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Suellen Silveira Pereira de Jesus - suellen_silveirap@hotmail.com - CPF: 062.422.

985-89
DIREITO CONSTITUCIONAL

CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO

A Constituição é a lei fundamental de um país, estabelecendo os


princípios básicos da organização estatal, os direitos e deveres dos
cidadãos, além de definir as estruturas e competências dos poderes.

SENTIDOS DA CONSTITUIÇÃO

Sentido formal: Refere-se à expressão escrita da Constituição, o


texto normativo e jurídico que contém as regras fundamentais do
Estado.
Sentido Material ou Sociológico: Considera não apenas o texto,
mas a realidade social, econômica e política. Examina como a
Constituição reflete e molda as relações sociais e econômicas em
uma sociedade.
Sentido Político: Destaca o papel da Constituição na distribuição e
limitação do poder político. Observa como ela define as estruturas
do governo e os mecanismos de controle.
Sentido Histórico ou Evolutivo: Analisa a evolução da Constituição
ao longo do tempo, considerando emendas, interpretações judiciais
e mudanças na sociedade que influenciam seu significado.
Sentido Axiológico ou Valorativo: Enfatiza os valores e princípios
fundamentais expressos na Constituição, como liberdade,
igualdade, justiça e dignidade da pessoa humana.

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Sentido Garantia de Liberdades: Enfoca a função de proteção dos
direitos fundamentais, assegurando liberdades individuais contra
intervenções arbitrárias do Estado.
Sentido Instrumental ou Meio para Fins: Considera a Constituição
como um instrumento para alcançar objetivos mais amplos, como a
construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Sentido Programático: Reconhece que algumas normas
constitucionais têm natureza programática, estabelecendo
diretrizes a serem seguidas ao longo do tempo, em vez de normas
imediatamente aplicáveis.
Sentido Sociocultural: Refere-se à interpretação da Constituição à
luz da cultura, valores e tradições específicos de uma sociedade.
Sentido Pragmático ou Realização de Justiça: Considera a
Constituição como um instrumento para alcançar a justiça social e a
promoção do bem comum. Estes sentidos refletem a complexidade
e a multifuncionalidade da Constituição em uma sociedade. A
interpretação constitucional muitas vezes envolve uma análise
integrada desses diferentes sentidos, considerando o contexto
específico e os desafios contemporâneos.

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ESTRUTURA DA CONSTITUIÇÃO
A estrutura da Constituição pode variar de país para país, mas
geralmente segue uma organização que reflete os princípios
fundamentais, a estrutura do Estado, os direitos e deveres dos
cidadãos, e outras disposições importantes.

PREÂMBULO

Introdução que estabelece os propósitos e valores fundamentais


da Constituição.

Parte I - Princípios Fundamentais:


Define os princípios básicos que orientam a ordem constitucional,
como soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores
sociais, etc.
Parte II - Direitos e Garantias Fundamentais:
Enumera os direitos individuais e coletivos dos cidadãos, como
liberdade de expressão, igualdade perante a lei, direitos sociais,
direitos à vida, à propriedade, entre outros.
Parte III - Organização do Estado:
Define a estrutura e funcionamento dos poderes do Estado.
Geralmente inclui:
Poder Legislativo: Descreve a composição e atribuições do
parlamento.
Poder Executivo: Define a estrutura e atribuições do governo e do
chefe de Estado.
Poder Judiciário: Estabelece a estrutura dos tribunais e suas
competências.
Ministério Público: Define suas funções e autonomia.
Parte IV - Organização dos Poderes e Controles:
Regulamenta a divisão e independência entre os poderes. Pode
incluir dispositivos sobre responsabilidade política, impeachment, e
controle de constitucionalidade.

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Parte V - Defesa do Estado e das Instituições Democráticas:
Contém dispositivos relacionados à segurança nacional, defesa do
Estado, estado de sítio, entre outros.
Parte VI - Tributação e Orçamento:
Regula o sistema tributário, orçamento, fiscalização financeira, e
controle externo.
Parte VII - Ordem Econômica e Social:
Define os princípios e diretrizes da ordem econômica e social,
incluindo política urbana, agrícola, educação, cultura, saúde, meio
ambiente, trabalho, entre outros.
Parte VIII - Ordem Social:
Trata de temas como família, criança, adolescente, idoso, índios, e
assistência social.
Disposições Transitórias:
Regulamenta questões temporárias ou de transição, muitas vezes
relacionadas a adaptações à nova ordem constitucional.

ELEMENTOS DA CONSTITUIÇÃO

I) Elementos orgânicos: São as normas que regulam a estrutura do


Estado e do Poder
Dica: os elementos orgânicos estão relacionados a Organização do
Estado e a Organização dos Poderes.

II) Elementos limitativos: Os elementos limitativos limitam a ação dos


poderes estatais, estabelecendo balizas do Estado de Direito e
consubstanciando o rol dos direitos fundamentais.
Dica: direitos e garantias fundamentais: impõem limites ao Estado, por
isso o nome: elementos limitativos.

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III) Elementos socioideológicos: Os elementos socioideológicos são
ligados aos Direitos Sociais (artigos 6º a 11) e à Ordem Social (artigos 193
a 232).

Dica: Enquanto os elementos limitativos estão mais próximos dos


direitos de 1ª dimensão dos direitos fundamentais, os elementos
socioideológicos se relacionam com os direitos de 2ª dimensão.

IV) Elementos de Estabilização Constitucional: Quando estamos numa


situação de grave perturbação, precisamos de instrumentos para
restabelecer a ordem social. Em razão disso, os elementos de
estabilização constitucional são aqueles que buscam a estabilidade em
caso de tumulto institucional.
Exemplos: Estado de Defesa, de Sítio, Intervenção e ADI (Arâgone).

V) Elementos formais de aplicabilidade: São todas as normas que


trazem regras de aplicação.

Preâmbulo, ADCT e as normas definidoras dos direitos e garantias


fundamentais, que tem aplicação imediata (Art. 5º, § 3º, CF)

CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES


As constituições podem ser classificadas de várias maneiras,
considerando diferentes critérios.

Quanto à Forma:
Escritas: Constituições codificadas em um único documento, como
a Constituição dos Estados Unidos.
Não Escritas ou Costumeiras: Constituições baseadas em
costumes, convenções e documentos dispersos, como a
Constituição do Reino Unido.

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Quanto à Origem:
Outorgadas ou Impositivas: Constituições impostas por um poder
superior, como uma monarquia ou uma potência estrangeira.
Promulgadas ou Dogmáticas: Constituições elaboradas e adotadas
por um órgão constituinte.

Quanto à Estabilidade:
Rígidas: Exigem procedimentos especiais para emendas, tornando-
as mais difíceis de serem alteradas.
Flexíveis: Podem ser emendadas por procedimentos legislativos
normais.

Quanto ao Conteúdo:
Material ou Analítica: Contêm disposições detalhadas sobre
princípios e normas fundamentais.
Formal ou Sintética: Limitam-se a estabelecer princípios
fundamentais sem entrar em detalhes específicos.

Quanto à Extensão:
Sintéticas: Contêm poucos artigos, sendo mais concisas.
Analíticas: Possuem muitos artigos, detalhando diversos aspectos
normativos.

Quanto à Estabilidade Temporal:


Permanentes: Destinadas a durar por um longo período sem a
necessidade frequente de alterações.
Provisórias ou Transitórias: Temporárias e destinadas a uma
situação específica.

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Quanto à Finalidade:
Normativas ou Estruturais: Estabelecem a estrutura e a organização
do Estado.
Programáticas: Contêm diretrizes e metas a serem alcançadas ao
longo do tempo.

Quanto à Fonte do Poder:


Pactuadas: Resultam de um acordo entre diferentes grupos sociais
ou políticos.
Outorgadas: Concedidas por uma autoridade superior, como um
monarca ou ocupante estrangeiro.

Essas classificações ajudam a compreender as diferentes


características e naturezas das constituições ao redor do mundo. Vale
destacar que uma Constituição pode se encaixar em mais de uma
dessas categorias, e as classificações podem variar dependendo do
contexto e dos critérios adotados.

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA
CONSTITUIÇÃO

Os princípios fundamentais de uma Constituição são as bases e


diretrizes que orientam toda a ordem jurídica e política do Estado. Eles
refletem os valores fundamentais da sociedade e estabelecem os
alicerces sobre os quais a Constituição é construída.

Esses princípios formam a espinha dorsal de uma Constituição,


garantindo que o Estado atue de acordo com valores fundamentais e
promova uma sociedade justa, livre e equitativa. Cada constituição
pode ter variações na formulação desses princípios, refletindo a cultura,
história e valores específicos do país em questão.

DICA MNEMÔNICO: SOCIDIVAPLU

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SOBERANIA:
Refere-se à supremacia do poder do Estado, emanando do povo,
que detém a autoridade máxima sobre seu território e assuntos
internos.

CIDADANIA:
Define quem são os cidadãos e os direitos e deveres associados a
essa condição. Pode incluir princípios de igualdade perante a lei e não
discriminação.

DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA:

Reconhece e protege a dignidade intrínseca de cada indivíduo,


garantindo respeito à sua integridade física e moral.

VALORES SOCIAIS DO TRABALHO E DA LIVRE INICIATIVA:

Estabelece princípios relacionados ao trabalho, como a valorização


do trabalho humano e a promoção da livre iniciativa econômica.

PLURALISMO POLÍTICO:

Reconhece e protege a diversidade de opiniões, crenças e formas


de participação política na sociedade.

PRINCÍPIO FEDERATIVO:

Regula a distribuição de competências entre os entes federativos,


como União, Estados, Municípios e Distrito Federal.

SEPARAÇÃO DE PODERES:
Divide o poder do Estado em três esferas distintas - Legislativo,
Executivo e Judiciário - para evitar concentração excessiva e abusos.

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LEGALIDADE:
Estabelece que o Estado deve atuar de acordo com a lei, e nenhuma
ação pode ser tomada sem base legal.

IMPESSOALIDADE E MORALIDADE:

Exige que as ações do Estado sejam guiadas por critérios objetivos,


sem favorecimentos, e que estejam em consonância com padrões
éticos.

PUBLICIDADE:

Determina que os atos do poder público devem ser transparentes e


acessíveis à sociedade, a menos que haja motivo legítimo para sigilo.

LEGALIDADE ESTRITA:

Princípio que restringe a interpretação das normas legais, exigindo


que o poder público atue estritamente dentro dos limites estabelecidos
pela lei.

IRRETROATIVIDADE DA LEI:

Estabelece que a lei não pode retroagir para prejudicar direitos


adquiridos, garantindo a segurança jurídica.

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OBJETIVOS DA REPÚBLICA

Os objetivos da República são os propósitos fundamentais


estabelecidos em uma Constituição que orientam a ação do Estado e
delineiam os ideais a serem alcançados em uma sociedade
democrática. Refletem valores fundamentais e metas a serem
perseguidas para promover o bem comum.

Esses objetivos refletem os valores e aspirações da sociedade


consagrados na Constituição, servindo como guia para a formulação de
políticas públicas e ações do Estado. Cada país pode ter variações
específicas em seus objetivos, adaptando-os ao contexto cultural,
histórico e social.

DICA MNEMÔNICO: CONGA ERRA REDU PRO

CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE LIVRE, JUSTA E SOLIDÁRIA:


Busca promover a liberdade individual, a justiça social e a
solidariedade entre os membros da sociedade.

GARANTIA DO DESENVOLVIMENTO NACIONAL:

Estabelece o compromisso de promover o desenvolvimento


econômico, social e cultural do país, visando o bem-estar de toda a
população.

ERRADICAÇÃO DA POBREZA E DA MARGINALIZAÇÃO:

Propõe medidas para combater a pobreza e a marginalização,


promovendo a inclusão social e econômica.

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REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES SOCIAIS E REGIONAIS:
Busca diminuir as disparidades socioeconômicas entre diferentes
grupos e regiões do país.

PROMOÇÃO DO BEM DE TODOS, SEM PRECONCEITOS DE


ORIGEM, RAÇA, SEXO, COR, IDADE E QUAISQUER FORMAS DE
DISCRIMINAÇÃO:

Visa garantir a igualdade de oportunidades e combater todas as


formas de discriminação.

DEFESA DA PAZ:

Compromisso com a paz interna e externa, buscando a solução


pacífica de conflitos e a promoção de relações internacionais
harmoniosas.

GARANTIA DOS DIREITOS HUMANOS E LIBERDADES


FUNDAMENTAIS:

Assegura o respeito aos direitos humanos e liberdades


fundamentais como um valor essencial da sociedade.

AUTODETERMINAÇÃO DOS POVOS:

Reconhece e respeita o direito à autodeterminação dos povos,


especialmente quando aplicável a contextos de autonomia regional ou
grupos étnicos.

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PROMOÇÃO DO BEM-ESTAR GERAL DA SOCIEDADE:
Compromisso em adotar políticas e programas que visem ao bem-
estar geral da população.

SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL:

Propõe medidas para proteger o meio ambiente e promover o


desenvolvimento sustentável.

PRINCÍPIOS DA REPÚBLICA NAS


RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Os princípios da República nas relações internacionais geralmente
refletem a postura que um país adota ao interagir com outras nações.
Esses princípios orientam a diplomacia, a cooperação internacional e a
defesa dos interesses nacionais em um contexto global.

Estes princípios refletem a postura ética e os valores que uma


República busca promover no cenário internacional. A interpretação e
aplicação desses princípios podem variar entre diferentes países,
dependendo de sua política externa específica e das circunstâncias
globais.

SOBERANIA:
A República age com base na preservação de sua soberania,
garantindo que suas decisões e políticas sejam tomadas de forma
independente, sem interferência externa.

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AUTODETERMINAÇÃO DOS POVOS:
Respeito ao princípio de autodeterminação, reconhecendo o direito
de cada povo escolher seu próprio destino político, econômico, social e
cultural.

NÃO INTERVENÇÃO NOS ASSUNTOS INTERNOS DE OUTROS


ESTADOS:

Compromisso em não interferir nos assuntos internos de outros


estados, respeitando sua autonomia e governança interna.

COOPERAÇÃO INTERNACIONAL:

Promoção da cooperação e diálogo com outros países para abordar


questões globais, como segurança, desenvolvimento, meio ambiente e
direitos humanos.

RESPEITO AOS DIREITOS HUMANOS:

Comprometimento com a promoção e defesa dos direitos


humanos, tanto em âmbito doméstico quanto internacional.

PAZ E RESOLUÇÃO PACÍFICA DE CONFLITOS:

Busca pela paz e solução pacífica de disputas, evitando o recurso à


força sempre que possível.

IGUALDADE ENTRE OS ESTADOS:

Tratamento igualitário de todos os estados, independentemente de


seu tamanho, poder ou riqueza, conforme o princípio de igualdade
soberana.

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COMPROMISSO COM ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS:

Participação ativa em organizações internacionais para promover a


colaboração global e abordar desafios que ultrapassam as fronteiras
nacionais.

DESARMAMENTO E NÃO PROLIFERAÇÃO NUCLEAR:

Apoio ao desarmamento global e à não proliferação de armas de


destruição em massa para promover a segurança internacional.

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL:

Compromisso com práticas e políticas que promovem o


desenvolvimento sustentável, considerando impactos sociais,
econômicos e ambientais.

INDEPENDÊNCIA DOS PODERES

O princípio da independência dos poderes é fundamental em


sistemas democráticos e republicanos. Ele se baseia na ideia de que os
três poderes do Estado - Legislativo, Executivo e Judiciário - devem
atuar de forma autônoma, com funções específicas e sem interferência
indevida um no outro. Esse princípio busca garantir a separação de
responsabilidades, prevenir abusos de poder e promover o equilíbrio no
funcionamento do Estado.

A independência dos poderes é um princípio crucial para a


estabilidade e o funcionamento adequado de um sistema democrático,
garantindo que nenhum poder se torne excessivamente concentrado e
que haja uma distribuição equilibrada de responsabilidades.

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PODER LEGISLATIVO:
Responsável pela elaboração, discussão e aprovação de leis. Deve
atuar de forma independente, sem submissão ao Executivo, para
representar os interesses da população.

PODER EXECUTIVO:

Encarregado da implementação e execução das leis. Deve agir de


acordo com as normas legais estabelecidas pelo Legislativo, sem
interferência indevida na formulação de leis.

PODER JUDICIÁRIO:

Responsável pela interpretação das leis e pela aplicação da justiça.


Deve atuar de maneira independente, sem pressões externas, para
garantir a imparcialidade em julgamentos.

CHECKS AND BALANCES (FREIOS E CONTRAPESOS):

Mecanismos institucionais que permitem que cada poder exerça


certo controle sobre os outros, garantindo que nenhum deles se torne
excessivamente dominante.

IMUNIDADES E GARANTIAS:

Concessão de certas imunidades e garantias aos membros dos


poderes para protegê-los de interferências externas e assegurar a
independência de suas funções.

MANDATOS COM DURAÇÕES DIFERENTES:

Estabelecimento de mandatos com durações diferentes para os


membros dos poderes, evitando sincronização total e permitindo que
diferentes governos e legislaturas coexistam.

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PROIBIÇÃO DE ACUMULAÇÃO DE CARGOS:
Restrição à acumulação de cargos entre os poderes para evitar
concentração excessiva de poder nas mãos de uma única pessoa ou
grupo.

GARANTIAS CONSTITUCIONAIS:

Inclusão de dispositivos constitucionais que afirmam e protegem a


independência dos poderes, muitas vezes com cláusulas específicas
sobre a separação de poderes.

ACESSO À INFORMAÇÃO:

Acesso transparente às informações para permitir a fiscalização


mútua entre os poderes e a sociedade

DOS DIREITOS E GARANTIAS


FUNDAMENTAIS

Os direitos e garantias fundamentais são uma parte essencial de


muitas constituições ao redor do mundo, estabelecendo as liberdades
individuais e coletivas que são reconhecidas e protegidas pelo Estado.
Esses direitos formam a base para a promoção da dignidade humana,
igualdade, liberdade e justiça em uma sociedade.

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DIREITOS FUNDAMENTAIS DA 1ª GERAÇÃO

Nessa linha, essa geração engloba os direitos civis e políticos que


sugiram no final do século XVIII e ao longo do século XIX a partir das
revoluções liberais. Esses direitos têm como objetivo proteger a
liberdade individual contra a interferência do Estado, garantindo, por
exemplo, a liberdade de expressão, a liberdade de reunião, a liberdade
de associação, a liberdade de pensamento, a igualdade perante a lei, o
direito de propriedade, o direito à segurança, o direito ao devido
processo legal e o direito ao voto. Eles são considerados direitos
negativos, pois exigem que o Estado se abstenha de intervir na esfera
individual.

DIREITOS FUNDAMENTAIS DA 2ª GERAÇÃO

A segunda geração de direitos fundamentais, também conhecida


como direitos sociais, econômicos e culturais, surgiu no século XX, em
resposta aos problemas sociais e econômicos decorrentes da
Revolução Industrial e da Segunda Guerra Mundial. Esses direitos visam
garantir as condições materiais necessárias para que as pessoas
possam desfrutar de uma vida digna e plena, com acesso à educação,
saúde, trabalho, moradia, alimentação, cultura, lazer e meio ambiente
saudável.

Ao contrário dos direitos de primeira geração, que se concentram


na proteção da liberdade individual, os direitos de segunda geração
demandam a ação positiva do Estado, na medida em que este deve
assegurar o acesso aos bens e serviços essenciais para a realização de
uma vida digna.

Alguns exemplos de direitos de segunda geração incluem o direito


à educação, saúde, trabalho, moradia, previdência social, cultura e
meio ambiente saudável.

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DIREITOS FUNDAMENTAIS DA 3ª GERAÇÃO

A terceira geração de direitos fundamentais, também conhecida


como direitos de solidariedade ou de fraternidade, surgiu no final do
século XX, como resposta a problemas globais que ultrapassam as
fronteiras dos Estados nacionais, como a proteção do meio ambiente, a
paz e o desenvolvimento sustentável. Esses direitos se referem ao
reconhecimento de valores universais, tais como a solidariedade, a
cooperação e a preservação do meio ambiente, e têm como objetivo
garantir um mundo mais justo e solidário.

Dentre os direitos de terceira geração, destacam-se o direito à paz,


o direito ao desenvolvimento, o direito à autodeterminação dos povos, o
direito ao patrimônio comum da humanidade, o direito à comunicação e
o direito à proteção do meio ambiente.
São considerados direitos difusos, pois transcendem as fronteiras dos
Estados nacionais e exigem a cooperação e a solidariedade entre os
povos e Estados, para a sua efetivação.

São alguns dos direitos de terceira geração:

a) Direito ao desenvolvimento;
b) Direito à paz (Bonavides classifica como de 5ª geração);
c) Direito ao meio ambiente;
d) Direito de propriedade;
e) Direito de comunicação.

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DIREITOS FUNDAMENTAIS DA 4ª GERAÇÃO

A quarta geração de direitos fundamentais trabalha com um


conceito ainda em desenvolvimento e não há um consenso claro sobre
o seu conteúdo. Algumas correntes doutrinárias defendem que essa
geração de direitos se refere aos direitos decorrentes do avanço
tecnológico, como o direito à privacidade digital, o direito ao acesso à
internet, o direito à proteção de dados pessoais, o direito à inteligência
artificial justa, o direito à robótica ética, entre outros.

Outras correntes, porém, questionam a necessidade de uma quarta


geração de direitos fundamentais, argumentando que os direitos já
reconhecidos nas três primeiras gerações são suficientes para garantir
a proteção dos indivíduos em um mundo em constante transformação.

Em suma, a quarta geração de direitos fundamentais é um conceito


em desenvolvimento, que se refere aos direitos decorrentes do avanço
tecnológico, mas ainda não há um consenso claro sobre o seu
conteúdo.

DIREITOS FUNDAMENTAIS DA 5ª GERAÇÃO

Por fim, da mesma forma que a quarta geração, a quinta também é


um conceito ainda em discussão, proposto por algumas correntes
doutrinárias, e tem como objetivo garantir os direitos que emergem da
necessidade de proteção do patrimônio genético humano, do direito à
identidade cultural, do direito à paz e do direito à democratização das
comunicações.

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ESQUEMATIZAÇÃO DAS GERAÇÕES

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APLICABILIDADE DAS NORMAS
DEFINIDORAS DOS DIREITOS E
GARANTIAS FUNDAMENTAIS

A aplicabilidade das normas definidoras dos direitos e garantias


fundamentais é um princípio crucial em qualquer sistema jurídico
democrático. Ela se refere à capacidade e eficácia dessas normas em
proteger e assegurar os direitos fundamentais dos indivíduos.

A aplicabilidade efetiva das normas definidoras de direitos e


garantias fundamentais é essencial para garantir a proteção eficaz
desses direitos e manter o Estado dentro dos limites legais
estabelecidos pela Constituição. O papel dos tribunais e outros
mecanismos de controle é fundamental nesse contexto.

Aqui estão alguns pontos importantes sobre a aplicabilidade dessas


normas:

EFICÁCIA IMEDIATA:
Em muitos sistemas jurídicos, as normas que definem direitos
fundamentais têm eficácia imediata, o que significa que podem ser
invocadas e aplicadas diretamente pelos indivíduos,
independentemente de qualquer legislação intermediária.

DIREITOS AUTOAPLICÁVEIS:

Alguns direitos fundamentais são autoaplicáveis, o que significa que


sua eficácia não depende da criação de leis específicas para
regulamentá-los. Eles podem ser diretamente invocados perante os
tribunais.

PRINCÍPIO DA MÁXIMA EFETIVIDADE:

O princípio da máxima efetividade orienta os intérpretes do direito a


buscar a interpretação que garanta a maior efetividade aos direitos
fundamentais, dando-lhes a máxima proteção possível.

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RESERVA DO POSSÍVEL:
Em alguns casos, a aplicabilidade de direitos fundamentais pode ser
condicionada à disponibilidade de recursos. Contudo, a reserva do
possível não deve ser utilizada como justificativa para violações
arbitrárias desses direitos.

HIERARQUIA NORMATIVA:

Em sistemas jurídicos onde existe uma hierarquia de normas, as


normas definidoras de direitos fundamentais geralmente ocupam
posições elevadas, sendo superiores a leis ordinárias e regulamentos.

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE:

Mecanismos de controle de constitucionalidade, como a revisão


judicial, permitem que tribunais avaliem se leis e atos normativos estão
em conformidade com as normas constitucionais de direitos
fundamentais.

AÇÕES DE INCONSTITUCIONALIDADE:

Em muitos sistemas, existem instrumentos jurídicos como as Ações


de Inconstitucionalidade (ADI), que permitem a contestação formal de
leis ou atos normativos que contrariam a Constituição.

INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO:

Tribunais frequentemente aplicam a técnica da interpretação


conforme a Constituição, buscando interpretar normas de maneira a
torná-las compatíveis com os direitos fundamentais.

APLICAÇÃO HORIZONTAL:

Em alguns sistemas, os direitos fundamentais também podem ter


aplicação nas relações entre particulares (aplicação horizontal), não se
limitando apenas às relações Estado-indivíduo.

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INSTRUMENTOS INTERNACIONAIS:
Normas de direitos fundamentais presentes em tratados
internacionais podem ser invocadas nos tribunais nacionais, muitas
vezes sendo consideradas parte do direito interno.

EFICÁCIA VERTICAL E HORIZONTAL


DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
A eficácia dos direitos fundamentais pode ser entendida de duas
maneiras principais: vertical e horizontal. Essas categorias se referem à
direção em que os direitos fundamentais são aplicados e podem variar
de acordo com o contexto legal e a interpretação jurisprudencial.

EFICÁCIA VERTICAL:
Refere-se à relação entre o indivíduo e o Estado, ou seja, a
aplicabilidade dos direitos fundamentais nas relações entre o cidadão e
o poder público. Nesse contexto:
O indivíduo pode invocar diretamente os direitos fundamentais
contra o Estado.
Exemplos incluem a proteção contra prisões arbitrárias, censura
governamental e violações dos direitos à vida, liberdade e
propriedade.

EFICÁCIA HORIZONTAL
Refere-se à relação entre particulares, ou seja, a aplicabilidade dos
direitos fundamentais nas relações entre indivíduos. Nesse contexto:
Os direitos fundamentais podem ser invocados entre particulares,
não apenas contra o Estado.
Exemplos incluem casos em que um indivíduo alega violação de sua
liberdade de expressão por outro particular, discriminação entre
cidadãos, entre outros.

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A distinção entre eficácia vertical e horizontal destaca a amplitude
de aplicação dos direitos fundamentais em diferentes contextos sociais
e legais. Essa distinção pode variar de acordo com a legislação e a
interpretação das cortes em cada jurisdição. Alguns sistemas legais
adotam uma visão mais restrita da eficácia horizontal, limitando a
aplicação dos direitos fundamentais às relações Estado-indivíduo,
enquanto outros adotam uma visão mais ampla, permitindo a aplicação
em relações entre particulares.

Em muitas jurisdições, especialmente aquelas com sistemas de


direitos fundamentais mais abrangentes, a eficácia horizontal é
reconhecida em casos específicos para garantir uma proteção mais
ampla dos direitos fundamentais em todas as esferas da vida social.
Esse reconhecimento pode resultar em uma maior responsabilidade
dos indivíduos em respeitar os direitos fundamentais uns dos outros.

DIREITO À VIDA (ART. 5º, CAPUT)


O direito à vida é um dos direitos fundamentais mais básicos e
essenciais reconhecidos em diversas constituições e tratados
internacionais de direitos humanos ao redor do mundo. Esse direito
afirma que todas as pessoas têm o direito intrínseco de viver e que
nenhum indivíduo deve ser privado arbitrariamente de sua vida.

O direito à vida é fundamental para a existência e dignidade


humanas e serve como base para muitos outros direitos e liberdades.
Sua proteção é central para o sistema internacional de direitos
humanos e para a garantia de uma sociedade justa e igualitária.

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PROTEÇÃO ABSOLUTA:
O direito à vida é frequentemente considerado como tendo uma
proteção absoluta, significando que não pode ser violado sob nenhuma
circunstância, exceto em situações específicas permitidas por lei, como
em legítima defesa ou em cumprimento de pena após processo legal.

BASE EM TRATADOS E CONSTITUIÇÕES:

Esse direito é consagrado em diversos tratados internacionais,


como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Pacto
Internacional de Direitos Civis e Políticos, bem como em muitas
constituições nacionais.

PROTEÇÃO DO NASCITURO:

Em muitos sistemas jurídicos, o direito à vida é estendido ao


nascituro, reconhecendo a vida desde a concepção e protegendo o feto
durante a gestação.

PROIBIÇÃO DA PENA DE MORTE:

Muitas nações que reconhecem o direito à vida proíbem a pena de


morte, considerando-a uma violação desse direito fundamental. A
abolição da pena de morte é uma tendência global.

PROTEÇÃO EM SITUAÇÕES DE CONFLITO ARMADO:

O direito à vida é protegido mesmo em situações de conflito


armado. O Direito Internacional Humanitário estabelece regras para
proteger civis durante conflitos, proibindo ataques indiscriminados
contra a população civil.

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PROTEÇÃO CONTRA A TORTURA E TRATAMENTO DESUMANO
OU DEGRADANTE:

Além de proteger a vida em si, o direito à vida também está


relacionado à proibição da tortura e de tratamento desumano ou
degradante, garantindo a dignidade dos indivíduos.

DIREITO À SAÚDE E CONDIÇÕES DE VIDA DIGNAS:

O direito à vida está conectado ao direito à saúde e a condições de


vida dignas. O acesso a cuidados de saúde adequados e a condições
que garantam a sobrevivência são componentes importantes desse
direito.

INVESTIGAÇÃO DE MORTES SUSPEITA

Em casos de mortes suspeitas, muitos sistemas legais exigem


investigações imparciais para determinar as circunstâncias da morte e
responsabilizar aqueles que possam ter violado o direito à vida.

PRINCÍPIO DA IGUALDADE (ART. 5º,


CAPUT, I)

O princípio da igualdade, também conhecido como princípio da


isonomia, é uma das bases fundamentais do Estado de Direito e dos
sistemas jurídicos democráticos. Este princípio destaca que todas as
pessoas devem ser tratadas de Igualdade perante a Lei.

O princípio da igualdade implica que todas as pessoas,


independentemente de características como raça, gênero, religião,
classe social, ou outras, devem ser tratadas de forma igual perante a lei.

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PROIBIÇÃO DA DISCRIMINAÇÃO:
Ele proíbe a discriminação injustificada e trata de garantir que as
diferenças de tratamento sejam baseadas em critérios objetivos e
razoáveis.

IGUALDADE DE OPORTUNIDADES:

Além da igualdade perante a lei, o princípio da igualdade muitas


vezes é interpretado como garantindo igualdade de oportunidades em
diversos aspectos da vida, como educação, emprego, e participação na
vida pública.

AÇÃO AFIRMATIVA:

Em alguns contextos, a ideia de igualdade é interpretada não


apenas como tratamento igual, mas também como a promoção da
igualdade material. Isso pode incluir ações afirmativas para corrigir
desigualdades históricas e estruturais.

EQUIDADE:

O princípio da igualdade não significa tratamento idêntico em todas


as situações. Às vezes, a equidade é buscada, levando em consideração
as diferenças e necessidades específicas das pessoas.

JUSTIÇA SOCIAL:

O princípio da igualdade está intimamente ligado à ideia de justiça


social, buscando garantir que todos tenham acesso equitativo aos
recursos e oportunidades da sociedade.

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APLICAÇÃO EM DIVERSOS CONTEXTOS:
O princípio da igualdade é aplicado em diversos contextos, como
direito penal, direito do trabalho, direitos civis e políticos, entre outros,
influenciando a legislação e jurisprudência.

LIMITAÇÕES E EXCEÇÕES:

Apesar do princípio da igualdade, existem situações em que


tratamentos diferentes são permitidos, desde que haja uma justificativa
objetiva e razoável para a diferenciação.

RESPONSABILIDADE DO ESTADO:

Os órgãos do Estado têm a responsabilidade de assegurar que as


políticas públicas e práticas não contribuam para a perpetuação de
desigualdades e discriminações.

GARANTIA DE DIREITOS FUNDAMENTAIS:

O princípio da igualdade é fundamental para a garantia e promoção


de outros direitos fundamentais, contribuindo para a construção de
sociedades mais justas e inclusivas.

A interpretação e aplicação do princípio da igualdade podem variar


de acordo com o sistema legal e cultural de cada país, mas sua
presença é quase universal nos sistemas jurídicos modernos que
buscam promover a justiça e a igualdade.

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PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (ART. 5º, II)
O princípio da legalidade é um dos princípios fundamentais do
Estado de Direito, sendo essencial em sistemas jurídicos democráticos.
Este princípio destaca que nenhuma ação do Estado ou dos indivíduos
pode ocorrer sem base em uma norma legal.

O princípio da legalidade desempenha um papel fundamental na


organização e funcionamento dos sistemas jurídicos, garantindo que a
atuação do Estado e dos indivíduos esteja sempre em conformidade
com normas legais preexistentes.

PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL:

A expressão "nullum crimen, nulla poena sine lege" (nenhum


crime, nenhuma pena sem lei) resume o princípio da legalidade no
campo penal, indicando que não pode haver crime ou punição sem uma
lei que os defina.

APLICAÇÃO EM TODAS AS ÁREAS DO DIREITO:

O princípio da legalidade não se limita ao direito penal, sendo


aplicável em todas as áreas do direito, incluindo direito administrativo,
civil, tributário, entre outros.

PREVISIBILIDADE E CERTEZAS DAS NORMAS:

As normas legais devem ser claras e previsíveis, permitindo que os


cidadãos saibam antecipadamente quais são seus direitos e
obrigações. Isso contribui para a certeza jurídica.

INTERPRETAÇÃO ESTRITA:

Em casos de dúvida, as normas legais devem ser interpretadas de


forma restrita, garantindo que a interpretação da lei esteja alinhada
com a vontade do legislador.

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RESPEITO AOS LIMITES DO PODER ESTATAL:
O princípio da legalidade atua como um limite ao poder estatal,
garantindo que todas as ações do Estado estejam de acordo com a lei e
que não haja arbítrio ou abuso de poder.

ATUAÇÃO DOS ÓRGÃOS ESTATAIS:

Os órgãos estatais, ao tomarem decisões ou praticarem atos,


devem fazê-lo com base em normas legais. A atuação administrativa
deve ser pautada pela legalidade.

CONTROLE JURISDICIONAL:

O poder judiciário desempenha um papel importante no controle da


legalidade, podendo anular atos administrativos ou decisões que violem
o princípio da legalidade.

DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS:

O princípio da legalidade está relacionado à proteção de direitos e


garantias fundamentais, assegurando que restrições a esses direitos
sejam previamente estabelecidas em lei.

PROIBIÇÃO DE RETROATIVIDADE DA LEI PENAL:

O princípio da legalidade impede a retroatividade da lei penal, ou


seja, ninguém pode ser punido por um ato que não era considerado
crime no momento em que foi praticado.

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ACESSO À JUSTIÇA:
O princípio da legalidade contribui para o acesso à justiça, pois
todos os cidadãos têm o direito de ter suas controvérsias decididas
com base na lei.

Além disso, é importante salientar que esse princípio é


direcionado à Administração Pública e aos particulares, sendo
possível diferenciar a aplicação em duas esferas:

1) Administração pública: apenas pode fazer o que a lei permite,


a margem de atuação a administração é mais restrita (legalidade
estrita);

2) Particular: podem fazer tudo o que a lei não proíbe.

PROIBIÇÃO DA TORTURA (ART. 5º, III)


A proibição da tortura é um princípio fundamental nos direitos
humanos e está consagrada em diversos instrumentos internacionais e
constituições nacionais ao redor do mundo. Este princípio destaca que
é absolutamente inadmissível infligir dor física ou mental
intencionalmente como forma de punição, coerção, obtenção de
informações ou qualquer outro propósito.

A proibição da tortura é um elemento fundamental na proteção dos


direitos humanos e contribui para a construção de sociedades mais
justas e respeitosas. Sua violação é considerada uma grave violação dos
direitos fundamentais e é internacionalmente condenada.

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INSTRUMENTOS INTERNACIONAIS:
A proibição da tortura é estabelecida em tratados internacionais,
como a Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas
Cruéis, Desumanos ou Degradantes, adotada pela Assembleia Geral das
Nações Unidas em 1984.

ABSOLUTISMO DA PROIBIÇÃO:

A proibição da tortura é considerada absoluta e inalienável,


significando que não pode ser justificada ou relativizada em nenhuma
circunstância, mesmo em tempos de guerra ou sob alegações de
segurança nacional.

DIGNIDADE HUMANA:

A proibição da tortura está intrinsecamente ligada ao princípio da


dignidade humana, reconhecendo que todos os seres humanos têm o
direito fundamental de serem tratados com respeito e humanidade.

JURISPRUDÊNCIA INTERNACIONAL:

Cortes internacionais, como a Corte Internacional de Justiça e a


Corte Interamericana de Direitos Humanos, têm reforçado a proibição
da tortura em suas decisões, estabelecendo jurisprudência vinculativa.

RESPONSABILIDADE DOS ESTADOS:

Os Estados têm a responsabilidade de prevenir a tortura, investigar


alegações de tortura de forma imparcial, e punir os responsáveis,
garantindo a justiça e a reparação às vítimas.

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NÃO-DEVOLUÇÃO (PRINCÍPIO DE NON-REFOULEMENT):
A proibição da tortura está relacionada ao princípio de non-
refoulement, que impede a deportação, extradição ou devolução de
uma pessoa para um país onde há risco substancial de tortura.

CONCEITO EXPANDIDO DE TORTURA:

O conceito de tortura tem sido ampliado para incluir não apenas


práticas físicas, mas também formas de tratamento cruel, desumano
ou degradante que causem sofrimento intenso.

PROIBIÇÃO EM SITUAÇÕES DE CONFLITO ARMADO:

A proibição da tortura é mantida mesmo em situações de conflito


armado, sendo reforçada pelo Direito Internacional Humanitário, que
protege a dignidade dos prisioneiros de guerra e civis.

DIREITOS DOS DETENTOS:

A proibição da tortura está relacionada à proteção dos direitos dos


detentos, garantindo que o tratamento nas prisões seja compatível com
os padrões internacionais de direitos humanos.

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INVIOLABILIDADE DOMICILIAR
A inviolabilidade domiciliar é um princípio jurídico que assegura a
proteção do lar e da privacidade dos indivíduos contra buscas e
apreensões arbitrárias por parte do Estado. Esse princípio está
relacionado ao direito fundamental à intimidade e à vida privada, com o
objetivo de preservar a esfera doméstica como um espaço seguro e
livre de ingerências indevidas.

PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL:

Muitas constituições ao redor do mundo incluem disposições que


garantem a inviolabilidade domiciliar como um direito fundamental. Por
exemplo, a Constituição dos Estados Unidos, na Quarta Emenda,
protege contra buscas e apreensões não justificadas.

NECESSIDADE DE MANDADO JUDICIAL:

Geralmente, a inviolabilidade domiciliar implica que as buscas e


apreensões só podem ser realizadas com um mandado judicial, que
deve ser baseado em uma causa provável e especificar claramente os
locais a serem vasculhados e os objetos a serem procurados.

EXCEÇÕES E SITUAÇÕES DE FLAGRANTE DELITO:

Em algumas circunstâncias, as autoridades podem realizar buscas


sem um mandado judicial, como em casos de flagrante delito ou
emergências que exijam ação imediata para evitar danos graves.

PROTEÇÃO DA INTIMIDADE E VIDA PRIVADA:

A inviolabilidade domiciliar está relacionada à proteção da


intimidade e vida privada dos indivíduos dentro de seus lares,
assegurando que a residência seja um espaço resguardado de
interferências externas.

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PROPORCIONALIDADE E LEGALIDADE:
As buscas e apreensões, mesmo quando autorizadas por mandado,
devem respeitar os princípios da proporcionalidade e legalidade,
garantindo que sejam realizadas de maneira justificada e limitada ao
necessário.

EXCLUSÃO DE PROVAS ILÍCITAS:

Em muitos sistemas jurídicos, as provas obtidas de forma ilícita,


como violações da inviolabilidade domiciliar, podem ser excluídas dos
processos judiciais, fortalecendo o caráter dissuasivo desse princípio.

RESPEITO À DIGNIDADE HUMANA:

A inviolabilidade domiciliar está alinhada ao respeito à dignidade


humana, reconhecendo a importância de proteger o espaço privado
das pessoas contra ingerências arbitrárias do Estado.

A inviolabilidade domiciliar é um elemento essencial na proteção


dos direitos fundamentais, contribuindo para a preservação da
liberdade, autonomia e dignidade dos indivíduos em seus lares.

DICA:

Durante o DIA Durante a NOITE

Em caso de flagrante delito;


Em caso de desastre;
Para prestar socorro; Em caso de flagrante delito;
Para cumprir determinação Em caso de desastre;
judicial (ex: busca e Para prestar socorro.
apreensão, cumprimento de
medida preventiva)

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SIGILO DE CORRESPONDÊNCIA E
COMUNICAÇÕES
O sigilo de correspondência e comunicações é um princípio legal
que protege a privacidade das comunicações entre indivíduos. Esse
princípio visa assegurar a confidencialidade das informações trocadas
por meio de correspondências, como cartas físicas, e comunicações
eletrônicas, como e-mails, mensagens de texto e telefonemas.

O respeito ao sigilo de correspondência e comunicações é crucial


para a preservação dos direitos individuais e da democracia,
assegurando que as pessoas possam se comunicar livremente, sem
receio de intromissões indevidas.

GARANTIA CONSTITUCIONAL:

Em muitos países, o sigilo de correspondência e comunicações é


garantido por disposições constitucionais que protegem a privacidade
e a inviolabilidade das comunicações.

PROTEÇÃO DA INTIMIDADE:

O sigilo visa proteger a intimidade e a vida privada dos indivíduos,


reconhecendo a importância de preservar espaços seguros para a
expressão de pensamentos e compartilhamento de informações.

LEIS ESPECÍFICAS:

Muitos países têm leis específicas que regulam o sigilo de


correspondência e comunicações, estabelecendo limites para a
interceptação e monitoramento dessas comunicações.

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NECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL:
Em muitos casos, a interceptação ou acesso não autorizado às
correspondências e comunicações só pode ocorrer mediante
autorização judicial, com base em fundamentos legais específicos,
como a suspeita de crime grave.

SEGURANÇA NACIONAL E EXCEÇÕES:

Em casos de segurança nacional ou ameaças graves, alguns países


permitem exceções ao sigilo de correspondência, desde que
respeitando os princípios da proporcionalidade e da legalidade.

PROIBIÇÃO DE INTERFERÊNCIA ARBITRÁRIA:

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, em seu Artigo 12,


estabelece que "ninguém será objeto de interferências arbitrárias em
sua vida privada, sua família, seu domicílio ou sua correspondência".

COMUNICAÇÕES ELETRÔNICAS:

Com o avanço da tecnologia, leis específicas são frequentemente


desenvolvidas para proteger o sigilo das comunicações eletrônicas,
como e-mails, mensagens instantâneas e chamadas telefônicas.

RESPONSABILIDADE DOS PROVEDORES DE SERVIÇOS:

Em muitos casos, os provedores de serviços de comunicação são


obrigados a adotar medidas para proteger o sigilo das informações
transmitidas por seus usuários.

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CONSEQUÊNCIAS LEGAIS PARA VIOLAÇÕES:

A violação do sigilo de correspondência e comunicações pode


resultar em consequências legais, incluindo a nulidade de provas
obtidas de forma ilícita e responsabilização civil e criminal.

RELAÇÃO COM OUTROS DIREITOS FUNDAMENTAIS:

O sigilo de correspondência e comunicações muitas vezes está


interligado com outros direitos fundamentais, como a liberdade de
expressão e o direito à privacidade.

DIREITO DE REUNIÃO
O direito de reunião é um direito fundamental que garante às
pessoas o direito de se reunirem pacificamente para expressar
opiniões, discutir assuntos de interesse comum, e participar de
atividades coletivas. Este direito está frequentemente consagrado em
documentos internacionais de direitos humanos e em constituições
nacionais.

O direito de reunião desempenha um papel crucial na promoção da


participação cívica, na expressão democrática de opiniões e na
construção de sociedades mais abertas e inclusivas. No entanto, a
maneira como esse direito é interpretado e aplicado pode variar entre
os países, dependendo das leis e práticas locais.

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EXPRESSÃO COLETIVA:
O direito de reunião é uma forma de expressão coletiva, permitindo
que grupos de pessoas se manifestem publicamente sobre questões de
interesse comum.

NATUREZA PACÍFICA:

O exercício do direito de reunião deve ser pacífico. Manifestações


violentas ou que representem uma ameaça à ordem pública podem ser
restritas de acordo com a lei.

GARANTIA INTERNACIONAL:

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, em seu Artigo 20,


estabelece que "toda pessoa tem direito à liberdade de reunião e
associação pacíficas".

CONSTITUIÇÕES NACIONAIS:

Muitas constituições nacionais reconhecem o direito de reunião


como um direito fundamental dos cidadãos.

RESTRIÇÕES LEGAIS:

Embora o direito de reunião seja fundamental, as autoridades


podem impor restrições legais razoáveis, como para proteger a
segurança nacional, a ordem pública ou os direitos e liberdades de
outras pessoas.

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NOTIFICAÇÃO PRÉVIA:
Em alguns países, é exigida a notificação prévia das autoridades
para a realização de determinadas reuniões públicas, permitindo que
medidas de segurança sejam implementadas.

ESPAÇOS PÚBLICOS E PRIVADOS:

O direito de reunião pode se aplicar tanto a espaços públicos


quanto a locais privados, dependendo das leis locais e das
circunstâncias específicas.

DIREITO DE ASSOCIAÇÃO:

O direito de reunião muitas vezes está relacionado ao direito de


associação, permitindo que as pessoas se unam para buscar objetivos
comuns.

PROIBIÇÃO DE DISCRIMINAÇÃO:

O direito de reunião deve ser garantido sem discriminação,


assegurando que todos os grupos e indivíduos tenham a mesma
oportunidade de exercer esse direito.

PROTEÇÃO DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO:

O direito de reunião está interligado com a liberdade de expressão,


proporcionando um meio adicional para as pessoas expressarem suas
opiniões e demandas coletivas.

USO DE FORÇA EXCESSIVA:

A aplicação da força por parte das autoridades durante uma reunião


deve ser proporcional e evitar o uso excessivo de medidas que possam
comprometer a segurança dos participantes.

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DIREITO DE PETIÇÃO E OBTENÇÃO DE
CERTIDÕES
O direito de petição é um direito fundamental que garante às
pessoas o direito de apresentar solicitações, reclamações ou pedidos
aos órgãos públicos em busca de informações, esclarecimentos ou
ações específicas. Já a obtenção de certidões refere-se ao direito de
receber documentos ou certificados oficiais que atestam informações
sobre determinado assunto. Ambos os direitos desempenham um papel
importante na participação cívica e na transparência governamental.

O direito de petição e a obtenção de certidões são mecanismos


importantes para garantir a prestação de contas do governo, promover
a transparência e permitir a participação ativa dos cidadãos na vida
pública.

DIREITO DE PETIÇÃO:

Natureza Fundamental:
O direito de petição é reconhecido como um direito fundamental
em muitas constituições e documentos internacionais de
direitos humanos.

Acesso aos Órgãos Públicos:


Este direito garante às pessoas o acesso aos órgãos públicos
para apresentar solicitações, sugestões, reclamações ou
pedidos de informação.

Participação Cívica:
O direito de petição é uma forma de participação cívica,
permitindo que os cidadãos expressem suas preocupações e
solicitem ação por parte do governo.

Resposta Adequada:
Em muitos sistemas legais, as autoridades públicas são
obrigadas a fornecer uma resposta adequada e fundamentada
às petições, esclarecendo as ações que serão tomadas ou as
razões para a recusa.

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Proibição de Retaliação:
Os peticionários têm o direito de apresentar suas solicitações
sem temor de retaliação ou represália por parte das autoridades.

OBTENÇÃO DE CERTIDÕES:

Natureza Documental:
A obtenção de certidões refere-se à obtenção de documentos
oficiais que atestam informações específicas, como certidões de
nascimento, casamento, óbito, entre outras.

Documentos Oficiais:
Certidões são documentos oficiais emitidos por autoridades
competentes, garantindo sua autenticidade e validade legal.

Acesso à Informação:
O direito de obter certidões está relacionado ao direito mais
amplo de acesso à informação, permitindo que as pessoas
obtenham documentos que contenham informações sobre
eventos ou situações específicas.

Documentação Necessária:
A obtenção de certidões geralmente requer a apresentação de
documentação adequada e, em alguns casos, o pagamento de
taxas associadas.

Transparência Administrativa:
A disponibilidade de certidões contribui para a transparência
administrativa, permitindo que os cidadãos tenham acesso a
informações cruciais sobre eventos e registros civis.

Procedimentos Legais:
O processo para obtenção de certidões pode variar entre
diferentes jurisdições, com procedimentos específicos a serem
seguidos para solicitar e receber esses documentos.

Garantia de Direitos:
A obtenção de certidões é muitas vezes essencial para garantir
outros direitos legais, como o direito à herança, benefícios
previdenciários, entre outros.

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PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DA
JURISDIÇÃO (ART. 5º, XXXV)
O princípio da inafastabilidade da jurisdição, previsto no artigo 5º,
inciso XXXV, da Constituição Federal brasileira, é um dos princípios
fundamentais do sistema jurídico do país. Esse princípio estabelece que
a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a
direito, assegurando o acesso à justiça e a possibilidade de revisão
judicial de atos que violem direitos fundamentais.

O princípio da inafastabilidade da jurisdição é fundamental para a


proteção dos direitos individuais e coletivos, promovendo a justiça, a
equidade e a segurança jurídica na sociedade.

ACESSO À JUSTIÇA:
O princípio assegura que todos têm o direito de acessar o Poder
Judiciário para buscar a proteção de seus direitos e interesses.

AMPLA PROTEÇÃO JURÍDICA:

Qualquer lesão ou ameaça a direito, não importa quão pequena,


pode ser apreciada pelo Poder Judiciário, garantindo uma proteção
jurídica ampla.

CONTROLE DE ATOS ESTATAIS:

O princípio permite que os cidadãos recorram ao Judiciário para


contestar atos do Estado que violem seus direitos, garantindo o
controle da legalidade e a proteção contra abusos.

DEFESA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS:

Contribui para a defesa efetiva dos direitos fundamentais,


assegurando que qualquer violação ou ameaça a esses direitos seja
passível de análise pelo Judiciário.

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INSTRUMENTO DE CONTROLE SOCIAL:
A inafastabilidade da jurisdição é um instrumento importante para
o controle social, permitindo que a sociedade civil exerça sua função de
fiscalização e crítica sobre atos estatais.

LIMITAÇÃO DE ARBITRARIEDADES:

Evita a arbitrariedade ao impedir que autoridades ou órgãos do


Estado exerçam seus poderes de maneira absoluta, sem a possibilidade
de revisão judicial.

EQUILÍBRIO ENTRE PODERES:

Contribui para o equilíbrio entre os Poderes ao garantir que o


Judiciário possa exercer sua função de revisão e controle em relação
aos atos do Legislativo e do Executivo.

INDEPENDÊNCIA DO PODER JUDICIÁRIO:

Reforça a independência do Poder Judiciário, permitindo que este


exerça suas funções sem interferências externas que possam
comprometer sua imparcialidade e autonomia.

CONDIÇÃO PARA O ESTADO DE DIREITO:

O princípio da inafastabilidade da jurisdição é essencial para a


consolidação do Estado de Direito, garantindo que todos estejam
sujeitos ao império da lei e que haja meios efetivos para a solução de
conflitos.

AMPLIAÇÃO DO ACESSO À JUSTIÇA:

Contribui para a ampliação do acesso à justiça, uma vez que impede


a criação de obstáculos legais ou administrativos que limitem
injustificadamente o direito das pessoas de buscar a tutela judicial.

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TRIBUNAL DO JÚRI (ART. 5º, XXXVIII)

O Tribunal do Júri é um instituto jurídico previsto no artigo 5º, inciso


XXXVIII, da Constituição Federal brasileira. Esse dispositivo assegura que
é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei,
assegurados:

COMPOSIÇÃO POR JURADOS:


O Tribunal do Júri é composto por jurados, que são cidadãos leigos
escolhidos de forma aleatória, mediante sorteio, para participar do
julgamento de crimes dolosos contra a vida.

COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO DE CRIMES DOLOSOS


CONTRA A VIDA:
A principal atribuição do Tribunal do Júri é julgar crimes dolosos
contra a vida, como homicídio e lesão corporal seguida de morte.

DECISÃO POR MAIORIA DE VOTOS:

A decisão no Tribunal do Júri é tomada por maioria de votos dos


jurados presentes. A absolvição ou condenação depende do consenso
da maioria.

PRINCÍPIO DA SOBERANIA DOS VEREDICTOS:

O princípio da soberania dos veredictos estabelece que o


julgamento do Júri é soberano, não sendo passível de revisão pelas
instâncias ordinárias, exceto em casos de nulidade ou contradição.

GARANTIA DE JULGAMENTO POR PARES:

A participação de jurados proporciona um julgamento por pares,


garantindo que cidadãos comuns tenham participação ativa no sistema
de justiça criminal.

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IMPOSIÇÃO DE PENAS:
O Tribunal do Júri não decide sobre a dosimetria da pena, que é
atribuição do juiz togado, mas determina se o réu é culpado ou
inocente.

RECONHECIMENTO DA DIGNIDADE HUMANA:

O Tribunal do Júri é visto como um instrumento que reconhece a


dignidade humana, envolvendo a participação direta da sociedade na
administração da justiça.

NATUREZA DEMOCRÁTICA:

A instituição do Júri é considerada um componente democrático do


sistema judiciário, envolvendo a participação popular em um aspecto
crucial da aplicação da lei.

PUBLICIDADE E TRANSPARÊNCIA:

Os julgamentos do Tribunal do Júri são públicos, promovendo a


transparência do processo judicial e permitindo que a sociedade
acompanhe as decisões.

HABEAS CORPUS E RECURSOS ESPECIAIS:

Apesar da soberania dos veredictos, é possível utilizar mecanismos


judiciais, como habeas corpus e recursos especiais, para corrigir
eventuais ilegalidades ou abusos durante o julgamento.

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PROVAS ILÍCITAS (ART. 5º, LVI)

Provas ilícitas são aquelas obtidas de maneira contrária à lei,


violando normas ou garantias legais durante a sua obtenção. No
contexto jurídico, o princípio que norteia a inadmissibilidade das provas
ilícitas é conhecido como "fruits of the poisonous tree" (frutos da árvore
envenenada). A ideia subjacente é que, se a origem da prova for ilegal,
qualquer evidência derivada dela também será considerada
contaminada e, portanto, inadmissível em um processo judicial.

É fundamental destacar que o tratamento das provas ilícitas pode


variar entre diferentes sistemas jurídicos e jurisdições, sendo
importante analisar as leis e precedentes específicos de cada
localidade. O respeito aos direitos fundamentais e a integridade do
processo judicial são princípios orientadores na avaliação da
admissibilidade das provas
A principal atribuição do Tribunal do Júri é julgar crimes dolosos
contra a vida, como homicídio e lesão corporal seguida de morte.

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DEFINIÇÃO DE PROVAS ILÍCITAS:

Provas ilícitas são aquelas obtidas de maneira contrária à lei,


violando direitos e garantias fundamentais das pessoas.

Princípio da Inadmissibilidade:
O princípio da inadmissibilidade das provas ilícitas impede que
essas evidências sejam utilizadas em processos judiciais.

Exclusão de Evidências Derivadas (Frutos da Árvore Envenenada):


Além da prova original, qualquer evidência derivada diretamente
da prova ilícita também é considerada inadmissível.

Exclusão por Violação de Direitos Fundamentais:


Provas obtidas por meio de violação de direitos fundamentais,
como invasões de domicílio sem autorização judicial, tortura,
coação ilegal, entre outros, são geralmente consideradas ilícitas.

Nulidade de Atos Processuais:


A utilização de provas ilícitas pode levar à nulidade de atos
processuais, comprometendo a validade de parte ou de todo o
processo judicial.

Exceções à Regra:
Em alguns casos, a legislação pode prever exceções à regra da
inadmissibilidade das provas ilícitas, como em situações em que
há uma ponderação entre interesses em conflito.

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CONTROLE JUDICIAL:

Garantia do Devido Processo Legal:


O princípio da inadmissibilidade das provas ilícitas está
relacionado à garantia do devido processo legal, assegurando
um julgamento justo e em conformidade com a lei.

Habeas Corpus e Recursos:


Pode-se utilizar mecanismos judiciais, como habeas corpus, para
contestar a admissibilidade de provas ilícitas e buscar a proteção
dos direitos fundamentais.

REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

Os remédios constitucionais são instrumentos jurídicos previstos


na Constituição Federal que têm o objetivo de proteger os direitos
fundamentais dos cidadãos, garantindo o cumprimento das normas
constitucionais. São meios pelos quais as pessoas podem buscar a
tutela de seus direitos perante os órgãos do Poder Judiciário. No
contexto brasileiro, alguns dos principais remédios constitucionais
incluem:

Esses remédios são essenciais para a proteção dos direitos


fundamentais e para a manutenção do Estado de Direito. Cada um tem
sua finalidade específica, proporcionando aos cidadãos e instituições
ferramentas para questionar atos ilegais, abusivos ou contrários à
Constituição.

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Habeas Corpus (art. 5º, LXVIII):
Garante o direito de locomoção, protegendo contra prisão ou
ameaça de prisão ilegal.

Mandado de Segurança (art. 5º, LXIX):


Destina-se a proteger direito líquido e certo, não amparado por
habeas corpus ou habeas data, contra ato ilegal ou abuso de
poder.

Mandado de Injunção (art. 5º, LXXI):


Visa assegurar o exercício de direitos e liberdades
constitucionais, quando não regulamentados pelo Poder Público.

Habeas Data (art. 5º, LXXII):


Assegura o acesso a informações pessoais constantes de
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou
de caráter público.

Ação Popular (art. 5º, LXXIII):


Permite que qualquer cidadão acione o Poder Judiciário para
anular atos lesivos ao patrimônio público, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e
cultural.

Ação Civil Pública (art. 129, III):


Possibilita que o Ministério Público proponha ações visando à
proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de
outros interesses difusos e coletivos.

Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF):


Instrumento para evitar ou reparar lesão a preceito fundamental
resultante de ato do Poder Público.

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Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental por Omissão
(ADPF-O):
Semelhante à ADPF, mas voltada para casos de omissão do
Poder Público na regulamentação de normas constitucionais.

Reclamação (art. 102, I, alínea L):


Utilizada para preservar a competência do Supremo Tribunal
Federal (STF) e garantir a autoridade de suas decisões.

Recursos e Ações Especiais:


Além dos remédios constitucionais citados, há diversos recursos
e ações específicas previstos na Constituição ou em leis
infraconstitucionais que garantem a proteção de direitos
fundamentais.

MANDADO DE SEGURANÇA
(ART. 5.º, LXIX)
O Mandado de Segurança é um remédio constitucional previsto no
artigo 5º, inciso LXIX, da Constituição Federal brasileira. Ele é uma ação
judicial utilizada para proteger direito líquido e certo, não amparado por
habeas corpus ou habeas data, contra ato ilegal ou abuso de poder por
parte de autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício
de atribuições do Poder Público.

NATUREZA JURÍDICA:
O Mandado de Segurança é uma ação judicial de natureza civil, cujo
objetivo é resguardar direitos individuais ou coletivos contra atos ilegais
ou abusivos do Poder Público.

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DIREITO LÍQUIDO E CERTO:

Para impetrar um Mandado de Segurança, é necessário que o


impetrante (pessoa que ingressa com a ação) comprove de maneira
clara e objetiva a existência de direito líquido e certo violado ou
ameaçado.

AUTORIDADES COATORAS:

Podem ser alvo de Mandado de Segurança atos de autoridades


públicas ou agentes de pessoa jurídica no exercício de atribuições do
Poder Público, desde que esses atos configurem ilegalidade ou abuso
de poder.

ATO ILEGAL OU ABUSIVO:

O Mandado de Segurança é cabível quando o ato praticado pela


autoridade for ilegal (em desacordo com a lei) ou abusivo (exorbitando
dos limites de seu poder).

HABEAS CORPUS E HABEAS DATA:

O Mandado de Segurança é utilizado quando não se trata de


proteção ao direito de liberdade de locomoção (caso para o habeas
corpus) ou ao direito de acesso a informações pessoais em bancos de
dados públicos (caso para o habeas data).

PRAZO PARA IMPETRAÇÃO:

O prazo para impetração do Mandado de Segurança é de 120 dias a


contar da ciência do ato ilegal ou da ameaça de sua prática.

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COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO:
A competência para julgamento do Mandado de Segurança pode
variar, sendo geralmente atribuída a tribunais, a depender da
autoridade coatora.

EFEITOS DA DECISÃO:

A decisão favorável em um Mandado de Segurança geralmente visa


cessar a ilegalidade ou abuso de poder, restabelecendo o direito violado
ou ameaçado.

POSSIBILIDADE DE RECURSO:

As decisões proferidas em Mandado de Segurança podem ser


passíveis de recursos, inclusive para instâncias superiores.

AMPLIAÇÃO DO ACESSO À JUSTIÇA:

O Mandado de Segurança é um instrumento importante para a


ampliação do acesso à justiça, permitindo que cidadãos e entidades
questionem atos ilegais ou abusivos praticados por autoridades
públicas.

O Mandado de Segurança é uma ferramenta relevante no sistema


jurídico brasileiro, possibilitando a proteção rápida e eficaz de direitos
individuais e coletivos contra atos ilegais ou abusivos do Poder Público.

É importante ressaltar que o mandado de segurança não é uma


ação para discutir o mérito do ato ilegal ou abusivo, mas sim para
proteger o direito ameaçado ou violado. Por isso, o impetrante deve
apresentar provas concretas que comprovem a ilegalidade ou abuso da
autoridade, para que o juiz possa conceder a proteção do direito.

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MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO
(ART. 5.º, LXX)

O Mandado de Segurança Coletivo é uma modalidade do Mandado


de Segurança comum e está previsto no artigo 5º, inciso LXX, da
Constituição Federal brasileira. Essa modalidade
permite que entidades associativas, sindicais, e outros grupos
representativos impetrem a ação em defesa dos interesses de seus
membros ou associados, desde que ligados ao seu escopo institucional.

O Mandado de Segurança Coletivo é uma importante ferramenta


para a defesa dos interesses coletivos, permitindo que entidades
representativas atuem em prol dos direitos de seus membros ou
associados de forma eficaz e abrangente.

PREVISÃO CONSTITUCIONAL:

O Mandado de Segurança Coletivo está previsto no artigo 5º, inciso


LXX, da Constituição Federal, que assegura o seu uso para a defesa de
direitos líquidos e certos pertencentes a grupo, categoria ou classe de
pessoas.

ENTIDADES LEGITIMADAS:

São legitimadas para impetrar o Mandado de Segurança Coletivo as


entidades associativas, sindicais, e outros grupos representativos,
desde que devidamente constituídos e atuando em defesa dos
interesses de seus membros ou associados.

INTERESSES INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS:

O Mandado de Segurança Coletivo é adequado para a defesa de


interesses individuais homogêneos, ou seja, direitos comuns a uma
coletividade que seja representada pela entidade impetrante.

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DEFESA DE DIREITOS LÍQUIDOS E CERTOS:

Assim como no Mandado de Segurança individual, a ação coletiva


também visa a defesa de direitos líquidos e certos, não amparados por
habeas corpus ou habeas data, contra ato ilegal ou abuso de poder.

ABRANGÊNCIA DA DECISÃO:

A decisão proferida em um Mandado de Segurança Coletivo


beneficia todos os membros ou associados da entidade impetrante,
desde que a sentença reconheça a existência do direito em favor do
grupo representado.

LIMITAÇÕES:

Apesar da amplitude de abrangência da decisão, há limitações


quanto aos efeitos retroativos, especialmente quando se trata de
direitos patrimoniais, nos casos em que a decisão do Mandado de
Segurança Coletivo reconhece a ilegalidade de ato administrativo.

PRAZO PARA IMPETRAÇÃO:

O prazo para a impetração do Mandado de Segurança Coletivo é o


mesmo do Mandado de Segurança individual, ou seja, 120 dias a contar
da ciência do ato ilegal ou da ameaça de sua prática.

DEFESA DE INTERESSES TRANSINDIVIDUAIS:

O Mandado de Segurança Coletivo está inserido no contexto de


defesa de interesses transindividuais, ou seja, direitos que ultrapassam
os limites individuais e se relacionam a grupos maiores de pessoas.

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MANDADO DE INJUNÇÃO (ART. 5.º,
LXXI)

Em seu artigo 5º, LXXI, a Constituição dispõe que se concederá


mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora
torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
Nessa linha, há dois requisitos constitucionais para o mandado de
injunção:

1. Norma constitucional de eficácia limitada, prescrevendo direitos,


liberdades constitucionais e prerrogativas inerentes à nacionalidade, à
soberania e à cidadania;
2. Falta de norma regulamentadora, tornando inviável o exercício dos
direitos, liberdades e prerrogativas acima mencionados (omissão).

Como no mandado de segurança, também há mandado de


injunção coletivo, nesse caso, os direitos, as liberdades e as
prerrogativas protegidos são os pertencentes, indistintamente, a uma
coletividade indeterminada de pessoas ou determinada por grupo,
classe ou categoria.

HABEAS DATAS

O Habeas Data é um remédio constitucional assegurado pelo artigo


5º, inciso LXXII, da Constituição Federal brasileira. Ele visa proteger o
direito fundamental à privacidade e à autodeterminação informativa,
permitindo que uma pessoa tenha acesso a informações relativas a ela,
constantes de registros ou bancos de dados de entidades
governamentais ou de caráter público.

NATUREZA JURÍDICA:

O Habeas Data é uma ação judicial de natureza constitucional,


assegurando o direito à autodeterminação informativa e à privacidade.

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ACESSO A INFORMAÇÕES PESSOAIS:

Este remédio constitucional assegura à pessoa o direito de acessar


informações pessoais que estejam sob a guarda de entidades
governamentais ou de caráter público.

BANCOS DE DADOS PÚBLICOS:

O Habeas Data pode ser utilizado para obter informações de


registros ou bancos de dados mantidos por entidades públicas,
assegurando ao indivíduo o controle sobre seus próprios dados.

CONTROLE SOBRE INFORMAÇÕES PESSOAIS:

O objetivo é garantir que as pessoas tenham controle sobre suas


informações pessoais, podendo corrigir eventuais dados incorretos ou
desatualizados.

PROTEÇÃO DA PRIVACIDADE:

O Habeas Data está relacionado à proteção da privacidade,


impedindo que informações pessoais sejam utilizadas de maneira
indevida ou que possam prejudicar o indivíduo.

PROCEDIMENTO JUDICIAL:

O procedimento para impetrar um Habeas Data é judicial e pode


envolver a apresentação de petição inicial, demonstrando a
necessidade de acesso às informações e a existência de direito líquido e
certo a ser protegido.

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LIMITAÇÕES:

Embora o Habeas Data garanta o acesso a informações pessoais, há


limitações quanto a dados considerados sigilosos ou que envolvam
segredos industriais, por exemplo.

GARANTIA DE RETIFICAÇÃO:

Além do acesso, o Habeas Data garante o direito à retificação de


informações incorretas ou desatualizadas.

INSTRUMENTO DE CONTROLE SOCIAL:

O Habeas Data é um instrumento importante de controle social,


permitindo que as pessoas exerçam controle sobre as informações que
o Estado ou entidades públicas têm a seu respeito.

GARANTIA DO ESTADO DE DIREITO:

O Habeas Data contribui para a consolidação do Estado de Direito,


assegurando que os cidadãos tenham meios efetivos para proteger
seus direitos fundamentais.

O Habeas Data, assim como outros remédios constitucionais,


desempenha um papel crucial na proteção dos direitos fundamentais,
garantindo o acesso e o controle sobre informações pessoais em
conformidade com os princípios democráticos e de respeito à
dignidade humana.

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AÇÃO POPULAR (ART. 5.º, LXXIII)

A Ação Popular é um instrumento jurídico assegurado pelo artigo


5º, inciso LXXIII, da Constituição Federal brasileira. Essa ação permite
que qualquer cidadão acione o Poder Judiciário para anular atos lesivos
ao patrimônio público, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e
ao patrimônio histórico e cultural.

A Ação Popular, portanto, desempenha um papel crucial na defesa


dos interesses da sociedade, permitindo que os cidadãos exerçam um
controle ativo sobre a legalidade e a moralidade dos atos praticados
pelos agentes públicos.

PREVISÃO CONSTITUCIONAL:

A Ação Popular está prevista no artigo 5º, inciso LXXIII, da


Constituição Federal, como um instrumento de participação popular na
defesa do patrimônio público e de outros interesses coletivos.

LEGITIMIDADE ATIVA:

Qualquer cidadão brasileiro, no gozo de seus direitos políticos, pode


ajuizar uma Ação Popular para defender interesses difusos, coletivos e
individuais homogêneos relacionados à proteção do patrimônio público.

OBJETIVO DA AÇÃO POPULAR:

A Ação Popular visa anular atos que causem lesão ao patrimônio


público, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio
histórico e cultural.

LESIVIDADE AO PATRIMÔNIO PÚBLICO:

Para ser cabível, a Ação Popular exige que o ato seja lesivo, causando
dano ao patrimônio público ou violando princípios de moralidade
administrativa.

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ATOS IMPUGNÁVEIS:

Podem ser alvo de Ação Popular atos administrativos, contratos,


concessões, permissões, autorizações ou qualquer outra ação que viole
os interesses tutelados pela norma constitucional.

REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL:

A petição inicial da Ação Popular deve conter a descrição detalhada


do ato impugnado, a indicação dos responsáveis, a demonstração do
nexo de causalidade com a lesão aos interesses protegidos e a
indicação dos danos causados.

RITO PROCESSUAL:
O rito processual da Ação Popular pode variar, mas geralmente
envolve a notificação dos responsáveis pelo ato impugnado, a
manifestação do Ministério Público e a decisão judicial.

SENTENÇA E EFEITOS:

Se a Ação Popular for julgada procedente, a sentença pode declarar


a nulidade do ato, condenar os responsáveis por eventuais danos
causados e estabelecer outras medidas necessárias.

PARTICIPAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO:

O Ministério Público tem papel ativo na Ação Popular, atuando como


custos legis (defensor da ordem jurídica) e, em muitos casos, como
parte atuante.

INSTRUMENTO DE FISCALIZAÇÃO SOCIAL:

A Ação Popular é considerada um importante instrumento de


fiscalização social, permitindo que os cidadãos exerçam um papel ativo
na proteção dos interesses coletivos e do patrimônio público.

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NACIONALIDADE

A nacionalidade, no contexto da Constituição Federal brasileira, é


tratada nos artigos 12 e 13, estabelecendo as regras para a aquisição e
perda da nacionalidade.

A nacionalidade na Constituição Federal é um tema abrangente que


visa estabelecer os critérios para a filiação jurídica de indivíduos ao
Estado brasileiro, definindo seus direitos e deveres associados a esse
vínculo.

CONCEITO DE NACIONALIDADE

Nacionalidade refere-se ao vínculo jurídico e político entre um


indivíduo e um determinado Estado, conferindo-lhe direitos e deveres
específicos no âmbito desse Estado.

AQUISIÇÃO DA NACIONALIDADE:

A Constituição estabelece diversas formas de aquisição de


nacionalidade brasileira, incluindo o nascimento em território nacional, o
nascimento no exterior de pai ou mãe brasileiros, naturalização, entre
outras.

NACIONALIDADE ORIGINÁRIA E DERIVADA:

A nacionalidade originária é aquela atribuída automaticamente em


virtude de determinadas condições, como o nascimento no território
nacional. A nacionalidade derivada é adquirida por meio de um ato
voluntário, como a naturalização.

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NACIONALIDADE POR NASCIMENTO:

A CF estabelece que são brasileiros natos os nascidos no território


brasileiro, inclusive os nascidos a bordo de navios ou aeronaves
brasileiras. Também são considerados brasileiros natos os nascidos no
exterior, filhos de pai ou mãe brasileiros, desde que venham a residir no
Brasil e optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira.

NATURALIZAÇÃO:

A naturalização é a forma pela qual um estrangeiro adquire a


nacionalidade brasileira após atender a determinados requisitos, como
residência no Brasil por tempo específico, capacidade civil, idoneidade
moral, entre outros.

PERDA DA NACIONALIDADE:

A Constituição prevê casos em que a nacionalidade brasileira pode


ser perdida, como no caso de aquisição de outra nacionalidade,
renúncia expressa, condenação por crime contra a segurança nacional,
entre outros.

PROTEÇÃO AOS BRASILEIROS NO EXTERIOR:

A Constituição assegura a proteção aos brasileiros residentes no


exterior, reconhecendo-lhes a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade e à segurança.

IGUALDADE ENTRE BRASILEIROS NATOS E NATURALIZADOS:

A Constituição estabelece a igualdade de direitos entre brasileiros


natos e naturalizados, assegurando a ambos os mesmos direitos
políticos e obrigações.

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DUPLA NACIONALIDADE:

Embora a Constituição não proíba explicitamente a dupla


nacionalidade, em alguns casos, a aquisição voluntária de outra
nacionalidade pode levar à perda da nacionalidade brasileira, conforme
estabelecido em lei.

DIREITOS POLÍTICOS:

A nacionalidade é um requisito para o exercício dos direitos


políticos, como o direito de votar e ser votado, garantindo a
participação ativa dos cidadãos na vida política do país.

JUS SOLI:

Definição: Jus soli, que significa "direito do solo" em latim, atribui a


nacionalidade a indivíduos que nascem no território do país,
independentemente da nacionalidade de seus pais.

Exemplo: Se uma pessoa nasce em solo brasileiro, ela adquire


automaticamente a nacionalidade brasileira, independentemente
da nacionalidade de seus pais.

JUS SANGUINIS:

Definição: Jus sanguinis, que significa "direito de sangue" em latim,


atribui a nacionalidade com base na ascendência ou filiação sanguínea.
Ou seja, a nacionalidade é transmitida pelos pais.

Exemplo: Se um brasileiro tem um filho no exterior, esse filho pode


adquirir a nacionalidade brasileira automaticamente por meio do jus
sanguinis, independentemente de ter nascido fora do território
brasileiro.

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FORMAS DE NATURALIZAÇÃO E
PROTEÇÃO
A naturalização é o processo pelo qual um estrangeiro adquire a
nacionalidade de um país onde não nasceu. As formas e procedimentos
de naturalização podem variar de país para país, mas em geral, existem
algumas categorias comuns. Além disso, a proteção internacional
refere-se às medidas que os países tomam para garantir a segurança e
os direitos dos estrangeiros em seus territórios.

Essas formas de naturalização e proteção têm como objetivo


equilibrar a integração de estrangeiros na sociedade com a
necessidade de proteger seus direitos, oferecendo soluções para
diferentes circunstâncias e necessidades.

FORMAS DE NATURALIZAÇÃO:

Naturalização Ordinária:
Definição: É o processo comum pelo qual um estrangeiro
adquire a nacionalidade de um país após cumprir determinados
requisitos, como tempo de residência, boa conduta moral,
conhecimento do idioma, entre outros.

Naturalização Facilitada ou Especial:


Definição: Alguns países oferecem processos simplificados de
naturalização para certas categorias de estrangeiros, como
cônjuges de nacionais, filhos de nacionais, refugiados,
investidores, entre outros.

Naturalização por Casamento:


Definição: Muitos países permitem que estrangeiros adquiram a
nacionalidade por meio do casamento com um nacional. Os
requisitos podem variar, incluindo tempo de casamento e
residência.

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Naturalização por Filiação:
Definição: Alguns países concedem a nacionalidade a
estrangeiros que têm filhos nascidos no país, mesmo que os pais
não sejam nacionais. Isso pode envolver jus soli.

Naturalização por Investimento:


Definição: Alguns países oferecem a oportunidade de
naturalização em troca de investimentos significativos, como
investimento financeiro, imobiliário ou geração de empregos.

PROTEÇÃO A ESTRANGEIROS:

Asilo Político:
Definição: Concede proteção a estrangeiros que sofrem
perseguição em seus países de origem por motivos políticos,
religiosos, étnicos ou sociais.

Refúgio:
Definição: Semelhante ao asilo, o refúgio é concedido a
estrangeiros que fugiram de seus países devido a perseguições,
guerra, violência generalizada ou violações graves dos direitos
humanos.

Proteção Temporária:
Definição: Pode ser oferecida a estrangeiros em situações de
emergência, como desastres naturais ou conflitos, garantindo-
lhes um status temporário de proteção.

Status de Residente Permanente:


Definição: Oferece proteção a estrangeiros que obtêm o direito
de residência permanente em um país, concedendo-lhes certos
direitos e benefícios.

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Não Devolução (Non-Refoulement):
Definição: Princípio que proíbe a expulsão ou devolução de um
estrangeiro para um país onde sua vida ou liberdade corra risco.

Proteção a Menores Desacompanhados:


Definição: Estabelece medidas específicas para a proteção de
crianças estrangeiras desacompanhadas, garantindo seu bem-
estar e direitos.

Proteção contra Detenção Arbitrária:


Definição: Garante que os estrangeiros não sejam detidos de
maneira arbitrária, estabelecendo padrões para detenção e
protegendo contra detenção prolongada e injustificada.

DIREITOS POLÍTICOS

Os direitos políticos referem-se às prerrogativas dos cidadãos de


participar ativamente na vida política de seu país. No contexto do Brasil,
esses direitos são regulamentados pela Constituição Federal de 1988.

Os direitos políticos são fundamentais para o funcionamento de um


sistema democrático, permitindo que os cidadãos exerçam influência
nas decisões públicas e participem ativamente na construção do
destino político de seu país.

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DIREITO DE VOTO (SUFRÁGIO):

Os cidadãos têm o direito de votar e escolher seus representantes


nas eleições. O voto é obrigatório para os cidadãos alfabetizados
maiores de 18 anos e menores de 70 anos.

ELEGIBILIDADE:

Os cidadãos que preencham determinados requisitos, como idade


mínima, nacionalidade brasileira, pleno exercício dos direitos políticos,
podem se candidatar a cargos eletivos.

ALISTAMENTO ELEITORAL:

Todos os cidadãos que atendem aos requisitos para o exercício do


voto devem se alistar como eleitores, garantindo assim sua participação
nas eleições.

PARTICIPAÇÃO EM PLEBISCITOS E REFERENDOS:

Além das eleições regulares, os cidadãos podem ser convocados


para participar de plebiscitos e referendos, nos quais podem expressar
sua opinião sobre questões específicas.

O plebiscito é uma consulta prévia à população sobre uma questão


que ainda não foi decidida pelos representantes políticos. É uma forma
de permitir que a população opine sobre temas importantes antes que
uma decisão seja tomada pelo governo.

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Exemplo de plebiscito: Em 1993, quando foi realizado o Plebiscito
das Reformas Políticas, que perguntou à população se eram favoráveis
à realização de uma reforma política no país.

Referendo é uma consulta que ocorre após a tomada de uma


decisão política pelos representantes eleitos. Nesse caso, a população é
convidada a votar para aprovar ou rejeitar uma determinada medida ou
lei.

Exemplo de referendo: 2005, quando a população foi consultada


sobre a aprovação ou não do Estatuto do Desarmamento.

PARTICIPAÇÃO EM PARTIDOS POLÍTICOS:

Os cidadãos têm o direito de se filiar a partidos políticos e participar


de suas atividades, incluindo a possibilidade de concorrer a cargos
públicos por meio desses partidos.

DIREITO DE LIVRE ASSOCIAÇÃO:

Os cidadãos têm o direito de se associar livremente a grupos,


partidos políticos, sindicatos, entre outros, para expressar suas opiniões
e interesses.

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DIREITO DE LIBERDADE DE EXPRESSÃO:

A liberdade de expressão é essencial para a participação política. Os


cidadãos têm o direito de expressar suas opiniões de maneira pacífica e
sem censura prévia.

DIREITO DE DISSIDÊNCIA E OPOSIÇÃO:

Os cidadãos têm o direito de discordar das políticas do governo e


se opor de maneira pacífica, contribuindo para o debate democrático.

ISONOMIA E IGUALDADE:

Os direitos políticos devem ser exercidos de forma igualitária, sem


discriminação por motivo de raça, sexo, religião, classe social, entre
outros.

DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS

Consiste basicamente em restrições ou limitações impostas ao


exercício dos direitos políticos. O principal exemplo de direito político
negativo é a inelegibilidade. Ela pode ser decorrente de diversas
situações, como por exemplo, condenação criminal por sentença
transitada em julgado, rejeição de contas públicas, improbidade
administrativa, entre outros casos previstos em lei. A inelegibilidade
impede o cidadão de se candidatar a cargos eletivos, limitando o seu
exercício da cidadania.

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Além da inelegibilidade, também existe a cassação de mandato,
que consiste na perda do cargo eletivo por decisão judicial. Essa medida
é aplicada em casos de abuso de poder, corrupção, conduta
incompatível com o cargo, entre outras situações previstas em lei. A
cassação de mandato também é uma restrição ao exercício dos direitos
políticos.

DIREITOS POLÍTICOS

Os partidos políticos desempenham um papel crucial em sistemas


democráticos, servindo como veículos para a expressão de diferentes
ideias, representação de interesses diversos e competição eleitoral. No
contexto brasileiro, a legislação que regulamenta os partidos políticos
está principalmente na Constituição Federal de 1988 e na Lei dos
Partidos Políticos (Lei nº 9.096/1995).

É uma norma que possui eficácia limitada, foi regulamentada pela


Lei nº 9.096/95.

§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia


para definir sua estrutura interna e estabelecer
regras sobre escolha, formação e duração de
seus órgãos permanentes e provisórios e sobre
sua organização e funcionamento e para adotar
os critérios de escolha e o regime de suas
coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua
celebração nas eleições proporcionais, sem
obrigatoriedade de vinculação entre as
candidaturas em âmbito nacional, estadual,
distrital ou municipal, devendo seus estatutos
estabelecer normas de disciplina e fidelidade
partidária. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 97, de 2017)

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DICA RESUMIDA:

REGISTRO E FUNCIONAMENTO:

Os partidos políticos precisam ser registrados no Tribunal Superior


Eleitoral (TSE) para participarem de eleições. Para obter registro, é
necessário cumprir requisitos legais, como ter um estatuto e um
programa, além de funcionar de acordo com princípios democráticos.

FILIAÇÃO PARTIDÁRIA:

A filiação partidária é o ato pelo qual um cidadão se associa a um


partido político. Para ser candidato a cargo eletivo, é necessário estar
filiado a um partido com antecedência determinada pela legislação
eleitoral.

PARTICIPAÇÃO NAS ELEIÇÕES:

Os partidos políticos têm o direito de participar das eleições,


lançando candidatos para cargos legislativos (vereadores, deputados
estaduais e federais, senadores) e executivos (prefeitos, governadores,
presidente).

FINANCIAMENTO PARTIDÁRIO E ELEITORAL:

Os partidos políticos recebem recursos do Fundo Partidário e


podem receber doações de pessoas físicas e jurídicas para financiar
suas atividades. Há também regras específicas para o financiamento de
campanhas eleitorais.

O objetivo do fundo partidário é garantir o financiamento das


atividades dos partidos políticos. Os recursos desse fundo são
distribuídos pelo TSE aos órgãos nacionais dos partidos (Lei 9.096/95,
art. 41, II).

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É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização
paramilitar.

Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no §


3º deste artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem
perda do mandato, a outro partido que os tenha atingido, não sendo
essa filiação considerada para fins de distribuição dos recursos do
fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão.

Os partidos políticos devem aplicar no mínimo 5% (cinco por cento)


dos recursos do fundo partidário na criação e na manutenção de
programas de promoção e difusão da participação política das
mulheres, de acordo com os interesses intrapartidários.
O montante do Fundo Especial de Financiamento de Campanha e da
parcela do fundo partidário destinada a campanhas eleitorais, bem
como o tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão a ser
distribuído pelos partidos às respectivas candidatas, deverão ser de no
mínimo 30% (trinta por cento), proporcional ao número de candidatas, e
a distribuição deverá ser realizada conforme critérios definidos pelos
respectivos órgãos de direção e pelas normas estatutárias,
considerados a autonomia e o interesse partidário.

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DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
(ARTIGO 18)
O Artigo 18 da Constituição Federal de 1988 trata da organização
político-administrativa do Brasil no âmbito do sistema federativo,
estabelecendo a divisão de competências entre a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios.

Vejamos o texto do Artigo 18:

Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do


Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
Parágrafo único: Brasília é a Capital Federal.

DICA RESUMIDA:

ENTES FEDERATIVOS:

O artigo destaca que a organização político-administrativa do Brasil


compreende quatro entes federativos autônomos: União, Estados,
Distrito Federal e Municípios.

AUTONOMIA:

A autonomia dos entes federativos implica que cada um possui a


capacidade de se auto organizar, auto legislar, auto administrar e, no
caso dos Estados e Municípios, têm o direito de auto-organização.

PRINCÍPIO FEDERATIVO:

Reforça o princípio federativo, no qual há uma distribuição de


competências entre os entes federativos, delineando áreas de atuação
específicas para cada nível de governo.

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DISTRITO FEDERAL COMO ENTE FEDERATIVO:

O Distrito Federal é reconhecido como um ente federativo,


possuindo autonomia política, administrativa e legislativa. No entanto,
diferentemente dos Estados, o Distrito Federal não pode se dividir em
municípios.

BRASÍLIA COMO CAPITAL FEDERAL:

O parágrafo único estabelece que Brasília é a Capital Federal,


indicando o local onde está situado o Distrito Federal, que, por sua vez,
exerce as funções de Estado e de Município.

VEDAÇÃO ÀS ENTIDADES
FEDERATIVAS (ART. 19)
O Artigo 19 da Constituição Federal de 1988 estabelece as
vedações impostas às entidades federativas (União, Estados, Municípios
e Distrito Federal) no exercício de sua autonomia.

Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos


Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-
lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes
relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a
colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

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Visa preservar princípios fundamentais da Constituição, como a
liberdade religiosa, a igualdade entre os cidadãos e a aceitação de
documentos públicos. As vedações estabelecidas têm como objetivo
garantir o respeito aos direitos individuais e coletivos, promovendo uma
sociedade mais justa e igualitária.

DICA RESUMIDA:

VEDAÇÃO A ESTABELECER CULTOS RELIGIOSOS:

Fica vedado à União, Estados, Distrito Federal e Municípios o


estabelecimento de cultos religiosos ou igrejas. Além disso, não podem
subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles
ou seus representantes relações de dependência ou aliança. No
entanto, ressalva-se a colaboração de interesse público, que pode ser
regulamentada por lei.

RECUSA DE FÉ A DOCUMENTOS PÚBLICOS:

É vedado recusar fé aos documentos públicos. Isso significa que os


documentos emitidos por autoridades públicas devem ser aceitos
como verdadeiros e válidos, não podendo ser recusados sem
justificativa legal.

IGUALDADE ENTRE BRASILEIROS:

Fica proibida a criação de distinções entre brasileiros ou


preferências entre si. Este ponto reforça o princípio da igualdade,
destacando que as entidades federativas não podem estabelecer
tratamentos discriminatórios entre os cidadãos brasileiros.

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ARTIGO 20 DA CF

O Artigo 20 da Constituição Federal de 1988 trata das


competências relativas aos bens da União. Ele estabelece quais são os
bens que pertencem à União, destacando aspectos relacionados ao
domínio e à utilização desses bens.

Este artigo é essencial para a compreensão da distribuição de


competências em relação aos bens da União, incluindo terras, recursos
naturais e áreas estratégicas.

Art. 20. São bens da União:


I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das
fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação
e à preservação ambiental, definidas em lei;
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu
domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com
outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele
provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;
IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as
praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas destas as
que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao
serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica
exclusiva;
VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-
históricos;

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XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
Parágrafo único: É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta
da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás
natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e
de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma
continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou
compensação financeira por essa exploração. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 49, de 2006)

DICA RESUMIDA:

PRINCIPAIS PONTOS DO ARTIGO 20:

Bens da União:
O artigo lista os bens que são de propriedade da União. Esses
bens podem ser os que atualmente pertencem à União e os que
lhe vierem a ser atribuídos.

Terras Devolutas:
Destaca terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras,
fortificações, construções militares, vias federais de
comunicação e preservação ambiental, definidas em lei.

Recursos Hídricos:
Inclui lagos, rios e correntes de água em terrenos de domínio da
União, bem como recursos naturais da plataforma continental e
zona econômica exclusiva.

Ilhas e Praias:
Menciona ilhas, praias marítimas e costeiras, excluindo aquelas
que contenham a sede de Municípios, salvo as áreas afetadas ao
serviço público e a unidade ambiental federal.

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Recursos Minerais e Energia Hidráulica:
Engloba recursos minerais, potenciais de energia hidráulica e
recursos como cavidades naturais subterrâneas, sítios
arqueológicos, pré-históricos e terras tradicionalmente
ocupadas pelos índios.

Participação nos Resultados da Exploração:


O parágrafo único assegura, nos termos da lei, a participação
dos Estados, Distrito Federal e Municípios no resultado da
exploração de petróleo, gás natural, recursos hídricos para
geração de energia elétrica e outros recursos minerais em seus
territórios.

Art. 20, § 1º É assegurada, nos termos da lei, à União, aos Estados, ao


Distrito Federal e aos Municípios a participação no resultado da
exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de
geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo
território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica
exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.

Art. 20, § 2º A faixa de até 150 quilômetros de largura, ao longo das


fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada
fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e
utilização serão reguladas em lei.

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ARTIGO 21 DA CF

O Artigo 21 da Constituição Federal de 1988 estabelece as


competências exclusivas da União, ou seja, aquelas que somente a
esfera federal pode legislar e atuar.

Art. 21. Compete à União:


I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de
organizações internacionais;
II - declarar a guerra e celebrar a paz;
III - assegurar a defesa nacional;
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças
estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam
temporariamente;
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção
federal;
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;
VII - emitir moeda;
VIII - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
IX - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou
permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que
disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão
regulador e outros aspectos institucionais;
X - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou
permissão:
a) os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza;
b) as minas, os potenciais de energia hidráulica, os recursos minerais e
os potenciais de energia térmica;
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou
permissão:
a) os serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens;
b) os serviços de radiodifusão de sons e imagens;
XII - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições
democráticas e conservar o patrimônio público;
XIII - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e
definir critérios de outorga de direitos de seu uso;
XIV - assegurar a defesa do consumidor;

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XV - organizar e manter o Poder Executivo, o Poder Judiciário e o
Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios;
XVI - organizar e manter a Justiça Militar do Distrito Federal e dos
Territórios;
XVII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades
públicas, especialmente as secas e as inundações;
XVIII - instituir o sistema nacional de estatísticas, geografia, geologia e
meteorologia;
XIX - exercer, com exclusividade, a competência legislativa plena sobre
trânsito;
XX - manter o serviço de navegação aérea, inclusive o espaço aéreo;
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de
viação;
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de
fronteiras;
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza
e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento
e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios
nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e
condições:
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida
para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional;
b) sob regime de monopólio da União, as atividades relativas à pesquisa,
à lavra, ao enriquecimento, ao reprocessamento, à industrialização e ao
comércio de minérios nucleares e de seus derivados, cuja produção, no
território nacional, tenha a finalidade de geração de energia nuclear em
usinas nucleares para propulsão de submarinos, serão permitidas
mediante contratos ou autorizações, conforme o caso, celebrados com
pessoas físicas ou jurídicas brasileiras ou estrangeiras, na forma da lei;
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade
de garimpagem, em forma associativa.

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DICA RESUMIDA:

PRINCIPAIS PONTOS DO ARTIGO 21:

Relações Internacionais:
Estabelece a competência exclusiva da União para manter
relações com Estados estrangeiros, participar de organizações
internacionais, declarar guerra e celebrar a paz.

Defesa Nacional:
Competência para assegurar a defesa nacional, decretar o
estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal.

Monopólio Estatal sobre Atividades Nucleares:


A União detém o monopólio estatal sobre atividades nucleares,
incluindo pesquisa, lavra, enriquecimento, reprocessamento,
industrialização e comércio de minérios nucleares e derivados.

Serviços de Telecomunicações, Radiodifusão e Radiodifusão de


Sons e Imagens:
Competência para explorar, autorizar, conceder ou permitir
serviços de telecomunicações, radiodifusão sonora e de sons e
imagens, radiodifusão de sons e imagens.

Serviço Postal, Correio Aéreo Nacional e Emissão de Moeda:


Manutenção do serviço postal, correio aéreo nacional e emissão
de moeda.

Exploração de Recursos Hídricos, Energia e Recursos Minerais:


Competência para explorar recursos hídricos

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ARTIGO 22 DA CF

O Artigo 22 da Constituição Federal de 1988 enumera as matérias


sobre as quais somente a União tem competência para legislar. Essas
competências são consideradas privativas da esfera federal, excluindo
a atuação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:


I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo,
aeronáutico, espacial e do trabalho;
II - desapropriação;
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo
de guerra;
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
V - serviços de transporte, exceto os de caráter local, e os específicos
de cada Estado, Município e Distrito Federal;
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;
VIII - comércio exterior e interestadual;
IX - diretrizes da política nacional de transportes;
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e
aeroespacial;
XI - trânsito e transporte;
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;
XIV - populações indígenas;
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de
estrangeiros;
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o
exercício de profissões;
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e
dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios;
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular;
XX - sistemas de consórcios e sorteios;
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias,
convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros
militares;

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XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e
ferroviária federais;
XXIII - seguridade social;
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;
XXV - registros públicos;
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as
modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e
fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido
o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de
economia mista, nos termos do art. 173, § 1º, III;
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa
civil e mobilização nacional;
XXIX - propaganda comercial.

DICA RESUMIDA:

PRINCIPAIS PONTOS DO ARTIGO 22:

Matérias de Competência Privativa da União:


Lista as áreas sobre as quais apenas a União tem competência
para legislar, abrangendo temas como direito civil, penal,
eleitoral, desapropriação, águas, energia, informática,
telecomunicações, radiodifusão, entre outros.

Direito do Trabalho:
Inclui legislar sobre direito do trabalho, estabelecendo normas
para as relações laborais.

Defesa Nacional:
Competência para legislar sobre defesa territorial, defesa
aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização
nacional.

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Seguridade Social:
Legislação sobre a seguridade social, que engloba questões
como previdência, saúde e assistência social.

Diretrizes da Política Nacional de Transportes:


Competência para estabelecer as diretrizes da política nacional
de transportes, incluindo serviços de transporte, sistema
monetário e de medidas, e diretrizes para o transporte público.

Política de Crédito, Câmbio e Seguros:


Competência para legislar sobre a política de crédito, câmbio,
seguros e transferência de valores.

Comércio Exterior e Interestadual:


Estabelece competência para legislar sobre comércio exterior e
interestadual.

Populações Indígenas:
Competência para legislar sobre populações indígenas,
assegurando seus direitos.

Emigração e Imigração:
Legislar sobre emigração e imigração, entrada, extradição e
expulsão de estrangeiros.

Sistema de Poupança e Consórcios:


Competência para legislar sobre sistemas de poupança,
captação e garantia da poupança popular, sistemas de
consórcios e sorteios.

Normas Gerais de Licitação e Contratação:


Competência para estabelecer normas gerais de licitação e
contratação para as administrações públicas da União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, assim como para empresas
públicas e sociedades de economia mista.

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Defesa Civil:
Competência para legislar sobre defesa civil.

Propaganda Comercial:
Competência para legislar sobre propaganda comercial.

Art. 22, parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados


a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste
artigo.

ART. 23 DA CF
COMPETÊNCIAS COMUNS

O Artigo 23 da Constituição Federal de 1988 trata da competência


comum dos entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e
Municípios) para legislar e atuar sobre determinadas situações. Essa
competência comum significa que todos esses entes têm a
responsabilidade de atuar, de forma cooperativa, para o cumprimento
dos objetivos previstos nos incisos do artigo.

O Artigo 23 destaca a cooperação entre os entes federativos para o


cumprimento de objetivos comuns, visando o bem-estar da sociedade
e a preservação de valores fundamentais.

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Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições
democráticas e conservar o patrimônio público;
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das
pessoas portadoras de deficiência;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico,
artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis ​e os
sítios destruídos;
IV - impedir
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de
suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento
alimentar;
IX - promover programas de construção de moradias e de melhoria das
condições habitacionais e de saneamento básico;
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização,
promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de
pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus
territórios;
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do
trânsito

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DICA RESUMIDA:

PRINCIPAIS PONTOS DO ARTIGO 23:

Zelar pela Guarda da Constituição e Instituições Democráticas:


Competência comum a todos os entes federativos em zelar pela
guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas,
conservando o patrimônio público.

Saúde e Assistência Pública:


Responsabilidade compartilhada na área de saúde e assistência
pública, assim como na proteção e garantia dos direitos das
pessoas portadoras de deficiência.

Preservação do Patrimônio Cultural e Natural:


Competência comum para proteger documentos, obras, bens
de valor históricos, artísticos e culturais, monumentos, paisagens
naturais notáveis ​e sítios arqueológicos.

Acesso à Cultura, Educação e Ciência:


Proporcionar os meios de acesso à cultura, educação e ciência.

Proteção do Meio Ambiente:


Responsabilidade conjunta na proteção do meio ambiente e
combate à poluição em todas as suas formas, bem como
preservação das florestas, fauna e flora.

Fomento à Produção Agropecuária e Abastecimento Alimentar:


Competência comum para fomentar a produção agropecuária e
organizar o abastecimento alimentar.

Programas Habitacionais e Saneamento Básico:


Promover programas de construção de moradias e melhorias
nas condições habitacionais e de saneamento básico.

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Combate à Pobreza e Integração Social:
Responsabilidade compartilhada no combate às causas da
pobreza e aos fatores de marginalização, promovendo a
integração social dos setores desfavorecidos.

Registro e Fiscalização de Concessões:


Registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de
pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus
territórios.

Política de Educação para a Segurança do Trânsito:


Estabelecer e implantar políticas de educação para a segurança
do trânsito.

Art. 23, parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a


cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-
estar em âmbito nacional.

ART.24 DA CF
COMPETÊNCIAS CONCORRENTES
O Artigo 24 da Constituição Federal de 1988 trata da competência
concorrente entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
Isso significa que, nas matérias elencadas no artigo, todos esses entes
têm a possibilidade de legislar, mas a União estabelecerá normas gerais,
cabendo aos Estados, Distrito Federal e Municípios complementarem
tais normas de acordo com suas necessidades específicas.

O Artigo 24 busca harmonizar a atuação legislativa entre os entes


federativos, evitando conflitos e garantindo a complementaridade
entre as normas aplicáveis ​pela União e pelos demais entes federativos.

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Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislador
concomitantemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;
III - juntas comerciais;
IV - custos dos serviços forenses;
V - produção e consumo;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do
solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da
poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e
paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, aos
bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e
paisagístico;
IX - educação, cultura, ensino, esporte, ciência, tecnologia, pesquisa,
desenvolvimento e inovação;
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
XI - procedimentos em matéria processual;
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de
deficiência;
XV - a organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União
limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não
exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a
eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

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DICA RESUMIDA:

PRINCIPAIS PONTOS DO ARTIGO 24:

Matérias de Competência Concorrente:


Enumera as matérias sobre as quais a União, os Estados e o
Distrito Federal podem legislar concorrentemente.

Competência da União para Estabelecer Normas Gerais:


A competência da União se limita a estabelecer normas gerais,
cabendo aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
complementar tais normas de acordo com suas especificidades.

Competência Suplementar dos Estados:


Os Estados têm competência suplementar para legislar sobre as
normas gerais estabelecidas pela União.

Competência Legislativa Plena dos Estados na Ausência de Lei Federal:


Na ausência de lei federal sobre normas gerais, os Estados
exercerão a competência legislativa plena para atender às suas
peculiaridades.

Suspensão da Eficácia da Lei Estadual Contrária à Lei Federal:


A superveniência da lei federal sobre normas gerais suspende a
eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

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ART. 25 DA CF
COMPETÊNCIA DOS ESTADOS
O Artigo 25 da Constituição Federal de 1988 trata da competência
dos Estados para legislar sobre matérias que não sejam de competência
privativa da União. Além disso, o artigo aborda a autonomia dos
Municípios e do Distrito Federal em determinadas questões.

O Artigo 25 destaca a autonomia dos Estados na organização e


regulação de suas questões internas, respeitando os princípios
estabelecidos na Constituição Federal, e reforça a importância da
cooperação entre os entes federativos para promover o equilíbrio no
desenvolvimento e no bem-estar em todo o país .

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis


que adotam, observados os princípios desta Constituição.

§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam


vedadas por esta Constituição.
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os
serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de
medida provisória para a sua regulamentação.
§ 3º A lei complementar fixará normas para a cooperação entre a União
e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o
equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar no âmbito nacional.

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DICA RESUMIDA:

PRINCIPAIS PONTOS DO ARTIGO 25:

Organização dos Estados:


Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis
que os aplicam, respeitando os princípios estabelecidos na
Constituição Federal.

Competências Reservadas aos Estados:


São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam
vedadas pela Constituição Federal.

Exploração de Serviços Locais de Gás Canalizado:


Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante
concessão, os serviços locais de gás canalizado, conforme
estabelecido na lei. A edição de medida provisória para a
regulamentação desses serviços é vedada.

Cooperação entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios:


A lei complementar fixará normas para a cooperação entre a
União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios

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ART. 26 DA CF
TRATA DOS BENS DOS ESTADOS
O Artigo 26 da Constituição Federal de 1988 trata da criação, fusão,
incorporação e desmembramento de Municípios. Este artigo estabelece
os critérios e procedimentos para que novos Municípios sejam criados
ou para que haja alterações na divisão político-administrativa dos
existentes.

Art. 26. Incluem-se entre as matérias da competência legislativa dos


Estados:
I - criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios;
II - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da
Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios;
III - organização do Poder Legislativo e do Poder Executivo.
§ 1º No que concerne à organização do Poder Judiciário, aplique-se-á o
disposto nos arts. 125 e 126.
§ 2º Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre a criação, incorporação, fusão e desmembramento de
Municípios, observada a legislação estadual;
II - fixar as condições para a realização do plebiscito e autorizar a sua
realização.
§ 3º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de
Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado
pela Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia,
mediante plebiscito, às leis dos Municípios envolvidos, após divulgação
dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na
forma da lei.

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DICA RESUMIDA:

PRINCIPAIS PONTOS DO ARTIGO 26:

Competência Legislativa dos Estados:


Disposições que competem aos Estados legislativos sobre a
criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios,
além da organização administrativa, judiciária, do Ministério
Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos
Territórios, bem como a organização do Poder Legislativo e do
Poder Executivo .

Aplicação das Normas sobre Organização do Poder Judiciário:


Determina que, no que diz respeito à organização do Poder
Judiciário, aplique-se-á o disposto nos arts. 125 e 126 da
Constituição.

Lei Complementar:
Estabelece que cabe à lei complementar dispor sobre a criação,
incorporação, fusão e desmembramento de Municípios,
observada a legislação estadual, e fixar as condições para a
realização de plebiscito, autorizando a sua realização.

Procedimentos para Criação de Municípios:


Determina que a criação, incorporação, fusão e
desmembramento de Municípios deverá ocorrer pela lei
estadual, dentro do período determinado pela Lei
Complementar Federal. Além disso, essas alterações dependem
de consulta prévia, mediante plebiscito, às leis dos Municípios
envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade
Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

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NÚMERO DE DEPUTADOS À
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao
triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido
o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os
Deputados Federais acima de doze.

MANDATO DOS DEPUTADOS


ESTADUAIS: 4 ANOS
Será de 4 anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando sê-
lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade,
imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e
incorporação às Forças Armadas.

SUBSÍDIO DOS DEPUTADOS


ESTADUAIS
Art. 27, § 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei
de iniciativa da Assembleia Legislativa, na razão de, no máximo, 75% por
cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais,
observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º,
I.

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ELEIÇÃO DO GOVERNADOR E DO
VICE-GOVERNADOR DE ESTADO
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado,
para mandato de 4 anos, realizar- se-á no primeiro domingo de outubro,
em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno,
se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus
antecessores, e a posse ocorrerá em 6 de janeiro do ano subsequente,
observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77 desta Constituição. EC

DOS MUNICÍPIOS

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO

Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois


turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por 2/3 dos
membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os
princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do
respectivo Estado e os seguintes preceitos:

CRIME DE RESPONSABILIDADE DO PREFEITO MUNICIPAL


ART. 29-A, § 2º CONSTITUI CRIME DE RESPONSABILIDADE
DO PREFEITO MUNICIPAL:

I - efetuar repasse que supere os limites definidos neste artigo;


II - não enviar o repasse até o dia 20 de cada mês; ou
III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária.
Art. 29-A, § 3º Constitui crime de responsabilidade do Presidente da
Câmara Municipal o desrespeito ao § 1º deste artigo (Limite de gasto
para a Câmara Municipal).

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FISCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder


Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de
controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.

LEI ORGÂNICA DO DISTRITO FEDERAL

Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-


se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de
10 dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.

COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL

Art. 32, § 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências


legislativas reservadas aos Estados e Municípios.

LEI FEDERAL: UTILIZAÇÃO, PELO GOVERNO DO DF, DA PC,


PP, PM E CBM

Art. 32, § 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do


Distrito Federal, da polícia civil, da polícia penal, da polícia militar e do
corpo de bombeiros militar.

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PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS

Na Constituição Federal de 1988, diversos princípios são


explicitamente referenciados, estabelecendo as bases e os valores
fundamentais do ordenamento jurídico brasileiro.
dispõe cinco princípios (expressos) que nortearão as atividades da
administração pública direta e indireta: legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência.

DICA MNEMÔNICO: LIMPE

LEGALIDADE

O princípio da legalidade estabelece que todas as ações e decisões


da Administração Pública devem estar em conformidade com a lei. Esse
princípio tem como premissa fundamental a ideia de que ninguém está
acima da lei, e que todas as ações do Estado devem ser baseadas em
leis previamente estabelecidas. Isso significa que a Administração
Pública deve respeitar os limites estabelecidos pelo ordenamento
jurídico, bem como seguir os procedimentos legais para a tomada de
decisões e a realização de suas atividades.

EXISTE DOIS TIPOS DE LEGALIDADE:

A legalidade ampla, também conhecida como legalidade mitigada,


é uma corrente doutrinária que entende que a Administração Pública
pode agir além do que a lei expressamente autoriza, desde que respeite
os princípios gerais do Direito e os direitos fundamentais. Nesse sentido,
a legalidade ampla é uma interpretação mais flexível do princípio da
legalidade, que busca garantir a efetividade dos direitos e interesses
dos cidadãos.

A legalidade estrita é uma corrente doutrinária que entende que a


Administração Pública deve se limitar a agir apenas nos casos em que a
lei expressamente autoriza. Essa posição busca evitar a
discricionariedade e a interpretação extensiva da lei, garantindo a
segurança jurídica e a previsibilidade das ações estatais.

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Compreende as
atividades de
elaboração e de
execução das
políticas públicas

Sentido amplo

Compreende os
agentes políticos e os
agentes
administrativos
Administração
Pública
Compreende
apenas as
atividades de
execução das
políticas públicas
Sentido estrito

Compreende
apenas os agentes
administrativos.

DICA RESUMIDA:
Para o cidadão, a legalidade significa que ele tem o direito de fazer
tudo aquilo que a lei não proíba, enquanto a Administração só pode
fazer aquilo que a lei permita.

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IMPESSOALIDADE

Esse princípio implica, por exemplo, na vedação de nepotismo (não


se aplica a cargos de natureza política), que consiste na nomeação de
parentes ou pessoas próximas para cargos públicos sem critérios
objetivos de seleção. Dessa forma, o Supremo Tribunal federal, com o
objetivo de impedir essas práticas imorais, editou a Súmula Vinculante.

A impessoalidade também se manifesta na vedação de tratamento


privilegiado a determinadas pessoas ou empresas, bem como na
proibição de uso de recursos públicos para promoção pessoal de
agentes públicos. Contudo, é importante ressaltar que o princípio da
impessoalidade não significa que a Administração Pública deve agir de
forma fria e impessoal, sem considerar as particularidades e
necessidades dos cidadãos.

“A nomeação de cônjuge, companheiro, ou parente, em linha reta,


colateral ou por afinidade, até o 3º grau, inclusive, da autoridade
nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo
de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em
comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na
administração pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido
o ajuste mediante designações recíprocas, viola a CF.”

MORALIDADE

A atuação da Administração Pública deve ser pautada por critérios


éticos e morais, visando sempre à realização do interesse público. De
acordo com a doutrina, o princípio da moralidade implica na
observância dos valores éticos e morais da sociedade em que a
Administração Pública está inserida, visando sempre à proteção do bem
comum e da dignidade da pessoa humana.

100
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O princípio da moralidade exige que a Administração Pública atue
com transparência, probidade, imparcialidade, respeito aos direitos
fundamentais e aos valores éticos da sociedade. Além disso, implica na
obrigação de rejeitar práticas que sejam contrárias à moralidade, como
a corrupção, o nepotismo, a favoritismo, entre outras condutas que
afrontem a ética e os bons costumes.

ADMINISTRAÇÃO X ADMINISTRADOS

ADMINISTRAÇÃO X AGENTES PÚBLICOS

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PUBLICIDADE

O princípio da publicidade implica na obrigação da Administração


Pública de divulgar suas decisões e informações relevantes de forma
clara, acessível e compreensível a todos os cidadãos. Isso inclui a
publicação de editais, balanços, relatórios, pareceres, processos
administrativos, entre outras informações que sejam de interesse
público.

É importante destacar que o princípio da publicidade não se


confunde com o sigilo, que é excepcional e deve ser justificado nos
casos em que a divulgação da informação possa colocar em risco a
segurança nacional, a privacidade dos cidadãos ou outros interesses
legítimos protegidos por lei.

Princípio da Princípio da Princípio da não


Identificação da
veracidade (Art. abusividade (Art.
Publicidade (Art.
37 = enganosa) 37)
36, caput)

Princípio da Princípio da
Princípio da
transparência na obrigação do inversão do ônus
fundamentação cumprimento = da prova (Art. 38)
(Art. 36, §) veiculação (Art. 31)

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EFICIÊNCIA

O princípio da eficiência tem como objetivo principal a melhoria da


gestão pública, a redução de gastos e o aumento da qualidade dos
serviços oferecidos à sociedade. É um princípio que busca aperfeiçoar a
atuação da Administração Pública e garantir a satisfação dos interesses
coletivos.

Não estava previsto no Reforma


ACRESCENTADO
texto constitucional Administrativa
PELA E.C 19/88
original da CF/88 do Estado

PRINCÍPIO DA
EFICIÊNCIA

“O Princípio da eficiência exige que


“Boa administração” a atividade administrativa seja
exercida com presteza, perfeição e
rendimento funcional. É o mais
moderno princípio da função
administrativa, que já não se
contenta em desempenhar apenas
com uma legalidade, exigindo
resultados positivos para o serviço
público e satisfatório atendimento
às necessidades da comunidade e
de seus membros.”

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PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS
O princípio da razoabilidade, junto com o princípio da
proporcionalidade, desempenha um papel essencial no controle da
atuação estatal, garantindo que as ações da Administração estejam em
conformidade com os padrões de bom senso, justiça e equidade.

O princípio da razoabilidade impõe à Administração Pública a


obrigação de agir de maneira sensata e lógica, considerando
cuidadosamente os objetivos a serem alcançados e os métodos
empregados para atingi-los. Em outras palavras, espera-se que a
conduta dos agentes públicos seja apropriada e balanceada, evitando
comportamentos extremos ou lacunas que possam prejudicar os
interesses, tanto públicos quanto privados, envolvidos na situação. Esse
princípio busca garantir que as ações administrativas sejam
proporcionais, justas e equitativas, alinhadas com as finalidades
legítimas a serem alcançadas.

O princípio da proporcionalidade na Administração Pública


estabelece que a conduta adotada deve ser proporcional aos objetivos
almejados. Isso significa que os meios escolhidos devem ser adequados
e pertinentes para alcançar os fins estabelecidos, evitando qualquer
excesso ou limitação desnecessária. Em outras palavras, as ações
administrativas devem ser equilibradas e proporcionais, garantindo que
a intervenção do Estado seja medida e justificada, sem impor restrições
ou aplicar medidas mais severas do que as estritamente necessárias
para atingir os propósitos pretendidos.

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A motivação é um princípio implícito crucial na Administração
Pública, estreitamente vinculado à transparência e à publicidade dos
atos administrativos. Esse princípio demanda que a Administração
explique de maneira clara e objetiva as razões, tanto de fato quanto de
direito, que fundamentam suas decisões. Tal prática não apenas
promove a clareza e a compreensão dos atos administrativos, mas
também possibilita o escrutínio externo quanto à legalidade e eficácia
dessas decisões. Em síntese, a motivação dos atos administrativos não
apenas fortalece a integridade do processo decisório, mas também
viabiliza a fiscalização adequada por parte da sociedade e dos órgãos
competentes.

A segurança jurídica é um princípio essencial que assegura a


estabilidade e a previsibilidade das relações no âmbito jurídico,
impedindo alterações súbitas ou imprevisíveis nas normas e decisões
administrativas. Nesse contexto, é imperativo que a Administração
Pública atue de maneira coerente e consistente, observando
estritamente as normas e princípios estabelecidos pelo ordenamento
jurídico. Esse princípio visa proporcionar um ambiente jurídico confiável,
onde as partes envolvidas possam antecipar as consequências de suas
ações, contribuindo para a estabilidade e a confiança nas relações
jurídicas.

O princípio da autotutela confere à Administração Pública a


competência para reavaliar e corrigir seus próprios atos diante da
constatação de ilegalidade ou inconstitucionalidade. Este princípio
representa um mecanismo crucial para retificar equívocos e aprimorar
as decisões administrativas, permitindo que a própria Administração
reveja e corrija eventuais irregularidades em seus atos. Essa
autorregulação contribui para a eficiência do sistema, promovendo a
conformidade das ações administrativas com os preceitos legais e
constitucionais, além de reforçar a integridade e a responsabilidade na
atuação do setor público.

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CARGO PÚBLICO
O dispositivo legal contido no artigo 37, inciso I, da Constituição
Federal, estipula que as oportunidades para ocupar cargos, empregos e
funções públicas devem ser abertas tanto aos cidadãos brasileiros que
atendam aos requisitos estabelecidos por lei quanto aos estrangeiros,
conforme os termos legais aplicáveis. Essa norma é essencial para
assegurar que a concorrência e o acesso aos cargos públicos se deem
de forma equitativa, evitando práticas como nepotismo e
favorecimentos injustos na contratação de servidores públicos. Essa
disposição visa promover a imparcialidade, a transparência e a
igualdade de oportunidades no serviço público, consolidando os
princípios fundamentais da administração pública no país.

O artigo 37 estabelece os princípios que devem nortear a


administração pública, dentre eles a obrigatoriedade do concurso
público para o ingresso em cargos efetivos (inciso II) e a garantia da
estabilidade após três anos de efetivo exercício (inciso III).

A Constituição prevê a possibilidade de ocupação de cargos em


comissão, de livre nomeação e exoneração pelo poder público, desde
que destinados apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento (inciso V). (Não necessita de concurso público)

A Constituição Federal autoriza a contratação temporária para


atender situações excepcionais de interesse público, desde que haja
previsão legal e respeito aos princípios fundamentais, como a
impessoalidade, moralidade e eficiência (inciso IX do artigo 37). Para
realizar uma contratação por tempo determinado

O regime jurídico dos cargos públicos é disciplinado pela Lei nº


8.112/90, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis
da União, das autarquias e das fundações públicas federais. A referida
lei prevê as regras gerais para o ingresso, a remuneração, a progressão
funcional, a jornada de trabalho, as licenças e afastamentos, a
estabilidade, a aposentadoria e outras disposições relativas ao servidor
público.

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CONCURSO PÚBLICO

O artigo 37, inciso II, da Constituição Federal de 1988 estabelece a


exigência de realização de concursos públicos para o preenchimento de
cargos e empregos públicos, tanto na administração direta quanto na
indireta de todos os poderes do Estado. Esse dispositivo tem como
objetivo assegurar que o acesso a essas posições seja realizado de
forma igualitária, impedindo nomeações arbitrárias ou favorecimentos
pessoais. Dessa forma, a realização de concursos públicos é
fundamental para promover a transparência, a imparcialidade e a
meritocracia no ingresso aos cargos públicos.

Conforme a Constituição, o prazo de validade do concurso público


será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período.

DIREITOS PREVISTOS NO ART. 7º APLICÁVEIS AOS


SERVIDORES PÚBLICOS

O artigo 7º da Constituição Federal lista uma série de direitos


trabalhistas aplicáveis aos trabalhadores em geral, incluindo aqueles
que são servidores públicos (nem todos são aplicáveis aos servidores).
Entre esses direitos, podemos citar os que se aplicam aos servidores
públicos:

a) Salário-mínimo;
b) Garantia de percepção de no mínimo um salário-mínimo aos que
recebem renda variável (ou trabalham em jornada reduzida);
c) Décimo terceiro salário;
d) Adicional noturno;
e) Salário-família;
f) Limitações à jornada de trabalho;
g) Repouso semanal remunerado;
h) Hora extra;
i) Férias;

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k) Licença-paternidade;
l) Proteção ao mercado de trabalho da mulher;
m) Redução de riscos inerentes ao trabalho;
n) Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de
critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil.

ART 144 DA CF

A segurança pública, incumbência do Estado e direito e


responsabilidade de todos, destina-se à preservação da ordem pública
e à salvaguarda da integridade das pessoas e do patrimônio. O sistema
de segurança pública abrange diversos órgãos, sendo os principais a
Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, as Polícias Civis, as Polícias
Militares e os Corpos de Bombeiros Militares. Cada um desses órgãos
desempenha funções específicas dentro desse sistema, como a
prevenção e investigação de delitos, a manutenção da ordem pública e
a proteção da vida e dos bens.

É importante observar que o rol do artigo 144 não é taxativo. Isso


significa que outros órgãos que não estão listados nesse artigo podem
ser reconhecidos como de segurança pública. Esse entendimento é
fruto de decisão do STF na ADI n. 6.621: “O Sistema Único de Segurança
Pública (SUSP) promove centralização do planejamento estratégico, e
flexibilidade das atribuições dos órgãos responsáveis pela segurança
pública, retirando, portanto, a taxatividade do caput do art. 144 da CF”.

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POLÍCIA FEDERAL

O artigo 144 da CRFB/88 atribui à Polícia Federal a função de exercer


as atividades de polícia judiciária e de apuração das infrações penais
federais, além de outras atribuições previstas em lei. Dessa forma, a
Polícia Federal é responsável pela investigação de crimes relacionados a
tráfico de drogas, contrabando, lavagem de dinheiro, crimes contra o
sistema financeiro nacional, entre outros.

A Polícia Federal é uma instituição federal, subordinada ao


Ministério da Justiça e Segurança Pública, e sua atuação se estende por
todo o território nacional. A instituição também possui uma atuação
internacional, sendo responsável pela cooperação com autoridades
policiais de outros países na investigação de crimes transnacionais.

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POLÍCIA RODOVIÁRIA E FERROVIÁRIA FEDERAL

A Constituição diz que a estrutura e as responsabilidades dos


órgãos de segurança pública no Brasil, incluindo a Polícia Rodoviária
Federal (PRF) e a Polícia Ferroviária Federal (PFF). A PRF, uma instituição
policial federal, tem a incumbência de fiscalizar as rodovias federais do
país, estando submetida à Lei nº 9.503/1997, que estabelece o Código de
Trânsito Brasileiro.

As principais funções da PRF abrangem a fiscalização e o


patrulhamento ostensivo das rodovias federais, a proteção do
patrimônio da União e a colaboração com outros órgãos de segurança
pública. Além disso, a PRF desempenha um papel ativo na prevenção e
combate ao tráfico de drogas, contrabando e descaminho, entre outras
atividades de relevância para o interesse público.

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Já a PFF, por sua vez, é responsável pela segurança das ferrovias e
dos passageiros em todo o território nacional. Foi criada em 1852, mas só
se tornou uma instituição federal em 1957, quando
foi incorporada à Polícia Federal. A PFF tem como principais atribuições
a segurança das instalações ferroviárias e de seus usuários, além do
combate ao transporte clandestino de mercadorias e pessoas nos
trens.

Ambas as instituições são subordinadas ao Ministério da Justiça e


Segurança Pública e possuem caráter policial, ostensivo e preventivo. A
atuação da PRF e da PFF é regulamentada por leis específicas e por
normas internas de cada órgão, que estabelecem os procedimentos e
as condutas a serem adotadas pelos seus agentes em cada situação.

POLÍCIA CIVIL

A Polícia Civil, em conjunto com a PF, exerce o papel de polícia


judiciária, sendo responsável pela investigação de crimes e pela
apuração das infrações penais, além de zelar pelo cumprimento das leis
e manter a ordem pública. Dessa forma, são subordinadas aos governos
estaduais, ou seja, cada estado possui sua própria instituição.

Entre as atribuições da Polícia Civil, estão a lavratura de boletins de


ocorrência, investigação de crimes, cumprimento de mandados de
prisão, apuração de infrações penais, entre outras. Além disso, a Polícia
Civil também atua em conjunto com outras instituições, como o
Ministério Público e o Poder Judiciário, para garantir a efetividade do
sistema de justiça criminal.

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POLÍCIA MILITAR E CORPOS DE BOMBEIRO MILITAR

A Polícia Militar, além de ser força auxiliar e reserva do Exército, é


uma instituição de segurança pública responsável pelo policiamento
ostensivo e preservação da ordem pública. Tem como função
primordial o patrulhamento preventivo nas ruas e avenidas das cidades,
com o objetivo de evitar e reprimir crimes.

Os Corpos de Bombeiro Militar, por sua vez, têm como principal


função as atividades de defesa civil, como incêndios, desabamentos e
salvamentos. Ambos se subordinam ao governador do Estado, Distrito
Federal e Territórios.

POLÍCIA PENAL

A Polícia Penal é uma instituição de segurança pública prevista na


Constituição, em seu artigo 144,
§4º, que estabelece a criação de órgãos de segurança penitenciária
para a custódia de presos. A função da Polícia Penal é realizar a guarda,
escolta e vigilância de presos em estabelecimentos penais, bem como
garantir a ordem e a disciplina no ambiente prisional.

É vinculada ao órgão administrador do sistema penal da unidade


federativa a que pertencem. Por exemplo: A polícia penal federal
vincula-se ao DEPEN, a estadual é vinculada à respectiva Secretaria de
Segurança Pública do Estado. Porém, no caso do Distrito Federal, há
uma peculiaridade, tendo em vista que a PPDF será organizada e
mantida pela União (artigo 21, XIV, da CF), mas se subordinará ao
governador do DF.

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DO PODER EXECUTIVO

A função típica do Poder Executivo é a função executiva, que


abrange a Chefia de Estado, Chefia de Governo e Chefia da
Administração Pública. O Poder Executivo também exerce a função.

O Poder Executivo é exercido, em nível federal, pelo Presidente da


República, auxiliado pelos Ministros de Estado.

A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República é feita


pelo sistema majoritário de 2 (dois) turnos.

Será considerado eleito Presidente o candidato com a maioria


absoluta dos votos, não computados os em branco e os nulos. Caso a
maioria absoluta dos votos não for obtida no primeiro turno, será
realizado o segundo turno, entre os dois candidatos mais votados.

ELEIÇÃO DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE

A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-


se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro
turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver,
do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente.

A eleição do Presidente da República importará a do Vice-


Presidente com ele registrado.

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Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por
partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os
em branco e os nulos.

Morte, desistência ou impedimento legal de candidato antes da


realização do segundo turno

Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência


ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os
remanescentes, o de maior votação.

Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em


segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-
se-á o mais idoso.
o.

O Poder Executivo é exercido, em nível federal, pelo Presidente da


República, auxiliado pelos Ministros de Estado.

A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República é feita


pelo sistema majoritário de 2 (dois) turnos.

Será considerado eleito Presidente o candidato com a maioria


absoluta dos votos, não computados os em branco e os nulos. Caso a
maioria absoluta dos votos não for obtida no primeiro turno, será
realizado o segundo turno, entre os dois candidatos mais votados.

DA LICENÇA DO CN EM CASOS DE AUSÊNCIA SUPERIOR


A 15 DIAS

O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem


licença do Congresso Nacional, ausentar-se do País por período
superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.

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COMPETÊNCIA PRIVATIVA DO PRESIDENTE

Compete privativamente ao Presidente da República:


nomear e exonerar os Ministros de Estado;
exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da
administração federal;
iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta
Constituição;
sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir
decretos e regulamentos para sua fiel execução;
vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
dispor, mediante decreto, sobre:

a) organização e funcionamento da administração federal, quando


não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos
públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus


representantes diplomáticos; celebrar tratados, convenções e atos
internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional; decretar
o estado de defesa e o estado de sítio;
decretar e executar a intervenção federal;
remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por
ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do
País e solicitando as providências que julgar necessárias;
conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário,
dos órgãos instituídos em lei;
exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover
seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são
privativos;

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nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do
Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os
Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o
presidente e os diretores do banco central e outros servidores,
quando determinado em lei;
nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de
Contas da União;
nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o
Advogado-Geral da União; nomear membros do Conselho da
República, nos termos do art. 89, VII;
convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa
Nacional;
declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo
Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no
intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições,
decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;
celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso
Nacional; conferir condecorações e distinções honoríficas;
permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças
estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam
temporariamente;
enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de
diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos
nesta Constituição;
prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta
dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao
exercício anterior;
prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei; editar
medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62; exercer
outras atribuições previstas nesta Constituição.
propor ao Congresso Nacional a decretação do estado de
calamidade pública de âmbito nacional.

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Suellen Silveira Pereira de Jesus - suellen_silveirap@hotmail.com - CPF: 062.422.985-89

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