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ii
5- FLUXO DE CAIXA.............................................................................................................. 19
7- SELEÇÃO DE PROJETOS................................................................................................. 45
8- FONTES DE FINANCIAMENTO...................................................................................... 51
iii
10- INCERTEZA E RISCO EM PROJETOS DE INVESTIMENTOS............................... 66
11.1-INTRODUCÃO ..................................................................................................................... 75
11.2- DEFINIÇÃO DAS AMOSTRAS ............................................................................................. 76
11.3- COLETA DE DADOS ........................................................................................................... 76
11.4- CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS.................................................................. 76
11.5- AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA.................................................................. 79
11.6- RECOMENDAÇÕES E CONCLUSÕES .................................................................................. 80
iv
1
1. Programa da disciplina
1.1 Ementa
A gestão financeira das empresas no ambiente de supply chain. Análise dos riscos
envolvidos. Metodologia para analisar projetos de investimentos: Taxa Média de
Retorno; “Payback”; “Payback” Descontado; Valor Presente Líquido; Taxa Interna de
Retorno; Taxa Interna de Retorno Modificada. Avaliação de Projetos em Condições de
Incerteza.
1.3 Objetivos
- Discutir e a analisar com os profissionais da área de logística a criação do valor, risco
e retorno e a seu processo de decisão em investimento de capital.
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1.5 Metodologia
Exposição dialogada, discussão de estudo de casos, resolução de exercícios com
incentivo à utilização da calculadora eletrônica, HP 12-C, e planilha eletrônica.
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- Fluxo de caixa
1 2 n Tempo
- Fatores de produção
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- Juros
- Regimes de capitalização
Exemplo 2.1: Suponha que uma pessoa entregou R$100,00 a um banco que paga juros
simples a razão de 10% ao período. Calcule o saldo credor no final de cada um dos
quatro períodos.
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P = R$ 100.000,00
n = 1 ano → 12 meses
i = 5% ao mês = 5/100 = 0,05
Solução
S = P.(1+ n.i)
S = 100.000.(1 + 12 . 0,05)
S = R$ 160.000,00
Exemplo 2.3: Suponha que para o problema anterior, os juros pagos sejam compostos.
Calcule o saldo credor no final de cada um dos quatro períodos.
- Fórmula: Sn = P (1+i)n
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∑c
j =0
j
VPL =
(1 + i ) j
VPL (TIR) = 0
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Projeto A
S= 179,69
P= 100
S= 313,84
Projeto B
n= 12; i = 10%
▲B/C = - 221,19
P= 100
Projeto C
S= 535,03
Interessante notar que quando traçamos o gráfico do Valor Atual versus taxas de juros
para o Projeto B, encontramos o seguinte:
VPL
TIR = 10%
74,76
5% 10% 15%
taxa de juros
-41,34
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• Caso do Cambista
10.000,00
0 12 meses
5.000,00
n= 12 meses
TIR= ?
30 UM
25 UM
0 n= 1 dia
20 UM (10 + 10) TIR= ?
1000 UM
4310 UM
1000 UM
4641 UM
1000 UM
0 4 anos
TIR= 15%; VA (8%)= -358.16
4993, 38 UM
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Seja {c0 , c1 , c2 , ... , cn } a seqüência de um fluxo de caixa. (De Faro 1995) define os
Projetos de Investimento da seguinte maneira:
∑c
j =1
j > c0
Verifica-se então que este fluxo de caixa apresenta apenas uma mudança de sinal na
seqüência {c0 , c1 , c2 , ... , cn }.
n k
∑ c j > −∑ c j
j = k +1 j =0
Nesse caso, tem-se também apenas uma mudança de sinal. Observa-se, que um projeto
de investimento simples é um caso especial de projeto de investimento convencional.
• Projeto não Convencional – aquele tal que c0 < 0 e apresenta mais de uma
variação de sinal no fluxo de caixa. Contudo, ainda satisfaz a condição:
n
∑
j=0
cj > 0
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- Análise financeira.
- Análise econômica.
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(e) A taxa de preferência temporal adotada para atualizar os fluxos de benefício e custo.
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Tanto na análise privada quanto social, o que nos interessa são os valores do
fluxo efetivo de caixa. Não se leva em conta os valores contábeis da depreciação, a não
ser que seja para cálculo de impostos na análise privada.
Ao final do horizonte de tempo considerado, considera-se como receita o valor
residual ou salvado do investimento.
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e que pode tomar mais simples para outras firmas fazerem o mesmo. Caso se possa
associar um preço a um dado efeito externo a ser pago ou recebido pelo seu causador e
incluí-lo entre as receitas ou despesas do projeto, ele deixa de ser um efeito externo.
Dizemos, então, que a efeito externo foi "Intemalizado". Outra maneira de internalizar a
externalidade é ampliar o escopo da análise e incorporar no sistema em estudo outras
atividades e agentes econômicos. Por exemplo, em vez de se estudar uma represa,
estudar o conjunto represa mais produção agrícola, incorporando-se eventuais
benefícios de irrigação e regularização do fluxo dos rios.
Existem alguns efeitos de um dado projeto sobre a cadeia produtiva situada a sua
jusante ou a sua montante, transmitidos tanto pelos preços, quanto em função de
variações de quantidades de bens produzidos ou consumidos pelo projeto. Estes efeitos
encadeados são de dois tipos:
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às viagens naquela rota e que já teriam sido a base para a valorização dos benefícios
diretos do projeto.
(i) Quando medidos via preço: não levam em conta aspectos redistributivos, e
não levam em conta o excedente do consumidor.
(ii) Os preços de mercado podem estar distorcidos (por exemplo, por taxas ou
pela presença de monopólio).
(iii) Quando sua medida não passa pela mercado, requerem a quantificação de
efeitos externos.
(iv) Mesmo para os bens que tem preços de mercado, seus preços podem não
levar em conta externalidades inerentes ao consumo daqueles bens e que
muitas vezes escapam de nossas análises, quando se adota o critério de
maximização do consumo agregado da sociedade.
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O enfoque básico adotado para avaliação dos custos dos insumos usados em um
dado projeto é o de que eles devem ser medidos através de seu custo de oportunidade,
ou seja, em relação ao seu valor social em uso alternativo que se abre mão, ao empregá-
los no projeto em questão.
O conceito de custo de oportunidade é um conceito clássico na ciência
econômica. No caso da análise de projetos, traz uma obrigação a mais de refletirmos
sobro os usos alternativos (e qual o melhor deles) que cada fator empregado no projeto
poderia ter. É a partir desses usos alternativos (e tendo como referência a disposição dos
consumidores a pagar) que podemos determinar o valor social de nossos insumos.
Quando um investimento resulta na utilização de fatores, que de outro modo
estariam ociosos seu custo de oportunidade será, em geral, menor que o seu preço de
mercado. O quão menor dependerá, entre outras coisas, da duração do tempo esperado
em que aqueles recursos ficariam ociosos, caso o projeto não se concretizasse (Pimentel,
op.cit.).
Excedente do Produtor (B): é a diferença entre o preço que o produtor aceitaria para
vender determinada quantidade e o preço pelo qual, efetivamente, ele vende.
P
Excedente do Oferta
consumidor
A
pe
B
Demanda
Excedente
do produtor
De=Qe Q
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B Pe
E
P* A C D
Pw
Qs Qs` Qe Qt` Qt Q
Assim temos:
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B Pe
E
P
A C D
Pw
Qs Qs` Qe Qt` Qt Q
Interessante notar que, como o governo não arrecada com a cota, a perda social é
maior em comparação com o imposto de importação, dado um preço igual para as duas
medidas.
O valor acrescentado na perda social é, justamente a arrecadação antes
auferida pelo governo (C+D), que agora faz parte dos lucros dos produtores
estrangeiros.
Concluindo este capítulo, deve-se destacar ainda que estas análises, econômica e
financeira, adotam, usualmente, abordagens determinísticas, levando-se em conta os
valores mais prováveis (esperados para os parâmetros envolvidos). Em qualquer caso,
as análises de sensibilidade (ou de cenários, em um caso mais geral) devem ser sempre
empregadas, para avaliar as conseqüências de mudanças nas hipóteses básicas
assumidas na caracterização do projeto.
Este módulo, em função de seus objetivos está voltado para a análise financeira
de projetos.
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5- Fluxo de caixa
- Nas empresas tributadas pelo lucro presumido, as alíquotas do PIS e COFINS são
as seguintes:
1
Projetos relacionados a substituição de equipamentos devem considerar, na componente de
investimento, a parcela referente a venda do ativo velho e sua respectiva tributação. Esse resultado
acarretará numa redução do investimento.
2
Instituições Financeiras a alíquota é de 0,75%.
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- Para as empresas tributadas pelo lucro real, as alíquotas do PIS e COFINS são as
seguintes:
PIS não cumulativo: 1,65% sobre a receita líquida de despesas permitidas pela
Receita Federal.
ii. 18% nas operações internas e importações em São Paulo, Minas Gerais e Rio de
Janeiro e 17% nos demais estados;
• Imposto de Renda (IR) – a alíquota referente às empresas tributadas pelo lucro real
é de 15% sobre o lucro real, antes das despesas do imposto de renda e até
R$240.000,00/ano. O que exceder a este limite estserá sujeito a um adicional de
imposto de renda de alíquota de 10%;
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I −L
D=
n
Exemplo 5.1: Seja um equipamento cujo preço quando novo é de $10.000,00, que
apresente uma vida útil estimada em 5 anos, no fim dos quais apresente um valor
residual de $1.000. Calcular a depreciação pelo Método da Linha Reta
10000 − 1000
D= = $1.800
5
Período Quota Anual ($) Fundo de Depreciação ($) Valor Contábil ($)
0 - - 10.000
1 1.800 1.800 8.200
2 1.800 3.600 6.400
3 1.800 5.400 4.600
4 1.800 7.200 2.800
5 1.800 9.000 1.000
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D K = d ⋅ I k −1
1/ n
L
d = 1−
I
onde:
d – taxa de depreciação;
L – valor residual;
n – vida útil do projeto
I – investimento.
Exemplo 5.2: Utilizar o método da taxa fixa de depreciação (Matheson) para o exemplo
5.1, anterior.
1 . 000
d =1− 5 ≅ 0 , 37
10 . 000
Período Quota Anual ($) Fundo de Depreciação ($) Valor Contábil ($)
0 - - 10000
1 3.690,00 3.690,00 6.310,00
2 2.328,39 6.018,39 3.981,61
3 1.469,21 7.487,60 2.512,40
4 927,07 8.414,68 1.585,32
5 584,98 8.999,66 1.000,34
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Método do declínio em dobro – procura sinalizar uma rápida perda de valor nos
primeiros períodos, sendo sua expressão dada por:
Dk = 2. Ik-1
n
Período Quota Anual ($) Fundo de Depreciação ($) Valor Contábil ($)
0 - - 10000,00
1 4.000,00 4.000,00 6.000,00
2 2.400,00 6.400,00 3.600,00
3 1.440,00 7.840,00 2.160,00
4 864,00 8.704,00 1.296,00
5 296,00 9.000,00 1.000,00
Dk = 2. (n - k +1) . (I – L)
n. (n+1)
Período Quota Anual ($) Fundo de Depreciação ($) Valor Contábil ($)
0 - - 10000,00
1 3000,00 3000,00 7000,00
2 2400,00 5400,00 4600,00
3 1800,00 7200,00 2800,00
4 1200,00 8400,00 1600,00
5 600,00 9000,00 1000,00
I= $10000,00; L= $ 1000,00
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12000
10000
8000
Linear
Valor Contábil
Matheson
6000
Declínio em Dôbro
Cole
4000
2000
0
1 2 3 4 5 6
Tabela 5.1
Método da Linha Reta
Ativo Taxa Anual de Depreciação Prazo de Vida Útil (anos)l
Instalações 10% 10
Edificações 4% 25
Móveis e utensílios 10% 10
Mmáquinas e equipamentos 10% 10
equipamentos de informática 20% 5
O Fisco aceita que as taxas de depreciação sejam superiores as indicadas, desde que seja
justificado por um laudo de perícia técnica do Instituto Nacional de Tecnologia ou
outro órgão de pesquisa científica ou tecnológica. Existem também situações especiais,
que a legislação tributária admite o uso da depreciação acelerada. Empresas com mais
de um turno de trabalho e necessidade de estimular a implantação de um projeto, são
exemplos de sua utilização.
3
Instrução Normativa no 162, de 31 de dezembro de 1998 (DOU 7/01/99)
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25
ii. Lucro Tributável – é igual ao Lucro Bruto menos Despesas menos Depreciação;
iii. Imposto de Renda – calculado a partir de uma alíquota que incide sobre o Lucro
Tributável;
iv. Lucro Líquido Após o Imposto de Renda – diferença entre o Lucro Tributável e o
Imposto de Renda.
Portanto, o fluxo de caixa operacional pode ser definido como a soma do Lucro
Líquido Após o Imposto de Renda e a Depreciação.
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Tabela 5.2
Fluxo de Caixa de um Projeto de Investimento
Vida Econômica do Projeto
Itens 0 1 2 3 ... n
Receita R1 R2 R3 ... Rn
Menos: Custo Operacionais C1 C2 C3 ... Cn
EBITDA5
Menos : Depreciação D1 D2 D3 Dn
Lucro Antes dos Juros e Imp. Renda6 LAJIR1 LAJIR2 LAJIR3 ... LAJIRn
Menos: Imposto de Renda IR1 IR2 IR3 ... IRn
Lucro Líquido Após o Imposto de Renda LL1 LL2 LL3 ... LLn
4
Também chamado de Free Cash Flow to Firm
5
EBITDA (Earning Before Interest, Taxes, Depreciation/Depletion and Amortization)
6
Também se usa a sigla em inglês EBIT (Earnings Before Interest & Tax).
7
Será visto no capítulo a respeito de formas de alavancagem, um certo nível de endividamento é bom
para a empresa em razão dos benefícios fiscais.
8
Em inglês Free Cash Flow to Equity
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Tabela 5.3
Fluxo de Caixa de um Projeto de Investimento
Vida Econômica do Projeto
Itens 0 1 2 3 ... n
Receita R1 R2 R3 ... Rn
Menos: Custo Operacionais C1 C2 C3 ... Cn
EBITDA
Menos : Depreciação D1 D2 D3 ... Dn
Lucro Antes dos Juros e Imp. Renda LAJIR1 LAJIR2 LAJIR3 ... LAJIRn
Menos: Juros J1 J2 J3 ... Jn
Lucro Líquido Após o Imposto de Renda LL1 LL2 LL3 ... LLn
Mais: Depreciação D1 D2 D3 ... Dn
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6. Indicadores de avaliação de
projetos de investimentos
Esta técnica relaciona o total de receita líquida auferida ao longo da vida útil do
projeto com o investimento inicial desembolsado. Portanto, tem-se:
∑c j
R /C =
c0
Exemplo 6.1: Uma empresa de Itajaí, SC, investe R$ 50.000,00 num projeto que
apresenta o seguinte fluxo de caixa:
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60.000
RBC = = 1,2
50.000
∑c
i =1
j
RM / C =
n ⋅ c0
60.000
RM / C = = 0,3
4 ⋅ 50.000
Mede o tempo necessário para que o somatório das receitas líquidas futuras se
iguale ao valor do investimento inicial para um projeto de investimento do tipo
convencional. Supondo uma série uniforme de receitas líquidas (c1 = c2 = ... = cn = c),
projeto de investimento simples, o tempo de recuperação do capital (Τ) é calculado da
seguinte maneira:
c0
Τ=
c
Exemplo 6.3: Calcular o período payback simples do projeto representado pela tabela
abaixo:
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30
40 .000
T = = 4 anos
10 .000
No caso de uma série mista as receitas líquidas devem ser acumuladas até a recuperação
do investimento inicial. Explicando melhor, se a recuperação do investimento inicial
estiver entre cj e cj+1 o payback será dado pela seguinte equação Figura 11.2: Quadro de
Oportunidades de Investimento e do CMaPC; (Gitman; 1987)
j
c0 + ∑ ci
i =1
Τ =tj −
c j +1
Exemplo 6.4: Uma empresa de Blumenau, SC, está tentando avaliar a viabilidade de
investir $95.000,00 num equipamento cuja vida útil é de cinco anos. A empresa estimou
as receitas líquidas conforme a tabela abaixo:
Verifica-se que o período Payback está entre o terceiro e o quarto ano, logo aplicando
fórmula:
− 95.000 + 75.000
T = 3− = 3,57 anos
35.000
2. no caso do payback fornece medidas de risco e de liquidez, uma vez que quanto
menor é o prazo de recuperação mais segurança e maior liquidez o projeto terá.
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31
Neste caso as receitas líquidas não possuem o mesmo peso, isto é, dependem da
taxa de desconto e do instante que ocorre no tempo. Sua fórmula é dada por:
j
c
c 0 + ∑
k = 1 (1 + i )
k
k
T d = t j −
c j + 1
j + 1
(1 + i )
Exemplo 6.5: Calcular o Payback Descontado do exemplo 6.4, supondo uma taxa de
desconto de 10% ao ano.
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− 95.00 + 85.288
Td = 4 − = 4,5 (quatro anos e seis meses)
24.837
∑cj =0
j
VPL =
(1 + i ) j
onde:
i – taxa de desconto.
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O critério de decisão desse método determina que enquanto VPL > 0, o projeto deve
ser aceito. As vantagens do VPL são:
iii. Considera o fator tempo no valor do dinheiro ao estabelecer uma taxa de desconto;
É a taxa de juros que iguala o valor atual do fluxo de caixa de um projeto a zero,
isto é, deve ser verificada a seguinte expressão:
VPL (TIR) = 0
9
Também pode ser comparada com uma taxa mínima de atratividade pré-estabelecida.
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Como TIR é maior que a taxa de desconto (10% ao ano) tem-se que o projeto é
viável.
Análise do VPL
60.000,00
50.000,00
40.000,00
30.000,00
TIR=15,36% ao ano
20.000,00
VPL(i)
10.000,00
0,00
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%
-10.000,00
-20.000,00
-30.000,00
-40.000,00
i
Observa-se pelo gráfico acima que o projeto apresenta-se viável para taxas de
desconto inferiores a 15,362% ao ano, isto é, as receitas líquidas futuras compensam o
capital investido para taxas inferiores a TIR.
A TIR tem como principal vantagem o fato de seu resultado apresentar-se sob
forma de taxa de juros, o que facilita a compreensão de todos os interessados no projeto.
Todavia, dado que a expressão acima representa um polinômio de grau n pode
acontecer, no caso de projetos não convencionais, dos resultados apresentarem soluções
complexas, negativas ou mais de uma solução para taxa de retorno, caso haja mais de
uma raiz positiva. Para saber se o polinômio originado do cálculo da TIR apresenta mais
de uma solução real e positiva pode-se utilizar a Regra de Sinais Descartes oriunda do
estudo das equações polinomiais. Esta enuncia que “...o número de raízes maiores que
–1, ou maiores que 100%, é igual ou menor que o número de mudanças de sinais do
fluxo de caixa” (Laponi, 1996). Um projeto do tipo convencional, por apresentar uma
mudança de sinal no fluxo de caixa, possui apenas uma TIR.
Fundamentos de LogísticaII
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“... para que tal regra faça sentido é necessário que certas condições sejam
satisfeitas; em particular, devem ser verificadas condições de consistência e de
unicidade, que são de natureza matemática. Adicionalmente, deve também ser satisfeita
uma condição de consistência, que é de cunho econômico. Isto é, o resultado da
avaliação não pode entrar em conflito com o que seria obtido via o emprego do
chamado método do valor atual (ou valor presente líquido).”
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36
Pela Regra de Descartes verifica-se que existem duas TIR’s, o que é confirmado
pelo gráfico de VPL (supondo i = 10% a.a.) abaixo.
200
150
100
VPL
50
0
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50% 55% 60% 65% 70% 75% 80%
-50
-100
i
Pelo gráfico acima, o comportamento do VPL sinaliza que a primeira TIR está
entre 5% e 10% e a segunda entre 65% e 70%. Utilizando a função financeira TIR da
planilha Excel e informando taxas estimadas compatíveis com os intervalos
apresentados, tem-se:
A TIRM é definida como a taxa de desconto que iguala o valor futuro das entradas de
caixa ao valor presente das saídas de caixa de um projeto. Esta medida é definida pela
seguinte fórmula:
n
SC t ∑ EC t (1 + k ) n − t
∑t = 0 (1 + k ) t
= t = 0
( 1 + TIRM ) n
onde:
Fundamentos de LogísticaII
37
iii. a TIRM é tão boa quanto o VPL quando da escolha entre projetos mutuamente
exclusivos.
O VUL é a diferença entre os valores das séries uniformes das entradas e saídas
e caixa de um projeto.
n
k ⋅ (1 + k ) n
VUL = ∑ ( EC
t=0
t − SC t ) ⋅ (1 + k ) −t
(1 + k ) n − 1
ou
k ⋅ (1 + k ) n
VUL = VPL ⋅
(1 + k ) n − 1
Exemplo 6.10: Calcule o VUL do exemplo 6.5, para uma taxa de desconto de 10% aa..
Exemplo 6.11: Calcule o VUL do exemplo 6.8, para uma taxa de desconto de 10% aa..
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38
Relação entre o valor presente das receitas brutas (Bj) e o valor presente dos
custos (Cj), cuja expressão é a seguinte:
n
EC
∑ (1 + i) j
j=0
RBC =
n
SC
∑ (1 + 1) j
j=0
O critério de decisão, para esta medida, considera que o projeto será viável se, a
uma taxa de atratividade (i), a razão benefício/ custo for superior a unidade.
Apesar de ser bastante utilizado, este indicador tem como principal desvantagem
a possibilidade de manipulações algébricas, que podem alterar a viabilidade de um
projeto.10
Exemplo 6.12: Calcule o RBC do exemplo 6.5, para um custo de capital de 10% aa.
Exemplo 6.13: Calcule o RBC do exemplo 6.8, para um custo de capital de 10% aa.
10
Uma outra forma de definir o B/C seria colocar no numerador a receita líquida (receita menos custos
operacionais), deixando no denominador apenas o custo de investimento.
Fundamentos de LogísticaII
39
Suponha que o custo de capital, medido pela taxa real, seja de 10% a.a, para
uma taxa de indexação constante igual a 5% a.a:
Neste caso o VPL deverá ser calculado com um custo de capital em termos de taxas de
juros real, portanto:
VPL = $ 37.281,94
11
Outras instituições que também calculam índices de inflação: IBGE, FIPE, DIEESE
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40
Exercício 6.15: Uma companhia do interior de São Paulo, estuda a instalação de uma
turbina para produção de energia elétrica. Atualmente, a energia é comprada por
R$280.000,00. A turbina exigiria uma investimento inicial de R$1.400.000,00,
consumindo anualmente R$58.000,00 de manutenção e R$21.000,00 de mão de obra.
Sua vida útil seria de 10 anos e os impostos de seguro seriam de 3% do investimento
inicial. Considerando nulo o valor residual e sendo de 12% a taxa de desconto mínima,
que decisão deve ser tomada?
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41
Fundamentos de LogísticaII
42
R$ 3.621.378,00
R$ 426.143,00
1 10 11 13
R$6.000.000,00
Ativar tecla c
f FIN
6000000 CHS
g CF0
426143 g CFj
10 Nj
3621378 g CFj
3 Nj
f IRR ⇒ i = 10,19 √
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43
a) Valor Atual
b) TIR
c) Compra deve ser efetuada? Por quê?
26.000
20.000
9.000
0 1 12
92.087,08
Ativar tecla c
f FIN
92087,08 CHS
g CF0
20000 g CFj
19000 g CFj
18000 g CFj
17000 g CFj
16000 g CFj
15000 g CFj
14000 g CFj
13000 g CFj
12000 g CFj
11000 g CFj
10000 g CFj
35000 g CFj
i = 10
f NPV ⇒ 22.569,94 √
Fundamentos de LogísticaII
44
f IRR = 15% √
c) Conclusão:
A compra deve ser efetuada pois o valor atual é positivo. Isto também pode ser
confirmado pelo fato de que a taxa interna de retorno de 15% é superior a taxa mínima
de atratividade de 10%. √
B
VPLs versus Taxas de Descontos dos Projetos A e B
40000,00
30000,00 B
20000,00
A
10,4%
VPLs
A
10000,00
B
0,00
0% 5% 10% 15% 20% 25%
-10000,00
-20000,00
Taxas de Descontos
Fundamentos de LogísticaII
45
7- Seleção de projetos
iii. Calcula-se a taxa interna de retorno13 (ou B/C) do fluxo de caixa incremental. Caso
TIR{∆(A2 – A1)} > (<) custo de capital ou B/C{∆(A2 – A1)} > (<) 1 o projeto A2
(A1) predomina sobre A1 (A2) 14;
12
Existe uma suposição implícita na escolha entre projetos mutuamente exclusivos, que é a de todos
apresentarem a mesma vida útil.
13
A taxa interna de retorno incremental é chamada de taxa de retorno sobre os custos de Fisher (ou taxa
“fisheriana”).
14
Não existe a necessidade de efetuar a análise incremental para o critério do VPL. Isto pode ser visto
pelo seguinte exemplo:
Supondo dois projetos mutuamente exclusivos, A e B, sendo que o investimento do segundo é maior do
que o primeiro, o VPL do fluxo de caixa incremental é dado por:
n (b j − a j ) n bj n aj
VPL{∆(B − A)} = ∑ =∑ −∑ = VPL(B) − VPL( A)
j =1 (1 + i) j
j =1 (1 + i) j
j =1 (1 + i) j
Fundamentos de LogísticaII
46
iv. O projeto escolhido em iii é comparado com A3 e todo processo é repetido até a
última alternativa.
Exemplo 7.1: Uma empresa está fazendo uma análise para escolher o melhor, dentre
dois projetos mutuamente excludentes, para expandir sua capacidade de armazenagem.
Os fluxos de caixa dos projetos são apresentados abaixo e sabendo que o custo de
capital é de 15% ao ano, qual dos dois projetos seria o escolhido.
Análise Individual:
Critérios Projeto A Projeto B
Payback (ano) 3,68 2,68
Payback Descontado (ano) 4,93 3,02
VPL ($) 9,25 14,82
TIR 15,7% 17,3%
Análise Incremental:
Critérios ∆ (A-B)
VPL ($) -5,57
TIR 14%
Portanto, a análise incremental também mostra que o Projeto B deve ser o escolhido. O
VPL do fluxo incremental é negativo e a TIR, de 14% é menor do que o custo de
capital, de 15% ao ano.
Fundamentos de LogísticaII
47
Exemplo 7.2: Uma empresa está procurando escolher o melhor de três projetos
mutuamente exclusivos – A, B e C. Os fluxos de caixa para cada projeto são dados
abaixo. O custo de capital adequado para a avaliação destes projetos é de 15% a.a.
Dentro desta mesma linha de raciocínio, poderia se também considerar os fluxos dos
projetos A, B e C como séries em perpetuidade, onde as receitas líquidas seriam
equivalentes aos seus respectivos valores de VPLs, anteriormente determinados. Nestas
novas composições de séries perpétuas, o projeto escolhido deverá apresentar o maior
VPLP resultante, conforme será mostrado a seguir:
Fundamentos de LogísticaII
48
Fundamentos de LogísticaII
49
Exemplo 7.3: Uma empresa está tentando selecionar o melhor grupo de projetos
independentes que competem entre si pelo orçamento de capital da empresa fixado em
$250.000. A empresa reconhece que qualquer parcela não utilizada desse orçamento irá
gerar um ganho menor que seu custo de capital de 10% ao ano, resultando, desse modo,
num valor presente das entradas de caixa menor que o investimento atual. A empresa
resumiu os dados básicos a serem utilizados na seleção do melhor grupo de projetos na
seguinte tabela:
Nesse caso, a seleção de projetos viáveis, segundo o valor da TIR é: B(20%), C(16%),
E(15%), A(12%), F(11%)15. Entretanto a restrição orçamentária faz com que os
escolhidos sejam apenas os projeto B, C e E, cujo total de investimento será de
$230.000. O acréscimo do Projeto A superaria em $60.000 o orçamento fixado
($310.000 – $250.000).
15
O projeto D nem é considerado, pois sua TIR é menor do que o custo de capital da empresa. O
exemplo a seguir, esclarece este critério.
Fundamentos de LogísticaII
50
Exemplo 7.4: Com os dados do exemplo 7.3, onde a restrição orçamentária tem o valor
de $ 250.000,00, selecione os projetos pela abordagem do VPL.
Observação: O indicador de taxa interna de retorno (TIR) deve ser considerado apenas
como indicativo mas não como conclusivo, na medida que supõe reinvestimentos dos
fluxos de caixa resultantes a mesma taxa da TIR, o que não é verdade. Portanto, em
processos decisórios entre projetos independentes, com restrição de capital, o indicador
de valor presente líquido é o melhor. Nas palavras de Luís Pereira, the best parameter
between both of the two.
Fundamentos de LogísticaII
51
8- Fontes de financiamento
Fundamentos de LogísticaII
52
Securitização de
Recebíveis
Bonds
Debêntures
Fundamentos de LogísticaII
53
A empresa, que emite ações, capta recursos, cuja devolução não é compulsória.
É uma operação de aumento do patrimônio líquido da empresa. A debênture, entretanto,
é um título de dívida.
Quando uma empresa lança debêntures, ela está contraindo uma dívida de
longo prazo sobre a qual incide juros e correção monetária, através de algum tipo de
indexador. O lançamento de uma debênture conversível em ação, representa
normalmente um estágio inicial definido pela empresa, que efetivamente deseja
futuramente abrir seu capital.
• Debênture no valor de $1.500, com fórmula de conversão onde cada ação vale uma
vez e meia o valor apresentado no último balanço, cujo valor patrimonial é de $1,00.
• Portanto, o preço para a conversão da ação é de $1,50 ($1,00 x 1,5).
• Portanto, uma debênture no valor de $1.500,00 pode se transformar em 1000 ações
($1.500,00/$1,50).
Fundamentos de LogísticaII
54
• Competitividade
• Infra-estrutura de ciência e tecnologia
• Tecnologias de ponta
• Tecnologia da informação
• Meio ambiente
• Energia e transporte
• Desenvolvimento regional
Fundamentos de LogísticaII
55
O BID foi criado em 1959 para contribuir para o progresso econômico e social
da América Latina e Caribe. Possui uma entidade afiliada, Corporação de Investimento
Interamericana (IIC) que promove o desenvolvimento econômico dos 34 países
membros, através do financiamento de pequenas e médias empresas. A partir de 1995 o
BID também passou a emprestar cerca de 5% de seus recursos disponíveis diretamente
ao setor privado, sem a necessidade de garantias governamentais.
Fundamentos de LogísticaII
56
8.3.5- Eximbanks
Fundamentos de LogísticaII
57
⇒- Risco financeiro: O risco financeiro é relacionado com a variação do lucro por ação
da empresa (LPA) decorrente das variações do LAJIR. É afetado pela composição do
financiamento a longo prazo, ou estrutura de capital da empresa. Aumentando a
proporção de financiamento de custo fixo em sua estrutura de capital, financiamento a
longo prazo, leasing, a empresa elevará seu risco e, conseqüentemente, seus custos
financeiros, e vice-versa. Ao analisar o custo de capital, supõe-se que o risco financeiro
se manterá inalterado, ou seja, as decisões financeiras não afetam o grau de reação do
LPA às mudanças no LAJIR.
Fundamentos de LogísticaII
58
ki = rj + bp + fp
ki = custo específico dos vários tipos de financiamento a longo prazo
A relação acima indica que o custo de cada tipo específico de capital depende do
custo livre de risco daquele tipo de fundo, do risco do negócio e do risco financeiro da
empresa.
Fundamentos de LogísticaII
59
Agora, considerando que a taxa interna de retorno esperada (12%) é menor do que o
custo de financiamento (14%), a empresa resolveu não realizar o projeto:
Entretanto, esta decisão não foi ao encontro ao melhor interesse dos seus
proprietários. Devido ao inter-relacionamento das decisões financeiras, a empresa em
questão deveria ter usado o conceito de custo combinado, que a longo prazo forneceria
as melhores decisões. Ao ponderar o custo de cada fonte de financiamento por sua
proporção, na estrutura desejável da empresa, pode ser obtido um custo médio
ponderado de capital (CMePC), que reflita o inter-relacionamento das decisões de
financiamento. Supondo que seja desejada uma composição 50%50% de endividamento
e de capital próprio, o custo médio ponderado acima seria de 10%, calculado conforme
se segue:
Fundamentos de LogísticaII
60
wi + wp + ws = 1
Exemplo 9.2: Determine o custo médio ponderado de capital para a seguinte estrutura
de custo de uma empresa denominada Interlinks, conforme a tabela 9.1 abaixo.
Fundamentos de LogísticaII
61
Exemplo 9.3: Suponha o caso de uma determinada empresa, que possua a seguinte
estrutura de capital e de remunerações (Pereira, Luís Fernando; 1999)
BALANÇO PATRIMONIAL
PASSIVO EXIGÍVEL
$ 33
PATRIMÔNIO rd = 10,61%
ATIVO PERMANENTE LÍQUIDO
$ 100 $67
CmePC= 15% re = 20%
2 $/ano
TIR = 7%
15 $/ano
13 $/ano
TIR = 20%
Fluxo de Caixa do Projeto
$100
$67
Fundamentos de LogísticaII
62
relativas aos fluxos de caixa do projeto e da equity, equivaleriam aos custos mínimos
associados ao custo médio ponderado de capital e dos acionistas, respectivamente.
Exemplo 9.4: Uma empresa de Sorocaba, SP, deseja investir $100 num determinado
projeto. As receita e os custos operacionais anuais estimados são de $50/ano e $20/ano.
A depreciação será feita pelo método da linha reta, com um valor residual de 20. Além
disso, a empresa pretende buscar um financiamento cujo valor é de 50% do
investimento, sendo o sistema de amortização americano, com juros pagos
periodicamente, a taxa de 8% a.a..O custo de capital dos acionistas de 15,20% a.a. e
alíquota de imposto de renda de 40%. Em face do exposto, utilizando os conceitos de
VPL e TIR, com relação aos fluxos de caixa da equity e do projeto, analise a viabilidade
financeira deste projeto.
Fundamentos de LogísticaII
63
Equity Projeto
Custo do capital 15,20% -
CMePC - 10%
Conclusão:
- Podemos verificar pela tabela acima que as Taxas Internas de Retorno dos fluxos de
caixa da equity e do projeto são superiores a seus respectivos custos de capital (próprio
e ponderado). Além disto, seus VPLs descontados, respectivamente, pelo custo de
capital próprio eponderado são positivos. Com isto, a rentabilidade do projeto será
capaz de cobrir as fontes de recursos provenientes dos acionistas e de terceiros, sendo,
portanto, o mesmo viável!
Fundamentos de LogísticaII
64
Com relação a estrutura ótima de capital, existem três diferentes correntes, que
serão explicitadas a seguir.
Os tradicionalistas sustentavam que, sendo a rentabilidade esperada dos capitais
de terceiros (rd) menor do que a rentabilidade exigida pelos acionistas (re), quanto
maior o endividamento, menor o custo médio ponderado de capital, devendo a empresa,
portanto, se endividar ao máximo.
re
CMePC
rd
[D/(D+E)]
%
re
CMePC
rd
[D/(D+E)]
Assim, segundo Modigliani e Miller, o valor da firma seria dado pelo lado
esquerdo do balanço, ou seja, pela capacidade dos ativos gerarem fluxo de caixa, e não
pela forma como a firma é financiada. Portanto, o que importaria é o tamanho da pizza
e não a forma com é dividida.
Uma terceira corrente considera que Modigliani e Miller estavam certos ao
afirmar que re aumentaria com o endividamento, porém erram ao afirma que [D/(D+E)]
seria irrelevante e que o CmePC permaneceria constante. Na realidade, ao
Fundamentos de LogísticaII
65
%
re
CMePC
rd
[D/(D+E)]*
%
re
rd
rd
[D/(D+E)]*
Esta terceira corrente parece ser confirmada na prática, pelo fato de as firmas
realmente se endividarem e perseguirem um certo grau de endividamento ótimo
(Pereira, Luís Fernando; op.cit.).
Fundamentos de LogísticaII
66
Os métodos quantitativos utilizados, para este tipo de análise, são apresentados a seguir:
16
Havendo estabilidade monetária e competitividade entre fornecedores, pode-se
considerar o investimento como uma variável determinística, quando o projeto é do tipo
convencional. Isto é decorrente do fato de que o empreendedor, ao realizar o
investimento na data zero, dispor de pleno conhecimento do dispêndio de capital.
Fundamentos de LogísticaII
67
Exemplo 10.1: Uma empresa realiza projetos que propiciem um ganho superior ao
custo de capital de 15%. Presentemente, está considerando realizar um projeto de
investimento, e deseja determinar o seguinte:
PLANILHA EXCEL
Linha Colunas
A B C D
Período Fórmulas Fluxo do Comentário
projeto
47 0 =- 61450 (61450)
48 1 =10.000 10000
49 2 =B48 10000
50 3 =B49 10000
51 4 =B50 10000
52 5 =B51 10000
53 6 =B52 10000
54 7 =B53 10000
55 8 =B54 10000
56 9 =B55 10000
57 10 =B56 10000
58 TMA =15% 15%
59 TIR =TIR(B47:B57) 10% Projeto não é
60 VPL =VPL($B$58;B48:B57)+B47 (11262,31) aceitável !!
60 No de períodos =NPER(B58;B48;B47) 18 VPL < 0
61 VPL =VPL($B$58;B48:B57)+B47 10,0% TIR < TMA
62 Entrada de caixa *Ferramenta/Atingir meta 12.000
mínimo
*Ferramentas/Atingir meta:
Definir célula: B60
Para valor: 0
Variando célula: B48
OK
Fundamentos de LogísticaII
68
Nesta abordagem, devem ser identificadas as variáveis que mais podem afetar o
fluxo de caixa. A partir daí, uma das variáveis é escolhida e inúmeros valores são
considerados para a mesma, sendo seu impacto medido pelo VPL. Atualmente, existe
recurso em planilha eletrônica que permite efetuar uma análise de sensibilidade a duas
variáveis, gerando assim uma matriz cujas interseções entre linhas e colunas
apresentarão o valor do VPL/TIR, considerando ceteris paribus os demais componentes
do fluxo de caixa. Isto possibilita verificar quais as combinações, que tornarão o projeto
inviável. A Tabela 12.1 apresenta o formato desta matriz.
Tabela 10.1
Análise de Sensibilidade
Y
X Y1 y2 y3
x1 VPL11 VPL12 VPL13
TIR11 TIR12 TIR13
x2 VPL21 VPL22 VPL23
TIR21 TIR22 TIR23
x3 VPL31 VPL32 VPL33
TIR31 TIR32 TIR33
x4 VPL41 VPL42 VPL43
TIR41 TIR42 TIR43
• Investimento: $550.000
• Capital de Giro: $50.000
• Vida Útil: 10 anos
• Vendas Anuais Estimadas: 6000 unidades
• Preço de Venda Unitário: $100
• Custos Operacionais: 350.000
• Alíquota de Depreciação: 10% a.a.
• Valor Residual para o ano 10: $50.000 (liberação do capital de giro; valor residual
das imobilizações igual a zero)
• Alíquota de IR: 35%
• Custo de Capital: 10% a.a.
Fundamentos de LogísticaII
69
Itens 0 1 2 3..........8 9 10
Receita 600.000 600.000 600.000 600.000 600.000
Menos: Custos Operacionais (350.000) (350.000) (350.000) (350.000) (350.000)
LAJIR 250.000 250.000 250.000 250.000 250.000
Menos: Depreciação (55000) (55.000) (55.000) (55.000) (55.000)
LAIR 195.000 195.000 195.000 195.000 195.000
Menos: Imposto de Renda (68.250) (68.250) (68.250) (68.250) (68.250)
Lucro Líquido Após o 126.750 126.750 126.750 126.750 126.750
Imposto de Renda
Mais: Depreciação 55.000 55.000 55.000 55.000 55.000
Fluxo de Caixa Operacional 181.750 181.750 181.750 181.750 181.750
Menos: Investimento (550.000)
Menos Capital de Giro (50.000)
Mais Recuperação do CG 50.000
Fluxo do Projeto -600.000 181.750 181.750 181.750 181.750 231.750
VPL 536052,24
TIR 27,9%
Análise de Sensibilidade
VPL = VPL (Taxa de desconto; IR)
Alíquota de IR
TAXA 20% 25% 30% 35% 40%
5% 1.059.981,73 984.694,82 909.407,90 834.120,99 758.834,07
10% 715.780,82 655.871,29 595.961,77 536.052,24 476.142,71
15% 471.319,42 422.386,42 373.453,43 324.520,43 275.587,44
20% 292.686,89 251.810,29 210.933,68 170.057,08 129.180,48
25% 158.744,90 123.932,49 89.120,09 54.307,68 19.495,27
Fundamentos de LogísticaII
70
Análise de Sensibilidade
TIR = TIR ( Preço; IR)
Alíquota de IR
Preço 20% 25% 30% 35% 40%
80,00 14,55% 13,74% 12,92% 12,09% 11,25%
85,00 19,56% 18,49% 17,40% 16,31% 15,19%
100,00 33,34% 31,55% 29,74% 27,91% 26,05%
120,00 50,37% 47,64% 44,88% 42,11% 39,31%
140,00 66,80% 63,10% 59,40% 55,67% 51,93%
Este método é superior ao anterior, uma vez que se pode analisar o impacto no
retorno do projeto proveniente de alterações nos valores em diversas variáveis
simultaneamente, como também em diferentes hipóteses econômicas e competitivas
(Gitman, op. cit.). Um processo bastante utilizado (Brealey & Myers, 19892, Lapponi,
op. cit.) consiste na criação de três cenários: mais-provável17, otimista e pessimista. A
partir daí pode-se calcular o VPL esperado do projeto, utilizando as respectivas
probabilidades de cada cenário. Posteriormente, calcula-se o VPL esperado do projeto,
utilizando as respectivas probabilidades de cada cenário.
Lapponi escolhe três variáveis determinativas para a construção do fluxo de
18
caixa e efetua combinações destas com os três cenários, que resultarão num número de
VPL’s calculados igual a 2719. A partir destes resultados pode-se construir uma tabela
de freqüência, sendo os valores de VPL’s dispostos em intervalos de classe, de mesma
amplitude. Desta maneira, podem ser fornecidas medidas de tendência central (média,
mediana e percentis) e de variabilidade (amplitude e desvio padrão). Também podem
ser elaborados gráficos relacionados à histograma de freqüência relativa e curva de
permanência, os quais apresentam, respectivamente, o perfil da distribuição de
probabilidade do VPL e sinaliza a probabilidade de que o VPL alcance ou supere um
determinado valor.
Embora melhor do que os métodos apresentados anteriormente, a análise de
cenário apresenta um número limitado de combinações possíveis, uma vez que os
estados da natureza assumem valores discretos.
17
O cenário mais-provável pode ser representado pelos valores que formaram o fluxo de caixa, quando
da análise determinística do projeto.
18
A escolha dessas variáveis poderia ser feita com o auxílio da análise de sensibilidade.
19
Havendo m estados da natureza e n estimativas, a quantidade de cálculos do VPL será igual a mn.
Fundamentos de LogísticaII
71
A Tabela 10.2 apresenta os resultados de VPL e TIR relativos aos três cenários acima.
Tabela 10.2
Pessimista Mais Provável Otimista
VPL -13.879,82 9.259,01 22.153,82
TIR 10,32% 18,94% 22,92%
Observa-se na tabela acima que para os cenários “mais provável” e “otimista” o projeto
é viável.
Fundamentos de LogísticaII
72
Tabela 10.4
Limites superiores de Freqüência Freqüência Freqüência acumulada
faixas de ocorrência de relativa arredondada
VPLs
-7874,33 3 11% 11%
-1868,61 2 7% 18%
4136,999 7 26% 44%
10142,61 6 22% 66%
16148,21 6 22% 89%
22153,82 3 11% 100%
Fundamentos de LogísticaII
73
25000
20000
15000
10000
VPL
5000
0
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
-5000
-10000
Observa-se, por exemplo, que a probabilidade do VPL ser maior do que $4.300 é de
55,0%.
Fundamentos de LogísticaII
74
20
Novamente, utiliza-se a análise de sensibilidade para escolher aquelas variáveis que mais influenciam
o VPL.
21
Os primeiros trabalhos que utilizaram o recurso da simulação, em análise de investimento, foram
devidos a Hertz (1964 e 1968).
Fundamentos de LogísticaII
75
11.1-Introducão
A Alemanha, após a sua reunificação em 3 de outubro de 1990, vai fortalecendo
sua posição entre as nações mais ricas do mundo. Ao mesmo tempo, seu poder de
influência e participação no jogo geo-político mundial vem crescendo rapidamente nos
últimos anos. Seu Produto Interno Bruto (PIB), com base no ano de 1996, ocupava,
mundialmente, a terceira colocação, atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão. No
entanto, seu PIB per capita é o segundo do mundo, atrás apenas do Japão.
O Brasil ocupa, há vários anos, entre os países emergentes, o primeiro lugar,
como país de destino final dos investimentos alemães no exterior. Em nível mundial, o
Brasil ocupa a décima primeira posição, na frente de países como o Japão e o Canadá.
Quanto à balança comercial, o Brasil se posiciona entre os trinta principais parceiros da
Alemanha.
Neste contexto de importância, das relações entre estes dois países, este trabalho
tem como objetivo central avaliar, de forma qualitativa, os parâmetros que balizam as
motivações para as tomadas de decisões de investimentos alemães, a nível mundial e no
Brasil. Para tanto, foi feito uma pesquisa na Alemanha, sob a forma de estudo de caso,
entre janeiro e abril de 1998, envolvendo 44 empresas e instituições de três setores de
sua economia – automotivo, bancário e químico-farmacêutico. As empresas dos setores
automotivo e químico-farmacêutico estão relacionadas, em termos de faturamento, entre
as 500 maiores da economia alemã.
Como objetivo geral, isto é, o estudo dos processos de tomada de decisões de
investimentos alemães, em nível mundial, investigaram-se, principalmente, os fatores de
motivação das empresas alemãs a investir no exterior; a caracterização do conceito de
economia estável por seus dirigentes e executivos, a existência e relevância, ou não, de
estratégia governamental de incentivo às empresas a investir no exterior, e os
indicadores econômicos e financeiros utilizados neste tipo de decisão.
Como objetivo específico, isto é, o comportamento dos capitais alemães em
relação ao Brasil, estudaram-se principalmente, as motivações das empresas para novos
investimentos no país e suas estratégias para os próximos cinco anos. Foi feito também
uma análise comparativa de country-risk entre o Brasil e um grupo representativo de
oito países, tentando verificar a influência da crise econômica na região asiática, do
final de 1997. Além disto, foram investigados os motivos para a reduzida participação
de capitais alemães no atual processo de privatização de empresas estatais brasileiras
(PEREIRA, 1999).
Fundamentos de LogísticaII
76
Fundamentos de LogísticaII
77
Fundamentos de LogísticaII
78
Fundamentos de LogísticaII
79
Fundamentos de LogísticaII
80
Quanto às razões subjetivas apontadas por estes três setores, sobressai a imagem
desfavorável do Brasil, considerado por muitos alemães, ainda um país exótico e
instável, tanto econômica- como politicamente. Esta falta de informações na Alemanha
sobre o Brasil contrasta com a experiência de empresas alemãs que atuam no país.
Deve-se registrar, no entanto, o esforço conjunto que tem sido feito pelos
Governos do Brasil e da Alemanha, através do Itamarati e do Ministério da Economia
Alemã (BMWi), bem como das confederações e câmaras de comércio e indústria dos
dois países, visandoà uma maior integração econômica e comercial. Neste sentido
realiza-se anualmente a Reunião da Comissão Mista de Cooperação Econômica Brasil-
Alemanha, juntamente com o Encontro Empresarial Brasil-Alemanha.
Fundamentos de LogísticaII
81
De forma genérica, uma empresa S.A. aberta pode financiar seus projetos de
investimentos com empréstimos de terceiros e/ou de recursos próprios, através de suas
ações ordinárias, preferenciais e lucros retidos.
O lado direito de uma estrutura de balanço, a seguir, pode ser usado para ilustrar
estas fontes (Gitman, 2000), onde o recurso de terceiros corresponde a rubrica do
exigível de longo prazo e os recursos próprios, pelo patrimônio líquido.
Balanço
Passivo Circulante
Exigível de Longo Prazo
Ativos Patrimônio Líquido Fontes de Recursos
de
. Ações preferenciais
Longo prazo
. Ações ordinárias
. Lucros retidos
Fonte: Gitman, 2000
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4. Consolidação e saída dos angels e capitalistas de risco: Nesta fase a empresa busca
uma expansão ainda maior, negocia uma aquisição, parcerias, outras rodadas de
investimento com outros fundos etc., e começa a gerar os resultados almejados pelos
investidores iniciais que realizam seus lucros, saindo da empresa. Começa um novo
ciclo da empresa, com a consolidação do negócio e a possibilidade de abrir o capital em
bolsa de valores, o chamado IPO – Inicial Public Offering (oferta pública inicial de
ações)
“uma organização (ou indivíduos) que está apta a investir financiamento de risco
de longo prazo para o start-up e desenvolvimento de pequenas e médias empresas
fechadas, que possuem um significativo potencial de crescimento.”
22
Investiment equity
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capitais, mas também se envolvem de forma muito ativa nas operações da empresa. Os
retornos dos investimentos como ganhos de capital são obtidos ao término do
investimento, ao invés de retornos de dividendos ao longo do mesmo.
Tem-se evidenciado para nós que uma grande dificuldade é vivenciada por
pequenas e médias empresas no levantamento de capital que elas possam
freqüentemente necessitar, mesmo quando a garantia para a obtenção do respectivo
crédito é totalmente segura. O gasto para uma emissão publica é grande demais em
proporção ao capital que se deseja levantar e, por conseguinte, é difícil atrair o
investidor comum.
Na medida que a maioria das jovens empresas de inovação são gerenciadas pelos
seus donos, o segundo obstáculo para um início ou expansão dessas firmas é uma
ineficiente experiência gerencial de seus fundadores. Freqüentemente os fundadores
dessas empresas são cientistas com nenhuma experiência em negócios. De acordo com
Kulicke (1987), 78,8% dos sócio-fundadores de empresas na Alemanha tem experiência
em P&D mas somente 31,6% em vendas e 27,6% na produção. Na medida que a falta
de competência empresarial é a principal razão para o insucesso dos negócios, as
atividades de controle e consultoria das firmas de venture capital clássicas são muito
importantes. Elas aumentam de forma significativa as chances de sobrevivência de
jovens empresas.
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23
Risco moral
24
Obstrução ou retardo
25
Meios de melhorar a aparência ou criar uma falsa impressão favorável
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12.4.1 BNDESPAR/BNDES-
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como a base tecnológica, região, setor ou cadeia produtiva etc. Até o presente já estão
constituídos os seguintes fundos :
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- Brasil Private Equity, um fundo multi-setorial administrado pelo Credit Suisse First
Boston Garantia, que realizou investimentos em cinco empresas de diversos setores.
Este fundo já concluiu a fase de investimento.
Estes fundos têm como objetivo agrupar pequenos lotes de ações, pertencentes a
dois ou mais investidores institucionais, e assim formar blocos com tamanho suficiente
para eleger representantes nos Conselhos de Administração ou Conselhos Fiscais para
proporcionar melhor acompanhamento e governança das empresas investidas. O
BNDESPAR estruturou e participa como cotista de três fundos nesta modalidade:
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Fundos de co-gestão
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12.4.3 Sebrae
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A entrada desse fluxo de caixa na HP-12C pode ser alcançada pelas seguintes
operações:
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Teclas Visor
f IRR 8,5
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Referência Bibliográfica
- Livros e Publicações:
- Sites:
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http://www.bcb.gov.br
http://www.bndes.gov.br
http://www.finep.gov.br
http://www.venturecapital.com.br
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10- Seja um equipamento cujo preço quando novo é de $10.000,00, que apresente uma
vida útil estimada em 5 anos, no fim dos quais apresente um valor residual de
$1.000. Com auxílio dos formulários abaixo, calcule as respectivas depreciações
contábeis pelos seguintes métodos e responda também em qual delas a depreciação
se faz de forma mais rápida (cap. 5):
I −L
D=
n
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D K = d ⋅ I k −1
1/ n
L
d = 1−
I
Dk = 2. Ik-1
n
Dk = 2. (n - k +1) . (I – L)
n. (n+1)
11- Uma empresa de Joinvile, SC, está tentando avaliar a viabilidade de investir
$95.000,00 num equipamento cuja vida útil é de cinco anos. A empresa estimou as
receitas líquidas conforme a tabela abaixo (cap. 6):
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13- Determine a taxa interna de retorno do projeto abaixo e discuta sua viablidade, para
um custo de oportunidade de 10% ao período (cap. 6):
14- Uma companhia de Florianópolis estuda a instalação de uma turbina para produção
de energia elétrica. Atualmente, a energia é comprada por R$280.000,00. A turbina
exigiria uma investimento inicial de R$1.400.000,00, consumindo anualmente
R$58.000,00 de manutenção e R$21.000,00 de mão de obra. Sua vida útil seria de
10 anos e os impostos de seguro seriam de 3% do investimento inicial.
Considerando nulo o valor residual e sendo de 12% a taxa de desconto mínima,
utilizando os indicadores de VPL e TIR, decisão deve ser tomada? (cap. 6)
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Investimento
Receita Líquida
Alternativa Inicial Vida Útil
Anual (em UM)
(Em UM)
A 50.000 15.000 5
B 80.000 23.000 5
16- Uma empresa de Blumenau, SC, está fazendo uma análise para escolher o melhor,
dentre dois projetos mutuamente excludentes, para expandir sua capacidade de
armazenagem. Os fluxos de caixa dos projetos são apresentados abaixo. Utilizando
a análise incremental e sabendo que o custo de capital é de 15% ao ano, qual dos
dois projetos seria o escolhido. (cap. 7)
17- Uma empresa de Itajaí, SC, está procurando escolher o melhor de três projetos
mutuamente exclusivos – A, B e C, sendo que seus respectivos fluxos de caixa são
dados abaixo. Utilizando o método do Valor Uniforme Líquido (VUL) e sabendo-
se que o custo de capital adequado para a avaliação destes projetos é de 15% a.a,
qual desses projetos seria a melhor alternativa? (cap. 7)
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18 Uma empresa de Chapecó, SC, está tentando selecionar o melhor grupo de projetos
independentes que competem entre si pelo orçamento de capital da empresa fixado
em $250.000. A empresa reconhece que qualquer parcela não utilizada desse
orçamento irá gerar um ganho menor que seu custo de capital de 10% ao ano,
resultando, desse modo, num valor presente das entradas de caixa menor que o
investimento atual. A empresa resumiu os dados básicos a serem utilizados na
seleção do melhor grupo de projetos na seguinte tabela:
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19- Uma empresa deseja investir $100 num determinado projeto. A receita e o custo
operacional anual estimados são de $50/ano e $20/ano. A depreciação será feita
pelo método da linha reta, com um valor residual de 20. Além disso, a empresa
pretende buscar um financiamento cujo valor é de 50% do investimento, sendo o
sistema de amortização americana, com juros pagos periodicamente, a taxa de 8%
a.a..O custo de capital dos acionistas de 15,20% a.a. e alíquota de imposto de renda
de 40%. Em face do exposto, utilizando os conceitos de VPL e TIR, com relação
aos fluxos de caixa da equity e do projeto, monte o quadro abaixo e analise a
viabilidade financeira deste projeto. (cap 9)
Menos : Depreciação
LAJIR
Mais: Depreciação
Fluxo de Caixa Operacional
Menos: Investimento
Mais: Valor Residual
Mais: Financiamento
Menos Amortização
Fluxo do Projeto
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Calcule o fluxo de caixa do projeto bem como seus respectivos valores de VPL e TIR.
Itens 0 1 2 3.........8 9 10
Receita 25.000 25.000 25.000 25.000 25.000
Menos: Custos Operacionais (13.000) (13.000) (13.000) (13.000) (13.000)
Menos: Depreciação (10%) (12.000) (12.000) (12.000) (12.000) (12.000)
LAJIR 6.000 6.000 6.000 6.000 6.000
LAIR 6.000 6.000 6.000 6.000 6.000
Menos: IR (35%) (2.100) (2.100) (2.100) (2.100) (2.100)
Lucro Líquido Após o Imposto
de Renda
3.900 3.900 3.900 3.900 3.900
Mais: Depreciação 6.000 6.000 6.000 6.000 6.000
Fluxo de Caixa Operacional 9.900 9.900 9.900 9.900 9.900
Menos: Investimento (60.000)
Menos Capital de Giro -
Mais Recuperação do CG -
Fluxo do Projeto (60.000) 9.900 9.900 9.900 9.900 9.900
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22) O que você entende por venture capital e como este se diferencia dos outros
instrumentos de financiamento? Através de um esquema, identifique os papéis
desempenhados pelos investidores, fundos de venture capital e empresas no
mercado de venture capital.
Mensagem Final: Resolvida e bem entendida esta lista de questões e problemas, vocês,
meus prezados alunos, estarão suficientemente preparados para fazer com sucesso a
verificação de aprendizagem deste módulo.
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