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PARAREFLETIR 05
Texto1 - Vocêsabefazerperguntas
em provas?
.............. o7
Texto2 - Vamosacabarcom as notas 09
PARAPRATICAR 11
.......
On APRENDIZACEM
A AVALTAÇÃO 13
1. l ntro d u çã...,........
o 13
entremedire avaliar
2.1. Diferença 16
da aprendizagem
da avaliação
2.2.As finalidades 17
da aprendizagem
2.3. Os passosda avaliação 19
e instrumentosde avaliação...........
3. Estratégias 33
de avaliaçãoda aprendizagem
3.2. lnstrumentos 35
3.2.2. Provasescritas 39
LEITURA
COMPLEMENTAR 53
R EF E R E N C IA S 71
PARAREFLETTR...
PARAREFLETIR
';:",":,;ï:'il1:::;:'03"{lXX;:!::rru:lr:'1,o:
(Professor
sorque foraconvocadopor um colega de Física)
para
ajudá-loa responder
um pedidode revisão
deprovafeitopor um
seualuno.
n Conexão
sE ìtAt".
uma outratentativapararespondera questão.Não me surpreendiquandomeu
colegaconcordou,massim quandoo estudanteresolveuencararaquiloque eu
imagineilheseriaum bom desafio
StephenKaniu2
medira capacidade
É possível criativade um estudante? Quantosalunostiraram
notazerojustamenteporqueforam criativosou demais?
criativos Porisso,nãoda-
mosnotasa Beethoven nem a Picasso,não há como medircriatividade.
corte a mesadae o
Se o seufilho não quer estudar,não o force.Simplesmente
Elelogodescobrirá
obriguea trabalhar. que sósabesermeninode recados.Depois
de doisanosno batenteele teráuma enormevontadede estudar.Não paraobter
notasboas,masparater uma boa profissão.
1. lntrodução
"Nãoháeducadortãosábìoquenadapossa
aprender,
nemedu-
candotãoignorante (BECKER,
quenadapossaensinar." 1997)
. BO%dos professores
não elaboramcritériosparacorreçãodasavaliações
antes
de efetuá-las;
ï
Infere-se,
assim,que muitasdificuldades,relacionadastantoao processode ensino
propriamente dito como a variáveisexternas,pareceminfluenciarenormemente
o processoavaliativoe estãoquasesemprepresentes dificultandoa adoção,pelos
docentes,de procedimentos adequados. As dificuldadesmaiscomumenteidenti-
ficadassão,segundoTeixeira(2005b):
que os significados
Ressalte-se utilizadosestãoem con-
dos termoseducacionais
sonânciacom o Clossáriodos documentosmetodológicos do SENAI/DNsobre
Formação por Competência
Profissional (2OO9a,
2OO9b,2009c).
de possíveis
A intençãodestaPartedo texto é subsidiaro docentena superação
falhasde conhecimentopedagógico paraque ele possaimplementarde formase-
gurae autônomao processo de avaliaçãoda aprendizagem.Assim,apóso estudo
que o docentesejacapazde:
destaparte,pretende-se
fundamentais
o explicaros aspectos da avaliação do estudante
de desempenho
no processo de ensinoe de aprendizagem;
. por competências;
da avaliação
interpretaros princípiosbásicos
. em acordocom a competência
e critériosde avaliação
definiros indicadores
a serdesenvolvida;
. comprometer-se de suasatividades,
na realização de-
com responsabilidade,
buscandoo atendimento
dicaçãoe proatividade, de
aosobjetivosdo processo
ensinoe de aprendizagem;
n ne.xão
Cor
SE 'AIr"
ZSEN,
2.1. Diferençaentre medir e avaliar
No dicionário Aurélio,avaliarsignifica"[...]determinar
a valiaou o valorde t...1;
apreciar, estimaro merecimento de [...];determinara valiaou o valor,o preço,
o merecimento; calcular,
estimar[...];fazera apreciação; aluizart...1'.)á medir
significa"[...]determinarou verificar,tendo por baseuma escalafixa,a extensão,
medida,ou grandeza de [...];sera medidade [...]".Verifica-se,
assimque:
a) determinação
de que medidasdeveriamserusadosparajulgaro desempe-
nho, por exemplo:a alturadossaltos,o espaçoutilizadoparao arranque;
b) determinação
de que critériosabranger,
por exemplo:a alturado saltomais
altoconseguido
com êxito,semqualquerfalha,no melhorestilo;
c) coletade informações
relevantes
por meiode medidasou de outrosmeios
taiscomo a observação
da técnicade salto;e
b) identificaros interesses
de cada estudantepara proporcionarorientação
educacional e vocacional;
c) julgarquaisasexperiências
de aprendizagem
sãomaisadequadas paradi-
versosgruposde estudantes
ou paraum dadoestudante,
especificamente;
d) verificarseos programas
educacionais
estãoprovocandoreaismudanças;
e) proporcionar
elementosparaque o docentepossaplanejaro nívele o tipo
de ensinoadequados.
r pàraTeixeira(2005b)a avaliação
A partirdestasfinalidades deveter asseguintes
características:
paraajudaro es-
c) formativa,sendoconcebidacomo um meio pedagógico
tudanteem seuprocessoeducativo.
SegundoLuckesi(1995),avaliartem basicamente
trêspassos:
importanteno
b) compararessainformaçãocom aquiloque é considerado
educativo;
processo
atingiros resultados
que possibilitem
c) tomarasdecisões esperados.
da aprendizagem
de que a avaliação
Paratanto,há necessidade sejarealizada
de
formaorganizada,com baseem realplanejamentode ensino,onde:
Hgnaftt.
muito bem integrados;
c) os requisitos
préviosque o estudantedevepossuirparaseguiro cursocom
bom aproveitamento estãofixadoscom o objetivonão de selecionar
alunos,
massim de asseguraros requisitospréviosa quem nãoos possui;
d) os instrumentos
e os critériosde avaliação
estejamdevidamente
estabele-
cidos;
É essencial
que o docenteinformeos estudantes sobretodosestesaspectosdo
planejamentode ensino,poisa avaliação
só tem sentidoquandoelessãoconhe-
cidospelosalunos/provocandoo seudesenvolvimento. Assim,é importanteque
o educadorutilizeo diálogocomo fundamentale significativo
eixo norteadorda
açãopedagógica.
Nesteenfoque,paraHoffmann(2000),duaspremissas
sãobásicas:
a) confiançana possibilidade
do estudanteconstruiras suasprópriasverda-
des;
b) valorização
de suasmanifestações
e interesses.
ConformeAlvarezMéndezs(apudSILVA,2005),esteparadigma tambémcompre-
endeo conhecimento comoconstrução e socialdinâmicaque necessita
histórica
de contextoparapoderserentendidoe interpretado. A partirdessacompreensão,
o ensinonãopodeservistocomoumamerae mecânica transmissão linearde con-
teúdoscurricularesdo docenteparao estudante, masum processo de construção
fundadosnoscontextoshistóricos
de significados em que se ensinae se aprende
e, conseqüentemente, se avalia.O espaçoeducativose transformaem ambiente
de superação de desafios
pedagógicos,o que dinamizae significa
a aprendizagem,
que passa a sercompreendida comoconstrução de conhecimentos e desenvolvi-
mentode competências.
Reconhecer'às.diferentes trajetórias
de vida dos estudantesimplicaflexibilizaros
objetivos,os conteúdos,as formasde ensinare avaliar,em outraspalavras, con-
Zabala(1998)destacaque, paraa concretização
textualizare recriaro..currículo.
dessaflexibilidade, são importantes os seguintes questionamentos:quem sãoos
meusalunos? Que sabemosestudantes em relação ao quequeroensinar? Queex- 21
periênciastiveram?O que sãocapazes de aprender? Quaissãoos seusinteresses?
Quaissãoos seus estilosde aprendizagem? O que é fundamentalensinar? Quai
a relevância sociale cognitivado ensinado? Outra perguntaque se devefazeré:
comoobterasinformações sobreasaprendizagens dosestudantesparadiversificar
a práticadocentecom consistência pedagógica?
As respostas
a essasquestõespropiciamasinformações a seremutilizadasna hora
de elaborariplanejare efetivaro trabalhopedagógico
de formatal que o universo
não homogêneo da salade aula(asdiversas aprendizagens)sejacontemplado. As-
sim,a avaliaçãodo ensinoe dasaprendizagens ganhasentidofundamental.
U madas
uma oasafirmativas
alrrmauvas que mais
marsseencontraquando
quanCIo seÍala
falade competências
competencrasna
educaçãoprofissional é que elasnão podemservistasexclusivamente numa
perspectiva operacionaldastarefas.É fundamentalverificarquaissãoas ca-
pacjdades e conhecimentos que estãopermitindoa mobilização dascompe-
tências.lsto implica,como diz Ramos, não nos limitarmosao aparente,mas
chegarmos ao fundamentodo que tornauma pessoacompetente.
n
Destamaneira,é necessário
refletirsobrea traduçãodasatividades,
listadas
no
perfilde uma determinadaprofissão,parao currículo.A questãocandenteé:
seráque essatraduçãoestásendorealizada
de maneiralinear,mecânica,ou
estásendofrutode umaanáliseeducacional
maisampla?
n Conexão
sEÂlÁ1""
Elasexprimemas potencialidades de uma pessoa,independentemente dos
conteúdosespecíficos de determinadaárea.As capacidades não são atitu-
des inerentesou dons.Elasse manifestam e se desenvolvem parafavorecer
a aprendizagem, como por exemplo:analisar,pesquisar,
aplicarregras,entre
outras.Cumpre ressaltar que as capacidadesnão são diretamenteobservá-
veis,nem avaliáveis e que elasnuncasãototalmentedominadas, uma vez
que se desenvolvem ao longoda vida.A correspondência entrecapacidades
e competências não é direta.Uma mesmacapacidade se manifestaem uma
multiplicidadede competências. Porexemplo,a capacidade de aplicarregras
se manifesta na competência necessária
paraefetuarensaiosem Ciências.Por
outro lado, uma competênciaapelapara múltiplascapacidades. Efetuaren-
saios,por exemplo,necessita colocarem açãocapacidades como reconhecer
sinais,diferenciar,observare deduzir.
Emsíntese,
os ambientes
de aprendizagem
paraJonassenll
devem:
a) pr,overmúltiplasrepresentações
da realidade;
b) evitara simplificação
dos problemas,representando
a complexidade
d o mu n d ore a l ;
c) focalizara construção
do conhecimento
e não a suareprodução;
25
d) apresentar
tarefasautênticas,
contextualizando-as;
e) fornecercasosïreais
paraanálise;
f) estimularuma práticareflexiva;
Considerando asdiferentes
dimensões do saber(saberfazer,
sabersere saberes)
umadaspremissas pedagógicasmaisimportantesé a da utilizaçãode meiose
estratégias
de ensinoque promovam,entreoutros,uma aprendizagem ativa,
com liberdadeparacriar,visandoao desenvolvimento de raciocíniosmaisela-
boradose estimulando umaatitudeconstantede questionamento. Nestalinha
de raciocínio,
osambientes de aprendizagemconfiguram-se paraalémda sala
de aula,incluindotodaa oportunidadeque setem paraaprender.
tllbidem.
(
lll- A avaliaçãodas competênciasna educaçãoprofissional
Reforça-se
a idéiade que a avaliaçãode competênciasestáintrinsecamenteli-
gadaao conceitoque setem de competências. Certamente serãodiferentesas
realizadas
avaliações a partirde uma perspectiva
maisatomizada, pelaqual as
competências revelam-secomo conjuntode tarefasa seremdesempenhadas,
daquelasque partemde umaconcepção maisamplade competências.
de competências,
Nestesentido,a avaliação na educaçãoprofissional,
precisa
levarem contaos aspectos políticos,econômicos,
sociais,históricos, culturais,
basear-senas relaçõeshumanase nasestruturas dos problemasde trabalho
e formaçãoque essesaspectosdesvelam,o que significaoferecermúltiplas
perspectivas
de análise.
l3FlCARl, de avaliação
daspráticas
C. Parauma reÍerencializaçáo dosestabelecimentos de ensino.In: ESTRELA,
A. e
Nóvon, A. (orgs.)Avaliaçõesem Educaçáo:novas perspectivas.Lisboa:Educa,'l,992.
laNaMetodologiade Formação por Competênciasdo SENAI,os critériossáoos padrõesde desempenhodescritosnos
[notade rodapéincluídapelosorganizadores
PerfisProfissionais do presentematerial].
lsNaMetodologiade Formação por Competênciasdo SENAI,os indicadoressáo os elementosde competênciadefini-
lnotade rodapéincluídapelosorganizadores
dos nos PerfisProfissionais do presentemateriall.
l6Macedo,L. Competências, 2001. Mimeo.
habilidades:elementospara uma reflexãopedagógica.[s.|.:s.n.]
Hssm*
masnão definemo ponto de partida,nem a condiçãoparaa realização do
percurso.Na escolaparatodos,asdificuldades em realizaro percursosãomo-
tivo de investigação. Assim,diz Macedo,naescolada excelência ascompetên-
ciase habilidades sãomeiosparaoutrosfins:a erudição,o aperfeiçoamento,
o domíniodasmatériasou disciplinas, a realizaçãode metasou trabalhosde
ponta.Na escolaparatodos,competências e habilidadessãoo própriofim e,
nela,asmatérias ou atividadesescolares sãoos meiosque possibilitamsuarea-
lização.Macedonãoestabelece a comparação pararesponder qualé a melhor
escola,masparamostrarque ambaspodemter suafunçãosocial.A escolada
excelência permiteaperfeiçoamento de quemjá possuicompetências básicas;
a escolaparatodosabre,semprivilégio, a possibilidade
de todosfreqüentarem
a escolae nelarealizarem, por direito,suaformação.Assim,a justificativa
de
apresentar essacomparação é maisparamostrara diferençaem um sistema de
avaliação paraumae paraa outraescola.Na escolade excelência,a avaliação
buscará selecionarosalunosparaque possamseguirumatrajetóriade aperfei-
çoamento e enriquecimento dascompetências já adquiridas.
Na escolapara
todos,a avaliação nãoseleciona a prìori,umavez que a metaé o alcancedas
competências pelamaioriadoseducandos, o que imprimeao ato de avaliar
q.mafunçãoeminentemente formativa.Os partidáriosdessasegundaposição
pensamque uma sociedade que implantasistemas de competência deveria
responsabilizar-se pela não-exclusão das pessoas e oferecer-lhes
chancesde
desenvolver competênciase sempreseremorientadas no casode não conse-
g u i re m.
2B
Outraclassificação nosapontacritériosgeraise específicos. Os critériosgerais
dizem respeitoao perfil globaldas competências profissionais,
levandoem
contaa complexidade e heterogeneidade dos diversoscontextosdecorrentes
dasdiferentes'formas de organização do trabalho,os conhecimentos técnicos
e tecnológicos, e as atitudese as habilidadesque configuramum perfil mais
amplo.Os critériosespecíficos sãoaquelesrelacionados às competências es-
pecíficase que constituemo corpoestruturado de conhecimentos, práticase
atitudesque permitemo alcancedascompetências gerais.Uma preocupação
importante é a de nãosegeneralizar a qualidade do desempenho a par[irape-
nasdo alcancedascompetências maisglobais.Elassãouma importantefonte
de evidência,masnãosatisfazem todosos requisitos de qualidade.Devehaver
uma forte preocupação com as inferências,sendoque, paraaperfeiçoá-las,
seriainteressante coletarevidênciasde outrasnaturezas.
Outra classificação
apontaparaos critériosde execuçãoque se relacionam
com o produtodo trabalho,tanto na suaformafinal,quantono processo
de
suarealização.
Uma classificação
maisdetalhadaé a que estruturaos critériosde avaliação
com relaçãoaossaberes,saberfazere saberser.Os critériosrelacionados aos
saberesbuscamverificarse os princípiosteóricos,os métodos,as estratégias,
asinformaçõestecnológicas,entreoutros,estãosendoalcançados. As atitudes
podemser definidasem termosda organização do trabalhoe dasatividades
dela decorrentes, como tambémda própriacaracterização do conteúdoda
área.Os critériosrelacionadosàsatitudesmerecematençãoespecial,em vir-
tudeda subjetividade que é naturalnessedomínio.
17Demo,
P Avaliaçãoqualitativa.SãoPaulo:Corïez,1998.
Afonsolsmostraque a avaliaçãocriterialem um nívelmicro pedagógico rela-
ciona-secom o graude consecução de cada
dosobjetivosgeraise específicos
disciplinae em nívelmacrocom o graude consecução dosobjetivosda Leide -
Diretrizese Basesda EducaçãoNacional.
ï.
Os projetossãoinstrumentos
úteisparaavaliara aprendizagemna educação
umavezque permitemverificarascapacidades
profissional, de:
a) representar
objetivosa alcançar;
b) caracterizar
propriedades
daquiloque serátrabalhado;
c) anteciparresultados
intermediários
e finais;
d) escolherestratégias
maisadequadasparaa resoluçãode um proble-
ma;
18AFONSO,A J.Avaliaçãoeducacional:regulaçáoe emancipaçáo:paÍa uma sociologiadas políticas avaliativascon-
temporâneas.SãoPaulo:Cortez,2000.
e resultados
e) executaraçõesparaalcançarprocessos específicos;
do problema;
fl avaliarcondiçõesparaa resolução
g) seguircritériospreestabelecidos.
O projetopodeserpropostoparaserrealizadoindividualmente e em equipes.
Nosprojetosem equipe,alémdascapacidades já descritas,
pode-severificar,
ainda,a presençade algumasatitudestaiscomo: respeito,capacidade de ou-
vir,de tomardecisões O projetoprevêque o
em conjuntoe de solidariedade.
alunosetransformeem agentemultiplicador,disseminando agin-
informações,
do em conjuntocom outraspessoas da comunidade, auxiliando na resolução
de problemas comuns.
Essa técnicabaseia-se
nasidéiasde Jonassenlsque diz que os casossãodesen-
cadeadores de um processo de pensar,fomentadorda dúvida,do levantamen-
to, da comprovação de hipóteses,
do pensamento inferencial,do pensamento
divergente,entre outros.Paraele, o uso de tarefasautênticasderivadasde
casosreaisé essencialmentesignificativo,
umavezque, por seremverdadeiras
trazemmaiorcredibilidade e significadoparaa pessoa.
Se estafor a técnicaescolhida,
seriainteressante
construirum bancode "ca-
sos",que seriamgravados em vídeoe serviriamde instrumento
de avaliação.
A estratégia
de aplicaçãoseria:
b) descrever,
a partirdo caso,os problemas
apresentados
pelo usuário;
d) prescrever,
parao caso,como o atendimentodeveriater sidofeito.
32
A partirdessaprescrição,
seriafeitaa avaliação
do desempenho
do candidato
e procedidas assugestões
de melhoriaparao desempenho com basenoscri-
tériosnão alcançados.
e instrumentosde avaliação
3. Estratégias
"Não medimosa aprendizagem e sim algunscomportamentos
guenospermitainferirsehouveou nãoaprendizagem. 33
sobremudanças
envolvea obtençãode evidências
A avaliação de
comportamento "
nosestudantes. (EIXEIRA,2005e)
. e instrumentos
identificare aplicarestratégias de avaliação;
. e elaborare aplicarinstrumentos
de avaliação
formularestratégias em acordo
com a competência a serdesenvolvida;
w Conexão
SEIì|Af"r
terdependência
e otimizarascompetências
existentes;
atuaréticamente, justiça,honestidade
agindocom transparência, e lealdade.
obterqualidadena consecução
do processo
de ensinoe de aprendizagem.
a) execução;
b) conhecimento;
c) atitude.
c) dosdocumentosproduzidosduranteo trabalho;
d) dosregistros
da atividade.
As evidênciasde atitudesconstituem-se
na demonstração,
em geralno desenvol-
vimentode uma atividadeem grupo,de comportamentose valores.
o o númerode estudantes
envolvidos
na avaliação.
35
A avaliação
com baseem competências
podeserrealizadautilizando-se
de:
b) técnicas,comoa observação,
a auto-avaliação,
o depoimentode pares;
c) instrumentos,como provasescritas,
provasde execuçãoe a listade verifi-
cação (check-list)
e portfólios.
Hgsnftt"
Jâparaa obtençãodasevidências
de conhecimento,
em geralsãoutilizadas
provas
escritas
ou similares.
3.2.1.Provas
de execução
Elaboração
Correção
. registrodasobservações do avaliador,dasauto-avaliação
e da avaliaçãoentre
paresem lisfasde verificação;
36
. utilizaçãode escalade medidae sistemade pontuação.
Vantagens
o permitea demonstração
explicitade habilidades
e atitudes;
o permitea expressão
de idéiaspróprias,análises, julgamentos;
comparaçóes,
o permiteavaliarraciocínios
maiscomplexose abrangentes;
r estimulaa motivação.
Desvantagens
o estruturação
difícil;
r pode propiciarjulgamentos
subjetivos;
lista de Verificação
Propiciao registrodasobservações
e avaliações
feitasdas habilidades
e atitudes
Manuseiode equipamentos,
ferramentas
e instrumentos:
. demonstração
de habilidades
de manejo
o seleçãoapropriada,
conformenormase especificações
técnicas
. organizaçãocorretados equipamentos,
ferramentas
e instrumentos
no
ambientede trabalho
. manutenção
correta
o ãr(Ytãzênamentoe utilização
de acordocom normastécnicase de seguran-
ça e saúdeno trabalho
Capacidade
de reunir,organizar
e aplicarinformações:
. identificação
das informações
baseadas
em normase especificações
téc-
nicas
. identificação
de ideias-chave
. "classificação
dasideiasem principaise secundárias
r r€cupêrgção
dasinformações
essenciais
no tempoadequado
. apresentação
de argumentos
válidos
3B
. utilizaçãode termose conceitosprecisos
. redaçãoclarae objetiva
Capacidade
de trabalhar
em equipe:
o estímuloà participação
de todos
. aceitação
de comentários
sobreo seuprópriotrabalho
o coop€façãoprodutiva
o percepçãoadequadados momentos
. administração
de conflitos
. buscade consenso
Exemplos
de fatoresde produto que indicampadrõesde desempenho:
Funcionalidade:
. adequação
do produtoà funçãoprevista
Exatidão/precisão:
Apresentação:
. aspectoexterno refletindocaracterísticas
estéticasque denotam maior
perfeição
Exemplos
de escalas
de medidas:
3.2.2. Provasescritas
As provasescritas
podemserde doistipos:
a) Provasdissertativas,
com questõesde respostaabertaou construída;
b) Provasobjetivascom questões
de:
. respostabreve;
. correspondência;
. múltiplaescolha.
É importanteressaltar
que na construçãode provasescritas,tanto as dissertativas
como asobjetivas:
o âs habilidades
a seremavaliadas
devemserexplicitadas;
. situações-problemaque se aproximemo máximopossível dascondiçõesre-
aisde convíviosociale de trabalhoindividuale coletivodevemser propostas
como contextodasquestões,permitindoa demonstração da capacidadede
aplicaros conhecimentos adquiridos(videLeiturasComplementares 1 e 2);
o estimulo
estímulopode
podedado
dado por um texto, imagem,
rmaSem/
tiguraou outrosrecursosque
figura
recebemo nomede suporte,ou podeapenasapresentar umasituação-proble-
ma, um questionamentoou umaquestãocontextualizada;
Essemodelode'avaliação
enfatiza,portanto,a aferiçãodasestruturas
mentaispor
40 meioda quaiso conhecimentoé continuamente construídoe reconstruído
e não
apenasa memóriaque, importantíssimana constituição das estruturasmentais,
sozinhanão conseguefazero sujeitocapazde compreendero mundo em que
vive,particularmente
num contextode aceleradas mudanças sociais,econômicas
e tecnológicas.
E o que exatamentesignifica"exercício"?.
Consideremos o ato de
caminhar. Caminharé um exercício já
quando adquirimos essa
habilidade.O exercíciosupõe,então,a repetição de umaaquisi-
ção- motora,no caso- de uma habilidade que,paraaqueleque
a executa,não constituium problema.O exercício,nessecaso/
corresponde a um meioparaoutrafinalidade, porexemplo,fazer
o coraçãotrabalharmais,do pontode vistacardiovascular. Com
isso,o exercícioajuda a combaterproblemascardíacos,obesi-
dade,estresse,etc. O caminhar/no casoindicadoacima,não é
um problemaem si, poisse tratade repetirum padrão,um es-
quemaou hábitojá aprendido.Porém,no decorrerdo percurso,
podem-seenfrentarproblemas.Por exemplo:ter de atravessar
uma rua movimentada e obrigar-sea estaratentoaosveículos,
paranão se acidentar;evitaro possívelataquede um cachorro;
nãosedeixardistrairpelascoisasinteressantesvistasao longodo
caminho,etc.Esses sãoexemplos de problemasporqueimplicam
situaçóes inesperadas,implicamresolverou decidirsobrevariá-
veisnão-previstas no esquemado caminhar.Esses problemas[...]
sãoobstáculos ao longodo percurso, que pedem,como é usual
em situaçõesproblemáticas, interpretaçãodo desaÍioproposto
no contexto,planejamento da soluçãoou dassoluções possíveis,
execuçãoda soluçãoplanejadae avaliaçãodos resultados. Tudo
issono momentoem que se realizaa atividade.Ou seja,proble-
ma é aquiloque se enfrentae cujasolução,já conhecidaou in-
corporada,não é suficiente,ao menoscomo conteúdo.Explico:
há problemas que nosdesafiamnão pelaforma,porqueessajá
é conhecida,maspeloseuconteúdo/que é novo,inusitado, sin-
gular,original.Não é assim,na resolução de palavrascruzadas?
Sabemos, por experiênciaprévia,em que consisteo problemae
como se deve resolvê-lo, mas não conhecemos a soluçãopara
"aquele"problemaparticular, com cujo conteúdoestamosen-
trandoem contatonessemomento.(MACEDO,2005)
3.2.2.-l. Provasdissertativas
com questõesde resposÍaabertaou construída
EXEMPLO
-----+
As confiabilidades
dosequipamentos acimamencionados sãoas seguintes:
E1:
cE1, E2 : cE2 e E3 : CE3.com basenessasituação, descreva,
em etapas,como
devesercalculadaa confiabilidade
totaldo sistema.
(Fonte:MEC/ENADE
- Provade Tecnologia
de ManutençãoIndustrial,
2008)
n Conexão
SEIì|Á1""
Elaboração
o as questõespropostasparadi-
O avaliadordeve responderpreviamente
mensionarcorretamenteo tempo necessário
paracompreendero enun-
o problema.
ciadoe solucionar
Correção
o d chavede correçãodeveserelaborada,relacionandoos padrões/habili-
dadesa seremavaliados essenciais
a aspectos que devemestarcontempla-
dos na respostacorreta.
EXEMPLO
dividindo-oem etapasparacalcularos
O estudantedeve descrevero processo,
equipamentos.emparalelo
e em série.
.{.
entreE1eE2,primeirosubtraio
Paraobtera confiabilidade de um a confiabilidade
42 do equipamento um,da mesmaformasubtraio de um a confiabilidade
do equipa-
obtidose novamentesubtraiode um, com isto
mento2. Multiplicoos resultados
obtiveo Valorda confiabilidade
equivalente
dosequipamentos 1 e 2.
:.
Paraobtera confiabilidade
equivalente E1,E2e E3,mul-
entreos equipamentos
tiplicoo valorequivalente E1 e E2 pelovalordo
obtidoentreos equipamentos
equipamento E3,obtendoassimo valorC8123.
Vantagens
. Menortempo paraelaboração;
' Permitemavaliarraciocínios
maiscomplexose abrangentes;
. dasprópriasideias,análises,
Permiteexpressão exemplificações,
sínteses
e
julgamentos.
Desvantagens
. Maisdifíceisde seremelaboradas;
. Maiortempo paracorreção;
. Maiorsubjetividade;
. Maiortempode aplicação.
3.2.2.2.Provasobjetivas
EXEMPLO
Elaboração
. Evitarusode pista$,
. Revisar
os itensantesda aplicação.
Correção
. Mediantegabaritopreviamente
elaborado.
Vantagens
. Abrangemmaiorcampode conteúdos;
. e responder;
de construir
Simples
. Maiorcontrolede fatoressubjetivos;
. Favorecem
raciocíniológico,diretoe imediato.
Desvantagens
. Não permitemexpressão
de ideiaspróprias;
. Podemevocarsomentea memória;
. Inadequadasparaavaliara compreensão
e a aplicaçãode conhecimentos
adquiridos.
Exigemassociação
entreelementos
apresentados
em doisgrupos.
EXEMPLO
Atenção,
poisnacolunadadireitaum dosparênteses ficarvazio.
deverá
c) Proteção
a um produtocontracon- ( ) segurança
diçõesclimáticas
ou outrascondições
adversasduranteseu uso/transporte
ou armazenamento'
( ) proteçãoao meioambiente
d) Preservação do meio ambiente
contradanosinaceiláveisdecorrentes
dos efeitose da aplicaçãode produ- ( ) proteçãodo produto
tos e da execuçãode processose ser-
viços.
. Deveprevero estabelecimento
de um únicotipo de relaçãoentreconte-
údoshomogêneos. Ex:causas
e efeitos;
. Emgeral,devehavermaiselementos
em umacolunado que na outra.
. Listaspequenaspodemfacilitaro acertopor sorte;
. Todasasopçõesdevemparecerpossíveis.
Correção
. Mediantegabaritopreviamente
elaborado.
Vantagens
. Formulação
rápidae fácil;
. objetivoe rápido;
Julgamento
. menosespaçona provado que questões
OcupâFn- de múltiplaescolha.
Desvantagens
Elaboração
O enunciado(compreendendoa raizfcontexto
e a premissa/pergunta)
devecontemplar
umaúnicasituação-problema;
Hg"gnffir-
. A alternativa
corretadeveserindiscutivelmente
a única;
As alternativasincorretas(distratores)
representamrelaçõespossíveisde
seremestabelecidas, masnão sãocondiçõessuficientes paraa resolução
dosproblemas;
Paraaumentara plausibilidade
dosdistratores,
usarerroscomunsentreos
examinandos;
Utilizarlinguagem
precisaem todasasalternativas
e não apenasna corre-
ta;
Todasas alternativas
devemser gramaticalmentecoerentescom o enun-
ciadodo item - a perguntado item deveformaruma sentençacompleta
quandoacrescido de cadaalternativa;
"Nenhumadasanteriores"
e "Todasasalternativas
anteriores"
sãorecursos
de redaçãoque devemserevitadosa qualquercusto;
Preferencialmente
devemser elaboradas cinco alternativas
para resposta
sendoaceitáveis
os itenscom quatro alternativas;no entanto,em uma
mesmaprovaos itensdevemcontero mesmonúmerode alternativas;
. Incluir,no enunciado
do item,todosos elementos
repetidos
dasalternati-
vas;Exemplo:
Errado
Emum testeobjetivo,o termoobjetivo
a. refere-se
ao métodode identificar
os resultados
de aprendi-
zagem.
b. refere-se
ao métodode selecionar
o conteúdodo teste.
c. refere-se
ao métodode apresentar
o problema.
d. refere-se
ao métodode avaliarasrespostas.
Certo
Emum testeobjetivo,o termoobjetivorefere-se
ao métodode
a. identificar
osresultados
de aprendizagem.
b. selecionar
o conteúdo
do teste.
c. apresentar
o problema.
d. avaliarasrespostas.
. Evitaro usode itenscom formulaçãonegativa;sefor imprescindível
o uso
da ne$ativa,
ela deveestardestacadae ficarclaramenteapresentada;
Correção
. Mediantea elaboração
préviade gabarito.
Vantagens
. Estimulam
a capacidade
de análisee de comparação;
. Facilitam
a identificação
doserrosmaiscomuns;
. de medirideiase processos
Sãocapazes complexos;
. Oferecemobjetividadeno processo
de correção.
Desvantagens
. Exigemmaistempode elaboração;
. Nãoapontama capacidade
de criação;
. Podemter resultados
distorcidos
por acertosaleatórios.
4. Resultadosda avaliaçãoe estratégiasde recuperação
"Quantomaisinformações setemsobreo objetoavaliado, mais
condiçõeshá de compreendê-lo e de tomaros váriostiposde
decisãonecessários
à trajetória/percurso
do Íazeravaliativo
e do
trabalho
educativodocente." (CRONBACH, 1982)
o planejare aplicarestratégias
de recuperação
dosestudantes;
. monitorare registrar
o desempenho
individual
do estudante;
. informaro estudante
sobreos resultados
da avaliação;
. cooperarcom as pessoas
dasdiversas
áreasbuscandosemprefortalecera in-
terdependência
e otimizarascompetências
existentes;
A avaliação
deveserumaatividadepermanente no trabalhodo docente,acompa-
nhandoos estudantes,passoa passo,no processode ensinoe de aprendizagem.
Pormeio dela,é possível
analisarobjetivamenteos resultados
de cadaestudante
comparando-os aos objetivospropostos(ascompetências previstasno perfil de
conclusãodo módulo/curso),possibilitando
a identificação
dos progressose das
dificuldades.
da avaliaçãosãotransformados
Em geral,os resultados em notasou conceitos.
não devemse resumirapenasna transformação
Todavia,essesresultados dosto-
taisnuméricosem notasou conceitos.Estessímbolose seusrespectivos
graussó
servemseforemutilizadosparauma apreciação qualitativa.
22Segundo Teixeira(2005f),os sistemasde atribuiçãode graus(sistemasde graduação) podem ser de dois tipos gerais:
absolutose relativos.Os sistemasde graus absolutos,aquelesem que o grau representa uma posiçãoem uma escala
previamente deÍinida,se baseiamna hipótesede que existemescalasuniversais cujospontosou posiçõestêm a mesma
significaçãoparatodasas pessoas que as utilizam.Porexemplo,um sistemade conceitosatravésde letrasé baseadona
suposição de que cadaletrarepresenta um graudefinidode proficiênciaem uma escalaÍixa,e essegraué interpretadoda
mesmamaneirapor todosque utilizamessesistemade conceitospor letras.Jáossistemasde grausrelativosnão indicam
a posiçãodo indivíduoem uma escalaabsolutae sima posiçãorelativado alunoem suaturma,Nessesistemaé necessário
descrever o grupono qualosgraussãobaseados, Sempreque possível,
semo que estesgrausnãotêm significação. osgraus
devemserindicados tantoem termosabsolutos comoem termosrelativos.lstotornamaisfácila maneirade interpretá-los.
A posiçãoem que um atletacompletoua corridade cem metrosé relativa,enquantoque o tempo que ele gastoupara
correros cem metrosé absoluto.
Ws"aiixn"
Taljuízo de valor lhe permitea tomadade decisões justase transparentessobre
o trabalhopedagógico que vem sendodesenvolvido,propiciandocondiçõespara
verificarse a turma estápreparadaparaseguiradiante.O docenterdeve então
estardispostoe preparadoparasituações em que nãoconsegue "sinalverde"para
avançar,seporventura um estudantenãotiveratingidoos padrõesde desempenho
esperados, proporcionando-lhe novasoportunidades de aprendizado, mediantea
recuperaçãodosestudos.
A recuperaçãoconstituiparteintegrante
dos processosde ensinoe de aprendiza-
geme tem como princípiobásicoo respeitoà diversidade de características
e de
ritmosde aprendizagem dosestudantes.Cabeà escolagarantira todososseusalu-
nosoportunidades de aprendizagem, redirecionandoaçõesde modo a que eles
superemasdificuldades específicas
encontradasduranteo seupercursoescolar.
A recuperação formas:
deveocorrerde diferentes
5. Conclusão
Não há receitas-geraisde sucesso como navida,
garantido.Na práticapedagógica,
ascoisasnãoacontecemdo jeito maiscômodo,como nosapontaBertoldBrecht:
"... pelo mapa/irê fâcil,,..",massim ao sabordosversosdo poetaespanholAnto-
nio Machado: '... o caminhose{azao caminhar..."
51
PennaFirme (apudDEPRESBITERIS, diz que paraa avaliação
20022.1 poderassu-
voltadaparaa negociação,
mir um carátermaiseducacional, ela devesetransfor-
m a rd e :
. eventoparaprocesso
. medo paracoragem
. boletinsde notaspararegistro
. imposiçãoparanegociação
. paraparticipação
autoritarismo
. arbitráriaparacriteriosa
. parapromocional.
classificatória
A todosagradeço, os comentários,
antecipadamente, e críticasconstru-
sugestões
possasuscitar.
tivasque estacomunicação
2aMembro
do Centroparao Ensinoda Filosoíia, de Filosofia.
Portuguesa
da Sociedade
n Conexão
SEÂIAf".
dades","atitudes","comportamentos", etc.,semque sejamimediatamente claras
asfronteirase ascorrelações
existentesentreeles.Tome-se,por um momento,o
pacíficotítulo destacomunicação:sugereele a existênciade uma mera relação
entrea aprendizagem de competênciase a aprendizagem de conteúdos,que me
competeaqui esclarecer? Ou seráque ela sugerea tesemaisforte de que existe
uma diferençasubstantiva,ou mesmode uma certaoposição,entre avaliara
aprendizagem de competências
e avaliara aprendizagemde conteúdos?Mas,afi-
nal,que relaçãohá entrecompetências e conteúdos? Este,como muitosoutros,é
um exemplode quãodifícilé a redeconceptual da avaliação.
Se a bibliografia
académica é a sedeprópriado sempreinacabado debatecon-
ceptual,a legislação,
pelasuanaturezanormativae reguladora,constitui-se
como
um ponto de referênciaparaos actoresda avaliação- em primeirainstância,
os
professorese osalunos. Ora,que nosdiz ela?.
Em26 de Marçodesteano foi publi-
cadoo Decreto-Lei7412004que, no seucapítulo10.e,dedicadoà avaliação das
aprendizagens, nosdiz o seguinte:
CAPíTULO
III
Avaliação
Artieo10 "
v
t', Avaliação
dasAprendizagens
56 1 - A avaliaçãoconsisteno processoreguladordas
aprendizagens, orientadordo percursoescolare
certificadordasdiversas
aquisiçõesrealizadas
pelos
alunos.
t-
que importasalientar:
Há trêsaspectos
Wg"aritrr-
como esperomostrá-lo, entãodissolve-seo problemade saberqual a relação,a
diferençaou a oposiçãoentreavaliaro aprendera e avaliaro aprendergue. Por
outro lado,se a tesetiver razãode ser,implicauma consequência
prática:
5B
O interessante
desteexcertoé permitir-nos uma analogiaentreo conhecidoe o
aprendido.Os autoressublinham que,quandouma pessoa diz saber,ou conhe-
cer,algumacoisa,podeestara dizê-lo em trêssentidosdiferentes:
grossomodo,
a pessoapodeestara referiralgoque sabe,ou algoque sabefazerou algoquefaz
efectivamente.
Poranalogia,
quandoavaliamos
as aprendizagens
dos alunos,podemosestara
avaliar
. se estessabem,
o s€ estessabemfazerou
o S€estesfazem
algo efectìvamente.
ascompetências
O que é que vai ser avaliadonesseexame?Precisamente, que
o aluno adquiriuacercada éticade Kant.O exameavaliarâ,por exemplo,se o
aluno:
Explica
os aspectos da teoriaem questão;
fundamentais
. à éticakantiana;
que sãoapontadas
ascríticastradicionais
Conhece
. Discutea soluçãopropostapor Kant.
Partoagoradestecasomaisparticularparageneralizan
Quaissãoascompetências
filosóficas
fundamentais
em torno dasquaisdeveremosorganizaros processos
de
ensino-aprendizageme a avaliação?
60
1 . Competênciasfundamentais Exemplos:
relativasaos problemasfilosóficos: . O problemaem discussão éo
1.'l ldentificaros problemas filosóficos problemado sentidoda vida;
e asdisciplinas em que se . Esteé um problemaque pertence
filosóficas
entregam; à metafísica;
1.2 Formularclarae correctamente os . O problemado sentidoda vida
problemas filosóficos; consiste...
1.3 Mostrarpor que razãotaisproble- . O problema do sentidoda vidaé
massãoimportantes; importanteporque...
1.4 Distingulrproblemas filosóficosde . O problema do sentidoda vidaé
problemas não-filosóficos. um problema da Filosofia,
en-
quantoque o problema de saber
comoevoluia vidadascélulasé
um problemada Biologiapor-
ue...
fazeruma observação
É necessário adicional.O trabalhocom os argumentos
filo-
sóficospodee deveserfeito em trêsdirecçõesdistintas:
. a cofirpetênciaatitudinal:a disposição
paraa actividadeargumentativa
eo
respeitopelaéticado debate;
Hssmr-
. e das
a competênciacognitiva:o conhecimentodos argumentosclássicos
dialécticas da tradiçãofilosófica.
argumentativas
O quadroanterior,
naturalmente,nadaindicano que respeita à primeiradirecção.
Há uma razãoparatal. O quadroseguinteapresenta um conjuntode trêsoutras
de competências
categorias que, emborasendomenoscentraisque asanteriores,
se reconhece paraa actividadefilosófica:
seremindispensáveis
4 . Competênciasconceptuais: Exemplos:
4.1 Conhecer o significado
doscon- . A expressãoa prlorisignifica...
ceitosutilizadosem cadadisciplina . O significado
da palavra"dogmá-
filosófica; tico" é...
4.2 Utìlizaradequadamente o voca-
buláriofilosófico;
Hg"rnftt"
nívelmuitoem brevenasActasdosreferidos
encontros,
que aguardam
publicação
em papel.
Agradeçoa vossapaciência
e disponibilidade.
Estouà disposição
paraquaisquer
esclarecimentos,
comentáriosou críticas.
de Bloom(Tradicional)
Taxonomiade ObjetivosEducacionais
Lembrara informação
ldentificaçdescrever, nomear,rotular,
reconhecer, reproduzir,
Compreensão Entender o significado,
para- Resumir, convefter,defender,parafra-
frasearum conceito sear,interpretar,dar exem
Usara informação ou o con- Criar,fazer,construir,modelar,prever/
ceito em uma nova situacão
Dividira inÍormação
ou o Comparar/contrastar,
d ividir, d istin-
conceitoem partesvisan- guir,selecionar/
separar
do um entendimento mais
Reuniridéiasparaformar Categorizar,generalizar,recons-
tr uir
Fazerjulgamentos criticaçjulgar,justificaç
sobreo Avaliar,
valor mentar,respaldar
n Conexão
SEÂlÁf"r
tentacorrigiralgunsproblemasda taxonomiaoriginal.Diferentemente
da versão
de 1956,a taxonomia revisada
diferencia (o
"sabero quê" conteúdodo raciocínio)
de "sabercomo" (osprocedimentos pararesolverproblemas).
Lembràr
Lembrarconsis.te
em reconhecer
e recordarinformações
importantes
da memória
de longaduraçáo.
66
Entender
Entenderé a capacidade
de fazersuaprópriainterpretação
do materialeducacio-
nal,como leituraS,
e explicações
do professor.
As subcapacitações
desseprocesso
inclueminterpretação,
exemplificação,
classificação,
resumo,conclusão, compa-
raçãoe explanação.
Aplicar
Analisar
Avaliar
A avaliação,
que é o item maisavançadoda taxonomiaoriginal,é o quintodosseis
processosda versãorevisada.Elaenglobaverificação
e crítica.
Criar
Dimensõesdos processos
cognitivos
. saposem um diagrama
ldentÌficar de tiposdiferentes
de
anfíbios.
. Encontrar um triânguloisósceles
na vizinhança. 67
. Responder perguntasde verdadeiro-falsoou múltipla
escolha.
. do século19.
Citartrêsescritoras
. Descrever problemas de multiplicação.
. Reproduzir a fórmulaquímicado tetracloreto de carbo-
no.
Conexão
$El\íÁtun
Co ncluir . Lerum trechode um diálogoentredoispersonagens e
tirarconclusões sobreseurelacionamento passado.
. Descobrir o significado
de um termodesconhecido a
partirdo contexto.
. Analisarumasériede números e preverqualseráo pró-
ximo .
Comparar . Explicarde que modoo coraçãoseassemelha a uma
bomba.
. Escrever sobreumaexperiência que vocêtevesemelhan-
te àsdospioneirosrumoao oeste.
. Usarum diagramade Vennparademonstrar asseme-
e diferencasentredoislivrosde CharlesDickens.
. Desenhar um diagramaparaexplicarcomoa pressão do
ar afetao clima.
. Apresentar detalhesque justifiquempor que a Revolução
Francesa aconteceu/ quandoe como.
. Descrevercomo as taxasde iurosafetam a economia.
. Listarinformações
importantes do enunciadode um pro-
blemamatemático e eliminaras informações irrelevantes.
. Desenharum diagramamostrando as personagens princi-
I e coadiuvantesde um romance.
Organizar . Separaros livrosda bibliotecada salade aulaem catego-
rias.
. Fazerum gráficode dispositivosfigurativos usadoscom
freqüênciae explicarseuefeito.
. Fazerum diagramamostrando comoas plantase os ani-
maisda vizinhança interagem entresi.
. Lercartasao editorparadeterminaros pontosde vistade
seusautoressobreumaquestãolocal.
. Determinara motivaçãode um personagem em um
romanceou conto.
. Analisarboletinsde candidatos políticose criarhipóteses
sobresuasperspectivas sobreos oroblemas.
. Participarem um grupode redação , fazercomentários
aoscolegassobreorganizaçáo e lógicade argumentos.
. Ouvirum discurso políticoe {azerumalistade quaisquer
contradições encontradasno discurso.
. Revisarum planode projetoparaver setodasasetapas
necessáriasforamconcluídas.
. Julgarse um projetosatisfaz
bem os critériosde uma
rubrica.
. Escolher o melhormétodopararesolverum problema
matemático complexo.
. a
Julgar validade dosargumentos a favore contraa astro-
A dimensãoConhecimento
Conexão
sEl\íÁf*o
Conhecimentode clas- Espécies
de animais,tiposdiferentes
de argumentos,
eras
de prin- .
Conhecimento Tipos de conflito na Iiteratura,lei do movimento de
Newton, princípiosda democracia
Conhecimento de teo- . Teoriada evolução,teoriaseconômicas,modelosde
rias,modelos
e estru- DNA
tu ras
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