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Colégio Paulo Freire

9° ano, 901

Morena Carrete Pereira


e
Nimai Govinda Periard Senna Russo Alves

James Webb: O futuro da astronomia


Orientador: Ramon Barboza

Niterói, ? de ? de 2022

1
AGRADECIMENTOS ESPECIAL

Primeiramente, gostaríamos de agradecer ao nosso orientador Ramon Estevão, por ceder


seu tempo para nos ajudar. Também gostaríamos de agradecer aos cientistas, astrônomos,
físicos e matemáticos ao redor do mundo que forneceram pesquisas sobre o nosso tema e
tornaram a criação e o lançamento do James Webb possível. E agradecemos aos nossos pais
por tornarem todo o nosso estudo possível.

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RESUMO

Você já ouviu algo sobre o Telescópio Espacial James Webb? Bom, muitos podem
pensar que o James Webb é apenas um satélite que foi criado para substituir o Telescópio
Espacial Hubble mas, na verdade, ele foi criado por muitas razões além do que se pode
imaginar. O mesmo foi lançado recentemente, completando apenas um ano em dezembro,
porém a ideia de sua formação já estava circulando na área da astronomia há muitos anos. O
James Webb tem uma história vasta mesmo sendo novo, sua composição é complexa e exige
muito estudo e sua importância no cenário atual não é uma, nem duas, mas várias. O satélite
quebrou recordes com menos de um ano de atuação e foi capaz de atingir metas jamais
esperadas. Ele conseguiu cativar cientistas, matemáticos, físicos e astrônomos do mundo todo
com tamanha complexidade e é esperado que consiga surpreender a humanidade mais do que
já fez.

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ILUSTRAÇÕES E ABREVIATURAS

Foto do espelho primário durante a construção do JWST; (figura 1)

Imagem do JWST (apenas um modelo criado no computador); (figura 2)

4
Imagem da nebulosa Carina (adaptada do infravermelho para o espectro visível); (figura 3)

Imagem do Quinteto de Stephan (adaptada do infravermelho para o espectro visível);


(figura 4)

5
Imagens da nebulosa NGC 3132 (adaptada do infravermelho para o espectro visível);
(figura 5)

Imagem do aglomerado SMACS 0723 (adaptada do infravermelho para o espectro visível);


(figura 6)

6
Imagem da superfície de marte; (figura 7)

Gráfico com detalhes da composição atmosférica de marte, (figura 8)

7
Foto tirada de James Webb (Segundo administrador da NASA, 1961-1968); (figura 9)

Posição do JWST no espaço com os referenciais da Terra, Lua e Sol ; (figura 10)

8
Foto tirada do telescópio Hubble da Nebulosa Carina; (figura 11)

URSS = União das Repúblicas Socialistas Soviéticas


EUA = Estados Unidos da América
JWST = James Webb Space Telescope
NASA = National Aeronautics and Space Administration
ESA = European Space Agency
CSA = Canadian Space Agency
NIRcam = Near-Infrared Camera
STIC = Space Telescope Institute Council

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO……………………………………………………………………11
1.1. CONTEXTO HISTÓRICO………………………………………………11
1.2. O QUE É E COMO FUNCIONA…………………………………………11 e 12
1.3. HISTÓRIA DE SUA CRIAÇÃO………………………………………………13
1.4. QUEM FOI JAMES WEBB…………………………………………………14
2. OS FEITOS DO JAMES WEBB…………………………………………………15
2.0. INTRODUÇÃO DO CAPÍTULO……………………………………………15
2.1. NEBULOSA CARINA………………………………………………………15
2.2. QUINTETO DE STEPHAN……………………………………………..…16
2.3. NGC 3132…………………………………………………………………16 e 17
2.4. AGLOMERADO SMACS 0723………………………………………………17
2.5. DESCOBERTAS FEITAS NO PLANETA VIZINHO………………………18
3. A IMPORTÂNCIA DO JAMES WEBB…………………………………………19
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS………………………………………………………20

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1. INTRODUÇÃO
1.1. DA GUERRA FRIA AO JAMES WEBB

Desde o início da Guerra Fria – disputa política-ideológica entre os Estados Unidos e


União Soviética –, o interesse pela Astronomia e o Espaço vem se intensificando a cada ano.

A partir da década de 1950, as grandes potências da época começaram a disputar pelo


espaço na famosa “corrida espacial”. Essa disputa consistia em uma competição, entre as
duas potências adversárias, pela superioridade de exploração do Espaço. Evidentemente, a
URSS saiu na frente com a criação e lançamento da Sputnik I, o primeiro satélite artificial
posto em órbita e, no mesmo ano, a Sputnik II, a primeira nave espacial a levar um ser vivo
ao Espaço. No entanto, para pôr um fim no conflito, os EUA executaram o famoso Apollo 11
– um voo tripulado que teve como marco o primeiro pouso na Lua.

Desde então, graças a essa disputa, os avanços tecnológicos voltados para a astronomia
no mundo todo e, principalmente, nos Estados Unidos têm sido de alta relevância. Como no
“recente” lançamento do Hubble, satélite artificial portador de um grande telescópio capaz de
captar luz visível e infravermelha, que tornou-se uma grande referência astronômica.

Assim, diante de um vasto contexto histórico por trás e um antecessor como referência,
foi criado o Telescópio Espacial James Webb, o projeto capaz de revolucionar o mundo.

1.2. O QUE É E COMO FUNCIONA O JAMES WEBB

Nas últimas décadas, graças aos avanços tecnológicos e descobertas feitas por diversos
engenheiros e físicos ao redor do mundo, a humanidade foi capaz de lançar o extraordinário
“James Webb Space Telescope” (ou JWST).

O JWST é um telescópio espacial capaz de captar radiação infravermelha vinda de


bilhões de anos luz de distância e tem o objetivo de compreender com mais clareza a
formação das primeiras estrelas e galáxias do universo.

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Para a captação da radiação infravermelha, emitida pelos corpos celestes a bilhões de
anos luz, o JWST utiliza espelhos feitos de berílio e revestidos com pequenas camadas de
ouro, que se estendem até 6,5 metros de distância formando uma aparência de “colméia”
(Figura 1). Além do seu espelho primário (podendo, também, ser visto na “Figura 1”), ele
também possui um espelho secundário localizado em cima da parabólica e possui um
tamanho reduzido se comparado ao anterior. Seu objetivo é refletir a luz que ele recebe para
os 2 espectrógrafos presentes no interior do telescópio (sendo eles os famosos: NIRcam,
NIRspec e o MIRI).

Além dos inúmeros desafios que precisam ser enfrentados para a realização dessa
missão, o telescópio também possui um problema de aquecimento. A temperatura necessária
para a captura de imagens pelo JWST é de aproximadamente -240℃ (ou 400℉) devido a
distância dos alvos, os quais são ondas infravermelhas que viajaram bilhões de anos luz. A
reparação desse problema foi feita com a criação de um escudo solar com o tamanho de uma
quadra de tênis e com cinco camadas feitas de tecido refletivo que tem o objetivo de bloquear
a radiação proveniente do sol, possibilitando a "resfriagem passiva”.

Outro obstáculo grave era a radiação infravermelha emitida pela Terra. Como solução,
os engenheiros, físicos e astrônomos responsáveis pelo projeto posicionaram o JWST na
chamada L2. A L2 é um dos Pontos de Lagrange (pontos onde os campos gravitacionais entre
dois corpos em órbita são suprimidos), localizado a aproximadamente 1 milhão e 500 mil
quilômetros de distância da Terra (figura 10). Entretanto, os desafios para a instalação do
James Webb nesse ponto são grandes já que é localizado em uma área muito instável, o que
significa que qualquer intercessão poderia causar danos sobre o satélite.

O telescópio foi posto em órbita no dia 26/12/2021 com a ajuda da NASA (Estados
Unidos), ESA (Europa) e CSA (Canadá). Entretanto, as primeiras imagens do James Webb só
foram divulgadas para o público no dia 12/07/2022 em uma LIVE na internet.

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1.3. HISTÓRIA DE SUA CRIAÇÃO

A ideia de um telescópio, como o que conhecemos hoje, existe desde 1989 (antes do
lançamento do Telescópio Espacial Hubble) graças ao interesse dos astrônomos de explorar
os lugares mais remotos de nosso universo. Entretanto, esse projeto ousado sofreria vários
desafios e demoraria décadas antes de ser finalizado.

A princípio, a ideia de um sucessor para o Hubble começou a aparecer por volta da


década de 80, mas a ideia de um telescópio que captasse radiação infravermelha foi apenas
considerada no início da década de 90. Então, o comitê nomeado pelo STIC iniciou, em 1996,
o projeto para o novo telescópio que mais tarde seria denominado “James Webb”.

No início do projeto, o telescópio era chamado Hi-Z. Mesmo com seu nome
diferenciado, ele possuía os mesmo objetivos e funções do atual (Curiosidade: No antigo
projeto, se planejava ter um espelho de 8 metros ao invés de 6 metros como é hoje).
Entretanto, em 2002, o projeto foi renomeado em homenagem ao segundo administrador da
NASA, James Edwin Webb.

Nos anos 2000, grandes agências espaciais como a ESA e a CSA ingressaram no projeto,
mais especificamente nos anos de 2004 e 2007, respectivamente. Também, nessa época,
grandes investimentos foram feitos no projeto por empresas como a TRW Inc. (depois
renomeado Northrop Grumman Space Technology).

Um dos grandes desafios enfrentados na criação do JWST foi seu tamanho. Para ele ser
levado ao espaço, era preciso embarcá-lo em um foguete espacial até o ponto de Lagrange 2
(L2), algo que não era possível a princípio. Depois de muitas ideias, a decisão final foi de
montá-lo como um “origami”. Ou seja, os componentes presentes no telescópio como o
escudo solar e os espelhos eram dobráveis, o que possibilitou a redução de seu tamanho
durante o lançamento, mas com a consequência de ser bem desafiador e caro de fazer.

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No dia 25 de dezembro de 2021, após muitos cancelamentos e bilhões de dólares gastos, o
JWST foi lançado para o espaço a bordo do foguete “Ariane 5” (foguete europeu) no Centro
Espacial de Kourou, localizado na Guiana Francesa. “Um grande dia para o planeta terra” -
Afirma Bill Nelson.

1.4. QUEM FOI “JAMES WEBB”?; (FIGURA 9)

Afinal, porque o nome do telescópio é “James Webb”? A razão desse nome vem do
famoso James Edwin Webb.

Edwin foi um ex-advogado, formado na The George Washington University Law


School, ex-político estadunidense, atuando no Departamento de Estado do governo Truman e,
também, ex-militar, tendo como um de seus grandes marcos a sua participação na Segunda
Guerra Mundial.
Em 1961, em meio a Guerra Fria, James Webb foi convidado por John Kennedy, o
presidente dos EUA na época, a responsabilizar-se pela administração da NASA, um dos
cargos mais importantes na agência.

O administrador foi uma das figuras mais influentes nos projetos da NASA na época,
sendo eles: sua importância no voo espacial Apollo 11 (servindo como frente do projeto) e os
grandes investimentos feitos em espaçonaves durante sua direção. Os avanços alcançados por
ele foram ditos como “jamais imaginados”.

Webb se aposentou em 1969, aos 63 anos e, aproximadamente, 50 anos após sua


aposentadoria, o nome de James Edwin Webb foi honrado ao servir como nome do mais novo
satélite espacial, o JWST.

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2. OS FEITOS DO JAMES WEBB

2.0 INTRODUÇÃO DO CAPÍTULO

Em apenas alguns meses desde seu lançamento, o JWST foi capaz de capturar imagens
esplêndidas que impressionaram o mundo todo. Apenas nas suas primeiras 5 imagens, ele já
foi capaz de quebrar recordes impressionantes como o de galáxia mais distante já observada.

Neste capítulo, iremos apresentar com mais detalhes os feitos que o JWST conquistou e
a importância deles para a comunidade científica e para a humanidade em geral. Iremos
também apresentar informações sobre planetas do nosso sistema solar como Marte.

2.1. NEBULOSA CARINA; (FIGURA 3)

A Nebulosa Carina também conhecida como “A Grande Nebulosa” (Figura 3) foi um


dos primeiros alvos do James Webb por causa do seu tamanho e quantidade de estrelas que se
formaram dentro da mesma.
(Resumidamente, uma Nebulosa se trata de uma nuvem de gás e poeira espacial que
circunda uma estrela).

Ela possui um formato parecido a de uma cadeia de “montanhas” onde seus “picos”
podem estender-se até 7 anos-luz de altura (aproximadamente 6,6225 x 10^13 quilômetros).
Além disso, podemos observar a existência de um aglomerado aberto de estrelas no topo de
uma das montanhas, denominada NGC 3324.

Se comparada a antigas imagens do telescópio Hubble (Figura 11), podemos notar uma
grande diferença na paleta de cores, além de sua resolução. Essa grande diferença se dá
devido aos espelhos especiais presentes no JWST que são capazes de captar luz e radiação
infravermelha, como citado anteriormente. Além disso, o tempo de exposição do atual satélite
em comparação ao do Hubble foi extremamente menor graças às inovações trazidas pelo
novo modelo (padrão que se repete nas próximas imagens que serão apresentadas).

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2.2. QUINTETO DE STEPHAN; (FIGURA 4)

O Quinteto de Stephan, descoberto por Édouard Stephan em 1877, foi o primeiro


aglomerado de galáxias descoberto na humanidade. Constituída de cinco galáxias, ela está
localizada na constelação Pegasus, ou Cavalo Alado, porém, dentre elas, somente quatro
estão realmente próximas uma da outra, apresentando uma distância de aproximadamente 290
milhões de anos-luz do planeta Terra.

Existe um evento chamado: “Dança Cósmica ou Gravitacional'', que ocorre entre as 4


galáxias próximas. A “dança cósmica” é uma colisão, ou fusão, entre galáxias e se dá porque
a força gravitacional delas é maior do que a acelerada expansão do universo. Ela é capaz de
gerar quantidade inimaginável de energia, despertando grande interesse na comunidade
científica. Esse fenômeno tem duração estimada de mais de um bilhão de anos e ocorre com
maior frequência do que é imaginado.

Além das quatro galáxias apresentadas, o Quinteto de Stephan abriga mais uma,
conhecida como NGC 7320. Diferente das demais, ela se encontra a apenas 40 milhões de
anos-luz da Terra e não faz parte do grupo em colisão.

Fenômenos como o Quinteto não podem ser vistos a olho nu. Eles requerem satélites ou
telescópios de alta tecnologia para serem vistos, como o Telescópio Hubble e o James Webb.
Os dois foram capazes de capturar imagens deste acontecimento, porém o James Webb
obteve mais sucesso, pois possui uma infraestrutura profundamente pensada para nos
proporcionar imagens de descobertas astronômicas com alta resolução (Figura 4).

2.3. NEBULOSA NGC 3132; (FIGURA 5)

É muito comum pensarem que, no cenário da NGC 3132, também conhecida como
Nebulosa do Anel do Sul (figura 5), a estrela mais brilhante é a responsável pela sua
formação, porém a causa para esse fenômeno é, na verdade, a estrela mais opaca. Ela vem
emitindo gases e poeira espacial por mais de 2000 anos-luz, o que equivale a idade da
Nebulosa, e apesar de ser menor que o Sol, ela é extremamente quente e emite uma grande

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quantidade de radiação ultravioleta, o que torna possível a alteração da coloração dos gases
ao seu redor.

Cada camada da Nebulosa representa um período em que a estrela responsável pela sua
criação perdeu uma certa quantidade de massa. As mais distantes do centro são as que foram
ejetadas primeiro e as que estão localizadas mais próximas à estrela são as que foram ejetadas
recentemente. Esse tipo de informação ajuda a descobrir o processo de desenvolvimento
desse evento.

As estrelas mais reluzentes também possuem grande influência na formação da


Nebulosa do Anel do Sul. Ao se orbitarem, as duas estrelas mais luminosas são capazes de
mudar o formato da NGC 3132, causando dimensões irregulares.

Algo que enriqueceu as fotos da Nebulosa capturadas pelo JWST foi a Near Infrared
Camera (NIRcam). Ela possibilitou a observação de raios de luz em volta da nebulosa, dados
pela luz das estrelas centrais, e a descoberta de que a estrela mais opaca do sistema é
camuflada por poeira espacial.

2.4. AGLOMERADO SMACS 0723; (FIGURA 6)

O SMACS 0723 é um aglomerado de milhares de galáxias e objetos opacos que jamais


foram vistos através do infravermelho. Ele abriga galáxias e estrelas com mais de 13 bilhões
de anos, ou seja, que surgiram aproximadamente um bilhão de anos após o Big Bang. Apesar
disso, esse aglomerado é extremamente pequeno em relação ao universo.

O James Webb foi capaz de quebrar recordes inimagináveis ao registrar uma das
galáxias mais antigas até hoje com um processo que demorou apenas 12 horas, enquanto o
Telescópio Hubble levou semanas para atingir uma de suas imagens mais profundas. Além
disso, o SMACS 0723 é conhecido por ser alvo da captura mais profunda e nítida do
Universo já gravada.

Assim como em outros fenômenos, a NIRcam, anteriormente mencionada, também teve


grande influência na qualidade e observação da foto do aglomerado tirada pelo James Webb.

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Ela possibilitou a visualização de objetos pequenos e fracos que jamais foram vistos, como
estrelas.

2.5. DESCOBERTAS FEITAS NO PLANETA VIZINHO; (FIGURA 7 E 8)

As Primeiras imagens do Espectro de Marte (figura 7), capturadas pelo JWST, foram
publicadas no dia 05/09/2022. Isso trouxe novas informações sobre o famoso planeta
vermelho, além de demonstrar um novo jeito de observar Marte pelo espectro de luz
infravermelho.

Graças a posição que o telescópio está, foi-se possível capturar informações que
ajudaram no estudo de fenômenos que acontecem em Marte como tempestades de poeira,
temporadas (verão, outono, inverno e primavera), entre outras coisas.

Além da beleza das imagens capturadas, os astrônomos foram capazes de identificar a


composição atmosférica do planeta usando técnicas especiais de análise de dados (Figura 8).
A análise foi feita pegando ondas solares com tamanhos menores que 3 mícrons e
transformando elas. Analisando o gráfico, podemos notar a presença de H 2O (água),CO2
(dióxido de carbono) E CO (monóxido de carbono) na composição atmosférica.

Por causa da curta distância entre o ponto de Lagrange 2 (ou L2) e Marte e pela grande
quantidade de luz infravermelha emitida pelo planeta, a captura das Imagens se tornou um
risco para a missão graças ao design do telescópio que foi feito para observar objetos a
bilhões de anos luz de distância da Terra. Caso o telescópio observasse o Planeta sem técnicas
especiais de observação, ele sofreria um fenômeno chamado “detector saturation” (saturação
do detector, em português).

A NIRcam ajudou na observação da superfície do Planeta Vermelho focando


especificamente no hemisfério oriental, apontando algumas regiões específicas referenciadas
pelo mapa feito pela NASA em colaboração com o instrumento MOLA (Mars Orbiter Laser
Altimeter).

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3. A IMPORTÂNCIA DO JAMES WEBB

O James Webb exerce extrema importância em diversas áreas, principalmente a


astronomia. Antes mesmo de ser posto em órbita, ele já era conhecido por ser
surpreendentemente revolucionário. A confiança que inúmeras personalidades depositaram
nele foi algo que o tornou respeitável por muitos.

A própria construção do James Webb já representou avanços devido a tamanha


complexidade. Para a sua criação, foi necessário um estudo extremo sobre onde deveria ser
posicionado (exatamente), a temperatura ideal para a captura de imagens e a radiação vinda
de outros planetas, como mencionado anteriormente. Também houve a demanda de câmeras
de alta tecnologia, como a NIRcam e espelhos que foram revestidos de berílio.

E, principalmente, as fotos capturadas pelo JWST foram de alta importância. Com as


imagens, pôde-se observar como o Universo era há bilhões de anos. O telescópio foi capaz de
quebrar recordes capturando imagens da galáxia mais antiga já registrada e conseguindo a
foto mais profunda e nítida do Universo. Além disso, através das fotos, é possível observar
pequenos detalhes sobre fenômenos ocorridos no Espaço, como moléculas e minúsculas
partículas. Isso é importante para o estudo do processo de evolução do Universo.

Definitivamente, o James Webb também interferiu na vida humana. Ele gerou inúmeros
avanços na tecnologia e chamou a atenção de nomes influentes nesta área, como o famoso
Elon Musk, o criador da SpaceX. O interesse tecnológico pode mudar o cotidiano do ser
humano, já que a vida humana atualmente tem uma grande base nisto, sendo impossível que
exista uma sociedade separada da tecnologia.

Por fim, é possível compreender que o JWST é necessário para a evolução humana,
tecnológica, astronômica e científica, no geral. Sem ele, as pesquisas teriam base somente no
Telescópio Hubble e todas as descobertas feitas em dez meses por ele não poderiam chegar
aos olhos humanos.

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“(Webb) é um exemplo positivo do que nós, como espécie, podemos fazer quando
pessoas de boa fé trabalham além das fronteiras nacionais para compartilhar um sonho e se
atrever a fazer coisas incríveis” - afirma Heidi Hammel, astrônoma planetária.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante o nosso trabalho, falamos majoritariamente sobre o Telescópio Espacial James


Webb. Incluímos sua história, seu funcionamento, suas descobertas e seus vínculos com seu
antecessor, o Hubble. Concluímos que o JWST é um grande influenciador na ascensão do
conhecimento em diversas áreas, principalmente na astronomia. Ele trouxe prosperidade para
o entendimento humano sobre a ciência, e pode nos proporcionar avanços na tecnologia, algo
de extrema importância no cotidiano de muitos.

Para as descobertas astronômicas, o James Webb foi essencial. Ele pode trazer
informações sobre os mínimos detalhes possíveis, por exemplo, ele foi capaz de descobrir
que uma estrela na Nebulosa NGC 3132 era revestida por poeira, algo que o Hubble não foi
capaz de fazer.

Assim, podemos concluir que o Telescópio Espacial James Webb é um verdadeiro salto
científico e tecnológico, capaz de gerar ou mudar teorias físicas e matemáticas e
impressionar, não somente os adeptos a astronomia, mas o mundo todo.

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BIBLIOGRAFIA

https://www.nasa.gov/mission_pages/webb/main/index.html
https://tudo-sobre.estadao.com.br/telescopio-espacial-james-webb
https://www.uol.com.br/tilt/telescopio-espacial-james-webb/
https://hubblesite.org/
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https://link.springer.com/article/10.1007/s11214-006-8315-7
https://www.tecmundo.com.br/ciencia/242283-james-webb-telescopio-carrega-nome.htm
https://www.bbc.com/portuguese/geral-62224352#:~:text=Telesc%C3%B3pios%20no%20es
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cam-grande-avanco/392621/
https://ciencia.estadao.com.br/fotos/geral,aglomerado-de-galaxias-smacs-0723,1258491
https://webb.nasa.gov/content/observatory/instruments/nircam.html
https://apod.nasa.gov/apod/ap130409.html
https://spacetoday.com.br/ngc-3132-a-nebulosa-do-anel-do-sul-2/

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