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PROFILING CRIMINAL

PROFILING CRIMINAL
INTRODUÇÃO À ANÁLISE COMPORTAMENTAL
NO CONTEXTO INVESTIGATIVO

2ª EDIÇÃO

TÂNIA KONVALINA-SIMAS
participação especial

BRENT E. TURVEY

2014
Autores
TÂNIA KONVALINA-SIMAS
participação especial
BRENT E. TURVEY

Editor
Letras e Conceitos, Lda.
geral.letraseconceitos@gmail.com

Imagem da capa
Fotolia

Paginação
Luís Pamplona

Impressão

ISBN: 978-989-8305-81-7

Depósito Legal n.º 0000000000/2014

Outubro 2014

A reprodução, total ou parcial, desta obra, por fotocópia


ou qualquer outro meio, mecânico ou electrónico, sem prévia autorização do autor,
é ilícita e passível de procedimento judicial contra o infractor.
5

ÍNDICE
ÍNDICE DE FIGURAS E QUADROS .................................................................................................. 15

PREFÁCIO
7YVMLZZPVUHS6ISPNH[PVUZVM[OL*YPTPUHS7YVÄSLY .............................................................................. 19

NOTA INTRODUTÓRIA ................................................................................................................... 21

CAPÍTULO 1
FORENSIC CRIMINOLOGY AND CRIMINAL PROFILING: OF MYRIAD PROFESSIONS AND
PROFESSIONALS ...................................................................................................................... 25

INTRODUCTION ............................................................................................................................. 29

I. PSYCHOLOGY AND PSYCHOLOGISTS .................................................................................. 29


i. Psychologists and Crime .................................................................................................... 30

II. CRIMINOLOGY AND CRIMINOLOGISTS ............................................................................... 31


i. Criminologists’ Limitations ................................................................................................ 31
ii. :[\K`PUN;V^HYKZ7YHJ[PJPUN*YPTPUHS7YVÄSPUN .................................................................. 32

III. CRIMINAL PROFILING: EDUCATION AND EXPERIENCE ........................................................ 33


i. /V^HYL*YPTPUHS7YVÄSLYZ4HKL& ..................................................................................... 33
1. Education .................................................................................................................. 33
2. Experience ................................................................................................................. 34

CONCLUSION.................................................................................................................................. 35
References ................................................................................................................................. 35

CAPÍTULO 2
PROFILING CRIMINAL: CRIMINOLOGIA APLICADA AO CONTEXTO FORENSE ........................... 37

INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 41
6 PROFILING CRIMINAL

I. CRIMINOLOGIA APLICADA..................................................................................................... 41
i. Criminologia Forense e 7YVÄSPUN Criminal .......................................................................... 44
ii. Parâmetros do Trabalho dos Criminólogos Forenses ........................................................... 45
iii. -VYTHsqVL*LY[PÄJHsqVLT7YVÄSPUN Criminal .................................................................. 45

II. PROFILING CRIMINAL: uma técnica investigativa e de análise de vestígios/provas ................. 47


i. =HSPKHKL*PLU[xÄJHKV7YVÄSPUN Criminal ........................................................................... 48
ii. +LÄUPsLZKL7YVÄSPUN e de 7YVÄSLY Criminal ..................................................................... 48
iii. Pressupostos da Técnica de 7YVÄSPUN Criminal.................................................................... 49
iv. Tipos de Crimes e o 7YVÄSPUN Criminal ............................................................................... 50
v. Modelos Epistemológicos em 7YVÄSPUN Criminal ............................................................... 51
1. 7YVÄSPUN Nomotético e 7YVÄSPUN0KLVNYmÄJV ............................................................... 51
2. Abordagens Nomotéticas em 7YVÄSPUN Criminal ......................................................... 52
3. (IVYKHNLUZ0KLVNYmÄJHZLT7YVÄSPUN Criminal .......................................................... 53

III. A EFICÁCIA DO PROFILING CRIMINAL .................................................................................. 55


i. Alguns Estudos Sobre o 7YVÄSPUN Criminal .......................................................................... 55

CONCLUSÃO ................................................................................................................................... 59

CAPÍTULO 3
ABORDAGENS METODOLÓGICAS EM PROFILING CRIMINAL ...................................................... 61

INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 65

I. ANÁLISE DA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL (MÉTODO DO FBI) ................................................ 65


i. Tipologia Organizado/Desorganizado ............................................................................... 66
1. Agressores do Tipo Organizado.................................................................................. 67
2. Agressores do Tipo Desorganizado............................................................................. 68
3. Características do Local do Crime com Agressores Organizados e Desorganiza-
dos (Ressler & Burgess, 1985) .................................................................................... 70
ii. Etapas da Análise da investigação criminal ........................................................................ 72

II. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA .................................................................................................... 73


i. Princípios da Avaliação Diagnóstica .................................................................................. 73

III. PSICOLOGIA INVESTIGATIVA ................................................................................................. 75


i. Objetivos da Psicologia Investigativa ................................................................................. 75
ii. O Modelo dos Cinco Fatores ............................................................................................ 76
1. Princípios do Modelo dos Cinco Fatores .................................................................... 76
ÍNDICE 7

IV. PROFILING GEOGRÁFICO (GEOPROFILING) ......................................................................... 79


i. A Origem do 7YVÄSPUN.LVNYmÄJV ...................................................................................... 79
ii. A Trilogia do 7YVÄSPUN.LVNYmÄJV ..................................................................................... 80
1. Teoria da Escolha Racional ........................................................................................ 80
2. Teoria das Atividades Rotineiras ................................................................................. 81
3. ;LVYPHKVZ7HKYLZ*YPTPUHPZ ..................................................................................... 81
iii. Princípios da Criminologia Ambiental Aplicados ao 7YVÄSPUN.LVNYmÄJV......................... 81
iv. Outros Aspetos do 7YVÄSPUN.LVNYmÄJV ............................................................................ 84

V. ANÁLISE DAS PROVAS COMPORTAMENTAIS (APC) ............................................................... 87


i. A Proposta de Brent E. Turvey ............................................................................................ 87
ii. Contextos da Análise de Provas Comportamentais ............................................................ 88
iii. Os Dez Princípios da Análise de Provas Comportamentais ............................................... 90

CONCLUSÃO ................................................................................................................................... 95

CAPÍTULO 4
O MODELO DE ANÁLISE COMPORTAMENTAL BIOPSICOSSOCIAL............................................... 97

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 101

I. PERSPETIVAS CONCEPTUAIS DO COMPORTAMENTO HUMANO....................................... 101


i. Os Processos Mentais ...................................................................................................... 102
ii. Perspetivas Conceptuais do Comportamento Humano ..................................................... 103

II. VARIÁVEIS BIO ANTROPOLÓGICAS DA CONDUTA CRIMINOSA ....................................... 107


i. Aspetos Genéticos ........................................................................................................... 107
1. Estudos Com Gémeos .............................................................................................. 107
2. A Síndrome Cromossómica XYY .............................................................................. 108
ii. Aspetos Neurobiológicos ................................................................................................. 110
1. Um Centro Nervoso Para a Ética .............................................................................. 110
2. O Sistema Nervoso Autónomo ................................................................................. 110
iii. Aspetos Bioquímicos e Farmacológicos .......................................................................... 111

III. VARIÁVEIS PSICOLÓGICAS DA CONDUTA CRIMINOSA ..................................................... 113


i. O Processo de Formação da Personalidade ..................................................................... 113
1. +PTLUZLZKH7LYZVUHSPKHKL ................................................................................... 114
2. ,TVsLZ .................................................................................................................. 115
3. Algumas Teorias Sobre a Personalidade.................................................................... 115
ii. Variáveis da Personalidade Correlacionadas com a Conduta Criminosa .......................... 118
1. Inteligência .............................................................................................................. 118
8 PROFILING CRIMINAL

2. Estilos de Pensamento .............................................................................................. 119


3. Hiperactividade/Impulsividade ............................................................................... 120
4. Empatia ................................................................................................................... 121
5. Agressividade .......................................................................................................... 122
iii. Teorias da Personalidade Criminosa ................................................................................ 124
1. Cesare Lombroso ..................................................................................................... 124
2. Etiénne DeGreeff .................................................................................................... 125
3. Jean Pinatel ............................................................................................................. 126
4. Marc LeBlanc ......................................................................................................... 127
iv. Personalidades Patológicas ............................................................................................. 129

IV. VARIÁVEIS PSICOSSOCIAIS DA CONDUTA CRIMINOSA ..................................................... 137


i. Socialização e Vinculação ............................................................................................... 137
ii. -\UsLZKH-HTxSPH .......................................................................................................... 140
iii. A Sociedade .................................................................................................................... 142
1. Teoria da Associação Diferencial ............................................................................. 143
2. Teoria da Contenção ................................................................................................ 143

CONCLUSÃO ................................................................................................................................. 145

CAPÍTULO 5
MOTIVAÇÃO E CONDUTA CRIMINOSA ....................................................................................... 147

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 151

I. MOTIVAÇÃO HUMANA......................................................................................................... 151


i. A Teoria de Campo de Kurt Lewin.................................................................................... 152
ii. Motivação Extrínseca e Motivação Intrínseca ................................................................... 153
iii. Pressão Alfa e Pressão Beta – Henry Murray .................................................................... 153
iv. A Pirâmide das Necessidades – Abraham Maslow ........................................................... 153

II. PROCESSOS MOTIVACIONAIS DA PASSAGEM AO ATO........................................................ 155


i. A Teoria da Escolha Racional ........................................................................................... 155
ii. Teoria Psicanalítica ......................................................................................................... 156
iii. A Perspetiva Fenomenológica .......................................................................................... 157
iv. O Modelo Cognitivista..................................................................................................... 158
v. Teoria do Valor da Expectativa ......................................................................................... 159

III. MODELOS DE ANÁLISE MOTIVACIONAL ............................................................................. 161


i. Análise Motivacional Longitudinal .................................................................................. 161
1. Ambiente Social ..................................................................................................... 162
ÍNDICE 9

2. Experiências desenvolvimentais e formativas na infância e na adolescência ........... 162


3. Respostas Padronizadas .......................................................................................... 163
4. Comportamentos com Outros/Si Próprio ................................................................. 164
5. Filtragem das Consequências ................................................................................. 165
ii. Análise Motivacional do Comportamento no Local do Crime .......................................... 165
1. (NYLZZVY,Z[PSV7VKLY¶*VUÄYTHsqV ........................................................................ 167
2. Agressor Estilo Poder – Assertivo ............................................................................. 168
3. Agressor Estilo Raiva – Retaliação ............................................................................ 170
4. Agressor Estilo Raiva – Excitação ............................................................................ 172
5. Agressor Estilo Oportunista ..................................................................................... 173

IV. A MOTIVAÇÃO NA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL ................................................................... 175


i. A Determinação da Motivação ........................................................................................ 175
ii. A Teoria Motivacional de Farrington ................................................................................ 175
iii. Motivação no Local do Crime e Motivação do Agressor................................................... 176

CONCLUSÃO ................................................................................................................................. 177

CAPÍTULO 6
VITIMOLOGIA FORENSE ............................................................................................................... 179

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 183

I. BREVE INTRODUÇÃO À VITIMOLOGIA .............................................................................. 185


i. Vitimologia Geral ............................................................................................................ 185
ii. Vitimologia Interacionista ................................................................................................ 185
iii. Vitimologia Crítica........................................................................................................... 186
iv. Breve História da Vitimologia .......................................................................................... 186

II. DEFINIÇÕES EM VITIMOLOGIA FORENSE ............................................................................ 189


i. O Entendimento do Conceito de “Vítima” ....................................................................... 189
ii. Tipos de Vitimização ....................................................................................................... 190
1. Vitimização primária ............................................................................................... 190
2. Vitimização secundária .......................................................................................... 190
iii. +LÄUPsqVKL=P[PTVSVNPH-VYLUZL .................................................................................... 190
1. Objetivos da Vitimologia Forense ............................................................................ 191
2. Utilidade Investigativa da Vitimologia Forense ......................................................... 191
iv. A Prática da Vitimologia Forense ..................................................................................... 192

III. A ANÁLISE VITIMOLÓGICA EM VITIMOLOGIA FORENSE .................................................... 193


i. Variáveis da Análise Vitimológica .................................................................................... 193
10 PROFILING CRIMINAL

1. +LPÄJHsqVKH=x[PTH ............................................................................................... 193


2. =PSPÄJHsqVKH=x[PTH................................................................................................ 194
ii. Tipologia de Vítimas ....................................................................................................... 194
1. A Tipologia de Mendelsohn .................................................................................... 194
2. A Tipologia de Von Hentig ...................................................................................... 195
iii. A Avaliação do Risco ....................................................................................................... 197
1. O Grau de Exposição ao Risco da Vítima ................................................................. 197
a) Risco do Estilo de Vida .................................................................................... 198
b) Risco Situacional da Vítima.............................................................................. 199
2. O Grau de Exposição ao Risco do Agressor ............................................................. 199
a) Risco Situacional do Agressor ......................................................................... 199
b) O Risco do 4VK\Z6WLYHUKP ........................................................................... 199
iv. Alguns Modelos de Análise Vitimológica Forense ............................................................ 200

CAPÍTULO 7
O LOCAL DO CRIME ...................................................................................................................... 205

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 209

I. ANÁLISE DO LOCAL DO CRIME ............................................................................................ 211


i. Processos/Etapas da Análise do Local do Crime .............................................................. 212

II. RECONSTRUÇÃO DO CRIME ................................................................................................ 213


i. *SHZZPÄJHsqVKVZ=LZ[xNPVZUH9LJVUZ[Y\sqVKV*YPTL..................................................... 215
1. Vestígios Sequenciais .............................................................................................. 215
2. Vestígios Direcionais .............................................................................................. 215
3. Vestígios de Localização / Posicionamento ............................................................. 216
4. Vestígios de Ação ................................................................................................... 216
5. Vestígios de Contacto .............................................................................................. 217
6. Vestígios de Propriedade ......................................................................................... 217
7. Vestígios Associativos ............................................................................................. 217
8. Vestígios de Delimitação ........................................................................................ 218
9. Vestígios Inferidos ................................................................................................... 218
10. Vestígios Temporais ................................................................................................. 219
11. Vestígios Psicológicos (i.e., vestígios motivacionais) ................................................ 219
ii. A Dinâmica dos Vestígios ................................................................................................ 219
1. Dinâmica dos Vestígios Anterior à Descoberta do Crime ......................................... 220
a) O local do crime ............................................................................................. 220
b) (sLZKV(NYLZZVY ........................................................................................... 221
c) Encenação ....................................................................................................... 221
d) (sLZKH=x[PTH ............................................................................................... 221
ÍNDICE 11

e) Transferência Secundária ................................................................................. 222


f) Testemunhas .................................................................................................... 222
g) *SPTH*VUKPsLZ4L[LVYVS}NPJHZ .................................................................... 222
h) Decomposição ................................................................................................ 222
i) Atividade de Insetos ......................................................................................... 222
j) Atividade Animal / Predação............................................................................ 222
k) Fogo e Esforços de Extinção de Fogo ................................................................ 223
l) Socorristas / Agentes da Polícia / Equipa de Emergência Médica ...................... 223
m) Segurança ........................................................................................................ 223
2. Dinâmica dos Vestígios Posterior à Descoberta do Crime ........................................ 223
3. Análise da Dinâmica dos Vestígios .......................................................................... 224

III. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DO CRIME ........................................................................... 227


i. Elementos da Caracterização do Local do Crime ............................................................. 227

IV. MODUS OPERANDI, ASSINATURA E ANÁLISE COMPARATIVA DE CASOS .......................... 239


i. 4VK\Z6WLYHUKP ............................................................................................................. 239
ii. Assinatura do Agressor ..................................................................................................... 239
iii. Locais do Crime Encenados ............................................................................................. 239
iv. Análise Comparativa de Casos ......................................................................................... 240
1. Elementos da Análise Comparativa de Casos............................................................ 240

CONCLUSÃO ................................................................................................................................. 243

CAPÍTULO 8
CRIME EM SÉRIE ............................................................................................................................. 245

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 249

I. CRIME EM SÉRIE E AGRESSORES EM SÉRIE ............................................................................ 249


i. 7YVJ\YHUKV+LÄUPYV*VUZ[Y\[Vº*YPTLLT:tYPL» ........................................................... 249
1. O Critério da Racionalização Quantitativa............................................................... 250
2. 6,_LTWSVKVZ;PWVZKL/VTPJxKPVºLT:tYPL» ........................................................ 250
3. O Critério da Propensão Psicológica........................................................................ 251
ii. +PZWHYPKHKLLU[YLVZ*VUZ[Y\[VZº*YPTLLT:tYPL»Lº(NYLZZVYLT:tYPL» ......................... 253
1. +LÄUPsqVKLº*YPTLLT:tYPL» ................................................................................ 253
2. O Critério dos Estilos de Vitimização ....................................................................... 253
3. 8\L*YP[tYPVUV*VU[L_[VKH0U]LZ[PNHsqV*YPTPUHS& ................................................ 255
a) *SHZZPÄJHsqV0U]LZ[PNH[P]HKL)YLU[;\Y]L` ....................................................... 255
12 PROFILING CRIMINAL

II. MECANISMOS PSICOLÓGICOS DO CRIME EM SÉRIE ......................................................... 257


i. A Psicopatia .................................................................................................................... 257
ii. O Sadismo ....................................................................................................................... 258
iii. (7HYHÄSPH ........................................................................................................................ 258
iv. A Tendência para a Fantasia e para a Dissociação............................................................ 260
v. O Narcisismo .................................................................................................................. 261
vi. A Compulsividade .......................................................................................................... 262

III. ALGUNS TIPOS DE AGRESSORES EM SÉRIE ........................................................................... 263


i. Homicidas em Série ........................................................................................................ 263
1. Inteligência .............................................................................................................. 263
2. Motivação................................................................................................................ 263
3. Género .................................................................................................................... 263
4. Desenvolvimento Psicoafetivo ................................................................................. 264
5. <TH*SHZZPÄJHsqV(UNSV(TLYPJHUH ....................................................................... 265
ii. Agressores Sexuais em Série ............................................................................................ 266
1. <TH*SHZZPÄJHsqV(UNSV(TLYPJHUH ....................................................................... 266
iii. Incendiários em Série ...................................................................................................... 267
1. <TH*SHZZPÄJHsqV(UNSV(TLYPJHUH ....................................................................... 268
2. A Piromania............................................................................................................. 268
3. (*SHZZPÄJHsqVKL0UJLUKPmYPVZKV0UZ[P[\[V:\WLYPVYKH7VSxJPH1\KPJPmYPHL*PvU-
cias Criminais – ISPJCC............................................................................................ 269

CONCLUSÃO ................................................................................................................................. 271

CAPÍTULO 9
ELABORAÇÃO DO PERFIL CRIMINAL ........................................................................................... 273

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 277

I. PROFILING CRIMINAL E IDENTIDADE CRIMINAL ............................................................... 277


i. 0KLU[PÄJHsqV-VYLUZL ....................................................................................................... 277

II. DEDUÇÃO DOS TRAÇOS DO AGRESSOR ............................................................................. 279


i. Variáveis Primárias e Variáveis Secundárias ..................................................................... 279
ii. (UmSPZLKL=HYPm]LPZ5VTV[t[PJHL(UmSPZLKL=HYPm]LPZ0KLVNYmÄJH ................................. 279
iii. Traços Chave ................................................................................................................... 281
1. Indicadores de Destreza Criminal ............................................................................ 282
2. Indicadores de Familiaridade com a Vítima.............................................................. 282
3. Indicadores de Familiaridade com a Cena do Crime ................................................ 283
4. Indicadores de Familiaridade com Métodos e Materiais ........................................... 284
ÍNDICE 13

iv. Traços Problema .............................................................................................................. 284


1. Idade ....................................................................................................................... 284
2. Género .................................................................................................................... 285
3. Inteligência .............................................................................................................. 285

III. ELABORAÇÃO DO PERFIL CRIMINAL ................................................................................... 287


i. ,[HWHZUH*VUZ[Y\sqVKV7LYÄS*YPTPUHS .......................................................................... 287
ii. 67LYÄS*YPTPUHS!\TYLNPZ[VJPLU[xÄJVLYPNVYVZV ........................................................... 287
iii. ,SLTLU[VZ,Z[Y\[\YHPZKV7LYÄS*YPTPUHS ........................................................................... 288
1. ,SLTLU[VZKL0KLU[PÄJHsqV ..................................................................................... 288
2. Introdução aos Parâmetros Analíticos....................................................................... 288
3. Materiais Utilizados ................................................................................................. 289
4. Antecedentes da Ocorrência.................................................................................... 290
5. Cronologia da Ocorrência ...................................................................................... 290
6. Vitimologia Forense ................................................................................................. 290
7. Reconstrução do Crime ........................................................................................... 291
8. Caracterização do Local do Crime .......................................................................... 291
9. Determinação das Características do Agressor ......................................................... 292
10. :\NLZ[LZ0U]LZ[PNH[P]HZ .......................................................................................... 292
11. *VUJS\ZLZ:\TmYPHZ ............................................................................................... 292

CONCLUSÃO ................................................................................................................................. 293

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................... 295


15

ÍNDICE DE FIGURAS
E QUADROS
Figura 2.1. Holmes & Holmes (1996) ................................................................................................ 51
Figura 3.1. Theodore Robert Cowell (1946–1989) ............................................................................. 67
Figura 3.2. Arthur Shawcross (1945-2008) ........................................................................................ 68
Figura 3.3. Local do Crime Desorganizado ....................................................................................... 71
Figura 3.4. Local do Crime Organizado ............................................................................................ 71
Figura 3.5. Douglas & Burgess (1986) ............................................................................................... 72
Figura 3.6. Exemplos de imagens utilizadas no teste de Rorscharch .................................................. 74
Figura 3.7. Modelos Comportamentais da Teoria do Círculo (Turvey, 2009) ...................................... 83
Figura 3.8. Imagem produzida pelo software RIGEL .......................................................................... 85
Figura 4.1. Carta escrita por Arthur Shawcross, homicida em série americano, portador da sín-
drome XYY. ................................................................................................................... 109
Figura 4.2. 9LWYLZLU[HsqVKHZKPTLUZLZKLL]P[HTLU[VKVWLYPNVLKLWYVJ\YHKHUV]PKHKL
(Hansenne, 2003). ......................................................................................................... 114
Figura 4.3. As três maneira de viver, pensar e comportar-se de acordo com a teoria de Karen
Horney (Hansenne, 2003) ............................................................................................. 117
Figura 4.4. Traços da Personalidade Associados à Criminalidade (Palermo & Kocsis, 2004)............. 135
Figura 4.5. Esquema da Etiologia Multifactorial da Conduta Criminal ............................................. 145
Figura 5.1. Pirâmide das Necessidades de Maslow ......................................................................... 154
Figura 5.2. -HJ[VYLZ*H\ZHPZ:PNUPÄJH[P]VZUV,Z[\KVKV*VTWVY[HTLU[V/VTPJPKH@HY]PZ  . 160
Figura 5.3. Modelo Motivacional para o Homicídio Sexual (A.W. Burgess, C.R. Hartman, R.K.
Ressler, et al., 1986) ...................................................................................................... 166
Figura 7.1. Instrumentos de Recolha de Vestígios Forenses .............................................................. 211
Figura 7.2. Local do Crime Primário Devidamente Assinalado para Análise e Caracterização ......... 227
Figura 7.3. Parâmetros de caracterização do local do crime por ordem de registo de acordo com
Turvey (2013) ................................................................................................................ 228
Figura 8.1. Retirado de Kocsis (2010) *YPTPUHS7YVÄSPUN!WYPUJPWSLZHUKWYHJ[PJL ............................. 254
Para o Manuel Simas que me abriu as portas deste mundo novo,
para o Brent Turvey que me convidou a entrar nele
e para todos os alunos e colegas que, pela sua curiosidade e entusiasmo,
me incentivam a explorá-lo.
19

PREFÁCIO
PROFESSIONAL OBLIGATIONS OF THE CRIMINAL PROFILER
)`)YLU[;\Y]L`

+LZWP[L[OLKLKPJH[LK^VYRVMZVTLJYPTPUHSWYVÄSPUNJVU[PU\LZ[VZ\MMLYTVZ[MYVT[OLLMMVY[ZVM[OVZL
who understand it least. In capable hands, it is a valuable tool for not only investigating crime, but also
for understanding how and why it was committed. It can break any offense or series of related offenses
KV^UPU[VKPNLZ[PISLTVK\SLZ![OL]PJ[PT[OLJYPTLZJLUL[OLL]PKLUJLHUK[OLVMMLUKLY;OLSLZZVUZ
learned from subsequent analysis can have equal utility from the classroom to the courtroom, educating
criminologists, investigators, agents of the court, and jurors alike. The dangers come, and errors are
THKL^OLUHU`WYVÄSPUN[LJOUPX\LPZ\ZLKI`[OLIPHZLK[OLPTWYVWLYS`LK\JH[LKVYZPTWS`^P[OV\[
humility for inherent limitations. It fair to say that these circumstances are often found in collaboration.
;OLYL HYL H U\TILY VM WYVÄSPUN [LJOUPX\LZ \ZLK I` YLZLHYJOLYZ PU]LZ[PNH[VYZ HUK MVYLUZPJ L_H-
TPULYZHSSV]LY[OL^VYSK/V^L]LYP[^V\SKILHTPZ[HRL[VJVUÅH[LHU`VM[OLTHZ[OL`HYLLHJO
quite different with respect to their assumptions, requirements, and utility. Some are easy to understand
and require no education or training to understand and apply; others are complex, and should not be
H[[LTW[LK SL[ HSVUL HWWSPLK ^P[OV\[ Z\MÄJPLU[ L_HTPULY LK\JH[PVU [YHPUPUN HUK L_WLYPLUJL :VTL
are intended for research purposes; others have been developed purely for investigative purposes; and
few should be offered as evidence in court without careful disclaimers from those who understand the
ZJPLU[PÄJSPTP[Z0[PZ[OLÄYZ[K\[`VMHU`JYPTPUHSWYVÄSLY[V\UKLYZ[HUK[OLZL]HYPHISLTL[OVKZ[OLPY
limits, and how that relates to utility – some of which is explained in this work.
<WVU[OLKL]LSVWTLU[VMHIYVHK\UKLYZ[HUKPUNVM[OL]HYPLKJYPTPUHSWYVÄSPUN[LJOUPX\LZMV\UK
in the literature, the ethical practitioner has a further professional obligation to use only those methods
^P[O KLTVUZ[YHISL LMÄJHJ`;OH[ PZ [V ZH` [OL` T\Z[ LTWSV` VUS` [OVZL TL[OVKZ RUV^U [V WYVK\JL
valid, reliable, and useful results. If a particular methodology has been shown to lack reliability, to
promote bias, or to lend itself to abuse, then there exists the duty to make note and dispose of it. Un-
fortunately, many in the community are taught only a particular method, developing an emotional
attachment to both it and their instructors. Moreover, many have been taught by those who themselves
have only a limited grasp of what are actually multivaried psychological and behavioral constructs. This
OHZJYLH[LKTHU`\UPUMVYTLKKVNTH[PJHUKT`VWPJZ[\KLU[ZVMWYVÄSPUN*VTWL[LU[JYPTPUHSWYVÄSPUN
requires comprehensive understanding and adherence to competent technique – not blind acceptance
HUKSV`HS[`[V[OLWYVÄSPUNPKLVSVNPLZVMHWHY[PJ\SHYPUZ[Y\J[VYVYHNLUJ`*VTWL[LUJLP[T\Z[ILYL-
membered, invites inquiry and requires criticism.
20 PROFILING CRIMINAL

/H]PUN KL]LSVWLK H JVTWYLOLUZP]L \UKLYZ[HUKPUN VM JYPTPUHS WYVÄSPUN [LJOUPX\LZ HUK M\Y[OLY
HNYLLPUN [V \ZL VUS` [OVZL ^P[O KLTVUZ[YHISL LMÄJHJ` [OL JYPTPUHS WYVÄSLY OHZ HU VISPNH[PVU [V IL
OVULZ[^P[OV[OLYZYLNHYKPUN[OLZLJOVPJLZ0[PZUV[LUV\NO[VYLMYHPUMYVT\ZPUNÅH^LKTL[OVKVSVN`"
[OLL[OPJHSWYVMLZZPVUHSOHZHYLZWVUZPIPSP[`[VTHRLJSLHYHUKKLSPULH[LÅH^LKTL[OVKVSVN`^OLUP[PZ
WYHJ[PJLKI`V[OLYZ0U[OPZ^H`[OLJYPTPUHSWYVÄSLYHJRUV^SLKNLZHUKZLY]LZHK\[`[V[OLWYVMLZZPVU
and to those who would employ its services.
>OPJOL]LYTL[OVKPZILPUN\ZLK[OLJYPTPUHSWYVÄSLYHSZVOHZHJVYYLZWVUKPUNVISPNH[PVU[V\U-
derstand the knowledge, skills, and abilities required by that methodology. Certainly those who employ
[OLWYVÄSLYHUKHU`V[OLYLUK\ZLYZPU[OLJYPTPUHSQ\Z[PJLZ`Z[LTTH`SLHW[V[OLHZZ\TW[PVU[OH[[OPZPZ
case. In other words, behavioral analysis requires education and training in the behavioral sciences; cri-
me reconstruction requires education and training in physical evidence and the forensic sciences; and
statistical analysis requires an understanding of the proper rendering and application of probabilities
HUKZ[H[PZ[PJZ-VYL_HTWSLP[»ZHZ\YWYPZLMVYTVZ[[VSLHYUOV^THU`WYVÄSLYZHYLLUNHNLKPU[OLWYVMLZ-
sion and claiming expertise without actually having any formal education at all, let alone a behavioral
ZJPLUJLIHJRNYV\UKVMZVTLRPUK;OLPYVWPUPVUZHUKHK]PJL[LUK[VYLÅLJ[[OPZPNUVYHUJL[OV\NO[OLPY
HNLUJ`HMÄSPH[PVUZJHUTHRLP[KPMÄJ\S[MVYZVTL[VIYPUNH[[LU[PVU[VP[0UHU`L]LU[\ZPUNHWYVÄSPUN
method without understanding its needs and subsequently developing related formal education and
training is not just dangerous, it is inevitably malpractice.
;OLW\YWVZLVM[OPZ[L_[PZ[VOLSWPU[OPZYLNHYK![VWYV]PKLZ[\KLU[Z^P[OHIYVHK\UKLYZ[HUKPUNVM
the techniques that are currently in use, and to help any of the concerned professional communities
PU[OLPYL]HS\H[PVUVM[OLÄ[ULZZVM[OVZL[LJOUPX\LZ<S[PTH[LS`[OLNVHSPZ[VTV]LJYPTPUHSWYVÄSPUN
[V^HYKZTVYLWYVMLZZPVUHSHUKZJPLU[PÄJWYHJ[PJLHUK[OH[JHUVUS`OHWWLU^OLU[OVZLTL[OVKZSH-
JRPUNZV\UKULZZHUK\[PSP[`HYLPKLU[PÄLKHUKTHUHNLKHWWYVWYPH[LS`0[PZT`NYLH[LZ[OVWL[OH[[OVZL
reading this work will be mindful of these professional obligations, and that they will tend to them
always in their casework.
21

NOTA INTRODUTÓRIA
“Teorizar sobre um evento antes de ter dados traduz-se num erro crasso.
Quando assim é distorcem-se levianamente os fatos para corresponderem às teorias,
em vez das teorias corresponderem aos fatos.”

:OLYSVJR/VSTLZ1

O 7YVÄSPUN Criminal é uma metodologia investigativa da Criminologia Aplicada que pode ser usada de
forma mais ampla, por exemplo, na análise do crime e no processo penal, assumindo assim o crimi-
nólogo a função de perito forense2 (Stout, Yates e Williams, 2008). Enquanto perito forense, o WYVÄSLY
criminal realiza uma análise rigorosa e cética em relação a todo um conjunto de provas, comparando
exaustivamente os fatos de um caso e as circunstâncias de cada prova. Uma análise rigorosa da prova,
por si só, como também, no contexto de outras provas, pode reforçar ou refutar elementos de uma
ocorrência tal como pode revelar-se inconclusiva. Cabe ao WYVÄSLY revelar indícios de culpabilidade
HZZPTJVTVL_WVYPTWYLJPZLZLPUJVUZPZ[vUJPHZUHPU]LZ[PNHsqVKL\TJYPTL(PUZ^VY[O";\Y]L`
2013). A objetividade é essencial e central no seu trabalho e exige uma abordagem desapaixonada e
pragmática (Chisum e Turvey, 2007).
O WYVÄSLY criminal, na qualidade de perito forense, é um técnico da Criminologia cuja formação
KL]LYLÅL[PY\TJVUOLJPTLU[VHWYVM\UKHKVUVJVU[L_[VKHZ*PvUJPHZ:VJPHPZL*VTWVY[HTLU[HPZILT
JVTVKHZ*PvUJPHZ-VYLUZLZ,_PNLZLHPUKH\THL_WLYPvUJPHWYVÄZZPVUHSYLSL]HU[LHVL_LYJxJPVKH
análise comportamental e interpretação de provas forenses.
O 7YVÄSPUNCriminal ou a análise comportamental em contexto investigativo procura interpretar as
pistas comportamentais relacionadas com uma determinada ocorrência delitiva, quer sejam de cariz
social, biológico ou psicológico. A triangulação destas pistas é a fundamentação que permite a constru-
sqVKL\TWLYÄSHWYV_PTHKVKVHNYLZZVYLVKLZLU]VS]PTLU[VKLWPZ[HZWHYHKPYLJPVUHYHPU]LZ[PNHsqV
criminal.
No estudo do crime ou do sujeito criminoso, e especialmente numa abordagem investigativa como
é, por excelência, a do 7YVÄSPUN*YPTPUHSKL]LTZLYJVUZPKLYHKVZVZZLN\PU[LZHZWL[VZ!

1 Sherlock Holmest\TWLYZVUHNLTÄJJPVUHSKHSP[LYH[\YHIYP[oUPJHJYPHKVWLSVTtKPJVLLZJYP[VY:PY(Y[O\Y*V-
nan Doyle[]/VSTLZt\TPU]LZ[PNHKVYJYPTPUHSKVÄUHSKVZtJ\SV?0?LX\LHWHYLJLWLSHWYPTLPYH]LaUVYVTHUJL
<T,Z[\KVH=LYTLSOV editado e publicado originalmente pela revista )LL[VU»Z*OYPZ[THZ(UU\HS, em Novembro
de 1887[]:OLYSVJR/VSTLZÄJV\MHTVZVWVY\[PSPaHYVTt[VKVJPLU[xÄJVLHS}NPJHKLK\[P]HUHZZ\HZPU]LZ[PNHsLZ
criminais.
2 O termo WLYP[VMVYLUZL é utilizado relativamente a pessoas especializadas que intervêm nas diversas fases dos
processos, civis e criminais, em tribunal. Um perito forense refere-se a um indivíduo frequentemente requisitado
WHYH[LZ[LT\UOHYLT[YPI\UHSWVYZLYTHPZJVTWL[LU[LZVIYLTH[tYPHZLZWLJxÄJHZLZVIYLJLY[VZJVU[L_[VZKVX\LV
Tribunal, ou, porque reúne competências e conhecimentos sobre uma questão de cariz técnico fora do domínio do
tribunal (Van Der Hoven, 2006).
22 PROFILING CRIMINAL

P A personalidade do agressor;


PP 6ZPNUPÄJHKVKVH[V"
PPP O recetor/vítima do ato;
P] O contexto do ato.

O Homem congrega elementos biológicos, psicológicos e sociais do meio que o rodeia, encontrando-
-se todos estes interligados como um sistema. A aprendizagem social das normas e valores sociais in-
Å\LUJPHTVJVTWVY[HTLU[VKV/VTLTUHZ\HMVYTHKLLZ[HYLKLHNPY(J\S[\YHLVLZWHsVMxZPJV
PUÅ\LUJPHT [VKVZ VZ PUKP]xK\VZ ZVIYL[\KV HX\LSLZ X\L ZL LUJVU[YHT LT JVU[L_[VZ KPMLYLU[LZ KVZ
habituais. Os elementos biológicos, os traços físicos e a hereditariedade tornam o Homem um ser in-
dividual com particularidades muito próprias, enquanto o meio envolvente e a cultura, cognitivamente
TLKPHKVZPUÅ\LUJPHTVKLZLU]VS]PTLU[VKL[VKV\TTVKVKL]P]LYLKLLU[LUKLYVT\UKV
Desde que nascemos emaranhamo-nos num conjunto de variáveis que não param de atuar/intera-
NPYPUÅ\LUJPHYHUVZZHL_PZ[vUJPHH[tHVTVTLU[VKHUVZZHTVY[L0Z[Vt]LYKHKLWHYH[VKVZVZZLYLZ
humanos sejam eles criminosos, vítimas ou meros observadores e analistas. O Homem não existe num
vácuo existencial. Qualquer análise comportamental que não comporte esta premissa corre o risco de
apresentar sérias lacunas.
O crime e a conduta desviante só podem ser entendidos numa esfera multidimensional porque
apenas dessa forma é possível integrar a complexidade da natureza humana, assim como os fatores que
condicionam e/ou motivam o Homem.
É ainda de salientar que os pressupostos teóricos das diversas abordagens no WYVÄSPUN Criminal
podem e devem ser aplicadas para além do contexto da investigação criminal, tendo utilidade sobre-
tudo na elaboração de pareceres preliminares ou pré-sentenciais e em análises da prova. No contexto
académico, e associado à pesquisa criminológica, pode indicar tendências, expor fenómenos e sugerir
novos caminhos para a compreensão, prevenção e combate ao crime. No contexto judicial, pode ofe-
YLJLYPU[LYWYL[HsLZWLYPJPHPZKHZWYV]HZLM\UJPVUHYJVTV\TPTWVY[HU[LZ\WVY[LWHYHVKLJVYYLYKV
processo judicial.
6\[YHZHWSPJHsLZKLZ[H[tJUPJHKLHUmSPZLJVTWVY[HTLU[HSWVKLTPUJS\PYKLZLU]VS]LY[tJUPJHZKL
entrevista de suspeitos, de testemunhas e de vítimas, e encontrar estratégias para casos de sequestro e
para negociação de reféns.
7YL[LUKLTVZJVTLZ[HTVKLZ[HVIYHWLYTP[PYHVZWYVÄZZPVUHPZKHZ*PvUJPHZ:VJPHPZ*VTWVY[HTLU-
tais e Forenses uma compreensão global da pertinência e da utilidade do 7YVÄSPUN Criminal enquanto
técnica de investigação criminal elencando para isso as metodologias subjacentes, os principais qua-
dros de referência para a interpretação de vestígios e para a elaboração de pareceres e relatórios no
JVU[L_[VKH*YPTPUVSVNPH-VYLUZLLHZL[HWHZJOH]LKVWYVJLZZVKLJVUZ[Y\sqVKL\TWLYÄSJYPTPUHS
É ainda de referir que este livro representa uma compilação, sintetizada e organizada em português,
da informação disponível sobre 7YVÄSPUN Criminal a partir das obras, conceitos e tipologias de autores
de referência neste domínio, nomeadamente, Brent E. Turvey, David Canter, Douglas Ressler, Kim Ros-
smo, Richard Kocsis e Nicholas Groth, Holmes & Holmes, entre muitos outros.
Infelizmente, o 7YVÄSPUN Criminal representa, ainda, um universo bastante reduzido de autores e de
WYVÄZZPVUHPZWLSVX\LLZ[LSP]YVYLÅL[LVZHILYVZJVUJLP[VZLVZ[LYTVZ[tJUPJVZQmPU[LNYHKVZUVSt_PJV
da investigação criminal. No que toca ao tema do WYVÄSPUN criminal é impossível “inventar a roda”, po-
KLTVZHWLUHZKPNLYPYYLÅL[PYLVMLYLJLYUV]HZZPZ[LTH[PaHsLZKVJVUOLJPTLU[VQmL_PZ[LU[LLWYVJ\YHY
adaptá-las à nossa realidade social e cultural.
NOTA INTRODUTÓRIA 23

A estrutura desta segunda edição inclui dois novos capítulos, nomeadamente o Capítulo 1 da au-
[VYPHKV7YVM)YLU[;\Y]L`LV*HWx[\SV ZVIYLHLSHIVYHsqVKVWLYÄSJYPTPUHSWYVWYPHTLU[LKP[ViKL
YLMLYPYX\LMVP\THVWsqVJVUZJPLU[LUqV[YHK\aPYHZPU[LY]LUsLZKV7YVM;\Y]L`WVYKVPZTV[P]VZ7VY
um lado, quisemos preservar os conteúdos do nosso ilustre colaborador porque o seu estilo discursivo
é, ao bom género americano, direto, descomplicado e inciso e, como tal, relativamente fácil de com-
preender. Por outro lado, acreditamos que as advertências bem como as exigências importantíssimas
que faz nos seus textos têm um valor e um impacto próprio na língua original e que poderiam perder
força passando pela tradução.
5LZ[H LKPsqV[HTItT YLVYNHUPamTVZ HVYKLTKVZJHWx[\SVZWYVJ\YHUKVX\LLZ[HYLÅL[PZZLHZ\-
cessão de momentos do próprio processo investigativo. Assim, procuramos (P) delinear e fundamentar
a técnica do 7YVÄSPUNLZJSHYLJLYHZ\H\[PSPKHKLLHZZ\HZSPTP[HsLZLUX\HU[V[tJUPJHPU]LZ[PNH[P]HKH
*YPTPUVSVNPH-VYLUZLLHPUKHJPYJ\UZJYL]LYVZWHYoTL[YVZKLH[\HsqVWHYHLZ[LZWYVÄZZPVUHPZ7YL[LU-
demos (PP) descrever as diferentes abordagens atuais, esclarecendo o leitor de que, porventura, algumas
técnicas serão mais propícias do que outras em função do contexto do crime, mas também em função
KVVIQL[P]VX\LZLWYL[LUKLPKLU[PÄJHYVHNYLZZVYLU[YL]PZ[HYZ\ZWLP[VZLU[YL]PZ[HYVHNYLZZVYYLVYPLU-
[HYHPU]LZ[PNHsqVULNVJPHYZP[\HsLZLTX\LL_PZ[LTYLMtUZLZ[\KVKVJYPTLPU[LYWYL[HsqVKHZWYV]HZ
durante o processo penal). (PPP) Revisitamos o modelo biopsicossocial da conduta criminosa como ma-
triz da análise comportamental e exploramos os contornos da (P]) motivação humana, nomeadamente
no processo de passagem ao ato e no contexto da investigação criminal. Em seguida aprofundamos
os elementos fundamentais da construção de um parecer utilizando a técnica de 7YVÄSPUN Criminal
seguindo uma ordem sequencial, isto é, a (]) vitimologia forense, a (]P) análise do local do crime, e (]PP)
VJYPTLLTZtYPL7VYÄT]PPPWYVWVTVZVZLSLTLU[VZJOH]LWHYHHLSHIVYHsqVKL\TWLYÄSJYPTPUHS
JSHYPÄJHUKVX\HPZVZMH[VYLZKLHUmSPZLJVTYLSL]oUJPHPU]LZ[PNH[P]HLKPZJYPTPUHUKVHZL[HWHZKLHUm-
SPZLLKLYLKHsqVKVWLYÄS
Não é nossa intenção formar WYVÄSLYZ ou analistas comportamentais, mas antes informar estudantes
LWYVÄZZPVUHPZKH*YPTPUVSVNPHLKLmYLHZHÄUZZVIYLH[tJUPJHKL7YVÄSPUN numa ótica de conscien-
cialização do potencial desta abordagem na investigação e no estudo do crime. Teremos concretizado
a nossa missão se o leitor adquirir novas competências de observação da conduta humana, integrar
alguns conceitos chave da psicologia e da análise comportamental e desenvolver a capacidade para
pensar de forma analítica mediante um contexto de investigação criminal valendo-se dos pressupostos
fundamentais do 7YVÄSPUN Criminal.
Deixamos este contributo na esperança de que possa servir como ponto de partida para aqueles
X\LZLWYVWLTKLZLU]VS]LYWYVQL[VZKLPU]LZ[PNHsqVHJHKtTPJHKLZLU]VS]LYLL_WHUKPYHZ[LTm[PJHZ
do 7YVÄSPUN, ou ainda, desenvolver modelos de avaliação desta forma de análise comportamental, bem
como da sua implementação e integração nas metodologias investigativas já existentes.

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