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Nome do Aluno
SUMÁRIO
1. DIRETRIZES 2
2. CONTABILIDADE EMPRESARIAL 6
2.1. PATRIMÔNIO: MOVIMENTAÇÃO E GERENCIAMENTO 12
3. GESTÃO DE CUSTOS 47
3.1. PRODUÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS DADOS DE CUSTOS DESTINADOS A VOLARAÇÃO DOS
ESTOQUES E DOS CUSTOS DAS VENDAS 47
Este material não é de autoria pessoal, pois foi produzido a partir de obras de
doutrinadores, dentre os quais se destacam: José Carlos Marion, Eliseu Martins, Ana
Maria Cristina e Maria de F. Gameiro Costa, Ray H. Garrison e Eric W. Noreen,
Charles T. Horngren et. al., John K. Shank e Vijay Govindarajan etc.
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Gilberto Imbrosio Oliveira //Professor e Orientador Empresarial – CRC: PE-016856/O-0
NOÇÕES DE GESTÃO E CUSTOS INDUSTRIAIS
1. DIRETRIZES
Caros Alunos,
É um prazer poder compartilhar o conhecimento do conteúdo dessa disciplina com todos vocês. Seguem
algumas informações básicas e o modus operandi deste módulo.
OBJETIVO
Partindo do estudo dos fundamentos da contabilidade empresarial e de custos, e do estreitamento desse
estudo, propiciar a amplitude da capacidade gerencial dos participantes do curso.
EMENTA
A habilidade e a capacidade empresarial empregadas na análise de problemas, em consonância com os
princípios teóricos da Gestão de custos.
MODUS OPERANDI
Para tornar o curso mais dinâmico, as aulas serão conduzidas através de exercícios práticos individuais,
exposições dialogadas e estudo dirigido.
AVALIAÇÃO
VT - Atividades contínuas baseadas em observações de resoluções das atividades em sala, de atitudes
pró-ativa, de postura participativa, de comprometimento com a formação, de assiduidade, de
pontualidade e capacidade de integração-visão de equipe - etc. – 0 a 10 pontos.
SEGMENTAÇÃO DO MÓDULO:
Unidade I: Gestão Contábil Empresarial e Análise.
Unidade II: Gestão de Custos Industriais.
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NOÇÕES DE GESTÃO E CUSTOS INDUSTRIAIS
28/10/2008 - Por incrível que pareça, nem todo profissional sabe exatamente qual o objetivo maior do seu
trabalho. E, algumas vezes, mesmo sabendo, coloca o objetivo do seu departamento acima daquele que
deveria ser maior, que é o da empresa a que serve.
Um exemplo: há publicitários que fazem comerciais para ganhar prêmios em Cannes – e não para vender
o produto que deveriam anunciar. O filme fica lindo, muito criativo, engraçado ou emocionante –
mas...anuncia mesmo o que? Foi-se o objetivo-fim.
Um competente diretor de eventos de uma indústria automobilística idealiza a mais fantástica festa de
lançamento de um novo modelo de carro. Planeja tudo nos mínimos detalhes, contrata os mais criativos
promotores de eventos, as mais famosas atrações, o mais sofisticado coquetel, imagina os mais atraentes
materiais gráficos e as mais luxuosas decorações... A poucas semanas do evento, recebe da Matriz uma
ordem para cancelar tudo, tendo em vista inesperada e grave crise financeira.
O mundo do diretor de eventos desaba! Cancelar sua obra-prima? Jamais! Como deixar de apresentar ao
mundo sua fantástica e maravilhosa festa de lançamento? Ele se recusa a obedecer a ordem da Matriz,
embora as razões que lhe são apresentadas para o cancelamento sejam absoluta e rigorosamente
incontestáveis, pois imporia à empresa riscos fatais. Apesar disso, o diretor insiste, discute, briga. Ou seja,
sua vaidade pessoal e profissional ficou acima da necessidade da empresa à qual deveria servir.
Esse exemplo poderia ocorrer no contexto de organizações bancárias, comerciais, tecnológicas – qualquer
uma. Todas elas possuem um objetivo e este deve ser entendido com clareza por todos – ou surgirão
desvios.
A esse desvio do objetivo maior em favor de um objetivo menor costumo chamar de “Efeito Kwai”,
porque o absorvi de um extraordinário filme de 1957, vencedor de 7 Oscar, incluindo Melhor Filme e
Diretor, chamado “A Ponte do Rio Kwai”. Nele, durante a Segunda Guerra Mundial, o Coronel Nicholson
(Alec Guinness) e sua tropa são aprisionados pelos japoneses num campo do Pacífico. Forçados a
construir uma ponte sobre o Rio Kwai, o Coronel decide fazê-la muito bem feita, a fim de humilhar os
japoneses e deixar clara a superioridade britânica. Ele quer provar que pertence a uma cultura superior,
sem se dar conta de que a referida ponte será usada para o transporte de tropas e armamentos dos
japoneses - portanto, contra os próprios ingleses !
Quando o alto comando americano envia o oficial interpretado por William Holden para destruir a ponte,
já que se trata de peça vital e perigosa do ataque japonês, cria-se um violento choque entre Holden e
Guinness, que não suporta a idéia de ver destruída a sua obra-prima. E assim a defesa da sua pátria ficou
em segundo plano...
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Essas atitudes, certamente que em menor escala e dramaticidade, ainda existem em muitas organizações.
Quando uma empresa faz um dramático apelo para que certas ações e decisões sejam tomadas pelos
gestores e essas ações e decisões contrariam mirabolantes planos isolados de áreas específicas, estas
resistem em obedecer (ou até boicotam dando a impressão de que obedeceram). Tais atitudes podem
significar duas coisas: ou esses gestores não têm a verdadeira compreensão do seu papel na organização –
ou são por demais incompetentes para não perceberem que não adianta enfeitar o camarote se o navio
estiver afundando.
O “efeito Kwai” costuma aparecer com mais freqüência em, por exemplo, programas de redução de
custos e contenção de despesas. Durante essas campanhas internas em que verbas são reduzidas e projetos
são suspensos ou cancelados, alguns gestores resistem em deixar a zona de conforto ou em abrir mão de
projetos e interesses pessoais em favor da necessidade maior e prioritária da empresa a que servem.
Numa organização de qualquer natureza, nenhum programa, plano ou projeto é maior ou mais importante
do que as ações que respondem pela sua sustentabilidade, saúde e sobrevivência. Este deveria ser o
objetivo maior de todos.
O profissional que não entender isso, ainda tem muito a aprender e a crescer. E é isso que ele deveria
fazer com urgência, antes de assumir postos do qual se espera comprometimento, compartilhamento... e
bom senso.
Floriano Serra é psicólogo, diretor de RH e Qualidade de Vida da APSEN Farmacêutica, eleita pelo 5o.
ano consecutivo "uma das Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil" (Revistas EXAME- VOCÊ
SA/FIA e ÉPOCA/GREAT PLACE TO WORK).
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2. CONTABILIDADE EMPRESARIAL
A análise da tabela aponta que 49,9% das empresas encerraram as atividades com até 2 anos de existência;
56,4% com até 3 anos; e 59,9% com até 4 anos.
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Ranking das dez principais razões para encerramento das atividades da empresa extinta, segundo as opiniões
espontâneas dos proprietários (Brasil)
Tudo que envolve risco, sobretudo um negócio próprio, deve ser pensado em função de um processo cíclico
que envolva etapas de planejamento, execução, avaliação e ajustes. Um atleta de corrida de 100m, p. ex., prepara-se
bastante, antes de participar de uma competição. Assim deve proceder o empreendedor.
O artigo abaixo, cuja abordagem tem por finalidade comparar extremos, procura retratar a dificuldade de acesso de
um cidadão endividado desempregado – Zé da Basiléia – em busca de recursos para iniciar seu pequeno
negócio( transporte de passageiros - taxista) e confrontar com a facilidade de acesso à recursos da sociedade
brasileira, por uma grande empresa “ quebrada” e estrangeira.
mudança e veio a crise. As corridas sumiram, a conta do agiota e as prestações do táxi crescendo, as da casa,
também. Zé fica inadimplente, recebe uma carta do gerente da Caixa, vai até lá e explica as dificuldades, propõe um
acordo (chamado pelo mercado de repactuação da dívida), mas os juros já triplicaram a dívida. “Poxa, perdoa os
juros, reduz o valor que eu posso dar um jeito de pagar”, diz Zé, envergonhado, ao gerente que afirma do alto de sua
competência: “não tem jeito, o Acordo de Basiléia proíbe este tipo de operação”. “Basiléia?”, pergunta o Zé.
Zé foi despejado pela Justiça. No táxi está circulando à noite pois a financeira quer tomá-lo. A vida continua
apertada, na mão do agiota, na guilhotina dos juros, no sufoco cotidiano e nos fundos do fundo da casa do sogro.
É assim que o país trata um cidadão trabalhador e decente. Com as regras da Basiléia (cidade suíça onde foram
fixadas as regras internacionais para diminuir o risco de insolvência bancária, em 1988). Na cabeça de Zé, Basiléia é
marca de bacia sanitária. Mas não é assim que trata brasileiros e não-brasileiros especiais, como os grandes
devedores de bancos públicos. Hoje, para milhares de Zés da Silva, no Brasil do futuro, viver a esperança presente é
cada vez mais ter que conter a indignação.
O fato recente da (in)contida indignação reside na comemorada negociação entre o BNDES – banco público de
todos nós –, e a AES Corporation –- empresa de energia norte-americana adquirente da Eletropaulo em 1997.
Selaram um acordo para a dívida da AES junto ao BNDES no valor de 1,2 bilhões de dólares.
Na engenharia financeira de pai para filho, será criada uma empresa chamada Novacom (algo com o genérico de
Novalgina) onde o BNDES com os seus créditos passa a ser sócio dos americanos. Em troca, os americanos se
livram do pepino de US$ 600 milhões (transformados em debêntures) e o restante é repactuado para pagamento em
12 anos. Os juros – pasmem – incidentes no atraso, US$ 118 milhões, foram perdoados. PERDOADOS!
Criada para assumir a Eletropaulo (e talvez, quem sabe, as demais coligadas da AES – Elpa, Transgás, Tietê,
Uruguaiana e Cemig), a Novacom converte o modelo vigente recolocando o setor público na empresa paulista.
A AES, em crise nos EUA, tomou dinheiro ao BNDES para comprar a Eletropaulo no leilão de privatização.
Operação de extrema competência – na leitura da época. Entretanto, o brilho de partida transformou-se nos
desacertos gerenciais. Deve, na praça, além do BNDES, a bancos e fornecedores. Vale lembrar que a AES transferiu
neste período milhões de dólares da Eletropaulo à matriz – visando socorrer os desmandos na terra do Tio Sam.
O modelo de acordo, diferentemente das expectativas geradas pelo atual Governo, é esquisito – re-estatização, para
depois, se der certo, re-privatização. E se não der certo, assumimos todos o ônus do Acordo de Basiléia, aquele que
inferniza a vida do Zé da Silva. Ou seja, socializa-se o prejuízo.
Lamentavelmente, no Brasil, para os americanos, a Serasa não funciona, o agiota é “mui amigo” e os prejuízos são
transferidos para resignados Zés da Silva. O mercado, dizem os analistas, está satisfeito.
E a forma clássica da vida como ela é, segue consagrada no refrão: dívida, pobre (e pequeno) pagam, ricos,
poderosos e grandes (en)rolam e os governos (inclusive o que jurava que não perdoava) perdoam.
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Há muitas dúvidas quando se deseja abrir uma empresa. Suponha que, devido ao fato de ser possuidor de
uma habilidade para um determinado negócio, você almeje a possibilidade de constituir um negócio no ramo de
produção e comercialização de alimentos. E ai:
2. A partir do conhecimento do comportamento e tamanho potencial de mercado, das operações internas do negócio
e da Localização, qual o procedimento a ser efetuado?
R: Formalizar a constituição do negócio, na junta comercial.
Depois de aplicado o Capital Inicial, à vista ou a prazo, ou parte à vista e parte a prazo, inicia-se, a partir da abertura
do restaurante, às atividades operacionais.
O Principal Objetivo de meu negócio é Obter Lucro, a partir das vendas dos pratos de alimentos produzidos e das
minhas mercadorias. Assim, entrarão em minha empresa:
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a) Pessoas que me fornecerão insumos e mercadorias (Integrantes da equipe de vendas de meus fornecedores),
cujas compras pagarei à vista ou a prazo (Caixa ou Fornecedor.); e
b) Compradores que consumirão meus produtos (refeições do cardápio) e minhas mercadorias, denominados
clientes, fregueses etc., que comprarão à vista ou a prazo. (Caixa ou Clientes).
Pontos de Reflexão:
Essa resposta aproximada é obtida a partir da análise dos resultados projetados pelo PLANO ORÇAMENTÁRIO,
documento onde se ESTIMA os recursos necessários para os investimentos em BENS DO IMOBILIZADO
(instalações, móveis e utensílio, máquinas e equipamentos) e no CAPITAL DE GIRO INICIAL, necessário à
manutenção da diferença desfavorável entre pagamentos e recebimentos, comum no início da grande maioria dos
negócios. Essa diferença desfavorável, no entanto, tende a ser revertida à medida que o negócio passe a ser
conhecido e a demanda pelo consumo das refeições aumente. A partir do aumento da demanda o acumulado de
margem recebida por um maior volume de refeições produzidas e comercializadas resulta em superávit de caixa,
indicando que o capital de giro a partir desse momento é suprido pelo resultado das próprias operações.
Custo1
Mercad. (+)
(giro) Fornecedores
Margem2
(Partida)
Mercad. (=)
(sem giro)
Preço Líquido
MC sorvida pelas de Venda
mercad. sem giro (+)
Caixa / DR Impostos3
MC pós-cobertura estoques
(=)
sem giro para pagar gastos
operacionais cíclicos e
contribuir com lucro RBV
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Somente controlando a Movimentação (gestão) de meu Patrimônio conseguirei avaliar e verificar se meu
principal objetivo – o LUCRO - Esta sendo atingido.
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PATRIMÔNIO
DIREITOS
ATIVO PASSIVO
ou ou
Patrimônio Bruto Capital de Terceiros
ou ou
Capital Aplicado Passivo Exigível
ou ou
Aplicações dos Recursos Origens de Recursos
BENS: No sentido Geral, bens são todas as coisas que satisfazem as necessidades humanas. No sentido
Econômico, bem é tudo aquilo quer possui utilidade e pode ser quantificado monetariamente.
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Os Bens podem ser classificados segundo o modo como são considerados. No entanto, a característica mais
relevante para classificá-los é a que os distingue em Bens Materiais ou tangíveis e Imateriais ou Intangíveis.
Bens Materiais ou Tangíveis: como o próprio nome diz, são aqueles que possuem corpo, matéria. Por sua vez,
dividem-se em Móveis e Imóveis.
- Bens Materiais Móveis: São aqueles passíveis de remoção de lugar. Ex. Mesas, Veículos, computador,
prateleiras, dinheiro, mercadorias etc.
- Bens Materiais Imóveis: Não são passíveis de deslocamento de seu lugar natural. Ex. Casas, Terrenos, Edifícios
etc.
Bens Imateriais ou Intangíveis: São aqueles que, embora considerados bens, não possuem corpo, não têm matéria.
São determinados gastos que a empresa faz, os quais, por sua natureza, devem ser considerados parte de seu
patrimônio.
- Ex. Benfeitoria em Imóveis de Terceiros, Fundo de Comércio (ponto comercial) , Marcas e Patentes.
Relação dos Bens do Restaurante Bela Massa
Em mil R$
BENS TANGÍVEIS INTANGÍVEIS MÓVEIS IMÓVEIS
Edificação 80 - - 80
Equip. /Móveis/ Utensílios 15 - 15 -
Veículos 30 - 30 -
Roupas mesa /banho 8 - 8 -
Instalações 10 - - 10
Marca Bela Massa 25 25 -
TOTAL 143 25 78 90
168 168
DIREITOS: são todos os Créditos (haveres) de uma empresa contra terceiros.
Relação dos Direitos da Bela Massa
ELEMENTOS Em mil R$
Bancos c/ Movimento (depósito) 68
Clientes (vendas a prazo) 13
Seguros antecipados 5
Total 86
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OBRIGAÇÕES: são todas as Dívidas de uma empresa com terceiros. Em contabilidade, tais dívidas são
denominadas Obrigações Exigíveis.
Relação das Obrigações da Bela massa
ELEMENTOS Em mil R$
Fornecedores (dívidas com fornecedores de A&B para restaurante e copa) 12
Empréstimos bancários (a pagar) 8
Salários dos funcionários da Pousada a pagar 5
Encargos sociais a pagar (FGTS, INSS) 3
Impostos a pagar ou a recolher 10
Financiamentos (empréstimos a pg no LP) 15
Contas a pg 7
TOTAL 60
ASPECTOS QUALITATIVO E QUANTITATIVO DE NOSSO PATRIMÔNIO
Aspecto Qualitativo: Consiste na Qualificação dos Bens, Direitos e Obrigações.
PATRIMÔNIO
Bens:
Veículos
Máquinas
Direitos:
Diárias a Receber ou Clientes
Promissórias a Receber
Obrigações:
Duplicatas a pg
Salários a pg
Impostos a pg
Sem dúvida o aspecto qualitativo de nosso Patrimônio tem grande relevância, todavia, sem os dados quantitativos a
relevância da qualificação perde o valor.
Aspecto Quantitativo: Consiste em atribuir aos Bens, Direitos e Obrigações seus respectivos valores.
PATRIMÔNIO
Bens:
Veículos 5.000,00
Máquinas 20.000,00
Direitos:
Diárias a Receber 3.800,00
Promissórias a Receber 2.000,00
Obrigações:
Duplicatas a pg 9.000,00
Salários a pg 3.500,00
Impostos a pg 800,00
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Agora é possível se ter uma idéia do tamanho do Patrimônio de nossa empresa, pois ficou esclarecido o que
(aspecto qualitativo) e quanto (aspecto quantitativo) a empresa tem em Bens, Direitos e Obrigações.
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO
ATIVO PASSIVO
ONDE A EMPRESA APLICOU OS FONTE DOS RECURSOS
RECURSOS APLICADOS
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a) Registre B, na coluna (1), para elementos classificados como “Bens”, D para “Direitos” e O para
“Obrigações (exigíveis)”.
b) Registre na coluna (2): a letra A de ATIVO, quando o elemento da coluna (1) tratar-se de Bens ou Direitos;
P, de PASSIVO, para Obrigações Exigíveis; e PL, de Patrimônio Líquido, para obrigações não-exigíveis.
ELEMENTOS (1) (2)
Bens ou Direitos Ativo, Passivo ou
PL
Dinheiro (resolvido como exemplo) Bem Ativo
Estoque de A&B
Clientes
Duplicatas a pagar
Edificação de uso
Computadores
Automóvel
Impostos a pagar
Financiamento do veículo a pagar
Instalações
Ferramentas
Capital Social
Aluguéis a pagar
Móveis e utensílios
Seguros pagos antecipadamente
PATRIMÔNIO LÍQUIDO: é o quarto grupo de elementos patrimoniais que juntamente com os Bens,
Direitos e as Obrigações Exigíveis, completará a Demonstração Contábil denominada Balanço Patrimonial. O total
do Grupo Patrimônio Líquido é igual ao valor da Situação Líquida da Empresa
O patrimônio Líquido representa a medida eficiente da verdadeira riqueza da Entidade e é composto pelos seguintes
Elementos:
Capital: É a principal fonte do Grupo do Patrimônio Líquido, pois representa a soma dos valores que o
proprietário investiu (colocou, aplicou) na empresa;
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Lucros ou Prejuízo Acumulados: o principal objetivo das empresas é a obtenção de lucros. No final do
exercício(período em que a empresa opera – geralmente um ano) a empresa poderá apresentar um resultado
positivo-Lucro – ou Negativo – prejuízo. No caso de Lucro, haverá vários destinos: Imposto de Renda,
distribuição aos sócios, formação de resevas, etc. Havendo prejuízo, este poderá ser dividido entre os
sócios, ou permanecer no Patrimônio com o Título Prejuízos Acumulados; e
Reservas: Correspondem a partes dos Lucros, portanto não há constituição de reservas na ocorrência de
Prejuízos, que são retiradas (reservadas) para determinados fins, como, por exemplo, a Reserva Legal, que
pode ser utilizada para aumentar o capital da empresa, etc.
Observa-se que há situações em que o Patrimônio Bruto é grande, no entanto, em muitos casos, a medida
eficiente da verdadeira riqueza, o Patrimônio Líquido, é negativa em decorrência dos valores correspondentes às
obrigações serem superiores aos Bens e Direitos.
ATIVO PASSIVO
Bens – 650.000,00 Obrigações Exigíveis – 1.000.000,00
Direitos - 250.000,00 PATR. LÍQUIDO - (100.000,00)
Total - 900.000,00 Total - 900.000,00
A partir dos Valores acima se deduz que, apesar do Patrimônio Bruto corresponder a R$ 900.000,00, o
Patrimônio Líquido apresenta resultado negativo (Prejuízo) de R$ 100.000,00, evidenciando que os Bens e
Direitos não são suficientes para a cobertura das Obrigações Exigíveis ( dívidas).
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PRÁTICA 2- Estruture o patrimônio da Bell Glass Ltda, a partir dos saldos das Contas abaixo.
Contas: $ em mil
Imóvel 87
Duplicatas a pg 23
Caixa 12
Provisão para o Imposto de Renda 18
Estoques 21
Instalações 19
Pró-labore e salários a pg 13
Adiantamento a Fornecedores 11
Financiamento veículo Curto Prazo 6
Financiamento veículo Longo Prazo 18
Adiantamento de Clientes 10
Móveis e Utensílios 14
Veículo 24
Empréstimos tomados para capital de giro 7
Duplicatas a Receber 39
Com base nos valores dos elementos patrimoniais da Carg Log Ltda, estruture o balanço patrimonial
abaixo, por sub-grupo patrimonial, e, em seguida, preencha os espaçamentos do que se pede das questões 1 a 13, na
tabela 1- saldos.
ATIVO PASSIVO e PL
TOTAL TOTAL
Tabela 1 - saldos
1) O valor dos Bens (B)
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FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO:
Para se constituir uma empresa é preciso que se tenha, inicialmente, um capital, conforme visto no início da
disciplina, quando da constituição do restaurante. Suponha que você deseje abrir uma loja de enlatados e conservas e
possua R$ 15.000,00 em dinheiro, e um automóvel no valor de R$ 12.000,00. Neste caso, seu capital inicial
corresponde a R$ 27.000,00, sendo:
Em dinheiro --------R$ 15.000,00
Em veículo ---------R$ 12.000,00
Total do Capital----R$ 27.000,00
Este capital é conhecido por: Capital, Capital Inicial, Capital Social, Capital Subscrito.
1. Constituir a empresa para comercializar conservas e enlatados, com o capital inicial, em dinheiro, de R$
50.000,00.
Veja que você está iniciando suas atividades com um patrimônio correspondente a R$ 50.000,00, em dinheiro,
depositado na C/C da empresa. Sendo dinheiro um bem, deverá integrar o Grupo dos Elementos que compõem o
Ativo, no caso de dinheiro em C/C é representado pela conta (elemento) Banco C/ Movimento.
Como seu patrimônio está sendo constituído com um capital inicial de R$ 50.000,00 em dinheiro, essa
importância representará, no Balanço Patrimonial de sua empresa, a situação líquida positiva, denominada
CAPITAL.
Assim, representando os elementos componentes do Patrimônio apenas com essa ocorrência, isto é,
investimento inicial em dinheiro depositado em C/C, através do Balanço Patrimonial, temos:
BALANÇO PATRIMONIAL
Ativo Passivo
Banco C/ Movimento ---------------R$ 50.000,00 Capital ------------------------------ 50.000,00
Obs.: Veja que na representação gráfica há dois elementos: Banco C/ Movimento e Capital.
Raciocinando em termos da equação fundamental do Patrimônio: A = P + PL. Sendo o Ativo composto por Bens
mais Direitos, o Passivo composto por Obrigações mais Patrimônio Líquido (composto por Capital, Reservas e
Lucros ou Prejuíz. Acumulados), tem-se:
Assim, uma vez que a Situação Líquida de sua empresa é positiva em R$ 50.000,00, essa situação está coincidindo
com o Grupo PL (Capital = R$ 50.000,00).
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O saldo em C/C que era de R$ 50.000 ficou reduzido a R$ 38.000, pois R$ 12.000 foram gastos nas aquisições
citadas. Em compensação apareceram no Ativo mais dois elementos (BENS):
BALANÇO PATRIMONIAL
Ativo Passivo
Banco C/ Movimento--------------------- 38.000,
Instalações -------------------------------- 5.000, Capital -----------------------------------R$ 50.000,
Móveis e Utensílios----------------------- 7.000,
Total -------------------------------------- 50.000, Total ----------------------------------------R$ 50.000,
Note que embora tenha ocorrido movimentação no Patrimônio, o seu valor total não sofreu alteração. Apenas houve
troca (permuta) de valores no Ativo. A conta corrente empresarial diminuiu em R$ 12.000, mas esse valor apareceu
novamente em instalações e móveis/utensílios. No lado do Passivo não houve alteração; o PL permanece. Por isso,
repete-se, no lado do Passivo, o elemento Capital.
3. Sentindo necessidade de adquirir outros Bens, a empresa compra a prazo em seus Fornecedores:
Compra a prazo de enlatados e conservas para revenda, conforme aceite de duplicatas no valor de R$ 8.000,
com vencimento em 30 e 60 dias.
Quando a empresa compra a prazo, ela passa a trabalhar com Capital de outras pessoas. Cria, assim, Obrigações para
futuros pagamentos. Nesse caso, tanto o Ativo quanto o Passivo serão aumentados. O Ativo, pela entrada dos
enlatados e conservas para revenda (Bens); e o Passivo, pela obrigação contraída através do aceite das Duplicatas.
Após essa operação de compra de mercadorias a prazo, o Patrimônio será representado da seguinte maneira:
Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
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Note que os elementos banco c/ movimento, instalações, móveis/utensílios e capital permanecem os mesmos,
pois não sofreram nenhuma alteração.
ATIVO PASSIVO
Banco C/ Movimento-------------- R$ 33.000,00 Fornecedores------------------------------ 3.000,00
Como você pode observar, cada fato que ocorre na empresa modifica o seu Patrimônio, apresentando uma nova
Situação Patrimonial.
A partir da decisão do o tipo de negócio, formalizam os propósitos e objetivos com a nova Entidade Empresarial,
mediante Contrato Social devidamente registrado nos órgãos estatais competentes, e iniciam o plano de
desenvolvimento da empresa por meio da técnica de acompanhamento do Processo de Evolução do Patrimônio,
visando avaliar o efeito das ações planejadas no Patrimônio Empresarial, no final do mês.
De 1 a 8/X:
Efetuam o depósito de R$ 120.000,00 na conta C/C da distribuidora para a formação do Capital Inicial;
Antecipam três meses de aluguel de um galpão, por um total de R$ 6.000,00; e
Adquirem R$ 10.000,00 em Instalações, mediante aceite de duplicatas.
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Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO E PL
ATIVO PASSIVO E PL
De 09 a 15 - Adquirem:
R$ 25.000,00 de Estoques de A&B em seu fornecedor, (40% à vista);
R$ 20.000,00 de móveis e utensílios, À VISTA; e
R$ 18.000,00 de equipamentos, mediante emissão de 36 Promissórias (12 com vencimento no curto
prazo).
Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO E PL
ATIVO PASSIVO E PL
De 16 a 20 - Adquirem:
Aquisição de um caminhão IVECO baú para distribuir: R$ 45.000 (40% entrada e o restante financiado em 36
parcelas; 12, no curto prazo) Obs. Nesse momento despreze o lucro que as vendas das refeições
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Gilberto Imbrosio Oliveira //Professordeveriam gerar. Empresarial
e Orientador Considere as –Vendas
CRC:pelo preço de Custo.
PE-016856/O-0
NOÇÕES DE GESTÃO E CUSTOS INDUSTRIAIS
ATIVO PASSIVO E PL
De 21 a 28:
Pagamento : R$ 2.500,00 de Duplicatas (compra a prazo das instalações);
Recebimento: R$ 1.200,00 de Duplicatas (venda prazo).
Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO E PL
ATIVO PASSIVO E PL
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NOÇÕES DE GESTÃO E CUSTOS INDUSTRIAIS
Considere o Patrimônio em evolução, isto é, compare o gráfico em análise sempre com o que o antecedeu e descreva
o fato representativo da modificação.
a. Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Banco C/ Movimento------------------------- 24.000 Capital -------------------------------- 24.000
________________________________________________________________________________
b. Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Banco C/ Movimento ---------------- 24.000 Duplicatas a Pagar ------------------- 6.000
Móveis --------------------------------- 6.000 Capital -------------------------------- 24.000
________________________________________________________________________________
c. Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Banco C/ Movimento----------------- 10.000 Duplicatas a Pagar ------------------- 6.000
Móveis --------------------------------- 6.000 Capital -------------------------------- 24.000
Veículos ------------------------------- 14.000
____________________________________________________________________________________
d. Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Banco C/ Movimento ---------------- 4.000 Capital -------------------------------- 24.000
Móveis --------------------------------- 6.000
Veículos ------------------------------- 14.000
___________________________________________________________________________________
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NOÇÕES DE GESTÃO E CUSTOS INDUSTRIAIS
As despesas representam redução do PL, através de um entre dois caminhos possíveis: redução
do ativo ou aumento do Passivo exigível (PC + PELP).
Em geral, o fato gerador para seu reconhecimento é caracterizado pelas seguintes ocorrências:
- Utilização de direitos;
- Consumo ou perda de capacidade produtiva dos bens; e
- Aumento do Passivo sem a devida contra-partida de um Ativo.
Todo Investimento em Ativos Operacionais, em alguma medida, deve guardar correlação com a geração de
Receita. Esta aumentando em proporções superiores à redução do Investimento e/ou aumento do Passivo Exigível
(PC + PELP), dentro do período considerado, aumenta o lucro; quanto maior o lucro não distribuído maior será o PL
e a capacidade de reinvestimento em novos ativos operacionais, reiniciando a partir daqui todo o processo.
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NOÇÕES DE GESTÃO E CUSTOS INDUSTRIAIS
É fácil compreender que toda receita aumenta o lucro: quanto maior a receita maior o lucro; que todo
lucro não distribuído aumenta o PL: Quanto maior o lucro, maior o reinvestimento pelos proprietários, maior o PL.
Em cada período (exercício social) se apura o resultado (lucro ou prejuízo). No final do Período, todas as
contas de Receitas são acumuladas e confrontadas com todas as Despesas Acumuladas, zerando-se todos os saldos
dessas contas que integraram o relatório econômico (DRE) do período, dando lugar ao surgimento da conta
patrimonial de Lucro ou Prejuízo.
Assim, não se pode confundir Despesa consumida (incorrida) em 19x1 com Despesa consumida (incorrida) em
19x2. Da mesma forma será tratada a Receita.
No início do próximo período contábil, reinicia-se a partir do zero novamente o acumulo das Despesas e
Receitas. No final desse novo período apura-se, mais uma vez, o Resultado Econômico pelo confronto das Receitas
e Despesas que se acumularam por todo o curso desse novo período, cumprindo-se, assim, o que determina a lei
6404/74, no que tange ao princípio de competência.
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NOÇÕES DE GESTÃO E CUSTOS INDUSTRIAIS
ATIVIDADE PRÁTICA
De 1 a 8/X:
Depósito de R$ 150.000,00 conta C/C da Carne e Conservas Sul(CCS)Ltda , referente ao Capital Inicial.;
Antecipação de três meses de aluguel de uma loja térrea no Empresarial Ribeiro de Brito por R$ 3.000,00; e
Aquisição de R$ 4.000,00 em Instalações, mediante aceite de duplicatas.
Balanço Patrimonial da CCS
ATIVO PASSIVO E PL
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NOÇÕES DE GESTÃO E CUSTOS INDUSTRIAIS
De 9 a 28/X:
Aquisição de Máq./Equip.: R$ 16.800, emissão 48 promissórias (12 no curto prazo e 36 no longo prazo).
Aquisição de Móveis e Utensílios: R$ 8.700,00, à vista; e
Aquisição de R$ 16.000,00 em Estoques de Carnes e Conservas nos fornecedores, 37,5% pagos à vista.
Balanço Patrimonial da CCS
ATIVO PASSIVO E PL
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NOÇÕES DE GESTÃO E CUSTOS INDUSTRIAIS
RECEITA BRUTA DAS VENDAS R$ 8.000,00 40% recebidas à vista; 60% a Prazo (Duplicatas a
Receber).
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NOÇÕES DE GESTÃO E CUSTOS INDUSTRIAIS
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NOÇÕES DE GESTÃO E CUSTOS INDUSTRIAIS
(A) Apenas a I.
Tomando como base de análise as (B) Apenas a III.
afirmativas acima, pode-se dizer que está (C) Apenas a I e III.
correta (1,0 pt) (D) Apenas a II e III.
(E) Apenas a I e II.
Estrutura de Capitais
Endividamento Geral = Capitais de Terceiros (CT) / Passivo Total (PT);
Participação de Capitais de Terceiros (Grau de Endividamento) = Capitais de Terceiros
(CT)/Patrimônio Líquido(PL);
Composição ou Perfil do Endividam = Passivo Circulante (PC) /Capitais de terceiros (CT) x 100;
e
Imobilização do PL= Ativo Não Circulante (ANC) /Patrimônio Líquido (PL) x 100
Retorno sobre os Ativos (RSA) = Giro do Ativo (GA) x Margem Líquida (ML):
Giro do Ativo = Vendas Líquidas (VL) /Ativo (A)
Margem Líquida = Lucro Líquido (LL) / Vendas Líquida (VL)
Rentabilidade do Ativo: Lucro Líquido (LL) /Ativo (A)
Rentabilidade do Patrimônio Líquido: Lucro Líquido (LL) /Patrimônio Líquido (PL)
Indicadores de Atividade
PMRE > Prazo médio de rotação dos estoques = Período (P) /Giro dos Estoques (GE)
PMRV > Prazo médio de rotação das vendas = Período(P) / Giro de recebíveis (GDR)
PMPF > Prazo Médio de pagamento a Fornecedores = Período(P) / Giro de Fornecedores (GF)
Ciclo Operacional (CO) = PMRE + PMRV
Ciclo Financeiro (CF) = CO - PMPF
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NOÇÕES DE GESTÃO E CUSTOS INDUSTRIAIS
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PERDIGÃO
BALANÇO PATRIMONIAL SIMPLIFICADO – PERÍODO 2005/2008
PERDIGÃO
RELATÓRIO ECONÔMICO SIMPLIFICADO – PERÍODO 2005/2008
SADIA
BALANÇO PATRIMONIAL SIMPLIFICADO – PERÍODO 2005/2008
SADIA
PRÁTICA
Liquidez SADIA x PERDIGÃO
Liquidez Corrente: LC = AC/PC Liquidez Seca: LS = (AC-E)/PC Liquid.Imediata:LIm=Dispon/PC
Anos SADIA PERDIGÃO Anos SADIA PERDIGÃO Anos SADIA PERDIGÃO
2006 2006 2006
2007 2007 2007
2008 2008 2008
Evolução da Liquidez
LC LIm
LS
ENDIVIDAMENTO E ESTRUTURA
Evolução do Endividamento
EG PCT
CE
GRÁFICO DE LINHA
GRÁFICO DE LINHA
ML = LL /VB
Anos SADIA PERDIGÃO
2006
2007
2008
2006
2007
2008
2006
2007
2008
2006
2007
2008
3. GESTÃO DE CUSTOS
atualmente, tem a China como referencial em preço para diversos fabricantes americanos,
quando em negociação com suas clientes montadoras locais, por exemplo.
exame/mundo
Quando as aulas das escolas secundárias acabarem nos Estados Unidos, no final de junho, o país
vai receber o maior número de formandos de sua história. Mais de 3,3 milhões de estudantes ganharão
diplomas do ensino médio, aumento de quase 10% em relação ao último ano letivo. Com sucessivos
recordes de candidatos, a disputa por uma colocação nas melhores universidades tem ficado mais intensa.
Em Harvard, são 29 000 postulantes a 1 600 lugares, o que dá uma média de 18 candidatos por vaga. Em
Yale, essa relação é de 20 por 1. Quem passar por esse funil já sabe que precisará de muito dinheiro para
bancar a temporada de estudos. Em média, as anuidades das mais renomadas instituições de ensino
americanas, que já superam a casa dos 50 000 dólares, sofrerão reajustes de 10% na temporada, quase o
dobro do índice aplicado nos últimos anos.
O aumento das anuidades foi uma medida de emergência adotada pelas universidades, às voltas com uma
das maiores crises financeiras de sua história. A esperança é que os pagamentos feitos por alunos ávidos
por uma formação carimbada com o selo de escolas de elite ajudem a cobrir uma parte de rombos
causados pela recessão americana e por uma sucessão de apostas financeiras erradas - que, por ironia,
algum dia terão de ser explicadas nas salas de aula. Somente em Harvard, a queda do patrimônio
investido chega a 8 bilhões de dólares, dinheiro que seria suficiente para sustentar a Universidade de São
Paulo de hoje até 2017.
Como aconteceu com a maioria das empresas afetadas pelos maus ventos, as vetustas universidades
americanas tiveram de tomar medidas de contenção de custos. Em Yale, onde o rombo no orçamento de
2009 chegou a 100 milhões de dólares, foram adiadas as obras de construção de dois novos prédios, o que
exigiria um investimento de 2 bilhões de dólares nos próximos cinco anos. A universidade localizada na
cidade de New Haven, no estado de Connecticut, também congelou o salário de funcionários e
professores. Em Stanford, na Califórnia, os diretores foram obrigados a dispensar 12% dos funcionários,
incluindo professores. "Foi a decisão mais dura que já tomei em meus dez anos como administrador, mas
foi necessária para garantir nossa saúde financeira", disse a EXAME Rupert Loss, reitor de
A principal fonte de financiamento das universidades americanas são as doações de ex-alunos e pessoas
físicas. Pequena parte desse dinheiro é aplicada diretamente num projeto (reforma, nova obra ou projeto
de pesquisa), enquanto a fatia substancial vai para os fundos de investimento mantidos por essas
instituições. Os fundos são aplicados no mercado financeiro e sua rentabilidade é utilizada para pagar
parte das contas das universidades. Em alguns casos, essa receita cobre metade dos gastos. O rombo nas
instituições americanas está diretamente ligado ao desempenho ruim no último ano dos fundos de
investimento. Um levantamento feito com 235 universidades mostrou que, desde o início do segundo
semestre de 2008, esses fundos perderam mais de 20% de seu valor. As quatro universidades mais ricas
do país - Harvard, Yale, Stanford e Princeton - sofreram os golpes mais pesados. Em Harvard, a perda foi
de 30%, o equivalente a 8 bilhões de dólares (veja quadro). Os fundos de Yale, Princeton e Stanford
registraram queda de 25%. "Até que o nosso fundo se recupere, serão afetados os orçamentos dos
próximos três anos pelo menos", disse a EXAME Eric Hanushek, professor de economia de Stanford.
Criado nos anos 80, esse sistema de financiamento do orçamento por meio da rentabilidade de
fundos de investimento vinha funcionando muito bem. Até que, nos últimos anos, as universidades
resolveram entrar na roleta financeira que paralisou o mundo. Há nove anos, as universidades
aplicavam em média 23% de seus fundos de doação em investimentos de alto risco. Em 2008, essa
proporção subiu para 42%. O caso das perdas de Yale, que nas últimas décadas se orgulhava de
financiar "toda boa ideia que aparecesse", nas palavras do presidente da universidade, Richard
Levin, é emblemático. Na gerência do guru financeiro David Swensen, Yale criou no final dos anos
80 o sistema de investimentos que, poucos anos depois, foi copiado por todas as demais instituições
de ensino americanas. A grande mudança instituída por Swensen foi tirar os investimentos de
fundos conservadores e fazer aplicações de retorno mais elevado (e risco idem, como ficou
demonstrado), como private equity, fundos de hedge e o setor imobiliário.
De julho de 1998 até julho passado, o rendimento médio do modelo havia sido de 16,3%. Durante
esse período, o patrimônio de Yale aumentou 15 bilhões de dólares e a universidade ultrapassou
Princeton e Stanford para se tornar a segunda mais rica dos Estados Unidos, ficando atrás apenas
de Harvard. A astúcia financeira de Swensen lhe rendeu até um lugar no conselho de recuperação
econômica do presidente Barack Obama. Mas o "modelo de Yale", como ficou conhecido, perdeu
30% desde setembro do ano passado. Com isso, Swensen caiu em desgraça. "Enquanto meu modelo
rendia 15% ou 20% ao ano, eu era considerado um gênio. Agora, me acusam de conduzir os
investimentos das universidades para o lixo", disse Swensen durante uma palestra em Harvard, no
início do ano. Apesar do prejuízo, ele continua no cargo de diretor de investimentos do fundo
financeiro de Yale.
Não fossem as apostas de alto risco, as universidades provavelmente não estariam sofrendo problemas de
caixa. Apesar da crise, as doações de pessoas físicas e ex-alunos aumentaram de um ano para cá. Yale, por
exemplo, recebeu 493 milhões de dólares para o atual ano letivo, aumento de 11% em relação às
contribuições de 2008. Em Harvard, as doações no último ano também aumentaram. O total arrecadado
para 2009 foi de 651 milhões de dólares, ou 6% mais que 2008. Harvard está entre as 20 instituições
americanas que recebem as mais generosas doações. Entre seus benfeitores estão o banqueiro David
Rockefeller, que assinou recentemente um cheque de 100 milhões de dólares, o empresário Bill
Gates e o príncipe saudita Alwaleed Bin Talal.
Boa parte das críticas feitas hoje aos administradores das universidades americanas está relacionada ao
fato de terem desperdiçado uma parte substancial dessa ajuda em apostas de alto risco no mercado
financeiro. Provoca muita perplexidade no país e mundo afora o fato de que instituições que reúnem
alguns dos maiores economistas do planeta, como Harvard, terem feito maus investimentos. As decisões
de cortes anunciadas também viraram objeto de grande polêmica nos Estados Unidos. Algumas delas já
estão recebendo críticas pesadas dos especialistas em educação, que temem uma queda no padrão de
qualidade das universidades com a demissão de professores e a paralisação de pesquisas. Há ainda quem
veja como uma mistura de demagogia e exagero a adoção de um pacote de medidas mais drásticas. "É
uma forma estúpida de lidar com problemas de caixa", disse a EXAME James Heckman, professor de
economia da Universidade de Chicago. Que o digam os alunos de Harvard, obrigados desde março a subir
a pé os mais de 2 000 lances de escada espalhados por todo o campus da universidade, na cidade de
Cambridge. Não há previsão ainda sobre até quando a medida irá vigorar.
CONCEITO DE CUSTOS:
GASTO
a) DESEMBOLSO
b) INVESTIMENTOS
c) CUSTOS
Custos é toda e qualquer utilização de recursos, expressa em seu valor monetário, para produção
de bens e serviços. É o gasto da fábrica.
Exemplo: quando o material de escritório for usado pela área de produção da empresa, esse
material se torna um custo. Quando o equipamento for usado na produção de bens, o valor da
depreciação mensal desse equipamento será um custo. O material e a mão-de-obra usados na
fabricação de produtos são também custos.
d) DESPESAS
Exemplo: quando o material de escritório for usado pelas áreas que não sejam de produção, ele
será considerado uma despesa. O material de escritório poderá ser consumido diretamente, sem
passar pelo estoque; nesse caso ele será gasto na compra e imediatamente se transformará em
despesa.
e) PERDA
Exemplo: um incêndio destrói o estoque, nesse caso temos uma perda. As perdas normais no
processo de produção, como retalhos, aparas, limalhas, etc. são consideradas custos, pois as
unidades produzidas absorvem essas perdas.
MATERIAIS
Os materiais utilizados na fabricação podem ser classificados em:
Tendo em vista o contexto gerencial, a abordagem de custo caracterizada por esse estudo
abrangerá organizações industriais, comerciais e de serviços.
Podem-se encontrar, ainda, outras nomenclaturas a respeito dos materiais, como: materiais
auxiliares, materiais acessórios, materiais complementares, materiais de acabamento, etc.
Dependendo do interesse da empresa, essas subdivisões poderão ser utilizadas. Para efeito
didático, consideraremos todos esses materiais como materiais secundários.
MÃO-DE-OBRA
Compreendem os gastos com o pessoal envolvido na produção da Empresa Industrial e de
Serviços. A este elemento de custo são incorporados os gastos com salários, encargos sociais,
refeições e estadias, seguros etc.
Vale ressaltar que um sem-número de empresas, em função da própria natureza da atividade, tem
a maior representatividade de seus gastos de produção concentrados na mão de obra, sobretudo
as prestadoras de serviço puro, como as empresas de auditoria, consultorias etc.
Nº GASTOS A B C
CUSTOS DIRETOS
São aqueles que podem ser apropriados diretamente aos produtos/serviços fabricados, porque há
uma medida objetiva de seu consumo nesta fabricação.
Exemplos:
Matéria-prima.
Normalmente, a empresa sabe a quantidade exata de matéria-prima que está sendo
utilizada para a fabricação de uma unidade do produto. Sabendo-se o preço da matéria-prima, o
custo daí resultante está associado diretamente ao produto.
Mão-de-obra direta.
Trata-se dos custos com os trabalhadores, utilizados diretamente na produção. Sabendo-se
quanto tempo cada um trabalhou no produto/serviço e o preço da mão-de-obra, é possível
apropriá-la diretamente ao produto/serviço.
Material de embalagem.
Depreciação de equipamento (quando este é utilizado para produzir apenas um tipo de
produto/serviço).
Energia elétrica das máquinas (quando é possível saber quanto foi consumido na
fabricação de cada produto/serviço).
CUSTOS INDIRETOS
São os custos que dependem de cálculos, rateios ou estimativas para serem apropriados aos
diferentes produtos/serviços. Portanto, são custos apropriados indiretamente aos
produtos/serviços. O parâmetro utilizado para as estimativas é chamado de base ou critério de
rateio.
Exemplos:
1 - Depreciação de equipamentos que são utilizados na fabricação de mais
de um produto/serviço.
2 - Salários dos chefes de supervisão de equipes de produção.
3 - Aluguel da fábrica.
4 - Gastos com limpeza da fábrica.
5 - Energia elétrica que não pode ser associada ao produto/serviço.
Obs: Se a empresa produz apenas um produto/serviço, todos os seus custos são diretos.
Às vezes, o custo, apesar de Direto por natureza, é tratado como Indireto, em virtude do custo de
associá-lo a cada produto/serviço ser superior ao benefício alcançado.
Ex. Verniz e cola, materiais secundários de baixo valor, na fabricação de móveis. Combustível,
refeições etc. consumidos nas prestações de serviços de consultoria. (princípio da materialidade).
Nesse aspecto, os custos são classificados em fixos e variáveis. Uma distinção muito importante
entre os bens e os serviços é que muitos serviços possuem um coeficiente muito mais alto de
custos fixos em relação aos custos variáveis do que o encontrado nas empresas de bens
manufaturados.
As empresas de serviços com elevados custos fixos incluem os custos com uma instalação física
dispendiosa (hotel, hospital, faculdade ou teatro), uma frota de veículos (companhias aéreas,
empresas de ônibus ou caminhões), ou uma rede (companhia de telecomunicações, provedor de
acesso à Internet), mas seus custos variáveis para o entendimento a um cliente extra pode ser
mínimo. Nessas condições, os gerentes podem achar que dispõem de enorme flexibilidade na
fixação de preços e ficam tentados a estipular preços muito baixos para realizarem uma venda
extra. Entretanto, pode não haver lucro no final do ano a menos que todos os custos fixos tiverem
sido recuperados. Muitas empresas de serviço foram à falência por ignorarem esse fato. Em
compensação, organizações públicas e sem fins lucrativos podem utilizar subsídios fiscais,
doações e receitas de concessões para cobrir a totalidade ou parte de seus custos fixos.
CUSTOS FIXOS
São aqueles cujos valores, dentro do intervalo relevante de produção, são os mesmos. É o caso,
por exemplo, do aluguel de uma unidade de produção. Este será cobrado pelo mesmo valor
qualquer que seja o nível da produção, dentro do intervalo, mesmo se nenhuma unidade de
produto for fabricado.
Observe que os custos fixos são fixos em relação ao volume de produção, mas podem variar de
valor no decorrer do tempo. O aluguel da fábrica, mesmo quando sofre reajuste em determinado
mês, não deixa de ser considerado um custo fixo, uma vez que terá o mesmo valor qualquer que
seja a produção do mês. Outros exemplos: imposto Predial, depreciação dos equipamentos (pelo
método linear), salários de vigias e porteiros da fábrica, prêmios de seguros.
CUSTOS VARIÁVEIS
Dizem respeito aos custos econômicos associados ao atendimento de um cliente adicional, tal
como a realização de uma transação bancária, venda de uma poltrona individual em um trem ou
teatro, atendimento de um hóspede extra para um pernoite em um hotel, ou a realização de mais
um trabalho de reparo. A população atendida por uma unidade hospitalar produz demanda por
medicamentos no almoxarifado, gás GLP, combustível, óleo BPF, e gases medicinais, custos
variáveis alavancados pela produção dos Departamentos ou Centros de Custos: Consultas
ambulatoriais, atendimento de emergência e pacientes-dia, as quais, agregadas, constituem a
variável população atendida (http://www.gea.org.br/scf/conclusaopat.htm).
Em muitos serviços, esses custos são muito baixos; há, por exemplo, um custo muito pequeno de
mão-de-obra ou combustível envolvido no transporte de um passageiro extra em um ônibus. Em
um teatro, o custo de acomodar um espectador adicional provavelmente é mínimo, a menos que
o ingresso seja vendido por uma agência independente que retira uma porcentagem fixa do preço
a título de comissão. A reserva de um quarto de hotel para um pernoite representa custos
variáveis ligeiramente mais altos porque o quarto precisará ser limpo, e os lençóis enviados para
a lavanderia após o hóspede sair. Custos variáveis mais significativos estão associados com
atividades como as de servir alimento e bebidas ou instalar uma peça nova ao realizar consertos,
porque elas incluem o fornecimento de produtos físicos geralmente dispendiosos, além da mão-
de-obra. O fato de uma empresa vender um serviço a um preço que exceda seu custo variável
não significa que a empresa agora seja lucrativa, pois ainda existem custos fixos e semivariáveis
a serem recuperados.
Nas empresas de bens manufaturados, são aqueles cujos valores se alteram em função do
volume de produção da empresa. Exemplo: matéria-prima consumida. Se não houver
quantidade produzida, o custo variável será nulo. Os custos variáveis aumentam à medida que
aumenta a produção. Outros exemplos: Materiais indiretos consumidos, depreciação dos
equipamentos, quando esta for feita em função das horas/máquina trabalhadas, gastos com horas
extras na produção.
CUSTOS SEMIVARIÁVEIS
São aqueles que, apesar de variarem com o nível de produção, possuem uma parcela fixa
mesmo que nada seja produzido. É o caso, por exemplo, da conta de energia elétrica da
fábrica, na qual a concessionária cobra uma taxa mínima mesmo que nada seja gasto no período,
embora o valor total da conta dependa do número de kilowats consumidos e, portanto, do volume
de produção da empresa.
Gilberto Imbrosio Oliveira – Professor e Consultor em Finanças e Custos – CRC: PE-016856/O-0
Páá giná 59
NOÇÕES DE GESTÃO E CUSTOS INDUSTRIAIS
Outros exemplos: aluguel de uma copiadora no qual se cobra uma parcela fixa mesmo que
nenhuma cópia seja tirada; gasto com combustível para aquecimento de uma caldeira, que varia
de acordo com o nível de atividade, mas que existirá, mesmo que seja num valor mínimo,
quando nada se produza, já que a caldeira não pode esfriar.
São custos cujo comportamento se mantém invariável numa determinada faixa de produção, mas
que variam se há uma mudança desta faixa ou intervalo de relevância . Considere, por exemplo, a
necessidade de supervisares de produção da Cia. EDSIL expressa na tabela a seguir:
O custo dos supervisores será de R$ 240.000,00, fixo na faixa de produção de 20.001 a 40.000
unidades. Se, entretanto, a produção aumentar para 50.000 unidades, o custo pula para outro
degrau (R$ 360.000,00).
Alguns autores não fazem uso da nomenclatura de custos semivariáveis e custos semifixos,
preferindo denominá-los de custos que possuem uma parcela fixa (Custo Indireto de Fabricação
Fixo) e uma parcela variável (Custo Indireto de Fabricação Variável) ou Custos Mistos.
Para aplicação do custeio variável, método de custeamento a ser abordado nas próximas aulas,
é muito importante distinguir a parcela fixa da parcela variável dos custos mistos, a fim de
possibilitar a separação entre os Custos Fixos dos Variáveis.
As despesas também podem receber esta classificação de variáveis e fixas, porém definidas em
função do volume de vendas e não do volume de produção. Assim, por exemplo, os gastos
referentes às comissões pagas aos vendedores, às entregas, são considerados Despesas
Variáveis, uma vez que o seu valor é função do volume de vendas da empresa, enquanto os
gastos referentes aos aluguéis das áreas Administrativas e Vendas é uma Despesa Fixa já que
deve ser pago independentemente das vendas realizadas.
Por outro lado, o Custo Fixo (CF), pela sua própria definição, é constante qualquer que seja o volume de
produção. Entretanto, o Custo fixo unitário (CFu), ou seja, o custo fixo dividido pela quantidade, é sempre
decrescente.
Exemplo:
O Analista de Sistemas da Cia. Software-Meta apresentou ao Diretor de departamento de P&D o seguinte
relatório de custos de produção - de zero a 100 (cem) unidades – referente a encomenda de um de seus clientes , em
R$:
O Custo Fixo total (CFt) é sempre constante - R$ 10.000,00 - até um determinado Nível de Atividade,
qualquer que seja o volume de produção. Já o Custo Fixo unitário (CFu) é sempre decrescente, uma vez que
resulta da divisão de um valor fixo (no caso, R$ 10.000,00) por quantidades produzidas cada vez maiores. Assim, o
Custo Fixo unitário se a Cia. produz apenas uma unidade é R$ 10.000,00 (R$ 10.000,00 / 1 und.); e R$ 25,00 (R$
10.000,00 / 4 und.) se ela produz 4 unidades.
O Custo Variável total (CVt) é sempre crescente com o volume de produção. Se a empresa produz uma
quantidade maior do produto, é lógico que ela vai gastar mais matéria-prima, por exemplo. Já o Custo Variável
unitário, (CVu) é sempre constante - R$ 10,00 - qualquer que seja o volume de produção. Isto implica em supor
que, por exemplo, se dobrarmos a produção, dobraremos também o custo com matéria-prima.
CONSIDERAÇÕES ADICIONAIS: Pode haver uma combinação da classificação dos custos em relação à sua
apropriação aos produtos fabricados e quanto ao volume de produção. O consumo de material direto na produção é
um custo direto e variável. Os materiais indiretos utilizados na produção são exemplo de custos indiretos e variáveis.
O seguro da fábrica é um custo indireto e fixo.
Na condição de chefe de cozinha, preencha o relatório abaixo sobre o comportamento dos custos,
considerando o limite de 800 Porções de capacidade de processamento, a fim de atender a solicitação do
gestor do restaurante que o utilizará em reunião de diretoria do grupo.
Seguros,Depreciação,
Fixos MOI, Tx. e Impostos,
Aluguel, etc.
INVESTIMENTOS
Custo Indireto de produção – CI: MOI, Energia, Aluguel, Taxas e Impostos, Seguros,
Depreciação, etc.
Matéria-prima
Materiais Secundários cujo
MATERIAL DIRETO (MD) valor compense apropriá-los
diretamente ao produto
Material de embalagem
Uma vez que a empresa tenha sido departamentalizada e todos os CIF tenham sido
rastreados para departamentos individuais, os custos de departamentos de apoio são atribuídos
aos departamentos de produção e as taxas de CIF são desenvolvidas para custos de produtos.
Embora os departamentos de apoio não operem diretamente nos produtos ou serviços que são
vendidos, os custos de fornecimento desses serviços de apoio são parte do custo total do produto
e devem ser atribuídos aos produtos. Essa atribuição de custos consiste de uma Alocação em
duas etapas: (1) a Alocação de custos do departamento de apoio para departamentos de
produção, e (2) a atribuição desses custos alocados para os produtos individuais. A segunda
etapa de alocação, realizada por meio de Taxas departamentais de CIF é necessária porque há
múltiplos produtos sendo processados em cada departamento de produção.
1ª Departamentalize a empresa
6ª Aloque os CIF para as unidades de produtos individuais por meio de taxas de CIF
predeterminadas
Para ilustrar os tipos de direcionadores de atividades supramencionados que podem ser usados,
considere os seguintes três departamentos de apoio: energia, pessoal e manuseio de materiais.
Para custos de energia, uma base lógica para alocação é quilowatts – hora, que pode ser medida
com o uso de medidores separados para cada departamento. Se não houver medidores
separados, talvez horas-máquina consumidas para cada departamento ofereça um bom
substituto, ou um meio de aproximar o consumo de energia.
Exercício resolvido:
Passos:
* com base nos empregados-hora dos serviços de segurança e dos dois departamentos operacionais, ou seja: 6.000 horas
18.000 horas + 30.000 horas = 54.000 horas.
T
Essa alocação baseia-se na área ocupada pelos dois departamentos operacionais.
O Group Health Cooperative de Puget Sound é uma grande HMO, health maintenance
organization, com 500 departamentos de serviço responsáveis por 30% dos custos totais do
grupo. Emprega-se o método passo a passo na alocação desses custos aos departamentos de
assistência ao paciente e, em seguida, aos pacientes. As alocações são efetuadas de tal modo
que os custos podem ser agrupados de diversos modos, entre eles “por consumidores, por
grupos de diagnóstico, por grupos de empregadores e por populações específicas, como
Medicare, Medicaid, AIDS, Cardiologia etc”.
PRÁTICA - 1
A Computer Information Services (CIS) é uma companhia de consultoria
de software e possui cinco departamentos, dos quais três, programação de
computador, consultoria de sistemas de informática e treinamento em software,
são considerados operacionais e os demais, Instalação e Sistema de Informação,
de Apoio. Seguem-se os dados selecionados dos cinco departamentos, referentes
ao orçamento para o período que vem:
Obs. A CIS não faz distinção entre os CIF (Fixos ou Variáveis) do Departamento de Apoio.
Programação de Computadores.
Consultoria
Treinamento em Software
Total
Sistema de
Informação
Custo Total após
Alocação
100
Receita Bruta de Venda
(-) Impostos
(=) Receita Líquida de Vendas
(-) Custo do Produto Vendido
(=) Margem Bruta
PRÁTICA – 2
Nº de empregados 5 8 6 4 4 17
44
Dados do Refeitório
Dados da Zeladoria
Dados de Compras
Dados de Eventos
Dados de Hospedagem
Total
DEPARTAMENTOS DEPARTAMENTOS
CUSTOS DE SERVIÇO OPERACIONAIS TOTAL
INDIRETOS Manutenção Refeitório Zeladoria Compras Eventos Hospedagem
ANTES DA
ALOCAÇÃO
Alocação
Depto Manutenção
Depto Refeitório
Depto Zeladoria
Depto Compras
PÓS-ALOCAÇÃO
3.1.5. MÉTODOS DE CUSTEIO – Apreciação geral do Custeio por Absorção, Variável e ABC
Custeio Variável
Materiais diretos
Custos do Mão-de-obra direta Custo do Produto
Produto Custo Ind. variável de fabricação
Pede-se:
( Os $25.600,00 de custo indireto fixo de fabricação serão lançados pelo total contra o
resultado, como despesa do período, juntamente com as despesas de vendas e
administrativas.)
Unidades Quantidades
Estoques Iniciais 0
Produzidas 3,000
Vendidas 2,500
Quadro 6.16
Medequip – atividades de venda e de distribuição
Tipo de Atividade Descrição da Atividade
1. Administração de Marketing: Salários e benefícios de gerentes de marketing,
depreciação e manutenção de instalações e de equipamentos usados por eles,
energia elétrica, despesas com telefone e materiais. Atividade alocada a grupos de
produto baseando-se na proporção calculada de tempo gasto em cada grupo.
Pedido atendido 5. Execução do pedido: Salários e benefícios do pessoal responsável por contactar
clientes antes de receber e após preencher pedidos, coordenando a produção para
programar entregas, faturar e cobrar. Atividade alocada com base em grupos de
produto em proporção estimada de tempo gasto em cada grupo.
Materiais diretos $6
Mão-de-obra direta 4
Custo indireto variável de fabricação 3
Custo indireto fixo de fabricação __ $ 70.000
Despesas variáveis de vendas, gerais e administrativas 2
Despesas fixas de vendas, gerais e administrativas __ $ 60.000
Materiais diretos $ 6
Mão-de-obra direta 4
Custo indireto de fabricação variável 3
Custo indireto fixo de fabricação ($70.000-10.000 unidades) 7
Custo unitário $ 20
Materiais Diretos $6
Mão-de-Obra Direta 4
Custo Indireto de fabricação variável 3
Custo Indireto de fabricação fixo (para 10.000 unid.) 7
Custo unitário 20
Como a Ritter Company chegou ao percentual de 50%? Esse valor poder ser uma regra
prática geral largamente empregada na indústria ou apenas uma tradição da empresa
que parece funcionar bem. O percentual de margem também pode ser o resultado de
um cálculo específico. Como explicamos, a margem, em termos ideais, deve ser
determinada em grande parte pelas condições de mercado. Entretanto, o procedimento
popular é começar pelo menos com uma margem baseada no custo e no lucro desejado.
O raciocínio é o seguinte: a margem deve ser suficientemente grande para cobrir as
despesas VGA e proporcionar retomo sobre o investimento (ROI) adequado. Para um
determinado número de unidades vendidas, a margem pode ser calculada da seguinte
maneira:
Para mostrar o uso dessa fórmula, suponhamos que a Ritter Company precise de
investir $ 100.000 para produzir e comercializar 10.000 unidades por ano. O
investimento cobre a compra do equipamento e os recursos necessários ao
financiamento dos estoques e das contas a receber. Se a Ritter Company deseja ROI de
20%, a margem é determinada da seguinte maneira:
Ritter Company
Demonstração do Resultado segundo o Método do Custeio por Absorção
Se ela vender mais de 10.000 unidades a esse preço, o ROI será maior que 20%. E, se
vender menos de 10.000 unidades, o ROI será menor. O ROI pretendido só será
alcançado se a previsão de vendas for atingida.
(1) Ajuste o Custo Fixo para esse volume; (1) Determine o novo % de Margem + Custo;
(2) Mantenha o Preço de R$ 30,00; e (2) Determine o Preço ajustado pelo novo %;
(3) ELABORE A DRE PARA 7000 UND (3) Elabore a DRE; e
(4) Confirme o ROI
PRÁTICA I
A UTILIZAÇÃO DO CUSTEIO POR ABSORÇÃO NA FORMAÇÃO PREÇO VENDA e o ROI
Investimento de R$ 300.000,00.
Espera-se que essa nova unidade produza uma taxa de Retorno anual
de 40%.
3.1. Determine o Custo por Fardo de Embalagem pelo Custeio por Absorção.
CUSTO META
Até aqui, nossa suposição partiu do pressuposto de que o produto já tinha sido
desenvolvido e custeado e estava pronto para ser comercializado, tão logo fixado o
preço. Em muitos casos, a seqüência dos acontecimentos é exatamente oposta, ou seja,
a companhia já sabe qual será o preço e o problema é desenvolver um produto que
possa ser comercializado de modo lucrativo a esse preço. Mesmo nessa situação, em
que a seqüência normal de eventos está invertida, o custo ainda é um fator vital. A
técnica da companhia será empregar o custo-meta.
Um exemplo de Custo-Meta
A QUESTÃO
A Acoustic Concepts, Inc., foi fundada por Prem Narayan, engenheiro, para
comercializar o alto-falante radicalmente novo que ele projetou para sistemas de som
de automóveis. O alto-falante, denominado Sonic Blaster, utiliza um avançado chip
microprocessador para intensificar a amplificação a níveis impressionantes. Prem
fechou acordo para a produção do alto-falante com um fabricante de componentes
eletrônicos de Taiwan. Com o capital inicial fornecido pela sua família, Prem
encomendou unidades completas ao fabricante e fez publicidade em lojas de
acessórios para automóveis.
O Sonic Blaster foi um sucesso quase imediato, e as vendas cresceram ao
ponto em que Prem se viu obrigado a mudar a sede da empresa do seu apartamento
para instalações alugadas em um parque industrial nas vizinhanças. Ele também
contratou uma recepcionista, um contador, um gerente de vendas e um pequeno
quadro de vendas, para vender os alto-falantes em lojas de varejo. O contador, Bob
Luchinni, já trabalhara para várias companhias pequenas, onde atuou como consultor e
como contador e guarda-livros. Logo depois que Bob foi contratado, ocorreu a seguinte
conversa:
Prem: Bob, tenho várias dúvidas sobre as finanças da empresa, e espero que você
possa esclarecer.
Bob: Estamos indo bem. O empréstimo de sua família será pago dentro de poucos
meses.
Prem: Eu sei, mas estou preocupado com os riscos que assumi com a expansão das
operações. O que acontecerá se um concorrente entrar no mercado e as nossas
vendas despencarem? Até que ponto as vendas podem cair sem nos levar para o
vermelho? Outra pergunta que tenho tentado responder é: quanto nossas vendas têm
que aumentar para justificar a grande campanha de marketing que o pessoal de
vendas está querendo me convencer a fazer?
Prem: Além disso, eles estão sempre me pressionando para diminuir o preço de venda
do alto-falante. Concordo com eles, em que um preço mais baixo vai aumentar o nosso
volume de vendas, mas não tenho certeza de que essa expansão vai compensar a
redução de receita que teremos por praticarmos um preço menor.
Bob: Parece que todas essas perguntas de algum modo se referem às relações entre
nossos preços de venda, custos e volume. Não deve ser difícil obter algumas respostas,
mas precisarei de um dia ou dois para reunir alguns dados.
Prem: Por que não marcamos uma reunião para daqui a três dias? Seria na quinta-
feira.
Bob: Está bem. Já terei algumas respostas preliminares, bem como um modelo que,
no futuro, você poderá utilizar para responder a perguntas semelhantes.
DEMONSTRE OS CÁLCULOS
DRE R$/TOTAL R$/UND
Vendas (351 alto-falantes)
(-) despesas variáveis
(=) Margem de contribuição
(-) Despesas fixas
(=) Lucro/Prejuízo líquido
Margem Contribuição total, $40.000 = 40% ou Margem contribuição por unidade,$100 = 40%
Vendas total, $100.000 Venda unitária, $250
Objetivo: Calcular o ponto de equilíbrio tanto pela método da equação quanto pelo
método da margem de contribuição.
Gilberto Imbrosio Oliveira – Professor e Consultor em Finanças e Custos – CRC: PE-016856/O-0
Páá giná 100
NOÇÕES DE GESTÃO E CUSTOS INDUSTRIAIS
O MÉTODO DA EQUAÇÃO
(A maioria dos temas do conteúdo desse material sofreu algumas adaptações, a fim de fazer com
que o aluno aplique os conceitos desenvolvidos, utilizando métodos adequados à solução de
problemas.)
ATIVIDADE PRÁTICA
RELAÇÃO DE CUSTO-VOLUME-LUCRO
Orquestra R$ 2.800,00
Pede-se:
Ilustrando o tema
Quando o gerente tem alguma liberdade de ação para substituir custos fixos e
custos variáveis, qual é a melhor estrutura de custos: custos variáveis altos e custos
fixos baixos, ou vice-versa? Não existe uma resposta categórica para essa indagação:
pode haver vantagens em uma ou em outra, dependendo de circunstâncias específicas.
A questão de qual das duas fazendas tem a melhor estrutura de custo depende
de muitos fatores, inclusive a tendência de longo prazo das vendas, a flutuação ano a
ano no nível de vendas e o comportamento dos proprietários no que diz respeito aos
riscos. Se a expectativa é de vendas superiores a R$ 100.000,00 a estrutura de custos
da fazenda Sterling provavelmente é melhor, porque a sua margem de contribuição
percentual é mais alta, e o crescimento dos seus lucros, portanto, será mais rápido à
medida que as vendas aumentam.
Embora
O aumento nas vendas tenha sido o mesmo para ambas as fazendas, a fazenda
Sterling obteve maior lucro líquido devido a sua maior margem de contribuição
percentual.
SUPONHA AGORA QUE HAJA UMA RETRAÇÃO DE 15% NAS VENDAS DE AMBOS OS
NEGÓCIOS, MANTENDO-SE OS CUSTOS FIXOS NOS PATAMARES DE ORIGEM.
Essa análise torna claro que a Fazenda Bogside é menos vulnerável a quedas do
que a Fazenda Sterling. Podemos duas razões para isso:
1. Por causa de suas despesas fixas mais baixas a Fazenda Bogside apresenta
ponto de equilíbrio mais baixo e maior margem de segurança, como
demonstrado no tabela anterior. Por conseguinte, nos períodos de declínio
acentuado de vendas ela não incorrerá em prejuízos tão rapidamente quanto a
Fazenda Sterling; e
Conclusão: Quando não se conhece o futuro, não é obvio definir qual é a melhor
estrutura de custo. Ambas apresentam vantagens e desvantagens. A Fazenda Sterling,
Gilberto Imbrosio Oliveira – Professor e Consultor em Finanças e Custos – CRC: PE-016856/O-0
Páá giná 110
NOÇÕES DE GESTÃO E CUSTOS INDUSTRIAIS
com custos fixos mais altos e custos variáveis menores, experimentará menores
oscilações no lucro líquido, à medida que ocorrem variações nas vendas, com maiores
lucros nos anos bons e maiores perdas nos anos ruins. Por sua vez, A Fazenda
Bogside, com custos fixos mais baixos e custos variáveis mais altos, gozará de maior
estabilidade no lucro líquido e estará mais protegida de prejuízos durante os anos
ruins, mas ao custo de menor lucro líquido nos anos bons.
ALAVANCAGEM OPERACIONAL
INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
FOCO EMPRESARIAL
Quando uma organização fica grande demais para poucas pessoas, torna-se
impossível para a alta administração decidir sobre tudo. Não se pode esperar, por
exemplo, que o CEO da cadeia de hotéis Hyatt decida se um determinado hóspede em
Miame pode encerrar sua conta no hotel após o horário de checkout sem nenhum
custo adicional. De certa maneira os administradores têm que delegar as decisões aos
níveis mais baixos da organização. Contudo, o grau a que as decisões são delegadas
varia de organização para organização.
DESCENTRALIZAÇÃO
pouca liberdade de decisão. Embora a maioria das organizações esteja entre esses
extremos, há cada vez mais tendência à descentralização.
1. Os gerentes dos níveis mais baixos podem tomar decisões sem pleno conhecimento do
"quadro geral". Embora geralmente recebam informações menos detalhadas sobre as
operações da empresa em relação aos gerentes de menor hierarquia, os gerentes de topo
dispõem de mais informações sobre a empresa como um todo e podem ter melhor
percepção da estratégia da companhia. Essa situação pode ser evitada, em certa medida,
com o uso dos modernos sistemas de informação, que, em princípio, podem fornecer a
qualquer gerente, de qualquer nível, a mesma informação que vai para o CEO e para
outros gerentes de topo.
3. Os gerentes dos níveis mais baixos podem ter objetivos diferentes das metas da
organização. Alguns deles, por exemplo, podem estar mais interessados na expansão dos
seus departamentos do que o aumento dos lucros da companhia. Esse problema, de certa
maneira, pode ser contornado pela criação de sistemas de avaliação de desempenho que
motivem os gerentes a tomarem decisões que sejam do interesse da companhia.
4. Numa organização altamente descentralizada, pode ser mais difícil a disseminação eficaz
de inovações. Alguém, em algum lugar, pode ter uma excelente idéia que beneficiaria
outras partes da organização, mas, sem uma forte direção central, essa idéia pode não ser
compartilhada e adotada pelos demais setores.
Objetivo
CENTROS DE RESPONSABILIDADE
“Se tiver um problema pequeno na sua mesa, ponha alguém para resolvê-lo. Tenho uma equipe
de confiança para quem posso entregar e dizer ‘este é seu, resolva’. Estou aqui para criar grandes
soluções, duradouras, que mudem a trajetória do negócio. Isso não significa que os pequenos
problemas devam ser esquecidos e não resolvidos. É preciso cobrar os responsáveis. O grande
desafio para um chefe é decidir quando tomar o problema para si e quando delegar sua solução.
Erros de avaliação acontecem. Nessas horas é preciso reconhecer a falha e mudar de rumo”.
“Se quer ter sucesso profissional, cerque-se dos melhores. Não tenha medo de dividir o poder
com profissionais tão bons ou melhores do que você. E, principalmente, cuide para que essas
pessoas tenham perfis diferentes entre si. Essa é a única forma de evoluir”.
Objetivo
UNIVERSAL FOODS
CORPORATION
ADMINISTRAÇÃO CENTRAL
Presidente e CEO
Engarrafamento
Gerente de
Produtos
Armazrnagem
Gerente de
Produtos
Distribuição
Gerente de
Produtos
A QUESTÃO
Chris Worden: Concordo. Nos últimos dois anos, a Divisão de Produtos de Consumo
tem ditado o ritmo desta companhia, e devemos ter maior reconhecimento.
Chris Worden: Eu sei. Mas é difícil mostrar quanto somos bem-sucedidos com os
atuais relatórios contábeis. Tudo o que temos são os números das vendas e do custo
dos produtos vendidos da divisão.
Bill Carson: O que há de errado com eles? Eles são preparados segundo os princípios
contábeis geralmente aceitos.
Chris Worden: Os valores das vendas são bons. Mas o custo dos produtos vendidos
inclui alguns custos que na verdade não são da nossa divisão e exclui outros que são.
Vamos tomar um simples exemplo. Tudo que a Divisão vende tem que passar pela
máquina automática de código de barras, que aplica um código próprio a cada
produto.
Lori Saffer: Sabemos disso. Cada artigo que expedimos precisa ser identificado com
um código de barras próprio. Isso vale tanto para Divisão de Produtos Comerciais
como para a Divisão de Produtos Consumo.
Chris Worden: A questão é exatamente essa. Venha da Divisão de Produtos
Comerciais ou da Divisão de Produtos de Consumo, o item, após a embalagem, tem
que passar pela máquina de código de barras. Quanto economizaríamos com a
codificadora, se não tivéssemos nenhum produto de consumo?
Chris Worden: Exato. E, já que nenhum custo seria economizado mesmo que a
Divisão de Produtos de Consumo fosse totalmente extinta, como podemos, em termos
racionais, dizer que parte do custo do codificador é dela?
Lori Saffer: Um momento, Chris, você está querendo dizer que minha Divisão de
Produtos Comerciais deve arcar sozinha com o custo da codificadora de barras?
Marjorie Matsuo: Mas, Chris, não vejo como podemos ter relatórios de desempenho
sensatos sem responsabilizar alguém pelos custos, como os da codificadora. Como
nosso especialista em assuntos contábeis, Bill, você acha?
Bill Carson: Tenho algumas idéias a respeito de como tratar problemas como o da
codificadora. Para mim, o melhor talvez fosse anexar um rascunho de relatório de
desempenho para podermos discuti-lo na próxima reunião, quando todos tiverem algo
concreto para examinar.
(1) o custo dos produtos vendidos inclui apenas os custos variáveis de fabricação;
(2) os custos fixos e os custos variáveis são relacionados em seções separadas; e
(3) calcula-se a margem de contribuição.
PRÁTICA 1.
Pede-se:
1. Refaça o relatório eliminando o rateio das despesas fixas comuns. Apresente colunas
do valor e do percentual para a firma como um todo e para cada segmento
separadamente. O escritório ficaria em melhor situação se o segmento de direito de
família fosse extinto?
Como não haverá aumento nas despesas fixas (inclusive nas comuns), o aumento do
lucro líquido geral também será de R$ -------------------------
PRÁTICA 2 .
Total Unidade
Vendas $ 4.000.000 $ 80,00
Menos despesas variáveis 2.800.000 56,00
Margem de contribuição 1.200.000 24,00
Menos despesas fixas 840.000 16,80
Lucro operacional 360.000 7,20
Menos imposto de renda (30%) 108.000 2,16
Lucro líquido $ 252.000 % 5,04
PEDE-SE:
GENERALELETRIC
GENERAL ELETRICCOMPANY
COMPANY
$$79.179
79.179milhões
milhões
Motoresde
Motores deAviação
Aviação Utensílios
Utensílios Serviços
Serviços
$$6.302
6.302 $$6.6.375
375milhões
milhões $$32.713
32.713 milhões
milhões
Refrigeradores
Refrigeradores Fogões
Fogões Aparelhosde
Aparelhos dear-Condicionado
ar-Condicionado
$xxxmilhões*
$xxx milhões* $$xxx
xxxmilhões*
milhões* $xxxmilhões*
$xxx milhões*
* Estes valores de vendas não são divulgados pela GE, mas são rapidamente disponibilizados internamente para os
gerentes.
Materiais diretos $ 86
Mão-de-obra direta 45
Custo indireto de fabricação 51
Custo unitário $ 182
disso, a companhia terá que pagar $1.200 a um estúdio gráfico para desenhar e
recortar as matrizes do logotipo do Departamento de Polícia de Seattle e outras marcas
de identificação que serão apostos nas bicicletas.
POR 100
BICICLETA BICICLETAS
Unidade total
(A) RECEITA INCREMENTAL---------R$ __________ R$ __________
Custos incrementais:
VARIÁVEIS:
Materiais diretos --------------------R$
Mão-de-obra direta --------------------R$
Custo indireto fabricação R$
MODIFICAÇÕES ESPECIAIS R$ __________
(B) CUSTO VARIÁVEL ----------------R$ R$___________
FIXO:
(C) Aquisição de matriz -------------------------------------------------------------------R$ __________
(D) = (B+C) CUSTO INCREMENTAL TOTAL---------------------------------------R$ __________
(E)=(A–D)LUCRO OPERACIONAL INCREMENTAL R$_______
Desse modo, ainda que tenha preço ($179) menor do que o custo unitário de
produção ($182) e exija custos adicionais, o pedido especial proporciona aumento do
lucro operacional. Em geral, um pedido especial é rentável enquanto a sua receita
incremental for superior aos respectivos custos incrementais. É preciso notar, contudo,
que é importante assegurar que haja capacidade ociosa e que o pedido especial
não atrapalhe as vendas normais. Se, por exemplo, a empresa estivesse operando
Gilberto Imbrosio Oliveira – Professor e Consultor em Finanças e Custos – CRC: PE-016856/O-0
Páá giná 133
NOÇÕES DE GESTÃO E CUSTOS INDUSTRIAIS
Posto isso, desenvolva o cálculo necessário para determinar qual dos dois
modelos de bagageiros deve ter a produção reduzida, por apresentar a menor
rentabilidade face à restrição.
Modelos
Montanhismo Passeio
Agora é fácil determinar qual é o produto menos rentável e que deve ser
deixado de lado. Cada minuto de tempo de processamento da máquina de costura
empregado no bagageiro do modelo de passeio gera aumento de $12 na margem de
contribuição e no lucro. O valor correspondente do bagageiro do modelo de
montanhismo é de apenas $7,50 por minuto. Portanto, o modelo de passeio deve ser
enfatizado. Ainda que o modelo de montanhismo tenha maior margem unitária de
contribuição e em percentual, o modelo de passeio proporciona a maior margem de
contribuição em relação ao recurso limitado.
PRÁTICA 1
Salto
Maratona
Ciclismo
Salto
Maratona
Ciclismo
Quantidade total do fator limitativo Margem de
Contribuição
da Companhia
4. LEITURAS SUGERIDAS
Listei abaixo alguns livros que aprofundam, ou, em outros casos, dão a base necessária
para uma melhor compreensão aos assuntos tratados. A lista não é exaustiva.
Representa uma seleção das que considero as melhores obras dos temas tratados.
GESTÃO DE CUSTOS
Garrison, Ray H. e Noreen, Eric W. Contabilidade Gerencial. LTC Editora, 2001.
Horngren, Charles T. et, al. Contabilidade de Custos. Vol. 1 e 2 . 11 ed. São Paulo:
Prentice Hall, 2004.
Kaplan R. S. e Robin Cooper. Custo e Desempenho. São Paulo, Editora Futura, 1998.
Martins, Eliseu. Contabilidade de Custos. São Paulo. Editora Atlas S.A., 9a. edição,
2003.
Monden, Yasuhiro. Sistemas de Redução de Custos: Custo-Alvo e Custo Kaizen . Porto
Alegre, Bookman, 1999.
Nakagawa, Massayuki. Gestão Estratégica de Custos: Conceito, Sistemas e
Implementação. Editora Atlas S.A., 1998.
Oakland, John S. Gerenciamento da Qualidade Total: TQM. Ed. Nobel. 1989.
Player, S., David Kayes e Roberto Lacerda. ABM: Acitivity Based Management (Arthur
Andersen). Ed. Makron Books. 1997.
Sakurai, Michiharu. Gerenciamento Integrado de Custos. São Paulo. Editora Atlas S.A.
1997.
Shank, John K. e Vijay Govindarajan. A Revolução dos Custos. Rio de Janeiro, Editora
Campus, 1997.