como Marte.
Ela possui um formato parecido a de uma cadeia de “montanhas” onde seus “picos”
podem estender-se até 7 anos-luz de altura (aproximadamente 6,6225 x 10^13 quilômetros).
Além disso, podemos observar a existência de um aglomerado aberto de estrelas no topo de
uma das montanhas, denominada NGC 3324.
Se comparada a antigas imagens do telescópio Hubble (Figura 11), podemos notar uma
grande diferença na paleta de cores, além de sua resolução. Essa grande diferença se dá
devido aos espelhos especiais presentes no JWST que são capazes de captar luz e radiação
infravermelha, como citado anteriormente. Além disso, o tempo de exposição do atual satélite
em comparação ao do Hubble foi extremamente menor graças às inovações trazidas pelo
novo modelo (padrão que se repete nas próximas imagens que serão apresentadas).
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2.2. QUINTETO DE STEPHAN; (FIGURA 4)
Além das quatro galáxias apresentadas, o Quinteto de Stephan abriga mais uma,
conhecida como NGC 7320. Diferente das demais, ela se encontra a apenas 40 milhões de
anos-luz da Terra e não faz parte do grupo em colisão.
Fenômenos como o Quinteto não podem ser vistos a olho nu. Eles requerem satélites ou
telescópios de alta tecnologia para serem vistos, como o Telescópio Hubble e o James Webb.
Os dois foram capazes de capturar imagens deste acontecimento, porém o James Webb
obteve mais sucesso, pois possui uma infraestrutura profundamente pensada para nos
proporcionar imagens de descobertas astronômicas com alta resolução (Figura 4).
É muito comum pensarem que, no cenário da NGC 3132, também conhecida como
Nebulosa do Anel do Sul (figura 5), a estrela mais brilhante é a responsável pela sua
formação, porém a causa para esse fenômeno é, na verdade, a estrela mais opaca. Ela vem
emitindo gases e poeira espacial por mais de 2000 anos-luz, o que equivale a idade da
Nebulosa, e apesar de ser menor que o Sol, ela é extremamente quente e emite uma grande
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quantidade de radiação ultravioleta, o que torna possível a alteração da coloração dos gases
ao seu redor.
Cada camada da Nebulosa representa um período em que a estrela responsável pela sua
criação perdeu uma certa quantidade de massa. As mais distantes do centro são as que foram
ejetadas primeiro e as que estão localizadas mais próximas à estrela são as que foram ejetadas
recentemente. Esse tipo de informação ajuda a descobrir o processo de desenvolvimento
desse evento.
Algo que enriqueceu as fotos da Nebulosa capturadas pelo JWST foi a Near Infrared
Camera (NIRcam). Ela possibilitou a observação de raios de luz em volta da nebulosa, dados
pela luz das estrelas centrais, e a descoberta de que a estrela mais opaca do sistema é
camuflada por poeira espacial.
O James Webb foi capaz de quebrar recordes inimagináveis ao registrar uma das
galáxias mais antigas até hoje com um processo que demorou apenas 12 horas, enquanto o
Telescópio Hubble levou semanas para atingir uma de suas imagens mais profundas. Além
disso, o SMACS 0723 é conhecido por ser alvo da captura mais profunda e nítida do
Universo já gravada.
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Ela possibilitou a visualização de objetos pequenos e fracos que jamais foram vistos, como
estrelas.
As Primeiras imagens do Espectro de Marte (figura 7), capturadas pelo JWST, foram
publicadas no dia 05/09/2022. Isso trouxe novas informações sobre o famoso planeta
vermelho, além de demonstrar um novo jeito de observar Marte pelo espectro de luz
infravermelho.
Graças a posição que o telescópio está, foi-se possível capturar informações que
ajudaram no estudo de fenômenos que acontecem em Marte como tempestades de poeira,
temporadas (verão, outono, inverno e primavera), entre outras coisas.
Por causa da curta distância entre o ponto de Lagrange 2 (ou L2) e Marte e pela grande
quantidade de luz infravermelha emitida pelo planeta, a captura das Imagens se tornou um
risco para a missão graças ao design do telescópio que foi feito para observar objetos a
bilhões de anos luz de distância da Terra. Caso o telescópio observasse o Planeta sem técnicas
especiais de observação, ele sofreria um fenômeno chamado “detector saturation” (saturação
do detector, em português).
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3. A IMPORTÂNCIA DO JAMES WEBB
Definitivamente, o James Webb também interferiu na vida humana. Ele gerou inúmeros
avanços na tecnologia e chamou a atenção de nomes influentes nesta área, como o famoso
Elon Musk, o criador da SpaceX. O interesse tecnológico pode mudar o cotidiano do ser
humano, já que a vida humana atualmente tem uma grande base nisto, sendo impossível que
exista uma sociedade separada da tecnologia.
Por fim, é possível compreender que o JWST é necessário para a evolução humana,
tecnológica, astronômica e científica, no geral. Sem ele, as pesquisas teriam base somente no
Telescópio Hubble e todas as descobertas feitas em dez meses por ele não poderiam chegar
aos olhos humanos.
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“(Webb) é um exemplo positivo do que nós, como espécie, podemos fazer quando
pessoas de boa fé trabalham além das fronteiras nacionais para compartilhar um sonho e se
atrever a fazer coisas incríveis” - afirma Heidi Hammel, astrônoma planetária.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para as descobertas astronômicas, o James Webb foi essencial. Ele pode trazer
informações sobre os mínimos detalhes possíveis, por exemplo, ele foi capaz de descobrir
que uma estrela na Nebulosa NGC 3132 era revestida por poeira, algo que o Hubble não foi
capaz de fazer.
Assim, podemos concluir que o Telescópio Espacial James Webb é um verdadeiro salto
científico e tecnológico, capaz de gerar ou mudar teorias físicas e matemáticas e
impressionar, não somente os adeptos a astronomia, mas o mundo todo.
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https://spacetoday.com.br/ngc-3132-a-nebulosa-do-anel-do-sul-2/
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