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Prof.

Arthur Leone
Auditoria

Controle de qualidade,
risco, planejamento,
controle interno
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Sumário
SUMÁRIO ......................................................................................................................................................... 2

INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................. 4

CONTROLE DE QUALIDADE .............................................................................................................................. 5

ELEMENTOS DO CONTROLE DE QUALIDADE ................................................................................................................................. 5


Rodízio de sócio encarregado ............................................................................................................................................ 9
REVISÃO DO CONTROLE DE QUALIDADE ...................................................................................................................................... 9
REVISÃO PELOS PARES ........................................................................................................................................................... 10

ACEITAÇÃO DO CLIENTE DE AUDITORIA .......................................................................................................... 16

O RISCO EM AUDITORIA.................................................................................................................................. 21

RISCO DO NEGÓCIO OU EMPRESARIAL-RN................................................................................................................................. 21


RISCO DE ENVOLVIMENTO....................................................................................................................................................... 23
RISCO DE DISTORÇÃO RELEVANTE - RDR .................................................................................................................................. 23
RISCO INERENTE - RI .............................................................................................................................................................. 23
RISCO DE CONTROLE - RC ....................................................................................................................................................... 25
RISCO DE DETECÇÃO - RD ....................................................................................................................................................... 25
RISCO DE AUDITORIA - RA....................................................................................................................................................... 27
RELAÇÕES E INTERPRETAÇÕES DECORRENTES DOS RISCOS .......................................................................................................... 28
MATERIALIDADE .................................................................................................................................................................... 32
MATERIALIDADE X RISCO ....................................................................................................................................................... 33

PLANEJAMENTO DA AUDITORIA ..................................................................................................................... 38

NOÇÕES GERAIS .................................................................................................................................................................... 38


ENTENDIMENTO DA ENTIDADE ................................................................................................................................................. 43

CONTROLE INTERNO ...................................................................................................................................... 48

COMPONENTES DO CONTROLE INTERNO ................................................................................................................................... 49


(1) Ambiente de controle ................................................................................................................................................. 50
(2) Avaliação de riscos ..................................................................................................................................................... 51
(3) Atividades de controle ................................................................................................................................................ 51
(4) Sistema de informações, incluindo os respectivos processos de negócios relevantes para a elaboração e divulgação de
demonstrações contábeis. ............................................................................................................................................... 51
(5) Monitoramento de controles. ..................................................................................................................................... 52
RESUMO DOS COMPONENTES DE CONTROLE INTERNO ................................................................................................................ 53
CLASSIFICAÇÃO DOS CONTROLES INTERNOS .............................................................................................................................. 53
LIMITAÇÕES DO CONTROLE INTERNO ........................................................................................................................................ 55
PRINCÍPIOS DE CONTROLE INTERNO.......................................................................................................................................... 56
Princípio da responsabilidade .......................................................................................................................................... 56
Princípio de rotinas internas de controle .......................................................................................................................... 56
Princípio de segurança e salvaguarda de ativos ............................................................................................................... 56
Princípio da segregação de funções ................................................................................................................................. 57
Princípio do confronto dos ativos com os registros ........................................................................................................... 57
Princípio da amarração do sistema .................................................................................................................................. 57
Auditoria interna............................................................................................................................................................. 57
COMUNICAÇÃO DAS DEFICIÊNCIAS DE CONTROLE INTERNO .......................................................................................................... 60

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REGISTRO DO CONTROLE INTERNO PELO AUDITOR...................................................................................................................... 63

AVALIAÇÃO E RESPOSTAS AOS RISCOS........................................................................................................... 66

PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE RISCOS DA ENTIDADE .................................................................................................................... 66


Respostas aos riscos identificados ................................................................................................................................... 66

QUESTÕES COMENTADAS .............................................................................................................................. 70

LISTA DE QUESTÕES ..................................................................................................................................... 132

GABARITO .................................................................................................................................................... 155

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Introdução
Em nossa aula anterior começamos avançar na auditoria independente. Conhecemos o que é e quais são os
requisitos éticos da auditoria e do auditor. Já aprendemos também sobre os conceitos de fraude e erro (aplicada
na auditoria independente e fiscal), estrutura de relatório etc.

Agora, finalmente, vamos começar a executar a auditoria. A jornada se inicia com o controle de qualidade e
aceitação do cliente. Nesta aula veremos ainda os riscos e o controle interno que são aspectos fortemente ligados
ao planejamento dos trabalhos. Tudo isso é conteúdo normativo!

Exploraremos o máximo a doutrina para buscar a compreensão global do assunto reduzindo a dependência em
relação às normas, mas não as esqueceremos. Sempre que necessário transcreveremos algumas partes das NBC
TAs e PAs para fixação e entendimento de elementos principais, mas, como as normas estão facilmente
disponíveis para consulta na internet, e a sua publicação contém mais de 1000 páginas, restariam improdutivas
transcrições recorrentes. Quem já fez aula comigo sabe que procuro explicar os temas e não reproduzir normas.
Quem aprende responde várias questões e quem decora responde apenas uma questão.

Tentem solucionar as questões intercaladas entre a teoria com os conhecimentos que você já possui e adquiriu
após a leitura da teoria. Veja a resposta depois! Não se assuste se não conseguir resolver uma ou outra questão,
pois algumas questões aprofundam um pouco mais os assuntos. E aí, aproveitamos a resposta para fazer esses
esclarecimentos. Outras, abordam assuntos iniciais e intermediários (ainda não estudados) ao mesmo tempo. Não
se abata com isso. Use as questões como ferramenta de aprendizado, não de pressão.

AVISO para o PDF 1.0:


✓ Não se assuste com a 155 páginas desta aula.
✓ A teoria contém apenas 69 páginas.
✓ O grande volume de páginas se dá em razão do grande volume de

questões desta aula. (80 páginas).

Assim, isso não afetará seu planejamento. Vc pode fazer as questões de


forma parcelada conforme sua necessidade. Se preferir, para os assinantes
QC, pode trabalhar questões apenas por lá. Considere o excesso de páginas
como seu “estoque” de questões. Naturalmente, assinantes QC não tem
essa preocupação.

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Controle de qualidade

A Auditoria está sujeita a um rígido controle de qualidade. Não poderia ser diferente, afinal, uma atividade que
vende “confiança” deve ser pautada em rigorosos padrões éticos e de qualidade.

Entretanto, de pouco adiantaria uma enormidade de normas de auditoria prescrevendo deveres éticos para o
auditor e a firma de auditoria se não houvesse um sistema de monitoramento.

Esse sistema de monitoramento é estabelecido na NBC TA 220. Podemos pensar no sistema de qualidade das
firmas de auditoria usando um raciocínio análogo ao que seria o “sistema de controle interno”, tema que ainda
vamos estudar.

Deste modo, o Sistema de qualidade é um conjunto de procedimentos e políticas para garantir o cumprimento das
normas profissionais e técnicas que envolvem, além do estabelecimento das próprias políticas, o seu
monitoramento.

Está estruturado com base em algumas premissas a serem alcançadas:

Manutenção da
Manutenção da
competência e capacidade
independência
técnica do pessoal

Sistema de
qualidade

Cumprimento das normas Procedimentos para


de auditoria, aceitação e retenção de
regulamentos e leis clientes

Elementos do controle de qualidade


A firma deve estabelecer e manter um sistema de controle de qualidade que inclua políticas e procedimentos que
tratam dos seguintes elementos:

(a) responsabilidades da liderança pela qualidade na firma;

(b) exigências éticas relevantes;

(c) aceitação e continuidade do relacionamento com clientes e de trabalhos específicos;

(d) recursos humanos;

(e) execução do trabalho;

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(f) monitoramento.

Vamos entender... esses elementos estão reproduzidos na NBC TA 220 e na NBC PA 01 nesses exatos termos.

O que tudo isso representa?

Se entendermos a essência, não precisaremos decorar os elementos citados acima. Pense um pouco:

O que eu preciso para executar uma auditoria com qualidade?

Preciso que a equipe seja qualificada, tenha experiência e cumpra padrões éticos. Se estou auditando um banco,
por exemplo, seria adequado ter auditores com experiência no sistema financeiro; preciso que o trabalho de
auditoria apenas seja aceito se atender certas condições prévias (veremos isso em aceitação do cliente no tópico
5); preciso que a turma que faz parte da equipe seja independente, ou seja, não poderia ter um membro da equipe
casado com um diretor ou com o contador do auditado, por exemplo.

Note que são bem óbvias e dedutivas. Não temos grandes diferenças se compararmos com outras profissões. Por
exemplo: para construir um viaduto, na equipe deveria ter um engenheiro com experiência em construir pontes e
viadutos, caso contrário terei riscos na qualidade;

Veja que o sistema de qualidade procurar garantir esses elementos e tudo isso deve ser garantido por um
monitoramento constante. O monitoramento é a “luz de alerta”. Sempre que se notar uma violação as políticas
de qualidade da firma, devem ser aplicadas as salvaguardas. Vamos consolidar a partir de uma questão...

CESPE- TCE-PR- Analista de Controle/2016

Nas empresas de auditoria, o monitoramento destina-se a garantir que o controle de qualidade seja efetivo. Para
concretizar esse objetivo, o(s) responsável(is) pela execução do monitoramento deve(m)

A) requerer que as pessoas que executarão a revisão do controle de qualidade de determinados trabalhos não
sejam envolvidas na inspeção desses mesmos trabalhos.

B) comunicar os requisitos de independência da empresa a seu pessoal e, quando aplicável, a outras pessoas
sujeitas a ela.

C) identificar e avaliar circunstâncias e relações que criem ameaças à independência, e tomar as medidas
apropriadas.

D) aplicar medidas disciplinares contra aqueles que deixarem de cumprir políticas e procedimentos da empresa,
especialmente os reincidentes.

E) tratar de maneira apropriada as reclamações e alegações de que o trabalho realizado pela empresa não está de
acordo com as normas técnicas.

Resolução:

Revisor de controle de qualidade do trabalho é o sócio, ou outro profissional da firma, uma pessoa externa
adequadamente qualificada, ou uma equipe composta por essas pessoas, nenhuma delas fazendo parte da equipe
de trabalho, com experiência e autoridade suficientes e apropriadas para avaliar objetivamente os julgamentos
relevantes feitos pela equipe de trabalho e as conclusões alcançadas na elaboração do relatório de auditoria.

NBC PA 01, 48.

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A firma deve estabelecer um processo de monitoramento para fornecer segurança razoável de que as políticas e os
procedimentos relacionados com o sistema de controle de qualidade são relevantes, adequados e estão operando de
maneira efetiva. Esse processo deve:

(a) incluir a contínua consideração e avaliação do sistema de controle de qualidade da firma, incluindo, de modo cíclico,
a inspeção de, pelo menos, um trabalho concluído para cada sócio encarregado de trabalho;

(b) requerer que a responsabilidade pelo processo de monitoramento seja atribuída a um ou mais sócios, ou a outras
pessoas com experiência e autoridade suficientes e apropriadas na firma para assumir essa responsabilidade; e

(c) requerer que as pessoas que executam o trabalho ou a revisão do controle de qualidade do trabalho não
estejam envolvidas na inspeção desses trabalhos (ver itens A64 a A68).
Resposta A

Um dos aspectos mais importantes para o auditor é a independência, pois afeta sobremaneira a qualidade da
auditoria. O sócio encarregado assume papel vital para a eficácia do controle de qualidade. Ele deve, segundo a
NBC TA 220...

(a) obter informações relevantes da firma ou das firmas da rede, para identificar e avaliar circunstâncias e
relacionamentos que criam ameaças a independência;

(b) avaliar as informações sobre violações identificadas de políticas e procedimentos de independência da firma
para determinar se elas criam uma ameaça a independência para o trabalho de auditoria; e

(c) tomar as medidas apropriadas para eliminar essas ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável mediante a
aplicação de salvaguardas, ou, se considerado apropriado, retirar-se do trabalho, quando a retirada e possível de
acordo com lei ou regulamento aplicável.

Esquematizando, temos a conduta a ser adotada pelo sócio nos seguintes termos:

Obter informações sobre


Avaliar para confirmar aplicar as salvaguardas
possíveis ameaças à
se são ameaças de fato
independencia

Exemplo:

Vejamos um caso prático como exemplo. Ao avaliar o quesito independência, teríamos o seguinte:

1- A firma questiona todos os membros da equipe sobre se alguém mantem relacionamentos próximo ou
financeiro em relação à administração da entidade a ser auditada.

2- Um membro da equipe diz que é casado com a secretária da diretoria.

3- Outro membro afirma que o diretor é seu inimigo pessoal.


Conclusão:

O encarregado irá ponderar as constatações para avaliar aquelas que podem afetar os julgamentos e prejudiquem
a independência. Concluiu que a situação “2” não afeta a independência, pois no cargo de secretária, não haveria
influências nas políticas contábeis e elaboração das demonstrações contábeis etc. Quanto à situação “3” concluiu
que isso poderia influenciar na independência, que deve ser mantida de fato e de pensamento.

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Assim, o encarregado deve aplicar uma salvaguarda para não prejudicar a auditoria. Qual seria? Uma salvaguarda
aplicável seria afastar esse membro da equipe deste trabalho específico.

Tome nota:

O conceito de “firma” já foi objeto de prova: Firma é um único profissional ou sociedade de pessoas que atua como auditor
independente.

Ao zelar pelo cumprimento dos requisitos para qualidade, a Firma persegue dois objetivos que dariam uma
excelente questão de prova:

Quais os objetivos do sistema de qualidade da firma (do auditor)?

(1) deve
oferecer (2) e os
garantia que relatórios
A firma
cumpre as são
exigências apropriados
legais

Para que a auditoria possa cumprir seu objetivo que é aumentar a confiança que usuários depositam nas
demonstrações contábeis, a firma precisa ter a sua “imagem”, independência, competência, recursos humanos e
outros fatores adequados.

Como garantir isso?

Através do sistema de qualidade. O sistema de qualidade monitora constantemente os membros da equipe e as


relações da firma.

Quem é o cara que personifica esse controle?

É o sócio encarregado, conceito que já apareceu em prova:

“Sócio encarregado do trabalho” é o sócio ou outra pessoa na firma, responsável pelo trabalho e sua execução e
pelo relatório de auditoria ou outros relatórios emitidos em nome da firma, e quem, quando necessário, tem a
autoridade apropriada de um órgão profissional, legal ou regulador.

As expressões “Sócio encarregado do trabalho”, “sócio” e “firma” devem ser lidos como se referissem a seus
equivalentes no setor público, quando relevante.

Ainda temos alguns conceitos... vocabulário típico da auditoria:

Sobre o “trabalho” do sócio encarregado...

É evidente que o sócio encarregado não tem condições de “trabalhar” sozinho. Ele tem uma equipe designada
como Equipe de trabalho.

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Equipe de trabalho são todos os sócios e quadro técnico envolvidos no trabalho, assim como quaisquer pessoas
contratadas pela firma ou uma firma da rede para executar procedimentos de auditoria no trabalho. Isso exclui
especialistas externos contratados pela firma ou por uma firma da rede.

O sistema de qualidade da firma deve disseminar entre seu pessoal as políticas e procedimentos para assegurar a
independência e garantir que seja notificada sempre que uma circunstância crie alguma ameaça, e assim adotar
as medidas e salvaguardas cabíveis tempestivamente.

Um dos mecanismos para ser avisada sempre “a tempo” é a obtenção por escrito de informações dos membros da
equipe:

NBC PA 01, 24
Pelo menos uma vez por ano, a firma deve obter confirmação por escrito do cumprimento de suas políticas
e procedimentos sobre independência de todo o pessoal da firma, que precisa ser independente por
exigências éticas relevantes.

Rodízio de sócio encarregado


A firma deve requerer o rodízio do sócio encarregado do trabalho e das pessoas responsáveis pela revisão do
controle de qualidade do trabalho, e, quando aplicável, de outras pessoas sujeitas a exigências de rodízio, após os
períodos especificados para rodízio. Devemos ter atenção com esse tópico especialmente em relação ao prazo
para rodízio. Antes da NBC PA 400, a NBC PA 01 fixava o prazo em 5 anos. no mesmo sentido afirmava a NBC PA
290, revogada em 2019.
Bom, o que temos agora? Temos um prazo em aberto na norma, veja:

NBC PA 01, 25.


A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para:
(a) estabelecer critérios para determinar a necessidade de salvaguardas para reduzir a ameaça de
familiaridade a um nível aceitável ao utilizar o mesmo pessoal sênior em trabalho de asseguração por longo
período de tempo; e
(b) exigir, para auditorias de demonstrações contábeis de entidades listadas, a rotatividade do sócio do
trabalho e dos indivíduos responsáveis pela revisão do controle de qualidade do trabalho e, quando
aplicável, de outras pessoas sujeitas a requisitos de rotatividade, após período especificado em
conformidade com exigências éticas relevantes .

Revisão do controle de qualidade


A revisão de controle de qualidade do trabalho e cabível para auditoria de demonstrações contábeis de
companhias abertas e de outros trabalhos de auditoria para os quais a firma tenha determinado essa necessidade.

Veja que o controle de qualidade feito no início da auditoria deve ser reavaliado antes de terminar a execução da
auditoria. E qual é momento final da auditoria? É o relatório. É ele que marca o fim dos trabalhos de campo.

Essa definição já apareceu assim em assertiva correta:

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A Revisão do Controle de Qualidade do Trabalho é desenhada para fornecer uma avaliação objetiva, na data, ou antes da
data, do relatório, dos julgamentos significativos feitos pela equipe de trabalho e das conclusões a que se chegou durante a
elaboração do relatório. (AFRFB/ESAF)

A revisão é feita pelo Revisor do controle de qualidade. Conceito que, também, já apareceu em provas:

Revisor de controle de qualidade do trabalho é o sócio, ou outro profissional da firma, uma pessoa externa
adequadamente qualificada, ou uma equipe composta por essas pessoas, nenhuma delas fazendo parte da equipe
de trabalho, com experiência e autoridade suficientes e apropriadas para avaliar objetivamente os julgamentos
relevantes feitos pela equipe de trabalho e as conclusões alcançadas na elaboração do relatório de auditoria.
Esclarecendo:

O revisor é alguém que não participou dos trabalhos. Em geral é alguém da firma, mas poderá ser um profissional
externo, especialmente nas firmas pequenas, que não dispõe de outro sócio além daqueles que participaram dos
trabalhos. O revisor irá analisar objetivamente os papeis de trabalho para compreender os julgamentos e as
decisões tomadas.

O revisor deve fazer:

a) discussão de assuntos significativos com o sócio encarregado do trabalho;

b) revisão das demonstrações contábeis e do relatório proposto;

c) revisão da documentação selecionada de auditoria relativa aos julgamentos significativos feitos pela equipe de
trabalho e das conclusões obtidas; e

d) avaliação das conclusões atingidas ao elaborar o relatório e consideração se o relatório e apropriado.

Revisão pelos pares


O sistema de controle passa por dupla revisão. Uma interna, em que o sócio deve revisar os trabalhos, não datando
o relatório enquanto não finalizado o processo de revisão. A outra, externa, denominada revisão pelos pares.

Revisão pelos pares é o exame realizado por auditor independente nos trabalhos de auditoria executados por
outro auditor independente, visando verificar se:

a) os procedimentos e as técnicas de auditoria utilizados para execução dos trabalhos nas empresas clientes estão
em conformidade com as normas de contabilidade do CFC/outras normas de outros órgãos;

b) o sistema de controle de qualidade desenvolvido e adotado pelo auditor está adequado e conforme o previsto
na NBC PA 01.

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Revisão pelos
Pares

Revisão pelo
sócio

Dupla revisão

Controle de
qualidade

Vejamos como o controle de qualidade é cobrado!


FCC - DPE-RS – Analista/2017

Em uma palestra sobre normas vigentes de auditoria emanadas pelo Conselho Federal de Contabilidade acerca do
Auditor Independente, foram abordados os seguintes itens: responsabilidades da liderança pela qualidade na
firma, exigências éticas relevantes, aceitação e continuidade do relacionamento com clientes e de trabalhos
específicos, recursos humanos, execução do trabalho e monitoramento. Nos termos da NBC PA 01, esses itens
representam elementos tratados por políticas e procedimentos inclusos em

(A) um sistema de controle de qualidade.

(B) um projeto de auditoria independente.

(C) uma sistemática de controle interno e externo.

(D) um conjunto de medidas voltadas à evidenciação de atos auditados.

(E) uma política de transparência fiscal.

Resolução:

A NBC PA 01 contempla o Controle de qualidade para firmas de Auditoria Independente. Da simples leitura do
título da norma concluiríamos que a assertiva correta é a letra A.

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.201/09

Aprova a NBC PA 01 – Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes.

Para resolver a questão de outro modo, deveríamos concluir que os aspectos citados são fundamentais para
garantir a qualidade da auditoria. A auditoria “vende” confiança. A confiança só pode ser obtida se o trabalho foi
aceito mediante avaliação criteriosa; se os profissionais são independentes, competentes e tais condições são
monitoradas para que, ao qualquer desvio das políticas de qualidade, salvaguardas sejam operacionalizadas.

Outra abordagem que nos ajudaria a resolver a questão, seria conhecer os requisitos para o cumprimento da NBC
PA 01. A informação está na própria norma e são os seguintes:

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REQUISITOS

Aplicação e cumprimento de exigências relevantes

Elementos do sistema de controle de qualidade

Responsabilidade da liderança pela qualidade na firma

Exigências éticas relevantes

Aceitação e continuidade do relacionamento com clientes e de trabalhos específicos

Recursos humanos

Execução do trabalho

Monitoramento

Documentação do sistema de controle de qualidade

Resposta: A

ESAF-AFRFB/2014

É correto afirmar que:


1. a firma de auditoria tem por obrigação estabelecer e manter sistema de controle de qualidade para obter
segurança razoável que a firma e seu pessoal cumprem com as normas profissionais e técnicas e as exigências
legais e regulatórias aplicáveis.

2. a firma de auditoria deve estabelecer e manter sistema de controle de qualidade para obter segurança razoável
que os relatórios emitidos pela firma ou pelos sócios do trabalho são apropriados nas circunstâncias.

3. o objetivo do auditor é implementar procedimentos de controle de qualidade no nível do trabalho que forneçam
ao auditor segurança razoável de que a auditoria está de acordo com normas profissionais e técnicas e exigências
legais e regulatórias aplicáveis.

a) Todas são falsas.

b) Somente 1 e 2 são verdadeiras.

c) Somente a 3 é verdadeira.
d) Somente a 2 é falsa.

e) Todas são verdadeiras.

Resolução:

Item 1. Verdadeiro

NBC PA 01, 11.

O objetivo da firma é estabelecer e manter um sistema de controle de qualidade para obter segurança razoável que:

(a) a firma e seu pessoal cumprem as normas técnicas e as exigências regulatórias e legais aplicáveis; e (...)

Item 2. Verdadeiro

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NBC PA 01, 11

O objetivo da firma é estabelecer e manter um sistema de controle de qualidade para obter segurança razoável que:

(...)

(b) os relatórios sobre demonstrações contábeis e demais relatórios emitidos pela firma e pelos sócios encarregados
do trabalho são apropriados nas circunstâncias.

Item 3. Verdadeiro.

NBC TA 220 (2016), 6.

O objetivo do auditor é implementar procedimentos de controle de qualidade no nível do trabalho que forneçam ao
auditor segurança razoável de que:

(a) a auditoria está de acordo com normas profissionais e técnicas e exigências legais e regulatórias aplicáveis; e

(b) os relatórios emitidos pelo auditor são apropriados nas circunstâncias.


Resposta: E

ESAF-AFRFB/2014

São características do auditor experiente possuir experiência prática de auditoria e conhecimento razoável de:

a) processos de auditoria, normas de auditoria e exigências legais aplicáveis.

b) normas de auditoria e exigências legais aplicáveis e processos judiciais cíveis dos diretores.

c) ambiente de negócios em que opera a entidade e negócios estratégicos realizados pelos seus concorrentes.

d) assuntos de auditoria e de relatório financeiro relevantes à atividade da entidade e das atividades dos
conselheiros em outras empresas.

e) processos sigilosos e fórmulas dos produtos.

Resolução:

Letra A- Verdadeiro

NBC TA 530 (2016), 6.

Auditor experiente é um indivíduo (interno ou externo à firma de auditoria) que possui experiência prática de auditoria
e conhecimento razoável de:

(i) processos de auditoria;

(ii) normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis;

(iii) ambiente de negócios em que opera a entidade; e

(iv) assuntos de auditoria e de relatório financeiro relevantes ao setor de atividade da entidade.

Letra B- Falso. Exemplo: A pensão alimentícia e o divórcio do diretor não interessam ao auditor.

Letra C- Falso. Os negócios estratégicos dos concorrentes devem estar sob olhar atento da governança da
entidade, para que se mantenha competitiva e a frente de seus concorrentes.

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Letra D- Falso. Atividades dos conselheiros em outras empresas não são, em princípio, de interesse do auditor.

Letra E- Falso. Embora o auditor acabe tomando conhecimento de informações sigilosas, nem todas são
necessárias à auditoria. Por exemplo: o auditor não precisa tomar conhecimento da fórmula da Coca – Cola para
executar uma auditoria nas suas demonstrações contábeis.

Resposta: A

FGV- SEFAZ-Cuiabá – Auditor Fiscal/2014

Sobre a revisão do controle de qualidade do trabalho de auditoria, assinale a afirmativa correta.

A) É o processo que fornece uma avaliação subjetiva dos julgamentos feitos pela equipe de trabalho.

B) Deve ser feita em até 30 dias após a data do relatório.

C) É realizada apenas em companhias abertas.

D) O profissional mais experiente da equipe de trabalho é designado revisor de controle de qualidade.

E) Os especialistas externos contratados pela firma não fazem parte da equipe de trabalho.

Resolução:

Letra A – incorreta. Para ficar correto basta substituir “subjetiva” por “objetiva”.

Letra B – incorreta.

NBC PA 01, A42

O relatório do trabalho não deve ser datado enquanto não for concluída a revisão do controle de qualidade do trabalho.
Entretanto, a documentação da revisão do controle de qualidade do trabalho pode ser completada após a data do
relatório.

Letra C - Incorreta.

NBC PA 01, A41

Os critérios para determinar quais trabalhos, além de auditorias de demonstrações contábeis de companhias abertas,
devem ser submetidos à revisão de controle de qualidade do trabalho podem incluir, por exemplo:

a natureza do trabalho, incluindo até que ponto ele envolve um assunto de interesse público;
a identificação de circunstâncias ou riscos incomuns em um trabalho ou classe de trabalhos;

se as leis ou regulamentos requerem a revisão do controle de qualidade do trabalho.

Letra D – Incorreta.

NBC PA 01, 12

(...)

Revisor de controle de qualidade do trabalho é o sócio, ou outro profissional da firma, uma pessoa externa
adequadamente qualificada, ou uma equipe composta por essas pessoas, nenhuma delas fazendo parte da equipe de
trabalho, com experiência e autoridade suficientes e apropriadas para avaliar objetivamente os julgamentos
relevantes feitos pela equipe de trabalho e as conclusões obtidas para elaboração do relatório.

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Letra E – Correta

NBC PA 01, 12

(...)

Equipe de trabalho são os sócios e o quadro técnico envolvidos no trabalho e quaisquer pessoas contratadas pela firma
ou uma firma da mesma rede para executar procedimentos do trabalho. Isso exclui especialistas externos contratados
pela firma ou por firma da mesma rede.

Resposta: E

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Aceitação do cliente de auditoria


Partiremos agora para um tema muito importante para o auditor e se conecta ao RISCO e também ao CONTROLE
DE QUALIDADE. Antecede o planejamento da auditoria, antecede a contratação e é determinante para o
resultado da auditoria: A ACEITAÇÃO DO CLIENTE.

A obediência às normas de auditoria não é exigível apenas a partir do planejamento ou na execução da auditoria.
Mas sim, antes mesmo de se aceitar o trabalho de auditoria.

O cliente deve ser aceito pelo auditor apenas se houver o que as NBCs chamam de condições prévias para uma
auditoria.
A NBC TA 210 dispõe no seu item 6:

Para determinar se existem as condições prévias a um trabalho de auditoria, o auditor independente deve:
(a) determinar se a estrutura de relatório financeiro a ser aplicada na elaboração das demonstrações
contábeis é aceitável
(b) obter a concordância da administração de que ela reconhece e entende sua responsabilidade:
(i) pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de relatório financeiro
aplicável, incluindo, quando relevante, sua adequada apresentação.
(ii) pelo controle interno que a administração determinou como necessário para permitir a elaboração de
demonstrações contábeis livres de distorções relevantes, independentemente se causadas por fraude ou
erro; e
(iii) fornecer ao auditor:
a. acesso a todas as informações relevantes de que a administração tem conhecimento para a elaboração
das demonstrações contábeis, como registros, documentação e outros assuntos;
b. informações adicionais que o auditor pode solicitar da administração para fins da auditoria; e
c. acesso irrestrito a pessoas da entidade que o auditor determina ser necessário para obter evidência de
auditoria.

Qual o significado de tudo isso?

Significa que o auditor não aceita qualquer trabalho. Não basta fazer uma proposta de honorários que o auditor
vai “correndo” para fazer o trabalho. É preciso que haja uma premissa básica, que são as condições prévias:

Reflita:

Faria algum sentido o auditor aceitar o trabalho se a administração não vai passar informações?

Faria sentido aceitar um trabalho de auditoria em que as demonstrações contábeis não possuem estrutura
aceitável? Por exemplo, a empresa faz suas demonstrações contábeis e seus registros em um “caderninho de
anotações”, com muitas omissões e incorreções.

Evidente que não! Não há, sequer, as condições prévias para iniciar um relacionamento.

Se a entidade impõe limitação ao auditor este deve avaliar recusar o cliente.

A decisão de aceitar ou manter um cliente de auditoria é questão de julgamento do auditor e é influenciada por
vários fatores. Segundo Gramling et al (2011) influenciam essa decisão:

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▪ Integridade da administração
▪ Qualidade dos processos de gestão de risco
▪ Exigências de divulgação, incluindo as regulatórias
▪ Participação de grupos de interesse
▪ Existência de partes relacionadas
▪ Saúde financeira da organização

Considerando que a auditoria se apoia em evidências colhidas mediante testes e amostragens, naturalmente ela
não pode assegurar com certeza absoluta que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante.
Sendo assim, sempre haverá o risco de que alguma distorção relevante deixe de ser percebida. Partindo-se dessa
premissa, alguns clientes de auditoria não devem ser aceitos ou retidos, face ao risco de envolvimento do auditor.

Vejam o que aconteceu com a Arthur Andersen, umas das então “big 5” firmas de auditoria do mundo. Após se
envolver com as gigantes americanas Worldcom e Enron, envolvidas em fraudes bilionárias, acabou falindo por
não ter identificado as distorções e maquiagens nas demonstrações contábeis destas empresas. Além da sua
carteira de clientes minguar, pagou milhões de dólares em indenizações. Com a “morte” da Arthur Andersen,
agora resta-nos as “big 4”.

O processo de aceitação de clientes (ou de retenção de um cliente antigo) deve ser uma análise cuidadosa. A
contratação do auditor não é um mero comércio tal qual escolher uma mercadoria na prateleira disponível para
qualquer um que queira pagar o preço.

Reflita sobre:

A quem interessa um auditor que aceita qualquer chamado de


qualquer empresa para executar uma auditoria?

Ou então...

Qual a confiança que passa para o público um auditor que leva em


consideração apenas os honorários envolvidos ao decidir sobre a
aceitação ou retenção de um trabalho de auditoria?

O trabalho do auditor consiste em emitir uma opinião capaz de aumentar a confiança do público que as
demonstrações contábeis auditadas não contêm distorções relevantes. Confiança é algo muito sensível, tal qual
um cristal, uma vez arranhada, não voltará a ser como antes.

Parte dessa confiança reside no fato de que as auditorias são pautadas pelos mais elevados padrões éticos e
técnicos de forma que essa opinião não pode ser comprada. Tudo é questão de julgamento independente do
auditor. Se o auditor jamais recusasse um trabalho, parte da segurança que transmite aos usuários em razão da
sua honradez, conduta ética e técnica seriam substancialmente reduzidas.

Fique atento:

O processo de aceitação de clientes não é um mero julgamento da honestidade do contratante, mas também uma
avaliação técnica da capacidade em realizar o trabalho.

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Se o auditor considerou que o cliente é integro e estão presentes as condições prévias para um trabalho de
auditoria, deve observar agora aspectos relacionados a sua capacidade de realizar o trabalho. Tanto a capacidade
técnica da equipe de trabalho como o cumprimento de requisitos éticos, inclusive independência.

Em relação à competência técnica, o auditor poderá determinar a utilização de especialistas em área que não
contabilidade ou auditoria, se necessários para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente.

Exemplificando:

A entidade mantém em seus ativos diversas obras de arte em valores relevantes. O auditor por não ser especialista
em artes, pode demandar a participação de um especialista para determinar o valor ou a autenticidade dessas
obras. O fato de não ser especialista em artes não torna o auditor automaticamente incapaz de executar a
auditoria neste cliente.
Em síntese, o processo de aceitação de um novo cliente ou retenção de um cliente antigo de auditoria deve levar
em consideração os seguintes elementos:

▪ Avaliação das razões da auditoria


▪ Possibilidade de cumprimento dos requisitos éticos do auditor
▪ Integridade da administração
▪ Obter junto aos auditores antecessores a razão da descontinuidade do relacionamento bem como obter
informações sobre áreas de riscos etc.
▪ Preparar proposta com os termos do trabalho
▪ Verificação da capacidade técnica para atuar junto ao cliente

Vamos testar...
O tema aceitação de clientes normalmente está associado à avaliação de riscos, controle de qualidade e requisitos
éticos, especialmente independência, de modo que quando aparece está contextualizado com esses outros temas.
Vejamos uma questão.

ESAF - AFRFB/2012

Pode-se afirmar que, para a aceitação do risco de um trabalho de auditoria externa, deve o auditor avaliar

I. se os sócios e equipe são, ou podem razoavelmente tornar-se, suficientemente competentes para assumir o
trabalho.

II. qual a atitude dos colaboradores e dos grupos de colaboradores em relação ao ambiente de controle interno e
seus pontos de vista sobre interpretações agressivas ou inadequadas de normas contábeis.

III. se terá acesso aos especialistas necessários para a realização do trabalho.

a) Todas estão corretas.

b) Apenas I e II estão corretas.

c) Apenas II e III estão erradas.

d) Somente a III está correta.

e) Todas estão erradas.

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Resolução:

A questão foi baseada na NBC PA 01, que trata do controle de qualidade das firmas de auditoria.

Item I- diz respeito à capacidade técnica do auditor. Se não tem capacidade técnica para realizar o trabalho, deve
recusar o cliente, item verdadeiro.

NBC PA 01, 26

A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para a aceitação e continuidade do relacionamento com clientes e
de trabalhos específicos, projetados para fornecer à firma segurança razoável de que aceitará ou continuará esses
relacionamentos e trabalhos, apenas nos casos em que a firma:

(a) é competente para executar o trabalho e possui habilidades, incluindo tempo e recursos, para isso;

(b) consegue cumprir as exigências éticas relevantes; e

(c) considerou a integridade do cliente, e não tem informações que a levariam a concluir que o cliente não é íntegro.

Item II- Verdadeiro. Conforme item A19:

NBC PA 01, A19

Com relação à integridade do cliente, os assuntos a serem considerados incluem, por exemplo:

-a identidade e a reputação empresarial dos principais proprietários, do pessoal chave da administração e dos
responsáveis pela governança do cliente;

-a natureza das operações do cliente, incluindo suas práticas empresariais;

-informações sobre a postura dos principais proprietários, pessoal chave da administração e dos responsáveis pela
governança do cliente, com relação a assuntos como interpretação agressiva de normas contábeis e o ambiente de
controle interno;

-se o cliente está primordialmente preocupado em manter os honorários da firma no nível mais baixo possível;

-indicações de limitação indevida no alcance do trabalho;

-indicações de que o cliente pode estar envolvido em lavagem de dinheiro ou outras atividades criminosas;

-as razões da disposição de contratar a firma e de não recontratar a firma anterior; a identidade e a reputação
empresarial de partes relacionadas.

A NBC TA 315 também se manifesta nesse sentido, estabelecendo que o auditor deve buscar conhecer a entidade.
Como parte deste conhecimento, não podemos esquecer do elemento “controle interno”.

O ambiente de controle é um dos componentes do controle interno. Em relação ao ambiente de controle, o auditor
deve avaliar se a administração, com a supervisão geral dos responsáveis da governança, criou e manteve uma
cultura de honestidade e conduta ética; e os pontos fortes no ambiente de controle fornecem coletivamente
fundamento apropriado para os outros componentes do controle interno, e se os outros componentes não são
prejudicados por deficiências no ambiente de controle.

Item III- Verdadeiro.

NBC PA 01, A18

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Considerar se a firma possui a competência, habilidades e os recursos para assumir um novo trabalho de um cliente
novo ou existente envolve revisar as exigências específicas do trabalho e os perfis do sócio e do quadro técnico
existentes, em todos os níveis relevantes, incluindo se:

• o pessoal da firma tem conhecimento dos setores ou temas relevantes;

• o pessoal da firma tem experiência relevante com as exigências regulatórias ou de relatório, ou a capacidade de
obter as habilidades e o conhecimento necessários de maneira efetiva;

• a firma tem pessoal suficiente com a competência e a habilidade necessárias;

• existem especialistas disponíveis, se necessário;

• existem pessoas disponíveis que atendam aos critérios e os requisitos de elegibilidade para realizar revisão do
controle de qualidade do trabalho, quando aplicável; e a firma consegue concluir o trabalho dentro do prazo para
apresentação do relatório ou relatório.

Se a especialização em área que não contabilidade ou auditoria é necessária para obter evidência de auditoria
apropriada e suficiente, o auditor deve determinar a necessidade de utilizar o trabalho de especialista.
Resposta: A

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O risco em auditoria
As organizações convivem com risco desde que existem. Num sentido lato, podemos defini-lo como a
possibilidade de um perigo ou ameaça, é um evento potencial que pode impedir o alcance de um objetivo. É um
elemento presente em qualquer atividade empresarial. O risco exterioriza-se das mais variadas formas, por
exemplo: no surgimento de novos concorrentes, numa crise financeira, em falhas de softwares, em falhas de
controle interno. Os riscos são gerados tanto externamente quanto internamente às organizações e a forma como
a entidade gere lida com os riscos interessam não só a própria entidade, que precisa gerenciá-los, mas também ao
auditor, pois poderá haver reflexos nas demonstrações contábeis. O auditor precisa conhecer, identificar e
responder a esses riscos para a condução da auditoria.

Há quatro tipos de riscos que são relevantes para a condução de uma auditoria: Risco do negócio, risco de distorção
relevante (risco de controle + risco inerente), risco de detecção e risco de auditoria. Veremos um a um.

Risco do negócio ou empresarial-RN


O risco do negócio não é um risco típico da auditoria enquanto técnica, mas sim, um risco empresarial, o risco de
sofrer prejuízos, dos projetos falharem, o risco de sofrer demandas judiciais. É o risco de ter lucro ou prejuízo sob
o ponto de vista do negócio. É um risco macro, engloba o risco de distorção relevante. Tanto a firma de auditoria,
enquanto entidade empresarial, quanto à empresa auditada estão sujeitos ao risco do negócio.

Tome nota:

Esse é um risco natural de qualquer atividade empresarial, seja uma firma de auditoria, advocacia, indústria etc.,
portanto, não é um risco do processo de auditoria. É um risco das entidades em geral. Como a entidade auditada
está sujeita a riscos do negócio, interessa ao auditor conhecer tais riscos que interagem com a entidade.

O auditor precisa entender o meio ambiente em que a entidade está envolvida e os riscos do negócio para
desenvolver a auditoria.

O item A39 da NBC TA 315 (2016) esclarece:


O entendimento dos riscos de negócio enfrentados pela entidade aumenta a probabilidade de identificação
de riscos de distorção relevante, já que a maioria dos riscos de negócio acabará por ter consequências
financeiras e, portanto, efeito nas demonstrações contábeis. Contudo, o auditor não tem responsabilidade
de identificar ou avaliar todos os riscos de negócio porque nem todos os riscos de negócio dão origem a
riscos de distorções relevantes.

O RN poderá aparecer com “outro nome” como fez a FCC, por exemplo, na seguinte assertiva verdadeira:

“A sazonalidade, a concorrência, as condições econômicas do país e outros riscos dos produtos ou serviços são fatores que
podem contribuir, nas auditorias, para o risco operacional”(FCC).

Veja que a designação do risco levou em conta um dos seus enfoques (operações). Assim, vamos aprender como
classificar o risco de negócio:

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Riscos do negócio
Condições que afetam um
Riscos de mercado
instrumento financeiro

Condições que afetam as


Riscos operacionais operações, processos
internos, sistemas falhos

Condições que dependem de


Riscos de crédito outra parte, como um
tomador de empréstimo

Já apareceu assim...
FCC - MPE-PE - Analista Ministerial - Área Auditoria/2018

Segundo as normas de auditoria, o risco de negócio resulta de

A. distorção relevante identificada e avaliada que, no julgamento do auditor, requer consideração especial na
auditoria.

B. condições, eventos, circunstâncias, ações ou falta de ações significativas que possam afetar adversamente a
capacidade da entidade de alcançar seus objetivos e executar suas estratégias.

C. processo planejado, implementado e mantido pelos responsáveis pela governança, administração e outros
empregados para fornecer segurança razoável quanto à realização dos objetivos da entidade.

D. declarações da administração, explícitas ou não, que estão incorporadas às demonstrações contábeis, utilizadas
pelo auditor para considerar os diferentes tipos de distorções potenciais que possam ocorrer.

E. procedimentos de auditoria aplicados para a obtenção do entendimento da entidade e do seu ambiente, para a
identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante.

Resolução:

Risco de negócio não tem relação com auditoria. Eliminamos assim todas as assertivas que menciona aspectos
relacionados à auditoria ( letras A, D e E).

Sobra-nos B e C. Porém, A “C” trata da forma como à Administração reage aos riscos e não do risco propriamente
dito. O Risco do negócio está definido na letra B
Resposta C

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Risco de envolvimento
Situação que o auditor enfrenta antes de aceitar ou reter um cliente de auditoria. É a ameaça de envolver-se em
uma administração não honesta, que dificulte o trabalho de auditoria, que não tenha capacidade de pagar os
honorários, que manche o nome do auditor envolvendo-o em fraudes etc.

Risco de distorção relevante - RDR


É o risco de que as demonstrações contábeis ou afirmações contenham distorção relevante antes da auditoria. É
o risco que se relaciona às transações, saldos e registros contábeis da entidade.

O risco de distorção relevante está presente na entidade antes mesmo do auditor ser contratado para realizar a
auditoria.

Tais riscos podem existir em dois níveis:

▪ No nível geral
▪ No nível das afirmações

No nível geral, refere-se aos riscos de distorção relevante que afetam de forma disseminada as demonstrações
contábeis, afetando muitas afirmações.

No nível das afirmações, refere-se a classes de transações, saldos contábeis e divulgações.

Uma dúvida que costuma aparecer nos fóruns de dúvidas é:

Professor, qual a diferença entre classe de transações e saldos contábeis?

“Classe de transações” refere-se a contas de resultado (despesa, receita, custos). Já o termo “Saldos contábeis” se
refere a contas do Balanço (Ativo, passivo, PL)

O risco de distorção relevante (RDR) decorre da agregação do risco inerente (RI) e risco de controle (RC). Costuma-
se representar matematicamente como:

RDR=RI x RC ou f(RI, RC)

A forma matemática de função nos fornece uma boa ideia da relação entre os elementos.

Risco inerente - RI
É a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo contábil ou divulgação, a uma distorção
que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, antes da consideração de
quaisquer controles relacionados;

Exemplo:

“uma operação envolvendo instrumento financeiro derivativo, cuja avaliação pode envolver processo de
estimativa, tem um risco inerente maior do que uma operação de compra de materiais de estoque de um
fornecedor” ( Longo, Claudio. Manual de auditoria e revisão de demonstrações contábeis).

Por quê? Porque um cálculo complexo que envolve estimativas e julgamento pode variar bastante no seu
resultado. Assim, aumenta o risco de distorção.

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Perceba que o RI intrínseco à conta, à transação etc. Ele já está lá independente de qualquer coisa que você
(auditor) possa fazer.

Para captar a essência do seu significado podemos recorrer a outros exemplos não usuais, veja:

▪ O risco inerente de calcular “2+2” é infinitamente inferior ao de se calcular uma expressão numérica
complexa envolvendo limites e derivadas (pelo menos pra mim hehe).
▪ O risco inerente quanto a ser vítima de um crime é maior ao se caminhar numa rua deserta à noite do que
quando se caminha nos corredores de um shopping center, por exemplo.

Transponha esses exemplos para o mundo contábil e nunca mais esquecerá sua definição.

Tome nota:

O risco inerente não é uniforme para toda classe de transações.

Transações que envolvam julgamento profissional, cálculos complexos, estimativas contábeis, partes relacionadas, ausência
de pessoal qualificado estão mais sujeitas à distorção do que, por exemplo, operações simples e rotineiras. Operações em que
os responsáveis não possuem treinamento adequado podem contribuir para o aumento do risco inerente também.
Risco inerente maior

Cálculos complexos, Transações simples e


contas que envolvam rotineiras, de valores
Risco inerente menor

estimativas e baixos, contas que


incertezas, transações envolvam pouco ou
não rotineiras, nenhum julgamento
valores elevados, da entidade
presença de pessoal
não qualificado

(adaptado de: Whinttington, Ray & PANY, Kurt. Principles of auditing & others assurance services)

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Risco de controle - RC
O risco de controle é uma função da eficácia dos controles estabelecidos pela administração da entidade. É a
possibilidade da entidade não detectar ou não prevenir falhas, erros, fraudes em razão destes não serem captados
pelos controles estabelecidos.

Matematicamente seria: f(procedimentos de controle)

Quanto mais eficazes são os controles menor é o risco de controle.

Para facilitar e conceituar de forma simples o risco de controle podemos chamá-lo mentalmente (apenas
mentalmente) de “risco de não controle”. Assim você terá em mãos uma definição rápida para conceituar esse
risco.

Percebeu por quê?

Na verdade, o risco de controle é o risco de “não controlar”, desta forma temos uma definição rápida sempre à
mão.

Ao estudarmos os demais riscos, veremos também esses pequenos desvios de significado. Dessa forma vou
aproveitar para deixar aqui logo esse macete que servirá para os demais.

Quando estamos diante de uma pessoa com uma doença terminal, poderemos dizer que há risco de vida ou risco
de morte. O mais apropriado é risco de morte, pois o verdadeiro risco que a pessoa está sofrendo é de morrer.
Assim ocorre nos riscos de auditoria onde também temos uma designação que é imprecisa e não ajuda na
conceituação.

▪ Assim, o Risco de controle na realidade quer dizer “risco de não controle”.


▪ O risco de detecção na verdade quer dizer “risco de não detecção”

Mas cuidado! Não existe “risco de não controle”, nem risco de “não detecção” isso é apenas um macete para você
conceituá-los de forma simples, afinal, o risco de controle é, na sua essência, o risco de não se controlar e assim
por diante.

Voltando ao assunto Risco de controle... a empresa precisa implantar controles eficazes para reduzir se Risco de
controle.

Quanto aos controles implantados pela empresa, é importante ressaltar que por melhor que eles sejam, sempre
existirá risco de distorção relevante, pois os controles podem ser burlados e há possibilidade de erros humanos e
outras falhas.

Existe risco de controle zero?

Não, pois sempre haverá uma limitação nos controles internos. Eles podem ser burlados através de fraudes e
conluios. Poderemos até ter um controle efetivo, mas por uma falha de treinamento de um funcionário não foi
aplicado dentre outras situações.

Risco de detecção - RD
É o risco de o auditor não detectar distorções relevantes existentes. A NBC TA 200 descreve o RD como o risco de
que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo
não detectem uma distorção existente que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras
distorções.

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Conforme o “macete” que introduzimos ao tratar do risco de controle temos:

Atenção:

Pela definição deste risco, em um “bom português”, ele deveria ser chamado de “RISCO DE NÃO DETECÇÃO”.
Entretanto, as normas lhe designam como Risco de detecção. Para fixar sua definição, podemos tomá-lo como
“Risco de não detecção”, embora, ressalto, tal termo não tenha sido previsto nas normas de auditoria.

Observem que a relevância é sempre levada em consideração pelo auditor. E esse parâmetro é importante porque
o auditor não está obrigado a identificar distorções não relevantes.

O nível do risco de detecção tem relação inversa com os riscos de distorção relevante. Quanto maior o risco de
distorção relevante menor será o RD a ser aceito pelo auditor.

Lógica facilmente verificável não é mesmo? Observe: se há um RDR alto, precisamos trabalhar com uma chance
pequena de não detectar distorções. Logo, se RDR é alto, o RD deve ser baixo.

Verificamos essa lógica facilmente, por meio da abordagem matemática que se costuma aplicar ao risco de
auditoria (RA) onde:

RA = RDR x RD

Quanto mais reduzirmos o RD abaixo de 100%, vamos reduzir o valor que seria encontrado na expressão
matemática, ou seja, colaboramos para reduzir o RA. Veja:

Isso se deve ao fato de o RD atuar para “combater” o RDR. Confirmamos esse raciocínio analisando a fórmula
matemática do risco de auditoria (RA = RDR x RD). Observe que, à medida que o auditor reduz o RD de 30% até
1%, obterá cada vez resultados menores de RA para o mesmo RDR hipotético (50%).

Para gerenciar o RD é necessário ter equipe de trabalho capacitada para o trabalho e aplicar testes substantivos
em volume e qualidade compatíveis com o risco assumido.

O RD é uma função dos procedimentos de auditoria. Quanto maior e melhor os testes e procedimentos de
auditoria menor a possibilidade de o auditor não detectar distorções relevantes. Sendo assim, o RD se relaciona
com a natureza, época e a extensão dos procedimentos de auditoria.

Como gerenciar o Risco de detecção?

Colhendo evidências apropriadas e suficientes através dos testes de auditoria. Para isso pode ser necessário
socorrer-se de especialistas em determinada área, aumentar a quantidade de procedimentos, alocar pessoal
sênior na equipe de trabalho, etc.

Quanto melhor e eficazes os testes de auditoria, menor o risco de detecção. Ou seja: é menor a chance de o auditor
não detectar distorções.

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Risco de auditoria - RA
A NBC TA 200 descreve o risco de auditoria como o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria
inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma
função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção.

Embora não seja tarefa fácil mensurar matematicamente o risco de auditoria, podemos ilustrá-lo em modelo
matemático incluindo três elementos: RC, RI e RD, atribuindo-se valores percentuais a cada um deles,
evidenciando-se a relação entre ambos, da seguinte forma:

RA = RI x RC x RD

ou

RA=f(RI, RC, RD)

Lembrem que RI x RC corresponde ao RDR.

Observem ainda que, neste modelo, o auditor tem gestão apenas sobre o RD ou RA, já que o RDR tem origem na
entidade e já existe antes mesmo da auditoria. Fixando o RA que se deseja correr na fase de planejamento, e
mensurados o RC e RI da entidade, encontraremos o RD necessário, que em outras palavras se refere ao volume e
qualidade de testes e evidências necessários para manter o RA no nível fixado.

Obs.: Aos níveis de RA, RI e RD podem ser atribuídos valores qualitativos ou quantitativos: Alto, Moderado e
baixo; 1%, 2%....

Vamos entender o modelo matemático usando exemplos numéricos:

Digamos que na auditoria de uma empresa de alto risco o auditor tenha fixado o RA em um nível baixo - 1%. Ou
seja, deseja trabalhar com um intervalo de confiança de 99%, logo, estaria exposto a uma chance de 1% de opinar
que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante quando não estão de fato.

Ao avaliar o meio ambiente interno e externo da entidade, o auditor identificou que seus controles são fracos, seu
pessoal não é qualificado e há muitas transações complexas e não rotineiras. Diante disso fixou o RC e o RI em
níveis altos- 100% cada um deles. Ou seja, o auditor está admitindo que 100% das transações da entidade são
registradas com alguma distorção e em 100% dos casos o sistema de controle interno não consegue detectar a
distorção.

Então temos:

RA= 1% (fixado pelo auditor)

RI=100% (avaliado pelo auditor)

RC=100%(avaliado pelo auditor)


RD=?

RA = RI x RC x RD

0,01=1,0 x 1,0 x RD

RD=0,01

Isso significa que para manter o risco de auditoria no nível desejado e definido preliminarmente (1%), o auditor
deve dimensionar seus procedimentos de auditoria para trabalhar com um RD de 1% (resultado encontrado). Em
outras palavras, o auditor está disposto a enfrentar uma chance de 1% de não detectar distorções relevantes nas
demonstrações contábeis.

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Existe risco de auditoria zero?

A única possibilidade de risco de auditoria zero é recusando o cliente. Sempre haverá risco. Ele pode ser mantido
em nível aceitavelmente baixo, mas nunca zerado. Isso se deve porque a auditoria sofre limitações (é baseada
em testes, amostragens, as evidências são persuasivas e não conclusivas etc.)

Aproveitando...

Existe Risco de controle ou risco inerente zero?

Também não! Eles até poderiam ser baixos ou baixíssimos, mas sempre haverá algum tipo de risco, pois sistemas
falham, o homem erra, os controles e normas podem ser burlados etc.

Relações e interpretações decorrentes dos riscos


Esgotado os riscos, passemos a compreender algumas leituras possíveis e interpretações sobre os resultados e
relações envolvendo os riscos que podem aparecer em provas. São frequentes as questões que buscam as relações
entre os elementos que influenciam os riscos e as relações entre os próprios riscos. Vejamos:

Como fazer a leitura das informações... (valores hipotéticos)

RA=1%. Significa que a chance de a opinião do auditor no relatório de auditoria ser adequada
é de 99%. A chance de opinar de forma inadequada quando as demonstrações contábeis
contêm distorção relevante é de 1%.

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RC=30%. Significa que o sistema de controle interno da entidade não conseguiu detectar falhas
e erros de registros em 30 % das transações.

RI = 10%. Significa que 10% dos registros contábeis de uma conta ou classe de transação
contém distorções.

Acompanhe, na figura, o fluxo resultante da relação entre os riscos e o risco de auditoria. A ideia do diagrama é o
seguinte: A seta “bem grande” vai sendo combatida até que resulta em uma seta “pequena”. O que “sobra” é o
risco de auditoria.

Explicando:

Observe que a organização é bombardeada por diversos riscos (risco inerente). A primeira barreira que surge são
os controles internos. Os controles conseguem eliminar uma parte dos riscos, mas como têm limitações e podem
ser burlados, uma parte dos riscos seguem adiante, dando origem ao risco de controle. A próxima barreira para
identificar os riscos são os testes do auditor. Contudo, a auditoria também sofre limitações e poderá não detectar
parte dos riscos de distorção não eliminados pelo controle interno. Nesse momento, temos o risco de detecção.
Se o auditor não detecta distorções relevantes pelos seus testes, corre-se o risco de as demonstrações contábeis
estarem prejudicadas e uma opinião inadequada ser emitida, resultando no risco de auditoria.

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Vejamos como os “riscos” são cobrados:


FUNDATEC – Auditor de Controle Interno Porto Alegre/2019

Ao tratar do tema risco de auditoria, as normas brasileiras de contabilidade definem diversos conceitos. Sobre tais
definições, assinale a alternativa correta.

A. Risco de auditoria é o risco que existe antes da consideração de quaisquer controles, sua identificação é de
responsabilidade da entidade auditada.

B. Risco de controle é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção relevante em razão de
fraudes cometidas pelo controle interno.

C. Risco de detecção é o risco de que os procedimentos adotados pelo auditor não detectem uma distorção
relevante.

D. Risco de distorção relevante é o risco de que uma distorção relevante não seja detectada pela auditoria.

E. Risco inerente é o risco de que o auditor expresse uma opinião inadequada quando as demonstrações contábeis
contiverem distorção relevante.

Resolução:

Letra A – Errado. É a definição de risco inerente.

Letra B – Errado. Decorre de falhas no controle interno. O controle interno não “comete fraudes”. As pessoas que
o burlam sim.

Letra C – Certo. Em “bom português” o risco de detecção significa o “risco de não detectar”.

Letra D – Errado. Define risco de detecção.

Letra E – Errado. Define risco de auditoria


Resposta: C

VUNESP – ISS Guarulhos-Inspetor Fiscal de Rendas /2019

Quanto aos tipos de riscos de auditoria, é correto afirmar que

A. o risco de detecção independe da ação do auditor.

B. o risco de controle está ligado ao grau de eficácia dos procedimentos conduzidos pelo auditor.

C. o risco inerente é um risco próprio da natureza da atividade em questão.

D. o risco de controle é o risco de o auditor não detectar um erro ou fraude.

E. o risco de detecção se divide em risco de controle e risco inerente.

Resolução:

Letra A – errado. Depende dos procedimentos de auditoria.

Letra B – Errado. Se trocar “auditor” por “administração da entidade” ficaria correto.

Letra C – Certo. Há menos risco numa operação rotineira do que numa complexa, por exemplo.

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Letra D – Errado. Risco de controle não depende do auditor.

Letra e – Errado. O Risco de distorção relevante (RDR) se divide em risco de controle e risco inerente. RDR = RC x
RI.

Resposta: C

Consulplan – TRF2/2017

Na NBC TA 200 encontramos a definição de “risco de distorção relevante”. Segundo a norma, “é o risco de que as
demonstrações contábeis contenham distorção relevante antes da auditoria. Consiste em dois componentes: risco
inerente e risco de controle”. Assinale a alternativa que apresenta a definição correta de risco de controle, de
acordo com a NBC TA 200.

A) É a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo contábil ou divulgação, a uma distorção
que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, antes da consideração de
quaisquer controles relacionados.

B) É a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo contábil ou divulgação, a uma distorção
que possa ser irrelevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, que seja prevenida, detectada
e corrigida tempestivamente pelo controle interno da entidade.
C) É o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação sobre uma classe de transação, saldo
contábil ou divulgação e que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, não seja
prevenida, detectada e corrigida tempestivamente pelo controle interno da entidade.

D) É o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação sobre uma classe de transação, saldo
contábil ou divulgação e que possa ser irrelevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, que
seja prevenida, detectada e corrigida tempestivamente pelo controle interno da entidade.

Resolução:

Letra A – define risco inerente.

Letra B e D– assertiva sem sentido, mistura conceitos, usa o termo “irrelevante” sendo que o que é “irrelevante”
não interessa a o auditor.

Resposta: C

FCC – TRF 3 – Analista – contador/2016

Um auditor independente verificou que o valor de uma demonstração contábil, antes da auditoria, era diferente
daquele exigido de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Nos termos da NBC TA 200, a
possibilidade dessa diferença ser relevante é considerada um risco de

a) auditoria.

b) asseguração razoável.

c) distorção relevante.

d) derivado do julgamento profissional.

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e) derivado do ceticismo profissional.

Resolução:

Letra A - Errada. O risco de auditoria surge após a auditoria. O enunciado solicita a identificação de risco que já
existe antes da auditoria.

Letra B - Errada. Asseguração razoável significa o grau de segurança que o auditor é capaz de fornecer em uma
auditoria. Não há relação com o enunciado da questão, tampouco é espécie de risco em auditoria.

Letra C: Certa. O risco de conter distorção relevante antes da auditoria é o risco de distorção relevante (RDR), que
nasce a partir da conjugação do risco de controle e do risco inerente. O RDR independe de qualquer ação do
auditor, pois é um risco da empresa, em decorrência do seu ambiente e da forma como reage aos riscos.

Letra D - Errada. Não é um risco presente na técnica de auditoria. É mera invenção do examinador nessa questão.

Letra E: Errada. Não é um risco presente na técnica de auditoria. É mera invenção do examinador nessa questão.
Resposta: C

UFG - Auditor ISS GOIANIA-GO/2015

Risco de auditoria é o risco de que o auditor expressa uma opinião de auditoria inadequada quando as
demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma

(A) exigência do risco de percepção e do risco pelo sócio do trabalho.

(B) renúncia de suporte aos riscos em que se baseia a opinião do auditor.

(C) função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção.

(D) relação de eventos que exige conformidade com os riscos da auditoria.

Resolução:

Podemos nos valer da expressão matemática do risco de auditoria, onde RA = RDR x RD ou RA = f(RDR, RD).
Resposta: C

Materialidade
A materialidade é um conceito indissociável de risco, uma vez que o risco é medido em termos de materialidade.
A definição da materialidade é questão de julgamento profissional do auditor. O que é material para uma empresa
pode não ser para outra.

Não é sem motivo que a NBC TA 320 esclarece que julgamentos sobre materialidade são feitos à luz das
circunstâncias envolvidas, e são afetados pela magnitude e natureza das distorções, ou a combinação de ambos.
Assim podemos concluir que não há uma só fórmula de cálculo para definir o que é material e o que não é.

Tudo é questão de julgamento profissional!

O Fasb define a materialidade como:

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A magnitude de uma omissão ou declaração incorreta de informações contábeis que, em vista das
circunstâncias, torna provável que o julgamento de pessoa razoável com base nessas informações teria
sido alterado ou influenciado pela omissão ou declaração incorreta.

Não esqueçamos que a materialidade não é definida apenas em termos de valores numéricos. Distorções de
classificação podem ser consideradas materiais se induzirem terceiros a um julgamento equivocado.
Exemplo:

Uma empresa tem o seu ativo composto da seguinte forma

Ativo Circulante........1000,00

Ativo não circulante...1000,00

Ativo total..............2000,00

A entidade ao elaborar seu balanço patrimonial, cometeu os seguintes erros de classificação, na forma abaixo:

Ativo Circulante........1800,00

Ativo não circulante.... 200,00

Ativo total..............2000,00

Observe que o ativo se manteve avaliado em 2000,00, ou seja, não houve modificação no valor total do ativo,
entretanto houve um erro de classificação.

Será que o auditor vai considerar essa distorção material a ponto de merecer uma correção ou ressalvas no
relatório de auditoria?

À primeira vista, poderíamos pensar que não estamos diante de uma distorção material, uma vez que não houve
modificação na situação líquida no valor divulgado, pois as duas situações apresentam o ativo no valor R$ 2000,00.
Entretanto, a entidade, de forma artificial, modificou sua estrutura de liquidez. Ao supervalorizar seu ativo
circulante, indicou aos usuários que possui maior liquidez do que realmente tem. Isso, por si só, já interferiria no
julgamento de alguns usuários. Um banco, por exemplo, poderia ter como parâmetro emprestar dinheiro apenas
a clientes cujos balanços apresentem um determinado índice de liquidez. Sendo assim, tal distorção de
classificação certamente ensejará atenção do auditor, pois evidencia de forma errônea que a entidade dispõe de
maior capital circulante do que realmente. Em miúdos, tal divulgação equivocada poderia levar terceiros a concluir
que a entidade tem uma capacidade de pagamento no curto prazo maior do que realmente tem.

Relevância e materialidade

As normas de auditoria em alguns momentos utilizam do conceito de relevância e materialidade como se


sinônimos fossem. A rigor, materialidade está associado a valor monetário enquanto relevância está associada à
importância do fato patrimonial, sua utilidade ou essencialidade. O motivo desta “confusão” decorre,
provavelmente, do fato de que algo que é material, também é relevante.

Materialidade X Risco
Neste tópico, quero que vocês fixem uma relação importante, que já foi objeto de provas e que gera muitas
dúvidas: A relação entre a materialidade e o risco. Você consegue perceber que elas são inversas? A melhor forma

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de visualizar isso é através de diagramas, vamos ver: temos duas empresas, uma com risco baixo e outra com risco
alto; cada “D” é uma distorção contida em suas demonstrações contábeis;

Observe que ao definirmos a linha da materialidade no mesmo nível para as duas empresas, na primeira (risco
alto), uma grande quantidade de “D” não é identificada pela auditoria, pois, fica abaixo da linha de materialidade
estabelecida. Apenas aqueles “D” acima da linha são capturados pela auditoria. A nossa primeira revelação é que
o nível de materialidade estabelecido pode ser ideal para uma das empresas, mas não para a outra.

Agora observe o efeito da modificação do nível de materialidade:

Para tornar a auditoria eficaz, vamos reduzindo o nível de materialidade até que se chegue a um nível capaz de
livrar as Demonstrações contábeis de distorções relevantes (D). Acompanhe:

Observem que quando reduzimos a linha da materialidade, vamos capturando mais distorções. Em nosso
exemplo, no nível de materialidade estabelecido no final, teríamos poucas distorções “D” não alcançadas pelo nível
de materialidade estabelecido, o que provavelmente não seria uma distorção relevante.

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Veja como a materialidade (relevância) x risco já


foi cobrada.

VUNESP - ISS Valinhos - Auditor Fiscal/2019

A determinação de materialidade pelo auditor é uma questão de julgamento profissional e é afetada pela
percepção do auditor das necessidades de informações financeiras dos usuários das demonstrações contábeis,
portanto

A. seu conceito é aplicado pelo auditor no planejamento e na execução da auditoria, bem como na avaliação do
efeito de distorções identificadas na auditoria e de distorções não corrigidas, se houver, sobre as demonstrações
contábeis e na formação da opinião no relatório do auditor independente.

B. ao planejar a auditoria, o auditor não poderá exercer julgamento sobre a magnitude das distorções que são
consideradas relevantes.

C. a materialidade determinada no planejamento da auditoria estabelece necessariamente um valor abaixo do


qual as distorções serão corrigidas, individualmente ou em conjunto, e serão sempre avaliadas como relevantes.

D. materialidade para execução da auditoria significa o valor ou valores identificados pelo auditor, superiores ao
considerado relevante para as demonstrações contábeis individuais.

E. o auditor deve determinar a materialidade para execução da auditoria com o objetivo de avaliar os assuntos
relevantes a serem relatados para os responsáveis pela governança, por ocasião dos trabalhos de auditoria de
demonstrações contábeis, como um todo.

Resolução:

Letra A – Certo. O auditor aplica a materialidade ao longo de toda a auditoria. Desde o planejamento até o fim da
auditoria, podendo revê-la sempre que necessário durante a execução.

Letra B – Errado. A definição da materialidade é questão de julgamento profissional. Não é um cálculo mecânico
simples. Define-se no momento do planejamento da auditoria.

Letra C - Errado. “Necessariamente” está inadequado. Outro equívoco é que se a distorção está “abaixo” de um
limite determinado como material, em tese não seria importante.

Letra D - Errado. A materialidade pode ser individual ou em conjunto com as DC como um todo. Ademais,
materialidade pode está associado a outras informações não necessariamente financeiras.

Letra E – Errado. A materialidade é definida para a auditoria, embora possa orientar certas comunicações com a
Administração da entidade.

Resposta: A

UFG - Auditor ISS GOIANIA-GO/2016

O conceito de materialidade é aplicado pelo auditor no planejamento e na execução da auditoria, e na


(A) utilização da seção de aplicação e outros materiais explicativos que se destinam a resistir ao auditor na
obtenção de segurança razoável.

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(B) avaliação do efeito de distorções identificadas sobre a auditoria e de distorções não corrigidas, se houver, sobre
as demonstrações contábeis.

(C) dedução contábil com base em conclusões obtidas das evidências de auditoria interna das mutações
patrimoniais.

(D) opinião implícita do auditor independente na estrutura de relatório financeiro aplicável e de lei ou regulamento
aplicáveis aos demonstrativos contábeis.

Resolução:

NBC TA 200 (2016), 6

O conceito de materialidade é aplicado pelo auditor no planejamento e na execução da auditoria, e na avaliação do


efeito de distorções identificadas sobre a auditoria e de distorções não corrigidas, se houver, sobre as demonstrações
contábeis (...). Em geral, as distorções, inclusive as omissões, são consideradas relevantes se for razoável esperar que,
individual ou conjuntamente, elas influenciem as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas
demonstrações contábeis. (...).

Resposta B

ESAF-AFRFB/2014

A determinação de materialidade para execução de testes:

a) não é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de julgamento profissional. É afetado pelo
entendimento que o auditor possui sobre a entidade, atualizado durante a execução dos procedimentos de
avaliação de risco, e pela natureza e extensão de distorções identificadas em auditorias anteriores e, dessa
maneira, pelas expectativas do auditor em relação a distorções no período corrente.

b) é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de julgamento profissional. É afetado pelo entendimento
que o auditor possui sobre a entidade, atualizado durante a execução dos procedimentos de avaliação de risco, e
pela natureza e extensão de distorções identificadas em auditorias anteriores e, dessa maneira, pelas expectativas
do auditor em relação a distorções no período corrente.

c) não é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de julgamento profissional. Não deve ser afetado pelo
entendimento que o auditor possui sobre a entidade, atualizado durante a execução dos procedimentos de
avaliação de risco, e pela natureza e extensão de distorções identificadas em auditorias anteriores e, dessa
maneira, pelas expectativas do auditor em relação a distorções no período corrente e subsequentes.

d) é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de julgamento profissional. Não deve ser afetado pelo
entendimento que o auditor possui sobre a entidade, atualizado durante a execução dos procedimentos de
avaliação de risco, e pela natureza e extensão de distorções identificadas em auditorias anteriores e, dessa
maneira, pelas expectativas do auditor em relação a distorções no período corrente.

e) não é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de julgamento profissional. Não deve ser afetado pelo
entendimento que o auditor possui sobre a entidade, não deve ser atualizado durante a execução dos
procedimentos de avaliação de risco, e pela natureza e extensão de distorções identificadas em auditorias
anteriores e, dessa maneira, pelas expectativas do auditor em relação a distorções em períodos subsequentes

Resolução:

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NBC TA 320 (2016), A12

(...) A determinação de materialidade para execução de testes não é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício
de julgamento profissional. É afetado pelo entendimento que o auditor possui sobre a entidade, atualizado durante a
execução dos procedimentos de avaliação de risco, e pela natureza e extensão de distorções identificadas em
auditorias anteriores e, dessa maneira, pelas expectativas do auditor em relação a distorções no período corrente.
Resposta: A

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Planejamento da auditoria
Noções gerais
O planejamento é um processo essencial à realização de qualquer atividade. Do planejamento de suas férias ao
planejamento da auditoria temos o mesmo objetivo: realizar a tarefa com eficácia e eficiência.

Nesse sentido esclarecem Boyton et al (2002), trazendo o planejamento para o “lado” da auditoria, afirmando:

“Uma fase vital de qualquer trabalho de auditoria é o planejamento da mesma. O planejamento desempenha em
auditoria o mesmo papel que desempenha em quaisquer outras atividades do nosso cotidiano, pois dele resulta
uma combinação ordenada das partes ou passos necessários à consecução de determinado objetivo”

O objetivo do planejamento da auditoria realizar a auditoria maneira eficaz. Constitui um processo contínuo e
envolve considerações sobre a época de realizar testes, a necessidade de utilizar especialistas, a definição de
materialidade.

O planejamento adequado ajuda a tornar suficientes o tempo e os recursos disponíveis para a condução da
auditoria.

No início do trabalho de auditoria devem ser realizadas as seguintes atividades preliminares, segundo a NBC TA
300.

Controle de Conformidade Concordância


qualidade da com requisitos termos de
auditoria éticos trabalho

Detalhando, temos:

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A NBC TA 315 indica que o auditor deve identificar e avaliar os riscos de distorção relevante independentemente
se causada por fraude ou erro, nos níveis de demonstração contábil e afirmações, por meio do entendimento da
entidade e do seu ambiente, inclusive do controle interno da entidade, proporcionando assim uma base para o
planejamento e a implementação das respostas aos riscos identificados de distorção relevante.

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E o que significa isso? Significa, simplesmente, que só conhecendo a entidade e seus controles é que se pode
estabelecer quais procedimentos de auditoria serão necessários para emitir uma opinião.

“O planejamento da auditoria pressupõe adequado nível de conhecimento sobre as atividades, os fatores


econômicos, a legislação aplicável e as práticas operacionais da entidade a ser auditada, bem como o nível
de competência da administração” (MOVENS-DNPN - Auditoria).

Segundo Gramling et al (2012), a identificação dos riscos é o coração da auditoria. A partir daí, o resto da auditoria
é desenhado para prover respostas a esses riscos identificados. Assim, o planejamento determinaria a quantidade
e o tipo de evidências necessárias para assegurar que as demonstrações contábeis estão livres e distorção
relevante.

Tais assuntos são tratados nas NBC TA 315 e 330.

Sobre o planejamento, ainda, é esclarecedor o seguinte enunciado de questão de prova:

A atividade de planejamento é fundamental em qualquer atividade, revelando-se a etapa mais


importante do ciclo administrativo (planejar, organizar, coordenar e controlar), segundo Henry Fayol
(Teoria Clássica da Administração). Isso ocorre em função de o planejamento considerar a definição de
um objetivo, dos caminhos alternativos para atingi-lo, da escolha (processo decisório) e da formulação
de um plano de ação. Sobretudo na auditoria, tendo em vista o número de transações a serem
validadas, de áreas a serem testadas, de saldos a serem verificados, o planejamento bem elaborado
contribui para a otimização da aplicação dos recursos materiais e humanos (evitando desperdícios) e
para minimização dos riscos de auditoria. Dessa forma, embora não seja garantia de sucesso, o
planejamento, quando bem elaborado, minimiza o risco de o trabalho ser ineficaz e ineficiente. O
planejamento na auditoria é dinâmico, ou seja, uma vez elaborado, deve ser revisado sempre que
surgirem novas circunstâncias ou os resultados apontarem para uma direção diferente da leitura feita
inicialmente. Nesse sentido, o planejamento deverá ser revisto, por exemplo, quando os testes
substantivos revelarem uma quantidade de erros superior àquela prevista quando do levantamento do
controle interno (FGV-Sefaz-RJ).

Quando da auditoria pela primeira vez (auditoria inicial), alguns cuidados especiais de planejamento devem ser
observados, tais como os listados a seguir:

▪ leitura dos relatórios de auditoria anteriores (como mecanismo de “conhecimento” da auditada)


▪ valor da cotação da ação investida na bolsa de valores, se companhia aberta
▪ identificação de relevantes eventos subsequentes ocorridos após a data-base do exercício, revelados ou
não
▪ levantamento das principais alterações ocorridas no sistema de controle interno

Dica:

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O objetivo do planejamento não muda se a auditoria é inicial ou recorrente. Entretanto, tratando-se de uma
auditoria inicial, há diversos fatos e circunstâncias que não são ainda de conhecimento do auditor (áreas de risco,
mercado, conhecimento da entidade etc.) fazendo com que o planejamento de uma auditoria inicial requeira um...

“esforço consideravelmente maior do que o de uma auditoria recorrente”


(Gomes, Emília. A importância do controle interno no planejamento da auditoria. Revista Revisores e Auditores. Mar/2014)

Lembre-se disso: o objetivo do planejamento é o mesmo nas auditorias iniciais ou recorrentes, embora a auditoria
inicial seja mais delicada ou trabalhosa.

O planejamento é feito em dois níveis. Envolve a definição da estratégia global para o trabalho e o plano de
auditoria.

Estratégia
de auditoria

Plano de
auditoria

O planejamento deve ser flexível, o auditor deve atualizar e alterar a estratégia global de auditoria e o plano de
auditoria sempre que necessário no curso da auditoria.

A estratégia global envolve:

(a) identificar as características do trabalho para definir o seu alcance

(b) definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das
comunicações requeridas;

(c) considerar os fatores que no julgamento profissional do auditor são significativos para orientar os esforços da
equipe do trabalho;

(d) considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria e, quando aplicável, se é relevante
o conhecimento obtido em outros trabalhos realizados pelo sócio do trabalho para a entidade; e

(e) determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho.

O plano de auditoria envolve:

(a) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco.

(b) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no nível de afirmação.

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(c) outros procedimentos de auditoria planejados e necessários para que o trabalho esteja em conformidade com
as normas de auditoria

A diferença básica entre a estratégia global e o plano de auditoria, é que o plano chega ao nível dos procedimentos
de auditoria. Já a estratégia global indica apenas os macros objetivos.

No plano de auditoria detalha-se uma importante etapa do planejamento da auditoria que é a definição da
natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria, além de ter função de guia e controle.
Natureza→ quais procedimentos de auditoria serão realizados

Oportunidade→ Quando serão executados os procedimentos de auditoria.

Extensão→quantidade de procedimentos de auditoria.

objetivos do
auditor
Guia
procedimentos
de auditoria
Plano de
auditoria
tempo

Controle
controle de
execução

Segundo Attie (2010) o planejamento propriamente dito serve para auxiliar o auditor no controle do andamento
do trabalho, a fim de realizar um exame adequado, visando que este consiga obter seus objetivos em um prazo
determinado, dentro das horas previstas, e com o menor custo possível.
Em breve síntese, Crepaldi (2012) indica os principais objetivos do planejamento:

• Adquirir conhecimento sobre a natureza das operações, negócios e forma de organização.


• Planejar maior volume de horas nas auditorias preliminares
• Obter maior cooperação do pessoal da empresa.
• Determinar a natureza, amplitude e datas dos testes de auditoria.
• Identificar previamente problemas relacionados com a contabilidade, auditoria e impostos.

Vejamos as diferenças entre os dois níveis do planejamento:

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Note que, no plano, chegamos aos detalhes. São linhas diretas de ação como: “revisar a conta do banco do Brasil”
etc., enquanto no nível da estratégia temos os aspectos macros.

VUNESP - ISS Guarulhos – SP - Inspetor Fiscal de Rendas/2019

O planejamento de auditoria envolve a definição da estratégia global para o trabalho e o desenvolvimento de


plano de auditoria.

A respeito desse assunto, é correto afirmar que

A. a estratégia global deve ser mais detalhada que o plano de auditoria.


B. a estratégia global deve incluir a natureza, a época e a extensão dos procedimentos.

C. os membros-chave da equipe de trabalho não devem ser incluídos na elaboração do plano de auditoria.

D. a estratégia global deve orientar o desenvolvimento do plano de auditoria.

E. o auditor não deve discutir elementos do plano de auditoria com a administração da empresa auditada.

Resolução:

Existe uma certa hierarquia entre os dois níveis do planejamento. A estratégia global orienta a elaboração do
plano, que chega finalmente aos detalhes.
Resposta: D

Entendimento da entidade
É essencial ao auditor conhecer entender a entidade por completo, não só internamente em relação à competência
do seu pessoal, gestão de riscos, mas, também, buscar compreender o setor econômico, a economia, os marcos
regulatórios, os riscos do negócio, sua estrutura de capital dentre outros.

As demonstrações contábeis não são apenas débitos e créditos, há uma série de julgamentos profissionais,
políticas contábeis e a entidade não opera de forma independente da economia em que está inserida.

Todas essas circunstâncias podem se transformar em riscos e podem influenciar as demonstrações contábeis, o
que obriga ao auditor identificar e avaliar os riscos de distorção relevante independentemente se causada por
fraude ou erro, nos níveis de demonstração contábil e afirmações, por meio do entendimento da entidade e do seu
ambiente, inclusive do controle interno da entidade, proporcionando assim uma base para o planejamento e a
implementação das respostas aos riscos identificados de distorção relevante.

Os procedimentos para avaliação de riscos segundo item 6 da NBC TA 315 incluem:

▪ Indagações à administração sobre possibilidade de distorções relevantes


▪ Procedimentos analíticos

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▪ Observação e inspeção.

Indagação Procedimentos analíticos Observação e inspeção

•Consiste na busca de • Consistem em •Apoiam as indagações


informações junto a avaliação das junto à administração;
pessoas com informações feitas por podem fornecer
conhecimento, financeiro informações sobre a
meio de estudo das entidade e o seu
e não financeiro, dentro
relações plausíveis ambiente. Exemplos de
ou fora da entidade. É
utilizada extensamente entre dados uso :
em toda a auditoria, financeiros e não • observação de operações
além de outros financeiros. Incluem da entidade; inspeção de
procedimentos de também a documentos (tais como
auditoria. Podem incluir investigação de planos de negócio),
desde indagações flutuações e relações inspeção de registros e
escritas formais até manuais de controles
identificadas que internos; de relatórios
indagações orais sejam inconsistentes elaborados pela
informais. A avaliação com outras administração;
das respostas às informações demonstrações contábeis
indagações é parte intermediárias; minutas de
relevantes ou que se
integral do processo de reunião do conselho de
indagação. desviem
significativamente dos administração; observação
e inspeção de
valores previstos. dependências físicas da
entidade.

Resumo da atividade de planejamento:

1
considerar as precondições da
3
auditoria ou recusar o elaborar a estratégia global e
trabalho o plano de auditoria

2
entender a entidade e seu
ambiente, definir a
materialidade e avaliar riscos

Teste agora o que você aprendeu...


FUNDATEC - Auditor de Controle Interno – Porto Alegre/2019

A Norma que trata da responsabilidade do auditor no planejamento da auditoria das demonstrações contábeis
prevê que o referido planejamento envolve a definição de estratégia global para o trabalho e o desenvolvimento
de plano de auditoria. Segundo a mesma norma, ao estabelecer a estratégia global de auditoria, o auditor deve:

I. Identificar as características do trabalho para definir o seu alcance.

II. Considerar que a estratégia global e o plano de auditoria não podem ser alterados no curso da auditoria.

III. Definir o alcance, a época e a direção da auditoria, para orientar o desenvolvimento do plano de auditoria.

Quais estão corretas?

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A. Apenas I.

B. Apenas II.

C. Apenas III.

D. Apenas I e II.

E. Apenas I e III.

Resolução:

Apenas o item II está incorreto, já que o planejamento é flexível.


Resposta: E

CESPE - FUNPRESP-JUD - Analista/Auditoria - 2016

No que tange ao planejamento de auditoria, julgue o item subsequente.


O planejamento de uma auditoria inicia-se somente com a concretização do contrato de serviço de auditoria,
encerrando-se no momento em que o auditor independente estabelecer que os trabalhos preliminares estejam
completos.

Resolução:

O “ Planejamento não é uma fase isolada da auditoria, mas um processo contínuo e iterativo, que muitas vezes
começa logo após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior, continuando até a conclusão do
trabalho de auditoria atual”. NBC TA 300.
Resposta: errado

FCC- Assembleia Legislativa-PE-Analista Leg./2014

Em relação ao Planejamento de Auditoria, considere:

I. No início dos seus trabalhos, o auditor deve considerar se existe uniformidade nas práticas contábeis adotadas
pela entidade.

II. Na determinação dos fatos relevantes que serão examinados, não cabe ao auditor determinar a partir de que
valor estes fatos serão considerados.

III. o Planejamento da Auditoria é um processo que se inicia logo após a contratação dos serviços.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) III.

(B) II e III.

(C) I.

(D) II.
(E) I e III.

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Resolução:

Item I- Verdadeiro.

Item II- Falso. O auditor deve determinar o nível de materialidade ainda na fase de planejamento.

Item III- Falso. O Planejamento da Auditoria é um processo que se inicia na fase de avaliação para a contratação
dos serviços. Nesta etapa devem ser levantadas as informações necessárias para conhecer o tipo de atividade da
entidade, sua complexidade, a legislação aplicável, relatórios, parecer e outros informes a serem emitidos, para
assim determinar a natureza do trabalho a ser executado.

NBC TA 300 (2016), 13.

O auditor deve realizar as seguintes atividades antes de começar os trabalhos de auditoria inicial:

(a) aplicar procedimentos exigidos pela NBC TA 220, itens 12 e 13, relativos à aceitação do cliente e do trabalho de
auditoria específico; e

(b) entrar em contato com o auditor antecessor, caso haja mudança de auditores, de acordo com os requisitos éticos
pertinentes (ver item A22).

Resposta: C

FCC - SEGEP-MA - Auditor Fiscal/2016

O documento que inclui a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados pelos
membros da equipe de trabalho é denominado de

a) roteiro de auditoria.

b) plano de auditoria.

c) papéis de trabalho.

d) normas de auditoria.

e) estratégia para execução dos trabalhos

Resolução:

Letra A – Errado. No planejamento são gerados dois documentos: Plano de auditoria e estratégia global. Sabendo
que a assertiva descreve uma etapa do planejamento, devemos verificar qual desses documentos (estratégia ou
plano) é o correto. Os demais devem ser sumariamente descartados.

Letra B – Certo. Segundo a NBC TA 300, o auditor deve desenvolver o plano de auditoria, que deve incluir a
descrição de: (a) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco, conforme
estabelecido na NBC TA 315; b) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria
planejados no nível de afirmação, conforme previsto na NBC TA 330; e (c) outros procedimentos de auditoria
planejados e necessários para que o trabalho esteja em conformidade com as normas de auditoria.

Letra C – Errado. Papéis de trabalho, ou Documentação de Auditoria, é o registro dos procedimentos de auditoria
executados, da evidência de auditoria relevante obtida e conclusões alcançadas pelo auditor. Fundamental para
acertar a questão era observar que o enunciado solicita o documento que deve trazer os procedimentos que serão

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realizados, e não o registro dos procedimentos já realizados e as conclusões alcançadas. Essa definição nos ajuda
a concluir que se trata do planejamento (plano de auditoria) e não dos papeis de trabalho.

Letra D - Errado. Normas trazem aquilo que “deve ser”. Não são um documento da auditoria e suas fases.

Letra E – Errado. A estratégia global da auditoria é um dos documentos gerados no planejamento, já que este é
feito em duas fases: estratégia global e o plano de auditoria. Porém, aquele que chega ao detalhamento dos
procedimentos, servindo de guia e controle é o PLANO. A ESTRATÉGIA é uma etapa de nível de agregação maior
(macro).
Resposta: B

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Controle interno
Um dos principais arcabouços do Controle interno é o definido pelo COSO- Comittee of Sponsoring Organization
of the Tradeway Comission.

O controle interno é um processo, implantado pelo conselho de administração, pelos executivos e outras pessoas
em uma entidade, destinado a dar segurança razoável a respeito do alcance de objetivos nas seguintes categorias:
(1) confiabilidade de divulgação financeira, (2) cumprimento de leis e regulamentos aplicáveis e (3) eficácia e
eficiência das operações.

A NBC TA 200 indica os critérios COSO como um referencial válido para avaliação do controle interno.

A NBC TA 315 define o controle interno como:

Controle interno é o processo planejado, implementado e mantido pelos responsáveis da governança, administração e outros
funcionários para fornecer segurança razoável quanto à realização dos objetivos de uma entidade no que se refere à
confiabilidade dos relatórios financeiros, efetividade e eficiência das operações e conformidade com leis e regulamentos
aplicáveis.

Efetividade e
eficiência das
operações

Demonstrações
Objetivos do
financeiras
controle interno
confiáveis

Cumprimento de
leis e
regulamentos
O termo “controles” refere-se a quaisquer aspectos de um ou mais dos componentes do controle interno.

Importante:

Auditoria interna é um tipo de controle interno. Logo, auditoria interna não é sinônimo de controle interno.

“As terminologias de Controle Interno, Auditoria Interna e Controladoria, muitas vezes são utilizadas de
forma equivocada, confundidas, ou até como sinônimas” (Consulpan/ Pref Sabará/Auditor/2017).

É comum essa confusão e as bancas se aproveitam disso:

Mas não são!!!! Fique atento!

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Agora vamos compreender o CI:

Dos conceitos fornecidos, extraímos que o controle interno é meio para alcançar um fim, não é um fim em si
mesmo. É uma cadeia de procedimentos e operações para alcançar eficiência operacional, informação financeira
confiável e conformidade com leis e regulamentos.

De forma mais simples, mas captando todas dimensões do controle interno, Franco e marra (2000) definem
controle interno como:

...todos os instrumentos da organização destinados à vigilância, fiscalização e verificação administrativa,


que permitam prever, observar, dirigir ou governar os acontecimentos que se verificam dentro da empresa
e que produzam reflexos em seu patrimônio.

Attie (2011) esclarece sobre a abrangência do controle interno, ressaltando que alcança todas as áreas da empresa,
não apenas aquelas com reflexos diretos nas demonstrações contábeis.

Um sistema de controle interno bem desenvolvido pode incluir o controle orçamentário, custos padrão, relatórios
operacionais periódicos, análises estatísticas, programas de treinamento de pessoal e, inclusive, auditoria interna.
Pode também, por conveniência abranger atividades em outros campos, como, por exemplo, estudo de tempos e
movimentos, e controle de qualidade.

Franco e Marra (2000) sintetizam muito bem e em poucas palavras um dos objetivos primordiais do controle
interno e consolida a diversidade da doutrina: “proteger o patrimônio da empresa”

O controle interno é assunto estudado sob a ótica da empresa, pois faz parte do processo de gerenciamento de
risco e alcance dos objetivos empresariais, mas também é estudado sob o ponto de vista da auditoria, uma vez
que influencia diretamente no planejamento da auditoria, pois normalmente é ponto de partida em uma auditoria.
Consegue perceber de que forma o controle interno influencia a auditoria?

Quando a empresa tem um bom controle interno, o auditor pode se “dar ao luxo” de colher menos evidências a
partir dos testes substantivos. Veremos isso mais a diante ainda...

Componentes do controle interno


O item A18 da NBC TA 220 descreve os componentes do CONTROLE INTERNO em linha com o arcabouço COSO.

“O termo “controle interno” abrange uma vasta gama de atividades, que correspondem ao ambiente de
controle, ao processo de avaliação de riscos da entidade, ao sistema de informações, incluindo os
respectivos processos de negócios relevantes para a elaboração e divulgação de demonstrações contábeis;
atividades de controle e monitoramento de controles.”

Como parte do entendimento da entidade, no planejamento da auditoria, o auditor deve entender o


funcionamento do controle interno. O entendimento do controle interno é fundamental para o auditor definir a
natureza e a extensão dos procedimentos de auditoria. O auditor deve avaliar como o controle interno é mantido
e planejado e sua relevância para a auditoria.

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Esse referencial está em linha com o que se costuma chamar de referencial COSO I.

O COSO (The Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission) já divulgou um referencial
mais moderno, em que incorpora aos 5 elementos citados, outros 3. São eles: definição de objetivos, identificação
de riscos e resposta aos riscos. Esse novo referencial é conhecido como COSO II

Vejamos os componentes do controle interno conforme constam nas normas de auditoria (COSO I), pois é assim
que aparecem nas normas de auditoria (NBC TA):

(1) Ambiente de controle


O ambiente de controle é definido pela alta administração. Esta deve criar e manter uma cultura de honestidade
e conduta ética. O topo da organização estabelece a cultura de controle, observância de códigos de ética e
regulamentos, contratação de pessoal etc. O ambiente de controle pode ser entendido como o clima no “topo”.

O ambiente de controle, por si só, não detecta nem corrige uma distorção, mas influencia os níveis hierárquicos
inferiores transmitindo o compromisso com os valores éticos.

O ambiente de controle inclui atitudes, conhecimentos e ações da administração e dos responsáveis pela
governança em relação à importância do controle interno.
Engloba os seguintes elementos:

▪ Comunicação e reforço de integridade e valores éticos


▪ Compromisso de competência
▪ Participação dos encarregados da governança
▪ Filosofia da administração e estilo operacional
▪ Estrutura organizacional
▪ Atribuição de autoridade
▪ Políticas de recursos humanos.

Já apareceu assim...
CESPE- SEFAZ-RS/2019

Assinale a opção que indica o componente de controle interno que serve de fundamento para os demais
componentes e que se refere diretamente aos valores éticos e à criação de uma cultura de honestidade dentro de
uma entidade.

A. ambiente de controle

B. processo de avaliação de risco

C. sistema de informação

D. atividades de controle

E. monitoramento dos controles

Resolução:

O “clima no topo” é o componente que se dissemina por toda a organização . É o “exemplo que vem de cima”. É a
filosofia da entidade. É conhecido como ambiente de controle.

Resposta: A

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(2) Avaliação de riscos


A administração deve avaliar quais os riscos podem limitar o alcance dos objetivos. Os riscos são de naturezas
diversas e tem origem externa ou interna e não são apenas de natureza contábil como, por exemplo, a necessidade
de garantir informações confiáveis, salvaguardar seus ativos, avaliar custos e estoques corretamente. Decorrem
também da economia, da capacidade de cumprir leis, dos concorrentes etc.

(3) Atividades de controle


São os procedimentos implementados em toda a organização para reduzir o risco de distorção relevante nas
demonstrações contábeis ou no nível das afirmações. São as políticas e procedimentos que ajudam a assegurar
que as orientações da administração sejam executadas. As atividades de controle, sejam em sistemas de TI, sejam
manuais, têm vários objetivos e são aplicadas em vários níveis organizacionais e funcionais.

Exemplo:

Incluem as relacionadas a seguir:

▪ autorização;
▪ revisões de desempenho;
▪ processamento de informações;
▪ controles físicos;
▪ segregação de funções.

Todas as atividades de controle são relevantes para a auditoria?

Não. São relevantes aquelas que se relacionam com riscos significativos e para os quais apenas procedimentos
substantivos não fornecem evidências adequadas e suficientes. Tais riscos podem relacionar-se com registro
impreciso ou incompleto de classes de transações rotineiras e significativas ou saldos de contas, cujas
características frequentemente permitem processamento altamente automatizado, com pouca ou nenhuma
intervenção manual. Em tais casos, os controles da entidade sobre esses riscos são relevantes para a auditoria e o
auditor deve obter entendimento deles. Deve ser obtido o entendimento dos controles, ainda, nos casos em que
o auditor com base em julgamento profissional, entender relevante para auditoria.

Já apareceu assim:

“Os controles internos são de fundamental importância para o trabalho do auditor. Quanto mais precisos
eles forem, maior segurança haverá na formação da opinião. Quanto mais imprecisos forem, maiores terão
de ser os cuidados do auditor na formação de sua opinião” (Cesgranrio).

(4) Sistema de informações, incluindo os respectivos processos de negócios relevantes para a


elaboração e divulgação de demonstrações contábeis.
Compõe-se dos procedimentos para capturar, processar e registrar uma operação, inclui rotinas para identificação
de erros, inconsistências. Deve assegurar que as transações que comporão as demonstrações contábeis sejam
adequadamente acumuladas.

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(5) Monitoramento de controles.


Consiste em avaliar a efetividade do desempenho dos controles internos. A Auditoria Interna é comumente vista
como um monitor dos controles internos, mas o monitoramento ocorre também nas atividades normais da
entidade, nas funções de gerência e supervisão.

O monitoramento envolve avaliar a efetividade dos controles tempestivamente e tomar as necessárias ações
corretivas.

FEPESE- CELESC – Contador/2018

De acordo com o Controle Interno do COSO - Framework Integrado, qual dos seguintes componentes é projetado
para garantir que os controles internos continuem a operar efetivamente?

A. Avaliação de risco

B. Ambiente de controle

C. Informação e comunicação

D. Atividades de controle

E. Monitoramento

Resolução: Independentemente da fonte de consulta para responder à questão, isto é, se vamos buscar na
doutrina, no COSO ou nas NBC TAs, para “saber” se algo está “funcionando” constantemente precisamos
“monitorar”.

Resposta: E

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Resumo dos componentes de controle interno

Classificação dos controles internos


Os controles internos dividem-se, conforme sua natureza, em contábeis e administrativos. Estas são as duas
grandes classificações do controle interno. Na definição do AICPA (American Institute of Certified Public
Accoutant):

Controles contábeis: compreende o plano de organização e todos os procedimentos referentes diretamente


relacionados com a salvaguarda do ativo e a fidedignidade dos registros financeiros. Geralmente compreendem
controles, tais como os sistemas de autorização e aprovação, segregação entre as tarefas relativas à manutenção
e elaboração de relatórios e aquelas que dizem respeito à operação ou custodia do ativo, controles físicos sobre o
ativo e auditoria interna.

Podemos resumir?

Sim, são aqueles que se relacionam-se diretamente com a contabilidade.

“Um sistema de contabilidade que não esteja apoiado num sistema de controle interno é, até certo ponto, inútil,
uma vez que não é possível confiar nas informações contidas nas demonstrações financeiras (Attie).”

Controles administrativos: compreende o plano de organização e todos os métodos e procedimentos referentes


principalmente à eficiência operacional, e à obediência às diretrizes administrativas que normalmente se
relacionam apenas indiretamente com os registros contábeis e financeiros. Incluem-se aqui controles como
análises estatísticas, estudos de tempo e movimento, relatórios de desempenho, controle de qualidade (SAS 29).

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Podemos resumir?

Sim. São “os concernentes basicamente a “eficiência operacional” e a “vigilância gerencial” e que só indiretamente são
referidos aos registros contábeis.” (Lopes de Sá).

Relacionam-se
Contábil diretamente com a
contabilidade.
Controle interno
“eficiência
Administrativo operacional” e a
“vigilância gerencial”

Já apareceu assim...
CESGRANRIO- Petrobras- Auditor Júnior/2018

Após uma avaliação dos seus processos de logística, uma empresa instalou identificadores biométricos para
acessar os sistemas informatizados de controle de entrada e saída de estoques.
Na classificação dos controles internos, esse tipo de procedimento é considerado controle

A. operacional

B. de meios

C. administrativo

D. normativo

E. contábil

Resolução:

O objetivo é controlar os estoques. Assim, há ligação direta com a contabilidade. Trata-se de controle contábil.

Resposta: E

A doutrina costuma aplicar, e já foram cobrados em provas, outras classificações do controle interno além do
enfoque quanto a sua natureza. Vejamos:

Quanto à função ou momento que ocorrem, os controles internos podem ser:

Preventivos: Previnem que eventos de risco se materializem.

Ex: manuais de procedimentos, regulamentos.

Detectivos: Não impedem a ocorrência do risco, mas detectam sua ocorrência.

Ex: sistema de alarme

Corretivo: detectam o evento após a sua ocorrência permitindo a adoção de medidas corretivas.

Ex.: conferência de extratos bancários

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Em ambos os casos, o risco tanto pode ser o erro quanto a fraude, bem como ineficiência, desperdício, ou qualquer
desconformidade ou ameaça.

Limitações do controle interno


O sistema de controle interno embora seja fundamental para prevenir riscos e por melhor que tenham sido
desenhados os controles pela entidade, ele tem limitações, de forma que não pode fornecer segurança absoluta
às operações da entidade e quanto ao alcance dos objetivos pela administração. Diz-se que um bom controle
interno, proporciona segurança razoável, já que é impossível alcançar a segurança absoluta.

Segundo Crepaldi (2012)


Um sistema de controle interno que funcione corretamente não depende apenas do planejamento efetivo
da empresa e da eficiência dos procedimentos e práticas instituídas. Ele depende também da competência
de todo o pessoal envolvido poder levar adiante, de forma eficiente e econômica, os procedimentos que
devem ser adotados.

As principais limitações que o controle interno sofre decorrem da possibilidade de ser burlado mediante fraude ou
conluio, negligência de funcionários, erros humanos, relação custo x benefício para implantação do sistema de
controle interno dentre outras.

Já constatamos que quanto mais eficiente é o controle interno, o auditor necessitará executar menos
procedimentos de auditoria para formar sua opinião. Porém, por mais eficiente que seja o controle interno de uma
empresa, ainda assim será necessária uma quantidade mínima de procedimentos de auditoria a serem realizados
pelo auditor em razão dessas limitações inerentes ao controle interno.

Observe bem:

Geralmente, os procedimentos de auditoria mantem uma relação com o nível de controle interno. Grosso modo,
podemos dizer que quanto pior o CI, mais procedimentos de auditoria serão necessários. Porém, se o CI for ótimo,
ainda assim teremos que executar procedimentos de auditoria. Não existe auditoria sem aplicação de
procedimentos de auditoria.

Nesse sentido, temos como verdade (grifos nossos):

“O controle interno, ainda que seja considerado satisfatório, pode apresentar limitações, caso em que o
auditor externo deve executar procedimentos mínimos de auditoria (Cespe)”

As distorções decorrentes de fraudes e erros, por exemplo, não deixam de existir pelo simples fato da implantação
de um excelente controle interno.

Observe, no gráfico, o que acabamos de explicar. Quando o CI (azul) é ruim, nosso nível de procedimentos (p) é
alto (laranja). À medida que a reta do CI melhora/cresce (CI tendendo para o nível ótimo), é possível (em tese)
reduzir o nível de procedimentos (laranja). Note que enquanto uma “reta sobe”(ci) a “outra desce”(p). Entretanto,
em um dado momento não é possível continuar reduzindo o “p, já que eliminar os procedimentos seria o mesmo
que não executar a auditoria.

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CI x procedimentos(p)

ci p

Princípios de controle interno


A doutrina costuma identificar alguns aspectos como elementos estruturais de controle interno. São as atividades
básicas sem as quais poderia ruir um sistema de controle interno ou então estão presentes na maioria dos sistemas
de controle interno. Não são estabelecidos em nenhuma NBC TA e há alguma variação conforme alternamos as
fontes bibliográficas. A citação de tais elementos como princípios tem um caráter didático, para captarmos a
essência dos elementos ou atividades estruturais do controle interno, não são, portanto, um esquema fechado,
mas uma referência.
Crepaldi (2012) enumera tais elementos da seguinte forma:

▪ Princípio da responsabilidade
▪ Princípio das rotinas internas de controle
▪ Princípio de segurança e salvaguarda de ativos
▪ Princípio da segregação de funções
▪ Princípio do confronto dos ativos com os registros
▪ Princípio da amarração do sistema
▪ Auditoria interna

Princípio da responsabilidade
Indica a forma em que são delegadas responsabilidades e atribuições para os níveis hierárquicos e funcionários.

Princípio de rotinas internas de controle


Indicam como instrumentos de controle são utilizados para autorizar, aprovar, verificar, requisitar, registrar. São
exemplos de instrumentos os formulários de requisição de materiais, ordem de compra, relatórios de prestação
de contas, coleta de assinaturas e chancelas.

Princípio de segurança e salvaguarda de ativos


Alguns ativos devem ter o acesso controlado. Por exemplo: numerário, estoques. São exemplos de controles
senhas, cofres, controle de recintos etc.

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Princípio da segregação de funções


Aquele que tem acesso ao ativo não deve ter acesso aos registros contábeis. Caso contrário poderia se apropriar
do ativo e efetuar a baixa do ativo na contabilidade tornando o desfalque permanente e sem distorção aparente
ao confrontar-se ativo x contabilidade.

Princípio do confronto dos ativos com os registros


Devem ser realizadas conciliações entre os saldos contábeis e o Ativo. Exemplo: Conciliação bancária (confronto
do razão contábil da conta bancos com os extratos bancários); Inventário (confronto do razão contábil da conta
estoques com a contagem física de estoques)

Princípio da amarração do sistema


O controle interno deve assegurar que uma transação é registrada em toda sua extensão (quantidade, valor,
época) corretamente. Para isso a empresa deveria adotar algumas providências para garantir que uma transação
foi autorizada, foi conferida, e foi certificado que foi registrada. Para isso pode utilizar-se do confronto de
documentos, e cálculo, revisão, conciliação etc.

Auditoria interna
Atua no monitoramento do controle interno.

Vejamos como o “controle interno” aparece em


provas:
IBADE - Auditor de Controle Interno de Aracruz-ES/2019

É responsável pela implantação do sistema de controle interno na empresa:

A. auditor interno.

B. auditor externo.

C. C V M.

D. IBRACON.

E. administração da empresa.

Resolução: O auditor apenas opina sobre as demonstrações contábeis. A auditoria não elabora o CI, não elabora
as DC, não garante boa gestão etc. Quem faz tudo isso? A administração da entidade.

Resposta: E

ESAF - CVM /2010

São finalidades do controle interno sob o enfoque contábil, exceto:

a) proporcionar mecanismos de correção tempestiva de desvios e condutas.

b) contribuir com a eficiência operacional da entidade.

c) salvaguardar os ativos e assegurar veracidade aos componentes patrimoniais.

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d) auxiliar na prevenção de práticas ineficientes e antieconômicas.

e) estimular adesão às normas e diretrizes fixadas pela entidade.

Resolução: desvios de conduta em relação às normas internas dizem respeito, pelo menos inicialmente, aos
controles administrativos relativos a políticas da área de recursos humanos ou cumprimento de código de ética
interno. Exemplo: uso indevido de e-mail funcional com repasse de correntes, pornografia etc.
Resposta A.

CESPE – Analista – MPU/2015

A salvaguarda dos ativos da entidade para evitar perdas ou uso prejudicial dos recursos é um objetivo da atuação
do controle interno, sendo o componente relacionado ao ambiente de controle primordial na definição dos riscos
para evitar ocorrências indesejáveis.

Resolução:

Controle interno é o processo planejado, implementado e mantido pelos responsáveis da governança,


administração e outros funcionários para fornecer segurança razoável quanto a realização dos objetivos de uma
entidade no que se refere a confiabilidade dos relatórios financeiros, efetividade e eficiência das operações e
conformidade com leis e regulamentos aplicáveis. Franco e Marra (2000) sintetizam muito bem e em poucas
palavras um dos objetivos primordiais do controle interno e consolidam a diversidade da doutrina: “proteger o
patrimônio da empresa”.

A questão aborda ainda um dos componentes do controle interno: o ambiente de controle. O ambiente de controle
é também conhecido como o “clima no topo”, pois é como a administração dissemina a cultura de controle na
entidade.

Resposta: certo

CESPE – Analista – MPU/2015

O sistema de controle interno de uma organização empresarial é uma combinação de políticas e procedimentos
operacionais mantidos para a proteção dos ativos da entidade, devendo esse sistema ser estabelecido pelos
proprietários, controladores ou administradores.

Resolução:

Segundo a NBC TA 315 controle interno é o processo planejado, implementado e mantido pelos responsáveis da
governança, administração e outros funcionários para fornecer segurança razoável quanto a realização dos
objetivos de uma entidade no que se refere a confiabilidade dos relatórios financeiros, efetividade e eficiência das
operações e conformidade com leis e regulamentos aplicáveis.

Segundo o COSO “o gerenciamento de riscos corporativos é um processo conduzido pelo conselho de


administração, pela diretoria executiva e pelos demais empregados, e aplicado no estabelecimento de estratégias
por meio de toda a organização”.

Resposta: certo

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CESPE - Analista - BACEN/2013

Entre os elementos do processo de controle interno inclui-se a atividade de controle, que pode ser voltada tanto
para a prevenção quanto para a detecção. A execução a tempo e de maneira adequada da atividade de controle
permite a redução ou administração de riscos.

Resolução:

Os controles podem ser detectivos (atuar a posteriori) ou preventivos (atuar a priori). Gabarito certo.

CESPE -ABIN /2010

A diferença entre os desfalques permanentes e temporários é que, no primeiro caso, o funcionário tem acesso aos
ativos e aos registros contábeis da entidade.

Resolução:

Desfalque temporário: ocorre quando um funcionário se apropria de um ativo, mas não altera os registros
contábeis. O confronto do registro contábil com o ativo em questão (p. ex.:saldo de caixa, estoques etc.) revela a
fraude.

Desfalque permanente- ocorre quando um funcionário se apropria de um ativo e também altera os registros
contábeis. É mais difícil detectar porque numa conciliação entre o ativo e a contabilidade não seriam reveladas
distorções. A segregação de funções é importante para impedir tal situação.

Gabarito certo

CESPE - ABIN - /2010

Os controles administrativos dizem respeito, especialmente, às operações de uma empresa. Em uma auditoria
típica, o auditor independente deve verificar os controles administrativos, mas não lhe cabe avaliar a relação entre
seus custos e os respectivos benefícios.

Resolução: A questão exige interpretação. Sabemos que a implantação do controle interno deve levar em
consideração a relação custo x benefício. Pois não faz sentido a administração implantar medidas de controle cujos
benefícios sejam inferiores a eventuais danos. Contudo, a decisão de implantar medidas de controle interno é
decisão da entidade e não do auditor. De forma precipitada indicaríamos que a questão está certa. Porém, ao que
indica a questão, o custo x benefício que a questão se refere é o do trabalho do auditor na verificação dos controles
administrativos e não o custo x benefício da implantação do controle interno avaliado pela entidade. Em sendo
assim, se o auditor entende que os controles, com base em seu julgamento profissional, não são significativos para
a auditoria, poderá dispensar o entendimento de alguns controles ponderando custos e benefícios para a auditoria.

Nesse sentido é clara a NBC TA 00

NBC TA 00, 66.

É uma questão de julgamento profissional se evidências apropriadas e suficientes foram obtidas para suportar a
conclusão do auditor independente, o que envolve considerar a relação entre o custo e o benefício da obtenção das

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evidências. O auditor utiliza o julgamento e exerce o ceticismo profissional ao avaliar a quantidade e a qualidade das
evidências e, portanto, sua suficiência e adequação para suportar o relatório de asseguração.

Resposta errado

FGV-Auditor- Hemocentro-SP/2013

Um dos objetivos do controle interno é auxiliar a administração na condução ordenada de suas atividades
operacionais, utilizando, como controle do tipo administrativo,

(A) uma auditoria interna.

(B) a análise das variações entre os valores orçados e os incorridos.

(C) o controle físico sobre os ativos.

(D) sistemas de conferência, aprovação e autorização contábil.

(E) os inventários de bens tangíveis.

Resolução: Todas as atividades elencadas são atividades de controle. Precisamos identificar aqueles controles que
impactam nos saldos e classificações das demonstrações contábeis e aqueles que são controles gerenciais, fora do
universo contábil.

Todos os itens, exceto a letra B, impactam nos registros dos ativos, reduzem a possibilidade de fraudes e erros e
garantem informação fidedigna com efeito nas demonstrações contábeis.

Resposta B

Comunicação das deficiências de controle interno


O auditor deve obter entendimento do controle interno relevante para a auditoria ao identificar e avaliar os riscos
de distorção. Conforme os riscos sejam identificados, o auditor definirá os procedimentos de auditoria necessários
para apoiar sua opinião nas circunstâncias. No processo de entendimento dos controles internos, de avaliação de
riscos ou em qualquer outro momento, o auditor poderá identificar deficiências do controle interno.

A NBC TA 265 exige que o auditor se comunique por escrito com os responsáveis pela governança e à
administração quando identificar deficiências de controle interno importantes (conforme julgamento profissional)
para a entidade.

Já apareceu assim:

O auditor deve considerar, na sua comunicação, que existe deficiência quando o controle, mesmo se concebido e adotado,
não é capaz de evitar ou constatar e corrigir tempestivamente distorções nas demonstrações financeiras (Cespe).

Assim, teremos a deficiência quando há um controle e ele não funciona e, também, quando há a ausência de controle

Uma deficiência de controle interno, por si só, pode não se constituir em deficiência significativa. Entretanto, se
combinadas com outras, também isoladamente não significativas, mas atuando em conjunto sobre o mesmo

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saldo contábil ou a mesma divulgação, a mesma afirmação relevante, ou o mesmo componente do controle
interno, pode resultar em uma deficiência significativa.
Todas as deficiências de controles internos identificadas devem ser comunicadas?

Não, apenas a deficiências significativas. Deficiências significativas são aquelas que, no julgamento do auditor,
merecem a atenção dos responsáveis pela governança.

Para quem o auditor comunica?

Aos responsáveis pela governança.

De que forma?

Por escrito, entretanto o auditor pode comunicar oralmente aos responsáveis pela governança tão logo quanto
possível, deficiências significativas no controle interno que o auditor identificou, antes de comunicá-las por escrito
como requerido pela NBC TA 265, itens 9 e A14.

Se a deficiência indicar a presença de fraude com envolvimento dos responsáveis pela governança, a quem o
auditor deve comunicar as deficiências de controle interno?

O auditor deve comunicar ao nível apropriado. Nessas circunstâncias pode não ser conveniente comunicar-se com
os responsáveis pela governança.

Importante:

Em caso de fraude, a comunicação independe de ser o fato significativo.

Vejamos o tema “comunicação de deficiências”


em provas...
VUNESP – ISS Valinhos/2019

Considerando a norma de auditoria em relação à comunicação de deficiências de controles internos, é correto


afirmar:

A. deficiência significativa de controle interno é a ausência de um controle necessário para prevenir, ou detectar e
corrigir tempestivamente, distorções nas demonstrações contábeis.

B. o Responsável pelo Governança deve determinar se, com base no trabalho de auditoria executado, o auditor
identificou uma ou mais deficiências de controle interno relevantes para a Administração.

C. a Administração deve comunicar tempestivamente por escrito as deficiências significativas de controle interno
identificadas durante a auditoria aos responsáveis pela governança.

D. deficiência de controle interno existe quando o controle é planejado, implementado ou operado de tal forma
que não consegue prevenir, ou detectar e corrigir tempestivamente, distorções nas demonstrações contábeis.

E. existe um prazo definido para comunicação das deficiências de controles internos identificadas durante os
trabalhos de auditoria das demonstrações contábeis.

Resolução:

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Temos a deficiência de controle quando

1-o controle é planejado, implementado ou operado de tal forma que não consegue prevenir, ou detectar e corrigir
tempestivamente, distorções nas demonstrações contábeis; ou

2- falta um controle necessário para prevenir, ou detectar e corrigir tempestivamente, distorções nas
demonstrações contábeis.
Resposta: D

ESAF-AFRFB/2012

O auditor externo, ao realizar seu trabalho na empresa Expansão S.A., identificou vários pontos com não
conformidades nos controles internos. Com relação a esses pontos, deve o auditor

a) documentá-los em seus papeis de trabalho, para apresentação à administração quando solicitado.

b) evidenciá-los no relatório de auditoria, demonstrando os efeitos nas demonstrações contábeis.

c) exigir a elaboração de notas explicativas, evidenciando o impacto nas demonstrações contábeis.

d) encaminhar às diretorias responsáveis das áreas onde foram apontadas as não conformidades, determinando a
correção dos erros, antes da emissão do relatório de auditoria.

e) comunicar à administração por meio de carta, relatando os pontos de deficiências encontradas.

Resposta: O auditor deve comunicar tempestivamente por escrito as deficiências significativas de controle interno
identificadas durante a auditoria aos responsáveis pela governança.

Resolução:

NBC TA 265, 11

O auditor deve incluir na comunicação por escrito das deficiências significativas de controle interno:

(a) descrição das deficiências e explicação de seus possíveis efeitos; e

(b) informações suficientes para permitir que os responsáveis pela governança e a administração entendam o contexto
da comunicação. O auditor deve especificamente explicar que :

(i) o objetivo da auditoria era o de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis;

(ii) a auditoria incluiu a consideração do controle interno relevante para a elaboração das demonstrações contábeis
com a finalidade de planejar procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de
expressar uma opinião sobre a eficácia do controle interno; e

(iii) os assuntos comunicados estão limitados às deficiências que o auditor identificou durante a auditoria e concluiu
serem de importância suficiente para comunicar aos responsáveis pela governança.
Resposta E

ESAF-CVM / 2010

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Na comunicação das deficiências do controle interno, o auditor deve explicitar que:

a) as deficiências observadas têm relação direta com a elaboração das demonstrações contábeis e são suficientes
para comprometer o funcionamento da entidade.

b) os assuntos comunicados estão limitados às deficiências que o auditor identificou durante a auditoria e concluiu
serem de importância suficiente para comunicar aos responsáveis pela governança.

c) o exame efetuado nos controles internos, embora relacionados com as demonstrações contábeis, se
estenderam para além do limite destas.

d) os controles internos avaliados demonstram que a organização necessita desenvolver programas de


governança nas áreas financeiras e contábeis.

e) as distorções detectadas decorreram única e exclusivamente das deficiências desse controle detectados como
falhos.

Resolução:

Transcrição do item 11, b, iii da NBC TA 265

11. O auditor deve incluir na comunicação por escrito das deficiências significativas de controle interno:

(a) descrição das deficiências e explicação de seus possíveis efeitos (ver item A28); e

(b) informações suficientes para permitir que os responsáveis pela governança e a administração entendam o contexto
da comunicação.

O auditor deve especificamente explicar que (ver itens A29 e A30):

(i) o objetivo da auditoria era o de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis;

(ii) a auditoria incluiu a consideração do controle interno relevante para a elaboração das demonstrações contábeis
com a finalidade de planejar procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de
expressar uma opinião sobre a eficácia do controle interno; e

(iii) os assuntos comunicados estão limitados às deficiências que o auditor identificou durante a auditoria e concluiu
serem de importância suficiente para comunicar aos responsáveis pela governança.

Resposta: B

Registro do controle interno pelo auditor


O auditor deve documentar de forma clara os controles e o processo de entendimento dos controles da entidade.
A compreensão da efetividade dos controles será a base para definição do risco de controle.

NBC TA 330 (2016)


28. O auditor deve incluir na documentação de auditoria:
as respostas gerais para tratar os riscos avaliados de distorção relevante no nível das demonstrações
contábeis e a natureza, época e extensão dos procedimentos adicionais de auditoria executados;
o relacionamento desses procedimentos com os riscos avaliados no nível de afirmações; e
os resultados dos procedimentos de auditoria, incluindo as conclusões nos casos em que eles não estiverem
de outra forma claros

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(...)
A63. A forma e a extensão da documentação de auditoria é uma questão de julgamento profissional e são
influenciadas pela natureza, porte e complexidade da entidade e de seu controle interno, disponibilidade
das informações da entidade e metodologia de auditoria e tecnologia usadas na auditoria

São três os métodos de registro, citados pela doutrina, para registro do controle interno.

Método descritivo ou narrativo: fornece informações detalhadas das características do sistema, indica quem,
quando, como são envolvidos os funcionários, as operações, os procedimentos etc. Por ser narrativo pode gerar
interpretações e mal entendidos.

Fluxograma: evidencia um encadeamento lógico das operações, dos setores envolvidos. É uma representação
gráfica da estrutura de controle interno, permitem ilustrar uma grande quantidade de áreas de interesse. Pode ser
usado em conjunto com outros métodos.

Exemplo:

Fonte: COPEL-Nutricionista PUC-PR

Questionários: São listas de perguntas relacionadas ao sistema de controle interno. Podem ser dissertativos ou
do tipo “sim ou não”.

Exemplo:

Questionário de avaliação dos Controles internos SIM Não OBS

ÁREA-Contas a pagar

Os pagamentos são conferidos por uma responsável

Os pagamentos necessitam de autorização

O responsável pelo pagamento tem acesso aos registros contábeis

os sistemas de contas a pagar são protegidos por senha

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Vejamos como o “registro do controle interno” já


foi cobrado.
CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

Técnicas de checklists, questionários e fluxogramas correspondem a metodologias de avaliação do controle


interno.

Resolução:

Os métodos citados pela doutrina são o questionário (checklist), o narrativo e os fluxogramas.


Resposta: certo

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Avaliação e respostas aos riscos


Processo de avaliação de riscos da entidade
Envolve a identificação e análise dos riscos de informação material incorreta nas demonstrações contábeis.

A NBC TA 315 no seu item 15 indica que o auditor deve buscar entender se a entidade tem processo para:

▪ Identificar riscos de negócio relevantes para os objetivos das demonstrações contábeis;


▪ Estimar a significância dos riscos;
▪ Avaliar a probabilidade de sua ocorrência; e
▪ Decidir sobre ações em resposta a esses riscos

O propósito é, segundo Gramling (2012) identificar os riscos de distorção material e onde podem ocorrer, e
desenhar os procedimentos de auditoria necessários para responder a tais riscos.

A administração reage aos riscos através de seu sistema de controle interno. Portanto é fundamental que o auditor
entenda o seu funcionamento.

Respostas aos riscos identificados


Identificando o risco de controle como alto, o auditor não pode confiar no sistema de controle interno da entidade
como mecanismo eficiente para prevenir ou detectar distorções materiais nos saldos das contas das
demonstrações contábeis. Precisará se apoiar em mais procedimentos substantivos ao invés de testes de controle.
Na hipótese contrária, de risco baixo, o auditor se utilizará dos testes de controle para testar a efetividade e a
confiança no controle interno e, sendo confiáveis, conforme as evidências dos testes de controle indiquem, o
auditor poderia realizar menos procedimentos substantivos apostando na efetividade dos controles da entidade.

Vamos analisar a resposta do auditor aos riscos sob dois enfoques: a quantidade de procedimentos de auditoria e
a sua natureza. A quantidade de evidência requerida para responder aos riscos varia conforme aumentam ou
diminuem os riscos.

Imaginem os três recipientes abaixo como sendo o risco da entidade. O auditor precisará preencher os recipientes
com evidências (cor azul) para responder aos riscos. No primeiro recipiente, como temos um risco baixo, o auditor
poderá preencher com menos evidências produzidas em testes substantivos, a parte restante será oriunda da
confiança depositada nos controles internos da entidade. Por sua vez, o recipiente representativo do risco alto,
deverá ser preenchido totalmente com evidências geradas pelo auditor, em razão da baixa confiabilidade dos
controles da entidade. Temos aí uma representação da extensão (quantidade) da evidência a ser coletada pelo
auditor para apoiar sua opinião. Quanto maior o risco, maior será a necessidade de evidências.

A natureza das evidências também influencia os procedimentos de auditoria, ou, em outras palavras, às respostas
do auditor aos riscos.

Vamos analisar dois cenários para entender a natureza da evidência necessária para responder aos riscos.

No primeiro cenário, temos um bom controle interno (risco baixo):

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Nesse caso o auditor poderá adquirir confiança no controle interno mediante testes de controle, cujos resultados
fornecerão evidências, que poderão apoiar a opinião do auditor, uma vez que os controles são bem desenhados e
efetivos.

No segundo cenário, os controles internos são fracos e o risco é alto:

Neste 2º cenário (3º recipiente) por qual motivo o auditor perderia tempo testando os controles internos (testes
de controle) se eles não são efetivos?

Nessa auditoria, o auditor se valerá de testes substantivos majoritariamente para gerar evidências persuasivas o
bastante para apoiar uma opinião. É o que se chama de abordagem substantiva. Há pouca confiança nos controles
internos para gerar evidências de auditoria, então o auditor capricha nos procedimentos substantivos!
Exploremos essa noção de natureza da evidência/ abordagem da auditoria...

Analisemos duas situações hipotéticas: uma de nível baixo e outra de risco médio/alto.

Como seria a abordagem da auditoria?

Risco Baixo Risco médio/alto

50 %
procedimentos
susbstantivos
100%
procedimentos
50% Testes de susbstantivos
controle

A “lógica” é a seguinte: se já se sabe que os controles são péssimos, por que testá-los? Passamos direto para
execução de testes substantivos. Não vamos “dividir” a auditoria executando X% de testes de controle e Y% de
testes substantivos. Em empresas equilibradas, o auditor pode utilizar uma abordagem mista para conseguir
evidências como 60% de testes substantivos e 40% de testes de controle (valores meramente hipotéticos). Em
empresas de controle ruim essa abordagem pode variar até que seja exclusivamente substantiva.

Vejamos como é cobrado a “avaliação dos riscos”


em provas.

Inst. Excelência – Pref Largo – RS - Controlador interno - 2017

A estrutura de controle interno compreende ambiente de controle; mapeamento e avaliação de riscos;


procedimentos de controle; informação e comunicação; e monitoramento. Assinale a alternativa INCORRETA:

“Avaliação de riscos corresponde à análise da relevância dos riscos identificados, incluindo”:

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a) a avaliação da probabilidade de sua ocorrência;

b) a criação de ideias a serem implementadas para impedir a sua ocorrência;

c) a resposta ao risco, indicando a decisão gerencial para mitigar os riscos, a partir de uma abordagem geral e
estratégica, considerando as hipóteses de eliminação, redução, aceitação ou compartilhamento.

d) nenhuma das alternativas.

Resolução:

A administração deve avaliar quais os riscos podem limitar o alcance dos objetivos. Os riscos são de naturezas
diversas e tem origem externa ou interna e não são apenas de natureza contábil como, por exemplo, a necessidade
de garantir informações confiáveis, salvaguardar seus ativos, avaliar custos e estoques corretamente. Decorrem
também da economia, da capacidade de cumprir leis, dos concorrentes etc.

Resposta: B

FGV- CGE-Auditor do Estado-MA/2013

O auditor, no processo de avaliação de risco da entidade, deve buscar entender se a entidade tem processo para
os casos listados a seguir, à exceção de um. Assinale-o.

(A) Identificar riscos de negócio relevantes para os objetivos das demonstrações contábeis.

(B) Estimar a significância dos riscos.

(C) Avaliar a probabilidade da ocorrência de riscos.

(D) Decidir sobre ações em resposta aos riscos.

(E) Analisar procedimentos analíticos de erros e fraudes.

Resolução:

A avaliação de riscos é feita na fase de planejamento. O auditor deve avaliar seu controle interno considerando,
dentre outros:

NBC TA 315, 15

O auditor deve buscar entender se a entidade tem processo para:

(a) identificar riscos de negócio relevantes que afetam as demonstrações contábeis;

(b) estimar a significância dos riscos;

(c) avaliar a probabilidade de sua ocorrência; e

(d) decidir sobre ações em resposta a esses riscos (ver item A87).

Resposta: E

FCC – Analista Previdenciário – Manausprev/2015

De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade − NBC TA’s, a evidência de auditoria para a obtenção de
conclusões para fundamentar a opinião do auditor é conseguida, entre outros, pela

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(A) execução de procedimentos de avaliação de riscos.

(B) elaboração do planejamento de auditoria das demonstrações contábeis.

(C) seleção das impropriedades e/ou irregularidades encontradas pelo auditor, para registro nos papeis de trabalho
da auditoria das demonstrações contábeis.

(D) confirmação do cumprimento, pela entidade, das determinações realizadas em relatórios de auditorias das
demonstrações contábeis de exercícios anteriores.

(E) seleção das impropriedades e/ou irregularidades encontradas pelo auditor, para constar no relatório de
auditoria das demonstrações contábeis.

Resolução:

NBC TA 500

A10. Como exigido e explicado adicionalmente pela NBC TA 315 e pela NBC TA 330, a evidência de auditoria para a
obtenção de conclusões para fundamentar a opinião do auditor é conseguida pela execução de:

(a) procedimentos de avaliação de riscos; e

(b) procedimentos adicionais de auditoria, que abrangem:

(i) testes de controles, quando exigidos pelas normas de auditoria ou quando o auditor assim escolheu; e

(ii) procedimentos substantivos, inclusive testes de detalhes e procedimentos analíticos substantivos.


Resposta: A

Agora faremos questões. Nesta aula, optei por adicionar questões Cespe e FGV. Vamos variando...

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Questões comentadas
CESPE - AUFC - TCU/2011 (adaptada)

As lideranças da equipe de trabalho de auditoria devem ser substituídas a cada intervalo menor ou igual a cinco
anos consecutivos.

Resolução:

NBC PA 01, A14


A norma profissional que trata da independência do auditor independente reconhece que a ameaça de
familiaridade é especialmente relevante no contexto de auditoria de demonstrações contábeis de modo
que requer o rodízio do sócio do trabalho após o período de cinco anos.

Gabarito certo

CESPE -POLÍCIA CIENTÍFICA – PE - Perito Criminal/2016


O revisor do controle de qualidade do trabalho da auditoria deve, para o trabalho de auditoria realizado,
documentar
A) procedimentos exigidos pelas políticas da firma sobre o controle de qualidade.
B) as conclusões sobre o cumprimento dos requisitos de independência.
C) as conclusões acerca da aceitação e continuidade de relacionamentos com clientes.
D) a natureza e o alcance das consultas, bem como as conclusões delas resultantes.
E) assuntos referentes ao cumprimento das exigências éticas relevantes.
Resolução:

NBC PA 01 42.
A firma deve estabelecer políticas e procedimentos sobre a documentação da revisão de controle de
qualidade do trabalho, requerendo que a documentação indique se:
(a) os procedimentos requeridos pelas políticas da firma sobre revisão de controle de qualidade do trabalho
foram adotados;
(b) a revisão de controle de qualidade do trabalho foi concluída na data ou antes da data do relatório ou do
relatório; e
(c) o revisor não tomou conhecimento de assuntos não resolvidos que poderiam levá-lo a acreditar que os
julgamentos significativos feitos pela equipe de trabalho e as conclusões obtidas não eram apropriados.

Gabarito: A

CESPE- TCE-PR- Analista de Controle/2016


Constitui atribuição do responsável pela supervisão do trabalho de auditoria

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A) avaliar se o trabalho realizado é compatível com as conclusões obtidas.


B) examinar se os objetivos dos procedimentos do trabalho foram alcançados.
C) identificar os assuntos que deverão ser submetidos à consulta de membros mais experientes.
D) certificar se o trabalho concluído foi realizado de acordo com as normas técnicas.
E) verificar se foram levantados assuntos significativos para consideração adicional.
Resolução:

NBC PA 01, A34.


A supervisão do trabalho inclui o seguinte:
· acompanhar o andamento do trabalho;
· considerar a competência e habilidade individual dos membros da equipe de trabalho, se eles têm
tempo suficiente para realizar seu trabalho, se entendem as instruções recebidas e se o trabalho está
sendo executado de acordo com a abordagem planejada;
· tratar dos assuntos significativos que surgem durante o trabalho, considerar sua importância e
modificar a abordagem planejada de maneira apropriada; e
· identificar assuntos para consulta a membros mais experientes da equipe de trabalho, ou para
sua consideração durante o trabalho.

Gabarito: C

CESPE - AUFT - TCU/2011

A hipótese de o auditor se equivocar ao manifestar opinião de que as demonstrações contábeis contêm distorção
relevante constitui, na acepção das normas brasileiras de contabilidade um tipo de risco considerado
insignificante.

Resolução:

As normas se preocupam em tratar o risco de auditoria, que é o risco de o auditor expressar uma opinião de
auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis apresentam distorções relevantes.

NBC TA, A33


Para fins das NBC TA’s, o risco de auditoria não inclui o risco de que o auditor possa expressar uma opinião
de que as demonstrações contábeis contêm distorção relevante quando esse não é o caso. Esse risco
geralmente é insignificante. Além disso, o risco de auditoria é um termo técnico relacionado ao processo de
auditoria; ele não se refere aos riscos de negócio do auditor, tais como perda decorrente de litígio,
publicidade adversa ou outros eventos surgidos em conexão com a auditoria das demonstrações contábeis.

Resposta certo

CESPE - AUFC - TCU/2013

Os auditores não podem examinar todas as possíveis evidências que eliminariam os riscos de um julgamento
equivocado. Um desses possíveis riscos é o risco inerente, presente, por exemplo, na situação em que uma

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empresa competidora de licitação bilionária é levada a elaborar demonstrações contábeis que favorecem sua
imagem quanto à sua real situação econômico-financeira.

Resolução:

O risco inerente é a propensão à distorção de uma conta, saldo ou transação. É a suscetibilidade para atrair e
introduzir distorções, sejam elas decorrentes de erros, falhas de registro ou manipulação.

NBC TA 200, 13
(...)
risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo contábil ou
divulgação, a uma distorção que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras
distorções, antes da consideração de quaisquer controles relacionados;

Resposta certo

CESPE - Especialista - ANAC/2012

O risco de distorção relevante, que se refere à possibilidade de ocorrência de distorções relevantes em


demonstrações contábeis antes da realização de uma auditoria, compõe-se de risco inerente, risco de detecção e
risco de controle.

Resolução:

Risco de distorção relevante é função do risco inerente e risco de controle.

NBC TA 200, 13
Risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção relevante
antes da auditoria. Consiste em dois componentes, descritos a seguir no nível das afirmações:
(i) risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo contábil ou
divulgação, a uma distorção que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras
distorções, antes da consideração de quaisquer controles relacionados;
(ii) risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação sobre uma classe
de transação, saldo contábil ou divulgação e que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com
outras distorções, não seja prevenida, detectada e corrigida tempestivamente pelo controle interno da
entidade.

Resposta errado.

CESPE – AFCE – TCU/2015


O risco de auditoria é a possibilidade de o auditor, por algum motivo alheio a sua vontade, vir a emitir uma opinião
tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis significativamente incorretas. Para fins de análise, o
risco de auditoria divide-se em três componentes: risco inerente, risco de controle e risco de detecção.

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Resolução:

NBC TA 200, 13
Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as
demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma função dos riscos de
distorção relevante e do risco de detecção.

Resposta certo

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

Ao auditar instituições financeiras comerciais, o risco de auditoria relacionado a essa complexa atividade é o
somatório dos riscos de distorção relevante e do risco de controle.

Resolução:

Risco de auditoria é um conceito genérico que independe de ser a entidade uma instituição financeira, industrial,
comercial etc. É o resultado da agregação dos riscos de distorção relevante e de detecção - RA = RDR x RD.

NBC TA 200, 13
Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as
demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma função dos riscos de
distorção relevante e do risco de detecção.

Resposta errado

CESPE – DETRAN-ES – Contador/2010

Risco de auditoria é a possibilidade de o auditor emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre
demonstrações contábeis significativamente incorretas.

Resolução:

NBC TA 200, 13
Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as
demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma função dos riscos de
distorção relevante e do risco de detecção.

Resposta certo

CESPE -POLÍCIA CIENTÍFICA – PE - Perito Criminal/2016

Acerca de auditoria de demonstrações contábeis, assinale a opção correta.

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A) O trabalho do auditor deve restringir-se a segmentos específicos e determinados das demonstrações contábeis.
B) São as normas de contabilidade que estabelecem as responsabilidades de governança da administração das
entidades auditadas.
C) O conceito de materialidade é objetivo, de utilização obrigatória e está expressamente determinado nas
Normas Brasileiras de Contabilidade.
D) Um grau elevado de segurança, ou asseguração razoável, ocorre quando o auditor obtém evidência de que o
risco de auditoria por reduzido a níveis aceitavelmente baixos.
E) A identificação das fraudes cometidas na fase de elaboração dessas demonstrações é o principal objetivo da
auditoria.
Resolução:
Letra A – Errada. O escopo é o conjunto de DC.
Letra B – Errada. Normas de contabilidade dirigem-se a profissionais de contabilidade.
Letra C – Errada. Estão longe de ser um cálculo mecânico. O que é material em uma entidade pode não ser em
outra.
Letra D – Certa.
Letra E – Errada. O principal objetivo é identificar se há distorções relevantes independentemente se decorrentes
de fraude ou erro.
Resposta: D

CESPE – TCE-PA – Auditor de controle externo/2016

O nível aceitável de risco de detecção está diretamente relacionado com os riscos avaliados de distorção relevante
no nível da afirmação. Desse modo, quanto menores forem os riscos de distorção relevante que o auditor pensa
existir, menor será o risco de detecção que pode ser aceito.

Resolução

Errado. Risco de detecção é o risco de o auditor não detectar distorções. Então, se o risco de distorção é alto,
menor deve ser o risco de detecção a ser aceito. Se o risco de distorção é baixo, o auditor poderia se dar “ao luxo”
de trabalhar com risco de detecção maior, o que significa menos testes.

Resposta errado

CESPE – TCE-PA – Auditor de controle externo/2016

Para a determinação do risco de auditoria, o auditor deve avaliar o ambiente de controle da entidade, que
compreende, entre outros aspectos, a definição das competências e responsabilidades de cada setor ou
empregado, bem como o sistema de aprovação e registro das transações.

Resolução

NBC TA 200 descreve o risco de auditoria (RA) como o risco de que o auditor expresse uma opinião inadequada
quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma função dos riscos
de distorção relevante (RDR) e do risco de detecção (RD).
RA = RDR x RD
O RDR é função dos riscos de controle (RC) e do risco inerente (RI).
RDR = RC x RI

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Montando a fórmula do risco de auditoria temos:


RA = RC x RI x RD
Note que o risco de controle influencia no risco de auditoria, assim como o risco inerente. Como tais riscos
dependem do meio ambiente em que está inserida a entidade e a forma como ela reage aos riscos, podemos
afirmar os aspectos citados na assertiva são verdadeiros.
Resposta Certo

CESPE – Auditor – FUB/2015

Quanto maior a materialidade do objeto auditado, o risco de auditoria e o grau de sensibilidade do auditado a
determinado assunto, maior será a necessidade de evidências mais robustas.

Resolução

As evidências precisam persuadir, já que não são conclusivas. Diante de situações de elevado risco é natural que
mais evidências (mais e melhores) sejam exigidas. As evidências devem ser adequadas e suficientes. Tais atributos
variam de caso a caso.

Resposta: certo

CESPE - CGE – CE/2019


Um dos dois componentes de determinado risco é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma
transação, saldo contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser relevante; outro componente é o risco de
que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação ou em conjunto com outras distorções não seja prevenida,
detectada e corrigida tempestivamente pelo controle interno da entidade. Essas informações caracterizam o risco
A. de auditoria.
B. de controle.
C. inerente.
D. de distorção relevante.
E. de detecção.
Resolução:

O enunciado descreve dois riscos: o risco inerente e o risco de controle. O risco que resulta da conjugação destes
outros dois é o risco de distorção relevante.

RDR= RC x RI

Resposta: D

CESPE - SEFAZ-RS/2019

Na avaliação inicial de uma empresa auditada, o auditor independente detectou a possibilidade de a entidade não
vir a concretizar um importante contrato de financiamento, por não atender aos pré-requisitos estabelecidos pela
instituição financeira.

Nessa situação hipotética, de acordo com as normas de auditoria vigentes, identifica-se um exemplo de risco

A. de negócio.

B. inerente.

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C. de controle.

D. significativo.

E. de fraude.

Resolução

Estamos diante de um risco da atividade da entidade, isto é, trata-se de um risco de negócio. O risco de ter lucro
ou prejuízo, cumprir ou não cumprir um contrato, ser processado por falhas etc. é risco do negócio.

Resposta: A

CESPE- SEFAZ-RS/ 2019

Há maior risco de ocorrerem distorções em valores, na classificação, na apresentação ou divulgação de


informações contábeis quando

A. os cálculos ou princípios contábeis são muito simples.

B. verificados altos índices de transações rotineiras na entidade.

C. a obtenção e o processamento de dados exigem significativo volume de transações manuais.

D. as avaliações contábeis se baseiam em metodologias diferenciadas.

E. realizada pouca ou nenhuma intervenção da alta administração na determinação do tratamento contábil.

Resolução:

Operações complexas, fora do comum ou que se exponham a riscos de falhas humanas, tendem a possuir maior
risco inerente do que aquelas operações rotineiras, simples, informatizadas etc.

Resposta: c

CESPE- SEFAZ-RS/ 2019

A emissão de opinião inadequada do auditor sobre demonstrações contábeis finais que contenham distorção
relevante caracteriza o risco

A. de auditoria.

B. de controle.

C. de detecção.

D. de distorção relevante.

E. inerente.

Resolução:

NBC TA 200, 13
Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as
demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma função dos riscos de
distorção relevante e do risco de detecção.

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Resposta: A

CESPE- SEFAZ-RS/ 2019

Com relação a riscos, julgue os itens a seguir.


I Risco do negócio ocorre quando o auditor independente necessita de laudos externos para a avaliação de alguma
informação.

II Se identificar risco significativo, a equipe de auditoria deverá solicitar interrupção do contrato com o cliente até
que a questão seja sanada.

III A avaliação do risco de distorção relevante pode mudar durante o curso da auditoria.

IV Observação e inspeção são procedimentos utilizados para a avaliação de riscos.

Estão certos apenas os itens

A. I e II.

B. II e III.

C. III e IV.

D. I, II e IV.

E. I, III e IV.

Resolução:

Item I – Errado. Risco do negócio são os riscos empresariais.

Item II – Errado. Deve responder aos riscos com testes adequados.

Item III – Certo. Algumas informações podem se tornar disponíveis apenas ao longo da auditoria e isso pode
influenciar nos julgamentos.

Item IV – Certo.
Resposta: C

CESPE – Analista - CNJ/2013

Na fase de planejamento, o auditor deve considerar os testes de observância que serão empregados para avaliar
os controles internos estabelecidos pela administração auditada, a natureza e a extensão dos procedimentos de
auditoria a serem aplicados.

Resolução

Os testes de observância (testes de controle) destinam-se a examinar o controle interno. A avaliação do controle
interno é fundamental para dimensionar a auditoria. Quanto melhor for o controle interno, mens testes serão
necessários.

Resposta certo

CESPE - Analista - BACEN/2013

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Antes de iniciar uma auditoria, o auditor independente deve avaliar os níveis de inflação, crescimento, recessão,
deflação, desemprego e a situação política do setor econômico da entidade a ser auditada.

Resolução:

Para que seja possível realizar a auditoria, uma vez já aceito o cliente de auditoria, é necessário iniciar o
planejamento, etapa fundamental para que seja possível executar o trabalho. No planejamento busca-se conhecer
a entidade para que se defina, em relação à auditoria, o que fazer?, Quando fazer? Quanto fazer? Quem fará?

Isso envolve identificar todos os aspectos relevantes para auditoria, a complexidade da entidade, sua natureza, o
mercado em que está inserida, nível de materialidade, controle interno, avaliar riscos de distorções, as práticas
contábeis. O entendimento da entidade deve contemplar seus aspectos regulatórios, o setor de atividade e outros.
Entre os fatores externos que devem ser conhecidos pelo auditor, para que assim possa avaliar os riscos envolvidos
temos:

NBC TA 315, A30 (2016)


Exemplos de outros fatores externos que afetam a entidade e que o auditor pode considerar incluem as
condições econômicas gerais, taxas de juros e disponibilidade de financiamento, inflação ou flutuações da
moeda.

Resposta certo

CESPE - Especialista - ANAC/2012

Tendo em vista que os objetivos de uma auditoria somente podem ser alcançados mediante o planejamento
cuidadoso dos trabalhos, julgue o item subsequente.

A definição do volume de informações necessárias à demarcação dos objetivos gerais da auditoria independe do
conhecimento específico das peculiaridades da entidade que se pretende auditar.

Resolução: Errado. Cada planejamento é um planejamento diferente! As entidades são diferentes em tamanho,
complexidade, integridade ética, cumprimento de normas e regulamentos, riscos etc. Desde modo, o
planejamento apenas conduzirá a uma auditoria eficaz se levar em conta as peculiares circunstâncias envolvidas
em cada caso. Por exemplo: uma entidade que possui controles internos ruins exigirá do auditor o planejamento
de mais testes substantivos, o que levará a uma auditoria de abordagem substantiva com poucos testes de
controles, o que é definido apenas com o conhecimento da entidade. Se a entidade é uma empresa seguradora
provavelmente o auditor vai incluir na equipe os trabalhos de um atuário, se é uma empresa petrolífera
possivelmente o auditor irá debruçar-se sobre estimativas de reservas de petróleo e gás, podendo incluir também
os serviços de um especialista etc.
Resposta: Errado

CESPE - AUFC - TCU/2011

Considere que Carlos periodicamente realize auditorias na entidade A e que, pela primeira vez, realizará auditoria
na entidade B. Nessa situação, conforme a legislação, Carlos deve efetuar um planejamento de auditoria na
entidade B diferente daquele que ele utiliza para efetuar suas costumeiras auditorias na entidade A.

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Auditoria

Resolução:

A auditoria em A é uma auditoria recorrente.

A auditoria em B é uma auditoria inicial.

NBC TA 510
Trabalho de auditoria inicial é um trabalho em que:
(a) as demonstrações contábeis do período anterior não foram auditadas; ou
(b) as demonstrações contábeis do período anterior foram auditadas por auditor independente antecessor.

A primeira auditoria exige cuidados adicionais, especialmente quando as demonstrações contábeis não foram
auditadas ou foram auditadas por outros auditores. As razões são evidentes: o auditor ainda não conhece a
entidade; quais são os riscos envolvidos; qual é o setor de atividade; práticas contábeis; e outros.

NBC TA 510, 3
Ao conduzir um trabalho de auditoria inicial, o objetivo do auditor com relação a saldos iniciais é obter
evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre se:
(a) os saldos iniciais contêm distorções que afetam de forma relevante as demonstrações contábeis do
período corrente; e
(b) as políticas contábeis apropriadas refletidas nos saldos iniciais foram aplicadas de maneira uniforme
nas demonstrações contábeis do período corrente, ou as mudanças nessas políticas contábeis estão
devidamente registradas e adequadamente apresentadas e divulgadas de acordo com a estrutura de
relatório financeiro aplicável.

Resposta certo

CESPE - Especialista - ANAC/2012

Se determinado auditor já tiver avaliado as características próprias de uma entidade em auditoria anteriormente
realizada, ele ficará dispensado de uma nova avaliação dessas características, se for recontratado para realizar
outra auditoria para essa mesma entidade.
Resolução:

A questão procura diferenciar a auditoria inicial da auditoria recorrente. A vida do auditor é “facilitada” quando se
trata de uma auditoria recorrente, pois ele já conhece minimamente a empresa, já tem certeza sobre os saldos de
abertura (saldos iniciais) uma vez que foram auditados por ele no exercício anterior, já conhece os principais riscos
envolvidos, o ambiente econômico que se sujeita a entidade etc. Entretanto, isso não significa que o auditor está
dispensado de fazer uma reavaliação, pois as circunstâncias podem mudar.
Resposta: Errado

CESPE – Auditor – Unipampa/2009

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Auditoria

Na fase de contratação de novos serviços de auditoria independente, não é relevante, para o novo contratado, a
ocorrência de serviços prestados pelos auditores substituídos nem o conhecimento das razões da substituição,
pois se trata de relações de confiança e de natureza reservada.

Resolução: No caso de auditoria inicial, o planejamento do auditor é influenciado, pois ele ainda não conhece a
entidade e seu ambiente. Conhecer o trabalho anteriormente desenvolvido por outros auditores é importante para
obter esse entendimento. Acrescente-se ainda, que é relevante conhecer os motivos que levaram a substituição
dos auditores. Uma mudança de auditores em razão de motivos como pressão, discordância de entendimento
etc., certamente pesará na decisão do auditor sucessor em aceitar o trabalho.

NBC TA 300, 13
O auditor deve realizar as seguintes atividades antes de começar os trabalhos de auditoria inicial:
(a) aplicar procedimentos exigidos pela NBC TA 220, itens 12 e 13, relativos à aceitação do cliente e do
trabalho de auditoria específico; e
(b) entrar em contato com o auditor antecessor, caso haja mudança de auditores, de acordo com os
requisitos éticos pertinentes.

Resposta errado.

CESPE – Auditor – Unipampa/2009

O planejamento da auditoria requer o conhecimento adequado dos controles internos, mas o detalhamento dos
procedimentos aplicáveis independe das características dos sistemas contábil e de controles internos da entidade
auditada.

Resolução: Os controles influenciam na abordagem da auditoria. Quando os controles são fracos, será necessário
o auditor aplicar mais testes substantivos, uma vez que a segurança oferecida pelos controles para livrar as DC de
distorções é pequena. Deste modo, o auditor não pode confiar nos controles. Em sentido inverso, caso os controles
sejam bons, o auditor poderá executar menos testes substantivos, pois os controles asseguram a ausência de
distorções.
Resposta errado.

CESPE – Auditor – Unipampa/2009

O programa de auditoria deve ser estruturado de forma que possa ser específico ou padronizado. O programa
específico é mais apropriado para atividades que não se alterem ao longo do tempo ou para situações que
contenham dados e informações similares.

Resolução:

O programa de auditoria pode ser estruturado de forma específica ou padronizada.

Específica – é útil para um trabalho específico, em razão de frequentes alterações de objetivos e procedimentos.

Padronizado – Pode ser aplicado em trabalhos diferentes, com pequenas adaptações. É útil em trabalhos que
contenham informações similares e não se alterem com o tempo.

Resposta errado

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Auditoria

CESPE – Auditor – Unipampa/2009

O planejamento da auditoria deve estar completado antes do início dos trabalhos. Entre os aspectos a serem
previamente definidos, salientam-se o momento e o período de execução de cada atividade, os locais de sua
realização e os profissionais e auxiliares necessários à consecução das tarefas selecionadas.

Resolução:

O planejamento antecede o início dos trabalhos uma vez que seu objetivo é tornar possível a execução de uma
auditoria eficaz. No planejamento, que é feito em dois níveis – estratégia de auditoria e plano ou programa de
auditoria – são desenhados os recursos necessários para execução do trabalho como o nível de qualificação de
pessoal adequado, necessidade de especialistas, tempo, avaliação dos controles internos para dimensionamento
dos testes que serão executados etc.

Resposta certo

CESPE – Auditor – Unipampa/2009


Entre os objetivos principais do planejamento da auditoria ressalta-se o de assegurar que todas as áreas da
entidade auditada, independentemente de sua importância, recebam a mesma atenção.

Resolução:

É justamente o contrário. Ao proceder a avaliação de riscos, o auditor poderá dimensionar quais áreas receberão
mais testes de auditoria em função da necessária obtenção de respostas aos riscos. Em áreas de excelente controle
interno, por exemplo, o auditor poderia executar menos testes.

Resposta errado.

CESPE – Auditor – Unipampa/2009

Um dos fatores a serem contemplados no planejamento da auditoria é a avaliação da política tributária adotada
para o respectivo ramo de atividade, tanto no plano doméstico quanto no externo.

Resolução:

No planejamento, o auditor deve buscar conhecer o ambiente em que está inserida a entidade para assim avaliar
os riscos envolvidos.

O auditor precisa conhecer os riscos do negócio que acometem o cliente para compreender as origens das
pressões, quais as áreas sensíveis etc. Essa busca passa pelo conhecimento do meio ambiente em que a entidade
está envolvida, a economia, o marco regulatório etc.

Resposta certo

CESPE – TJ-CE – analista/2014

No que concerne ao planejamento de auditoria, assinale a opção correta.

A) Níveis de inflação, desemprego, níveis de escolaridade dos empregados e políticas monetária, fiscal e cambial
são os fatores socioeconômico-financeiros que interferem nos resultados e que, portanto, devem ser avaliados
pelo auditor independente e registrados em parágrafo específico de seu relatório.

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B) Para o auditor independente, o planejamento da auditoria é um processo que se inicia com a emissão da carta-
proposta, que é o documento no qual o auditor formaliza as condições do trabalho planejado a ser executado.

C) O auditor independente, em seu plano de auditoria, pode utilizar a rotação de escala — técnica de determinação
das unidades a serem auditadas para obtenção de evidência — para estabelecer um nível de relevância aceitável
na detecção de distorções relevantes.

D) Ao elaborar o planejamento da auditoria, o auditor independente, no estabelecimento da estratégia geral dos


trabalhos, deve considerar fatores como, por exemplo, o procedimento para verificar a eficiência da auditoria
interna, a escolha da equipe técnica, o procedimento para detecção de fraudes e erros e o grau de conhecimento
da atividade da empresa auditada. Além disso, nessa etapa o auditor deve entregar os relatórios de auditoria para
a empresa auditada.

E) Os papéis de trabalho, documentação preparada pelo auditor ou fornecida a este na execução dos trabalhos,
são meios de prova, uma vez que neles devem estar registradas todas as evidências obtidas.

Resposta:

Letra A – Errado. O auditor deve buscar obter esse entendimento, mas isso não é objeto de registro no relatório.

Letra B – Errado.

NBC TA 300, A2
Planejamento não é uma fase isolada da auditoria, mas um processo contínuo e iterativo, que muitas vezes
começa logo após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior, continuando até a conclusão do
trabalho de auditoria atual(...).

Letra C – Errado. A literatura se refere à rotação de ênfase.


Os auditores podem, com permissão da NBC TA 330, utilizar evidência de auditoria anterior para validar controles.
Isso é comumente chamado de rotação de ênfase em testes de controles.

NBC TA 330, 14
Se o auditor planeja usar a evidência de auditoria da auditoria anterior a respeito da efetividade
operacional de controles específicos, o auditor deve estabelecer se essa evidência continua relevante
mediante a obtenção de evidência de auditoria quanto à ocorrência ou não de alterações significativas
nesses controles após a auditoria anterior. O auditor deve obter essa evidência mediante indagação,
juntamente com observação ou inspeção, para confirmar o entendimento desses controles específicos, e:
(a) se houve alterações (nos controles) que afetam a continuidade da relevância da evidência de auditoria
de um trabalho anterior, o auditor deve testar os controles na auditoria corrente (ver item A36);
(b) se não houve essas alterações, o auditor deve testar os controles pelo menos uma vez a cada três
auditorias e deve testar alguns desses controles em todas as auditorias a fim de evitar a possibilidade de
testar todos os controles nos quais o auditor pretende confiar em um único período de auditoria e não testar
os controles nos dois períodos de auditoria subsequentes (ver itens A37 a 39).

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A rotação dos testes consiste na possibilidade de fazer esse rodízio nos testes, desde que em três auditorias, o
controle tenha sido avaliado pelo menos uma vez e não retornou alterações que afetem a da evidência obtida no
período anterior
Letra D – Errado. Há uma série de erros: o relatório é entregue apenas na conclusão dos trabalhos; os
procedimentos são definidos no plano de auditoria e não na estratégia global de auditoria; não é objetivo do
auditor descobrir fraudes ou erros, mas apenas as distorções causadas por eles.
Letra E – Certo.
Resposta: E

CESPE – FUB – Auditor/2013

Os procedimentos de auditoria são definidos no próprio programa. Nessa ocasião, descreve-se o que deve ser feito
e como devem ser realizados os exames. As averiguações e verificações devem permitir que os auditores formem
uma opinião que fundamente sua manifestação.

Resolução:

A assertiva exige que se saiba diferenciar o plano ou programa de auditoria da estratégia global da auditoria.

O programa desce ao nível do detalhamento, servindo de guia e controle da execução dos trabalhos. Estabelece
os procedimentos como: “Calcule a depreciação do imóvel X”.

Resposta certo

CESPE – Contador – pref. Rio Branco-AC/2007

O planejamento do trabalho dos auditores independentes não deve levar em conta a existência e a participação
de auditores internos. Em contrapartida, a auditoria independente deve orientar seus trabalhos para as áreas
indicadas e priorizadas pela auditoria interna.

Resolução:

O auditor independente poderá utilizar os papeis de trabalho da auditoria interna como evidência da auditoria e
também poderá utilizar, em comum acordo com o cliente, a função de auditoria interna como assistente direta na
auditoria. Essas decisões influenciam em toda a programação da auditoria, logo a assertiva é falsa.

Resposta errado.

CESPE- TCE-PR- Analista de Controle/2016


A respeito dos procedimentos preliminares de auditoria relacionados à identificação e avaliação de riscos, assinale
a opção correta.
A) Todas as informações obtidas pelo auditor em auditorias prévias na mesma entidade auditada terão de ser
consideradas na avaliação de riscos.
B) No exame dos riscos decorrentes do uso da tecnologia de informação, cabe exclusivamente ao auditor a tarefa
de verificar a fidedignidade dos relatórios eletrônicos que forem gerados.
C) As conclusões e os pareceres da auditoria interna a respeito das demonstrações contábeis são considerados
irrelevantes para o auditor independente.
D) Os riscos de negócio devem constituir declarações da administração, explícitas ou não, incorporadas às
demonstrações contábeis.

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E) Procedimentos analíticos de avaliação de riscos incluem a análise de informações como, por exemplo, a relação
entre compras e volume de produtos em estoque.
Resolução:
Letra A – Errada. Não necessariamente. Algumas situações podem estar definitivamente resolvidas, como um
controle deficiente no ano X1 e que foi corrigido em X2, não trazendo mais riscos elevados.
Letra B – Errada. A responsabilidade primeira é da Administração.
Letra C – Errada. A auditoria interna normalmente fornece evidências para auditoria externa.
Letra D – Errada. O auditor deve identificar os riscos de negócio explícitos ou não, que sejam relevantes para a
auditoria.
Letra E – Certa.
Resposta: E

CESPE- TCE-PR- Analista de Controle/2016

Assinale a opção correta, com referência à determinação da materialidade e da relevância no planejamento e na


execução da auditoria.
A) No caso de entidades com fins lucrativos, as demonstrações contábeis tidas como relevantes para o público em
geral podem não ser relevantes para os investidores que fornecem o capital de risco para o empreendimento.
B) Na determinação da materialidade, o auditor deve pressupor que os usuários do relatório de auditoria
desconhecem os negócios e a atividade da entidade auditada.
C) É indispensável determinar um valor mínimo para a classificação de relevância das distorções encontradas.
D) Nas auditorias das demonstrações contábeis, a definição de materialidade para entidades públicas segue as
mesmas regras e condições adotadas para as entidades privadas.
E) Determinada distorção pode ser considerada irrelevante em termos materiais, ainda que afete a decisão de um
usuário específico da informação contábil.
Resolução:
Não esqueçamos que a materialidade não é definida apenas em termos de valores numéricos. Distorções de
classificação ou informação podem ser consideradas materiais se induzirem terceiros a um julgamento
equivocado.

Resposta: E

CESPE – TCE-PA – Auditor de controle externo/2016

No planejamento da auditoria, os pisos de valores adotados para determinar a materialidade para as


demonstrações contábeis como um todo podem ser superiores aos utilizados para transações específicas;
dependem de como distorções de valores menores possam influenciar as decisões dos usuários dessas
informações.
Resolução:

NBC TA 320. 10.


Ao estabelecer a estratégia global de auditoria, o auditor deve determinar a materialidade para as
demonstrações contábeis como um todo. Se, nas circunstâncias específicas da entidade, houver uma ou

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mais classes específicas de transações, saldos contábeis ou divulgação para as quais se poderia
razoavelmente esperar que distorções de valores menores que a materialidade para as demonstrações
contábeis como um todo influenciem as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas
demonstrações contábeis, o auditor deve determinar, também, o nível ou níveis de materialidade a serem
aplicados a essas classes específicas de transações, saldos contábeis e divulgações (ver itens A2 a A11).

Resposta: Certo

CESPE – TRE-BA – Analista - contabilidade/2010

Identificar os problemas potenciais da entidade e também a legislação aplicável à entidade é um dos objetivos do
planejamento de auditoria.

Resolução:

O planejamento da auditoria pressupõe adequado nível de conhecimento sobre as atividades, os fatores econô-
micos, a legislação aplicável e as práticas operacionais da entidade a ser auditada, bem como o nível de
competência da administração.
Resposta: certo

CESPE - FUNPRESP-JUD – ACI/2016

No planejamento da auditoria, o auditor independente julga a magnitude das distorções consideradas relevantes
para, entre outras finalidades, determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos adicionais de
auditoria.

Resolução:

Na fase de planejamento é definido o nível de materialidade a ser aplicado na auditoria e também a natureza,
extensão, época dos procedimentos de auditoria, pois tais conclusões decorrem da avaliação do controle interno
e dos riscos envolvidos
Resposta: Certo

CESPE - Especialista - PREVIC/2011

A segregação de funções, uma das atividades de controle relevante para uma auditoria de demonstração contábil,
compreende as ações direcionadas ao controle das funções, que asseguram que os indivíduos não realizem
funções incompatíveis. Dessa forma, em uma operação de compra de peças de reposição que ficarão estocadas
para futuras requisições, os indivíduos ou os diferentes setores devem ser responsabilizados pela aquisição das
peças, pela sua guarda e pelo registro da operação, além de que o registro contábil deve ser efetuado previamente,
para assegurar a autorização de compra e confirmar o recebimento do pedido.

Resolução:

A primeira sentença está correta a descrição da segregação das funções. O detalhamento da operação está errado,
pois devem ser segregados as funções de guarda e registro.

Resposta errado.

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CESPE – PREVIC-EPC/2011

A proteção do patrimônio da entidade é o objetivo precípuo dos controles internos. Desse modo, o sistema de
vigilância, fiscalização e verificação utilizado pelos dirigentes compreende o conjunto de procedimentos e
instrumentos para prever, observar, e governar os acontecimentos internos da entidade que podem ter reflexos
em seu patrimônio.

Resolução:

O objetivo final dos controles internos é garantir o alcance dos objetivos da organização salvaguardando seus
ativos.

Resposta Certo

CESPE – Analista – MPU/2015

De acordo com as diretrizes de controle interno definidas pelo COSO (Committee of Sponsoring Organization),
constituem componentes inter-relacionados não somente o ambiente de controle, a avaliação de riscos,
informação e comunicação, mas também o monitoramento.

Resolução: Está correto, mas falta um componente: atividades de controle. Veja abaixo:

Resposta certo

CESPE – Analista – MPU/2015

O objetivo do aperfeiçoamento do sistema de controles internos das entidades é eliminar de vez os riscos
operacionais.

Resolução:

Não existe controle interno que assegure em 100% dos casos a eliminação dos riscos. Isso se deve ao fato de que
os controles podem falhar, podem ser burlados mediante conluios, fraudes etc. Além disso, há limitações de custo
x benefício.

Resposta errado

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CESPE – Analista – MPU/2015

Um efetivo ambiente de controle é influenciado por fatores intangíveis, entre os quais se destacam os valores
éticos das pessoas nele inseridas.

Resolução:

O ambiente de controle se refere ao “clima”, ao ambiente. À cultura disseminada na organização sobre o controle
e abrange a integridade e os valores éticos da organização segundo o COSO.
Resposta certo

CESPE – Analista – MPU/2015

A alta administração, que exerce a função de governança da entidade, é responsável pela definição de um
adequado ambiente de controle, que independe da atuação da auditoria interna ou externa.

Resolução:

A governança é responsável pela implementação dos controles internos, entretanto, a auditoria interna atua no
monitoramento dos controles, logo é parte importante do sistema de controle.

A auditoria externa, embora não atue no monitoramento dos controles para agregar valor à administração,
poderá, no curso de seu trabalho, detectar deficiências nos controles, devendo comunicar à administração da
entidade. Logo é errado afirmarmos que as auditorias externas e internas não influenciam.
Resposta errado

CESPE – Auditor – Unipampa/2009

Um dos instrumentos utilizados pela auditoria independente para o levantamento das informações referentes ao
sistema de controle interno de uma organização é o questionário padronizado, que assegura a avaliação integral
das operações e deve ser preenchido pelo auditado e entregue antes da realização dos trabalhos.

Resolução:

Embora o questionário seja uma das formas de registro do controle interno, o seu preenchimento é feito pelo
auditor, uma vez que as respostas decorrem diretamente da avaliação feita pelo auditor sobre o controle interno.

As demais formas de registro do CI são o método narrativo ou descritivo e o fluxograma.

Resposta errado

CESPE – Auditor – Unipampa/2009

Para o exame apropriado das delegações de competências e atribuições de responsabilidades em uma entidade,
o auditor deverá consultar seu organograma, estatuto ou contrato social, regimento interno e manuais de rotinas
e procedimentos.

Resolução:

A questão trata de procedimentos aplicados para avaliar os controles internos. Como na avaliação de controles
não estamos em busca de valores monetários ou exatidão de saldos e transações, mas de variáveis qualitativas

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como conforme e não conforme, ou o pagamento foi autorizado(?); ou foram observadas as instruções(?) e outros de
caráter qualitativo. Precisamos, portanto, seguir em busca do rastro documental das operações que indiquem que
os procedimentos internos foram seguidos. E isso poderá ser fornecido por documentos como os citados.

Resposta certo

CESPE – Auditor – Unipampa/2009

Considerando que uma empresa adote como critério para as contratações de serviços de que necessita uma escala
de valores, de tal modo que, quanto maior for o valor do contrato, maior será o número de propostas exigido e
mais elevado o escalão definido para a sua aprovação, é correto afirmar que tais procedimentos estão em
consonância com o princípio do custo versus benefício do controle.

Resolução:

A questão indica que os procedimentos de controle são ampliados à medida que os valores monetários da
operação aumentam. Isto está em linha com o que resume o princípio do custo x benefício. Isto é, não é viável
aplicar controles demasiadamente caros para determinadas operações cujos benefícios sejam inferiores ao custo.
Entretanto, à medida que o valor da operação aumenta, consequentemente o seu risco, é viável a introdução e
implantação de controles de maior custo.

Resposta certo

CESPE – Auditor – Unipampa/2009

O ambiente de controle, cuja avaliação é necessária para determinar o risco da auditoria, compreende, entre
outros aspectos, os critérios para a escolha dos responsáveis pelos setores que preparam as informações contábeis
e suas relações com a auditoria interna.

Resolução: O ambiente de controle é conhecido como o “clima no topo”. É como a alta administração dissemina
a cultura de controle dentro da organização. Podemos estabelecer 5 princípios ligados ao ambiente de controle.
Ambiente de controle
1. A organização demonstra ter comprometimento com a integridade e os valores éticos.
2. A estrutura de governança demonstra independência em relação aos seus executivos e supervisiona o
desenvolvimento e o desempenho do controle interno.
3. A administração estabelece, com a suspensão da estrutura de governança, as estruturas, os níveis de
subordinação e as autoridades e responsabilidades adequadas na busca dos objetivos.
4. A organização demonstra comprometimento para atrair, desenvolver e reter talentos competentes, em linha
com seus objetivos.
5. A organização faz com que as pessoas assumam responsabilidade por suas funções de controle interno na busca
pelos objetivos.
Resposta certo

CESPE – Auditor – Unipampa/2009

Para alcançar os objetivos do controle interno de uma organização, os exemplos de controles contábeis que
podem ser adotados incluem a análise das variações entre os valores orçados e os efetivamente realizados ou
incorridos.

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Resolução:

Os controles contábeis são aqueles diretamente ligados à contabilidade. Geralmente compreendem controles,
tais como os sistemas de autorização e aprovação, segregação entre as tarefas relativas à manutenção e
elaboração de relatórios e aquelas que dizem respeito a operação ou custodia do ativo, controles físicos sobre o
ativo e auditoria interna.
O controle mencionado na assertiva é um controle gerencial de apoio à gestão e pode ser classificado como
controle administrativo.
Resposta errado.

CESPE – Auditor – Unipampa/2009

Erros repetitivos não requerem o aprofundamento dos exames do auditor, salvo se forem individualmente
relevantes, quando, então, sim, indicarão deficiência nos controles internos.

Resolução: Distorções causadas por erros, ainda que isoladamente irrelevantes, podem resultar em distorções
relevantes em conjunto, razão pela qual não devem ser desprezados pelo auditor. Ademais, erros repetitivos
podem ser indicativos de deficiências significativas de controle interno.

Resposta errado

CESPE – Auditor do Estado – SECONT-ES/2009

O controle interno deve basear-se no princípio da segregação de funções, segundo o qual uma mesma pessoa ou
entidade não pode ser simultaneamente responsável pelos ativos e pelos registros contábeis.

Resolução: A assertiva descreve o significado de segregação de funções que é o “mais famoso” princípio de
controle interno.

Crepaldi (2012) enumera tais elementos da seguinte forma:


• Princípio da responsabilidade;
• Princípio das rotinas internas de controle;
• Princípio de segurança e salvaguarda de ativos;
• Princípio da segregação de funções;
• Princípio do confronto dos ativos com os registros;
• Princípio da amarração do sistema;
• Auditoria interna.

Resposta certo

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

Para assegurar que o sistema de controle interno seja efetivo, as instituições devem implementar ações de
monitoramento.
Resposta:

Pouco adiantaria ter controles internos se não pudéssemos monitorá-los. O monitoramento é um dos
componentes do controle interno conforme verificamos no cubo de COSO I:

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Resposta certo

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

A segregação de funções é um exemplo de atividade de controle de natureza detectiva.

Resolução:

Tem natureza preventiva, uma vez que inibe a ocorrência de distorções pela manutenção de funcionários distintos
para execução de operações complementares como a guarda e registro do ativo, por exemplo.
Resposta errado

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

O estabelecimento de alçadas, a previsão de autorizações para a realização de determinadas operações, a


instituição de segurança física em áreas críticas e a instituição de manuais de procedimentos e rotinas são
exemplos de atividades de controle de detecção.

Resolução:

Tem natureza preventiva. Atuam a priori, evitando os riscos.

Resposta errado.

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

O conluio entre empregados pode comprometer a eficácia do controle interno de uma organização e prejudicar os
objetivos a serem alcançados.

Resolução:

A possibilidade de fraudes, especialmente quando envolvem conluios, são um dos fatores que limitam a eficácia
dos controles estabelecidos, pois introduzem a possibilidade de burla dos controles.

Resposta certo

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

A implementação do controle interno em uma entidade garante que os objetivos da organização sejam
alcançados.

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Resolução:

Não garante, mas ajuda. Não há controle infalível, pois há limitações inerentes: podem falhar, serem burlados e
há limitações de custo benefício para sua implantação.

Resposta errado

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

O termo controle interno significa, basicamente, a automação das rotinas operacionais da entidade. Por meio
dessa automação é obtida a redução de custos, a redução da probabilidade de erros e o aprimoramento das
atividades desenvolvidas.

Resolução:

O sistema de controle interno é um conjunto de métodos para evitar que os riscos se convertam em distorções nas
suas demonstrações contábeis e que seus ativos sejam preservados. Poderá envolver, ou não, rotinas
automatizadas como parte desses controles.
Resposta errado

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

O ambiente de controle é influenciado pela atitude ampla e consciente da alta administração de uma entidade em
relação à importância do controle interno.

Resolução:

NBC TA 315, A76


O ambiente de controle inclui as funções de governança e administração e as atitudes, a consciência e as
ações dos responsáveis pela governança e da administração no que se refere ao controle interno da
entidade e sua importância na entidade. O ambiente de controle estabelece o tom da organização,
influenciando a consciência de controle de suas pessoas.

Resposta certo

CESPE – Auditor interno – AUGE-MG/2009

O auditor deve efetuar o estudo e a avaliação do sistema contábil e de controles internos da entidade, como base
para determinar a natureza, a oportunidade e a extensão da aplicação dos procedimentos de auditoria. Nos termos
da normatização do CFC, assinale a opção correta.

a) O sistema de controles internos é de responsabilidade da auditoria interna da entidade.

b) A auditoria independente deve abster-se de efetuar recomendações para o aperfeiçoamento dos controles
internos.

c) A avaliação do ambiente de controle existente deve considerar o processo decisório adotado na entidade.

d) Para a avaliação dos procedimentos de controle é irrelevante a comparação entre dados verificados e dados
projetados.

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e) A aplicação dos procedimentos de auditoria independe do porte da entidade e do volume dos negócios.

Resolução:

Letra A – Errado. A responsabilidade é da administração da entidade.

Letra B – Errado. Deve se comunicar quando constatar deficiências significativas de controle interno.

Letra C – Certo. O ambiente de controle é o “tom” da organização. É como se dissemina sua cultura de controle,
seu processo decisório e de responsabilidades.

Letra D – Errado. Ao comparar situação efetiva x situação esperada, é possível apurar e mensurar os controles,
suas falhas, pontos críticos etc.

Letra E – Errado. Depende do porte, dos riscos envolvidos, do ambiente econômico em que está inserido, da
qualidade dos seus gestores, do pessoal etc.

Resposta C

CESPE – Auditor interno – AUGE-MG/2009

Em questionário de controle interno geral, abrangendo questões para diversos setores, aplicado com vistas à
avaliação dos controles internos de uma organização, uma das perguntas que deveria ser respondidas
afirmativamente é:

a) Os recebimentos diários são mantidos no caixa da empresa e depositados semanalmente?

b) Os cheques têm a assinatura de apenas uma pessoa?

c) A conciliação periódica das contas bancárias é sempre efetuada pelo mesmo servidor do setor de contas a pagar?

d) Os comprovantes de pagamento do fundo de caixa são cancelados por ocasião de seu reembolso?

e) As devoluções, abatimentos e descontos sobre vendas são autorizados pelos próprios vendedores?

Resolução:

Letra A – Errado. Ser depositado semanalmente não é indício de bom controle pois permite a guarda de altas
somas de recursos fora do ambiente bancário, introduzindo riscos de fraude e roubos.

Letra B – Errado. Ter assinatura de apenas uma pessoa não é indício de bom controle pois facilita a fraude.

Letra C – Errado. O ideal é seja pessoa diversa daquela que fez o pagamento.

Letra D – Certo. O procedimento é o desejado.

Letra E – Errado. Sem segregação de funções, há margens para apropriação indevida de ativos, com registro de
descontos fictícios e posterior apropriação indevida da parcela “concedida” a título de descontos etc.
Resposta D

CESPE – Auditor interno – AUGE-MG/2009

Com relação aos controles específicos sobre o passivo, há vários tipos de preocupações para as quais deve estar
voltada a atenção do auditor. Não caracteriza uma dessas preocupações

a) permitir a contabilização de obrigações não autorizadas.

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b) a existência de autorização hábil para os respectivos pagamentos.

c) a manutenção de obrigações já quitadas.

d) a omissão de dívidas assumidas e vencidas.

e) impedir pagamentos em duplicidade ou para benefícios fictícios.

Resolução:

As alternativas B, C, D e E concentram preocupações com situações que devem ser evitadas. A letra A contém um
equívoco em sua redação. Para ficar correto, devemos substituir “permitir” por “evitar” ou “impedir”.
Resposta A

CESPE – FUB – Auditor/2013

Controles internos podem ser corretamente conceituados como um processo desenvolvido pelas organizações
com o objetivo de garantir com total certeza que os objetivos organizacionais sejam alcançados.

Resolução: o único erro é “total certeza”, pois não existem controles infalíveis. Todo controle possui limitação,
pois o julgamento humano é falho, normas são descumpridas, softwares falham, controles podem ser burlados
por fraudes e conluios etc. é possível gerenciar e mitigar os riscos, mas não os eliminar.

Não existe sistema de controle ou de gestão infalível, e, por isso pessoas com intenções criminosas tentarão
paralisar os sistemas. Todavia, um gerenciamento de riscos corporativos eficaz melhorará a capacidade da
organização de prevenir e detectar atividades de neutralização.(COSO II).

Resposta errado

CESPE – ANP – analista/2013

O controle interno, por mais eficaz que seja, não proporciona à entidade segurança razoável para a obtenção de
demonstrações contábeis plenas.

Resolução:
Não proporciona segurança absoluta.

Proporciona segurança razoável.


Resposta errado

CESPE – Contador – pref. Rio Branco-AC/2007

Um princípio fundamental de controle é a limitação do acesso dos funcionários aos ativos do órgão ou entidade.
Nesse sentido, recomenda-se que haja um único responsável pelas autorizações de pagamentos e emissão dos
respectivos documentos.

Resolução:

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É exatamente o contrário. Para melhor controle interno, deve haver a segregação de funções para evitar que
aquele que é responsável pela custódia do ativo seja também responsável pelo registro da operação. Com essa
configuração, para haver fraude, dependerá de conluio entre os partícipes.

Resposta errado

CESPE – Analista – MPE-TO/2006

Entre os objetivos de um sistema de controle interno, está a salvaguarda de interesses da entidade. Um dos meios
utilizados para dar suporte a essa salvaguarda é a segregação de funções, que estabelece o controle das operações
por meio de métodos de aprovação, de acordo com a responsabilidade e os riscos envolvidos para a empresa.

Resolução: A segregação de funções é um dos mais importantes controles, entretanto sua definição está
incorreta.
Segregação de funções – as obrigações são atribuídas ou divididas entre pessoas diferentes com a finalidade de
reduzir o risco de erro ou de fraude. Por exemplo, as responsabilidades de autorização de transações, do registro
e da entrega do bem em questão são divididas. O gerente que autoriza vendas a crédito não deve ser responsável
por manter os registros de contas a pagar nem pela distribuição de recibos de pagamentos. Da mesma forma, os
vendedores não devem modificar arquivos de preços de produtos nem as taxas de comissão (COSO II).
Resposta errado

CESPE - FUNPRESP-JUD – ACI/2016


Controles internos apropriados são essenciais para assegurar a confiabilidade das informações contábeis. A
contabilidade, por sua vez, é indispensável como instrumento de controle administrativo e como fator capaz de
orientar adequadamente os usuários das informações.

Informação financeira confiável é um dos objetivos do controle interno. A contabilidade tem função informativa e
orientadora relevante.
Resposta: certo

CESPE - FUNPRESP-JUD – ACI/2016


Com relação a controle interno, julgue os itens que se seguem. A época em que devem ser realizados os
procedimentos de auditoria é determinada a partir da avaliação do sistema de controle interno da empresa
auditada.

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Resolução:
A partir da análise do controle interno são definidos a natureza, época e oportunidade dos procedimentos de
auditoria. Por exemplo: se os controles internos aplicados no estoque são ruins, é provável que o auditor deseje
realizar o inventário próximo a data final das DC e não em data intermediária.
Resposta: Certo

FUNPRESP-JUD – ACI/2016
O conluio de funcionários é uma ação que limita a eficácia da segregação de funções como instrumento de controle
interno.
Resolução:
A essência da segregação de funções é separar as atividades de guarda e registro do ativo. Havendo um conluio, é
possível burlar o controle. Por exemplo: um funcionário se apropria do Ativo e o outro encobre com um registro
falso nos sistemas de controle.
Resposta: Certo

CESPE-TRE BA-Analista Judiciário/2017

Caso um auditor interno de determinado órgão público esteja interessado em analisar os pagamentos efetuados
pelo órgão, ele deve estar preparado para distinguir as situações caracterizadas como risco para a entidade, para
então escolher determinado procedimento de controle. Considerando essa informação, assinale a opção que
corresponde a uma situação caracterizada como tipo de controle a ser analisado pela auditoria no ciclo de
pagamentos.

A) repasse de cheques a recebedores não autorizados

B) falhas em equipamentos que podem resultar em erros de processamento

C) acesso a equipamentos de tecnologia da informação por usuários não autorizados

D) continuidade de operações que podem ser afetadas ou interrompidas por desastres (incêndio, inundação etc.)

E) segregação de funções para programação e operação de computadores.

Resolução;

Um sistema de pagamentos ideal tem alguém para autorizar o pagamento, alguém para executar o pagamento e
alguém para registrar o pagamento. Caso tais funções estivessem sob responsabilidade do mesmo funcionário,
seria fácil simular pagamentos e encobrir mediante um fictício registro de pagamento de despesas por exemplo.
Assim, um dos princípios do controle interno é a segregação de função. Aquele que tem a guarda do ativo, não
deve ser responsável também pelo registro do ativo. A assertiva E é a mais adequada, pois evitaria o seguinte:

Vamos imaginar a seguinte situação:

O programador altera uma linha do código de programação de modo que quando o usuário efetuar a operação
“debite a conta x”, o programa executa a operação “debite a conta y”. seria mais difícil detectar quando há a
segregação de funções.

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As alternativas A, B e C também podem ser considerados medidas de controle, apesar de pecarem pela
generalidade. A letra D é um controle administrativo. A Letra E é mais específica, vai direto no ponto: a segregação
de funções.

Resposta: E

CESPE – Contador – IPAJM/2007

Conforme a doutrina, o controle interno se subdivide em controles contábeis e controles administrativos. O


controle dos compromissos assumidos, mais ainda não realizados economicamente, é exemplo de controle
administrativo.

CONTROLES INTERNOS

Controles Contábeis Controles Administrativos

Plano de organização e todos os


Plano de organização e todos os métodos e
procedimentos referentes diretamente
procedimentos referentes principalmente à
relacionados com a salvaguarda do ativo e a
eficiência operacional, e à obediência às
fidedignidade dos registros financeiros.
diretrizes administrativas que normalmente
Geralmente compreendem controles, tais
se relacionam apenas indiretamente com os
como os sistemas de autorização e
registros contábeis e financeiros. Incluem-se
aprovação, segregação entre as tarefas
aqui controles como análises estatísticas,
relativas à manutenção e elaboração de
estudos de tempo e movimento, relatórios de
relatórios e aquelas que dizem respeito à
desempenho, controle de qualidade
operação ou custódia do ativo, controles
físicos sobre o ativo e auditoria interna

Resposta: certo

CESPE – Contador – pref. Rio Branco-AC/2007

Em uma revisão de transação efetuada por meio de fluxograma, a identificação dos pontos fracos permite avaliar
riscos significativos de erros mediante a realização de testes substantivos.

Resolução:

O fluxograma é uma das formas de se registrar o controle interno. Uma vez identificado pontos falhos no controle,
é possível executar testes substantivos.

Resposta certo

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

Um controle interno só pode ser considerado efetivo se a maioria dos componentes previstos no modelo do COSO
estiver presente e funcionando adequadamente.

Resolução:

O COSO não é o único referencial teórico sobre controle interno. Há outros que não são necessariamente iguais.

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Resposta errado

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

O componente atividade de controle visa identificar fatores que possam ameaçar o alcance dos objetivos de uma
entidade.

Resolução:

Os componentes do controle interno são:

Resposta errado

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

Verificar se as deficiências de performance ou de controle interno identificadas são tratadas de modo adequado e
oportuno é uma das características do componente avaliação de riscos.

Resolução:

É característica do componente monitoramento. Uma organização utiliza avaliações contínuas, independentes,


ou uma combinação das duas, para se certificar da presença e do funcionamento de cada um dos cinco
componentes de controle interno, inclusive a eficácia dos controles nos princípios relativos a cada componente.
As avaliações contínuas, inseridas nos processos corporativos nos diferentes níveis da entidade, proporcionam
informações oportunas. As avaliações independentes, conduzidas periodicamente, terão escopos e frequências
diferentes, dependendo da avaliação de riscos, da eficácia das avaliações contínuas e de outras considerações da
administração. Os resultados são avaliados em relação a critérios estabelecidos pelas autoridades normativas,
órgãos normatizadores reconhecidos ou pela administração e a estrutura de governança, sendo que as deficiências
são comunicadas à estrutura de governança e administração, conforme aplicável.
Resposta errado

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CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

O compromisso com a competência, o envolvimento da alta administração, a integridade e os valores éticos


preconizados na organização são aspectos que caracterizam o ambiente de controle.

Resposta certo

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

Um controle interno efetivo pressupõe a existência de mecanismos que antecipem, identifiquem e permitam
reagir a eventos que possam afetar o alcance dos objetivos da entidade.

Resolução:

Devem ter natureza preventiva e detectiva.

Resposta certo

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

Para se avaliar a efetividade de um sistema específico de controle interno, devem ser adotados parâmetros
objetivos de avaliação, amparados por modelos matemáticos.

Resolução:

Não necessariamente. A observação pode ser um bom teste, por exemplo.


Resposta errado

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

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O processo de avaliação de riscos envolve requisitos de formalização e estruturação, o que impede sua aplicação
a entidades de pequeno porte.

Resolução:

O controle interno pode ser implementado em sociedades pequenas, médias e grandes, com ou sem fins
lucrativos, públicas ou privadas. O sistema de controle interno de uma entidade de pequeno porte pode ser menos
formal e estruturado, mas ainda ser eficaz.
Resposta errado

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

A avaliação de um controle interno deve considerar, entre outros aspectos, se as atividades de controle serão
suficientemente adequadas para garantir que as diretrizes da administração sejam implementadas.

Resolução:
O controle interno e suas atividades, são ações estabelecidas por meio de políticas e procedimentos que ajudam a
garantir o cumprimento das diretrizes determinadas pela administração para mitigar os riscos à realização dos
objetivos.
Resposta certo

CESPE- SEFAZ-RS/2019

A respeito do estudo e da avaliação do sistema contábil e dos controles internos das entidades, julgue os itens
seguintes.

I O sistema contábil e de controles internos compreende o plano de organização e o conjunto integrado de


métodos e procedimentos empregados pela entidade para a proteção de seu patrimônio, para a promoção da
confiabilidade e tempestividade dos seus registros e de suas demonstrações contábeis, e para sua eficácia
operacional.

II Na avaliação do sistema contábil e de controles internos, o auditor deve considerar o ambiente de controle
existente na entidade, os procedimentos de controle adotados pela administração da entidade e a existência e
efetividade da supervisão externa realizada por órgãos específicos.

III Ao realizar o estudo e a avaliação do sistema contábil e de controles internos da entidade, como base para
determinar a natureza, a oportunidade e a extensão da aplicação dos procedimentos de auditoria, o auditor deve
considerar o grau de descentralização de decisão adotado pela administração da entidade.

Assinale a opção correta.

A. Apenas o item I está certo.

B. Apenas o item II está certo.

C. Apenas os itens I e III estão certos.

D. Apenas os itens II e III estão certos.

E. Todos os itens estão certos.

Resolução:

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Apenas o item II está incorreto, já que a “supervisão” que o enunciado descreve é executado pela própria entidade.
Vejamos as demais:

Item I – Certo.

NBC T 11
11.2.5 – ESTUDO E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CONTÁBIL E DE CONTROLES INTERNOS
11.2.5.1 – O sistema contábil e de controles internos compreende o plano de organização e o conjunto
integrado de método e procedimentos adotados pela entidade na proteção do seu patrimônio, promoção
da confiabilidade e tempestividade dos seus registros e demonstrações contábeis, e da sua eficácia
operacional.

A NBC T 11 está revogada, entretanto isso não significa que o que ela informava está incorreto. Ao contrário,
doutrinariamente permanece válido. Encontraremos previsão similar (exceto pela literalidade) em outros
referenciais teóricos como o COSO e a própria NBC TA 315 que assim especifica:

Controle interno é o processo planejado, implementado e mantido pelos responsáveis pela governança,
administração e outros empregados para fornecer segurança razoável quanto à realização dos objetivos
da entidade no que se refere à confiabilidade dos relatórios financeiros, efetividade e eficiência das
operações e conformidade com leis e regulamentos aplicáveis. O termo “controles” refere-se a quaisquer
aspectos de um ou mais dos componentes do controle interno.

Item III – Certo. A forma como é atribuída as responsabilidades (descentralizar) é ponto fundamental (mas não a
única!) para compreender o sistema de Controle interno da entidade.

Resposta: C

FGV-Auditor- Hemocentro-SP/2013

Quanto ao risco e à relevância em auditoria, analise as afirmativas a seguir.


I. Risco é a possibilidade de o auditor expressar uma opinião tecnicamente inadequada sobre as demonstrações
contábeis com distorções relevantes.

II. O componente de risco de controle é a possibilidade de ocorrência de erros ou irregularidades relevantes antes
de conhecer‐se a eficácia dos sistemas de controle, normalmente relacionado com a atividade operacional da
entidade.

III. Para determinar o risco de auditoria, o auditor deve avaliar o ambiente de controle da entidade,
compreendendo, por exemplo, as políticas de pessoal e a segregação de funções.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

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(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

(E) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

Resolução:

Item I- Define o risco de auditoria.

Item II-Seria o risco inerente

Item III- Os dois elementos citados dizem respeito aos controles, logo serão avaliados para definir o risco de
controle. O risco de controle, por sua vez, influencia o risco de auditoria, uma vez que é um dos elementos que o
compõe (RA=RC x RI x RD)

Resposta E

FGV- Fiscal de Rendas-RJ/2007

Avalie as afirmativas a seguir:

I. Risco de auditoria é o risco de que o auditor possa inadvertidamente não modificar adequadamente seu parecer
sobre demonstrações contábeis que contêm erros ou classificações indevidas materiais.

II. Risco inerente é o risco de que um erro ou classificação indevida materiais que possam constar de uma afirmação
não sejam evitados ou detectados tempestivamente pelos controles internos da entidade.

III. Risco de controle é a suscetibilidade de uma afirmação a um erro ou classificação indevida materiais, supondo
que não haja controles.

IV. Risco de detecção é o risco de que o auditor não detecte um erro ou classificação indevida relevantes que
existam em uma afirmação.

Assinale:

(A) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

(B) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas.

(C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

(D) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas.

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Resolução:

Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as
demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma função dos riscos de
distorção relevante e do risco de detecção.

Risco de detecção é o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um
nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa ser relevante, individualmente ou em
conjunto com outras distorções.

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Risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo contábil ou divulgação, a
uma distorção que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, antes da
consideração de quaisquer controles relacionados;

Risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação sobre uma classe de
transação, saldo contábil ou divulgação e que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras
distorções, não seja prevenida, detectada e corrigida tempestivamente pelo controle interno da entidade.

Resposta B

FGV-SEFAZ-RJ-Analista Controle interno/2010

A possibilidade de o auditor vir a emitir um parecer tecnicamente inadequado sobre as demonstrações contábeis
por conta de um “tique frio” marcado nos papéis de trabalho por um integrante da equipe de auditoria evidencia

(A) risco inerente.

(B) risco de controle.

(C) risco de detecção.

(D) necessidade de parecer com ressalvas.

(E) necessidade de um parecer diferente da modalidade “sem ressalvas”.

Resolução: Essa questão tem uma pegadinha, já que a redação utilizada parece com a definição de risco de
auditoria contida nas NBC TA 200, veja:

Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as
demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma função dos riscos de
distorção relevante e do risco de detecção.

Entretanto, a questão está se referindo ao risco de o auditor não detectar, por falha, descuido, falta de capacitação
etc.

Um “tique” errado auditor levou a uma conclusão errada. Isso nos remete ao risco de detecção. Os tiques são as
marcações que o auditor utiliza nos papéis de trabalho (por ex.: Ao falhar na execução dos testes
ou dos seus registros, escapando alguma distorção, estamos diante do risco de detecção. Observe:

Risco de detecção é o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um
nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa ser relevante, individualmente ou em
conjunto com outras distorções.

Resposta C

FGV – TCM-SP – agente fiscalização/2015

Ao elaborar um contrato com uma empresa de auditoria independente, a entidade que seria auditada pela
primeira vez incluiu no contrato uma cláusula acerca do trabalho a ser feito. A cláusula mencionava que, após o
trabalho, o parecer deveria assegurar de forma incontestável que as demonstrações contábeis estão livres de
distorção relevante devido a fraude ou erro. Essa cláusula é considerada inadequada em decorrência do(a):

(A) limitação do escopo da auditoria;

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(B) limitação inerente à auditoria;

(C) risco de distorção relevante;

(D) risco de controle;

(E) risco inerente.

Resolução:

Um trabalho de asseguração oferece garantia razoável. Jamais garantia absoluta. Não é à toa que a auditoria das
demonstrações contábeis ou a auditoria independente é classificada como um trabalho de asseguração razoável.
A asseguração razoável é um bom nível de segurança, porém não absoluta. Isso porque sempre haverá algum risco
na auditoria. A auditoria sofre limitações diversas como: baseia-se em testes e amostragens, o julgamento
humano é falho, as evidências são persuasivas (não conclusivas) dentre outros. Deste modo, em todo o trabalho
de auditoria haverá um risco de se emitir uma opinião inadequada. Esse risco pode ser de 1%; 0,1%; 0,001%,
0,0001% ou um valor muito baixo, mas nunca será de 0%. O risco pode ser controlado, jamais eliminado.

Resposta B

FGV-Auditor da Receita Estadual-AP/2010


O auditor deve definir uma estratégia global que defina o alcance, a época e a direção do seu trabalho e oriente o
desenvolvimento do plano de auditoria. Ao estabelecer essa estratégia global, o auditor deve adotar os
procedimentos apresentados a seguir, à exceção de um. Assinale-o.

(A) Identificar as características do trabalho para definir o seu alcance.

(B) Definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das
comunicações requeridas.

(C) Considerar os fatores que no julgamento profissional do auditor são significativos para orientar os esforços da
equipe do trabalho.

(D) Considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria, sendo indispensável o
conhecimento dos outros trabalhos realizados pelo sócio do trabalho para a entidade.

(E) Determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho.

Resolução: O apêndice da NBC TA 300 indica 4 naturezas de elementos a serem considerados na estratégia global
de auditoria:

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2- Objetivos de
1- Características do relatório, época da
trabalho auditoria e natureza da
comunicação

3- Fatores significativos,
atividades preliminares
4- Natureza, época e
do trabalho e
extensão dos recursos
conhecimento obtido
em outros trabalhos

Veja que podemos relacionar os elementos acima numerados com as assertivas A, B, C e E respectivamente.

A assertiva D é a única não contemplada.

Aproveite para aprender um pouco mais sobre tais temas e seus desdobramentos:

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Características do trabalho

•a estrutura de relatório financeiro sobre o qual a informação financeira a ser auditada foi
elaborada.
•a cobertura de auditoria prevista, inclusive o número e a localização de componentes a
serem incluídos;
•a natureza das relações de controle entre a controladora e seus componentes que
determinam como o grupo será consolidado;
•a disponibilidade do trabalho dos auditores internos e a extensão da eventual confiança
do auditor nesse trabalho.

Objetivos de relatório, época da auditoria e natureza da


comunicação

•o cronograma da entidade para emissão de relatórios.


•a organização de reuniões com a administração e os responsáveis pela governança para
discutir a natureza, época e extensão do trabalho de auditoria;
•a discussão com a administração e os responsáveis pela governança em relação ao tipo e
ao prazo de emissão do relatório e outras comunicações, por escrito e verbais,
•a discussão com a administração das comunicações previstas sobre a situação do trabalho
ao longo da auditoria;

Fatores significativos, atividades preliminares do trabalho e


conhecimento obtido em outros trabalhos

•a determinação da materialidade para componentes e a comunicação ao auditor do


componente
•o a identificação preliminar de componentes significativos e classes relevantes de
transações, saldos contábeis e divulgações.
•identificação preliminar de áreas em que pode haver maior risco de distorções relevantes.
•a discussão de temas que possam afetar a auditoria com os responsáveis da firma pela
realização de outros serviços à entidade;
•evidência do compromisso da administração no desenho, implementação e manutenção
de controles internos sólidos
•importância dada aos controles internos na entidade
•desenvolvimento de negócios significativos que afetem a entidade
•desenvolvimentos setoriais significativos
•mudanças significativas na estrutura de relatórios financeiros

Natureza, época e extensão dos recursos


•orçamento do trabalho, inclusive considerando o tempo apropriado previsto para áreas
onde existem mais riscos de distorções relevantes.

Resposta D

FGV-Auditor da Receita Estadual-AP/2010

A respeito do plano de auditoria assinale a afirmativa incorreta.


(A) é mais detalhado que a estratégia global de auditoria visto que inclui a natureza, a época e a extensão dos
procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da equipe de trabalho.

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(B) trata dos diversos temas identificados na estratégia global, levando-se em conta a necessidade de atingir os
objetivos da auditoria por meio do uso eficiente dos recursos do auditor.

(C) deve incluir a descrição da natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco.

(D) deve ser atualizado e alterado sempre que necessário no curso da auditoria.

(E) deve ser desenvolvido para que o planejamento da auditoria seja elaborado.

Resolução: Se compreendermos o processo de planejamento, respondemos essa questão sem precisar recorrer a
um grande esforço de memorização do texto normativo.

Precisamos compreender que o planejamento acontece em dois níveis. O nível “maior” denomina-se Estratégia de
auditoria. Diz respeito ao trabalho de auditoria como um todo. O segundo nível, “menor”, diz respeito aos
pormenores, detalhes, procedimentos.

O nível “maior” orienta o “menor”.

Com base nesse entendimento já poderíamos identificar a letra E como alternativa falsa. O planejamento é
realizado em dois níveis, Estratégia + plano de auditoria, e não somente o plano de auditoria.

Agora vamos para o que diz a NBC TA 300, observe que todas as demais alternativas estão contempladas nos itens
9 e 10.

NBC TA 330 (2016)


9. O auditor deve desenvolver o plano de auditoria, que deve incluir a descrição de:
(a) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco, conforme
estabelecido na NBC TA 315 – Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do
Entendimento da Entidade e de seu Ambiente;
(b) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no nível de
afirmação, conforme previsto na NBC TA 330 – Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados;
(c) outros procedimentos de auditoria planejados e necessários para que o trabalho esteja em conformidade
com as normas de auditoria (ver item A12).
10. O auditor deve atualizar e alterar a estratégia global de auditoria e o plano de auditoria sempre que
necessário no curso da auditoria.

Resposta E

FGV-Auditor do Estado-CGE-MA/2010

O auditor, ao realizar uma auditoria, exerce julgamento sobre a magnitude das distorções que são consideradas
relevantes.

Esses julgamentos fornecem a base para

(A) determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos de avaliação de risco.

(B) identificar e avaliar os riscos de distorção irrelevante.


(C) determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos operacionais de relevância.

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(D) tomar decisões econômicas razoáveis com base nas informações das demonstrações contábeis.

(E) entender que as demonstrações contábeis são elaboradas, apresentadas e auditadas considerando níveis de
materialidade.

Resolução:

Letra A- verdadeiro

NBC TA 320 (2016), 6


Ao planejar a auditoria, o auditor exerce julgamento sobre a magnitude das distorções que são
consideradas relevantes. Esses julgamentos fornecem a base para:
(a) determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos de avaliação de risco;
(b) identificar e avaliar os riscos de distorção relevante; e
(c) determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos adicionais de auditoria.

Letra B- errado em razão do “irrelevante”.

Letra C- Errado em razão de “procedimentos operacionais de relevância”. O correto seria “procedimentos


adicionais de auditoria”.

Letras D e E: Errado. As frases isoladas trazem algumas verdades, e reproduzem o texto normativo. Entretanto
estão fora do contexto da questão. Enquanto a questão deseja saber quais as bases fornecidas pelo julgamento
em questões de materialidade, isto é, quais as consequências deste julgamento, as letras D e E mencionam
pressupostos do auditor ao executar o julgamento, ou seja, é uma etapa que antecede o julgamento propriamente
dito, são fatores que influenciam no julgamento. Verifique abaixo:

NBC TA 320 (2016), 4


A determinação de materialidade pelo auditor é uma questão de julgamento profissional e é afetada pela
percepção do auditor das necessidades de informações financeiras dos usuários das demonstrações
contábeis. Neste contexto, é razoável que o auditor assuma que os usuários:
(a) possuem conhecimento razoável de negócios, atividades econômicas, de contabilidade e a disposição
de estudar as informações das demonstrações contábeis com razoável diligência;
(b) entendem que as demonstrações contábeis são elaboradas, apresentadas e auditadas considerando
níveis de materialidade;
(c) reconhecem as incertezas inerentes à mensuração de valores baseados no uso de estimativas,
julgamento e a consideração sobre eventos futuros; e
(d) tomam decisões econômicas razoáveis com base nas informações das demonstrações contábeis.

Resposta A

FGV-Auditor do Estado-CGE-MA/2010

A determinação da materialidade para o planejamento envolve o exercício de julgamento profissional. Aplica-se


frequentemente uma porcentagem a um referencial selecionado como ponto de partida para determinar a

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materialidade para as demonstrações contábeis como um todo. Os fatores que podem afetar a identificação de
referencial apropriado incluem

(A) os elementos das notas explicativas.

(B) os itens que tendem a inibir a atenção dos usuários das demonstrações contábeis da entidade específica.

(C) a natureza da entidade, a fase do seu ciclo de vida, o seu setor e o ambiente econômico em que atua.

(D) a estrutura societária da entidade e como ela é determinada.

(E) a volatilidade relativa do capital.

Resolução:

Questão bem maldosa. A FGV trocou algumas palavras discretamente em cada sentença para torná-las falsas.

Letra A: Falso conforme item A3 (a).

Letra B: Falso conforme item A3 (b)

Letra C: verdadeiro conforme item A3(c)

Letra D: Falso conforme item A3(d)

NBC TA 320 (2016), A3.


A determinação da materialidade para o planejamento envolve o exercício de julgamento profissional.
Aplica-se frequentemente uma porcentagem a um referencial selecionado como ponto de partida para
determinar a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo. Os fatores que podem afetar
a identificação de referencial apropriado incluem:
(a) os elementos das demonstrações contábeis (por exemplo, ativo, passivo, patrimônio líquido, receita,
despesa);
(b) se há itens que tendem a atrair a atenção dos usuários das demonstrações contábeis da entidade
específica (por exemplo, com o objetivo de avaliar o desempenho das operações, os usuários tendem a focar
sua atenção em lucro, receita ou patrimônio líquido);
(c) a natureza da entidade, a fase do seu ciclo de vida, o seu setor e o ambiente econômico em que atua;
(d) a estrutura societária da entidade e como ela é financiada (por exemplo, se a entidade é financiada
somente por dívida em vez de capital próprio, os usuários dão mais importância a informações sobre os
ativos, e processos que os envolvam, do que nos resultados da entidade); e
(e) a volatilidade relativa do referencial.

Resposta: C

FGV-Auditor- TCM-PA/2008

“A atividade de planejamento é fundamental em qualquer atividade, revelando-se a etapa mais importante do


ciclo administrativo (planejar, organizar, coordenar e controlar). Isso ocorre em função de o planejamento
considerar a definição de um objetivo, dos caminhos alternativos para atingi-lo, da escolha (processo decisório) e
da formulação de um plano de ação. Sobretudo na auditoria, tendo em vista o número de transações a serem
validadas, de áreas a serem testadas e dos saldos a serem verificados, o planejamento bem elaborado contribui

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para a otimização da aplicação dos recursos materiais e humanos (evitando desperdícios) e para minimização dos
riscos de auditoria. Dessa forma, embora não seja garantia de sucesso, o planejamento, quando bem elaborado,
minimiza o risco de o trabalho ser ineficaz e ineficiente.”

(José Carlos Carvalho. Auditoria Geral e Pública.)

Quando da auditoria realizada pela primeira vez, alguns cuidados especiais de planejamento devem ser
observados. As alternativas a seguir apresentam esses cuidados, à exceção de uma. Assinale-a, considerando,
ainda, a regulamentação do CFC.

(A) leitura dos relatórios de auditoria anteriores (como mecanismo de “conhecimento” da auditada)

(B) uniformidade de critérios contábeis, uma vez que pode ter havido alterações de um exercício para o outro

(C) identificação de relevantes eventos subsequentes ocorridos após a data-base do exercício, revelados ou não

(D) levantamento das principais alterações ocorridas no sistema de controle interno

(E) a natureza (o que fazer, qual procedimento aplicar), inoportunidade (quando) e extensão (até onde, o
percentual) dos procedimentos a serem aplicados

Resolução:

A finalidade e o objetivo do planejamento da auditoria não mudam caso a auditoria seja inicial ou em trabalho
recorrente. Entretanto, no caso de auditoria inicial, o auditor pode ter a necessidade de estender as atividades de
planejamento por falta da experiência anterior que é normalmente utilizada durante o planejamento dos
trabalhos. Para a auditoria inicial, o auditor pode considerar os seguintes temas adicionais na definição da
estratégia global e do plano de auditoria:

Manter contato com o auditor antecessor, por exemplo, para conduzir a revisão de seus papéis de trabalho; discutir
quaisquer assuntos importantes (inclusive a aplicação de princípios contábeis ou de auditoria e normas de
elaboração de relatórios) com a administração e relacionados à escolha do auditor, a comunicação desses temas
aos responsáveis pela governança e como eles afetam a estratégia global de auditoria e o plano de auditoria; os
procedimentos de auditoria necessários para obter evidência de auditoria suficiente e apropriada relativa aos
saldos iniciais; outros procedimentos exigidos pelo sistema de controle de qualidade da firma para trabalhos de
auditoria inicial.

NBC TA 510 (2016), 3


Ao conduzir um trabalho de auditoria inicial, o objetivo do auditor com relação a saldos iniciais é obter
evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre se:
(a) os saldos iniciais contêm distorções que afetam de forma relevante as demonstrações contábeis do
período corrente; e
(b) as políticas contábeis apropriadas refletidas nos saldos iniciais foram aplicadas de maneira uniforme
nas demonstrações contábeis do período corrente, ou as mudanças nessas políticas contábeis estão
devidamente registradas e adequadamente apresentadas e divulgadas de acordo com a estrutura de
relatório financeiro aplicável.

No planejamento define-se também e basicamente a natureza, extensão e oportunidade (não é inoportunidade!)


dos testes de auditoria.

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Resposta E

FGV-Auditor Fiscal -SEFAZ-RJ/2011

A atividade de planejamento é fundamental em qualquer atividade, revelando-se a etapa mais importante do ciclo
administrativo (planejar, organizar, coordenar e controlar), segundo Henry Fayol (Teoria Clássica da
Administração). Isso ocorre em função de o planejamento considerar a definição de um objetivo, dos caminhos
alternativos para atingi-lo, da escolha (processo decisório) e da formulação de um plano de ação. Sobretudo na
auditoria, tendo em vista o número de transações a serem validadas, de áreas a serem testadas, de saldos a serem
verificados, o planejamento bem elaborado contribui para a otimização da aplicação dos recursos materiais e
humanos (evitando desperdícios) e para minimização dos riscos de auditoria. Dessa forma, embora não seja
garantia de sucesso, o planejamento, quando bem elaborado, minimiza o risco de o trabalho ser ineficaz e
ineficiente. O planejamento na auditoria é dinâmico, ou seja, uma vez elaborado, deve ser revisado sempre que
surgirem novas circunstâncias ou os resultados apontarem para uma direção diferente da leitura feita inicialmente.
Nesse sentido, o planejamento deverá ser revisto, por exemplo, quando os testes substantivos revelarem uma
quantidade de erros superior àquela prevista quando do levantamento do controle interno. Quando da auditoria
pela primeira vez, alguns cuidados especiais de planejamento devem ser observados, tais como os listados a
seguir, À EXCEÇÃO DE UM. Assinale-o.

(A) leitura dos relatórios de auditoria anteriores (como mecanismo de “conhecimento” da auditada)

(B) uniformidade de critérios contábeis (uma vez que pode ter havido alterações de um exercício para o outro, tais
como mudança no método de avaliação de estoques, uso de reavaliação, mudança no critério de tributação – lucro
presumido para real, por exemplo)

(C) valor da cotação da ação investida na bolsa de valores, se companhia aberta

(D) identificação de relevantes eventos subsequentes ocorridos após a data-base do exercício, revelados ou não

(E) levantamento das principais alterações ocorridas no sistema de controle interno.

Resolução: Crepaldi (Auditoria: Teoria e Prática, 2012) sintetiza o assunto da seguinte forma, quando trata da
atenção do auditor quando de uma auditoria inicial:

“... o auditor independente deve incluir no planejamento de auditoria: análise dos saldos de abertura,
procedimentos contábeis adotados, uniformidade dos procedimentos contábeis, identificação de relevantes
eventos subsequentes ao exercício anterior e revisão dos papéis de trabalho do auditor anterior”.

Com base nas palavras de Crepaldi, já mataríamos a questão. Vamos mais adiante...

A antiga NBC T11 esclarecia facilmente também a questão, citando os seguintes elementos necessários quando
de uma primeira auditoria:

a) obtenção de evidências suficientes de que os saldos de abertura do exercício não contenham representações
errôneas ou inconsistentes que, de alguma maneira, distorçam as demonstrações contábeis do exercício atual;

b) exame da adequação dos saldos de encerramento do exercício anterior com os saldos de abertura do exercício
atual;

c) verificação se as práticas contábeis adotadas no atual exercício são uniformes com as adotadas no exercício
anterior;

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d) identificação de fatos relevantes que possam afetar as atividades da entidade e sua situação patrimonial e
financeira; e

e) identificação de relevantes eventos subsequentes ao exercício anterior, revelados ou não revelados.

Apesar de revogada esta norma, do ponto de vista prático continua válido seus ensinamentos.

Já as atuais normas (normas internacionais) não são tão diretas, mas também resolvem a questão. Nesse caso,
tomem a antiga NBC T11 como um bom resumo do assunto.

Das normas atuais podemos extrair o seguinte, trazendo a questão para a atualidade:

NBC TA 510 (2016)


6. O auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre se os saldos iniciais contêm
distorções que afetam de forma relevante as demonstrações contábeis do período corrente por meio
(a) determinação se os saldos finais do período anterior foram corretamente transferidos para o período
corrente ou, quando apropriado, se foram corrigidos;
(b) determinação se os saldos iniciais refletem a aplicação de políticas contábeis apropriadas; e
(c) realização de um ou mais dos seguintes procedimentos:
(i) no caso de as demonstrações contábeis do exercício anterior terem sido auditadas, revisar os papéis de
trabalho do auditor independente antecessor para obter evidência com relação aos saldos iniciais;
(ii) avaliar se os procedimentos de auditoria executados no período corrente fornecem evidência relevante
para os saldos iniciais; ou
(iii) executar procedimentos de auditoria específicos para obter evidência com relação aos saldos iniciais.
8. O auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre se as políticas contábeis
apropriadas refletidas nos saldos iniciais foram aplicadas de maneira uniforme nas demonstrações
contábeis do período corrente e se as mudanças nas políticas contábeis foram devidamente registradas e
adequadamente apresentadas e divulgadas de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável.
9. Se as demonstrações contábeis do período anterior foram auditadas por auditor independente
antecessor e o relatório desse auditor continha uma opinião com modificação, o auditor deve avaliar o
efeito desse assunto na sua avaliação de riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis do
período corrente de acordo com a NBC TA 315.

A resposta mais plausível seria a cotação da ação em bolsa que seria, pois seria a que menos tem relação direta
com os saldos de abertura. Entretanto, é bom que se diga que o comportamento dos preços pode ser uma
indicação muito útil e corroborativa para o auditor, pois representa uma sinalização do mercado em relação a
auditada que pode ser indicativa ou indiciária de crises de gestão, de integridade, marco legal etc...

Resposta C

FGV-Auditor Fiscal -SEFAZ-RJ/2011


Tendo em vista o que prevê o Conselho Federal de Contabilidade, assinale a alternativa correta.

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(A) No que tange ao planejamento, é necessário que o auditor planeje a auditoria de modo que ela seja executada
de maneira eficaz e dirija o esforço de auditoria às áreas com menor expectativa de distorção relevante,
independentemente se causada por fraude ou a erro, com esforço correspondentemente maior dirigido a outras
áreas. O plano de auditoria não precisa incluir a descrição da natureza, a época e a extensão dos procedimentos
adicionais de auditoria planejados no nível de afirmação.

(B) O envolvimento do sócio do trabalho e de outros membros-chave da equipe de trabalho no planejamento da


auditoria não deve resultar em incorporação de seus pontos de vista, podendo prejudicar a eficiência e
independência do processo de planejamento.

(C) Em auditoria de entidade de pequeno porte, todo o processo pode ser conduzido por equipe pequena de
auditoria. Muitas auditorias de entidades de pequeno porte envolvem o sócio do trabalho trabalhando com um
membro da equipe de trabalho ou sozinho. Com uma equipe menor, a coordenação e a comunicação entre
membros da equipe ficam facilitadas. A definição da estratégia global para a auditoria de entidade de pequeno
porte precisa ser igualmente complexa.

(D) O CFC, quando trata da responsabilidade do auditor no contexto da auditoria de demonstrações, explicita que
o auditor se preocupa com a fraude que causa distorção relevante. Dois tipos de distorções intencionais são
pertinentes para o auditor: (1) distorções decorrentes de informações contábeis fraudulentas e (2) da apropriação
indébita de ativos.

(E) O planejamento adequado ajuda a tornar suficientes o tempo e os recursos disponíveis para a condução da
auditoria. A dificuldade, falta de tempo ou custo envolvido são, por si só, base válida para que o auditor omita um
procedimento de auditoria para o qual não há alternativa ou que deva ser satisfeito com evidências de auditoria
menos que persuasivas.

Resolução:

Letra A– Falso. No que tange ao planejamento, é necessário que o auditor planeje a auditoria de modo que ela seja
executada de maneira eficaz e dirija o esforço de auditoria às áreas com menor maior expectativa de distorção
relevante, independentemente se causada por fraude ou a erro, com esforço correspondentemente maior dirigido
a outras áreas. O plano de auditoria não precisa incluir a descrição da natureza, a época e a extensão dos
procedimentos adicionais de auditoria planejados no nível de afirmação.

Letra B- Falso. O envolvimento do sócio do trabalho e de outros membros-chave da equipe de trabalho no


planejamento da auditoria incorpora a sua experiência e seus pontos de vista, otimizando assim a eficácia e a
eficiência do processo de planejamento.

Letra C- Falso. Apenas a parte final que trata da estratégia de auditoria está incorreta. A definição da estratégia
global para a auditoria de entidade de pequeno porte não precisa ser complexa ou um exercício demorado,
variando de acordo com o tamanho da entidade, a complexidade da auditoria e o tamanho da equipe de trabalho.
Por exemplo: um memorando breve elaborado na conclusão da auditoria anterior, baseado na revisão dos papéis
de trabalho e destacando assuntos identificados na auditoria que acabou de ser concluída, atualizado no período
corrente, com base em discussões com o proprietário ou administrador da entidade, podem servir como
documentação da estratégia de auditoria para o trabalho de auditoria corrente, caso cubra os temas abordados
na estratégia global, que são os abaixo indicados:

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NBC TA 300, 8
Ao definir a estratégia global, o auditor deve:
(a) identificar as características do trabalho para definir o seu alcance;
(b) definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das
comunicações requeridas;
(c) considerar os fatores que no julgamento profissional do auditor são significativos para orientar os
esforços da equipe do trabalho;
(d) considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria e, quando aplicável, se é
relevante o conhecimento obtido em outros trabalhos realizados pelo sócio do trabalho para a entidade; e
(e) determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho.

Letra D- Verdadeiro.

Letra E- Falso. O correto seria: O planejamento adequado ajuda a tornar suficientes o tempo e os recursos
disponíveis para a condução da auditoria. A dificuldade, falta de tempo ou custo envolvido são não são, por si só,
base válida para que o auditor omita um procedimento de auditoria para o qual não há alternativa ou que deva ser
satisfeito com evidências de auditoria menos que persuasivas.

Resposta D

FGV- Fiscal de Rendas-RJ/2009

Para efetuar o estudo e a avaliação do sistema contábil e de controles internos da entidade, segundo a Resolução
n.º 953/03 do CFC, o auditor deve considerar os seguintes aspectos, à exceção de um. Assinale-o.

(A) O tamanho e a complexidade das atividades da entidade.

(B) O grau de desenvolvimento da auditoria interna, se existente, e as áreas sem risco de auditoria.

(C) A natureza da documentação, em face dos sistemas de informatização adotados pela entidade.

(D) O grau de descentralização de decisão adotado pela administração da entidade.

(E) Os sistemas de informação contábil para efeitos tanto internos quanto externos.

Resolução: Vamos esquecer a resolução 953/03 que já foi revogada e responder com base na doutrina e nas atuais
NBC TA’s.

Doutrinariamente o que nós temos? Bom, o auditor deverá buscar compreender a entidade que pretende auditar,
conhecer os riscos envolvidos, o ambiente de controle e os controles internos estabelecidos. Com base nas
respostas geradas por esse processo de conhecimento e identificação de riscos e controles, poderá desenhar quais
serão os procedimentos adicionais de auditoria necessários para produzir evidência necessária e suficiente. Isto é:
com base nessas respostas, determinará a natureza, extensão e oportunidade dos testes de auditoria adicionais.

Todas as alternativas, exceto a letra B, trazem elementos cujo conhecimento é necessário obter para fazer uma
avaliação de riscos pois dizem respeito ao meio ambiente, riscos evolvidos, controles, sistemas contábeis.

A impropriedade da letra B está no “áreas sem risco”.

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Agora vejamos algumas passagens das atuais NBC TAs, especialmente a 315 que corroboram este entendimento:

NBC TA 315, 3
O objetivo do auditor é identificar e avaliar os riscos de distorção relevante independentemente se
causados por fraude ou erro, nos níveis da demonstração contábil e das afirmações, por meio do
entendimento da entidade e do seu ambiente, inclusive do controle interno da entidade, proporcionando
assim uma base para o planejamento e a implementação das respostas aos riscos identificados de distorção
relevante.

Já respondemos a questão, mas vamos evoluir mais um pouco....

Agora vejamos como a atual NBC TA 315 referência os elementos citados nas alternativas:

Letra A

NBC TA 315 (2016), 28


Ao exercer o julgamento quanto a quais riscos são significativos, o auditor deve considerar pelo menos o
seguinte:
(a) se o risco é um risco de fraude;
(b) se o risco está relacionado com recentes e significativos eventos de natureza econômica, contábil ou
de outro tipo, e que, portanto, exijam atenção específica;
(c) a complexidade das transações;

Letra C

NBC TA 315 (2016), 18


O auditor deve obter entendimento do sistema de informação, inclusive dos processos de negócio
relacionados, relevantes para as demonstrações contábeis, incluindo as seguintes áreas: (...)
(b) os procedimentos, tanto de tecnologia de informação (TI) quanto de sistemas manuais, pelos quais
essas transações são iniciadas, registradas, processadas, corrigidas conforme a necessidade, transferidas
para o razão geral e divulgadas nas demonstrações contábeis;

Letra D

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NBC TA 315 (2016), 19.


O auditor deve obter entendimento de como a entidade comunica as funções e responsabilidades sobre as
demonstrações contábeis e assuntos significativos relacionados com essas demonstrações (...)

Letra E

NBC TA 315 (2016), 4


Os riscos relevantes quanto à fidedignidade das demonstrações contábeis incluem eventos externos e
internos, transações ou circunstâncias que possam ocorrer e afetar adversamente a capacidade da
entidade de iniciar, registrar, processar e reportar dados financeiros compatíveis com as afirmações da
administração nas demonstrações contábeis. A administração pode iniciar planos, programas ou ações
para enfrentar riscos específicos ou pode decidir aceitar um risco por causa do custo ou de outras
considerações. Os riscos podem surgir ou se modificar em decorrência de circunstâncias tais como:

Resposta B

FGV- Fiscal de Rendas-RJ/2009 - adaptada

A norma de auditoria relaciona os principais objetivos do planejamento da auditoria. Com base na Resolução,
assinale a alternativa que não compreenda um objetivo do planejamento.

(A) Propiciar a coordenação do trabalho a ser efetuado por outros auditores independentes e especialistas.

(B) Propiciar o cumprimento dos serviços contratados com a entidade dentro dos prazos e compromissos
previamente estabelecidos.

(C) Assegurar que as áreas importantes da entidade e os valores relevantes contidos em suas demonstrações
contábeis recebam a atenção requerida.

(D) Estabelecer a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames a serem efetuados, em consonância com os
termos constantes na sua proposta de serviços para a realização do trabalho.

(E) Obter conhecimento das atividades da entidade, para identificar eventos e transações irrelevantes que afetem
as demonstrações contábeis.

Resolução: Vamos buscar na NBC TA 300, já na sua versão 2016, as principais lições sobre o papel do
planejamento.

NBC TA 300 (2016), 2


O planejamento da auditoria envolve a definição de estratégia global para o trabalho e o desenvolvimento
de plano de auditoria. Um planejamento adequado é benéfico para a auditoria das demonstrações
contábeis de várias maneiras, inclusive para
auxiliar o auditor a dedicar atenção apropriada às áreas importantes da auditoria;

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auxiliar o auditor a identificar e resolver tempestivamente problemas potenciais;


auxiliar o auditor a organizar adequadamente o trabalho de auditoria para que seja realizado de forma
eficaz e eficiente;
auxiliar na seleção dos membros da equipe de trabalho com níveis apropriados de capacidade e
competência para responderem aos riscos esperados e na alocação apropriada de tarefas;
facilitar a direção e a supervisão dos membros da equipe de trabalho e a revisão do seu trabalho;
auxiliar, se for o caso, na coordenação do trabalho realizado por outros auditores e especialistas.

O único item errado é a letra E, e o equívoco fica por conta do “irrelevantes”. O que é irrelevante não interessa ao
auditor. O auditor está identificando áreas importantes, áreas de risco, a eficácia dos controles etc. para
dimensionar a execução da auditoria. Trata-se de uma questão bem intuitiva, já que a banca exagerou ao adicionar
o “irrelevante” na assertiva E.

Resposta E

FGV- Fiscal de Rendas-RJ/2010

Nas atividades de planejamento o auditor deve estabelecer uma estratégia global definindo o alcance, a época e
a direção para o desenvolvimento do plano de auditoria. A respeito do planejamento da auditoria, assinale a
afirmativa incorreta.

(A) O auditor deve identificar as características do trabalho para definir o seu alcance, bem como definir os
objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das comunicações
requeridas.

(B) O auditor deve considerar os fatores que no seu julgamento profissional são significativos para orientar os
esforços da equipe do trabalho e determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para
realizar o trabalho.

(C) O auditor deve considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria e, quando for o
caso, a relevância do conhecimento obtido em outros trabalhos.

(D) O auditor deve desenvolver o plano de auditoria e nele deve incluir a descrição da natureza, a época e a
extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco.

(E) O auditor deve atualizar e alterar a estratégia global e o plano de auditoria, para definir o tipo de técnica e os
procedimentos aplicáveis na revisão do seu trabalho.

Resolução: As letras A, B, C, D trazem aspectos verdadeiros do planejamento alinhados com o que consiste a
atividade de planejamento.

O planejamento é feito em dois níveis. Envolve a definição da estratégia global para o trabalho e o plano de
auditoria.

A estratégia global envolve:

(a) identificar as características do trabalho para definir o seu alcance.

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(b) definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das
comunicações requeridas;

(c) considerar os fatores que no julgamento profissional do auditor são significativos para orientar os esforços da
equipe do trabalho;

(d) considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria e, quando aplicável, se é relevante
o conhecimento obtido em outros trabalhos realizados pelo sócio do trabalho para a entidade; e

(e) determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho.

O plano de auditoria envolve:

(a) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco.

(b) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no nível de afirmação.

(c) outros procedimentos de auditoria planejados e necessários para que o trabalho esteja em conformidade com
as normas de auditoria

Sempre que necessário, no curso da auditoria, o planejamento deve ser revisto. Esta costuma ser uma boa questão
de prova. Apesar do planejamento ser feito no início da auditoria, ele pode ser alterado durante sua execução.

Vejamos agora os equívocos da letra E...

A revisão do planejamento não é para definir as técnicas e procedimentos. Isso já foi feito quando da elaboração
do planejamento. A revisão do planejamento é para fazer os ajustes necessários, adequar as circunstâncias e fatos
antes desconhecidos.

Por exemplo: O auditor concluiu que os controles aplicados na conta Caixa eram ótimos. Logo, planejou poucos
testes substantivos para validar esta conta. Durante a execução da auditoria, tomou conhecimento que os
controles na verdade são ruins. Logo, revisou seu planejamento, direcionando mais testes para essa conta.

Quanto à necessidade de revisão do planejamento, um enunciado de prova FGV nos esclarece:

“(...) O planejamento na auditoria é dinâmico, ou seja, uma vez elaborado, deve ser revisado sempre que surgirem
novas circunstâncias ou os resultados apontarem para uma direção diferente da leitura feita inicialmente. Nesse
sentido, o planejamento deverá ser revisto, por exemplo, quando os testes substantivos revelarem uma
quantidade de erros superior àquela prevista quando do levantamento do controle interno” (FGV-Sefaz-RJ/2001).

Resposta E

FGV- Fiscal de Rendas-RJ/2010

Com relação ao planejamento e execução da auditoria de demonstrações contábeis, analise as afirmativas a


seguir.

I. O auditor deve adotar julgamento profissional quanto à natureza, à época e à extensão dos procedimentos
aplicados para o cumprimento das exigências das normas e a coleta de evidências.

II. O auditor deve avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada e se algo mais precisa ser feito
para que sejam cumpridos os objetivos das normas e, com isso, os objetivos gerais do auditor.

III. O auditor deve extrair conclusões baseadas nas evidências obtidas, por exemplo, pela avaliação da
razoabilidade das estimativas feitas pela administração na elaboração das demonstrações contábeis.

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Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Resolução:

Item I- Verdadeiro

Julgamento profissional é a aplicação do treinamento, conhecimento e experiência relevantes, dentro do contexto


fornecido pelas normas de auditoria, contábeis e éticas, na tomada de decisões informadas a respeito dos cursos
de ação apropriados nas circunstâncias do trabalho de auditoria.

NBC TA 200 (2016), 16


O auditor deve exercer julgamento profissional ao planejar e executar a auditoria de demonstrações
contábeis

NBC TA 500 (2016), A6


É questão de julgamento profissional determinar se foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente
para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo e, com isso, possibilitar ao auditor atingir
conclusões razoáveis que fundamentem sua opinião.

Item II-Verdadeiro

NBC TA 200 (2016), 17.


Para obter segurança razoável, o auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para
reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável e, com isso, possibilitar a ele obter conclusões
razoáveis e nelas basear a sua opinião.
A natureza dos procedimentos de auditoria a executar pode precisar ser modificada para obter evidências
de auditoria que sejam mais confiáveis e relevantes ou para obter informações comprobatórias adicionais.
Isso pode afetar o tipo dos procedimentos de auditoria a serem executados e a sua combinação.

item III-Verdadeiro. Em relação as estimativas...

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NBC TA 540 (2016), 6.


O objetivo do auditor é obter evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre:
(a) se as estimativas contábeis, incluindo as de valor justo, registradas ou divulgadas nas demonstrações
contábeis, são razoáveis; e
(b) se as respectivas divulgações nas demonstrações contábeis são adequadas, no contexto da estrutura
de relatório financeiro aplicável.

Resposta E

FGV-ALBA-Auditor/2014

A natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da equipe de
trabalho são elementos que fazem parte

(A) do processo de auditoria.

(B) da estratégia global de auditoria.

(C) da gestão da auditoria.

(D) da avaliação preliminar da auditoria.

(E) do plano da auditoria.

Resolução:

Os dois documentos gerados no planejamento são a estratégia global de auditoria e o plano ou programa de
auditoria. Assim, já poderíamos eliminar as letras A, C e D, pois são “invenções” do examinador.

Agora precisamos diferenciar os dois níveis de planejamento, que constam nas assertivas B e E para encontrar
nossa resposta.

A estratégia global é generalista, trata da visão macro: recursos humanos, tempo etc.

O plano é detalhista, chega ao nível dos procedimentos. Por exemplo: no plano encontraremos comandos como
“revisar o saldo da conta x”.

Assim, já podemos concluir que o documento que trata dos procedimentos é o plano (letra E).
Vejamos a fundamentação com base na norma atual:

NBC TA 300 (2016), 9


O auditor deve desenvolver o plano de auditoria, que deve incluir a descrição de:
(a) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco, conforme
estabelecido na NBC TA 315 – Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do
Entendimento da Entidade e de seu Ambiente;
(b) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no nível de
afirmação, conforme previsto na NBC TA 330 – Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados;

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(c) outros procedimentos de auditoria planejados e necessários para que o trabalho esteja em conformidade
com as normas de auditoria (ver item A12).

Resposta E

FGV- CGE-Auditor do Estado-MA/2013

A determinação da materialidade para o planejamento envolve o exercício de julgamento profissional. Aplica-se


frequentemente uma porcentagem a um referencial selecionado como ponto de partida para determinar a
materialidade para as demonstrações contábeis como um todo. Os fatores que podem afetar a identificação de
referencial apropriado incluem

(A) os elementos das notas explicativas.

(B) os itens que tendem a inibir a atenção dos usuários das demonstrações contábeis da entidade específica.

(C) a natureza da entidade, a fase do seu ciclo de vida, o seu setor e o ambiente econômico em que atua.

(D) a estrutura societária da entidade e como ela é determinada.

(E) a volatilidade relativa do capital.

Resolução: As notas explicativas não influenciam, pois são parte integrante das Dc’s, e visam prestar informações
adicionais. Normalmente o auditor utiliza referenciais palpáveis como um percentual do valor do Ativo, das
receitas operacionais, do lucro, do PL etc.

NBC TA 320 (2016), A3


A determinação da materialidade para o planejamento envolve o exercício de julgamento profissional.
Aplica-se frequentemente uma porcentagem a um referencial selecionado como ponto de partida para
determinar a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo. Os fatores que podem afetar
a identificação de referencial apropriado incluem:
(a) os elementos das demonstrações contábeis (por exemplo, ativo, passivo, patrimônio líquido, receita,
despesa);
(b) se há itens que tendem a atrair a atenção dos usuários das demonstrações contábeis da entidade
específica (por exemplo, com o objetivo de avaliar o desempenho das operações, os usuários tendem a focar
sua atenção em lucro, receita ou patrimônio líquido);
(c) a natureza da entidade, a fase do seu ciclo de vida, o seu setor e o ambiente econômico em que atua;
(d) a estrutura societária da entidade e como ela é financiada (por exemplo, se a entidade é financiada
somente por dívida em vez de capital próprio, os usuários dão mais importância a informações sobre os
ativos, e processos que os envolvam, do que nos resultados da entidade); e
(e) a volatilidade relativa do referencial.

Resposta A

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FGV- CGE-Auditor do Estado-MA/2013

O auditor, no processo de avaliação de risco da entidade, deve buscar entender se a entidade tem processo para
os casos listados a seguir, à exceção de um. Assinale-o.

(A) Identificar riscos de negócio relevantes para os objetivos das demonstrações contábeis.

(B) Estimar a significância dos riscos.

(C) Avaliar a probabilidade da ocorrência de riscos.

(D) Decidir sobre ações em resposta aos riscos.

(E) Analisar procedimentos analíticos de erros e fraudes.

Resolução: A avaliação de riscos é feita na fase de planejamento. O auditor deve avaliar seu controle interno
considerando, dentre outros:

NBC TA 315 (2016), 15


O auditor deve buscar entender se a entidade tem processo para:
(a) identificar riscos de negócio relevantes que afetam as demonstrações contábeis;
(b) estimar a significância dos riscos;
(c) avaliar a probabilidade de sua ocorrência; e
(d) decidir sobre ações em resposta a esses riscos (ver item A87).

Resposta E

FGV-ALBA-Auditor/2014

O auditor, ao julgar se um risco é significativo, deve considerar os aspectos a seguir, à exceção de um. Assinale‐o.

(A) A ocorrência de fraude.

(B) A complexidade das transações.

(C) O envolvimento em transações significativas com partes relacionadas.

(D) O grau de subjetividade na mensuração das informações relacionadas ao risco.

(E) O nível de controle da distorção relevante.

Resolução:

NBC TA 315 (2016),28


Ao exercer o julgamento quanto a quais riscos são significativos, o auditor deve considerar pelo menos o
seguinte:
(a) se o risco é um risco de fraude;
(b) se o risco está relacionado com recentes e significativos eventos de natureza econômica, contábil ou de
outro tipo, e que, portanto, exijam atenção específica;
(c) a complexidade das transações;

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(d) se o risco envolve transações significativas com partes relacionadas;


(e) o grau de subjetividade na mensuração das informações contábeis relacionadas ao risco, especialmente
as mensurações que envolvam uma vasta gama de incerteza de mensuração; e
(f) se o risco envolve transações significativas que estejam fora do curso normal do negócio para a entidade
ou que de outra forma pareçam não usual (ver itens A141 a A145).

Resposta E

FGV-Auditor do tesouro municipal-Recife/2014

Nas atividades de planejamento da auditoria, deve-se estabelecer uma estratégia global que defina seu alcance,
sua época e sua direção, a fim de orientar o desenvolvimento do plano de auditoria.

Os procedimentos a serem adotados estão listados a seguir, à exceção de um. Assinale-o.

(A) Identificar as características do trabalho para definir o seu alcance.

(B) Definir os objetivos do relatório do trabalho, de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das
comunicações requeridas.

(C) Considerar, para orientar os esforços da equipe do trabalho, os fatores que, no julgamento profissional do
auditor, são irrelevantes.

(D) Considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria.

(E) Determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho.

Resolução:

NBC TA 300 (2016), 8.


(a) identificar as características do trabalho para definir o seu alcance;
(b) definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das
comunicações requeridas;
(c) considerar os fatores que no julgamento profissional do auditor são significativos para orientar os
esforços da equipe do trabalho;
(d) considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria e, quando aplicável, se é
relevante o conhecimento obtido em outros trabalhos realizados pelo sócio do trabalho para a entidade; e
(e) determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho (ver itens
A8 a A11).

Resposta C

FGV-Auditor do tesouro municipal-Recife/2014

Um planejamento adequado é benéfico para a auditoria das demonstrações contábeis. A esse respeito, analise as
afirmativas a seguir.

I. Permite que o auditor dedique atenção apropriada às áreas importantes da auditoria.

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II. Permite que o auditor identifique e resolva problemas potenciais tempestivamente.

III. Permite que o auditor organize adequadamente o trabalho para que a auditoria seja realizada de forma eficaz
e eficiente.

IV. Permite que o auditor selecione os membros da equipe de trabalho com níveis apropriados de capacidade e
competência para responderem às evidências esperadas e aloque apropriadamente os recursos.

Assinale:

(A) se somente as afirmativas I, II e IV estiverem corretas.

(B) se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas.

(C) se somente as afirmativas II, III e IV estiverem corretas.

(D) se somente as afirmativas I, III e IV estiverem corretas.

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Resolução:

Com base na doutrina do planejamento, conseguiríamos concluir facilmente que os itens I, II e III estão corretos,
pois planejar é se preparar para que tudo “corra bem”. Isto é, vamos identificar os riscos, o que é importante, o que
vamos precisar de tempo, recursos etc. É como “arrumar as malas” para uma viagem de férias. Devemos nos
certificar que não faltará aquela roupa para frio; estamos de posse das passagens, do passaporte, daquele
medicamento de uso diário etc.

Em auditoria, planejar seria assegurar que auditoria seja executada com eficácia e eficiência.

Vejamos em termos normativos:

NBCTA 300 (2016), 2.


O planejamento da auditoria envolve a definição de estratégia global para o trabalho e o desenvolvimento
de plano de auditoria. Um planejamento adequado é benéfico para a auditoria das demonstrações
contábeis de várias maneiras, inclusive para (ver itens A1 a A3):
auxiliar o auditor a dedicar atenção apropriada às áreas importantes da auditoria;
auxiliar o auditor a identificar e resolver tempestivamente problemas potenciais;
auxiliar o auditor a organizar adequadamente o trabalho de auditoria para que seja realizado de forma
eficaz e eficiente;
auxiliar na seleção dos membros da equipe de trabalho com níveis apropriados de capacidade e
competência para responderem aos riscos esperados e na alocação apropriada de tarefas;
facilitar a direção e a supervisão dos membros da equipe de trabalho e a revisão do seu trabalho;
auxiliar, se for o caso, na coordenação do trabalho realizado por outros auditores e especialistas.

O erro fica por conta da literalidade da IV. Para ficar correto deve-se substituir “recursos” por “tarefas”. Afinal, o
que se pretende é distribuir as “tarefas” e não os “recursos” aos membros da equipe.

Resposta B

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FGV-Auditor do tesouro municipal-Recife/2014

A respeito da materialidade, assinale a afirmativa incorreta.

(A) A determinação de materialidade pelo auditor é uma questão de apuração científica e é afetada pela percepção
do auditor das necessidades de informações financeiras dos usuários das demonstrações contábeis.

(B) O conceito de materialidade é aplicado pelo auditor no planejamento e na execução da auditoria, bem como
na avaliação do efeito de distorções identificadas na auditoria e de distorções não corrigidas, se houver, sobre as
demonstrações contábeis.

(C) Ao planejar a auditoria, o auditor exerce julgamento sobre a magnitude das distorções que são consideradas
relevantes para determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos adicionais de auditoria.

(D) A materialidade determinada no planejamento da auditoria não estabelece necessariamente um valor abaixo
do qual as distorções não corrigidas, individualmente ou em conjunto, serão sempre avaliadas como não
relevantes.

(E) Ao estabelecer a estratégia global de auditoria, o auditor deve determinar a materialidade para as
demonstrações contábeis como um todo.

Resolução: Transcrições da NBC TA 300 corretas, exceto a letra A, conforme se verifica no item 4 da norma.

NBC TA 300, 4
A determinação de materialidade pelo auditor é uma questão de julgamento profissional e é afetada pela
percepção do auditor das necessidades de informações financeiras dos usuários das demonstrações
contábeis.

Embora a materialidade seja normalmente definida em termos monetários e resulte, em muitos casos, de
avaliações simples como: um percentual da receita, um percentual do ativo etc..., não há nenhum critério científico
envolvido. Trata-se de mero julgamento profissional. Uma distorção de R$ 100.000 pode ser material para a
empresa “X” e imaterial para uma empresa como o Google por exemplo. A materialidade acompanha o auditor
durante toda a auditoria.

Aprenda um pouco mais:

•O conceito de materialidade é aplicado pelo auditor no planejamento e na execução da


auditoria, e na avaliação do efeito de distorções identificadas na auditoria e de distorções
não corrigidas, se houver, sobre as demonstrações contábeis e na formação da opinião
no relatório do auditor independente

Resposta A

FGV- Analista Controle interno –Recife/2014

De acordo com a NBC TA 300, o auditor, ao desenvolver o plano de auditoria, deve descrever
(A) a avaliação da conformidade com os requisitos éticos, inclusive independência, conforme exigido pela NBC TA
220.

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(B) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no nível de afirmação,
conforme previsto na NBC TA 330.

(C) os procedimentos para entendimento dos termos do trabalho, conforme exigido pela NBC TA 210.

(D) os processos para auxiliar o auditor a identificar e resolver tempestivamente problemas potenciais.

(E) as medidas para facilitar a direção e a supervisão dos membros da equipe de trabalho e a revisão do seu trabalho

Resolução:

Para não se confundir nessa questão, era preciso se ater ao enunciado, ou seja, nossa resposta estará na NBC TA
300. Isso porque algumas frases verdadeiras, contidas em outras normas, foram trazidas pelo examinador, porém
fora de contexto com o questionamento que é o PLANEJAMENTO, tratado do grupo “300” das normas. Vejamos
os itens:

Letra A – Falso. A NBC TA 220 trata do controle e qualidade. É uma atividade preliminar. Não estamos ainda no
planejamento, mas “antes” dele. O sócio encarregado verificará o cumprimento dos requisitos éticos, se há as
condições para aceitação do cliente etc.

Letra B – Verdadeiro. Sem recorrer às normas, o que podemos dizer do plano de auditoria? Que é o nível “menor”
do planejamento, o qual chega ao nível dos procedimentos e contém comandos ao auditor como: “revise o saldo
da conta do Banco do Brasil” .... Difere da estratégia de auditoria que é o nível “maior” do planejamento, a visão
“macro” como tempo, áreas de risco etc.

Vejamos o fundamento normativo:

NBC TA 300 (2016), 9.


O auditor deve desenvolver o plano de auditoria, que deve incluir a descrição de:
(a) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco, conforme
estabelecido na NBC TA 315 – Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do
Entendimento da Entidade e de seu Ambiente;
(b) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no nível de
afirmação, conforme previsto na NBC TA 330 – Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados;
(c) outros procedimentos de auditoria planejados e necessários para que o trabalho esteja em conformidade
com as normas de auditoria (ver item A12).

Letra C – Falso. Assim como a Letra A, a assertiva descreve momentos anteriores ao planejamento. O
planejamento está contemplado nas normas do grupo “300”. Assim, cautela com as assertivas A e C que tratam
do grupo “200”. Embora façam sentido e sejam aspectos importantes, não estão sintonizados com o
planejamento, muito menos com o plano e auditoria.

Letras D e E – Falso. As descrições correspondem aos resultados esperados do planejamento. Plano de auditoria
é um guia e controle para a execução da auditoria, não um conjunto de expectativas.

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NBC TA 300 (2016), 2.


O planejamento da auditoria envolve a definição de estratégia global para o trabalho e o desenvolvimento
de plano de auditoria. Um planejamento adequado é benéfico para a auditoria das demonstrações
contábeis de várias maneiras, inclusive para (ver itens A1 a A3):
· auxiliar o auditor a dedicar atenção apropriada às áreas importantes da auditoria;
· auxiliar o auditor a identificar e resolver tempestivamente problemas potenciais;
· auxiliar o auditor a organizar adequadamente o trabalho de auditoria para que seja realizado de forma
eficaz e eficiente;
· auxiliar na seleção dos membros da equipe de trabalho com níveis apropriados de capacidade e
competência para responderem aos riscos esperados e na alocação apropriada de tarefas;
· facilitar a direção e a supervisão dos membros da equipe de trabalho e a revisão do seu trabalho;
· auxiliar, se for o caso, na coordenação do trabalho realizado por outros auditores e especialistas.

Resposta B

FGV-ALBA-Auditor/2014

A natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da equipe de
trabalho são elementos que fazem parte

(A) do processo de auditoria.

(B) da estratégia global de auditoria.

(C) da gestão da auditoria.

(D) da avaliação preliminar da auditoria.

(E) do plano da auditoria.

Resolução:

NBC TA 300 (2016), 9


O auditor deve desenvolver o plano de auditoria, que deve incluir a descrição de:
(a) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco, conforme
estabelecido na NBC TA 315 – Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do
Entendimento da Entidade e de seu Ambiente;
(b) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no nível de
afirmação, conforme previsto na NBC TA 330 – Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados;
(c) outros procedimentos de auditoria planejados e necessários para que o trabalho esteja em conformidade
com as normas de auditoria (ver item A12).

Resposta E

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FGV-ALBA-Auditor/2014

O auditor, ao julgar se um risco é significativo, deve considerar os aspectos a seguir, à exceção de um. Assinale‐o.

(A) A ocorrência de fraude.

(B) A complexidade das transações.

(C) O envolvimento em transações significativas com partes relacionadas.

(D) O grau de subjetividade na mensuração das informações relacionadas ao risco.

(E) O nível de controle da distorção relevante.

Resolução:

NBC TA 315 (2016),28


Ao exercer o julgamento quanto a quais riscos são significativos, o auditor deve considerar pelo menos o
seguinte:
(a) se o risco é um risco de fraude;
(b) se o risco está relacionado com recentes e significativos eventos de natureza econômica, contábil ou de
outro tipo, e que, portanto, exijam atenção específica;
(c) a complexidade das transações;
(d) se o risco envolve transações significativas com partes relacionadas;
(e) o grau de subjetividade na mensuração das informações contábeis relacionadas ao risco, especialmente
as mensurações que envolvam uma vasta gama de incerteza de mensuração; e
(f) se o risco envolve transações significativas que estejam fora do curso normal do negócio para a entidade
ou que de outra forma pareçam não usual (ver itens A141 a A145).

Resposta E

FGV- SEFAZ-Cuiabá – Auditor Fiscal/2014

Sobre a materialidade no contexto de auditoria, assinale a afirmativa correta.

(A) Os julgamentos sobre materialidade são afetados por um fator entre a magnitude ou a natureza das distorções.
(B) O julgamento sobre relevância deve considerar o possível efeito de distorções sobre usuários individuais.

(C) A determinação de materialidade pelo auditor não deve ser afetada por suas percepções pessoais.

(D) As circunstâncias relacionadas a algumas distorções podem levar o auditor a avaliá-las como relevantes,
mesmo que estejam abaixo do limite de materialidade.

(E) A materialidade não pode ser modificada no decorrer da auditoria.

Resolução:

Letra A – Incorreta. Basta substituir o “ou” por “e” para ficar correta

Letra B – Incorreta. Basta substituir o “deve considerar” por “não deve considerar”

Letra C – Incorreta.

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NBC TA 320 (2016), 4


A determinação de materialidade pelo auditor é uma questão de julgamento profissional e é afetada pela
percepção do auditor das necessidades de informações financeiras dos usuários das demonstrações
contábeis. Neste contexto, é razoável que o auditor assuma que os usuários:
(a) possuem conhecimento razoável de negócios, atividades econômicas, de contabilidade e a disposição
de estudar as informações das demonstrações contábeis com razoável diligência;
(b) entendem que as demonstrações contábeis são elaboradas, apresentadas e auditadas considerando
níveis de materialidade;
(c) reconhecem as incertezas inerentes à mensuração de valores baseados no uso de estimativas,
julgamento e a consideração sobre eventos futuros; e
(d) tomam decisões econômicas razoáveis com base nas informações das demonstrações contábeis.

Letra D – Correta.

Letra E – Incorreta.

NBC TA 320 (2016), 12


O auditor deve revisar a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo (e, se aplicável, o
nível ou níveis de materialidade para classes específicas de transações, saldos contábeis ou divulgação) no
caso de tomar conhecimento de informações durante a auditoria que teriam levado o auditor a determinar
inicialmente um valor (ou valores) diferente.

Resposta D

FGV – Auditor Fiscal – Cuiabá/2016

O planejamento da auditoria deve definir a estratégia do trabalho e desenvolver o plano de auditoria. Sobre o
planejamento da auditoria, assinale a afirmativa correta.

(A) O planejamento é uma fase isolada, que termina com o início do trabalho de auditoria.

(B) A experiência anterior dos membros-chave da equipe de trabalho com a entidade não influenciam a natureza
e a extensão das atividades de planejamento.

(C) A estratégia global e o plano de auditoria são de responsabilidade do auditor e da administração da entidade
auditada.

(D) A estratégia global deve definir o alcance, a época e a direção da auditoria, para orientar o desenvolvimento
do plano.

(E) Uma vez iniciada a auditoria, devem permanecer inalterados a estratégia global e o plano de auditoria.

Resolução:

Letra A – Errado. Planejamento não é uma fase isolada da auditoria, mas um processo contínuo e iterativo, que
muitas vezes começa logo após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior, continuando até a
conclusão do trabalho de auditoria atual.

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Letra B – Errado. Quanto mais conhecimento da entidade, melhor para a execução da auditoria.

Letra C – Errado. É responsabilidade apenas do auditor.

Letra D – Certo.

Letra E – Errado. O planejamento deve ser flexível. Sempre que as circunstâncias exigirem, como a definição de
risco inicial não se confirmar, por exemplo, deve ser alterado para permitir a execução eficaz da auditoria.
Resposta D

FGV – Auditor Fiscal – Cuiabá/2016

Para fins das normas de auditoria, os valores fixados pelo auditor, para reduzir a um nível baixo a probabilidade de
que as distorções não corrigidas e não detectadas em conjunto excedam a materialidade para as demonstrações
contábeis como um todo, são denominados

(A) materialidade para execução da auditoria.

(B) objetividade para execução da auditoria.

(C) relevância para execução da auditoria.

(D) limites relacionados a empresas do mesmo setor.


(E) parâmetros das demonstrações contábeis.

Resolução.

NBC TA 320 (2016), 9


Para fins das normas de auditoria, materialidade para execução da auditoria significa o valor ou valores
fixados pelo auditor, inferiores ao considerado relevante para as demonstrações contábeis como um todo,
para adequadamente reduzir a um nível baixo a probabilidade de que as distorções não corrigidas e não
detectadas em conjunto, excedam a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo. Se
aplicável, materialidade para execução da auditoria refere-se, também, ao valor ou valores fixados pelo
auditor inferiores ao nível ou níveis de materialidade para classes específicas de transações, saldos
contábeis e divulgações

Resposta A

FGV - SEFAZ-RJ - Fiscal de Rendas -2008

Entre os fatores a serem considerados no planejamento, é possível destacar:

. o grau de conhecimento da atividade da auditada;

. a existência de auditoria interna;

. a natureza (o que fazer, qual procedimento aplicar), oportunidade (quando) e extensão (até onde, o percentual)
dos procedimentos a serem aplicados;

. os relatórios a serem entregues;

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. a equipe técnica.

Na primeira auditoria realizada por determinada empresa de uma dada entidade, alguns cuidados especiais de
planejamento devem ser observados de acordo com o CFC e com a doutrina. Nas alternativas a seguir estão
listados alguns desses cuidados, à exceção de uma.

Assinale-a.

a) leitura dos relatórios de auditoria anteriores (como mecanismo de "conhecimento" da auditada)

b) mapeamento das fraudes e erros (relevantes ou não) detectados pelos dois últimos auditores independentes e
verificação da comunicação à CVM

c) uniformidade de critérios contábeis (uma vez que pode ter havido alterações de um exercício para o outro, tais
como mudança no método de avaliação de estoques, uso de reavaliação, mudança no critério de tributação - lucro
presumido para real, por exemplo)

d) identificação de relevantes eventos subsequentes ocorridos após a data-base do exercício, revelados ou não.

e) levantamento das principais alterações ocorridas no sistema de controle interno

Letra A – A assertiva está correta. Sendo a primeira auditoria daquele auditor no cliente, é interessante verificar a
auditoria anterior para “tomar pé” da situação da empresa.

NBC TA 510 (2016), 5


O auditor deve ler as demonstrações contábeis mais recentes e o respectivo relatório do auditor
independente antecessor, se houver, para informações relevantes sobre saldos iniciais, incluindo
divulgações.

Letra B – A assertiva está incorreta por mencionar fraudes e erros relevantes ou não. A auditoria está em busca de
distorções (erro ou fraude) RELEVANTES.

Letra C – assertiva correta. Vejamos o fundamento normativo vigente:

NBC TA 510 (2016), 8


O auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre se as políticas contábeis
apropriadas refletidas nos saldos iniciais foram aplicadas de maneira uniforme nas demonstrações
contábeis do período corrente e se as mudanças nas políticas contábeis foram devidamente registradas e
adequadamente apresentadas e divulgadas de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável.

Letra D – Assertiva correta, pois o auditor deve se certificar que os saldos iniciais estão validados. Os saldos finais
do exercício X1 são os saldos iniciais do exercício X2, assim um evento subsequente poderia ter afetado os saldos
iniciais.

Letra E – Assertiva correta. Pelo mesmo fundamento descrito na letra C, o auditor deve estar atento a mudanças
nas rotinas de controle entre os anos X1 e X2. As alterações podem ser no sentido de corrigir falhas detectadas no

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ano X1 ou podem, em sentido contrário, introduzir maior risco. Para tal conclusão, além de testes, o auditor deve
fazer o descrito na Letra A (ler os relatórios dos auditores anteriores).
Resposta: B

FGV - Agente fiscalização/TCM-SP/2º Curso formação/2016

O planejamento da auditoria é a etapa do trabalho no qual o auditor estabelece a estratégia geral dos trabalhos a
executar na entidade a ser auditada. NÃO é considerado objetivo do planejamento de auditoria:

(A) identificar a legislação aplicável à entidade;

(B) identificar e solucionar os problemas potenciais da entidade;

(C) estabelecer a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames a serem efetuados;

(D) obter conhecimentos das atividades da entidade, para identificar eventos e transações relevantes que afetem
as demonstrações contábeis;

(E) assegurar que as áreas importantes da entidade e os valores relevantes contidos em suas demonstrações
contábeis recebam a atenção requerida.

Resolução:

Observe que a letra B destoa das demais, pois atribui ao auditor função de consultoria ou então funções executivas
que cabem à Administração da entidade. As letras A, C, D e E são afetas ao planejamento, pois dizem respeito ao
preparo, a busca do conhecimento prévio para que a auditoria seja realizada com eficácia e eficiência.
Resposta B

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Lista de questões
CESPE - AUFC - TCU/2011 (adaptada)

As lideranças da equipe de trabalho de auditoria devem ser substituídas a cada intervalo menor ou igual a cinco
anos consecutivos.

CESPE -POLÍCIA CIENTÍFICA – PE - Perito Criminal/2016

O revisor do controle de qualidade do trabalho da auditoria deve, para o trabalho de auditoria realizado,
documentar
A) procedimentos exigidos pelas políticas da firma sobre o controle de qualidade.
B) as conclusões sobre o cumprimento dos requisitos de independência.
C) as conclusões acerca da aceitação e continuidade de relacionamentos com clientes.
D) a natureza e o alcance das consultas, bem como as conclusões delas resultantes.
E) assuntos referentes ao cumprimento das exigências éticas relevantes.

CESPE- TCE-PR- Analista de Controle/2016


Constitui atribuição do responsável pela supervisão do trabalho de auditoria
A) avaliar se o trabalho realizado é compatível com as conclusões obtidas.
B) examinar se os objetivos dos procedimentos do trabalho foram alcançados.
C) identificar os assuntos que deverão ser submetidos à consulta de membros mais experientes.
D) certificar se o trabalho concluído foi realizado de acordo com as normas técnicas.
E) verificar se foram levantados assuntos significativos para consideração adicional.

CESPE - AUFT - TCU/2011

A hipótese de o auditor se equivocar ao manifestar opinião de que as demonstrações contábeis contêm distorção
relevante constitui, na acepção das normas brasileiras de contabilidade um tipo de risco considerado
insignificante.

CESPE - AUFC - TCU/2013

Os auditores não podem examinar todas as possíveis evidências que eliminariam os riscos de um julgamento
equivocado. Um desses possíveis riscos é o risco inerente, presente, por exemplo, na situação em que uma
empresa competidora de licitação bilionária é levada a elaborar demonstrações contábeis que favorecem sua
imagem quanto à sua real situação econômico-financeira.

CESPE - Especialista - ANAC/2012

O risco de distorção relevante, que se refere à possibilidade de ocorrência de distorções relevantes em


demonstrações contábeis antes da realização de uma auditoria, compõe-se de risco inerente, risco de detecção e
risco de controle.

CESPE – AFCE – TCU/2015

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O risco de auditoria é a possibilidade de o auditor, por algum motivo alheio a sua vontade, vir a emitir uma opinião
tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis significativamente incorretas. Para fins de análise, o
risco de auditoria divide-se em três componentes: risco inerente, risco de controle e risco de detecção.

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

Ao auditar instituições financeiras comerciais, o risco de auditoria relacionado a essa complexa atividade é o
somatório dos riscos de distorção relevante e do risco de controle.

CESPE – DETRAN-ES – Contador/2010

Risco de auditoria é a possibilidade de o auditor emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre
demonstrações contábeis significativamente incorretas.

CESPE -POLÍCIA CIENTÍFICA – PE - Perito Criminal/2016

Acerca de auditoria de demonstrações contábeis, assinale a opção correta.


A) O trabalho do auditor deve restringir-se a segmentos específicos e determinados das demonstrações contábeis.
B) São as normas de contabilidade que estabelecem as responsabilidades de governança da administração das
entidades auditadas.
C) O conceito de materialidade é objetivo, de utilização obrigatória e está expressamente determinado nas
Normas Brasileiras de Contabilidade.
D) Um grau elevado de segurança, ou asseguração razoável, ocorre quando o auditor obtém evidência de que o
risco de auditoria por reduzido a níveis aceitavelmente baixos.
E) A identificação das fraudes cometidas na fase de elaboração dessas demonstrações é o principal objetivo da
auditoria.

CESPE – TCE-PA – Auditor de controle externo/2016

O nível aceitável de risco de detecção está diretamente relacionado com os riscos avaliados de distorção relevante
no nível da afirmação. Desse modo, quanto menores forem os riscos de distorção relevante que o auditor pensa
existir, menor será o risco de detecção que pode ser aceito.

CESPE – TCE-PA – Auditor de controle externo/2016

Para a determinação do risco de auditoria, o auditor deve avaliar o ambiente de controle da entidade, que
compreende, entre outros aspectos, a definição das competências e responsabilidades de cada setor ou
empregado, bem como o sistema de aprovação e registro das transações.

CESPE – Auditor – FUB/2015

Quanto maior a materialidade do objeto auditado, o risco de auditoria e o grau de sensibilidade do auditado a
determinado assunto, maior será a necessidade de evidências mais robustas.

CESPE - CGE – CE/2019

Um dos dois componentes de determinado risco é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma
transação, saldo contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser relevante; outro componente é o risco de
que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação ou em conjunto com outras distorções não seja prevenida,
detectada e corrigida tempestivamente pelo controle interno da entidade. Essas informações caracterizam o risco
A. de auditoria.

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B. de controle.
C. inerente.
D. de distorção relevante.
E. de detecção.

CESPE - SEFAZ-RS/2019

Na avaliação inicial de uma empresa auditada, o auditor independente detectou a possibilidade de a entidade não
vir a concretizar um importante contrato de financiamento, por não atender aos pré-requisitos estabelecidos pela
instituição financeira.

Nessa situação hipotética, de acordo com as normas de auditoria vigentes, identifica-se um exemplo de risco

A. de negócio.

B. inerente.

C. de controle.

D. significativo.

E. de fraude.

CESPE- SEFAZ-RS/ 2019

Há maior risco de ocorrerem distorções em valores, na classificação, na apresentação ou divulgação de


informações contábeis quando

A. os cálculos ou princípios contábeis são muito simples.

B. verificados altos índices de transações rotineiras na entidade.

C. a obtenção e o processamento de dados exigem significativo volume de transações manuais.

D. as avaliações contábeis se baseiam em metodologias diferenciadas.

E. realizada pouca ou nenhuma intervenção da alta administração na determinação do tratamento contábil.

CESPE- SEFAZ-RS/ 2019

A emissão de opinião inadequada do auditor sobre demonstrações contábeis finais que contenham distorção
relevante caracteriza o risco

A. de auditoria.

B. de controle.

C. de detecção.

D. de distorção relevante.

E. inerente.

CESPE- SEFAZ-RS/ 2019

Com relação a riscos, julgue os itens a seguir.

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I Risco do negócio ocorre quando o auditor independente necessita de laudos externos para a avaliação de alguma
informação.

II Se identificar risco significativo, a equipe de auditoria deverá solicitar interrupção do contrato com o cliente até
que a questão seja sanada.

III A avaliação do risco de distorção relevante pode mudar durante o curso da auditoria.

IV Observação e inspeção são procedimentos utilizados para a avaliação de riscos.

Estão certos apenas os itens

A. I e II.

B. II e III.

C. III e IV.

D. I, II e IV.

E. I, III e IV.

CESPE – Analista - CNJ/2013

Na fase de planejamento, o auditor deve considerar os testes de observância que serão empregados para avaliar
os controles internos estabelecidos pela administração auditada, a natureza e a extensão dos procedimentos de
auditoria a serem aplicados.

CESPE - Analista - BACEN/2013

Antes de iniciar uma auditoria, o auditor independente deve avaliar os níveis de inflação, crescimento, recessão,
deflação, desemprego e a situação política do setor econômico da entidade a ser auditada.

CESPE - Especialista - ANAC/2012

Tendo em vista que os objetivos de uma auditoria somente podem ser alcançados mediante o planejamento
cuidadoso dos trabalhos, julgue o item subsequente.

A definição do volume de informações necessárias à demarcação dos objetivos gerais da auditoria independe do
conhecimento específico das peculiaridades da entidade que se pretende auditar.

CESPE - AUFC - TCU/2011

Considere que Carlos periodicamente realize auditorias na entidade A e que, pela primeira vez, realizará auditoria
na entidade B. Nessa situação, conforme a legislação, Carlos deve efetuar um planejamento de auditoria na
entidade B diferente daquele que ele utiliza para efetuar suas costumeiras auditorias na entidade A.

CESPE - Especialista - ANAC/2012

Se determinado auditor já tiver avaliado as características próprias de uma entidade em auditoria anteriormente
realizada, ele ficará dispensado de uma nova avaliação dessas características, se for recontratado para realizar
outra auditoria para essa mesma entidade.

CESPE – Auditor – Unipampa/2009

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Na fase de contratação de novos serviços de auditoria independente, não é relevante, para o novo contratado, a
ocorrência de serviços prestados pelos auditores substituídos nem o conhecimento das razões da substituição,
pois se trata de relações de confiança e de natureza reservada.

CESPE – Auditor – Unipampa/2009

O planejamento da auditoria requer o conhecimento adequado dos controles internos, mas o detalhamento dos
procedimentos aplicáveis independe das características dos sistemas contábil e de controles internos da entidade
auditada.

CESPE – Auditor – Unipampa/2009

O programa de auditoria deve ser estruturado de forma que possa ser específico ou padronizado. O programa
específico é mais apropriado para atividades que não se alterem ao longo do tempo ou para situações que
contenham dados e informações similares.

CESPE – Auditor – Unipampa/2009

O planejamento da auditoria deve estar completado antes do início dos trabalhos. Entre os aspectos a serem
previamente definidos, salientam-se o momento e o período de execução de cada atividade, os locais de sua
realização e os profissionais e auxiliares necessários à consecução das tarefas selecionadas.

CESPE – Auditor – Unipampa/2009

Entre os objetivos principais do planejamento da auditoria ressalta-se o de assegurar que todas as áreas da
entidade auditada, independentemente de sua importância, recebam a mesma atenção.

CESPE – Auditor – Unipampa/2009

Um dos fatores a serem contemplados no planejamento da auditoria é a avaliação da política tributária adotada
para o respectivo ramo de atividade, tanto no plano doméstico quanto no externo.

CESPE – TJ-CE – analista/2014

No que concerne ao planejamento de auditoria, assinale a opção correta.

A) Níveis de inflação, desemprego, níveis de escolaridade dos empregados e políticas monetária, fiscal e cambial
são os fatores socioeconômico-financeiros que interferem nos resultados e que, portanto, devem ser avaliados
pelo auditor independente e registrados em parágrafo específico de seu relatório.

B) Para o auditor independente, o planejamento da auditoria é um processo que se inicia com a emissão da carta-
proposta, que é o documento no qual o auditor formaliza as condições do trabalho planejado a ser executado.

C) O auditor independente, em seu plano de auditoria, pode utilizar a rotação de escala — técnica de determinação
das unidades a serem auditadas para obtenção de evidência — para estabelecer um nível de relevância aceitável
na detecção de distorções relevantes.

D) Ao elaborar o planejamento da auditoria, o auditor independente, no estabelecimento da estratégia geral dos


trabalhos, deve considerar fatores como, por exemplo, o procedimento para verificar a eficiência da auditoria
interna, a escolha da equipe técnica, o procedimento para detecção de fraudes e erros e o grau de conhecimento
da atividade da empresa auditada. Além disso, nessa etapa o auditor deve entregar os relatórios de auditoria para
a empresa auditada.

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E) Os papéis de trabalho, documentação preparada pelo auditor ou fornecida a este na execução dos trabalhos,
são meios de prova, uma vez que neles devem estar registradas todas as evidências obtidas.

CESPE – FUB – Auditor/2013

Os procedimentos de auditoria são definidos no próprio programa. Nessa ocasião, descreve-se o que deve ser feito
e como devem ser realizados os exames. As averiguações e verificações devem permitir que os auditores formem
uma opinião que fundamente sua manifestação.

CESPE – Contador – pref. Rio Branco-AC/2007

O planejamento do trabalho dos auditores independentes não deve levar em conta a existência e a participação
de auditores internos. Em contrapartida, a auditoria independente deve orientar seus trabalhos para as áreas
indicadas e priorizadas pela auditoria interna.

CESPE- TCE-PR- Analista de Controle/2016


A respeito dos procedimentos preliminares de auditoria relacionados à identificação e avaliação de riscos, assinale
a opção correta.
A) Todas as informações obtidas pelo auditor em auditorias prévias na mesma entidade auditada terão de ser
consideradas na avaliação de riscos.
B) No exame dos riscos decorrentes do uso da tecnologia de informação, cabe exclusivamente ao auditor a tarefa
de verificar a fidedignidade dos relatórios eletrônicos que forem gerados.
C) As conclusões e os pareceres da auditoria interna a respeito das demonstrações contábeis são considerados
irrelevantes para o auditor independente.
D) Os riscos de negócio devem constituir declarações da administração, explícitas ou não, incorporadas às
demonstrações contábeis.
E) Procedimentos analíticos de avaliação de riscos incluem a análise de informações como, por exemplo, a relação
entre compras e volume de produtos em estoque.

CESPE- TCE-PR- Analista de Controle/2016

Assinale a opção correta, com referência à determinação da materialidade e da relevância no planejamento e na


execução da auditoria.
A) No caso de entidades com fins lucrativos, as demonstrações contábeis tidas como relevantes para o público em
geral podem não ser relevantes para os investidores que fornecem o capital de risco para o empreendimento.
B) Na determinação da materialidade, o auditor deve pressupor que os usuários do relatório de auditoria
desconhecem os negócios e a atividade da entidade auditada.
C) É indispensável determinar um valor mínimo para a classificação de relevância das distorções encontradas.
D) Nas auditorias das demonstrações contábeis, a definição de materialidade para entidades públicas segue as
mesmas regras e condições adotadas para as entidades privadas.
E) Determinada distorção pode ser considerada irrelevante em termos materiais, ainda que afete a decisão de um
usuário específico da informação contábil.

CESPE – TCE-PA – Auditor de controle externo/2016

No planejamento da auditoria, os pisos de valores adotados para determinar a materialidade para as


demonstrações contábeis como um todo podem ser superiores aos utilizados para transações específicas;

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dependem de como distorções de valores menores possam influenciar as decisões dos usuários dessas
informações.

CESPE – TRE-BA – Analista - contabilidade/2010

Identificar os problemas potenciais da entidade e também a legislação aplicável à entidade é um dos objetivos do
planejamento de auditoria.

CESPE - FUNPRESP-JUD – ACI/2016

No planejamento da auditoria, o auditor independente julga a magnitude das distorções consideradas relevantes
para, entre outras finalidades, determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos adicionais de
auditoria.

CESPE - Especialista - PREVIC/2011

A segregação de funções, uma das atividades de controle relevante para uma auditoria de demonstração contábil,
compreende as ações direcionadas ao controle das funções, que asseguram que os indivíduos não realizem
funções incompatíveis. Dessa forma, em uma operação de compra de peças de reposição que ficarão estocadas
para futuras requisições, os indivíduos ou os diferentes setores devem ser responsabilizados pela aquisição das
peças, pela sua guarda e pelo registro da operação, além de que o registro contábil deve ser efetuado previamente,
para assegurar a autorização de compra e confirmar o recebimento do pedido.

CESPE – PREVIC-EPC/2011

A proteção do patrimônio da entidade é o objetivo precípuo dos controles internos. Desse modo, o sistema de
vigilância, fiscalização e verificação utilizado pelos dirigentes compreende o conjunto de procedimentos e
instrumentos para prever, observar, e governar os acontecimentos internos da entidade que podem ter reflexos
em seu patrimônio.

CESPE – Analista – MPU/2015

De acordo com as diretrizes de controle interno definidas pelo COSO (Committee of Sponsoring Organization),
constituem componentes inter-relacionados não somente o ambiente de controle, a avaliação de riscos,
informação e comunicação, mas também o monitoramento.

CESPE – Analista – MPU/2015

O objetivo do aperfeiçoamento do sistema de controles internos das entidades é eliminar de vez os riscos
operacionais.

CESPE – Analista – MPU/2015

Um efetivo ambiente de controle é influenciado por fatores intangíveis, entre os quais se destacam os valores
éticos das pessoas nele inseridas.

CESPE – Analista – MPU/2015

A alta administração, que exerce a função de governança da entidade, é responsável pela definição de um
adequado ambiente de controle, que independe da atuação da auditoria interna ou externa.

CESPE – Auditor – Unipampa/2009

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Um dos instrumentos utilizados pela auditoria independente para o levantamento das informações referentes ao
sistema de controle interno de uma organização é o questionário padronizado, que assegura a avaliação integral
das operações e deve ser preenchido pelo auditado e entregue antes da realização dos trabalhos.

CESPE – Auditor – Unipampa/2009

Para o exame apropriado das delegações de competências e atribuições de responsabilidades em uma entidade,
o auditor deverá consultar seu organograma, estatuto ou contrato social, regimento interno e manuais de rotinas
e procedimentos.

CESPE – Auditor – Unipampa/2009

Considerando que uma empresa adote como critério para as contratações de serviços de que necessita uma escala
de valores, de tal modo que, quanto maior for o valor do contrato, maior será o número de propostas exigido e
mais elevado o escalão definido para a sua aprovação, é correto afirmar que tais procedimentos estão em
consonância com o princípio do custo versus benefício do controle.

CESPE – Auditor – Unipampa/2009

O ambiente de controle, cuja avaliação é necessária para determinar o risco da auditoria, compreende, entre
outros aspectos, os critérios para a escolha dos responsáveis pelos setores que preparam as informações contábeis
e suas relações com a auditoria interna.

CESPE – Auditor – Unipampa/2009

Para alcançar os objetivos do controle interno de uma organização, os exemplos de controles contábeis que
podem ser adotados incluem a análise das variações entre os valores orçados e os efetivamente realizados ou
incorridos.

CESPE – Auditor – Unipampa/2009

Erros repetitivos não requerem o aprofundamento dos exames do auditor, salvo se forem individualmente
relevantes, quando, então, sim, indicarão deficiência nos controles internos.

CESPE – Auditor do Estado – SECONT-ES/2009

O controle interno deve basear-se no princípio da segregação de funções, segundo o qual uma mesma pessoa ou
entidade não pode ser simultaneamente responsável pelos ativos e pelos registros contábeis.

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

Para assegurar que o sistema de controle interno seja efetivo, as instituições devem implementar ações de
monitoramento.

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

A segregação de funções é um exemplo de atividade de controle de natureza detectiva.

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

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O estabelecimento de alçadas, a previsão de autorizações para a realização de determinadas operações, a


instituição de segurança física em áreas críticas e a instituição de manuais de procedimentos e rotinas são
exemplos de atividades de controle de detecção.

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

O conluio entre empregados pode comprometer a eficácia do controle interno de uma organização e prejudicar os
objetivos a serem alcançados.

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

A implementação do controle interno em uma entidade garante que os objetivos da organização sejam
alcançados.

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

O termo controle interno significa, basicamente, a automação das rotinas operacionais da entidade. Por meio
dessa automação é obtida a redução de custos, a redução da probabilidade de erros e o aprimoramento das
atividades desenvolvidas.

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

O ambiente de controle é influenciado pela atitude ampla e consciente da alta administração de uma entidade em
relação à importância do controle interno.

CESPE – Auditor interno – AUGE-MG/2009

O auditor deve efetuar o estudo e a avaliação do sistema contábil e de controles internos da entidade, como base
para determinar a natureza, a oportunidade e a extensão da aplicação dos procedimentos de auditoria. Nos termos
da normatização do CFC, assinale a opção correta.

a) O sistema de controles internos é de responsabilidade da auditoria interna da entidade.

b) A auditoria independente deve abster-se de efetuar recomendações para o aperfeiçoamento dos controles
internos.

c) A avaliação do ambiente de controle existente deve considerar o processo decisório adotado na entidade.

d) Para a avaliação dos procedimentos de controle é irrelevante a comparação entre dados verificados e dados
projetados.

e) A aplicação dos procedimentos de auditoria independe do porte da entidade e do volume dos negócios.

CESPE – Auditor interno – AUGE-MG/2009

Em questionário de controle interno geral, abrangendo questões para diversos setores, aplicado com vistas à
avaliação dos controles internos de uma organização, uma das perguntas que deveria ser respondidas
afirmativamente é:

a) Os recebimentos diários são mantidos no caixa da empresa e depositados semanalmente?

b) Os cheques têm a assinatura de apenas uma pessoa?

c) A conciliação periódica das contas bancárias é sempre efetuada pelo mesmo servidor do setor de contas a pagar?

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d) Os comprovantes de pagamento do fundo de caixa são cancelados por ocasião de seu reembolso?

e) As devoluções, abatimentos e descontos sobre vendas são autorizados pelos próprios vendedores?

CESPE – Auditor interno – AUGE-MG/2009

Com relação aos controles específicos sobre o passivo, há vários tipos de preocupações para as quais deve estar
voltada a atenção do auditor. Não caracteriza uma dessas preocupações

a) permitir a contabilização de obrigações não autorizadas.

b) a existência de autorização hábil para os respectivos pagamentos.

c) a manutenção de obrigações já quitadas.

d) a omissão de dívidas assumidas e vencidas.

e) impedir pagamentos em duplicidade ou para benefícios fictícios.

CESPE – FUB – Auditor/2013

Controles internos podem ser corretamente conceituados como um processo desenvolvido pelas organizações
com o objetivo de garantir com total certeza que os objetivos organizacionais sejam alcançados.

CESPE – ANP – analista/2013

O controle interno, por mais eficaz que seja, não proporciona à entidade segurança razoável para a obtenção de
demonstrações contábeis plenas.

CESPE – Contador – pref. Rio Branco-AC/2007

Um princípio fundamental de controle é a limitação do acesso dos funcionários aos ativos do órgão ou entidade.
Nesse sentido, recomenda-se que haja um único responsável pelas autorizações de pagamentos e emissão dos
respectivos documentos.

CESPE – Analista – MPE-TO/2006

Entre os objetivos de um sistema de controle interno, está a salvaguarda de interesses da entidade. Um dos meios
utilizados para dar suporte a essa salvaguarda é a segregação de funções, que estabelece o controle das operações
por meio de métodos de aprovação, de acordo com a responsabilidade e os riscos envolvidos para a empresa.

CESPE - FUNPRESP-JUD – ACI/2016


Controles internos apropriados são essenciais para assegurar a confiabilidade das informações contábeis. A
contabilidade, por sua vez, é indispensável como instrumento de controle administrativo e como fator capaz de
orientar adequadamente os usuários das informações.

CESPE - FUNPRESP-JUD – ACI/2016


Com relação a controle interno, julgue os itens que se seguem. A época em que devem ser realizados os
procedimentos de auditoria é determinada a partir da avaliação do sistema de controle interno da empresa
auditada.

FUNPRESP-JUD – ACI/2016

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O conluio de funcionários é uma ação que limita a eficácia da segregação de funções como instrumento de controle
interno.

CESPE-TRE BA-Analista Judiciário/2017

Caso um auditor interno de determinado órgão público esteja interessado em analisar os pagamentos efetuados
pelo órgão, ele deve estar preparado para distinguir as situações caracterizadas como risco para a entidade, para
então escolher determinado procedimento de controle. Considerando essa informação, assinale a opção que
corresponde a uma situação caracterizada como tipo de controle a ser analisado pela auditoria no ciclo de
pagamentos.

A) repasse de cheques a recebedores não autorizados

B) falhas em equipamentos que podem resultar em erros de processamento

C) acesso a equipamentos de tecnologia da informação por usuários não autorizados

D) continuidade de operações que podem ser afetadas ou interrompidas por desastres (incêndio, inundação etc.)

E) segregação de funções para programação e operação de computadores.

CESPE – Contador – IPAJM/2007

Conforme a doutrina, o controle interno se subdivide em controles contábeis e controles administrativos. O


controle dos compromissos assumidos, mais ainda não realizados economicamente, é exemplo de controle
administrativo.

CESPE – Contador – pref. Rio Branco-AC/2007

Em uma revisão de transação efetuada por meio de fluxograma, a identificação dos pontos fracos permite avaliar
riscos significativos de erros mediante a realização de testes substantivos.

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

Um controle interno só pode ser considerado efetivo se a maioria dos componentes previstos no modelo do COSO
estiver presente e funcionando adequadamente.

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

O componente atividade de controle visa identificar fatores que possam ameaçar o alcance dos objetivos de uma
entidade.

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

Verificar se as deficiências de performance ou de controle interno identificadas são tratadas de modo adequado e
oportuno é uma das características do componente avaliação de riscos.

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

O compromisso com a competência, o envolvimento da alta administração, a integridade e os valores éticos


preconizados na organização são aspectos que caracterizam o ambiente de controle.

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

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Um controle interno efetivo pressupõe a existência de mecanismos que antecipem, identifiquem e permitam
reagir a eventos que possam afetar o alcance dos objetivos da entidade.

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

Para se avaliar a efetividade de um sistema específico de controle interno, devem ser adotados parâmetros
objetivos de avaliação, amparados por modelos matemáticos.

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

O processo de avaliação de riscos envolve requisitos de formalização e estruturação, o que impede sua aplicação
a entidades de pequeno porte.

CESPE – Telebrás – analista auditoria/2013

A avaliação de um controle interno deve considerar, entre outros aspectos, se as atividades de controle serão
suficientemente adequadas para garantir que as diretrizes da administração sejam implementadas.

CESPE- SEFAZ-RS/2019

A respeito do estudo e da avaliação do sistema contábil e dos controles internos das entidades, julgue os itens
seguintes.

I O sistema contábil e de controles internos compreende o plano de organização e o conjunto integrado de


métodos e procedimentos empregados pela entidade para a proteção de seu patrimônio, para a promoção da
confiabilidade e tempestividade dos seus registros e de suas demonstrações contábeis, e para sua eficácia
operacional.

II Na avaliação do sistema contábil e de controles internos, o auditor deve considerar o ambiente de controle
existente na entidade, os procedimentos de controle adotados pela administração da entidade e a existência e
efetividade da supervisão externa realizada por órgãos específicos.

III Ao realizar o estudo e a avaliação do sistema contábil e de controles internos da entidade, como base para
determinar a natureza, a oportunidade e a extensão da aplicação dos procedimentos de auditoria, o auditor deve
considerar o grau de descentralização de decisão adotado pela administração da entidade.

Assinale a opção correta.

A. Apenas o item I está certo.

B. Apenas o item II está certo.

C. Apenas os itens I e III estão certos.

D. Apenas os itens II e III estão certos.

E. Todos os itens estão certos.

FGV-Auditor- Hemocentro-SP/2013

Quanto ao risco e à relevância em auditoria, analise as afirmativas a seguir.

I. Risco é a possibilidade de o auditor expressar uma opinião tecnicamente inadequada sobre as demonstrações
contábeis com distorções relevantes.

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II. O componente de risco de controle é a possibilidade de ocorrência de erros ou irregularidades relevantes antes
de conhecer‐se a eficácia dos sistemas de controle, normalmente relacionado com a atividade operacional da
entidade.

III. Para determinar o risco de auditoria, o auditor deve avaliar o ambiente de controle da entidade,
compreendendo, por exemplo, as políticas de pessoal e a segregação de funções.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

(E) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

FGV- Fiscal de Rendas-RJ/2007

Avalie as afirmativas a seguir:

I. Risco de auditoria é o risco de que o auditor possa inadvertidamente não modificar adequadamente seu parecer
sobre demonstrações contábeis que contêm erros ou classificações indevidas materiais.

II. Risco inerente é o risco de que um erro ou classificação indevida materiais que possam constar de uma afirmação
não sejam evitados ou detectados tempestivamente pelos controles internos da entidade.

III. Risco de controle é a suscetibilidade de uma afirmação a um erro ou classificação indevida materiais, supondo
que não haja controles.

IV. Risco de detecção é o risco de que o auditor não detecte um erro ou classificação indevida relevantes que
existam em uma afirmação.

Assinale:

(A) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

(B) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas.

(C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

(D) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas.

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

FGV-SEFAZ-RJ-Analista Controle interno/2010

A possibilidade de o auditor vir a emitir um parecer tecnicamente inadequado sobre as demonstrações contábeis
por conta de um “tique frio” marcado nos papéis de trabalho por um integrante da equipe de auditoria evidencia

(A) risco inerente.

(B) risco de controle.

(C) risco de detecção.

(D) necessidade de parecer com ressalvas.

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(E) necessidade de um parecer diferente da modalidade “sem ressalvas”.

FGV – TCM-SP – agente fiscalização/2015

Ao elaborar um contrato com uma empresa de auditoria independente, a entidade que seria auditada pela
primeira vez incluiu no contrato uma cláusula acerca do trabalho a ser feito. A cláusula mencionava que, após o
trabalho, o parecer deveria assegurar de forma incontestável que as demonstrações contábeis estão livres de
distorção relevante devido a fraude ou erro. Essa cláusula é considerada inadequada em decorrência do(a):

(A) limitação do escopo da auditoria;

(B) limitação inerente à auditoria;

(C) risco de distorção relevante;

(D) risco de controle;

(E) risco inerente.

FGV-Auditor da Receita Estadual-AP/2010

O auditor deve definir uma estratégia global que defina o alcance, a época e a direção do seu trabalho e oriente o
desenvolvimento do plano de auditoria. Ao estabelecer essa estratégia global, o auditor deve adotar os
procedimentos apresentados a seguir, à exceção de um. Assinale-o.

(A) Identificar as características do trabalho para definir o seu alcance.

(B) Definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das
comunicações requeridas.

(C) Considerar os fatores que no julgamento profissional do auditor são significativos para orientar os esforços da
equipe do trabalho.

(D) Considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria, sendo indispensável o
conhecimento dos outros trabalhos realizados pelo sócio do trabalho para a entidade.

(E) Determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho.

FGV-Auditor da Receita Estadual-AP/2010

A respeito do plano de auditoria assinale a afirmativa incorreta.

(A) é mais detalhado que a estratégia global de auditoria visto que inclui a natureza, a época e a extensão dos
procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da equipe de trabalho.

(B) trata dos diversos temas identificados na estratégia global, levando-se em conta a necessidade de atingir os
objetivos da auditoria por meio do uso eficiente dos recursos do auditor.

(C) deve incluir a descrição da natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco.

(D) deve ser atualizado e alterado sempre que necessário no curso da auditoria.

(E) deve ser desenvolvido para que o planejamento da auditoria seja elaborado.

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FGV-Auditor do Estado-CGE-MA/2010

O auditor, ao realizar uma auditoria, exerce julgamento sobre a magnitude das distorções que são consideradas
relevantes.

Esses julgamentos fornecem a base para

(A) determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos de avaliação de risco.

(B) identificar e avaliar os riscos de distorção irrelevante.

(C) determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos operacionais de relevância.

(D) tomar decisões econômicas razoáveis com base nas informações das demonstrações contábeis.

(E) entender que as demonstrações contábeis são elaboradas, apresentadas e auditadas considerando níveis de
materialidade.

FGV-Auditor do Estado-CGE-MA/2010

A determinação da materialidade para o planejamento envolve o exercício de julgamento profissional. Aplica-se


frequentemente uma porcentagem a um referencial selecionado como ponto de partida para determinar a
materialidade para as demonstrações contábeis como um todo. Os fatores que podem afetar a identificação de
referencial apropriado incluem

(A) os elementos das notas explicativas.

(B) os itens que tendem a inibir a atenção dos usuários das demonstrações contábeis da entidade específica.

(C) a natureza da entidade, a fase do seu ciclo de vida, o seu setor e o ambiente econômico em que atua.

(D) a estrutura societária da entidade e como ela é determinada.

(E) a volatilidade relativa do capital.

FGV-Auditor- TCM-PA/2008

“A atividade de planejamento é fundamental em qualquer atividade, revelando-se a etapa mais importante do


ciclo administrativo (planejar, organizar, coordenar e controlar). Isso ocorre em função de o planejamento
considerar a definição de um objetivo, dos caminhos alternativos para atingi-lo, da escolha (processo decisório) e
da formulação de um plano de ação. Sobretudo na auditoria, tendo em vista o número de transações a serem
validadas, de áreas a serem testadas e dos saldos a serem verificados, o planejamento bem elaborado contribui
para a otimização da aplicação dos recursos materiais e humanos (evitando desperdícios) e para minimização dos
riscos de auditoria. Dessa forma, embora não seja garantia de sucesso, o planejamento, quando bem elaborado,
minimiza o risco de o trabalho ser ineficaz e ineficiente.”

(José Carlos Carvalho. Auditoria Geral e Pública.)

Quando da auditoria realizada pela primeira vez, alguns cuidados especiais de planejamento devem ser
observados. As alternativas a seguir apresentam esses cuidados, à exceção de uma. Assinale-a, considerando,
ainda, a regulamentação do CFC.

(A) leitura dos relatórios de auditoria anteriores (como mecanismo de “conhecimento” da auditada)

(B) uniformidade de critérios contábeis, uma vez que pode ter havido alterações de um exercício para o outro

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Auditoria

(C) identificação de relevantes eventos subsequentes ocorridos após a data-base do exercício, revelados ou não

(D) levantamento das principais alterações ocorridas no sistema de controle interno

(E) a natureza (o que fazer, qual procedimento aplicar), inoportunidade (quando) e extensão (até onde, o
percentual) dos procedimentos a serem aplicados

FGV-Auditor Fiscal -SEFAZ-RJ/2011

A atividade de planejamento é fundamental em qualquer atividade, revelando-se a etapa mais importante do ciclo
administrativo (planejar, organizar, coordenar e controlar), segundo Henry Fayol (Teoria Clássica da
Administração). Isso ocorre em função de o planejamento considerar a definição de um objetivo, dos caminhos
alternativos para atingi-lo, da escolha (processo decisório) e da formulação de um plano de ação. Sobretudo na
auditoria, tendo em vista o número de transações a serem validadas, de áreas a serem testadas, de saldos a serem
verificados, o planejamento bem elaborado contribui para a otimização da aplicação dos recursos materiais e
humanos (evitando desperdícios) e para minimização dos riscos de auditoria. Dessa forma, embora não seja
garantia de sucesso, o planejamento, quando bem elaborado, minimiza o risco de o trabalho ser ineficaz e
ineficiente. O planejamento na auditoria é dinâmico, ou seja, uma vez elaborado, deve ser revisado sempre que
surgirem novas circunstâncias ou os resultados apontarem para uma direção diferente da leitura feita inicialmente.
Nesse sentido, o planejamento deverá ser revisto, por exemplo, quando os testes substantivos revelarem uma
quantidade de erros superior àquela prevista quando do levantamento do controle interno. Quando da auditoria
pela primeira vez, alguns cuidados especiais de planejamento devem ser observados, tais como os listados a
seguir, À EXCEÇÃO DE UM. Assinale-o.

(A) leitura dos relatórios de auditoria anteriores (como mecanismo de “conhecimento” da auditada)

(B) uniformidade de critérios contábeis (uma vez que pode ter havido alterações de um exercício para o outro, tais
como mudança no método de avaliação de estoques, uso de reavaliação, mudança no critério de tributação – lucro
presumido para real, por exemplo)

(C) valor da cotação da ação investida na bolsa de valores, se companhia aberta

(D) identificação de relevantes eventos subsequentes ocorridos após a data-base do exercício, revelados ou não

(E) levantamento das principais alterações ocorridas no sistema de controle interno.

FGV-Auditor Fiscal -SEFAZ-RJ/2011


Tendo em vista o que prevê o Conselho Federal de Contabilidade, assinale a alternativa correta.

(A) No que tange ao planejamento, é necessário que o auditor planeje a auditoria de modo que ela seja executada
de maneira eficaz e dirija o esforço de auditoria às áreas com menor expectativa de distorção relevante,
independentemente se causada por fraude ou a erro, com esforço correspondentemente maior dirigido a outras
áreas. O plano de auditoria não precisa incluir a descrição da natureza, a época e a extensão dos procedimentos
adicionais de auditoria planejados no nível de afirmação.

(B) O envolvimento do sócio do trabalho e de outros membros-chave da equipe de trabalho no planejamento da


auditoria não deve resultar em incorporação de seus pontos de vista, podendo prejudicar a eficiência e
independência do processo de planejamento.

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Auditoria

(C) Em auditoria de entidade de pequeno porte, todo o processo pode ser conduzido por equipe pequena de
auditoria. Muitas auditorias de entidades de pequeno porte envolvem o sócio do trabalho trabalhando com um
membro da equipe de trabalho ou sozinho. Com uma equipe menor, a coordenação e a comunicação entre
membros da equipe ficam facilitadas. A definição da estratégia global para a auditoria de entidade de pequeno
porte precisa ser igualmente complexa.

(D) O CFC, quando trata da responsabilidade do auditor no contexto da auditoria de demonstrações, explicita que
o auditor se preocupa com a fraude que causa distorção relevante. Dois tipos de distorções intencionais são
pertinentes para o auditor: (1) distorções decorrentes de informações contábeis fraudulentas e (2) da apropriação
indébita de ativos.

(E) O planejamento adequado ajuda a tornar suficientes o tempo e os recursos disponíveis para a condução da
auditoria. A dificuldade, falta de tempo ou custo envolvido são, por si só, base válida para que o auditor omita um
procedimento de auditoria para o qual não há alternativa ou que deva ser satisfeito com evidências de auditoria
menos que persuasivas.

FGV- Fiscal de Rendas-RJ/2009

Para efetuar o estudo e a avaliação do sistema contábil e de controles internos da entidade, segundo a Resolução
n.º 953/03 do CFC, o auditor deve considerar os seguintes aspectos, à exceção de um. Assinale-o.

(A) O tamanho e a complexidade das atividades da entidade.

(B) O grau de desenvolvimento da auditoria interna, se existente, e as áreas sem risco de auditoria.

(C) A natureza da documentação, em face dos sistemas de informatização adotados pela entidade.

(D) O grau de descentralização de decisão adotado pela administração da entidade.

(E) Os sistemas de informação contábil para efeitos tanto internos quanto externos.

FGV- Fiscal de Rendas-RJ/2009 - adaptada


A norma de auditoria relaciona os principais objetivos do planejamento da auditoria. Com base na Resolução,
assinale a alternativa que não compreenda um objetivo do planejamento.

(A) Propiciar a coordenação do trabalho a ser efetuado por outros auditores independentes e especialistas.

(B) Propiciar o cumprimento dos serviços contratados com a entidade dentro dos prazos e compromissos
previamente estabelecidos.

(C) Assegurar que as áreas importantes da entidade e os valores relevantes contidos em suas demonstrações
contábeis recebam a atenção requerida.

(D) Estabelecer a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames a serem efetuados, em consonância com os
termos constantes na sua proposta de serviços para a realização do trabalho.

(E) Obter conhecimento das atividades da entidade, para identificar eventos e transações irrelevantes que afetem
as demonstrações contábeis.

FGV- Fiscal de Rendas-RJ/2010

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Auditoria

Nas atividades de planejamento o auditor deve estabelecer uma estratégia global definindo o alcance, a época e
a direção para o desenvolvimento do plano de auditoria. A respeito do planejamento da auditoria, assinale a
afirmativa incorreta.

(A) O auditor deve identificar as características do trabalho para definir o seu alcance, bem como definir os
objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das comunicações
requeridas.

(B) O auditor deve considerar os fatores que no seu julgamento profissional são significativos para orientar os
esforços da equipe do trabalho e determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para
realizar o trabalho.

(C) O auditor deve considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria e, quando for o
caso, a relevância do conhecimento obtido em outros trabalhos.

(D) O auditor deve desenvolver o plano de auditoria e nele deve incluir a descrição da natureza, a época e a
extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco.

(E) O auditor deve atualizar e alterar a estratégia global e o plano de auditoria, para definir o tipo de técnica e os
procedimentos aplicáveis na revisão do seu trabalho.

FGV- Fiscal de Rendas-RJ/2010

Com relação ao planejamento e execução da auditoria de demonstrações contábeis, analise as afirmativas a


seguir.

I. O auditor deve adotar julgamento profissional quanto à natureza, à época e à extensão dos procedimentos
aplicados para o cumprimento das exigências das normas e a coleta de evidências.

II. O auditor deve avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada e se algo mais precisa ser feito
para que sejam cumpridos os objetivos das normas e, com isso, os objetivos gerais do auditor.

III. O auditor deve extrair conclusões baseadas nas evidências obtidas, por exemplo, pela avaliação da
razoabilidade das estimativas feitas pela administração na elaboração das demonstrações contábeis.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

FGV-ALBA-Auditor/2014

A natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da equipe de
trabalho são elementos que fazem parte

(A) do processo de auditoria.

(B) da estratégia global de auditoria.

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Auditoria

(C) da gestão da auditoria.

(D) da avaliação preliminar da auditoria.

(E) do plano da auditoria.

FGV- CGE-Auditor do Estado-MA/2013

A determinação da materialidade para o planejamento envolve o exercício de julgamento profissional. Aplica-se


frequentemente uma porcentagem a um referencial selecionado como ponto de partida para determinar a
materialidade para as demonstrações contábeis como um todo. Os fatores que podem afetar a identificação de
referencial apropriado incluem

(A) os elementos das notas explicativas.

(B) os itens que tendem a inibir a atenção dos usuários das demonstrações contábeis da entidade específica.

(C) a natureza da entidade, a fase do seu ciclo de vida, o seu setor e o ambiente econômico em que atua.

(D) a estrutura societária da entidade e como ela é determinada.

(E) a volatilidade relativa do capital.

FGV- CGE-Auditor do Estado-MA/2013

O auditor, no processo de avaliação de risco da entidade, deve buscar entender se a entidade tem processo para
os casos listados a seguir, à exceção de um. Assinale-o.

(A) Identificar riscos de negócio relevantes para os objetivos das demonstrações contábeis.

(B) Estimar a significância dos riscos.

(C) Avaliar a probabilidade da ocorrência de riscos.

(D) Decidir sobre ações em resposta aos riscos.

(E) Analisar procedimentos analíticos de erros e fraudes.

FGV-ALBA-Auditor/2014

O auditor, ao julgar se um risco é significativo, deve considerar os aspectos a seguir, à exceção de um. Assinale‐o.

(A) A ocorrência de fraude.

(B) A complexidade das transações.

(C) O envolvimento em transações significativas com partes relacionadas.

(D) O grau de subjetividade na mensuração das informações relacionadas ao risco.

(E) O nível de controle da distorção relevante.

FGV-Auditor do tesouro municipal-Recife/2014

Nas atividades de planejamento da auditoria, deve-se estabelecer uma estratégia global que defina seu alcance,
sua época e sua direção, a fim de orientar o desenvolvimento do plano de auditoria.

Os procedimentos a serem adotados estão listados a seguir, à exceção de um. Assinale-o.

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Auditoria

(A) Identificar as características do trabalho para definir o seu alcance.

(B) Definir os objetivos do relatório do trabalho, de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das
comunicações requeridas.

(C) Considerar, para orientar os esforços da equipe do trabalho, os fatores que, no julgamento profissional do
auditor, são irrelevantes.

(D) Considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria.

(E) Determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho.

FGV-Auditor do tesouro municipal-Recife/2014

Um planejamento adequado é benéfico para a auditoria das demonstrações contábeis. A esse respeito, analise as
afirmativas a seguir.

I. Permite que o auditor dedique atenção apropriada às áreas importantes da auditoria.

II. Permite que o auditor identifique e resolva problemas potenciais tempestivamente.

III. Permite que o auditor organize adequadamente o trabalho para que a auditoria seja realizada de forma eficaz
e eficiente.

IV. Permite que o auditor selecione os membros da equipe de trabalho com níveis apropriados de capacidade e
competência para responderem às evidências esperadas e aloque apropriadamente os recursos.

Assinale:

(A) se somente as afirmativas I, II e IV estiverem corretas.

(B) se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas.

(C) se somente as afirmativas II, III e IV estiverem corretas.

(D) se somente as afirmativas I, III e IV estiverem corretas.

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

FGV-Auditor do tesouro municipal-Recife/2014

A respeito da materialidade, assinale a afirmativa incorreta.

(A) A determinação de materialidade pelo auditor é uma questão de apuração científica e é afetada pela percepção
do auditor das necessidades de informações financeiras dos usuários das demonstrações contábeis.

(B) O conceito de materialidade é aplicado pelo auditor no planejamento e na execução da auditoria, bem como
na avaliação do efeito de distorções identificadas na auditoria e de distorções não corrigidas, se houver, sobre as
demonstrações contábeis.

(C) Ao planejar a auditoria, o auditor exerce julgamento sobre a magnitude das distorções que são consideradas
relevantes para determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos adicionais de auditoria.

(D) A materialidade determinada no planejamento da auditoria não estabelece necessariamente um valor abaixo
do qual as distorções não corrigidas, individualmente ou em conjunto, serão sempre avaliadas como não
relevantes.

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Auditoria

(E) Ao estabelecer a estratégia global de auditoria, o auditor deve determinar a materialidade para as
demonstrações contábeis como um todo.

FGV- Analista Controle interno –Recife/2014

De acordo com a NBC TA 300, o auditor, ao desenvolver o plano de auditoria, deve descrever

(A) a avaliação da conformidade com os requisitos éticos, inclusive independência, conforme exigido pela NBC TA
220.

(B) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no nível de afirmação,
conforme previsto na NBC TA 330.

(C) os procedimentos para entendimento dos termos do trabalho, conforme exigido pela NBC TA 210.

(D) os processos para auxiliar o auditor a identificar e resolver tempestivamente problemas potenciais.

(E) as medidas para facilitar a direção e a supervisão dos membros da equipe de trabalho e a revisão do seu trabalho

FGV-ALBA-Auditor/2014

A natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da equipe de
trabalho são elementos que fazem parte

(A) do processo de auditoria.

(B) da estratégia global de auditoria.

(C) da gestão da auditoria.

(D) da avaliação preliminar da auditoria.

(E) do plano da auditoria.

FGV-ALBA-Auditor/2014

O auditor, ao julgar se um risco é significativo, deve considerar os aspectos a seguir, à exceção de um. Assinale‐o.

(A) A ocorrência de fraude.

(B) A complexidade das transações.

(C) O envolvimento em transações significativas com partes relacionadas.

(D) O grau de subjetividade na mensuração das informações relacionadas ao risco.

(E) O nível de controle da distorção relevante.

FGV- SEFAZ-Cuiabá – Auditor Fiscal/2014

Sobre a materialidade no contexto de auditoria, assinale a afirmativa correta.

(A) Os julgamentos sobre materialidade são afetados por um fator entre a magnitude ou a natureza das distorções.

(B) O julgamento sobre relevância deve considerar o possível efeito de distorções sobre usuários individuais.

(C) A determinação de materialidade pelo auditor não deve ser afetada por suas percepções pessoais.

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(D) As circunstâncias relacionadas a algumas distorções podem levar o auditor a avaliá-las como relevantes,
mesmo que estejam abaixo do limite de materialidade.

(E) A materialidade não pode ser modificada no decorrer da auditoria.

FGV – Auditor Fiscal – Cuiabá/2016

O planejamento da auditoria deve definir a estratégia do trabalho e desenvolver o plano de auditoria. Sobre o
planejamento da auditoria, assinale a afirmativa correta.

(A) O planejamento é uma fase isolada, que termina com o início do trabalho de auditoria.

(B) A experiência anterior dos membros-chave da equipe de trabalho com a entidade não influenciam a natureza
e a extensão das atividades de planejamento.

(C) A estratégia global e o plano de auditoria são de responsabilidade do auditor e da administração da entidade
auditada.

(D) A estratégia global deve definir o alcance, a época e a direção da auditoria, para orientar o desenvolvimento
do plano.

(E) Uma vez iniciada a auditoria, devem permanecer inalterados a estratégia global e o plano de auditoria.

FGV – Auditor Fiscal – Cuiabá/2016

Para fins das normas de auditoria, os valores fixados pelo auditor, para reduzir a um nível baixo a probabilidade de
que as distorções não corrigidas e não detectadas em conjunto excedam a materialidade para as demonstrações
contábeis como um todo, são denominados

(A) materialidade para execução da auditoria.

(B) objetividade para execução da auditoria.

(C) relevância para execução da auditoria.

(D) limites relacionados a empresas do mesmo setor.

(E) parâmetros das demonstrações contábeis.

FGV - SEFAZ-RJ - Fiscal de Rendas -2008

Entre os fatores a serem considerados no planejamento, é possível destacar:

. o grau de conhecimento da atividade da auditada;

. a existência de auditoria interna;

. a natureza (o que fazer, qual procedimento aplicar), oportunidade (quando) e extensão (até onde, o percentual)
dos procedimentos a serem aplicados;

. os relatórios a serem entregues;

. a equipe técnica.

Na primeira auditoria realizada por determinada empresa de uma dada entidade, alguns cuidados especiais de
planejamento devem ser observados de acordo com o CFC e com a doutrina. Nas alternativas a seguir estão
listados alguns desses cuidados, à exceção de uma.

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Assinale-a.

a) leitura dos relatórios de auditoria anteriores (como mecanismo de "conhecimento" da auditada)

b) mapeamento das fraudes e erros (relevantes ou não) detectados pelos dois últimos auditores independentes e
verificação da comunicação à CVM

c) uniformidade de critérios contábeis (uma vez que pode ter havido alterações de um exercício para o outro, tais
como mudança no método de avaliação de estoques, uso de reavaliação, mudança no critério de tributação - lucro
presumido para real, por exemplo)

d) identificação de relevantes eventos subsequentes ocorridos após a data-base do exercício, revelados ou não.

e) levantamento das principais alterações ocorridas no sistema de controle interno

FGV - Agente fiscalização/TCM-SP/2º Curso formação/2016

O planejamento da auditoria é a etapa do trabalho no qual o auditor estabelece a estratégia geral dos trabalhos a
executar na entidade a ser auditada. NÃO é considerado objetivo do planejamento de auditoria:

(A) identificar a legislação aplicável à entidade;

(B) identificar e solucionar os problemas potenciais da entidade;

(C) estabelecer a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames a serem efetuados;

(D) obter conhecimentos das atividades da entidade, para identificar eventos e transações relevantes que afetem
as demonstrações contábeis;

(E) assegurar que as áreas importantes da entidade e os valores relevantes contidos em suas demonstrações
contábeis recebam a atenção requerida.

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Gabarito
1. C 41. E 81. B 110.
2. A 42. C 82. C
3. C 43. E 83. B
4. C 44. E 84. D
5. C 45. C 85. E
6. E 46. C 86. A
7. C 47. C 87. C
8. E 48. E 88. E
9. C 49. E 89. C
10. D 50. C 90. D
11. E 51. C 91. B
12. C 52. E 92. E
13. C 53. E 93. E
14. D 54. C 94. E
15. A 55. E 95. E
16. C 56. E 96. A
17. A 57. C 97. E
18. C 58. C 98. E
19. C 59. D 99. C
20. C 60. A 100. B
21. E 61. E 101. A
22. C 62. E 102. B
23. E 63. E 103. E
24. E 64. E 104. E
25. E 65. C 105. D
26. E 66. C 106. D
27. C 67. C 107. A
28. E 68. E 108. B
29. C 69. C 109. B
30. E 70. C
31. C 71. E
32. E 72. E
33. E 73. E
34. E 74. C
35. C 75. C
36. C 76. E
37. C 77. E
38. E 78. C
39. C 79. C
40. C 80. E

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