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Universidade Católica de Angola

Faculdade de Economia e Gestão


Macroeconomia II

12-01-2023
CRISE DOS EUA – SUBPRIME 2008
Trabalho de Macroeconomia II

Docente
WILSON CHIMOCO
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE ANGOLA
Macroeconomia II

Trabalho do curso de Economia e


Gestão entregue à Universidade
Católica de Angola como medida
de avaliação

Orientador: Wilson Chimoco

Luanda/2023

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Integrantes; Turma A – 2º Ano:

Nome ID

David Barros 1000030112

Deanna Caivala 1000029500

Diva da Costa 1000028878

Edmilson Joaquim 1000028055

Emília Silva 1000027865

Eunice Francisco 1000028142

Fábio Nogueira 1000028011

Fernanda Cachimbombo 1000027944

Félix Nteka 1000027983

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Sumário executivo
Causas
 Observa-se que as causas da crise de 2008 são múltiplas sendo os seus efeitos
tanto imediatos como a longo prazo resultantes de vários sinais de alerta que foram
ignorados e a dimensão da crise bem como o respetivo impacto.

 Consta-se que a crise originada nos Estados Unidos, com a bolha do crédito
hipotecário de alto risco “Subprime” teve raízes muito longínquas que datam desde a
década de 90.

.  Observa-se que a política monetária americana de cariz expansionista favoreceu


um excesso de liquidez em busca de rendimento elevado e o desenvolvimento de uma
procura interna baseada no crédito de consumo, e, por conseguinte, no endividamento
dos agregados familiares, bem como despesas públicas elevadas, financiadas através
de um acesso pouco oneroso do capital.

 Observa-se que se registou um comportamento especulativo nos mercados


financeiros, com alguns investidores a correrem riscos muito elevados, o que foi
agravado pelo oligopólio das agências de anotações.

 Consta-se que a multiplicação de produtos extrapatrimoniais complexos (CDO,


CDS, etc.) e o regime de titularização, provenientes de um sistema bancário paralelo e
desregulado aumentou o risco sistemático.

Efeitos
 Assinala-se que além do desemprego a crise teve um impacto social multifacetado,
englobando, uma certa erosão das condições de trabalho, uma maior dificuldade no
acesso de algumas pessoas a serviços básicos, o sobre-endividamento e a exclusão
financeira.

 Consta-se, que segundo a Eurostat, o déficit público na União Europeia passou de


2,3% do PIB em 2008 para 7,5% em 2010, e de 2% para 6,3% no seio da Zona Euro,
tendo o rácio da dívida pública passado de 61,6% do PIB em 2008, para 79,6% em
2010 e de 69,4% para 84,7% na Zona Euro, tendo, deste modo, sido desperdiçados
em dois anos quase duas décadas de esforços para a consolidação orçamental de
alguns Estados-Membros.

Respostas
 Regista-se o facto de o plano de salvamento do setor bancário adaptado pelos
governos, representar apenas uma parte dos custos impostos à sociedade pela crise
financeira, já que os custos da recessão e do aumento da dívida pública serem
consideráveis, tendo-se perdido cerca de 60 biliões de dólares norte americanos a
nível mundial.

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 Observa-se que a crise obrigou a um aumento dramática do auxílio estatal no
segmento da adoção do quadro temporário para as ajudas de Estado.

Executive summary
Causes
• It is observed that the causes of the 2008 crisis are multiple, and their both immediate
and long-term effects result from various warning signs that were ignored and the scale
of the crisis as well, as its impact and effects on the world, were underestimated.

• It appears that the crisis that originated in the United States, with the credit bubble
“Subprime” (high risk mortgage) dates back to the 1990s.

• It observed that the American Monetary policy of an expansionist nature favored an


excess of liquidity in search of high returns and the development of domestic demand
based on consumer credit, and therefore on indebtedness of households, as well as
high public expenditure, financed though inexpensive access to capital.

• It is observed that there was speculative behavior in the financial markets, with some
investors taking very high risks, which was aggravated by the oligopoly of notation
agencies.

• It appears that the multiplication of complex off-balance sheet products (CDO, CDS,
etc.), and securitization regime from a parallel banking system caused unregulated,
increased systemic risk.

Effects
• It is noted that, in addition to unemployment, the crisis had multifaceted social impact,
including namely, a certain erosion of the conditions of work, greater difficulty for some
people in accessing services basic needs, over indebtedness and financial exclusion.

• According to Eurostat , public service in the European Union has passed from 2,8% of
GDP in 2008 to 7,8% in 2010, and from 2% to 6,3% within the Euro Zone with the
public debt ratio rising from 61,6% of GDP in 2008 , to 79,6% in 2010 and from 69,4%
to 84,7% in the Euro Zone , thus having been wasted in two years almost two decades
of efforts for the budgetary consolidation of Member States.

Answer
• It is noted the rescue plan for the banking sector adopted by the government,
represents only part of the costs imposed on society by financial crisis, since the costs
of recession and increase in public debt are considerable having lost 60 billion US
dollars worldwide.

• It is noted that the crisis forced a dramatic increase in state aid in the segment of
adopting the temporary framework for State aid.

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ÍNDICE
INTRODUÇÃO 6
1. CRISE DO SUBPRIME – CONTEXTO ANTECEDENTE 7
2. CAUSAS DA CRISE 7
3. PROPAGAÇÃO DA CRISE 8
4. CONSEQUÊNCIAS DA CRISE 8
5. MEDIDAS DE COMBATE 10
a) POLÍTICA MONETÁRIA 10
b) POLÍTICA FISCAL 11
6. CRÍTICAS ÀS MEDIDAS EFETUADAS 12
a) POLÍTICA MONETÁRIA 12
b) POLÍTICA FISCAL 12
7. IMPACTO DAS MEDIDAS 13
a) POLÍTICA MONETÁRIA 13
i. PIB, INFLAÇÃO, EMPREGO E DESEMPREGO 13
b) POLÍTICA FISCAL 14
i. PIB, EMPREGO, DESEMPREGO E INFLAÇÃO 14
c) CONTAS, CAMBIO E SISTEMA FINANCEIRO 14
8. LIÇÕES MACROECONÓMICAS 15
CONCLUSÃO 16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 17

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INTRODUÇÃO

BREVE HISTÓRIA

A principal causa dessa crise foi o estouro da bolha do mercado imobiliário dos EUA,
que começou no final da década de 1990, devido a uma grande expansão de oferta de
crédito nos EUA, sobretudo pelo crescimento da internet na economia causando novas
formas de negócio e empresas. Essa expansão de crédito veio acompanhada de uma
prática bastante comum nos EUA a chamada hipoteca. Os bancos estavam
oferecendo mais empréstimos, mesmo que as pessoas não tivessem renda
comprovada, o que gerou muitos compradores e valorizou os imóveis. Mais tarde com
a maior procura pelo crédito, os juros subiram e desvalorizaram-se os imóveis, por
consequência as pessoas passaram a ter dívidas maiores do que o valor do imóvel
fazendo com que as mesmas deixassem de pagar seus empréstimos e muitas,
buscavam renegociar suas dívidas contraindo mais empréstimos usando o mesmo
imóvel como garantia, ao passo que os bancos estavam emitindo títulos do mercado
financeiro ou baseados nas hipotecas e na confiança de que os empréstimos seriam
pagos. Esses títulos eram vendidos para outras instituições financeiras e havendo
dificuldade por parte de algumas para pagar os créditos, ou ainda com a
desvalorização dos imóveis os bancos passaram a ter títulos de dívidas que não eram
pagos, imóveis que não valiam os débitos, fazendo com que os bancos ficassem
descapitalizados e passassem a contrair empréstimos uns aos outros. Por
consequência verificou-se um ciclo de especulação devido à busca pela valorização
dos títulos de dívida. Após anos se verificando o mesmo cenário a bolha estourou!
Vários bancos faliram e dezenas de pessoas ficaram desempregadas surgindo então a
crise económica de 2008.

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1. CRISE DO SUBPRIME – CONTEXTO
ANTECEDENTE

Segundo Mankiw (2015); o período que antecede a crise foi marcado por diversos
acontecimentos, entre eles são destacados três choques na economia dos EUA
O primeiro deles foi um declínio no mercado de ações. Durante a década de 1990, o
mercado de ações passou por um crescimento desenfreado de proporções históricas,
à medida que os investidores iam se tornando cada vez mais otimistas (fortes ondas
de otimismo aumentam a procura) em relação às perspetivas da nova tecnologia de
informação. Quando o otimismo desapareceu, os preços médios das ações em bolsa
caíram cerca de 25% de agosto de 2000 a agosto de 2001. A queda no mercado de
ações reduziu o bem-estar das famílias, logo, o gasto dos consumidores. Além disso,
as perspetivas cada vez menores de lucratividade das novas tecnologias ocasionaram
uma queda nos gastos com investimentos. À luz do modelo IS-LM, a curva IS se
deslocou para a esquerda.
O segundo choque foi causado pelos ataques terroristas na cidade de Nova York e
em Washington em 11 de setembro de 2001. Na semana seguinte aos atentados, o
mercado de ações caiu outros 12%, o que, naquela ocasião, representava a maior
queda semanal desde a Grande Depressão (1930). Além disso, os atentados
aumentaram a incerteza em relação ao que o futuro poderia trazer. A incerteza pode
reduzir o gasto (o planejado também), uma vez que as famílias e as empresas adiam
alguns de seus planos até que ela seja superada. Assim, os atentados terroristas
deslocaram a curva IS ainda mais para a esquerda (à luz da cruz Keynesiana).
O terceiro choque foi causado por uma série de escândalos contabilísticos em
algumas das empresas de maior relevância nos Estados Unidos, como a Enron e a
WorldCom. Esses eventos pressionaram ainda mais para baixo os preços das ações e
desestimularam os investimentos em empresas, ou seja, um terceiro deslocamento
para a esquerda na curva IS.
Com isso, as famílias norte-americanas passaram a investir na compra de novas
moradias, dinamizando novamente a economia.

2. CAUSAS DA CRISE
O aquecimento nesse setor levou à forte especulação no preço das residências,
fazendo com que, entre 2000 e 2005, os Estados Unidos vivessem um boom
habitacional sem precedentes. As hipotecas Subprime foram responsáveis por uma
parcela expressiva desse boom. Segundo Morris (2009), os empréstimos Subprime
saltaram de um volume anual de US$ 145 bilhões, em 2001, para US$ 625 bilhões,
em 2005. No final de 2004, o Federal Reserve iniciou uma política de elevação da taxa
básica de juros, provocando um aumento do custo financeiro dos empréstimos para o
tomador e, a partir de 2006, uma de natureza distinta e riscos variados, fazendo com
que a classificação dos títulos se elevasse (IEDI 2008, Cintra e Scherer 2008,
Carvalho 2008, Roubini 2008).

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3. PROPAGAÇÃO DA CRISE

A crise se espalhou pela Europa, atingindo uma série de instituições financeiras


importantes, demonstrando as profundas fraquezas na arquitetura financeira que vem
sendo montada desde meados dos anos de 1970 (Helleiner et al. 2010). No dia 9 de
agosto, as bolsas europeias tiveram quedas expressivas devido ao anúncio de que o
maior banco francês, o Banco BNP Paribas, congelava três fundos imobiliários
(Parvest Dynamic ABS, BNP Paribas ABS Euribor e BNP Paribas ABS Eonia) em
razão de problemas no segmento de hipotecas Subprime nos Estados Unidos. Nesse
mesmo dia, o Banco Central Europeu (BCE) injetou quase 100 bilhões de euros no
sistema financeiro, seguido pela Federal Reserve, que injetou 12 bilhões de dólares,
em um esforço para elevar a liquidez.

Na Grã-Bretanha, os impactos da crise foram fulminantes. Em setembro de 2007, pela


primeira vez em 140 anos, assistiu-se a uma corrida bancária, e justamente contra o
Northern Rock, um dos maiores bancos ingleses (IEDI 2008).

No mês seguinte, o Northern foi estatizado. O agravamento da crise ocorreu entre


setembro e outubro de 2008, com a falência das gigantes do mercado hipotecário,
Fannie Mae e Freddie Mac, e do banco de investimentos Lehman Brothers.

É importante destacar que, até setembro de 2008, as economias periféricas, em


especial da América Latina, resistiam à crise com relativo sucesso. Não obstante a
volatilidade dos mercados financeiros, não houve repercussões significativas, nem
grandes mudanças na política econômica em razão de algum contágio (Frenkel 2008).
A tese do “desacoplamento” ganhava força (IMF 2007). Assim sendo, em princípios de
outubro de 2008, o Fed e os bancos centrais da Inglaterra, Suécia, Canadá e China
decidiram reduzir simultaneamente as taxas de juros (Frenkel 2009). O Federal
Reserve ainda fez acordos de swap com 14 bancos centrais, incluindo bancos centrais
de países periféricos, como Brasil e México.

4. CONSEQUÊNCIAS DA CRISE

De acordo com Mankiw (2015), incapazes de contrair empréstimos, e com ativos de


valor incerto, muitos bancos viram-se na corda bamba. Em 15 de setembro de 2008,
um dos grandes, o Lehman Brothers, entrou em falência. As consequências foram
extremas porque as conexões entre o Lehman e outros bancos eram muito obscuras,
muitas outras instituições financeiras corriam o risco de falir também. Por algumas
semanas, pareceu que todo o sistema financeiro poderia entrar em colapso.
O colapso de gigantes como Bear Stearns e Lehman Brothers levou as pessoas a se
questionarem se outras instituições financeiras, como Morgan Stanley, Goldman
Sachs e Citigroup, não teriam o mesmo caminho.

8
O problema foi muito maior pela interdependência entre as instituições, como elas
tinham muitos contratos umas com as outras, a extinção de qualquer uma delas
condicionaria todas as outras.
Além disso, devido à complexidade dos arranjos, os depositantes não tinham como
saber ao certo o grau de vulnerabilidade dessas empresas. A falta de transparência
fomentou a crise de confiança.
Para Blanchard (2017), os preços das ações despencaram. Se olharmos para os
índices de mercado de ações dos Estados Unidos, da área do euro e das economias
emergentes, desde o início de 2007 até o final de 2010 observamos que ao final de
2008 os preços das ações haviam perdido metade ou mais do seu valor em relação ao
pico anterior. Apesar da crise se originar nos Estados Unidos, os preços das ações
nos mercados europeu e emergentes caíram tanto quanto nos EUA. Atingidas pela
queda nos preços no mercado imobiliário e pelo colapso dos preços das ações, além
do medo de que isso poderia ser o início de outra Grande Depressão, as pessoas
cortaram radicalmente seu consumo.

Segundo Blanchard, essa crise não se resumiu aos EUA, logo assumiu dimensões
globais, outros países foram afetados por dois canais:
O primeiro foi o comércio, à medida que os consumidores e as empresas dos EUA
reduziram gastos, parte da queda recaiu sobre as importações de bens estrangeiros.
Do ponto de vista dos países que exportavam para os Estados Unidos, suas
exportações caíram, e, logo, sua produção.
O segundo canal foi o financeiro. Os bancos dos Estados Unidos, muito necessitados
de fundos em seu país, repatriaram fundos de outros países, criando problemas para
os bancos nesses países também. À medida que esses bancos se viram com
problemas, os empréstimos cessaram, diminuindo os gastos e a produção. Além
disso, em vários países europeus os governos haviam acumulado elevados níveis de
endividamento e passaram a registar grandes déficits. Os investidores começaram a
se preocupar se a dívida poderia ser paga e a cobrar taxas de juros muito mais
elevadas. Confrontados com essas altas taxas de juros, os governos reduziram
drasticamente seus déficits por meio de uma combinação de gastos mais baixos e
impostos mais altos. Isto levou, por sua vez, a uma nova redução na procura e na
produção. Na Europa, o declínio no produto foi tão severo que este aspeto particular
da crise adquiriu nome próprio, a crise do euro.
Em suma, a recessão dos Estados Unidos transformou-se em uma recessão mundial.
Em 2009, o crescimento médio nas economias avançadas foi de 3,4% (de longe a
menor taxa de crescimento anual desde a Grande Depressão). O crescimento das
economias em desenvolvimento continuou positivo, apesar de 3,5 pontos percentuais
inferior à média do período de 2000 a 2007.

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5. MEDIDAS DE COMBATE

Crises financeiras aumentam o desemprego e reduzem a renda porque provocam a


contração da procura agregada (DAD) por bens e serviços. Os formuladores de
políticas podem amenizar tais efeitos usando as ferramentas da política fiscal e
monetária para expandir a procura agregada (DAD). O banco central pode aumentar a
oferta monetária e reduzir as taxas de juros. O governo pode elevar os gastos do
governo e reduzir impostos.
Ou seja, uma crise financeira pode ser vista como um choque na curva de procura
agregada que pode ser compensado pelo uso da política fiscal e monetária
apropriada. Foi o que fizeram os formuladores de políticas econômicas durante a crise
financeira de 2008-2009, tomando essas medidas com a meta de estimular a procura
agregada. Porém existem limitações no que as políticas monetárias e fiscais podem
realmente fazer. Um banco central não pode reduzir sua meta de taxa de juros a
valores abaixo de zero. A política fiscal também é limitada.

a) POLÍTICA MONETÁRIA

A partir de Junho de 2007, o FED começou a se preocupar com uma desaceleração


do crescimento e passou a reduzir a taxa dos fundos federais com mais afinco à
medida que as evidências da crise se acumulavam. Em dezembro de 2008 a taxa
baixou a 0,25% que perdurou durante os próximos anos, nesse momento, porém, a
política monetária foi limitada pelo limite inferior zero. (Dalila Campos; 2019)
Uma das medidas escolhidas pelo banco central foi conduzir operações
expansionistas de mercado aberto em uma maior variedade de instrumentos
financeiros do que normalmente conduz. Poderia comprar hipotecas e títulos de
empresas e, logo, reduzir as taxas de juros nesses tipos de financiamento. O FED
usou essa última opção durante a crise de 2008-2009, o afrouxamento quantitativo
(quantitative easing — QE).

Algo curioso é que mesmo antes da taxa de juros chegar a zero, a política monetária
convencional (manipulação da taxa dos fundos federais) já se mostrava ineficaz.
Segundo Dalila Campos, a partir daí, o FED começou a adotar as políticas monetárias
não convencionais (PMNC), que abarcaram as políticas de balanço, de sinalização e
de crédito, os quais segundo o NCM não são indicados nos períodos “saudáveis” da
economia, como o famoso Quantitative Easing (política de quase-débito). As políticas
monetárias não-convencionais podem ser entendidas como uma expansão dos
mecanismos de transmissão da política convencional, com muitas inovações e
fundamentadas principalmente na expansão da extensão e quantidade dos
instrumentos adotados anteriormente.

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EXEMPLOS (Dalila Campos;2019):
- O Fed comprou outros ativos de modo a afetar diretamente a taxa cobrada dos
devedores.
- O FED foi emprestador de última instância. Durante essa crise, entretanto, o Fed
instituiu uma variedade de novas formas de conceder empréstimos a instituições
financeiras. As instituições financeiras incluídas não foram apenas bancos
convencionais, foram incluídos também os bancos-sombra (bancos-sombra são
instituições financeiras que, ainda que tecnicamente não sejam bancos,
desempenham funções semelhantes). Na época estes bancos estavam com
problemas também. Por exemplo, de outubro de 2008 a outubro de 2009, o Fed
estava disposto a conceder empréstimos a fundos mútuos do mercado monetário.

b) POLÍTICA FISCAL

A política fiscal foi necessária porque a crise do Subprime alcançou uma magnitude
muito maior do que as crises anteriores. Com a queda brusca da procura agregada
havia expectativa de deflação por conta do aumento da ociosidade da economia, por
conseguinte, mesmo com cortes significativos na taxa de juros nominal (levando-a
próxima ao lower-bound), a taxa de juros real permanecia positiva, o que dificultou
ainda mais a recuperação da economia, à luz disso, uma das consequências principais
foi a necessidade de maiores déficits e de maior confiança na política fiscal do que em
períodos anteriores.

EXEMPLOS (Mankiw;2013):

Por meio da Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), o governo federal


promete compensar as perdas que acometem um depositante quando um banco se
torna insolvente. Em 2008, a FDIC aumentou o depósito máximo que cobriria, de
US$100.000,00 para US$250.000,00. O objetivo era garantir aos depositantes que
seus recursos estariam a salvo.

Outro exemplo vem das injeções de capital organizados pelo Tesouro dos EUA em
2008 e 2009. Como parte do Trouble Asset Relief Program (TARP) o governo injetou
centenas de bilhões de dólares em vários bancos em troca de participação no
patrimônio desses bancos. O objetivo do programa era manter a solvência dos bancos
e conservar intacto o processo de intermediação financeira.

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6. CRÍTICAS ÀS MEDIDAS EFETUADAS

a) POLÍTICA MONETÁRIA

Uma das principais orientações do NCM é que a moeda não possui importância como
variável operacional da política monetária, o que implica que a compra de ativos
(realizadas em grande escala durante a crise do Subprime) não conseguiria atingir o
objetivo de impactar os níveis de atividade, implicando em irrelevância das PMNC,
“pois a taxa de juros de longo prazo e as expectativas dependem da taxa de juros de
curto prazo, além da comunicação que está sujeita à credibilidade do BC. Então,
segundo eles a única alternativa para uma situação na qual a PMC perde a sua
efetividade (quando a taxa de juros de curto prazo está próxima a zero) é a “forward
policy guidance”, ou seja, informar aos agentes sobre as intenções futuras desta taxa
de juros (Eggertsson; Woodford, 2003 apud Saraiva et al pág 4). A crise de 2008 foi
crucial para reavaliar as diretrizes do NCM em vários pontos, em relação à efetividade
das PMNC e quanto à importância da política fiscal.
Assim, o uso das PMNC durante as crises estendidas a situações de normalidade é
um outro ponto de divergência entre o NCM e os pós-keynesianos. Enquanto os
defensores do Novo Consenso apoiam que as políticas não convencionais devem ser
utilizadas apenas em situações de crise, os pós-keynesianos defendem a sua adoção
além dos momentos de depressão econômica (já que para eles a moeda não é
neutra). A ampliação da política de sinalização, por exemplo, se mostrou uma ajuda
mesmo após o auge da crise. (Pereira; 2014)
Para os pós-keynesianos, as PMNC adotadas no contexto da crise, tanto as políticas
de balanço como as de sinalização, são um importante instrumento que deve ser
utilizado sempre que for preciso estimular a economia.
Ainda, Romer indaga que a política monetária deveria ter sido utilizada de maneira
mais agressiva para evitar uma queda tão grande na procura agregada, porém,
segundo a visão dele, o Banco Central não esteve tão engajado em evitar uma
retração no lado real da economia no mesmo nível que esteve em evitar perdas
financeiras. Diante disto, o autor propõe que a saída para as situações onde a política
monetária não consegue evitar o que foi exposto acima é utilizar a política fiscal.

b) POLÍTICA FISCAL

Mishkin (2012) aponta que o fiscalismo keynesiano em algum momento vai obrigar o
governo a aumentar os impostos ou monetizar a economia através da compra de
títulos pelo Banco Central, o que causa elevação da inflação. Blanchard (2010), como
resultado de reflexões acerca da crise, aponta os benefícios da adoção de pacotes
fiscais como um importante instrumento anti cíclico.
A Teoria da Equivalência Ricardiana (David Ricardo; sec. XIX) também combate o
uso de política fiscal para atingir os níveis de emprego e renda da economia.

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De acordo com esta visão, quando o governo decide aumentar os gastos ou executar
uma política de redução de impostos, em algum momento no futuro ele terá de pagar
essa dívida aumentando novamente os impostos. A par desta condição, supondo que
os agentes tenham expectativas racionais, os consumidores aumentarão sua
poupança presente para fazer frente ao aumento dos impostos no futuro. Nestas
condições, a política fiscal não terá impacto sobre a economia porque no mesmo
montante em que o governo aumenta seus gastos ou reduz impostos, os agentes
ajustam seu consumo, isto é, a soma da poupança pública mais a poupança privada
permanece igual. Sendo assim, nem mesmo a redução de impostos estimularia a
economia no curto prazo.
E, como era de se esperar, o uso de fundos públicos para apoiar o sistema financeiro,
seja por meio de doações, seja por meio de empréstimos arriscados, seja por injeção
de capital, é cercado de controvérsias. Os críticos afirmam que é injusto os
contribuintes usarem seus recursos para resgatar participantes do mercado financeiro
de seus próprios erros. Além disso, a perspetiva desses resgates financeiros pode
aumentar o risco moral, porque o fato de as pessoas acreditarem que o governo
assumirá suas perdas faz aumentar a probabilidade de assumirem riscos excessivos.

7. IMPACTO DAS MEDIDAS

a) POLÍTICA MONETÁRIA
i. PIB, INFLAÇÃO, EMPREGO E DESEMPREGO

Podemos olhar para os impactos das políticas monetárias não convencionais sobre as
variáveis macroeconômicas dos EUA. As compras de ativos em larga escala foram
importantes na redução de 0,5% na taxa de juros de longo prazo (títulos de 10 anos do
governo), gerando diminuição da taxa de desemprego em 1,5 pontos percentuais e
aumento de cerca de 3% no PIB no segundo semestre de 2012, além de conseguir
uma estabilidade nos preços em torno de 1% a mais do que na ausência de
interferência da autoridade monetária.
Outros dois autores, Fuhrer e Olivei (2011), também encontraram bons resultados
com a compra de US$ 600 bilhões em títulos por parte do FED. De acordo com os
autores, tal compra geraria um impacto positivo de 0,75% a 0,8% no crescimento do
PIB, além da redução de 0,3 a 0,4% no desemprego depois de 2 anos, ou seja, uma
criação de cerca de 700.000 empregos.
O ex-presidente do Fed aponta para uma queda de 8,3% na taxa de desemprego se
comparada com o ponto mais alto da crise, além de uma acomodação da inflação em
torno de 2 pontos percentuais.

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b) POLÍTICA FISCAL
i. PIB, EMPREGO, DESEMPREGO E INFLAÇÃO

Segundo Dalila Campos, os resultados esperados da expansão fiscal pelo governo do


presidente Barack Obama eram de que se evitasse a perda de cerca de quatro
milhões de empregos, além de impedir que a taxa de desemprego superasse os 8,0%.
Com relação ao PIB, o ERP de 2010 estimou, com base em estudos econométricos,
que o ARRA contribuiu com aproximadamente 2,8 pontos percentuais para o
crescimento no segundo trimestre, já no terceiro e quarto trimestre, a contribuição foi
de 3,9% e 1,8%, respetivamente.
Também se usou o modelo macroeconômico do Moody’s Analytics para avaliar como
seriam os possíveis cenários sem a implementação de política fiscal, simulando que
nenhum corte de impostos ou aumento de gastos fossem feitos. Onde mostrou-se o
desempenho de algumas variáveis, como o PIB, a taxa de desemprego e o índice de
preços ao consumidor, em todas essas variáveis os estímulos foram importantes para
diminuir o impacto da crise. Nos anos de 2010 e 2011, por exemplo, sem o estímulo
fiscal, o PIB teria caído mais de 3%, enquanto a taxa de desemprego poderia ter
chegado a um patamar quase vinte por cento maior que as taxas comprovadas de
desemprego. O Consumer Price Index (CPI) também apresentou valores superiores
comparados à ausência do pacote de estímulos fiscais, como abordado anteriormente,
o problema de baixa inflação (ainda pior quando se trata de deflação) é danoso para a
política monetária que compromete a sua eficácia.
Em termos de quantidade, somente o ARRA estimulou a geração de cerca de 3
milhões de empregos no período em que a política fiscal estava sendo mais utilizada,
reduzindo a taxa de desemprego em mais de 1,5 pontos percentuais.

c) CONTAS, CAMBIO E SISTEMA FINANCEIRO

Os efeitos perante estes parâmetros foram realisticamente falando, equivalentes em


ambas políticas apresentadas.
De acordo com o IMF (2016); as taxas de câmbio se ajustaram de maneira
notavelmente ordenada e, embora a volatilidade mês a mês tenha aumentado em
2009, as mudanças nas taxas de câmbio reais desde o início da crise foram modestas,
com algumas exceções notáveis. Esse ajuste ordenado parece ter contribuído e
resultado da resposta bem-sucedida da política global à crise.
Na primeira fase, que durou aproximadamente de setembro de 2008 a março de
2009, a maioria das moedas desvalorizaram em relação ao dólar à medida que os
investidores buscavam um porto seguro, e o dólar valorizou 13,6% em termos
nominais efetivos. As taxas de câmbio efetivas são uma média ponderada do comércio
das taxas de câmbio bilaterais de um país com seus principais parceiros comerciais.

De março a novembro de 2009, grande parte da depreciação em relação ao dólar foi


revertida com o retorno da confiança. No mesmo período, o dólar desvalorizou 11,7%
em termos efetivos.

14
Com a pressão colocada sobre o sistema financeiro, vinda da falência dos grandes
bancos norte-americanos previamente mencionados, as contas internas sofreram
grandes golpes visto que grande parte do crédito concedido não podia ser retornado.
Os bail-outs governamentais foram a resposta dada. O custo total foi ampliado de US$
700 bilhões para US$ 850 bilhões, dos quais até US$ 700 bilhões serão usados para
comprar títulos podres, conforme o projeto original. Outros US$ 150 bilhões foram
acrescentados pelo Senado, na forma de cortes de impostos e incentivos fiscais. O
que só piorou a situação interna.
Cabe destacar que a crise de 2008 foi acompanhada de redução dos ativos externos
e aumento dos passivos externos, acentuando a trajetória negativa dada nesse
período. É de ver que Blanchard, notou a redução de consumo mundial, diminuindo as
importações norte-americanas.
Segundo Renato Godinho (2019); os investidores ao notarem o rebentar da “bolha”,
rapidamente retiraram o seu capital investido no país, o que significou uma grande
descida na mobilidade de capitais. A falência de bancos nacionais também afundou
ainda mais os ativos externos, visto que as reservas internacionais destes bancos
foram usadas para suprir dívidas exteriores. As reversas locais e externas esgotavam-
se num círculo vicioso de tentar tapar um buraco sem fundo, levando ao fecho de
agências internacionais o que agravou ainda mais as contas externas norte-
americanas.

8. LIÇÕES MACROECONÓMICAS

Justamente quando uma nova síntese parecia estar à vista e os macroeconomistas


sentiam que detinham as ferramentas para entender a economia e elaborar a política
econômica, a crise eclodiu e algumas sequelas ainda persistem. Essa crise terá
ocasionado uma grande reavaliação sobre a macroeconomia. Ela refletiu um grande
fracasso intelectual por parte da mesma porque não se percebeu que uma crise de tal
tamanho poderia acontecer, que as características da economia eram tais que um
choque relativamente pequeno, como a queda nos preços dos imóveis residenciais
nos Estados Unidos poderia provocar uma grave crise global.

Passados oito anos do início da crise as coisas mudaram drasticamente. Mais


trabalho foi realizado sobre várias questões que começam a ser integradas aos
grandes modelos macroeconômicos. Também foram extraídas lições para a política
econômica, tanto no uso de ferramentas macroprudenciais, como nos riscos de uma
elevada dívida pública. Se tomarmos sempre a história como um guia, as economias
serão atingidas por outro tipo de choque que ainda não se pensou.

As lições da crise provavelmente vão além da incorporação do setor financeiro aos


modelos e às análises macroeconômicas. Segundo Dalila Campos (2019), essa crise
também trouxe uma nova perspetiva para o uso da política fiscal como forma de
combate às crises (já que não era disseminada). Com isso, é necessário refletir se a
ausência dos estímulos não poderia ter causado uma recessão ainda mais forte e com
efeitos mais duradouros. A política fiscal não fazia parte das ferramentas indicadas
pelo mainstream para combater os efeitos da crise, o qual era dominado pelo NCM
que sempre apoiou o uso de política monetária.

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Os efeitos dessa influência podem ser vistos comparando o montante total de
recursos que o Fed utilizou para fazer sua política econômica (PM) e o montante
destinado aos impulsos fiscais. Os valores gastos com política monetária foram quase
cinco vezes maiores do que os gastos com política fiscal. É importante questionar que
se uma atenção maior tivesse sido dada aos estímulos fiscais, as variáveis
econômicas poderiam ter respondido de maneira mais rápida e positiva, uma vez que
a política fiscal consegue atingir diretamente as variáveis reais da economia. Após
tudo isso podemos entender essa crise como um importante passo em direção da
maior participação da política fiscal para minimizar os efeitos de uma crise, e não só o
uso da política monetária.

CONCLUSÃO
A política do Federal Reserve incluiu programas como o Maiden Lane I, II e III, o Term
Auction Credit, o TALF, o Term Securities Lending Facility, o Commercial Paper
Funding Facility, além de diversas outras formas de assistência que o Banco
disponibilizou ao mercado. Já a política do Tesouro abarcou instrumentos como o
TARP e programas de ajuda às agências Fannie Mae e Freddie Mac. Em relação ao
FDIC, uma espécie de fundo garantidor de crédito, as coberturas foram destinadas
principalmente para a garantia dos débitos bancários e o PublicPrivate Investment
Fund Guarantee. O Federal Housing Administration foi direcionado para o
refinanciamento de hipotecas e a expansão dos empréstimos do setor imobiliário,
enquanto os gatos atribuídos ao congresso se referem ao ARRA, o Economic Stimulus
Act of 2008, as assistências médicas e trabalhistas, tal como cortes de impostos para
pessoa física e jurídica.
Desde então, devido a políticas monetárias e fiscais fortes e à recuperação lenta do
sistema financeiro, a maioria das economias reverteu a situação. O crescimento nos
países avançados tornou-se positivo em 2010 e assim se manteve desde então. A
recuperação é, entretanto, inexpressiva e irregular. Em alguns países avançados, em
especial nos Estados Unidos, o desemprego quase voltou ao nível pré-crise. A área do
euro, porém, ainda enfrenta dificuldades, seu crescimento é positivo, mas baixo, e o
nível de desemprego permanece elevado. O crescimento nas economias emergentes
e em desenvolvimento também se recuperou, mas é menor que antes da crise e
diminui desde 2010.

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