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2. INTRODUÇÃO..............................................................................................5
5. Comentários finais........................................................................................44
Figuras
Figura 1 – Diagrama de blocos do controle em cascata................................................5
Figura 2 - Modos de uma Estrutura Cascata – Automático/Manual (A/M) e Local/Remoto (L/R)
......................................................................................................................7
Figura 3 – Ação anti wind-up no controle em cascata..................................................8
Figura 4 – Diagrama de blocos do controle feedforward...............................................9
Figura 5 – Diagrama de blocos do controle feedforward estático.................................10
Figura 6 – Diagrama P&I do controle override..........................................................11
Figura 7 – Controle de razão : Seguindo SP.............................................................13
Figura 8 – Controle em Razão : Seguindo PV............................................................14
Figura 9 – Controle de razão : método da multiplicação.............................................15
Figura 10 – Diagrama de blocos da configuração Centering Seek................................16
Figura 11 – Diagrama de blocos – Caixa de polpa flotação.........................................18
Figura 12 – Diagrama de blocos – Caixa de polpa ciclonagem.....................................22
Figura 13 – Diagrama de blocos – outros pontos.......................................................25
Figura 14 – Diagrama de blocos – Britagem Terciária................................................27
Figura 15 – Diagrama de blocos - Peneiramento......................................................29
Figura 16 – Retomadora Bucket Wheel....................................................................31
Figura 17 – Retomadora – Intrumentação para o caso elétrico....................................32
Figura 18 – Diagrama de blocos – Retomadora caso elétrico......................................32
Figura 19 – Diagrama de blocos – Retomadora caso hidráulico...................................34
Figura 20 – Diagrama de blocos – Flotação feedforward.............................................36
Figura 21 – Diagrama de blocos – Flotação - Dosagem de amido................................38
Figura 22 – Diagrama de blocos – Adaptação 2DOF para alimentadores.......................41
Figura 23 – Diagrama de blocos - Espessamento......................................................42
1. Objetivos
O objetivo deste documento é servir como um guia prático sobre as estratégias de controle
regulatório mais adequadas para uma boa parte dos equipamentos e operações unitárias do
processo de beneficiamento mineral. As estratégias descritas foram desenvolvidas para o processo
de beneficiamento de minério de ferro, mas podem ser utilizadas em minérios não ferrosos em boa
parte dos casos.
2. Introdução
Ressalta-se ainda que se houver mudanças dos parâmetros de sintonia da malha escrava, a
malha deve ser re-sintonizada.
Enquanto o controlador escravo estiver em modo manual, sugere-se que o controlador mestre
também esteja neste mesmo modo de operação, tendo em vista que sua saída não provocará
nenhum efeito na variável de processo, o que o levará inevitavelmente à saturação. Sendo assim,
recomenda-se que a lógica de controle respeite a seguinte ordem de transferência de modo de
operação:
PID escravo em manual-local / PID mestre em manual-local
Controlador mestre: recomenda-se implementar o “output tracking”, ou seja, fazer com a saída
deste controlador siga o “setpoint” do controlador escravo enquanto este último estiver em modo
local (manual ou automático).
Quando este recurso não está disponível, ele pode ser programado externamente.
3.2 Feedforward
O objetivo do controle feedforward é antecipar as ações de controle antes que as pertubações
atinjam a variável controlada. O princípio básico desta estratégia é medir uma variável de
perturbação e calcular ações corretivas antes que esta variável cause grandes distúrbios ao
processo. Para implementar este tipo de controle, faz-se necessário a identificação da variável que
causa perturbações de carga ao processo e realizar medições on-line da mesma. Além disso, deve-
se conhecer como a variável controlada responde a mudanças na variável de perturbação.
GPd
Gqff
GP
K Pd
K ff e Delay ff Delay pd Delay P
KP
Figura 5 – Diagrama de blocos do controle feedforward estático
Imprecisões na determinação dos ganhos e atrasos não são críticas, visto que o controlador
feedback fará as devidas correções na saída de controle dinamicamente.
A Figura 6 ilustra esta arquitetura de controle, onde há dois controladores, sendo um de vazão
e outro de nível e apenas uma válvula de controle. As saídas dos controladores são comparadas
por um bloco seletor (HS) determinando qual deles comandará o acionamento da válvula.
Figura 6 – Diagrama P&I do controle override
3.4.1.1 Seguindo SP
O setpoint de uma malha de controle está relacionado com o setpoint de uma segunda malha
Nesta configuração, não há interação direta entre as malhas, embora seja necessário garantir
que ambas tenham o mesmo tempo de resposta. A principal desvantagem é o fato que a razão
entre as variáveis de processo não é garantida durante a ocorrência de perturbações em uma das
malhas ou falha/defeito de instrumentação (válvula de controle, medidores de vazão, etc). Em
função disso, não se recomenda a utilização desta estratégia em controle de combustão.
3.4.1.2 Seguindo PV
O Setpoint de uma das malhas é calculado em função da variável de processo (PV) de outro
fluido. Na Figura 8, estão ilustradas duas possibilidades de implementação.
Figura 8 – Controle em Razão : Seguindo PV
Na primeira delas, tem-se apenas uma malha de controle destinada ao controle de vazão do
fluxo B, enquanto na segunda possibilidade de implementação existem duas malhas destinadas ao
controle de ambos os fluxos. Para as duas situações, recomenda-se a filtragem do sinal da variável
de processo para não transmitir os ruídos de medição para o cálculo de setpoint da outra malha.
Em relação à sintonia dos controladores, deve-se garantir que ambas as malhas tenham o mesmo
tempo de resposta.
3.4.2.1 Implementação
O método de implementação consiste em determinar o setpoint da malha de vazão M por
meio da multiplicação da vazão de carga medida (PV) por um fator de ganho K R (que
corresponde a razão desejada), conforme ilustrado na Figura 9.
Figura 9 – Controle de razão : método da multiplicação
Automático: o operador define o setpoint de vazão. Apesar do objetivo seja sempre controlar a
razão, pode-se em determinadas situações operacionais optar por controlar a vazão, dessa forma,
torna a implementação mais flexível;
O ajuste do elemento fino é usado para conferir precisão ao controle, enquanto o ajuste do
elemento grosseiro, além de aumentar a rangeabilidade, é feito quando necessitar retornar o
elemento fino para dentro de limites estabelecidos (25% e 75%, conforme exemplo). Sendo assim,
define-se um controlador PID para a variável de processo com atuação sobre o elemento fino. Além
disso, implementa-se um segundo controlador PID ( no exemplo da figura, apenas integral e
derivativo) cuja variável de processo será a saída de controle do PID do elemento fino.
Esta estratégia contempla as caixas que possuem medição de nível, vazão e densidade e que
tem adição de água e bomba de polpa com inversor de freqüência. A implementação final deverá
ficar conforme a Figura 11:
Para evitar pulos e oscilações quando o erro do controle de nível está próximo de zero, deve-
se utilizar a equação abaixo para calcular o valor de δ.
A variável δ’ deve ser limitada entre 0 <= δ’ <= δ. O limite em zero está feito devido ao termo
quadrático, mas o limite em δ não. Em situações onde (PV – Spe)2 > Β2, ou seja, [(PV – Spe)2 /
Β2] > 1, o valor de δ’ seria maior do que δ, tornando incorreto o cálculo. Lembre-se que somente
quando a PV estiver dentro da faixa definida por Β é que o SP interno se aproxima da PV. Do
contrário, quando estiver fora da faixa, o SP interno será o limite superior ( SPe + Β) ou o limite
inferior ( SPe – Β) da faixa, dependendo se há a tendência de transbordo ou esvaziamento
respectivamente.
Onde,
H: nível.
Ou seja:
Se LSH<L<LSHH: COmax varia linearmente entre 100 (em L=LSH) e 0 (em L=LSHH).
Se LSL<L<LSLL: COmin varia linearmente entre 0 (em L=LSL) e 100 (em L=LSLL).
4.2.1.3 Requisitos:
Esta estratégia contempla as caixas que possuem medição de nível e adição de água
manipulada por válvula de controle. Deve haver também medição da densidade da polpa e bomba
com inversor de freqüência. Finalmente, são necessárias a medição de pressão na entrada dos
ciclones e válvulas on-off que garantam a abertura/fechamento dos ciclones.
Sempre que o nível da caixa ultrapassar um valor de nível definido como alto a abertura
máxima permitida para a válvula de adição de água diminui até o seu completo fechamento quando
o nível alcançar um valor crítico. Isto garante que caixa não transborde pela adição de água.
Nestes momentos, o controle de densidade seria consequentemente prejudicado. De maneira
análoga, sempre que o nível da caixa for menor que um valor definido como baixo, a abertura
mínima permitida para a válvula é aumentada até atingir a abertura total quando a caixa estiver em
um nível baixo crítico. Esta segunda restrição garante que a bomba não opere sem que haja polpa,
eliminando a possibilidade desta entrar em cavitação.
Para que um controle eficiente da abertura dos ciclones e do nível da caixa seja feito, alguns
cuidados devem ser tomados. Um deles está relacionado à minimização de recorrentes alterações
no número de ciclones abertos. Isto tem como conseqüência a desestabilização do processo a
jusante além da redução da vida útil das válvulas. Para eliminar tal problema, pode ser definida
uma estratégia de histerese e temporização. Esta deve prever a abertura de um ciclone por vez
quando o nível ultrapassa certo valor H1 por um tempo maior que T. Se o nível continuar em
patamares acima de H1 mais um ciclone deve ser aberto (depois de novamente transcorrido T) e
assim sucessivamente. Os ciclones somente devem começar a ser fechados quando o nível
permanecer abaixo de um valor H2 durante T. Obviamente, H2 deve ser menor que H1 e quanto
mais distantes entre si estes valores forem, menor será a freqüência de abertura/fechamento dos
ciclones.
Caso haja mais de uma linha de ciclonagem, a lógica de acionamento deve prever: verificação
de qual linha está em operação e a escolha da bateria com maior disponibilidade de ciclones;
verificação do status atual de cada ciclone (aberto, fechado, defeito etc) e a escolha daquele que
for mais adequado mediante uma lista de prioridades.
Esta etapa tem como características o fato de as câmaras de britagem das máquinas
operarem cheias. O nível é a principal variável, pois, a cominuição é feita, principalmente, durante a
compressão entre as partículas, além de o contato com os revestimentos. O não enchimento da
câmara de britagem resulta em excesso de carga circulante, redução da taxa de alimentação do
britador e conseqüente redução de taxa no circuito. O enchimento da câmara acima do limite
poderá causar sujeira na área, sobrecarga e danos ao equipamento. As características do minério
interferem diretamente na produtividade e no desempenho dos britadores. Essas perturbações são
significativas para o processo e, geralmente, não são consideradas na estratégia de controle.
Maximizar a produção.
4.4.1.3 Descrição da estratégia:
Esta estratégia contempla os britadores cônicos terciários que possuem medição de nível da
câmara e corrente do motor e inversor de freqüência para o controle de velocidade do alimentador.
A implementação final deverá ficar conforme a Figura 14:
Passo 3) A estratégia de controle que governa as duas malhas deve ser do tipo preferencial
(override). Um seletor de menor sinal da preferência para o controle de vazão do alimentador para
a malha que estiver “pedindo” o menor valor de CO. Está lógica deve ser implementada utilizando
um bloco de cálculo (FY).
Passo 4) Deve-se tomar cuidado com relação aos limites de saturação da malha que estiver
em “stand by”. Pelo fato de as duas malhas operarem no modo automático durante todo o tempo, a
malha que não estiver atuando deve ser protegida para que não ocorra o efeito de ”wind up” na
ação integral. Neste caso, o limite de saturação máximo do controlador que não estiver atuando no
momento deve ser igual ao valor atual da CO do controlador que estiver atuando mais 5%. Está
atualização do valor do limite máximo de saturação dever ser feita durante todos os ciclos de
execução.
4.5 Peneiramento
Passo 1) Identificar qual variável é o SP de alimentação dado pela sala de controle. Deve-se
ter atenção com relação à escala de engenharia utilizada pela variável (t/h ou rpm). Utilizar essa
variável no bloco seletor de menor sinal.
Passo 2) Implementação de malha de controle de corrente tendo como atuador o alimentador
(controle de velocidade por inversor de freqüência). O SP dessa malha deve ser próximo ao valor
nominal da corrente do motor. A sintonia deve ser conservadora do tipo PI para garantir
estabilidade, já que o processo apresenta grau elevado de não-linearidade. Sintonia agressiva
pode ocasionar oscilações dependendo da alimentação de minério na peneira. Outra opção é
implementar um controle de ganho escalonado para as faixas de operação.
Passo 4) Deve-se tomar cuidado com relação aos limites de saturação da malha que estiver
em “stand by”. Pelo fato de as malhas operarem no modo automático durante todo o tempo,
quando a malha de corrente não estiver atuando, ela deve ser protegida para que não ocorra o
efeito de ”wind up” na ação integral do PI. Neste caso, o limite de saturação máximo do controlador
quando não estiver atuando deve ser igual ao valor atual da rotação do alimentador dado pela sala
de controle mais 5%. Está atualização do valor do limite máximo de saturação dever ser feita
durante todos os ciclos de execução.
4.6.1.3 Requisitos:
Esta estratégia contempla as retomadoras que possuem medição de corrente (caso elétrico)
ou pressão (caso hidráulico) da roda de caçambas e medição de vazão mássica em uma balança
instalada na correia da retomadora.
Passo 2) Sintonia da malha de controle de corrente. Será necessário realizar testes para
determinar o conjunto de parâmetros PID para diversos tipos de pilhas e angulações da máquina.
Passo 2) Sintonia da malha de controle de pressão. Será necessário realizar testes para
determinar o conjunto de parâmetros PID para diversos tipos de pilhas e angulações da máquina.
4.7 Flotação
Esta estratégia contempla um circuito em que há medição de nível de interface nas células de
flotação. A implementação final deverá ficar conforme a figura abaixo:
Figura 20 – Diagrama de blocos – Flotação feedforward
Atraso feedforward.
A vazão de soda deve seguir o Setpoint calculado de acordo com a vazão de amido.
A vazão da solução deve ser dosada corretamente de acordo com a vazão mássica de
minério antes da flotação.
A malha de controle de nível do tanque de diluição final calcula o SP para a malha de controle
de vazão mássica de amido do tanque de diluição inicial. A dosagem de amido determina os SP de
vazão de água e soda cáustica (controle de razão). A vazão de solução dosada é determinada pela
vazão mássica de polpa calculada através das medições de vazão e densidade na entrada do
condicionamento (controle de razão).
4.7.2.4 Passos para implementação
Passo 3) Implementar controle de razão entre vazão de amido e injeção de água. O setpoint
da vazão de água deve ser calculado em função da vazão de amido e da relação desejada
água/amido.
Passo 4)Implementar controle de vazão de soda cáustica. Sintonia agressiva para seguir bem
o Setpoint.
Passo 5) Implementar controle de razão entre vazão de amido e injeção de soda. O setpoint
da vazão de soda deve ser calculado em função da vazão de amido e da relação desejada
Soda/amido.
Passo 6) Implementar controle de nível do tanque de diluição final. Modelar a relação entre
vazão de amido e impacto no nível do tanque para determinar o tempo morto.
Passo 8) Testes e sintonia da malha de controle de nível do tanque de diluição final. Sintonia
não precisa ser agressiva.
Passo 10) Implementar cálculo de vazão mássica de polpa e implementar controle de razão
entre a vazão de polpa e solução.
Evitar que as perturbações de carga ativem a lógica de proteção. O objetivo é rejeitar essas
perturbações o mais rápido possível para que a média da produtividade do alimentador se
mantenha no valor do SP.
A estratégia adotada é uma adaptação livre do chamado “PID com 2 graus de liberdade”.
Nesse caso, a filosofia de se ter uma sintonia para seguir o SP e ao mesmo tempo atender a
demanda de rejeitar perturbações é mantida.
O sinal de erro (SP - PV) é dividido por um fator constante e somado ao valor da CO, com o
objetivo de auxiliar o PID quando a PV sofrer perturbações. Somente valores negativos de erro são
somados, ou seja, a estratégia opera apenas quando o valor da PV está maior que o valor do SP.
Figura 22 – Diagrama de blocos – Adaptação 2DOF para alimentadores
Passo 1) Dividir o sinal do erro por uma constante, tipicamente o valor dimensional do ganho
do modelo obtido no teste em degrau (∆PV/∆CO). Quanto menor esse valor, mais agressiva a
estratégia se torna.
Passo 2) Limitar o valor obtido no Passo 1 entre zero e um valor negativo. Esse valor negativo
deve ser suficiente para que a subtração da CO gere uma queda na PV de amplitude equivalente à
maior perturbação.
Passo 3) Somar o sinal obtido após a limitação (sempre negativo) ao sinal da CO gerado pelo
controlador PID.
Passo 4) Opcionalmente, pode-se incluir uma rampa (somente de subida) antes de somar o
sinal à CO. Essa ação tem como objetivo tornar o aumento da CO mais lento (a diminuição é
imediata), tratando os casos em que o valor da PV começa a diminuir após uma diminuição da CO,
mantém-se acima do SP, e volta a aumentar.
4.8.1.5 Resultados de negócio esperados:
Aumentar a média da produtividade do alimentador, mantendo as condições de
segurança e evitando sobrecarga na partida das TCLDs a jusante.
4.9 Espessamento
5. Comentários finais