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Do ponto de vista jurídico, o estado é a organização do direito que tem um governo por meio
de instituições públicas e legislação democrática.
A autoridade do Estado é legítima, desde que compreenda e coordene a vontade soberana dos
seus cidadãos, que devem eleger o governo de forma democrática.
Existem estruturas de governo que não respeitam a primazia dos cidadãos e que se tornam
sistemas de ditaduras ou totalitarismos, que fazem do Estado um instrumento ilegítimo de
poder, administrado por uma minoria da sociedade. Para evitar esse abuso, a divisão de
poderes é necessária.
O poder do estado– Na observação de qualquer sociedade humana revela sempre, mesmo nas
mais rudimentares, a presença de uma ordem jurídica e de um poder político. Assim, mesmo
que o poder se apresente com a aparência de mero poder político, ele é essencialmente poder
jurídico, visto que tem sua legitimidade reconhecida pela ordem jurídica, objetivando fins
jurídicos ou não, fazendo-se obedecer através de normas jurídicas com as quais exerce a
dominação estatal. Formas de estado é a formação material do Estado, sua estrutura. São as
variações existentes na combinação dos três elementos morfológicos do Estado: povo,
território e governo.
Povo – conjunto de pessoas ligadas a uma determinada coletividade
territorial pelo vínculo jurídico da nacionalidade.
Artigo 9.º
(Tarefas fundamentais do Estado)
São tarefas fundamentais do Estado:
a) Garantir a independência nacional e criar as condições políticas, económicas,
sociais e culturais que a promovam;
b) Garantir os direitos e liberdades fundamentais e o respeito pelos princípios do
Estado de direito democrático;
c) Defender a democracia política, assegurar e incentivar a participação
democrática dos cidadãos na resolução dos problemas nacionais;
d) Promover o bem-estar e a qualidade de vida do povo e a igualdade
real entre os portugueses, bem como a efetivação dos direitos económicos, sociais,
culturais e ambientais, mediante a transformação e modernização das estruturas
económicas e sociais;
e) Proteger e valorizar o património cultural do povo português, defender a
natureza e o ambiente, preservar os recursos naturais e assegurar um correto
ordenamento do território;
f) Assegurar o ensino e a valorização permanente, defender o uso e promover a
difusão internacional da língua portuguesa;
g) Promover o desenvolvimento harmonioso de todo o território nacional,
tendo em conta, designadamente, o carácter ultraperiférico dos arquipélagos dos
Açores e da Madeira;
h) Promover a igualdade entre homens e mulheres.
Há no texto constitucional uma sequência programática, um grau crescente de
densificação (aliás, muito relativa) no enunciar dos grandes objetivos do Estado:
— Em primeiro lugar, o preâmbulo, com “a decisão do povo português de defender a
independência nacional …”, etc.;
— Em segundo lugar, o artigo 1.º, empenhando a República “na construção de uma
sociedade livre, justa e solidária”;
— Depois, o artigo 9.º, ao prescrever “tarefas fundamentais do Estado” e cuja quatro
primeiras alíneas correspondem às cinco componentes da decisão do preâmbulo;
— Por último, os preceitos das partes I e II e alguns da parte III [como os artigos
199.º, alínea g), 229.º, n.º 1, e 267.º, n. º1], que recortam “incumbências” do Estado.
As tarefas mais não são do que fins ou grandes metas a atingir pelo Estado;
as incumbências, conexas com as funções como atividades típicas (política,
legislativa, administrativa, jurisdicional), correspondem a especificações das tarefas
ao serviço de direitos e interesses a salvaguardar ou a promover».
Ou seja, o Estado, como sociedade política, tem um fim geral, constituindo-se em
meio para que os indivíduos e as demais sociedades, situadas num determinado
território, possam atingir seus respetivos fins (manter a ordem, assegurar a defesa,
e promover o bem-estar e o progresso da sociedade). Assim, conclui-se que o
fim do Estado é o bem comum, entendido este como conjunto de todas as condições
de vida que possibilitem e favoreçam o desenvolvimento integral da personalidade
humana.
Assim, as funções do Estado são todas as ações necessárias a execução do bem comum.
• Função Legislativa – Exercido pelo Poder Legislativo que tem a função de elaborar leis;
• Função Executiva – Exercida pelo Poder Executivo e tem como função administrar o
Estado visando seus objetivos concretos. Assim acontece quando o Estado nomeia
funcionários, cria cargos, executa serviços públicos, impostos, etc.
• Função Judiciária – Exercida pelo Poder Judiciário, tem a função precípua interpretar e
aplicar a lei nos dissídios surgidos entre os cidadãos ou entre os cidadãos e o Estado. Em
síntese, declara o Direito.
Essas são algumas das conclusões gerais que podem ser tiradas sobre os fins e as funções do
estado. No entanto, é importante notar que diferentes teorias políticas e abordagens podem ter
ênfases e interpretações variadas dessas questões.
Os fins e as funções do estado têm um impacto significativo na ciência política. Eles moldam
a forma como os sistemas políticos são projetados e operam, bem como as teorias e
abordagens usadas para analisar e compreender a política.