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(a) Constitucional
(b) Administrativo
(c) Urbanística
(d) Econômico
(1) Público (e) Financeiro
(f) Tributário
(g) Processual
DIREITO (h) Penal
(i) Internacional (público e privado)
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(b) Comercial
Podemos defini-lo como o ramo do Direito Público que expõe, interpreta e
sistematiza os princípios e normas fundamentais do Estado. Como esses princípios e
normas fundamentais do Estado compõem o conteúdo das constituições (Direito
Constitucional Objetivo), pode-se afirmar, como o faz Pinto Ferreira, que o Direito
Constitucional é a ciência positiva das constituições.
Sendo ciência, há de ser forçosamente um conhecimento sistematizado sobre
determinado objeto, e este é constituído pelas normas fundamentais da organização do
Estado, isto é, pelas normas relativas à estrutura do Estado, forma de governo, modo de
aquisição e exercício do poder, estabelecimento de seus órgãos, limites de sua atuação,
direitos fundamentais do homem e respectivas garantias e regras básicas da ordem
econômica e social.
Assim sendo, podemos conceituar Constituição como sendo o conjunto de normas
que organiza os elementos constitutivos do Estado.
A estabilidade das constituições não deve ser absoluta, não pode significar
imutabilidade. Não há constituição imutável diante da realidade social cambiante, pois
não é ele apenas um instrumento de ordem, mas deverá sê-lo, também, de progresso
social. Deve-se assegurar certa estabilidade constitucional, certa permanência e
durabilidade das instituições, mas sem prejuízo da constante, tanto quanto possível,
perfeita adaptação das constituições às exigências do progresso, da evolução e do
bem-estar social. A rigidez relativa constitui técnica capaz de atender a ambas as
exigências, permitindo emendas, reformas e revisões, para adaptar as normas
constitucionais às novas necessidades sociais, mas impondo processo especial e mais
difícil para essas modificações.
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(1) elementos orgânicos, que se contêm nas normas que regulam a estrutura do
Estado e do poder, e, na atual Constituição, concentram-se, predominantemente, nos
Títulos III (Da Organização do Estado), IV (Da Organização dos Poderes e do Sistema
de Governo), Capítulos I e II do Título V (Das Forças Armadas e da Segurança
Pública) e VI (Da Tributação e do Orçamento, que constituem aspectos da organização
e funcionamento do Estado);
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Realmente, uma lei é feita para vigorar e produzir seus efeitos para o futuro. Seu
limite temporal pode ser nela mesma demarcado ou não. Seu texto, às vezes, delimita o
tempo durante o qual ela regerá a situação fática prevista. Outras vezes ela é feita para
regular situação transitória, decorrida a qual perde vigência e, consequentemente, a
eficácia.
O mais comum, contudo, é que uma lei, uma norma, só perca o vigor quando outra
a revogue expressa ou tacitamente. Se a lei revogada produziu efeitos em favor de um
sujeito, diz-se que ela criou situação jurídica subjetiva, que poderá ser um simples
interesse, um interesse legítimo, a expectativa de direito, um direito condicionado, um
direito subjetivo. Este último é garantido jurisdicionalmente, ou seja, é um direito
exigível na via jurisdicional. Recebe, assim, proteção direta, pelo que seu titular fica
dotado do poder de exigir uma prestação positiva ou negativa.
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saber que efeitos surtirá sobre ele. Prevalece a situação subjetiva constituída sob o
império da lei velha, ou, ao contrário, fica ela subordinada aos difames da lei nova? É
nessa colidência de normas no tempo que entra o tema da proteção dos direitos
subjetivos que a Constituição consagra no art. 5°, XXXVI, sob o enunciado de que a lei
não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.
A doutrina ainda não fixou com precisão o conceito de direito adquirido. É ainda a
opinião de Gabba que orienta sua noção, destacando como seus elementos
caracterizadores: (1) ter sido produzido por um fato idôneo para a sua produção; (2) ter
se incorporado definitivamente ao patrimônio do titular. A Lei de Introdução ao Código
Civil declara que se consideram adquiridos os direitos que o seu titular, ou alguém por
ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo prefixo, ou
condição preestabelecida inalterável, a arbítrio de outrem (art. 6°., § 2°. ).
Se o direito subjetivo não foi exercido, vindo a lei nova, transforma-se em direito
adquirido, porque era direito exercitável e exigível à vontade de seu titular.
Incorporou-se no seu patrimônio, para ser exercido quando convier. A lei nova não pode
prejudicá-lo, só pelo fato de o titular não o ter exercido antes. Direito subjetivo "é a
possibilidade de ser exercido, de maneira garantida, aquilo que as normas de direito
atribuem a alguém como próprio". Ora, essa possibilidade de exercício continua no
domínio da vontade do titular em face da lei nova. Essa possibilidade de exercício do
direito subjetivo foi adquirida no regime da lei velha e persiste garantida em face da lei
superveniente. Vale dizer—repetindo: o direito subjetivo vira direito adquirido quando
lei nova vem alterar as bases normativas sob as quais foi constituído. Se não era direito
subjetivo antes da lei nova, mas interesse jurídico simples, mera expectativa de direito
ou mesmo interesse legítimo, não se transforma em direito adquirido sob o regime da lei
nova, que, por isso mesmo, corta tais situações jurídicas subjetivas no seu iter, porque
sobre elas a lei nova tem aplicabilidade imediata, incide.
Não se trata aqui da questão da retroatividade da lei, mas tão-só de limite de sua
aplicação. A lei nova não se aplica a situação subjetiva constituída sob o império da lei
anterior.
Vale dizer, portanto, que a Constituição não veda a retroatividade da lei, a não ser
da lei penal que não beneficie o réu. Afora isto, o princípio da irretroatividade da lei
não é de Direito Constitucional, mas princípio geral de Direito. Decorre do princípio de
que as leis são feitas para vigorar e incidir para o futuro. Isto é: são feitas para reger
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Direito adquirido e direito público. Cumpre fazer uma observação final a respeito
da relação entre direito adquirido e direito público. Não é rara a afirmativa de que não
há direito adquirido em face da lei de ordem pública ou de direito público. A
generalização não é correta nesses termos. O que se diz com boa razão é que não corre
direito adquirido contra o interesse coletivo, porque aquele é manifestação de interesse
particular que não pode prevalecer sobre o interesse geral. A Constituição não faz
distinção.
A Lei de Introdução ao Código Civil, art. 6°, §1°, reputa ato jurídico perfeito o já
consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. Essa definição dá a idéia
de que ato jurídico perfeito é aquela situação consumada ou direito consumado, referido
acima, como direito definitivamente exercido. Não é disso, porém, que se trata. Esse
direito consumado é também inatingível pela lei nova, não por ser ato perfeito, mas por
ser direito mais do que adquirido, direito esgotado. Se o simples direito adquirido (isto
é, direito que já integrou o patrimônio, mas não foi ainda exercido) é protegido contra
interferência da lei nova, mais ainda o é o direito adquirido já consumado.
A diferença entre direito adquirido e ato jurídico perfeito está em que aquele emana
diretamente da lei em favor de um titular, enquanto o segundo é negócio fundado na lei.
"O ato jurídico perfeito, a que se refere o art. 153, § 3° [agora, art. 5°, XXXVI], é o
negócio jurídico, ou o ato jurídico stricto sensu; portanto, assim as declarações
unilaterais de vontade como os negócios jurídicos bilaterais, assim os negócios
jurídicos, como as reclamações, interpretações, a fixação de prazo para a aceitação de
doação, as comunicações, a constituição de domicílio, as notificações, o reconhecimento
para interromper a prescrição ou com sua eficácia (ato jurídico stricto sensu)". Ato
jurídico perfeito, nos termos do art. 153, § 3° [art. 5°, XXXVI], é aquele que sob o
regime da lei antiga se tornou apto para produzir os seus efeitos pela verificação de
todos os requisitos a isso indispensável. É perfeito ainda que possa estar sujeito a termo
ou condição.
A garantia, aqui, refere-se à coisa julgada material, não à coisa julgada formal.
Ficou, pois, superada a definição do art. 6°, § 3°, da Lei de Introdução ao Código Civil.
Prevalece, hoje, o conceito do Código de Processo Civil:
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estabilidade dos casos julgados, para o que o titular do direito aí reconhecido tenha a
certeza jurídica de que ele ingressou definitivamente no seu patrimônio. A coisa julgada
é, em certo sentido, um ato jurídico perfeito; assim já estaria contemplada na proteção
deste, mas o constituinte a destacou como um instituto de enorme relevância na teoria
da segurança jurídica.
A proteção constitucional da coisa julgada não impede, contudo, que a lei preordene
regras para a sua rescisão mediante atividade jurisdicional. Dizendo que a lei não
prejudicará a coisa julgada, quer-se tutelar esta contra atuação direta do legislador
contra ataque direto da lei. A lei não pode desfazer (rescindir ou anular ou tornar
ineficaz) a coisa julgada. Mas pode prever licitamente, como o fez o art. 485 do Código
de Processo Civil, sua rescindibilidade por meio de ação rescisória.
Importa o conceito de dia. O princípio é que, para fins judiciais, o dia se estende de
6 às 18 horas.
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Constitui-se de garantias que visam tutelar a liberdade pessoal. Figura ela no art.
5°, XXXVII a XLVII, mais a hipótese do inc. LXXV, sem falar no habeas corpus,
incluído entre os remédios constitucionais (infra). Essas garantias penais ou criminais
protegem o indivíduo contra atuações arbitrárias, e podem ser consideradas nos grupos
seguintes:
(b) garantia de julgamento pelo tribunal do júri nos crimes dolosos contra a vida e
ainda assim com as garantias subsidiárias da plenitude de defesa, do sigilo das votações
dos jurados e da soberania dos veredictos (inc. XXXVIII), valendo dizer: outro tribunal
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não pode reformar o mérito da decisão do júri; pode anular o processo por vício de
forma, não mudar o mérito do julgamento;
(c) garantia do juiz competente (incs. LIII e LXI), segundo a qual ninguém será
processado nem sentenciado senão pela autoridade competente e nem preso senão por
ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo flagrante
delito e nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar definidos em
lei;
(a) anterioridade da lei penal (inc. XXXIX), de acordo com a qual não há crime
sem lei anterior que o defina (regra do nullum crimen sine lege), nem pena sem prévia
cominação legal (regra da nula poena sine lege), proscrevendo assim ordenamentos ex
post pacto;
(b) garantia da irretroatividade da lei penal, salvo quando beneficiar o réu (inc.
XL);
(c) garantia de legalidade e da comunicabilidade da prisão, por isso que "a prisão
ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade competente" (inc. LXIII), e para
maior eficácia desta garantia confere-se ao "preso o direito à identificação dos
responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório" (inc. LXIV);
(b) personalização da pena (inc. XLV), vale dizer: a pena não passará da pessoa do
delinqüente, no sentido de que não atingirá a ninguém de sua família nem a terceiro,
garantia, pois, de que ninguém pode sofrer sanção por fato alheio, salvo a possibilidade
de extensão aos sucessores e contra eles executadas, nos termos da lei, da obrigação de
reparar o dano e da decretação de perdimento de bens, até o limite do valor do
patrimônio transferido;
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(4) garantias processuais penais: de certo modo as anteriores também o são; mais
especificamente, porém, podem ser citadas as seguintes:
(a) instrução penal contraditória (inc. LV), que tem como conteúdo essencial a
garantia da plenitude ou ampla defesa, com os meios e recurso a ela inerentes (incs.
XXXV, a, e LV);
(b) garantia do devido processo legal (inc. LIV), segundo a qual ninguém será
privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal, mas que, em verdade,
tem sentido muito mais abrangente, pois significa também que alguém só pode ser
julgado e condenado por juiz competente previamente estabelecido na ordem judiciária
e por crime que previamente também seja definido como tal em lei, sendo assim
garantia conexa com a do juiz competente e à da anterioridade da lei penal;
(c) garantia da ação privada (inc. LIX), que garante ao interessado promover a
ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; aqui,
em certo sentido, tem-se uma forma de controle do Ministério Público, que, em
deixando de cumprir sua atribuição, fica sujeito à substituição pelo interessado (vítima
ou seu representante);
(b) vedação e punição da tortura: ninguém será submetido à tortura (inc. III) e a
prática desta será considerada, pela lei, crime inafiançável e insuscetível de graça ou
anistia (inc. XLIII);
(7) garantias penais da não discriminação (incs. XLI e XLII), valendo dizer: "a lei
punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais" e "a
prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de
reclusão, nos termos da lei"; deve-se observar, não obstante, que a inafiançabilidade e
especialmente a imprescritibilidade revelam um retrocesso na ciência penal;
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DIREITOS GARANTIAS
Art. 5°. Todos são iguais perante a lei, sem distinção
XLI—a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos
de qualquer natureza direitos e liberdades fundamentais.
XLII—a prática do racismo constitui crime inafiançável e
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.
(Liberdade de ação geral) II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer
alguma coisa senão em virtude de lei.
(Direito à vida e à integridade física e moral) III—ninguém será submetido a tratamento desumano ou
degradante.
IV—é livre a manifestação do pensamento, sendo V—é assegurado o direito de resposta, proporcional ao
vedado o anonimato agravo, além da indenização por dano material, moral ou à
imagem.
VI—é inviolável a liberdade de crença, sendo Garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos suas liturgias.
(liberdade de religião)
VIII—por motivo de crença religiosa ou de —...ninguém será privado de direitos, salvo se as invocar
convicções filosóficas ou políticas, para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei.
IX—é livre a expressão da atividade intelectual, independentemente de censura ou licença.
artística, científica e de comunicação,
X—são invioláveis a intimidade, a vida privada, a assegurado o direito a indenização pelo dano material ou
honra e a imagem (direito à privacidade) moral decorrente de sua violação.
(direito à intimidade) XI—a casa é o asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
XI—a casa é o asilo inviolável do indivíduo, podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em
(direito à intimidade, ao recesso do lar) caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro,
ou, durante o dia, por determinação judicial.
(direito à intimidade das comunicações pessoais) XII—é inviolável o sigilo da correspondência e das
comunicações telegráficas e telefônicas, salvo, neste último
caso, por ordem judicial nas hipóteses e na forma que a lei
estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução
processual penal.
XV—é livre a locomoção no Território nacional em LXVIII — conceder-se-á habeas corpus sempre que
tempo de paz alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou
coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou
abuso de poder.
XVI—todos podem reunir-se pacificamente, sem independente de autorização, desde que não frustrem outra
armas, em locais abertos, reunião anteriormente convocada para o mesmo local,
sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.
XVII—é plena a liberdade de associação XVIII—a criação de associações independe de autorização,
sendo vedada a interferência estatal
XIX—as associações só poderão ser compulsoriamente
dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão
judicial.
XX—ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a
permanecer associado.
XXII—é garantido o direito de propriedade XXIV— a lei estabelecerá o procedimento de
XXIII—a propriedade atenderá a sua função social desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por
interesse social, mediante justa e prévia indenização em
dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição.
IX—é livre a expressão da atividade intelectual, independentemente de censura ou licença.
artística, científica e de comunicação,
X—são invioláveis a intimidade, a vida privada, a assegurado o direito a indenização pelo dano material ou
honra e a imagem (direito à privacidade) moral decorrente de sua violação.
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DIREITOS GARANTIAS
XXXIII—todos têm direito a receber dos órgãos LXX—o mandado de segurança coletivo pode ser
públicos informações de interesse coletivo ou geral impetrado por:
(direito coletivo a informação) a) partidos políticos;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos
um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou
associados.
(direito geral à legalidade da Administração—direito XXXIV—são a todos assegurados, independentemente de
a uma atuação democrática dos Poderes Públicos) pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de
direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para
defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse
pessoal.
(direito subjetivo à jurisdição) XXXV—a lei não excluirá da apreciação do Poder
Judiciário lesão ou ameaça a direito.
(direito subjetivo à estabilidade dos negócios XXXVI—a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato
jurídicos) jurídico perfeito e a coisa julgada.
(direito ao juízo natural) XXXVII—não haverá juízo ou tribunal de exceção.
(direito de liberdade — direito de não sofrer sanção são protegidos pelas garantias penais que se acham
por fato alheio — direito à incolumidade física e inscritas, em geral, nos incs. XXXVII a LXVII do art. 5.°
moral — direito de defesa — liberdade política e de
opinião — enfim, direito à segurança em geral)
(direitos públicos subjetivos, líquidos e certos) LXIX—conceder-se-á mandado de segurança para proteger
direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou
habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou
abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa
jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
(direito à intimidade e à incolumidade dos dados LXXII—conceder-se-á habeas data: [...]
pessoais—direito de acesso às informações
registradas em bancos de dados—direito de
retificação de dados)
(direito à probidade e à moralidade da LXXIII—qualquer cidadão é parte legítima para propor
Administração) ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da
sucumbência.
Esses exemplos são suficientes para ilustrar a distinção entre direitos e garantias.
Cumpre, no entanto, não esquecer que as garantias constitucionais são também direitos,
não como outorga de um bem e vantagem em si, mas direitos instrumentais, porque
destinados a tutelar um direito principal.
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4.l. GENERALIDADES:
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Diz-se que o núcleo central dos direitos sociais é constituído pelo direito do
trabalho (conjunto dos direitos dos trabalhadores) e pelo direito de seguridade social.
Em torno deles, gravitam outros direitos sociais, como o direito à saúde, o direito de
previdência social, o de assistência social, o direito à educação, o direito ao meio
ambiente sadio. A Constituição tentou preordenar meios de tornar eficazes esses
direitos, prevendo, p. ex., fonte de recursos para a seguridade social, com aplicação
obrigatória nas ações e serviços de saúde e às prestações providenciarias e assistenciais
(arts. 194 e 195), assim como a reserva de recursos orçamentários para a educação (art.
212). Aos direitos culturais, impõe-se ao Estado dar-lhes apoio, incentivos e proteção
(art. 215). Para assegurar a efetividade do direito ao meio ambiente, o §1° do art. 225
define vários procedimentos, incluindo estudo prévio de impacto ambiental, a que se
dará publicidade, no caso de instalação de obras e serviços causadores de degradação ao
meio ambiente, assim como estatui meio de atuação repressiva de natureza penal,
administrativa e civil (art. 225, § 3°). São ainda modulações cuja eficácia própria só a
experiência vai confirmar.
Garantias políticas são aquelas que possibilitam o livre exercício da cidadania. Tais
são o sigilo do voto, a igualdade do voto. Inclui-se aí também a determinação de que
sejam gratuitos, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.
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5.2.3. Brasília
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(1) a defesa do Estado (País), quando, nos casos do art. 34, I e II, é autorizada a
intervenção para: (a) manter a integridade nacional; (b) repelir invasão estrangeira;
(2) a defesa do princípio federativo, quando, nos casos do mesmo art. 34, II, III e
IV, é facultada a intervenção para: (a) repelir invasão de uma unidade da Federação em
outra; (b) pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; (c) garantir o livre
exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
(3) a defesa das finanças estaduais, quando, nos casos do art. 34, V, é permitida a
intervenção para reorganização das finanças da unidade da Federação que: (a) suspender
o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo força maior;
(b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas na Constituição, dentro
dos prazos estabelecidos em lei;
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(1) nos casos dos incisos I, II, III e V do art. 34, da simples verificação dos motivos
que a autorizam;
(4) no caso do inciso VII do art. 34, de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal,
de representação do Procurador - Geral da República, representação essa que caracteriza
a ação direta de inconstitucionalidade interventiva, a que já nos referimos antes;
(5) no caso de recusa à execução de lei federal (art. 34, VI), de provimento, pelo
Superior Tribunal de Justiça, de representação do Procurador - Geral da República; aqui
não se trata de obter declaração de inconstitucionalidade, portanto essa representação
tem natureza diversa da referida no inciso III do art. 36; seu objeto consiste em garantir
a executoriedade da lei federal pelas autoridades estaduais, digamos que seja uma ação
de executoriedade da lei.
Nos casos dos incisos VI e VII do art. 34, o decreto de intervenção limitar-se-á a
suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da
normalidade, isto é, se for suficiente para eliminar a infração àqueles princípios
constitucionais neles arrolados. Aplica-se o processo estabelecido na Lei 4.337/64, com
possibilidade de suspensão liminar do ato impugnado (Lei 5.778/72). Se, porém, a
simples suspensão do ato não for bastante, efetivar-se-á a intervenção. Esta não é mera
faculdade, mas também um dever que se impõe à União, e, portanto, ao Presidente da
República, que terá de executá-la sempre que for necessária, uma vez que se cuida aí de
medida de defesa da Constituição, mormente nas hipóteses de requisição dos Tribunais
(art. 36, I a IV).
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O título em exame tem por rubrica "Da Defesa do Estado e das Instituições
Democráticas". Nessa dimensão, inclui também um capítulo sobre as Forças Armadas e
outro sobre a segurança pública. Correlacionando a defesa das instituições
democráticas e Forças Armadas é forçoso convir que estas ficaram, na perspectiva
constitucional, como instituições comprometidas com o regime democrático inscrito na
Constituição de 1988, em termos que já estudamos antes, o que torna mais grave
qualquer desvio, ainda que circunstancial, que envolva desrespeito aos direitos
fundamentais do homem, incluindo os individuais os sociais (aí o direito de
sindicalização e o de greve), os políticos e de nacionalidade. Nesse mesmo
compromisso ficam envolvidos os órgãos da segurança pública.
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nacional (art. 91), é defesa da Pátria (art. 142), não mais a defesa deste ou daquele
regime político ou de uma particular ideologia ou de um grupo detentor do poder.
Diego Valados observa, com David Easton, que "o equilíbrio é o elemento que
caracteriza a ordem constitucional". Acrescenta que "o equilíbrio constitucional consiste
na existência de uma distribuição relativamente igual do poder, de tal maneira que
nenhum grupo, ou combinação de grupos, possa dominar sobre os demais", para
concluir, agora com Catlin, que "a democracia é o equilíbrio mais estável entre os
grupos de poder". Daí decorre, conforme os mesmos autores, que "a competição entre
os distintos grupos sociais só é tolerável na medida em que esses mesmos grupos
estejam subordinados aos procedimentos constitucionais". Isso quer dizer que, fora
desses parâmetros, as competições pelo poder geram uma situação de crise, que poderá
assumir as características de crise constitucional, e esta, se não for convenientemente
administrada, governada, poderá provocar o rompimento do equilíbrio constitucional e,
por conseguinte, pôr em grave risco as instituições democráticas.
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direito de greve sem limitações, é evidente que ela não pode ser tomada como algo fora
da normalidade, para justificar a implantação de uma legalidade extraordinária. A
calamidade é sempre um fato de desajuste no âmbito de sua verificação, mas, nos
termos do texto constitucional, ela terá que ser de grandes proporções e ainda gerar
situação de séria perturbação à ordem pública ou à paz social para servir de base à
decretação do estado de defesa.
7.1.2.3. Controles
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Prevê-se, ainda, um controle político concomitante, nos termos do art. 140, segundo
o qual a Mesa do Congresso Nacional (art. 57, § 5°) designará Comissão composta de
cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas referentes
ao estado de defesa. Membros da Mesa ou do Congresso? Parece-nos que membros da
Mesa do Congresso que é composta dos membros da Mesa do Senado Federal e da
Câmara dos Deputados.
O controle jurisdicional consta, por exemplo, do art. 136, § 3°, onde se prevê que a
prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida, será por ele
comunicada imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal,
facultado ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade policial, essa
comunicação será acompanhada de declaração do estado físico e mental do detido no
momento de sua autuação. Também a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá
ser superior a dez dias salvo autorização do Poder Judiciário; não havendo tal
autorização, ó constrangimento, além daquele período, é ilegal e passível de controle
jurisdicional por via do habeas corpus. Demais, é vedada a incomunicabilidade do
preso, o que vale dizer que a prisão fica sempre sujeita ao controle jurisdicional para o
cumprimento dessa vedação. Finalmente, cessado o estado de defesa, cessarão seus
efeitos, mas sem prejuízo da responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus
executores ou agentes. Isso quer dizer que existirá a possibilidade de controle
jurisdicional sucessivo sobre a conduta dos executores ou agentes da medida.
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quanto o estado de defesa, não é, nem pode ser, uma situação de arbítrio, porque é uma
situação constitucionalmente regrada. Por isso, fica sujeito a controles político e
jurisdicional.
Dado o relevo de sua missão, nossas constituições sempre reservaram a elas posição
especial. A do Império destacou-lhes um capítulo com seis artigos, em que se lhes
traçam as linhas mestras (arts. 145 a 150). A primeira Constituição republicana não lhes
abriu capítulo especial, mas delas cuida em vários dispositivos esparsos, reconhecendo-
lhes a mesma destinação e relevo (arts. 14, 34, ns. 17 e 18 art. 48 ns. 3, 4 e 5, e arts. 73,
74, 76, 77 e 78). A Constituição de 1934 volta a destinar-lhes título específico
denominado Da Segurança Nacional (Tít. VI) e a de 1937 desdobra a matéria em dois
capítulos: um sobre os Militares da Terra e Mar (art. 160) e outro sobre a segurança
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nacional, técnica que tornou a ser adotada pelo constituinte de 1967 e 1969, que, em
seções diferentes, cuidaram da segurança nacional e das Forças Armadas
(respectivamente, arts. 89 a 91 e 92 a 94, e 86 a 89 e 90 a 93), enquanto a Constituição
de 1946 incluíra num só título as Forças Armadas e o Conselho de Segurança Nacional
(Tít. VII, arts. 176 a 183).
Essa posição constitucional das Forças Armadas importa afirmar que não poderão
ser dissolvidas, salvo por decisão de uma Assembléia Nacional Constituinte. E, sendo
regulares, significa que deverão contar com efetivos suficientes ao seu funcionamento
normal, por via do recrutamento constante, nos termos da lei.
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Não se confundem, como se vê, hierarquia e disciplina, mas são termos correlatos,
no sentido de que a disciplina pressupõe relação hierárquica. Somente se é obrigado a
obedecer, juridicamente falando, a quem tem poder hierárquico. "Onde há hierarquia,
com superposição de vontades, há, correlativamente, uma relação de sujeição objetiva,
que se traduz na disciplina, isto é, no rigoroso acatamento pelos elementos dos graus
inferiores da pirâmide hierárquica, às ordens, normativas ou individuais, emanadas dos
órgãos superiores. A disciplina é, assim, um corolário de toda organização hierárquica".
Essa relação fundamenta a aplicação de penalidades que ficam imunes ao habeas
corpus, nos termos do art. 142, § 2°, que declara não caber aquele remédio
constitucional em relação a punições disciplinares militares.
As Forças Armadas brasileiras são constituídas pela Marinha pelo Exército e pela
Aeronáutica (art. 142). No Império, eram compostas apenas das forcas de mar e de
terra, formando a Armada e o Exército. O aparecimento da aviação, neste século, e seu
emprego como arma de guerra, para desgosto de Santos Dumont, fez surgir nova
organização militar: a Aeronáutica.
Cada uma das três forças goza de autonomia relativa, subordinadas ao Ministério da
Defesa, como ocorre nos EUA e em outros países. Todas são, porém, entrosadas
hierárquica e disciplinarmente e devem ser obedientes a um centro comum, que é o seu
comando supremo exercido pelo Presidente da República.
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A fixação e a modificação dos efetivos das Forças Armadas, para o tempo de paz,
dependem de lei de iniciativa do Presidente da República (art. 61, §1°, I). Em tempo de
guerra, não se cuidará propriamente de efetivos, mas de mobilização nacional,
compreendida a convocação de reservistas e de outras forças militares, o que se faz por
decreto do Presidente da República (art. 84, XIX).
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2.3 - Expor idéias sobre a participação das FFAA no contexto do Estado brasileiro
(carga horária: 01 hora de aula).
Cumpre apenas lembrar, com base no art. 142, § 3°, que cabe à lei complementar
estabelecer as normas gerais a serem adotadas.
Entende-se por militares, segundo o artigo 142, §3°, os membros das Forças
Armadas, e por militares dos estados, nos termos do art.42, os integrantes das polícias
militares e dos corpos de bombeiros militares dos Estados, Territórios e Distrito Federal.
Logo, após a Emenda Constitucional nº 18, de 05 de fevereiro de 1998, não há mais que
se falar em servidores públicos militares, ficando a designação de servidores públicos
adstrita aos civis.
Sua organização e seu regime jurídico, desde a forma de investidura até as formas
de inatividades, diferem fundamentalmente do regime dos servidores civis. Diferem até
mesmo entre si. Por exemplo, os militares das Forças Armadas ou ingressam no serviço
por via do recrutamento, que é forma de convocação para prestar o serviço militar, ou
por via de exame de ingresso nos cursos de formação de oficiais. A obrigatoriedade do
serviço militar (art. 143) não deixa margem à realização de concurso público à
semelhança do que ocorre para os servidores civis. O ingresso nas polícias militares é
voluntário, e, por conseguinte, os interessados se submetem a provas de seleção de
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vários tipos para sua investidura, incluindo também as escolas de formação de seus
integrantes oficiais.
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§ 3°). Se aceitar cargo, emprego ou função pública temporária, não eletiva, ainda que da
administração indireta, ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá,
enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por antigüidade, contando-se-lhe o
tempo de serviço apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo
reformado depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não; reforma é a situação
de inatividade (aposentadoria) definitiva do servidor militar, e é isso que quer dizer o
art. 142, § 3°, quando fala em transferência para a inatividade, após dois anos de reserva
que também é inatividade. Se o cargo for eletivo, deverá: (a) afastar - se da atividade,
se contar menos de dez anos de serviço (art. 14, § 8°, b; não se diz como e em que
caráter se afastará da atividade, se para a reserva ou reforma; caberá à lei prevista no §
3° do art. 142 resolver a questão; (b) se contar mais de dez anos de serviço, será
agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da
diplomação, para a inatividade (reforma). É de observar, contudo, que o militar,
enquanto em efetivo serviço, não pode estar filiado a partidos políticos (art. 142, § 3°).
Perda da patente e do posto militar. O oficial das Forças Armadas só perderá o
posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por
decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal
especial, em tempo de guerra (art. 142, § 3°).
Tribunal militar permanente é o constante da organização judiciária pré -
constituída, integrante do Poder Judiciário, como são os Tribunais e Juízes Militares
previstos nos arts. 92, VI, e 122, competentes para processar e julgar os crimes
militares.
A indignidade e a incompatibilidade para com o oficialato dependem de declaração
de um desses tribunais nas circunstâncias previstas. A mera condenação a pena
restritiva da liberdade não induz, só por si, a perda da patente e do posto. Se o militar
for condenado pela justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a
dois anos, por sentença transitada em julgado, será submetido a julgamento perante
tribunal militar permanente em tempo de paz ou tribunal especial em tempo de guerra,
para o fim de ser eventualmente declarado indigno do oficialato ou com ele
incompatível, com a conseqüência da perda da patente e do posto (art. 142, § 3°). Vê-se
por aí que a condenação a pena restritiva de liberdade por mais de dois anos não
implicará perda da situação militar, mas importará no julgamento de indignidade e de
incompatibilidade. O tribunal militar não estará, contudo, obrigado a admitir estas só
por causa da condenação. A natureza do crime apenado é que levará à apreciação e
reconhecimento da indignidade ou incompatibilidade e, portanto, à perda da patente e
do posto. Se a condenação for a pena inferior a dois anos, não caberá o procedimento de
apuração da indignidade e da incompatibilidade para com o oficialato, nem, por
conseguinte, da perda da patente e do posto.
Finalmente, ao militar, como vimos, são proibidas a sindicalização e a greve (art.
142, § 3.°).
Enfim, para terminar, cumpre apenas lembrar que o art. 142, § 3º, determina que é
aplicável aos militares o disposto no art. 7.°, VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, ou
seja: décimo terceiro salário; salário - família; gozo de férias anuais remuneradas com,
pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; licença à gestante, sem prejuízo
do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; licença - paternidade; e
assistência pré - escolar para seus dependentes até os seis anos de idade.
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11.2. COMPETÊNCIA
A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e competência da Justiça
Militar. Mas a Constituição já determina que a ela compete processar e julgar os crimes
militares definidos em lei.
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