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funcionam?
maisretorno.com/portal/abordagens-top-down-e-bottom-up
Mas existem duas formas de fazer isso. São duas abordagens diferentes conhecidas como
Top-Down e Bottom-up.
Vou traduzir livremente a expressão top-down pois acho que facilitará nosso
entendimento. Top-down pode ser lido como algo que signifique “de cima para baixo”.
A partir de então, começa-se a olhar para o micro que seria simplesmente a empresa em
si.
Logo, para essa abordagem, saber mais sobre como está a economia como um todo irá
influenciar mais na análise do que propriamente as condições da própria empresa.
É claro que quanto mais saudável a economia estiver, melhor para todas empresas. Mas,
quando digo aspecto econômico do país, quero dizer mais que setores específicos podem
ter um desempenho melhor que outros.
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Por exemplo, em um ambiente de altos juros, empresas que tenham muitas dividas
tendem a ter uma performance pior. Por outro lado, bancos, por exemplo, podem ter uma
boa performance, já que o seu core business é emprestar dinheiro.
Além disso, podemos descrever o ciclo de negócios de cada empresa para realizar essa
análise. Isso se divide em 4 etapas:
Você pode notar que o grande segredo dessa abordagem é descobrir o ponto de virada.
Assim, conseguirá aproveitar toda a fase de expansão na qual as ações tenderão a se
valorizar.
Bottom-up pode ser entendido como algo próximo a “de baixo para cima”.
Bem, você deve ter percebido logo que é justamente o oposto da estratégia anterior. Peço
desculpas pela obviedade.
O ponto é que esse tipo de estratégia parte do micro para o macro. Aqui, novamente, o
micro trata da empresa em si e o macro da economia de forma geral.
Os aspectos micro que me refiro são desde o estado financeiro da empresa, análise de seus
concorrentes, qualidade da administração, a satisfação de seus clientes e assim por diante.
Somente depois dessa análise micro é que se passa a olhar o estado da economia.
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Ou seja, olhar o setor que a empresa está inserida é muito importante.
Existem basicamente três tipos de setores que as empresas se inserem nessa abordagem:
Grandes investidores como Warren Buffett, Philip Fisher, Benjamin Graham, adotam (ou
adotavam) essa estratégia Bottom-up.
No entanto, particularmente eu acredito que para analisar ações de forma assertiva faz
mais sentido olhar casos específicos. Nesse caso a estratégia bottom-up faz mais sentido
pra mim.
É claro, levar em conta o cenário econômico é sempre necessário, afinal isso irá afetar as
empresas como um todo. Mas descobrir assimetrias entre empresas, faz mais sentido na
análise de ativos renda variável, na minha visão.
Além disso, grandes investidores que respeito muito também utilizam esse tipo de
abordagem reforçando mais essa minha preferência.
No final, tudo é uma questão de como o investidor ou analista prefere tomar suas
decisões, escolhendo de acordo com sua familiaridade e gosto com cada abordagem.
Conclusão
A análise fundamentalista é uma forma de buscar as melhores empresas para se investir
levando em conta aspectos econômicos e financeiros delas.
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Para realizar isso podemos ter duas abordagens, a top-down e a bottom-up.
A primeira começa pela análise macro e depois leva em conta peculiaridades, enquanto a
segunda começa analisando cada empresa, para depois expandir para o cenário macro.
Cada investidor tem a sua forma própria de realizar sua análise. Eu, particularmente
gosto muito da abordagem bottom-up, que leva em conta peculiaridades da empresa e do
setor.
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