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O que você não deve fazer na recuperação


de créditos tributários
E-book: O que você não deve fazer na recuperação de
créditos tributários
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A Recuperação de Créditos Tributários (RCT) é uma excelente medida a ser tomada pelas empre-
sas, uma vez que, através de uma revisão fiscal, o profissional tributário pode detectar valores
recolhidos a maior ou indevidamente nos últimos cinco anos, adotando, a partir daí, as providên-
cias administrativas e/ou judiciais necessárias para que os créditos possam ser compensados ou
restituídos.

Estes valores podem ser empregados de várias maneiras, como reforçar o fluxo de caixa, realizar
investimentos, alavancar novas campanhas de marketing, investir em capacitação e regularizar
passivos.

Mas existem determinadas atitudes que não deve ser adotadas pelos profis-
sionais tributários no processo de RCT. Para evidenciar esses pontos, elenca-
mos cinco fatores que você não deve fazer durante o procedimento de recu-
peração de créditos tributários.
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1. Não ser transparente com o cliente

Informação vale ouro e é fundamental para estreitar o relacionamento entre o profissional tributário
e seus clientes. Todas as informações relativas à oportunidade de recuperação, ao tipo de processo
e às formas de aproveitamento dos créditos devem ser repassadas de forma clara e transparente.

É preciso informar ao cliente todos os passos do processo, expor eventuais riscos e evidenciar os
benefícios para a empresa, como a recuperação dos valores indevidamente recolhidos nos últimos
cinco anos, a economia futura através redução da carga tributária e a correção de eventuais
procedimentos contábeis/fiscais incorretos.

Deixe claro que, atualmente, a fiscalização já monitora as empresas pratica-


mente em tempo real. É muito mais arriscado realizar procedimentos errados
do que eventualmente ingressar em juízo para reaver valores pagos a maior
ou realizar um pedido eletrônico de restituição.
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2. Prometer resultados incertos

No processo de prospecção e conquista de novos clientes é interessante oferecer, sem custos e sem compro-
missos, uma estimativa do quanto a empresa poderia economizar por mês e do quanto poderia recuperar nos
últimos cinco anos. Mas não apresente cálculos super estimados: deixe claro que o que você está apresentan-
do é uma estimativa do que pode ser efetivamente economizado e/ou recuperado.

Haja da mesma forma em relação aos prazos: não prometa recuperações ultra rápidas se você depende de
outros órgãos, como o Poder Judiciário ou a Receita Federal. Deixe claro que você trabalhará com afinco e que,
no que depender de sua atuação, tudo será célere. Entretanto temos que percorrer, dependendo do crédito
pleiteado, os caminhos administrativos ou judiciais necessários ao seu reconhecimento.

Lembre-se que, depois do contrato fechado, você terá que lidar com seus clientes durante meses ou anos.
Portanto, construa estes relacionamentos com base na honestidade e na transparência, evitando criar falsas
expectativas e prejudicar sua credibilidade.
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3. Compensar créditos sem trânsito em julgado

Muitas vezes a Recuperação de Créditos Tributários acontece na esfera judicial, onde o contribuinte
irá discutir tributos pagos indevidamente, a maior ou em duplicidade, para a União, Estado, Mu-
nicípio ou Distrito Federal.

O artigo 170-A do Código Tributário Nacional (CTN) veda a possibilidade de compensação tributária
antes do trânsito em julgado de ação que trate sobre o crédito a ser empregado na compensação.
Ou seja, o CTN veda a compensação tributária antes da confirmação definitiva do direito creditório
pleiteado em um processo judicial.

Ainda hoje vários profissionais realizam compensações com créditos tributários sem qualquer decisão
ou com base em tutelas provisórias, sendo este um procedimento extremamente temerário. Como o
artigo 170-A do CTN é uma norma cogente e plenamente eficaz em nosso ordenamento jurídico, resta
aos Contribuintes se conformarem à aplicação dos seus efeitos, mesmo que isso represente uma de-
mora maior na utilização de certos créditos tributários cujo direito é praticamente certo.
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4. Utilizar parâmetros de cálculo não aceitos

Para esclarecer este ponto iremos usar como exemplo a tese tributária da exclusão do ICMS da
base de cálculo do PIS/COFINS. Como até o momento não foi publicada legislação que autoriza a
exclusão de ICMS da base de cálculo das citadas contribuições, essa exclusão só pode ser realizada
após autorização judicial. É também no processo judicial que será definido o montante do ICMS a
ser excluído, pois hoje existem duas correntes de pensamento.

Os advogados defendem que deve ser excluído o ICMS destacado nas notas fiscais porque é esse
montante que influencia diretamente na base de cálculo do PIS e da COFINS. Já a Fazenda Nacio-
nal defende que deve ser excluído o ICMS a pagar, ou seja, o ICMS que a empresa efetivamente
recolheu, após a apuração do débito e do crédito.

A Receita Federal, inclusive, tem uma Instrução Normativa nesse sentido. A Instrução
Normativa 1911, de 2019, estabelece que nos casos de decisões judiciais transitadas em
julgado, nas quais a forma de exclusão do ICMS não esteja sendo exposta de modo claro,
o critério aceito pela Receita é a exclusão do ICMS a recolher.
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Portanto, ao realizar seus cálculos, certifique-se de que os parâmetros utilizados estão coerentes
com os critérios aceitos pelo órgão fiscalizador ou então condizentes com decisão judicial que
reconheceu os créditos tributários.

5. Não observar os procedimentos administrativos para o aproveitamento dos créditos

Uma vez finalizado o processo, é chegada a hora de realizar o aproveitamento do crédito tributário.
Mas, para isso, é preciso observar os procedimentos definidos pelas Receitas Federal, Estaduais ou
Municipais, conforme o caso.

Por exemplo, o aproveitamento de um crédito no âmbito da Secretaria da


Receita Federal do Brasil deve observar o disposto na Lei 9.430, de 1996, e
na Instrução Normativa 1.717, de 2017. Caso o contribuinte opte por compensar
seus créditos, deverá realizar a Declaração de Compensação através do
programa PERDCOMP e transmiti-la via internet com o uso de outro programa:
o RECEITANET.
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Mas só é possível transmitir o PERDCOMP após pedido de Habilitação do Crédito, isso porque o pro-
grama precisa do preenchimento do número do pedido de habilitação para fazer esse envio. Como se
vê, é preciso conhecer estes dois procedimentos, tanto a Habilitação do Crédito na Receita Federal
quanto a Compensação com débitos próprios, vencidos ou que estão por vencer.

Não observar os procedimentos administrativos para o aproveitamento dos créditos pode gerar mul-
tas pesadas e até mesmo a não homologação das compensações realizadas. Portanto, além do levan-
tamento dos valores e da condução do processo de reconhecimento dos créditos, é preciso dominar
as normas que regem a restituição, compensação, ressarcimento e reembolso de tributos.

DICA: Tenha uma plataforma desenvolvida para que você possa transformar a RCT
(Recuperação de Créditos Tributários) em uma oportunidade real de negócios, com vários
módulos para apurar créditos para empresas do Simples Nacional, do Lucro Real e do
Lucro Presumido, tudo de forma eletrônica, o que garante rapidez nos cálculos e precisão
nos resultados.
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