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O que é o telescópio espacial James

Webb — e o que ele descobriu


Entenda a história por trás do telescópio da Nasa e o que os cientistas esperam esclarecer com
as novas imagens divulgadas

Quinteto de Stephan: uma das fotos divulgadas pelo telescópio espacial James Webb
(Nasa/Reprodução)

Da redação, com agências

Publicado em 13/07/2022 às 15:30.

Última atualização em 13/07/2022 às 16:11.

Além de impressionantes, as imagens do telescópio espacial James Webb aportam


uma grande quantidade de conhecimentos científicos.
Somente a primeira fotografia do telescópio divulgada na segunda-feira, 11, ofereceu a
imagem infravermelha mais nítida e profunda do Universo distante obtida até agora,
conhecida como "Primeiro Campo Profundo de Webb".

Agora, com as fotos em mãos, os cientistas esperam finalmente entender alguns


mistérios do Universo. Veja quais são e a história por trás do telescópio James Webb:

O que o telescópio espacial James Webb descobriu?


Detalhes das galáxias

A primeira fotografia divulgada pelo James Webb é conhecida como "Primeiro Campo
Profundo de Webb" ou campo profundo do Universo. Ela é a imagem infravermelha
mais nítida e profunda do universo distante obtida até agora.

Os círculos e elipses brancos são do aglomerado de galáxias chamado SMACS 0723,


como apareceu há mais de 4,6 bilhões de anos, mais ou menos na época em que nosso
Sol se formou.

Os arcos avermelhados surgem da luz de galáxias antigas que viajaram mais de 13


bilhões de anos, curvando-se em torno do grupo do primeiro plano, que atua como uma
lente gravitacional.
Campo profundo do Universo: primeira foto divulgada pelo telescópio espacial James
Webb (NASA/Reprodução)

A astrofísica da Nasa Amber Straughn afirmou ter ficado impressionada com "os
detalhes surpreendentes que podem ser vistos em algumas dessas galáxias". "É como
ver em alta definição", disse.

Matéria escura

Jane Rigby, também astrofísica da Nasa, acrescentou que a imagem pode nos ensinar
mais sobre a misteriosa matéria escura, que possivelmente compreende 85% da
matéria do universo e é a principal causa do efeito de ampliação cósmico.

Tirada de uma exposição de 12,5 horas, a imagem composta é considerada um teste.


Com um tempo de exposição mais longo, Webb deve quebrar recordes para ver as
primeiras centenas de milhões de anos após o Big Bang, 13,8 bilhões de anos atrás.

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