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LUANDA,2024
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE ANGOLA
FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO
TURMA : A
GRUPO: 9
SALA: SO301
LUANDA,2024
INTEGRANTES DO GRUPO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 5
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................................ 6
2.1 SURGIMENTO DA BOLHA DA INTERNET................................................................ 6
2.2 O ESTOURO DA BOLHA DA INTERNET .................................................................... 7
2.3 CONSEQUÊNCIAS DA BOLHA..................................................................................... 8
2.4 ALGUMAS EMPRESAS E PAÍSES QUE FORAM AFETADAS ................................ 9
2.5 MECANISMO DE TRANSMISSÃO ............................................................................. 10
2.6 METÓDOS QUE FORAM UTILIZADOS PARA CORRIGIR A CRISE DA BOLHA
DA INTERNET ........................................................................... Erro! Marcador não definido.
2.6 LIÇÕES QUE ESTA CRISE DEIXOU PARA O MERCADO DE CAPITAIS ......... 10
CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 12
INTRODUÇÃO
Os primeiros anos da década de 2000 foram marcados por uma crise financeira que ficou
conhecida como a bolha da internet, ou “bolha ponto com”. Assim como qualquer bolha, o
fenômeno foi caracterizado pela supervalorização rápida e artificial de ativos financeiros sem
valor real para sustentar a especulação do mercado. Neste caso, a bolha se formou nos EUA
em torno de empresas de serviços online, em um período em que as conexões de banda larga
apenas começavam a ser implementadas no mundo.
A bolha da internet ocorreu no final da década de 1990 nos EUA. No entanto, a bolha “dot-
com” estourou no início dos anos 2000, quando ficou evidente que muitas dessas empresas
não eram financeiramente viáveis e não conseguiram cumprir as expectativas de lucros dos
investidores. Isso levou a uma queda acentuada nos preços das ações das empresas de
tecnologia e Internet, resultando em perdas substanciais para muitos investidores. O estouro
da bolha da tecnologia “dot-com” teve impactos significativos no mercado de ações e na
economia global. Muitas empresas ponto-com faliram, houve uma perda significativa de
empregos e uma desaceleração na atividade econômica em várias regiões.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
• CRISE
Kindleberger (2002), a definição de crise financeira deve considerar as atitudes dos agentes
económicos, por fazerem emergir os momentos de euforia, bolhas e irracionalidades.
Klindeberger (2002), Uma «crise típica» é desencadeada por uma mudança ampla e
profunda, exógena ao sistema económico, capaz de alterar as perceções dos operadores
sobre a evolução dos proveitos em um ou mais sectores de atividade
• BOLHA ESPECULATIVA
Uma bolha especulativa é um fenômeno de inflação dos preços de ativos financeiros, que se
baseia em expectativas irracionais dos agentes e que acaba por estourar, provocando uma
crise financeira. Essas bolhas são potencialmente perigosas, pois apesar de nem sempre serem
custosas, ocasionalmente podem estar associadas a eventos prejudiciais à economia.A bolha
pode ser evitada ou controlada pelo Banco Central, através da regulação da taxa de juros e da
oferta de moeda.
• BOLHA DA INTERNET
A bolha da internet (também conhecida como bolha ponto com ou dot com) foi um
movimento especulativo nas ações de empresas baseadas em negócios na internet ou
intensivas em tecnologia. O termo “bolha da tecnologia” é frequentemente associado à bolha
“dot-com” do final dos anos 1990 e início dos anos 2000, ele também pode ser usado para
descrever outras bolhas especulativas que ocorreram em sectores de alta tecnologia ao longo
do tempo.
Esta revolução tecnológica e comercial gerou uma certa euforia no mercado, seduzindo
investidores com a perspectiva de lucros exorbitantes. Desta forma, muitos investidores de
risco ansiosos por “queimar a largada” começaram a despejar volumosos aportes em startups
e empresas ainda em estágio embrionário.
O surgimento da internet como uma plataforma comercial viável atraiu investidores ávidos
por oportunidades de crescimento rápido. Muitas empresas ponto com (empresas cujos
negócios estavam centrados na internet) foram criadas, e os investidores estavam dispostos a
investir maciçamente nessas startups, mesmo que muitas delas não tivessem lucros
substanciais ou, em alguns casos, receitas.
O Estouro da bolha da internet foi causado por uma combinação de fatores que alimentaram
um otimismo irracional e uma especulação descontrolada no mercado de tecnologia durante a
década de 1990. A política monetária dos EUA também contribuiu para o estouro da bolha,
ao retomar o aperto monetário (elevação dos juros) no ano 2000. Além disso, outros fatores
colaboram para a quebra generalizada das empresas ponto com:
Euforia e Hype, o surgimento da internet como uma plataforma comercial viável gerou
uma euforia generalizada. O hype em torno das empresas pontocom (empresas centradas
na internet) levou a investimentos massivos, muitas vezes baseados em expectativas
futuras em vez de fundamentos reais.
A bolha das pontocom, que atingiu o seu pico no final da década de 1990 e rebentou no início
da década de 2000, teve um impacto mensurável nas variáveis macroeconómicas, como
evidenciado por dados concretos de diferentes sectores. Vamos analisar mais profundamente
os dados e números relacionados com estes impactos, concentrando-nos nas nuances das
mudanças no crescimento do emprego, nas oscilações da taxa de desemprego, no produto
interno bruto (PIB) e noutros indicadores económicos importantes.
2.Taxa de desemprego: quando a bolha atingiu o seu auge em 2000, a taxa de desemprego
era de cerca de 4%, o que significa que quase todas as pessoas que queriam um emprego
tinham um. Mas quando a bolha estourou, as coisas mudaram e a taxa de desemprego subiu
muito. Em 2002, atingiu 5,8%, este aumento de quase 2% pontos percentuais em apenas dois
anos mostra-nos o quanto a correção do mercado afectou a capacidade das pessoas de
encontrar trabalho e como teve impacto na estabilidade económica.
3. Crescimento económico: ao longo do aumento da bolha, entre 1995 e 2000, foi observado
um crescimento económico médio de aproximadamente 4% nos Estados Unidos,
Inversamente, após o rebentamento da bolha em 2001, seguiu-se uma desaceleração
significativa do crescimento, que caiu para cerca de 1%. O ano de 2002 apresentou um estado
de crescimento económico quase estagnado, com apenas 0,1% registado. Estes números
revelam a rápida metamorfose de uma economia próspera para uma que perdeu
progressivamente impulso devido às reverberações produzidas pelo rebentamento da bolha.
4. Finanças Públicas: a queda nos lucros das empresas de tecnologia resultou em uma
diminuição das receitas fiscais. O déficit orçamentário dos EUA aumentou consideravelmente
de 86 bilhões de dólares em 2000 para 157 bilhões de dólares em 2002, Esse aumento no
déficit reflete não apenas a pressão sobre as finanças públicas, mas também a necessidade de
ajustes orçamentários em resposta às mudanças nas condições econômicas.
O Venture Capital nem sempre acerta: a euforia do mercado foi, em larga escala,
alimentada e amplificada por investidores com foco em Venture Capital. Esta modalidade de
investimento tem como objetivo injetar recursos e desenvolver empresas com propostas
promissoras, e é considerada altamente arriscada. O estouro da bolha da internet é uma prova
sólida de que uma companhia não vai disparar, necessariamente, apenas por estar recebendo
aportes de investidores qualificados.
Diversificar é sempre essencial: seja qual for o seu estilo, renda ou interesse como
investidor, é sempre fundamental ter em mente que empresas estão expostas a riscos de
mercado que nem sempre são previsíveis. Segundo algumas estatísticas, em 1999, quase 40%
dos investimentos de venture capital foram destinados a companhias de serviços online.
Esta concentração muito alta de recursos em um setor específico foi um dos fatores que, além
de ajudar a formar a bolha, agravou o quadro quando ela estourou. Assim, independente do
quão promissor ou seguro um ativo pareça, nunca se deve apostar todas as suas fichas nele
ou, em jargão de mercado, “depositar todos os ovos na mesma cesta”.
CONCLUSÃO
As forças macroeconômicas afetam-nos, a todos, a nossa vida diária. Por tanto após a
abordagem feita percebemos que o grande equívoco das pessoas foi achar que as mudanças
da internet seriam instantâneas. Na verdade, com o fim da bolha ficou claro que as empresas
que sobreviveram eram as que tinham as economias tradicional, as que apresentavam uma
proposta de negócio sólida, priorizando a criação de receitas e o crescimento no lugar do
conceito de lucro e do crescimento rápido. É difícil detetar uma bolha, e que a confirmação
costuma a ser ocorrer tarde demais. Ainda assim as lições que tiramos do estouro da bolha
ponto com continuam sendo úteis para identificar riscos de distorções cognitivas no mercado
REFERÊNCIA BIBIOGRÁFIA