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maisretorno.com/portal/5-dicas-para-fugir-e-se-proteger-da-inflacao
É verdade que o Banco Central vem reagindo para tentar controlar a pressão inflacionária.
A Taxa Selic, somente em 2021, saiu de um patamar de 2,0% ao ano para 9,25% ao ano.
Entretanto, o IPCA segue em patamares elevados e sem uma previsão de retornar para a
estabilidade.
Considerando que esse é um?desafio real para o Brasil, no artigo de hoje vamos discutir
um pouco sobre esse ambiente econômico e como você pode proteger o seu
dinheiro da inflação.
Importante observar que o IPCA é um índice que monitora mais de 300 itens nas
principais cidades brasileiras. E, nesse pacote, ainda que o resultado esteja crescente, não
necessariamente tudo se eleva no nosso mercado. Para o consumidor, o que importa de
fato é quanto ele pagou quando precisou adquirir algo.
Acontece que, em cenário de inflação alta, o custo de vida como um todo se eleva e isso é
facilmente percebido no cotidiano. É o que vem acontecendo com a alimentação em 2021,
por exemplo.
Ou seja, a menos que o seu salário consiga acompanhar a própria inflação, você acaba
prejudicado na medida em que consegue comprar menos com o mesmo ganho financeiro.
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5 dicas para se proteger da inflação
Diante do impacto direto no seu bolso e no seu padrão de vida, é essencial buscar
maneiras para se proteger da inflação. Ainda mais no Brasil, país em que esse é um
tema recorrente há alguns anos.
Sendo assim, vamos conferir algumas dicas para atingir esse objetivo e preservar o seu
patrimônio e o seu poder de compra.
A primeira e talvez mais óbvia dica para se proteger da inflação está em realizar
investimentos com o seu dinheiro em ativos que estejam expostos a algum
índice inflacionário. É o caso do IPCA, mas também do IGP-M, por exemplo.
Esses investimentos são, em sua maioria, de renda fixa, mas permitem que o capital
aplicado replique o desempenho do seu indexador. Assim, em períodos de inflação
elevada, o dinheiro vai replicar esse comportamento e garantir que o seu
poder de compra seja protegido.
Abaixo, listamos alguns investimentos que podem ser realizados com esse objetivo:
Tesouro IPCA: são os títulos públicos (emitidos pelo governo) atrelados ao IPCA.
Geralmente, pagam um prêmio adicional à inflação, garantindo assim juros reais ao
investidor. Isto é, um ganho financeiro acima da inflação.
Debêntures: são títulos de renda fixa emitidos por empresas privadas e,
geralmente, também utilizam índices inflacionários na definição dos juros pagos ao
investidor. Importante notar que há maior risco no mercado de crédito privado de
um modo geral.
LCA/LCI: as instituições financeiras também possuem produtos destinados a?
oferecer uma rentabilidade próxima à inflação. É o caso da Letra de Crédito do
Agronegócio (LCA)?e da Letra de Crédito Imobiliário (LCI). No entanto, fique de
olho, pois esses ativos podem ser atrelados ao CDI também e, neste cenário, você
não garante o seu objetivo de seguir um índice inflacionário.
ETFs: por fim, já existem fundos negociados em bolsa que replicam o desempenho
de índices de inflação. A maior parte deles segue o IMA-B e suas variações. É o que
acontece nos ETFs IMAB11, IMBB11 ou IB5M11, por exemplo.
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Se você tem o hábito de comprar chocolate importado, por exemplo, talvez valha a pena
checar as opções nacionais. O mesmo vale para qualquer tipo de produto ou serviço. A
pesquisa de preço é essencial para não estourar o orçamento doméstico
durante um período de inflação elevada.
Uma forma de fazer isso é negociar o ganho mensal com a empresa para a qual você
trabalha ou presta serviços. No caso de empresários, geralmente o preço acaba sendo
repassado ao consumidor final, mas é preciso cuidado para não deixar o custo muito
acima dos?concorrentes.
Desta forma, um caminho para se proteger da inflação é manter uma parte do seu
patrimônio posicionado em uma moeda estrangeira forte, como é o dólar. Assim, durante
esses movimentos mais defensivos da economia, essa parcela tende a se valorizar
junto com o dólar.
Hoje em dia, é bem fácil de fazer esse tipo de investimento. Existem ETFs que replicam o
desempenho da bolsa americana (IVVB11 e SPXI11, por exemplo), além de fundos de
investimentos com foco no mercado estrangeiro.
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Imagine que, por exemplo, o seu investimento no Tesouro Selic tenha rendido 8,5% em
2021. Considere ainda que, neste mesmo período, a inflação seja de 10,0%. Perceba que,
neste cenário, o seu ganho não foi suficiente para preservar o poder de compra.
Não significa que os ativos atrelados aos juros sejam ruins. Eles são válidos para outras
estratégias, como a manutenção de liquidez. No entanto, para o objetivo de proteção
diante da inflação crescente, esses investimentos podem não ser suficientes. Portanto,
saiba diversificar o seu patrimônio.
Seguindo essas dicas, você estará melhor preparado para lidar com períodos de pressão
inflacionária e reduzir o impacto desse movimento econômico para o seu bolso.
Sobre o autor
Stéfano Bozza
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