Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
sumário
UNIDADE 1 – ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DA CONTROLADORIA .............................. 1
VII
UNIDADE 2 – A CONTROLADORIA NO PROCESSO DE GESTÃO DAS EMPRESAS ....... 67
VIII
RESUMO DO TÓPICO 4........................................................................................................................ 218
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 220
IX
UNIDADE 1
ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DA
CONTROLADORIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Esta unidade tem por objetivos:
• compreender a controladoria vista como uma área formal dentro das or-
ganizações e como ela materializa os conceitos científcos através das fun-
ções empresariais;
• entender como as funções se tornam reais nas organizações com o uso dos
artefatos (ferramentas) da controladoria.
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No primeiro você encontrará
os aspectos históricos que deram origem à controladoria e sua evolução até
os dias atuais. No segundo tópico serão abordadas as questões conceituais
da controladoria sob a ótica daciência. No terceiro tópico serão abordados
os aspectos das funções da controladoria e sua relação com as áreas de
conhecimento. No quarto tópico será vista a controladoria sob a ótica
empresarial, vislumbrando sua forma de materialização nas organizações
enquanto órgão administrativo. Em cada tópico você encontrará atividades
que o(a) ajudarão a compreender os conteúdos apresentados.
1
UNIDADE 1 TÓPICO 1
ASPECTOS HISTÓRICOS DA
CONTROLADORIA
1 INTRODUÇÃO
Controlar é algo inerente em qualquer situação que possamos imaginar.
Seria possível imaginar alguma forma de organização sem o controle? De forma
lúdica, imagine você dirigindo um veículo em determinada autopista! A atividade
de controle está presente quando você acompanha nos instrumentos do painel de
seu veículo, por exemplo: (i) velocidade constante, (ii) nível de combustível, (iii)
temperatura do motor, (iv), distância percorrida etc.
4
TÓPICO 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS DA CONTROLADORIA
5
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DA CONTROLADORIA
6
TÓPICO 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS DA CONTROLADORIA
ATENCAO
Atkinson et al. (2000, p. 38) afrmam que, “durante o século XIX, os sistemas
contábeis das empresas foram desenhados para atender às tomadas de decisões
e às necessidades de controle dos administradores”. Atkinson et al. (2000, p. 39)
também abordam que:
7
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DA CONTROLADORIA
8
TÓPICO 1 | ASPECTOS HISTÓRICOS DA CONTROLADORIA
9
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você estudou:
10
AUTOATIVIDADE
12
UNIDADE 1 TÓPICO 2
ESTRUTURA CONCEITUAL DA
CONTROLADORIA
1 INTRODUÇÃO
No tópico anterior relatou-se como a controladoria evoluiu ao longo dos
tempos. Apesar de a controladoria moderna de hoje atender ao modelo de gestão
das organizações com relação às necessidades de informações para tomada de
decisão, a literatura tem sido muito divergente quanto ao aspecto de sua utilização
na prática.
ATENCAO
13
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DA CONTROLADORIA
14
TÓPICO 2 | ESTRUTURA CONCEITUAL DA CONTROLADORIA
TE
IMPORTAN
15
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DA CONTROLADORIA
16
TÓPICO 2 | ESTRUTURA CONCEITUAL DA CONTROLADORIA
AUTORES DEFINIÇÃO
Almeida et al. (in Apoiada na teoria da contabilidade e numa visão
CATELLI, 2001, p. 344) multidisciplinar, é responsável pelo estabelecimento das
bases teóricas e conceituais necessárias para a modelagem,
construção e manutenção de sistemas de informação e
modelo de gestão econômica, que supram adequadamente
as necessidades informativas dos gestores e os induzam
durante o processo de gestão, quando requerido, a tomarem
decisões ótimas.
Garcia (2003, p. 67-68) Apoia-se na teoria da contabilidade, sendo suportada por
várias disciplinas, com o objetivo de estabelecer toda base
conceitual de sua atuação, contribuindo para o processo de
gestão da organização. É responsável pela base conceitual
que permite a sua aplicabilidade nas organizações.
Mosimann e Fisch Corpo de doutrinas e conhecimentos relativos à gestão
(1999, p. 88) econômica.
Mosimann e Fisch Conjunto de princípios, procedimentos e métodos oriundos
(1999, p. 99) das ciências de Administração, Economia, Psicologia,
Estatística e, principalmente, da Contabilidade, que se ocupa
da gestão econômica das empresas, com a fnalidade de
orientá-las para a efcácia.
Pereira (1991, p. 51) Conjunto organizado de conhecimentos que possibilita o
exercício do controle de uma entidade, a identifcação de
suas metas e dos caminhos econômicos a serem seguidos
para atingi-los.
FONTE: Borinelli (2006, p. 102)
FUTUSRO
ESTUDOS
TE
IMPORTAN
18
TÓPICO 2 | ESTRUTURA CONCEITUAL DA CONTROLADORIA
Outras ciências também podem ter o mesmo objeto, como, por exemplo,
o Direito estuda o patrimônio, mas com enfoque nas relações jurídicas da
propriedade. Já a Administração estuda o patrimônio das organizações com
enfoque na maximização da sua riqueza pelo uso efciente dos recursos.
19
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DA CONTROLADORIA
TE
IMPORTAN
FUTUSRO
ESTUDOS
20
TÓPICO 2 | ESTRUTURA CONCEITUAL DA CONTROLADORIA
21
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DA CONTROLADORIA
5 SUBDIVISÕES DA CONTROLADORIA
Para que Borinelli (2006, p. 121) pudesse explicar como a controladoria, em
sua forma abstrata, passa a se tornar visível no contexto organizacional, precisou
pesquisar suas ramifcações ou subdivisões, concluindo desta forma que poderia
ser: “(i) Quanto à natureza da organização em que se aplica e (ii) Quanto à área
de efcácia dentro da organização em que se aplica”.
22
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico você pôde compreender:
• A controladoria tem como seu objeto o estudo das organizações, com enfoque
em todo o modelo de gestão organizacional.
• Também necessita interagir com outras áreas de conhecimento para que possa
atingir seus objetivos de efcácia e efciência do processo de gestão. Dentre
algumas ciências, podemos relatar contabilidade, administração, economia,
direito, estatística, matemática, psicologia e sociologia.
ESTRUTURA FUNCIONAL DA
CONTROLADORIA
1 INTRODUÇÃO
A revolução tecnológica iniciada há apenas algumas décadas,
principalmente a tecnologia relativa à Tecnologia da Informação e Comunicação,
normalmente chamada de TIC, sem sombra de dúvida retirou as empresas da
zona de conforto em seus ambientes de negócios. As empresas perceberam que
seu ambiente estava a cada momento mais competitivo e, para sua sobrevivência
e crescimento econômico, precisaram desenvolver mecanismos de controle que
pudessem aferir a efcácia e efciência de seus processos.
TE
IMPORTAN
27
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DA CONTROLADORIA
FUTUSRO
ESTUDOS
Aliás, sobre esta visão sistêmica, o assunto será tratado na Unidade 2 deste
caderno.
28
TÓPICO 3 | ESTRUTURA FUNCIONAL DA CONTROLADORIA
NOTA
Atividade refere-se à execução de uma ação que é realizada por uma área
organizacional com um objetivo defnido, enquanto a função refere-se a um conjunto de
atividades que tenham um objetivo comum.
29
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DA CONTROLADORIA
Neste contexto, podemos inferir que as atividades (i, ii e iii) têm relação
com a função de compras e, portanto, devem ser agregadas ao processo de
compras, independente dos setores em que foram executadas. As atividades (iv
e v) têm relação com a função fnanceira e, portanto, devem ser agregadas ao
processo de fnanças.
FUTUSRO
ESTUDOS
31
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DA CONTROLADORIA
NOTA
Neste contexto, a controladoria assumiu esta função, que passou a ter uma
preocupação relevante para investidores e governos, por garantir uma razoável
efciência dos controles internos.
32
TÓPICO 3 | ESTRUTURA FUNCIONAL DA CONTROLADORIA
33
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DA CONTROLADORIA
Mas quem é esse tal controller? Qual sua linha de formação acadêmica?
Que habilidades e competências são requeridas por este profssional no exercício
das funções de controladoria?
35
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DA CONTROLADORIA
Alguns autores, dentre eles Oliveira (1998, p. 19) e Nakagawa (1994, p. 13),
enfatizam que “a controladoria é responsável por projetar, elaborar, implementar
e promover a manutenção do sistema integrado de informações das empresas”.
36
TÓPICO 3 | ESTRUTURA FUNCIONAL DA CONTROLADORIA
NOTA
37
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DA CONTROLADORIA
38
TÓPICO 3 | ESTRUTURA FUNCIONAL DA CONTROLADORIA
39
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DA CONTROLADORIA
40
TÓPICO 3 | ESTRUTURA FUNCIONAL DA CONTROLADORIA
FUTUSRO
ESTUDOS
41
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DA CONTROLADORIA
Para corroborar esta ideia, Atie (1998, p. 25) afrma que “A auditoria é
uma especialização contábil voltada a testar a efciência e efcácia do controle
patrimonial implantado com o objetivo de expressar uma opinião sobre
determinado dado”.
A esse respeito, Atie (1998, p.110) afrma que “[...] a auditoria interna
equivale a um trabalho organizado de revisão e apreciação dos controles internos,
normalmente executados por um departamento especializado, ao passo que o
controle interno se refere a procedimentos de organização adotados como planos
permanentes da empresa”.
42
TÓPICO 3 | ESTRUTURA FUNCIONAL DA CONTROLADORIA
43
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DA CONTROLADORIA
44
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico você estudou:
45
• A controladoria também difere da auditoria interna, pois apesar de apropriar-
se de atividades e métodos que são típicos de auditoria, a própria controladoria
deve ser auditada e, portanto, pode haver confitos de interesse, caso não
segregadas.
46
AUTOATIVIDADE
47
( ) O conhecimento sobre contabilidade e fnanças é sufciente para o controller
desempenhar suas funções.
( ) O controller ocupa uma função estratégica, como responsável pelo sistema
de informação e processo de gestão, apoiando os gestores na tomada de
decisão.
I- Perspicácia.
II- Persistência.
III- Comunicação.
IV- Proatividade.
V- Imparcialidade.
48
5 As habilidades, que compõem o perfl do profssional controller nas
organizações nos dias atuais, impõem necessidades para manter a empresa
em mercados altamente competitivos. Sobre as qualifcações do controller,
classifque V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
49
UNIDADE 1
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico será discutida a controladoria sob a ótica de um órgão
administrativo formalmente constituído dentro da empresa, que possibilitará
compreender como ela se faz acontecer dentro das organizações, enquanto uma
área organizacional com funções e atividades executadas por pessoas ocupando
cargos administrativos, gerenciando e coordenando as atividades da própria área
e auxiliando na gestão empresarial com o foco na efcácia dos resultados.
NOTA
É importante rever alguns pontos vistos até aqui. Veja que no Tópico 2
discutiram-se os aspectos conceituais, ou seja, O QUE É A CONTROLADORIA
enquanto ciência, e pôde-se compreender que em sua existência, como tal, possui
um objeto de estudo, se relacionando com outras áreas do conhecimento humano,
possuindo subdivisões claras quanto à natureza e efcácia dentro das organizações
e, sendo assim, foi possível determinar uma defnição de controladoria,
conforme sua base teórica. No Tópico 3 discutiu-se COMO FUNCIONA A
CONTROLADORIA, referente aos seus aspectos procedimentais, ou seja, as
funções típicas que devem ser de sua responsabilidade.
51
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DA CONTROLADORIA
52
TÓPICO 4 | ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA CONTROLADORIA
TE
IMPORTAN
Vale ressaltar que, nas organizações, a área de controladoria pode ser chamada de
várias formas. Por exemplo, pode-se encontrar denominações do tipo área de planejamento
e controle, contabilidade gerencial, controle, controle interno, entre outras.
53
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DA CONTROLADORIA
FUTUSRO
ESTUDOS
Peleias (2002, p. 16) explica que, considerando que uma empresa necessita
ser segmentada por áreas de responsabilidade “que possuam objetivos e
atividades distintos, coordenados de forma lógica, ordenada e racional para que
a missão da organização seja cumprida, é possível e desejável defnir a missão
de cada uma de suas várias áreas”. Neste ponto é importante que exista uma
missão para a controladoria, cuja visão holística permita a busca dos resultados
esperados.
54
TÓPICO 4 | ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA CONTROLADORIA
55
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DA CONTROLADORIA
56
TÓPICO 4 | ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA CONTROLADORIA
NOTA
Stakeholders são todas as partes interessadas que devem estar de acordo com
as práticas de governança corporativa executadas pela empresa. São elas: os empregados,
clientes, fornecedores, credores, governos, entre outros, além dos acionistas. Fonte: Instituto
Brasileiro de Gestão Corporativa.
FONTE: Disponível em: <http://www.ibgc.org.br/PerguntasFrequentes.aspx>. Acesso em: 29
out. 2011.
PRESIDENTE
DIRETOR DE DIRETOR DE
DIRETOR
RECURSOS DIRETOR .....
FINANCEIRO PRODUÇÃO
HUMANOS
CONTROLLER
FONTE: O autor
57
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DA CONTROLADORIA
PRESIDENTE
CONTROLLER
DIRETOR DIRETOR DE
DIRETOR DE
FINANCEIRO RECURSOS DIRETOR .....
PRODUÇÃO
HUMANOS
FONTE: O autor
58
TÓPICO 4 | ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA CONTROLADORIA
Padoveze (2003) e Oliveira, Perez Jr. e Silva (2002) apontam que a estrutura
da controladoria apresenta-se em dois grandes segmentos: (i) planejamento
e controle e (ii) escrituração contábil e fscal. A primeira demanda as funções
e atividades relativas ao processo de gestão das empresas, como orçamento,
projeções, simulações, análise de custos, contabilidade, planejamento tributário,
desempenho dos centros de responsabilidades. A segunda demanda as funções
e atividades referentes à escrituração contábil e fscal, relatórios e publicações
legais com fns fscais e societários.
59
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DA CONTROLADORIA
FONTE: Adaptado de Padoveze (2003, p. 37), Oliveira, Perez Jr. e Silva (2002, p. 16) e Borinelli
(2006, p. 222).
60
TÓPICO 4 | ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA CONTROLADORIA
LEITURA COMPLEMENTAR
Claudio Raza
61
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DA CONTROLADORIA
62
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico você compreendeu:
• A sua posição estratégica para a organização não permite que sua posição
hierárquica crie dependência e subordinação de áreas que deverá controlar.
Tem-se que a confguração ideal de posicionamento na estrutura organizacional
para a controladoria seria em staf respondendo diretamente ao presidente da
empresa.
63
AUTOATIVIDADE
64
A missão pode ser então compreendida como a razão da existência da
empresa em seu negócio ou da atividade em seu processo. Agora, partindo
desse pressuposto, em relação à missão da controladoria, classifque V para
as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
a) ( ) F - F - F - V.
b) ( ) V - V - F - F.
c) ( ) F - V - V - F.
d) ( ) V - F - F - V.
65
5 Complete as lacunas das sentenças a seguir:
66
UNIDADE 2
A CONTROLADORIA NO PROCESSO
DE GESTÃO DAS EMPRESAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você será capaz de:
67
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No primeiro, você encontrará
os conceitos relacionados ao enfoque sistêmico e a dinâmica do sistema-em-
presa com seus principais subsistemas e seus inter-relacionamentos. Ainda
em relação ao sistema-empresa, serão abordadas as questões do modelo de
gestão das empresas e os aspectos funcionais do processo de gestão referen-
te às atividades de planejamento, com ênfase no planejamento estratégico,
bem como a execução e controle e sua relação com o fuxo orçamentário. No
Tópico 2 será abordado o sistema de controle interno e seus modelos de ef-
cácia de controles organizacionais. No Tópico 3 será abordado o sistema de
informações e sua importância no contexto da controladoria como elemento
gerador de informação. No Tópico 4 serão abordados os aspectos relacio-
nados aos controles e princípios de governança corporativa, bem como os
conceitos de accountability e a infuência da teoria da agência nos controles
organizacionais.
68
UNIDADE 2 TÓPICO 1
ENFOQUE SISTÊMICO E O
SISTEMA-EMPRESA
1 INTRODUÇÃO
Como foi estudada na unidade anterior, a controladoria tem por objeto de
estudo as organizações, ou seja, o modelo organizacional como um todo relativo
ao modelo de gestão, de decisão, de informação, de mensuração e o modelo de
identifcação e acumulação.
Pode-se entender de que a empresa não pode ser vista apenas como
áreas, pessoas e recursos que somados formam uma organização estática. Neste
contexto, é preciso considerar como um sistema, dividido em partes e cujas partes
interagem a todo o momento, cada uma cumprindo sua missão para que juntas
atinjam com efcácia o objetivo maior da organização como um todo.
69
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
ATENCAO
70
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
Voltando ao sistema carros e seus subsistemas, tem-se que cada parte está
interligada com a outra, e seu todo forma o carro cujo objetivo é comum a todos
os subsistemas, a locomoção. Para compreensão de como identifcar um sistema,
devem-se analisar suas características que basicamente são quatro: (I) elementos,
(II) relações entre elementos, (III) objetivo comum e (IV) meio-ambiente.
Elementos:
Motor, carroceria, elétrica, pneus etc.
Objetivo comum:
Locomoção
Meio ambiente:
Estrada, pessoas, ar etc.
FONTE: O autor
71
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
TE
IMPORTAN
O meio ambiente pode ser compreendido como o que está fora do sistema, ou
seja, não está sob do sistema. Contudo, a troca com o meio ambiente ocorre o tempo todo
e isto deixa claro que esta interação infuencia e pode ser infuenciado.
Desta forma, todo sistema capaz de interagir com seu ambiente denomina-
se sistema aberto, enquanto um sistema que não consegue interagir com seu
ambiente denomina-se sistema fechado. Por exemplo, “um relógio, que possui
vários sistemas (componentes), cujo objetivo é marcar o tempo independente do
que ocorra à sua volta, trata-se de um sistema fechado, pois não interage com seu
ambiente”. (FERNANDES, 2010, p. 18).
FONTE: O autor
SISTEMA-EMPRESA Elementos:
Setor de Compras, estoque, fnanceiro, venda.
Objetivo comum:
Satisfazer as necessidades dos clientes com um determinado
produto ou serviço, gerando lucratividade à empresa.
Meio ambiente:
Fornecedores, clientes, governo, mercado fnanceiro.
FONTE: O autor
73
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
Mosimann e Fisch (1999, p. 21) afrmam que “os sistemas abertos absorvem
‘inputs’, os quais são introduzidos no sistema, e, depois de transformados,
traduzem-se por ‘outputs’”. Conforme se observa os “inputs” se referem aos
recursos econômicos (materiais, humanos, tecnológicos, informação) que após
processados resultam nos produtos e serviços que são destinados ao mercado
consumidor.
74
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
FONTE: O autor
FIGURA 12 – EFICIÊNCIA
FONTE: O autor
75
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
76
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
77
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
4 OS SUBSISTEMAS DO SISTEMA-EMPRESA
Os aspectos relacionados ao estudo das organizações sob a ótica de
sistema consideram a empresa como um sistema-empresa inserido em um grande
sistema, que é identifcado como o seu ambiente de negócios.
79
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
Segundo Peleias (2002, p. 7), são seis subsistemas que formam o sistema-
empresa assim defnidos: “(I) Subsistema Institucional, (II) Subsistema de Gestão
(III) Subsistema de Organização, (IV) Subsistema Psicossociopolítico-Cultural,
(V) Subsistema de Produção, Físico-Operacional ou Físico e (VI) Subsistema de
Informação”, conforme ilustramos a seguir.
● Subsistema institucional
80
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
● Subsistema de gestão
81
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
82
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
83
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
● Subsistema psicossociopolítico-cultural
Como a empresa é formada por pessoas, deve existir uma sinergia que
faça uma inter-relação com os objetivos da empresa. Dentre as competências
humanas, a liderança e o conhecimento multidisciplinar permitem a tomada de
decisão e ainda a motivação que permite envolver as pessoas, em torno de um
objetivo comum. As competências técnicas impactam diretamente na qualidade
com que as decisões são tomadas e por consequência necessitam de capacitação
permanente.
84
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
85
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
● Subsistema de informação
86
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
TE
IMPORTAN
87
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
88
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
89
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
90
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
Por fm, a visão indica o que a empresa deseja em termos de futuro. Para a
controladoria, compreender e ter explícita a visão é como ligar um farol bem alto
e sinalizar o que a empresa deseja conquistar no futuro de médio a longo prazo,
e isto implica objetivos e metas que poderão ser avaliados pela controladoria
quanto à sua efcácia considerando as variáveis ambientais.
Depois das discussões em torno dos principais fatores que devem ser
explicitados, para que o controller consiga desenvolver suas atividades, que
conforme SCHMIDT (2002, p. 32) “servirá de fundamento para a modelagem
do processo decisório dos gestores. Uma vez idealizado o processo, é possível
a construção do plano de gestão integrado, que será consubstanciado no plano
estratégico, no plano de desenvolvimento operacional e fnanceiro para a
entidade”.
Por fm, a controladoria deve manter o controle das ações que foram
tomadas pelos gestores, implementando um processo de avaliação de desempenho
que possibilite checar a aderência e cumprimento a missão.
92
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
93
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
94
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
95
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
96
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
Agora que você aprendeu como a gestão ocorre dentro das organizações,
vamos detalhar o processo de gestão em suas fases de planejamento, execução e
controle.
5.2.1 Planejamento
Se você perguntar a várias pessoas de idade, religião, sexo e classe social
diferentes sobre o que seria planejamento, com certeza encontraria respostas
simples como “se preparar para o futuro ou concretizar um algo que deseja no
futuro” ou resposta mais complexas e técnicas. Na realidade, independente de
qual resposta, todas levam a um caminho ou conceito que seria prever situações
desejadas futuras antecipando ações no presente que levem à sua efcácia. Seria
lógico e muito racional imaginar que nada, absolutamente nada, se comporta
de maneira linear, assim sempre existe a probabilidade que ocorra algo de
inesperado, desviando-se do seu planejamento, contudo, ações corretivas podem
levá-lo novamente ao curso de seu planejamento.
97
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
Você já parou para pensar na sua vida acadêmica? O que você fará quando
se formar? O que você estará fazendo em termos acadêmicos daqui a 5 ou 10 anos?
Planejar é ter foco em um objetivo e saber o que quer, onde e quando chegar.
Padoveze (2003, p. 28) defne muito bem o conceito, fazendo uma ligação
entre o que se quer e o que se espera, dizendo que “Planejamento é a defnição de
um plano para ligar uma situação desejada com a situação atual”.
98
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
Variáveis de
Entrada (input) Processo Saída (output)
• Responsáveis pelo plano • Formulação de objetivo Planos
• Objetivos do plano • Constatação e análise do problema
• Diretrizes organizatórias • Busca de alternativas
• Informações sobre • Prognóstico e avaliação das
planejamento alternativas
• Ato decisório
FONTE: Lunkes; Schorrenberger (2009, p. 43)
99
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
FUTUSRO
ESTUDOS
100
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
101
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
102
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
ATENCAO
103
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
104
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
● NEGÓCIO
TE
IMPORTAN
Com certeza, você deve ter imaginado que a NIKE vende tênis. Pois bem,
a NIKE não vende calçados esportivos e sim a NIKE vende “ATITUDE”. Isso
mesmo, a ideia que a NIKE vende é de atitude como forma de lazer, moda e
principalmente “status”. A produção de calçados é 100% terceirizada e seu foco
é em desenvolvimento e marketing e com isso lança diariamente dois modelos de
tênis. (VANSCONCELOS FILHO; PAGNONCELLI, 2001).
TE
IMPORTAN
Se pensou dessa forma, ela seria uma excelente concorrente das empresas
de chocolate Nestlé, Garoto ou Lacta. Na realidade a Chocolates Copenhagen
está no negócio de “PRESENTES”. Surpreso! Com essa visão de negócio ela pode
praticar preços superiores e vende chocolates com belas embalagens em locais
estratégicos como shoppings. (VANSCONCELOS FILHO; PAGNONCELLI, 2001).
105
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
TE
IMPORTAN
Por incrível que pareça todas essas maravilhas foram inventadas pela
empresa “XEROX”. Isso mesmo! Mas tal façanha somente foi possível de
acontecer porque a XEROX não teve MIOPIA ESTRATÉGICA, pois, mesmo
sendo uma referência em fotocopiadoras, a visão estratégica de seus executivos a
defniram como uma empresa no negócio de “AUTOMAÇÃO DE ESCRITÓRIOS”.
(VANSCONCELOS FILHO; PAGNONCELLI, 2001).
106
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
● MISSÃO
107
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
● VISÃO
108
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
MISSÃO VISÃO
Inclui o negócio. É o que se sonha no negócio.
Indica a partida. Indica onde queremos chegar.
Identifca quem somos. Projeta quem desejamos ser.
Direciona a empresa. Cria sinergias na empresa.
Orientadora. Inspiradora.
Foco do presente para o futuro. Focalizado no futuro.
FONTE: Adaptado de: Vasconcelos Filho; Pagnoncelli (2001, p. 225)
● ANÁLISE DO AMBIENTE
109
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
Desta forma, toda empresa tem seu crescimento com criação de valor
agregado, sempre quando estabelece uma relação estruturada das suas transações
com outras entidades, para obter vantagens e máximo de recursos possíveis para
suprir as necessidades de seus públicos relevantes.
TE
IMPORTAN
Você deve ter muita atenção quando realizar a análise ambiental da empresa, pois
as oportunidades e ameaças, forças e fraquezas infuenciam diretamente no cumprimento
da missão.
110
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
111
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
TE
IMPORTAN
113
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
Perceba que nos tempos atuais ser ou ter uma videolocadora tornou
seu posicionamento muito questionável, pois possivelmente não conseguirá se
manter na sua cadeia de valor.
TE
IMPORTAN
Lembre-se de que ninguém pode ser competente em tudo! Existe algo que se
destaca. A controladoria deve perceber quais são as competências competitivas da empresa.
114
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
Neste exemplo, perceba que cada jogador de futebol teve seu momento de
sucesso ao longo de suas carreiras, contudo, cada um tinha características que os
diferenciavam em suas habilidades.
Numa empresa não pode ser diferente, existe uma qualidade ou habilidade
que se sobressai e, muitas vezes, está adormecida, imperceptível ao olhar de seus
gestores. Quando se identifcam várias habilidades pode ser um problema, pois
ainda não se descobriu sua verdadeira competência.
115
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
DICAS
116
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
Para explicar melhor o que o UNI quis dizer vamos ver um exemplo de
como isso pode acontecer!
● OBJETIVOS
● Ser desafadora e ao mesmo tempo viável: todo objetivo deve ser instigado,
torná-lo algo que o torne sempre desafador, porém quando se sabe que não
é possível cumpri-lo as pessoas se desmotivam desde o início. Muitas vezes,
a empresa confunde falta de comprometimento com objetivos inatingíveis, e
se esquecem de que seres humanos precisam de motivação para atingir seus
objetivos.
117
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
● Precisa ser mensurável: mensurar não se trata de um objetivo. Uma vez que
um objetivo tem um prazo determinado, sabe-se que é necessário mensurar
para identifcar a efcácia do objetivo naquele prazo determinado.
● Precisa ser coerente entre si: um objetivo precisa ser coerente com o fm a que
foi proposto, ou seja, deve existir um sentido, que explique sua relação entre a
situação atual e a situação desejada.
DICAS
118
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
119
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
DICAS
Resultado LL/RL
Econômico-Fi- EVA
nanceiro MVA
ROI
120
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
● ESTRATÉGIAS
No nosso dia a dia sempre nos deparamos com situações que nos inspiram
adotar alguma estratégia para superar algo ou levar vantagem em relação a
alguém. Quando se fala em “levar vantagem” não se coloca no sentido pejorativo
de causar prejuízo ou algo imoral, mas sim no sentido percepção de tomar uma
ação proativa que o leve a superar determinada situação desfavorável.
Para deixar clara esta situação, imagine uma situação rotineira em que
você esteja dirigindo seu carro a caminho do trabalho, porém em determinada
altura, ocorre um acidente e a estrada está interrompida por este motivo. Como
você sabe que existem caminhos alternativos para chegar ao mesmo objetivo (seu
local de trabalho), você elabora uma estratégia de mudança de percurso, a ação
de redirecionamento o levará ao seu destino.
121
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
Porter (1993) afrma que existem cinco forças competitivas nos negócios
que determinam a lucratividade das empresas em longo prazo, conforme se
demonstra na fgura a seguir.
122
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
123
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
Desta forma, para que a empresa consiga sobreviver no seu ambiente, será
preciso desenvolver estratégias competitivas que o conduzam a decidir o que
fazer ou não, em que prioridade para atingir os objetivos que levam a concretizar
a visão, respeitando seus princípios e cumprir sua missão.
124
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
Observe na fgura, que uma força tarefa (FT) deverá sempre ter um
coordenador para mediar os trabalhos do grupo que no modelo está no campo
correspondente a participantes e ainda neste contexto deve-se defnir o responsável
pela estratégia e por cada ação.
125
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
126
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
FONTE: O autor
127
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
128
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
129
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
130
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
TE
IMPORTAN
ATENCAO
131
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
a) Orçamento de vendas
ATENCAO
b) Orçamento de produção
ATENCAO
ATENCAO
133
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
ATENCAO
134
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
TE
IMPORTAN
Para exemplifcar, tem-se que das 75.750 horas de MOD orçados para
o TRIM01, temos que serão orçados os valores da seguinte forma: (I) materiais
indiretos no valor de R$ 7.575,00 (75.750 x R$ 0,10); (II) mão de obra indireta no
valor de R$ 30.300,00 (75.750 x R$ 0,40); (III) energia elétrica no valor de R$ 11.362,50
(75.750 x R$ 0,15) e (IV) manutenção no valor de R$ 3.787,50 (75.750 x R$ 0,05).
135
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
ATENCAO
FONTE: O autor
As despesas que são gastas devem ter certo cuidado ao gerá-los, pois muito
provavelmente não serão percebidos como valor pelo cliente, e desta forma, as
atividades que originam tais despesas não agregam valor e reduzem os resultados
econômicos e fnanceiros.
136
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
ATENCAO
ATENCAO
138
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
ATENCAO
• Contas a receber
20X2
Descrição TRIM01 TRIM02 TRIM03 TRIM04
(TRIM01)
Vendas 20X0 (TRIM04) 600.000
Vendas TRIM01 1.750.000 750.000
Vendas TRIM02 2.100.000 900.000
Vendas TRIM03 2.450.000 1.050.000
Vendas TRIM04 2.800.000 1.200.000
Total 2.350.000 2.850.000 3.350.000 3.850.000
FONTE: O autor
140
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
ATENCAO
Ainda falta ao
controller verifcar como fcarão os pagamentos dos fornecedores
de matéria-prima. Vamos ajudá-lo?
• Fornecedores de matéria-prima
20X2
Descrição TRIM01 TRIM02 TRIM03 TRIM04
(TRIM01)
Fornecedores 20X0 (TRIM04) 180.000
Fornecedores TRIM01 303.000 202.000
Fornecedores TRIM02 363.000 242.000
Fornecedores TRIM03 423.000 282.000
Fornecedores TRIM04 483.000 322.000
Total 483.000 565.000 665.000 765.000
FONTE: O autor
ATENCAO
141
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
Saídas de caixa
Fornecedores (MP) 483.000 565.000 665.000 765.000 2.478.000
Salários (MOD) 757.500 907.500 1.057.500 1.207.500 3.930.000
CIF 151.275 161.775 172.275 182.775 668.100
Vendas e
278.000 303.000 328.000 353.000 1.262.000
administração
Impostos s/vendas 440.000 550.000 660.000 770.000 2.420.000
CSSL e IRPJ 175.000 94.130 121.160 154.990 545.280
Investimento 0 0 0 0 0
Total das saídas 2.284.775 2.581.405 3.003.935 3.433.265 11.303.380
(=) Excesso ou
135.225 603.820 729.885 746.620 1.166.620
defciências
(+) Resgate aplicação 408.000 408.000
(+) Empréstimo 200.000 200.000
(-) Aplicação fnanceira 400.000 800.000 1.200.000
(-) Pagamento de
220.000 220.000
empréstimo
(=) Saldo final 335.225 383.820 329.885 354.620 354.620
FONTE: O autor
142
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
ATENCAO
ATIVO PASSIVO
Circulante 2.363.220 Circulante 1.387.420
Caixa 363.220 Fornecedores 322.000
Aplicação fnanceira 800.000 Impostos a recolher 880.000
Contas a receber 1.200.000 Imp. Renda/CS a recolher 185.420
Estoque 123.975
Produtos acabados 123.975 Emp. e fnanciamentos
Outras contas a pagar
143
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
TE
IMPORTAN
5.2.2 Execução
A fase de execução é a fase do processo de gestão, em que o que foi planejado
é aplicado, ou seja, todas as implementações que estavam previstas no plano de
curto prazo, são colocadas em prática. Segundo Beuren (apud SCHMIDT, 2002,
p. 19), a execução “Compreende a fase em que os planos são implementados, as
ações se concretizam e as transações ocorrem” e complementa ainda afrmando
que “[...] é nessa fase que os recursos são consumidos e os produtos gerados [...]”,
144
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
ou seja, pode inferir que é nesta fase do processo de gestão em que os esforços
para comprar, produzir e vender ocorrem e, neste contexto, os gestores aderem
ao que foi planejado no orçamento.
5.2.3 Controle
Na língua portuguesa, em sentido amplo, a palavra “controle” signifca
o ato de exercer o domínio sobre algo ou alguém, ou seja, relaciona-
se com a possibilidade de exercer autoridade ou mesmo poder. Na
linguagem corporativa, entretanto, podemos inferir que o controle
deve ser entendido como um mecanismo para manter os padrões
preestabelecidos garantindo a efcácia e efciência das operações da
organização. (FERNANDES, 2010, p. 66-67).
145
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
FONTE: O autor
QUADRO 10 – EXEMPLOS
146
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
FUTUSRO
ESTUDOS
“Os controles podem ser mantidos em níveis suportáveis quanto aos seus
custos, enquanto efcientes quanto aos objetivos”. (ANDRADE, 1999, p. 13).
147
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
DICAS
Então, o controle tem como funções básicas: (I) manter o sistema empresa
no rumo certo de seus objetivos; (II) possibilitar identifcar e agir em situações que
gerem custos desnecessários ou adicionais; o mais importante, (III) possibilitar
aprendizado sobre o comportamento destas variáveis.
148
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
FUTUSRO
ESTUDOS
149
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
FUTUSRO
ESTUDOS
150
TÓPICO 1 | ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
151
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, vimos que:
152
• A fase da execução é a fase do processo de gestão em que o que foi planejado é
colocado em prática. O controle é a fase em que garante que as atividades sejam
executadas dentro de certos parâmetros defnidos segundo seus objetivos.
153
AUTOATIVIDADE
1 O enfoque sistêmico é visto como uma postura mental, cujos conceitos levam
à compreensão da complexidade de uma organização em sua totalidade.
Partindo desse pressuposto, classifque V para as sentenças verdadeiras e F
para as falsas:
I- Tudo que estiver sob controle do sistema, pode ser considerado como
ambiente.
II- A interação do sistema aberto possibilita infuenciar o ambiente e ser
infuenciado.
III- A lógica sistêmica não permite que um sistema se divida em partes
menores.
IV- São características básicas do sistema: elementos, relação entre os
elementos, objetivo comum e meio ambiente.
154
I- Ambiente interno.
II- Ambiente remoto.
III- Ambiente próximo.
I- Modelo de decisão.
II- Modelo de mensuração.
III- Modelo de informação.
155
( ) O planejamento estratégico tem característica de planejamento de médio
prazo e relaciona-se com a fnalidade de preparar projetos de investimentos.
( ) O planejamento operacional tem característica de curto prazo e objetiva
traduzir o planejamento tático em informações detalhadas, rotineiras e
compreensíveis.
156
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
A crescente preocupação mundial pela gestão de riscos nas organizações,
originada, principalmente, devido ao fechamento recente de grandes empresas,
tem aumentado a exigência pela qualidade dos controles nas empresas. Sob esse
aspecto, destacam-se os controles internos, caracterizados como instrumentos de
gestão, que objetivam minimizar os riscos que as empresas estão expostas em
função de seu próprio negócio.
DICAS
157
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
158
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE CONTROLE INTERNO
Sobre isso, Atie (1998, p. 112) conclui que “[...] podemos atestar que o
controle interno compreende todos os meios planejados numa empresa para
dirigir, restringir, governar e conferir suas várias atividades com o propósito de
fazer cumprir os objetivos”.
159
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
160
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE CONTROLE INTERNO
161
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
162
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE CONTROLE INTERNO
Segundo Oliveira, Perez Jr. e Silva (2002, p. 84-85), têm-se como objetivos
de controles internos, entre outros:
163
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
164
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE CONTROLE INTERNO
165
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
TE
IMPORTAN
166
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE CONTROLE INTERNO
167
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
TE
IMPORTAN
É importante saber que apesar do COSO ter emitido uma nova recomendação
em 2004 ERM( ) como padrão de controles internos com
- Enterprise Risk Management
enfoque em riscos corporativos,Internal
o “ Control – Integrated Framework permanece
implementado para empresas e outras organizações que procuram apenas o controle
interno isolado”. (COSO, 2004).
169
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
A infuência relatada pelo autor nos remete ao COSO (1992), que relata
a existência de algumas variáveis que afetam o ambiente de controle, como: (i)
integridade e valores éticos que formam o comportamento, (ii) compromisso com
a competência, ou seja, contratar profssionais com conhecimentos e habilidades
nas funções adequadas, (iii) flosofa de administração e estilo gerencial,
que refete suas reações na gestão e como assumem os riscos do negócio, (iv)
estrutura organizacional, que deve ser adequada à execução das atividades para
o cumprimento dos objetivos, (v) atenção e direção do conselho de administração
quanto ao monitoramento da diretoria executiva de suas ações, (vi) delegação de
autoridade e responsabilidade, que refete na descentralização do poder decisório,
atribuindo responsabilidade por suas ações e (vi) políticas e práticas de recursos
humanos que comunicam os níveis esperados de integridade, comportamento
ético e competências dos colaboradores.
170
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE CONTROLE INTERNO
Isso exige que as empresas tenham uma consciência de risco (risk awareness)
bem defnida e capacidade para administrar continuamente as mudanças dos
fatores que alteram os riscos. Azevedo (2006, p. 14) afrma que “em todos os
níveis hierárquicos de decisão devemos ter a consciência de que é necessário
ousar, mas não abusar, [...]”.
171
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
172
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE CONTROLE INTERNO
173
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
174
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE CONTROLE INTERNO
TE
IMPORTAN
175
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
TE
IMPORTAN
176
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE CONTROLE INTERNO
177
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
Andrade (1999) ainda explica que a fraude pode ser por (i) omissão ou
manipulação de documentos, informações, valores e bens ou (ii) pela adulteração
de documentos, registros, demonstrações e informações contábeis.
Perceba que uma fraude pode ser praticada por colaboradores (em qualquer
função da empresa) ou por pessoas sem nenhuma forma de relacionamento, que
benefciará o fraudador ou a própria empresa. Poderá, então, cometer atos ilegais
para obter vantagens sobre fornecedores, governo, acionista, bancos, entre outros.
178
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE CONTROLE INTERNO
179
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você estudou que:
• O COSO I, mais conhecido como COSO Report, foi o primeiro modelo integrado
de controles internos em 1992. Depois surgiram o modelo sul-afriacano King
Report (1994), o modelo COBIT (1996), o modelo australiano ACC (1998), o
modelo canadense CoCo (1999) e o modelo inglês Turnbull Report (1999).
180
AUTOATIVIDADE
1 Cada vez mais as empresas têm dado atenção aos seus controles internos,
pois sabem que, com o avanço da tecnologia da informação e comunicação,
os sistemas podem se tornar mais efcazes e garantir certa margem de
segurança em níveis de controles da organização. Partindo desse pressuposto,
classifque V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
181
( ) O sistema de controle inteiro pressupõe um ambiente de controle
infuenciado pelo subsistema institucional.
( ) Os controles aplicados devem ser sufcientes para detectar irregularidades
ou desvios quando ocorrerem.
( ) Uma forma efcaz de manter controle sobre as atividades é a segregação de
funções.
( ) A controladoria, através dos controles contábeis e sistemas de informação,
identifca erros de registros contábeis e efetua as devidas correções na base
dos dados.
I- Ambiente de controle.
II- Avaliação de riscos.
III- Controle das atividades.
IV- Informação e comunicação.
V- Monitoramento.
183
UNIDADE 2 TÓPICO 3
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Durante a leitura da Unidade 1, você estudou que uma das funções
da controladoria é a gestão da informação. A responsabilidade pelos sistemas
de informação e o processo de gestão são de extrema importância para que a
empresa cumpra a sua missão.
185
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
187
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
189
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
190
TÓPICO 3 | SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
191
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
TE
IMPORTAN
192
TÓPICO 3 | SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
193
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
Outras questões em evidência que devem ser geradas pelo SIC são
informações de natureza social e ambiental. As informações de natureza social
atendem às necessidades de gerar informações sobre distribuição de renda,
saúde, segurança, educação, entre outros itens, demonstrando os níveis de
responsabilidades que a empresa está comprometida. As informações de natureza
ambiental buscam evidenciar qual a responsabilidade e o comprometimento da
empresa com o uso dos recursos não renováveis em seus processos produtivos.
As informações geradas pelo SIC são de extrema importância para as empresas
que podem tornar ameaças de contingências futuras em oportunidades de ganhos
de imagem e de receitas, com o reaproveitamento de materiais, o aumento da
efciência no consumo de recursos não renováveis, como: água e energia elétrica.
194
TÓPICO 3 | SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
195
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico vimos que:
196
AUTOATIVIDADE
197
3 Dentro do sistema de informação, as decisões com menor complexidade,
porém importantes, relacionam-se à efciência e produtividade, enquanto
que as decisões com maior complexidade se relacionam à efcácia. Partindo
desse pressuposto, classifque V para as sentenças verdadeiras e F para as
falsas:
198
( ) Para atender a seus usuários, o SIC necessita de um plano de contas bem
estruturado por centros de responsabilidade.
( ) O objetivo do SIC é gerar informação a todo usuário que tenha interesse nas
informações econômicas e fnanceiras da empresa, em um dado momento
ou para inferir tendências futuras.
( ) As entradas do SIC permitem contemplar quaisquer transações de natureza
econômica, mesmo sendo contrário a princípios e regras contábeis.
( ) As saídas do sistema de informação contábil se referem aos relatórios
gerenciais e às demonstrações contábeis.
199
UNIDADE 2 TÓPICO 4
GOVERNANÇA CORPORATIVA E A
TEORIA DA AGÊNCIA
1 INTRODUÇÃO
Presenciamos, nas últimas décadas, escândalos de fraudes contábeis
ocorridos em empresas americanas, como, por exemplo, a do setor elétrico, na
empresa Enron, que arrastou consigo a empresa Arthur Andersen, uma das
maiores no ramo de auditoria do mundo, acusada de corrupção e obstrução da
justiça, por destruir seus papéis de trabalho, cujos documentos evidenciavam as
fraudes da empresa Enron, ou como a WordCom, que contabilizou dolosamente
cerca de US$ 3,8 bilhões em despesas, transformando-se em um dos maiores
casos de fraude contábil da história do país.
Tal fato verifca-se pelas iniciativas feitas pela Bolsa de Valores de São
Paulo (BOVESPA), ao criar os diferentes níveis de governança corporativa para as
sociedades anônimas de capital aberto.
201
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
TE
IMPORTAN
Por isso, concorda-se com Nakagawa (1994, p. 19), quando esse explica
que: “Accountability é a obrigação de se prestar contas dos resultados obtidos, em
função das responsabilidades que decorrem de uma delegação de poder”.
202
TÓPICO 4 | GOVERNANÇA CORPORATIVA E A TEORIA DA AGÊNCIA
FONTE: O autor
203
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
TE
IMPORTAN
204
TÓPICO 4 | GOVERNANÇA CORPORATIVA E A TEORIA DA AGÊNCIA
3 TEORIA DA AGÊNCIA
O espírito empreendedor de um visionário dá início a um novo negócio,
que, primeiramente, fca sob sua dedicação e determinação em fazer crescer.
205
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
206
TÓPICO 4 | GOVERNANÇA CORPORATIVA E A TEORIA DA AGÊNCIA
207
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
208
TÓPICO 4 | GOVERNANÇA CORPORATIVA E A TEORIA DA AGÊNCIA
209
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
210
TÓPICO 4 | GOVERNANÇA CORPORATIVA E A TEORIA DA AGÊNCIA
4 GOVERNANÇA CORPORATIVA
A governança corporativa defne a forma como uma organização
é administrada, suas estruturas, cultura, políticas e estratégias, e o modo
como tratam seus vários stakeholders, ou seja, a governança corporativa é uma
combinação de “melhores práticas” organizacionais para estruturar as exigências
da administração quanto à responsabilidade e ao desempenho.
Para que sejam aplicados controles efcazes que garantam que as decisões
tomadas pelos gestores gerem resultados que agreguem valor ao investidor
e minimizem os problemas de agência, mecanismos devem ser criados, como:
conselhos de administração, auditoria independente e conselho fscal.
211
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
TE
IMPORTAN
212
TÓPICO 4 | GOVERNANÇA CORPORATIVA E A TEORIA DA AGÊNCIA
SÍNTESES
Financiamento Predomina a alavancagem por exigíveis. Os mercados de
predominante capitais são poucos expressivos.
Propriedade e controle A propriedade das grandes corporações é altamente
acionário concentrada. O grau mais baixo de concentração é
verifcado no Brasil; e o mais alto, na Argentina.
Propriedade e gestão A gestão é exercida por acionistas majoritários.
Confitos de agência O principal confito ocorre entre acionista majoritário e
minoritário. As ações sem direito a voto superam as com
direito a voto.
Proteção legal a Predominantemente fraca. A alta proporção de ações
minoritários sem direito a voto difculta a ação dos minoritários.
Conselho de administração A composição dos conselhos é afetada pela sobreposição
propriedade-gestão. A maioria dos membros está ligada
aos controladores por vínculos familiares, por acesso a
interesses externos e por relações de negócio. O poder
é reduzido, são raros os comitês atuantes e prevalece a
postura consultiva, não de controle.
Liquidez da participação Prevalece a baixa liquidez em mercados especulativos.
acionária
Força de controle mais As forças mais atuantes são as internas.
atuantes
Governança corporativa Embrionária, mas evoluindo com rapidez. Boas práticas
têm sido introduzidas pelo “capital institucional”: mais
transparência e integridade dos mercados.
Abrangência dos modelos Prevalecem os interesses dos acionistas, mas é expressivo
de controle o número de empresas certifcadas quanto à atenção a
interesses múltiplos.
FONTE: Nascimento; Reginato (2006, p. 95-96 apud ANDRADE; ROSSETTI, 2004, p. 163)
213
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
214
TÓPICO 4 | GOVERNANÇA CORPORATIVA E A TEORIA DA AGÊNCIA
215
UNIDADE 2 | A CONTROLADORIA NO PROCESSO
LEITURA COMPLEMENTAR
Apesar de alegar motivos pessoais, sua saída está mais relacionada com a
decisão de ter criado o CaixaPar e os negócios desastrosos com o PanAmericano
de Silvio Santos.
Mas a presidente Maria Fernanda nunca prestou contas sobre o que Miriam
Leitão destaca como sendo o “caso mais desastroso feito pela Caixa nos últimos
anos”. Resta saber como as fraudes passaram por quatro auditorias diferentes
— Deloite, KPMG, o Banco Fator e a BDO, sendo que as três últimas analisaram
especifcamente para a operação de venda de participação para a Caixa.
216
TÓPICO 4 | GOVERNANÇA CORPORATIVA E A TEORIA DA AGÊNCIA
maior parte inferior a R$ 5 mil, o banco não precisava informar ao Banco Central
os CPFs dos devedores. Sem esses dados, o BC não podia ver que o fnanciamento
de um cliente do PanAmericano aparecia na carteira de outro banco.
O caso espanta analistas não apenas pelo montante anunciado, mas pelo
precedente criado pelo FGC. Além dos R$ 4,3 bilhões, o Fundo ainda comprou R$
3,5 bilhões em créditos do PanAmericano para ajudar a recompor o patrimônio
deste.
217
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico vimos que:
• As relações de poder sempre estiveram presentes nos seres humanos, pois eles
se sentem naturalmente mais seguros quando têm mais poder. No sistema
empresa, as relações de poder também estão presentes.
219
AUTOATIVIDADE
220
( ) Problemas de horizontes de tempo signifcam a falta de visão estratégica do
agente durante a elaboração do planejamento estratégico.
( ) Despesas com cobertura de seguros representam gastos de cobertura de
apólices contratadas pelos agentes referentes a ativos inexistentes ou ainda
obsoletos.
I- Novo Mercado.
II- Nível 1 de governança corporativa.
III- Nível 2 de governança corporativa.
221
( ) Neste nível participam as empresas comprometidas em prestar informações
ao mercado e com a dispersão acionária. As demonstrações fnanceiras são
publicadas trimestralmente e com a publicação do fuxo de caixa.
222
UNIDADE 3
A CONTROLADORIA PARA O
CONTROLE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No primeiro serão discutidos os
conceitos e usos dos artefatos que a controladoria utiliza como ferramenta de
avaliação de desempenho organizacional. No segundo serão abordados os
principais conceitos da teoria clássica de custos e sua aplicação como ferra-
menta gerencial para tomada de decisão para melhorias de efciência opera-
cional, planejamento do lucro e criação de valor para a empresa. No último
serão abordados a composição e o funcionamento integrado dos elementos
relacionados à estruturação do preço de venda e ao uso do mark-up como
ferramenta gerencial para equacionar o lucro nas organizações.
223
UNIDADE 3 TÓPICO 1
CONTROLE E AVALIAÇÃO DE
DESEMPENHO
1 INTRODUÇÃO
A controladoria, no contexto de sua responsabilidade e pelo processo
de gestão em todas as suas fases, normalmente, está muito mais relacionada
ou lembrada pela função controle do que propriamente pelas funções de
planejamento e execução.
225
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
226
TÓPICO 1 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
3.1 FUNDAMENTOS
Com as rápidas mudanças ocorridas no meio empresarial, principalmente
após a década de 1950, a contabilidade gerencial assumiu um papel importante no
processo decisório com o uso das ferramentas pelos controllers nas empresas, que
tinham como objetivo reduzir perdas do processo produtivo. Os centros de custos,
centros de investimentos e centros de lucros passaram a ser conhecidos como
centros de responsabilidade, departamentalização, contabilidade departamental
ou contabilidade divisional.
227
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
No centro de custo, o gestor não tem controle sobre as receitas, mas pode
controlar os gastos, sem se esquecer do princípio da controlabilidade, em que o
gestor somente pode ser responsabilizado pelos custos que estão sob seu controle.
Por exemplo, o chefe de seção pode ser responsabilizado pelo consumo de mão
de obra direta (MOD) que foi utilizado no seu departamento, mas não pode ser
responsabilizado pela taxa horária de MOD, visto que os valores de salários não
estão sob seu controle e existem muitos fatores que independem de sua decisão,
como os acordos coletivos sindicais.
228
TÓPICO 1 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
TE
IMPORTAN
229
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
“O valor agregado máximo que pode ser obtido pela gestão operacional de
seus investimentos é a diferença entre o valor de venda dos produtos e serviços a
preços de mercado menos o valor das compras dos insumos a preço de mercado”.
(PADOVEZE, 2003, p. 58).
230
TÓPICO 1 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
231
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
FONTE: O autor
232
TÓPICO 1 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Portanto, o EVA surge como resultado das Vendas (-) Custos e despesas
operacionais (-) Custos de Capital. Vejamos um outro exemplo:
233
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
234
TÓPICO 1 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Uma empresa existe para cumprir uma missão, que está relacionada à
satisfação de uma necessidade humana. Contudo, para que possa gerar a satisfação
humana, ela precisa ter condições de manter sua continuidade a longo prazo, que
só se completa com a adequada remuneração de seus empregadores de capital.
Daí surge o conceito de criação de valor, que orienta os lucros a longo prazo para
garantir a continuidade e sobrevivência no cumprimento de sua missão.
235
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
236
TÓPICO 1 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
20x0
ATIVO TOTAL 11.523.500
(-) Investimento em Controladorias -200.000
(-) Aplicações Financeiras -777.160
(-) Fornecedores -460.000
(-) Salários a Pagar -200.000
(-) Contas a Pagar -100.000
(-) Impostos a Recolher - sobre Mercadoria -460.000
(-) Impostos a Recolher - sobre Lucros -100.000
(-) Adiantamento de Clientes -3.500
(=) Ativo Operacional 9.222.840
FONTE: Adaptado de: Padoveze (2003, p. 438)
237
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
Supondo agora que o giro do ativo (Receita Líquida dividida pelo Ativo
Total) é composto conforme o exemplo a seguir:
238
TÓPICO 1 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Essas são algumas lacunas que deixam qualquer gestor em dúvida quanto
ao real fator condicionante da queda de retorno dos investimentos.
239
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
Com base nas demonstrações contábeis dos períodos 20x1, 20x2 e 20x3,
tem-se calculada a taxa de retorno dos investimentos desses períodos baseada no
indicador MARGEM VERSUS GIRO, conforme demonstrado na fgura a seguir:
240
ANÁLISE DA TAXA DE RETORNO SOBRE INVESTIMENTOS PELO MÉTODO DUPONT
Passivos Operacionais
EX 20X1 20X2 20X3
Disponível VL 200 400 500
EX 20X1 20X2 20X3 AH 100,0 200,0 250,0
FONTE: O autor
VL 600 750 950 - (menos)
AH 100,0 125,0 158,3 Ativo Circulante Receita Líquida
+ (mais) EX 20X1 20X2 20X3 EX 20X1 20X2 20X3
Titulos a Receber VL 1700 2000 3250 VL 3850 4300 5300 Giro do Ativo
EX 20X1 20X2 20X3 AH 100,0 117,6 191,2 AH 100,0 111,7 137,7 EX 20X1 20X2 20X3
VL 500 800 1400 + (mais) ÷ (dividido) VL 0,895 0,896 0,835
AH 100,0 160,0 280,0 Ativo Realizável L. Prazo Ativo Operacional AH 100 100,1 93,2
+ (mais) EX 20X1 20X2 20X3 EX 20X1 20X2 20X3
Estoque VL 0 0 0 VL 4300 4800 6350
EX 20X1 20X2 20X3 AH AH 100,0 111,6 147,7
VL 600 450 900 + (mais)
AH 100,0 75,0 150,0 Ativo Permanente Taxa de Retorno
241
EX 20X1 20X2 20X3 EX 20X1 20X2 20X3
CMV VL 2800 3200 3600 VL 60,47 56,67 55,91
EX 20X1 20X2 20X3 AH 100,0 114,3 128,6 AH 100 93,72 92,5
VL 900 1100 1200
Despesas de Vendas AH 100,0 122,2 133,3 Receita Líquida
EX 20X1 20X2 20X3 + (mais) EX 20X1 20X2 20X3
VL 200 300 350 Despesas Operacionais VL 3850 4300 5300 Lucro Operacional
AH 100,0 150,0 175,0 EX 20X1 20X2 20X3 AH 100,0 111,7 137,7 EX 20X1 20X2 20X3
+ (mais) VL 350 480 550 - (menos) VL 2600 2720 3550 Margem de Lucro
Despesas Administrativas AH 100,0 137,1 157,1 Custo e Despesa Total AH 100,0 104,6 136,5 EX 20X1 20X2 20X3
EX 20X1 20X2 20X3 + (mais) EX 20X1 20X2 20X3 ÷ (dividido) VL 67,53 63,26 66,98
VL 150 180 200 Outras Despesas VL 1250 1580 1750 Receita Líquida AH 100,0 93,7 99,2
FIGURA 60 – DESDOBRAMENTO DA FÓRMULA DO MÉTODO DUPONT
AH 100,0 120,0 133,3 EX 20X1 20X2 20X3 AH 100,0 126,4 140,0 EX 20X1 20X2 20X3
VL 0 0 0 VL 3850 4300 5300
AH 100,0 0,0 0,0 AH 100,0 111,7 137,7
TÓPICO 1 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
Todos esses desdobramentos são avaliados com base nas fórmulas que
as decompõem (exemplo: Ativo Total = Ativo Circulante + Ativo Não Circulante)
e então se utiliza a técnica de análise horizontal (AH) para verifcar a evolução
em período representada por exercícios (EX) de cada item observado que está
representado por um valor de referência (VR).
5.2 EBITDA
O indicador EBITDA (Earning Before Interest, Taxes, Depreciation and
Amortization), que se traduz por “Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação
e Amortização”, que, em sua forma simplifcada, pode ser denominado de
LAJIDA, via de regra, é muito utilizado em análises de desempenho econômico e
fnanceiro das empresas.
Assaf Neto (2000, p. 208) ainda relata que o EBITDA pode ser medido pela
seguinte fórmula:
TE
IMPORTAN
243
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
Receita de vendas
(-) Custo dos produtos vendidos
(=) LUCRO BRUTO
(-) Despesas com vendas
(-) Despesas gerais e administrativas
(-) Despesas Financeiras
(=) LUCRO OPERACIONAL
(+) Depreciação e Amortização
(+) Despesas Financeiras
(=) EBITDA ou LAJIDA
(-) Depreciação e amortização
(-) Despesas Financeiras
(=) LUCRO ANTES DO IRPJ e CSLL
(-) Provisão para IRPJ e CSLL
(=) LUCRO LÍQUIDO
FONTE: Adaptado de: Fernandes (2008, p. 75)
244
TÓPICO 1 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
DETERMINAÇÃO DO E B I T D A
Lucro Operacional Líquido antes dos impostos 3300
(+) Depreciação / Amortização inclusa no CPV e Despesas Operacionais 180
(+) Juros 250
EBITDA 3730
FONTE: O autor
Pode-se então inferir que o EBITDA surge do lucro genuíno das operações,
ajustado pela depreciação e amortização e, ainda, pelas despesas e receitas
fnanceiras, e passa a ser composto por itens que refetem no fuxo de caixa
operacional. Entretanto, percebem-se situações em que a despesa fnanceira pode
ser superior à receita fnanceira e, depois de descontados os impostos, isso pode
resultar prejuízo contábil, mesmo que apresente um EBITDA com saldo positivo.
245
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
DETERMINAÇÃO DO E B I T D A
Lucro Operacional Ajustado -200
(+) Depreciação / Amortização inclusa no CPV e Despesas Operacionais 400
(+) Juros 250
EBITDA 450
FONTE: O autor
246
TÓPICO 1 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Em resumo:
• Relatórios contábeis da era industrial: focalizam o passado.
• Usuários da era do conhecimento: estão preocupados com o futuro.
Precisam de informações voltadas para frente. Os relatórios das
empresas dessa nova era devem:
- fornecer maiores informações sobre planos, oportunidades, riscos e
incertezas;
- concentrar-se mais nos fatores que criam valor a longo prazo, entre
as medidas não fnanceiras que indicam como os processos-chave da
empresa estão se desempenhando;
247
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
Os autores Oliveira, Perez Jr. e Silva (2002, p. 152) completam ainda que
“[...] os modelos da controladoria tradicional serviram bem à era industrial, mas
já não são apropriados para direcionar e avaliar competências que as empresas da
era do conhecimento devem dominar”.
Logo, deve ser de entendimento que o BSC tem como ponto central a
implementação de ações (táticas) que estão vinculadas à estratégia da empresa
para atingir seus objetivos de longo prazo (sobrevivência e cumprimento da
missão).
248
TÓPICO 1 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
249
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
Você pode notar que motivar as pessoas a seguirem no seu dia a dia a
busca de metas que levem ao objetivo maior não é tarefa fácil, contudo, essas
ações, ao longo do tempo, levam o cliente a perceber um valor existente na
250
TÓPICO 1 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
empresa que não está registrado nos livros contábeis, trata-se do chamado ativo
intangível. Dessa forma, mobilizar e explorar os ativos intangíveis da empresa é
estrategicamente importante para criar valor para a empresa.
TE
IMPORTAN
251
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
FONTE: O autor
252
TÓPICO 1 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Para ilustrar essa dinâmica de uma forma mais lúdica, a interligação entre
as perspectivas e suas relações de causa e efeito, pode-se compará-las a uma árvore,
conforme a fgura a seguir:
FONTE: O autor
253
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
Perspectiva financeira
lucratividade
ROI
fuxo de caixa
histórico de vendas
Perspectiva dos clientes etc. Perspectiva interna
retenção de clientes tempos de ciclo
market share índice da qualidade
nível de satisfação retrabalho
relacionamento produtividade
etc. etc.
Perspectiva da inovação
taxa de melhoria
níveis de habilidade
aproveit. da P&D
% de novos produtos
etc.
254
TÓPICO 1 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Resultado LL/RL
Econômico-Fi- EVA
nanceiro MVA
ROI
FONTE: O autor
255
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
TE
IMPORTAN
Imagine que um mapa estratégico pode ser comparado a uma foto em que
você registra um momento, assim como a foto, o mapa estratégico traduz em uma imagem
as estratégias da empresa em um dado momento.
256
TÓPICO 1 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
FONTE: O autor
257
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
258
TÓPICO 1 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
FONTE: O autor
TE
IMPORTAN
259
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
A defnição de uma estratégia não terá sentido se, por meio de um processo
de gestão efcaz, essa seja transformada em ação, para que produza a efcácia dos
resultados esperados. Para isso, devem-se seguir alguns passos:
1º. PASSO – criação das Forças-Tarefas (FTs) dos objetivos: a força-tarefa (FT)
é responsável pela elaboração e implantação do Plano de Ação do
Objetivo.
FONTE: O autor
260
TÓPICO 1 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
FONTE: O autor
261
RESUMO DO TÓPICO 1
• A criação de valor da empresa para seus proprietários deve ser o principal foco
da controladoria, suportando os gestores com informações úteis no processo
decisório, maximizando o seu valor econômico agregado.
262
• Para ajudar a implementar a estratégia, interligando as perspectivas aos
objetivos estratégicos, uma ferramenta que complementa o BSC e deve ser
utilizada para correlacionar com os indicadores de desempenho é o MAPA
ESTRATÉGICO.
263
AUTOATIVIDADE
264
1 A controladoria deve ter seu foco centrado na criação de valor para o
acionista, por isso, deve suprir o processo de gestão com informações que
permitam decisões de lucros baseadas na geração de valor para o acionista.
Classifque V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
265
3 A empresa Vento em Polpa Ltda. apresentou, em seus balanços do ano de
20x1, um ROI (return on investiment) de 18% e um custo médio ponderado
de capital (CMPC) de R$ 12%. A meta da empresa para 20x2 fxou um valor
econômico agregado (VEA) de 9%. Considerando que o custo de capital não
sofrerá qualquer impacto para que a empresa consiga atingir o seu objetivo,
a rentabilidade do ativo deverá ser de:
a) ( ) 15%.
b) ( ) 18%.
c) ( ) 21%.
d) ( ) 23%.
266
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) F - V - F - V.
b) ( ) V - F - V - F.
c) ( ) V - F - F - V.
d) ( ) F - F - V - V.
I- Perspectiva Financeira.
II- Perspectiva de Cliente.
III- Perspectiva de Processos Internos.
IV- Perspectiva do Aprendizado e Crescimento.
267
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) I - II - IV - III.
b) ( ) IV - II - I - III.
c) ( ) II - IV - III - I.
d) ( ) III - I - II - IV.
268
UNIDADE 3 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Uma das mais importantes funções da controladoria é manter o controle
dos custos da empresa, de forma a maximizar os resultados operacionais,
requerendo do controller conhecimentos teóricos da contabilidade de custos e
inúmeras habilidades necessárias ao bom desenvolvimento dessa atividade.
2 FUNDAMENTOS DE CUSTOS
Estamos adentrando no campo da contabilidade de custos cujos conceitos
são aplicados com enfoque nas empresas industriais. A diferença de tratamento
de custos se deve à necessidade de transformar uma matéria-prima em um novo
produto, agregando outros insumos e mão de obra.
269
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
Dessa forma, um gasto poderá seguir diversas etapas até compor o resultado
de um período. Por exemplo, a aquisição de uma matéria-prima será um GASTO
ATIVADO na conta estoque, portanto, um investimento. Contudo, ao ser requisitado
para CONSUMO na produção, sai do estoque e entra no processo de produção
(produtos em elaboração e produtos acabados), portanto, torna-se um custo, sendo
fnalmente transferido para o resultado do período, como CUSTOS DOS PRODUTOS
VENDIDOS, no momento da venda para confronto com as receitas.
270
TÓPICO 2 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE CUSTOS
Materiais – são gastos utilizados na estrutura de composição dos produtos. São compostos
por:
Representa a maior quantidade requerida e é essencial na
• Matéria-prima
fabricação de um produto, pois sem essa não há produto.
Representam uma pequena parte do custo de fabricação e
• Materiais
têm como fnalidade complementar a matéria-prima ou dar
secundários
acabamento fnal ao produto.
• Materiais de Representam os materiais utilizados para envolver, embalar ou
embalagem acondicionar um produto após fnalizar seu processo de produção.
Mão de obra – são gastos com pessoal envolvido no processo produtivo. Em sentido
amplo, é composta: salários, encargos, benefícios, entre outros.
Gastos gerais de fabricação – são os demais gastos necessários para serem consumidos
no processo produtivo.
FONTE: O autor
São ainda considerados como custos diretos aos produtos, por exemplo,
os gastos com materiais (matéria-prima, materiais secundários e materiais de
embalagem), mão de obra aplicada diretamente na produção do produto, entre
outros, que obedecerem ao princípio.
272
TÓPICO 2 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE CUSTOS
DICAS
273
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
TE
IMPORTAN
O custo fxo é fxo até o limite de sua capacidade instalada, ou seja, dentro dos
limites de seu parque produtivo. Atividades acima do limite de capacidade requerem novos
investimentos em nova fábrica, aumentando, assim, os custos fxos para atender ao aumento
da demanda, porém continua sendo fxo até o limite da nova capacidade instalada.
Variável
FONTE: O autor
274
TÓPICO 2 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE CUSTOS
FONTE: O autor
275
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
TE
IMPORTAN
Observe que se discutiu muito sobre a redução do custo fxo unitário, porém, o
custo total é fxo. Portanto, independente do volume de produção, o custo fxo total vai existir
como dívida líquida e certa e o exercício teve como objetivo apenas demonstrar a capacidade
de absorção dos custos fxos na medida em que o volume da empresa se alterava.
Em relação aos métodos de custeio, esses são classifcados como: (i) método
de custeio direto ou variável ou, ainda, (ii) método de custeio por absorção. O
primeiro considera apenas os custos diretos e variáveis na apuração dos custos
dos produtos, desconsiderando os custos fxos, visto a difculdade de defnir
sua relação com o produto. O segundo método considera todos os custos fxos
e variáveis, diretos e indiretos na apuração dos custos dos produtos vendidos.
(PADOVEZE, 2003).
Quanto às formas de custeio, elas podem ser mensuradas pelo (i) custo
real, (ii) custo-padrão ou (iii) custo estimado/orçado.
276
TÓPICO 2 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE CUSTOS
277
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
Receita Receita
(-) Custos Variáveis (-) Custos Variáveis
(-) Despesas Variáveis (-) Custos Fixos
(=) Margem de Contribuição (=) Lucro do Bruto (das operações)
FONTE: O autor
278
TÓPICO 2 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE CUSTOS
Unidade
Produtos Volume
Preço de Venda Custo Variável
A 2.000 200,00 150,00
B 1.500 350,00 270,00
C 3.000 250,00 220,00
FONTE: O autor
279
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
FONTE: O autor
280
TÓPICO 2 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE CUSTOS
Matéria-prima
Volume de Toneladas de Matéria-prima
Produtos consumida/produto
Produção 1 necessária 1 x 2
(Tonelada) 2
A 2.000 35,00 70.000,00
B 1.500 16,00 24.000,00
C 3.000 18,00 54.000,00
Total de matéria-prima necessária (toneladas) 148.000,00
FONTE: O autor
Matéria-prima
Volume de Toneladas de Matéria-prima
Produtos consumida/produto
Produção 1 necessária 1 x 2
(Tonelada) 2
B 1.500 16,00 24.000,00
A 2.000 35,00 70.000,00
C 2.500 18,00 45.000,00
Total de matéria-prima com fator limitação 139.000,00
produção
FONTE: O autor
281
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
Descrição PRODUTOS
A B C
Volume de vendas (unidades) 2.000 1.500 2.500 TOTAL
Preço de Venda Unitário 200,00 350,00 250,00
Custo variável Unitário -150,00 -270,00 -220,00
1. Receita Total 400.000,00 525.000,00 625.000,00 1.550.000,00
2. (-) Custo Variável Total -300.000,00 -405.000,00 -550.000,00 -1.255.000,00
3. (-) Despesas Variáveis (2%) -8.000,00 -10.500,00 -12.500,00 -31.500,00
4. (=) Total Custos e Despesas Variáveis -308.000,00 -415.500,00 -562.500,00 -1.286.000,00
5. (=) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 92.000,00 109.500,00 62.500,00 264.000,00
(1-4) -190.000,00
6. (-) Custos e despesas fxas 74.000,00
7. (=) Lucro Operacional
FONTE: O autor
282
TÓPICO 2 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE CUSTOS
Matéria-prima
Margem de Contribuição MC por tonelada de
Produtos consumida/produto
Unit. (R$) 1 MP consumida 1 ÷ 2
(Tonelada) 2
A 46,00 35,00 1,3143
B 73,00 16,00 4,5625
C 25,00 18,00 1,3889
FONTE: O autor
FONTE: O autor
283
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
Descrição PRODUTOS
A B C
Volume de vendas (unidades) 1.743 1.500 3.000 TOTAL
Preço de Venda Unitário 200,00 350,00 250,00
Custo variável Unitário -150,00 -270,00 -220,00
1. Receita Total 348.571,42 525.000,00 750.000,00 1.623.571,42
2. (-) Custo Variável Total -261.428,57 -405.000,00 -660.000,00 -1.326.428,57
3. (-) Despesas Variáveis (2%) -6.971,43 -10.500,00 -15.000,00 -32.471,43
4. (=) Total Custos e Despesas Variáveis -268.399,99 -415.500,00 -675.000,00 -1.358.899,99
5. (=) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 80.171,43 109.500,00 75.000,00 264.671,43
(1-4) -190.000,00
6. (-) Custos e despesas fxas 74.671,43
7. (=) Lucro Operacional
FONTE: O autor
284
TÓPICO 2 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE CUSTOS
285
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
FONTE: O autor
R$
Receita de Vendas 400.00
(-) Custos de Despesas Variáveis -240.000
(=) Margem de Contribuição 160.000
(-) Custos e Despesas Fixas -160.000
(=) Lucro Operacional 0
FONTE: O autor
286
TÓPICO 2 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE CUSTOS
FONTE: O autor
TE
IMPORTAN
De fato, para que o controller faça com que a empresa consiga cumprir
sua missão e tenha sobrevivência em longo prazo, é necessário que as operações
sejam lucrativas e remunerem os capitais investidos, portanto, deve gerar lucro
em suas atividades.
287
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
c) mudanças nos preços de vendas, tanto para aumentos como para reduções
de preços, que alteram a margem de contribuição dos produtos, gerando
aumento ou redução de efciência operacional dos produtos.
TE
IMPORTAN
288
TÓPICO 2 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE CUSTOS
Simulação de Resultados
Cenário impactante Real
> 20% CDF > 10% CDV < 15% PVu < 30% Volume
Volume (vendas = produção) 30.000 30.000 30.000 30.000 21.000
Preço de Venda unitário 20,00 20,00 20,00 17,00 20,00
Custo Variável Unitário 12,00 12,00 13,20 12,00 12,00
Demonstração de Resultado Gerencial Real-Simulado
Receita de Vendas 600.000 600.000 600.000 510.000 420.000
(-) Custos e Despesas Variáveis-360.000 -360.000 -396.000 -360.000 -252.000
(=) Margem de Contribuição 240.000 240.000 204.000 150.000 168.000
(-) Custos e Despesas Fixas -160.000 -192.000 -160.000 -160.000 -160.000
FONTE: O autor
FONTE: O autor
FONTE: O autor
289
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
Com o aumento nos custos e despesas fxas, apesar das %MC permanecerem
constantes, o ponto de equilíbrio alterou de 20.000 para 24.000 unidades, sendo que
esse aumento (4.000 unidades) no PE provocou uma redução do lucro em 40% (R$
80.000 para R$ 48.000), por isso, um aumento de 20% no volume de vendas se faz
necessário para compensar o aumento dos custos e despesas no ponto de equilíbrio.
FONTE: O autor
FONTE: O autor
FONTE: O autor
290
TÓPICO 2 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE CUSTOS
ATENCAO
FONTE: O autor
FONTE: O autor
291
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
FONTE: O autor
292
TÓPICO 2 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE CUSTOS
Nesse contexto, uma análise mais consistente deveria ser aplicada sobre
uma combinação ideal de produtos a serem vendidos de forma a maximizar o
lucro para fns de resultados. Para exemplifcar, suponhamos que a empresa
Lucro Certo tenha agora os seguintes produtos e demandas a seguir:
FONTE: O autor
293
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
A B C
Preço de Venda 20,00 25,00 15,00
Custo e Despesa Variável 8,00 15,00 10,00
Margem de Contribuição 12,00 10,00 5,00
Volume 30.000 35.000 40.000 105.000,00
% total do volume 28,6% 33,3% 38,1% 100,0%
Margem de contribuição ponderada 3,43 3,33 1,90 8,67
FONTE: O autor
FONTE: O autor
A B C
Preço de Venda 20,00 25,00 15,00
Volume 30.000 35.000 40.000 105.000,00
% total do volume 28,57% 33,33% 38,10% 100,0%
MIX de vendas no PE em quantidades 6.593 7.692 8.791 23.077
FONTE: O autor
294
TÓPICO 2 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE CUSTOS
Descrição PRODUTOS
A B C
Volume de vendas (unidades) 6.593 7.692 8.791 TOTAL
Preço de Venda Unitário 20,00 25,00 15,00
Custo variável Unitário 8,00 15,00 10,00
1. Receita Total 131.868,13 192.307,69 131.868,13 456.043,96
2. (-) Custo Variável Total -52.747,25 -115.384,62 -87.912,09 -256.043,96
3. (-) Despesas Variáveis (2%) - - - -
4. (=) Total Custos e Despesas Variáveis -52.747,25 -115.384,62 -87.912,09 -256.043,96
5. (=) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 79.120,88 76.923,08 43.956,04 200.000,00
(1-4)
6. (-) Custos e despesas fxas -200.000,00
7. (=) Lucro Operacional -
FONTE: O autor
295
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
FONTE: O autor
Dessa forma, essa empresa poderá reduzir seu volume em até 10.000
unidades, que representam 33,3% (10.000 unidades ÷ 30.000 unidades), que não
entrará na faixa de prejuízo. Contudo, operar nessa margem tênue representa
risco de prejuízo decorrente de quaisquer reduções ou aumentos nas variáveis de
custos, preços e lucros.
296
TÓPICO 2 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE CUSTOS
TE
IMPORTAN
FONTE: O autor
TE
IMPORTAN
297
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
298
TÓPICO 2 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE CUSTOS
FONTE: O autor
FONTE: O autor
299
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
300
TÓPICO 2 | CONTROLE E AVALIAÇÃO DE CUSTOS
301
RESUMO DO TÓPICO 2
302
● O ponto de equilíbrio seria o momento em que a receita total se equipara ao
custo e despesa total e pode ser medido em quantidades ou em receita total,
baseando-se, respectivamente, na margem de contribuição unitária ou no
percentual da margem de contribuição.
● O motivo é gerado pela estrutura de custos e despesas fxas, que não sofrem
modifcação e suportam o aumento de vendas em determinado nível de
atividades, permitindo uma alavancagem operacional.
303
AUTOATIVIDADE
1 Complete as lacunas das sentenças a seguir:
( ) Tem-se como característica que o custo fxo total não varia em função do
volume de produção devido à relação causal do custo fxo não explicar um
aumento ou redução de consumo em função de sua natureza.
( ) Para o custo fxo, quanto maior a quantidade a ser produzida, maior será a
capacidade de absorção do custo fxo total, portanto, menor será o custo fxo
unitário.
( ) O volume de produção afeta direta e proporcionalmente o custo variável
total. Isso indica que o custo variável por unidade também deverá variar
direta e proporcionalmente.
( ) O custo fxo unitário não varia em função do volume de produção, mas tão
somente o custo variável unitário.
304
I- Custo Fixo.
II- Custo Variável.
III- Custo Direto.
IV- Custo Indireto.
6 A Cia. Boa Sorte S.A é uma empresa do setor de calçados cuja liderança
é mantida com base na competitividade do preço e, para isso, contratou
em 20x2 um controller para avaliar a estrutura de custos mais adequada
para a empresa. No exercício encerrado em 20x1, a empresa apresentou os
seguintes valores:
Vendas 19.200.000
(-) Custo do Produto -11.120.000
Lucro Operacional Bruto 8.080.000
(-) Despesas Vendas e Adm -5.680.000
Lucro Operacional Líquido 2.400.000
( ) Recomendou que não deveria ter aceito a proposta, pois mesmo com
capacidade operacional, a margem de contribuição negativa ocorrida pela
redução do preço de venda unitário em 25% não conseguiu absorver os
custos e despesas fxos e ainda favoreceu para a redução do lucro em 38%.
( ) Recomendou que deveria ter aceito a proposta, pois tinha capacidade
operacional e a margem de contribuição do adicional das vendas, mesmo
com preço 25% inferior, contribuiria para absorver os custos e despesas
fxas e ainda aumentar o lucro em 52,50%.
306
( ) O controller observou que a margem de lucro em 20x1 era de 12,5% e se o
gestor tivesse aceito a proposta, a margem de lucro teria sido de 16,31%,
pois a margem de contribuição absorveu os custos de despesas fxas.
( ) O controlller observou que o crescimento da receita de 16,81% produziu um
efeito no lucro, gerando um aumento de apenas 20% devido à margem de
contribuição não oferecer a mesma lucratividade que as operações internas,
porém, com os custos variáveis unitários reduzidos, isso proporcionou o
aumento de lucro em vez de sua redução.
307
UNIDADE 3 TÓPICO 3
CONTROLE E AVALIAÇÃO NA
GESTÃO DA FORMAÇÃO DO
PREÇO DE VENDA
1 INTRODUÇÃO
Durante a leitura do conteúdo deste caderno, você percebeu vários fatores
que podem determinar o sucesso de uma empresa. A controladoria deve estar
atenta a todos esses movimentos, que afetam a dinâmica empresarial no curto e
longo prazo quanto ao alcance de seus objetivos organizacionais.
309
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
Parece ser muito fácil, pois basta o controller incluir na composição de preço
dos produtos a margem de lucro desejada sobre os custos, porém as questões que
envolvem preços são muito mais complexas do que simples acréscimos marginais
ao custo dos produtos. Segundo Figueiredo e Caggiano (1992, p. 171-172), os
problemas relacionados ao preço podem envolver várias situações:
310
TÓPICO 3 | CONTROLE E AVALIAÇÃO NA GESTÃO DA FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
2 TEORIAS DE PREÇO
Figueiredo e Caggiano (1992, p. 172) explicam a existência das teorias de
preço da seguinte forma:
311
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
312
TÓPICO 3 | CONTROLE E AVALIAÇÃO NA GESTÃO DA FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
Segundo Padoveze (2003, p. 388), “um dos pontos mais polêmicos é com
relação à margem de lucro que deve ser alocada ao mark-up. Fundamentalmente,
a margem de lucro desejada está ligada ao conceito de rentabilidade do
investimento”.
313
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
TE
IMPORTAN
FONTE: O autor
FONTE: O autor
314
TÓPICO 3 | CONTROLE E AVALIAÇÃO NA GESTÃO DA FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
315
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
Prova Real R$
Receita 4.000.000
Lucro Operacional - 6,5% 260.000
Impostos s/ Lucro - 25% -65.000
Lucro Líquido 195.000
Uma vez defnidos esses conceitos, agora será possível calcular a taxa de
marcação ou mark-up, que é a técnica que visa simplifcar os cálculos de preço dos
produtos.
316
TÓPICO 3 | CONTROLE E AVALIAÇÃO NA GESTÃO DA FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
FONTE: O autor
Imagine que a empresa Lucro Certo deseja criar uma taxa de marcação
para facilitar o cálculo do preço de seu produto e o controller tem as seguintes
informações:
317
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
Preço = 220,79
Com base no somatório dos percentuais dos demais gastos que não
estão inclusos no custo base de formação do preço de venda, cujo percentual
encontrado foi de 45,65%, considerando lucros, impostos sobre vendas, comissões
e as estimativas de despesas administrativas e comerciais transformadas em
318
TÓPICO 3 | CONTROLE E AVALIAÇÃO NA GESTÃO DA FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
LEITURA COMPLEMENTAR
Miguel Reale conceitua o Direito como o fato social na forma que lhe dá
uma norma racionalmente promulgada por uma autoridade competente segundo
uma ordem de valores. Assim, temos que um fato econômico se liga a um valor
de garantia para se expressar através de uma norma legal que atende às relações
que devem existir entre aqueles dois.
319
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
Uma vez que temos conhecimento da norma, que é fruto do ato de vontade
do Poder (legítimo), e do fato, qual seja, o fato econômico de relevância jurídica
(no caso específco, o fato gerador da obrigação tributária), resta-nos aprendermos
o valor. Tal valor, ou valores, deve ser “intuído” do momento histórico-cultural
da República Federativa do Brasil, que conduziu a escolha do Poder legítimo por
essa ou aquela proposição normativa.
320
TÓPICO 3 | CONTROLE E AVALIAÇÃO NA GESTÃO DA FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
• A divulgação do produto.
• Representantes comerciais.
• Marketing.
• Despesas com viagens, hospedagens, refeições e locomoções dos representantes.
• Telemarketing, telefone etc.
321
UNIDADE 3 | A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE
A interpretação astuta da Lei por parte da Receita Federal faz com que
o Contribuinte desperdice em torno de 0,5% a 1,5% do seu faturamento bruto,
apenas em relação aos créditos de PIS e a COFINS não descontados. Para evitar
tal situação é imprescindível conhecer e aplicar claramente a sistemática de não
cumulatividade do PIS e da COFINS.
322
RESUMO DO TÓPICO 3
● O preço está delimitado entre o custo e o valor, visto que as empresas não se
dispõem a oferecer seus produtos a preços inferiores a seu custo e da mesma
maneira os clientes não estão dispostos a pagar um preço maior sem que
perceba um benefício extra.
323
AUTOATIVIDADE
324
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V - V - F - F.
b) ( ) V - F - V - F.
c) ( ) F - V - F - V.
d) ( ) F - F - V - F.
325
representam 18% e desta forma tem que seu mark-up é de ____________, pois os
percentuais dos demais gastos não inclusos no custo base totaliza ____________,
logo terá um valor de R$ ____________ como custo base do produto Y.
326
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 6.
ed. São Paulo: Atlas, 2003.
ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
328
GARCIA, Alexandre Sanches. Introdução à controladoria: instrumentos básicos
de controle de gestão das empresas. São Paulo: Atlas, 2010.
IUDICIBUS, Sérgio de. Contabilidade gerencial. 6 ed. São Paulo: Atlas, 1998.
______. Puting the balanced scorecard to work. HBR, Sep./Oct. 1993. Disponível
em: <htp://girtab.ucc.ie/CCsaki/IS6120/PapersTasks/puting_the_balanced_
scorecard_to_work_1993.pdf>. Acesso em: 11 dez. 2011.
LUNDELL, Dean. Sun Tzu. A arte da guerra. Tradução Lenke Peres. São Paulo: Futura,
329
LYRA, Ricardo Luiz Wust Corrêa de; SILVA, Tarcício Pedro da; KRAUSS, Valter
Augusto. Controladoria. Blumenau: Edifurb; Gaspar: Sapience, 2009.
NAKAGAWA, Masayuki. ABC: custeio baseado em atividades. São Paulo: Atlas, 1994.
OLIVEIRA, Luis Martins de, PEREZ JR., José Hernandez; SILVA, Carlos Alberto
dos Santos. Controladoria Estratégica. São Paulo: Atlas, 2002.
330
PADOVEZE, Clóvis Luis. Controladoria básica. São Paulo: Pioneira Thomson
Learning, 2004.
331