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Trabalho individual
Discente:
Docente:
Soares Nicachapa
Trabalho individual
Discente:
Docente:
Soares Nicachapa
1.1.2 Estrutura...............................................................................................................4
1.1.3 Metodologia.........................................................................................................5
2.1.1 Conclusão...........................................................................................................11
2.1.2 Referencias.........................................................................................................12
1 Introdução
No presente trabalho da cadeira do direito penal, pretendo esmiuçar de forma exaustiva, o
tema inerente a aplicação da lei pena quanto as pessoas, pretendo debruçar a teoria por trás
das imunidades no ordenamento jurídico moçambicano, através das ilações que se vem
desencadeando ao logo do tempo no que concerne, as excepções na aplicação da lei penal a
figura do presidente da república, os deputados, juízes e os diplomatas.
1.1.2 Estrutura
O trabalho está estruturado em títulos e subtítulos para melhor percepção do mesmo.
1.1.3 Metodologia
Para alcance dos objectivos propostos ao tema aplicação da lei penal quanto as pessoas, o
recorri a pesquisa bibliográficas, e o uso de websites para complementar algumas
informações contidas no trabalho.
4
1.1.4 Aplicação da Lei quanto às Pessoas
Preliminares
Abordamos anteriormente que a lei é geral e abstracta, no que concerne que e aplica para
todos, a lei penal em particular possui limites diante de princípios advindos da própria
Constituição, ou seja, quanto a aplicação da lei penal, no que concerne a algumas
pessoas que desempenham algumas funções de soberania, sucede que a nossa a constituição
da república diz que todo “Todos os cidadãos são iguais perante a lei, gozam dos
mesmos direitos e estão sujeitos aos mesmos deveres, independentemente da cor, raça, sexo
(profissão ou opção política).1
Através desse artigo levanta-nos algumas ilações, se a lei e aplicada para todos de forma igual
e sem excepção, porque haveria excepções no que concerne a responsabilidade penal para
certas figuras? Nesta senda, a resposta seria não, uma vez que aprendemos que os princípios
constitucionais são susceptíveis de aplicação excepcionais por serem vagos e abstractos.
E não obstante, a resposta é dada também, pela célebre doutrinária, Teresa Pizarro Beleza 2 ao
afirmar que estas eventuais excepções são feitas pela própria Constituição e portanto não se
levantará o problema de inconstitucionalidade. A mesma pergunta é respondida por Eduardo
3
Correia e segundo este “há todavia excepções, umas vezes impostas para garantir a
dignidade e independência de certas pessoas e funções ,outras por razões diplomáticas ou de
direito internacional.
1
Crf. Principio da igualdade e da universalidade no abrido do artigo 35 da CRM
2
Crf. BELEZA. Tereza Pizarro, Direito penal. Vol 1. 2 ed. Lisboa. P; 506
3
Crf. CORREIA. Eduardo.DIreito criminal. Vol 1. Almedina p.189 190
5
1.1.5 Excepções processuais ou adjectivas
e as excepções diplomáticas, mas antes vamos perceber o sentido das imunidades.
Imunidades Jurídicas Imunidades jurídicas são situações nas quais o ordenamento jurídico
protege pessoas que estão em determinadas situações. Essas pessoas deixam de estar
vinculadas a obrigações de alcance geral.
Não se pode confundir essa imunidade com apenal, pois, além de dizerem respeito a normas
de natureza diversa, nem sempre o agente que conta com uma imunidade terá outra. O
prefeito, por exemplo, deve julgado ser julgado no Tribunal de Justiça de seu Estado
(imunidade processual), mas deve obedecer integralmente às normas de Direito Penal.
4
Crf. n°1 do artigo 146
6
da República, relativamente ao Direito Penal, a nossa Constituição estabelece que por
crimes praticados no exercício das suas funções, este responde perante o Tribunal Supremo.
Entende-se aqui que a aplicação da lei penal a esta figura é diferente em relação as demais
pessoas, pois para a figura do Presidente da República o julgamento será por conta do
Tribunal Supremo, mas para os demais nos Tribunais Comuns isso quando os crimes forem
cometidos no exercício das suas funções.
Nesta situação a Constituição consagra que“ Pelos crimes praticados fora do exercício das
suas funções, o Presidente da República responde perante os tribunais comuns, no termo do
mandato. Estas são as especialidades da responsabilidade criminal da figura do Presidente da
República,
5
Crf. n° 3 do artigo 153 da CRM
6
Nos termos do artigo 4 n°1 alinea b) cabe ao minesterio publico zelar pela observância da legalidade e
fiscalizar o cumprimento das leis ordenarias e normas legais
7
De acordo com a nossa lei fundamental “os Deputados da Assembleia da República não
podem ser processados judicialmente, detidos ou julgados pelas opiniões ou votos emitidos
no exercício da sua função de Deputado. 7
Entende-se aqui como por exemplo que um deputado que interpele outro de uma maneira
insultuosa em princípio não pode ser objecto de um processo por injúria e poderia se isso
acontecesse no meio da rua, sem estar numa sessão da Assembleia da República
outro lado, a Constituição estabelece que “Nenhum Deputado pode ser detido ou preso, salvo
em caso de flagrante delito, ou submetido a julgamento sem consentimento da Assembleia da
República (Isto quer dizer, por exemplo que, que se um Deputado à Assembleia da República
fosse encontrado a praticar um crime de homicídio voluntário, ele poderia ser imediatamente
preso, sem ser necessário pedir autorização à Assembleia da República Há aqui que ressalvar
que a imunidade dos Deputados é levantada quando este cometa um ilícito criminal de
injúria, difamação ou calúnia
7
Crf n° 1 do artigo 175 da CRM
8
Crf. CORREIA. Eduardo.DIreito criminal. Vol 1. Almedina p.189 190
8
b) É costume retirar o “grément” aos diplomatas que praticarem delitos no país, fazendo-se
assim sair do território e permitindo que os respectivos países os julguem;
c) O mesmo, em regra, se aplica aos agentes internacionais equiparados aos agentes
diplomáticos, ao pessoal oficial das missões diplomáticas, bem como à família destes e em
certa medida aos cônsules.São sujeitos das excepções diplomáticas:
Essas pessoas escapam à consequência jurídica, que é a punição. Tratar-se-ia, dessa forma, de
Causa de isenção de pena? Não, pois a não aplicação da sanção decorre da exclusão da
jurisdição penal. Os representantes diplomáticos não se sujeitam à jurisdição criminal do país
onde estão acreditados porque suas condutas permanecem sob a eficácia da lei penal do
Estado a que pertencem. 9
Assim, cometida uma infracção nesses locais por pessoa que não goza da imunidade, o facto
fica sujeito à jurisdição territorial. Os delitos cometidos nas representações diplomáticas
serão alcançados pela lei moçambicana se praticados por pessoas que não gozem da
imunidade. 10
De acordo com a teoria da extra-territorialidade absoluta, a sede da embaixada é considerada
território estrangeiro. Nos termos da teoria da territorialidade relativa, a embaixada é
9
Crf. BELEZA. Tereza Pizarro, Direito penal. Vol 1. 2 ed. Lisboa. P; 506
10
Crf. CORREIA. Eduardo.DIreito criminal. Vol 1. Almedina p.189 190
9
considerada parte do território do país do sujeito activo do delito. Hoje, entretanto, para o
Direito Penal, essas doutrinas se encontram superadas. A sede da representação não é
considerada extensão do território estrangeiro.
10
2.1.1 Conclusão
Chegando ao fim do trabalho, apraz-me concluir que Na verdade, o sistema jurídico-penal
concedeu imunidades ou excepções a determinadas funções públicas, justamente para
viabilizar o seu exercício. Em que pesem as discussões a respeito do tema, a imunidade penal
não é vista como privilégio, mas um mecanismo jurídico para assegurar as garantias e os
direitos fundamentais estipulados na Constituição, bem como respeitar o exercício da
soberania dos demais Estados.
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2.1.2 Referencias
Legislação
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