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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ____VARA

CÍVEL DA COMARCA DE ITABAIANA-SE

JOSÉ EDSON DOS SANTOS, brasileiro, convivente, portadora do RG

1206017 e inscrito no CPF 71966730500, residente e domiciliado à Av. DR

Jose Milton Machado 23 / Travessa O, Quadra G, Lote 10, Eucaliptos

Itabaiana/SE, vem respeitosamente, por intermédio do seu advogado abaixo

assinado com fulcro nos artigos 5,X da CF, 186 e 927 do Código Civil e 300 do

CPC propor

Ação de Indenização por Danos Morais C/C Pedido de Tutela

Antecipada

em face da ARTHUR LUNDGREN TECIDOS, inscrita no CNPJ/MF sob nº


61.099.834/0001-90, com sede àR Da Consolacao, 2411, 2387
Consolação, São Paulo-
SÃO PAULO, CEP 01301--100, Brasil, sem endereço eletrônico, na pessoa de
seus representantes legais:

1 – DA GRATUIDADE DA JUSTICA
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Preliminarmente é de grande importância informar a este juízo, que o
Autor da presente ação é pobre na forma da lei, não podendo arcar com
despesas e custas processuais, assim, vem suplicar o benefício da
GRATUIDADE DA JUSTIÇA.

O Requerente pessoa de pouca instrução, labora na roça com o


manejo de gêneros básicos, de onde extraí o mínimo necessário para
manutenção sua e de sua família.

DOS FATOS

O Requerente pessoa de pouca instrução, não tendo sequer

freqüentado de modo regular os bancos escolares, fora realizar cadastro em

estabelecimento comercial desta cidade, afim de adquirir produtos agrícolas, no

entanto, para a surpresa do Requerente este teve seu cadastro negado.

Tal situação provocou grande desalento na parte Autora, homem

agreste, afeito ao rigor e lida do campo, integro, de caráter e conduta retos,

assim totalmente constrangido frente tamanha humilhação o Requerente

buscou ver de que tratava tal fato.

Realizando contato com serviço de proteção ao crédito nesta

localidade, a parte Autora fora informado de que tratava-se de negativação

realizada pelo Requerido.

A Referida negativação conforme informação de órgão de proteção ao

crédito tem sua origem, em divida nunca contraída junto a Requerida, que de

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modo indevido realizou negativação do Autor, que consoante documento

emitido pelo SPC/SERASA, tal negativação fora inclusa em 09/02/2014.

Ora Nobre Julgador, a parte Autora nunca possuiu conta bancaria,

nem realizou qualquer transação com Requerido e/ou qualquer outra

instituição financeira, isso ao longo de toda sua vida, no entanto, em

contato com a Requerida esta não aceitou por fim a tal situação de modo

consensual, dando continuidade a referida cobrança.

Cabe destacar que, mesmo se tratando de cobrança e negativação

indevida da parte Autora, esta nunca foi comunicada a respeito de suposto

débito, nem mesmo antes da Ré proceder a negativação indevida.

Diante de todo o exposto vem o Requente humildemente socorrer-se

deste Douto Juízo, a fim de, ver seus pleitos atendidos.

DO DIREITO

NOVO CPC E O SISTEMA DE PRECEDENTES

O Novo CPC alberga em seu corpo o sistema de precedentes que dever ser
observado pelos julgadores no momento de avaliação do caso concreto, nesta
toada tendo como albergue o novel diploma assim dispomos:

TJ-MG - Apelação Cível AC 10713110100516001 MG (TJ-MG)

Data de publicação: 17/05/2013

Ementa: DANOS MORAIS - INCLUSÃO

DO NOME DO CONSUMIDOR JUNTO AO ÓRGÃO DE RESTRIÇÃO


AO CRÉDITO - INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO CONTRATUAL E DE

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DÉBITO - INDENIZAÇÃO DEVIDA - VÍTIMA DE FRAUDE -
RESPONSABILIDADE NÃO EXCLUÍDA - SÚMULA 479 STJ -VALOR -
O débito lançado junto aos órgãos de proteção ao crédito, com origem
em relação estabelecida entre a instituição financeira e estelionatário,
merece ser declarado inexistente perante o autor, que teve seu nome e
dados utilizados indevidamente. - A entidade que promove a
negativação de nome junto aos órgãos de restrição ao crédito
responde, independentemente da verificação de culpa, pelos danos
causados, dada a responsabilidade objetiva prevista no artigo 14 do
Código de Defesa do Consumidor . - A injusta inscrição de nome do
consumidor em cadastro de proteção ao crédito é fato por si só capaz
de causar um dano moral indenizável. - Para fixação dos danos morais,
deve-se levar em consideração as circunstâncias de cada caso
concreto, tais como a natureza da lesão, as conseqüências do ato, o
grau de culpa, as condições financeiras das partes, atentando-se para
a sua dúplice finalidade, ou seja, meio de punição e forma de
compensação à dor da vítima, não permitindo o seu enriquecimento
imotivado.

STF - RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO ARE 849010


RS (STF)

Data de publicação: 03/02/2015

Decisão: , assim do: “RESPONSABILIDADE CIVIL. INSTITUIÇÃO


BANCÁRIA. EMPRÉSTIMO. FRAUDE. AUSÊNCIA DE PROVA DA
CONTRATAÇÃO. INSCRIÇÃO...). A responsabilidade da instituição
bancária pela fraude, dando causa à indevida inscrição do nome...
configuração do dano, que os fatos tenham se desenrolado a partir de
conduta ilícita praticada por terceiro...

STF - RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO ARE 742072


GO (STF)

Data de publicação: 09/09/2013

Decisão: POR DANOS MORAIS. CONTRATO DE EMPRÉSTIMO


BANCÁRIO E PAGAMENTOS DE FATURAS REALIZADOS POR
TERCEIRO. FRAUDE..., os quais devem ser indenizados, além dos
valores descontados serem ressarcidos. III – Comprovado o ato ilícito...
e seus clientes,cabendo, assim, a inversão do ônus da prova, devendo
o a instituição bancária...

STF - RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO ARE 732102


DF (STF)

Data de publicação: 21/05/2013

Decisão: contra o seguinte julgado da Terceira Turma Recursal do


Distrito Federal: “CONSUMIDOR. FRAUDE PARA... SUFICIENTES,
TANTO ASSIM QUE HOUVE A CONTRATAÇÃO POR TERCEIRO EM
NOME DA PARTE RECORRIDA. 4... RECORRIDA, POR TERCEIRO,
SEM O QUE A FRAUDE NÃO SE CONSUMARIA. 4.2. LADO OUTRO,
NÃO HÁ PROVA...

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STJ - Decisão Monocrática. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL:
AREsp 403410 SC 2013/0331683-0

Data de publicação: 03/12/2014

Decisão: MORAIS. CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS BANCÁRIOS


POR TERCEIRO FALSÁRIO. ANOTAÇÃO DE RESTRIÇÃO
CREDITÍCIA... EM NOME DO AUTOR. NEGLIGÊNCIA DO BANCO.
NEXO CAUSAL EVIDENCIADO. DEVER DE INDENIZAR O ABALO
MORAL CAUSADO... em nome de terceiros, mediante fraude ou
falsidade, sob pena de responderem pelos danos causados, já...

Diante da observação do acima disposto, embasado no NCPC, tendo


ainda em consideração o fato de no caso em tela onde o Autor, tendo sofrido
toda sorte de angustias e aflições pautadas na conduta ilícita da Demandada,
diante do descaso e todo desrespeito inferido pela Demandada proceder
condenação em danos morais.

3.2 DA ESSENCIALIDADE DO SERVIÇO E DA PRESTAÇÃO AO


CONSUMIDOR

O Autor é nunca foi cliente da Demandada, não restando qualquer obrigação


junto a Esta.

O caso em tela, nasce por meio de uma relação consumerista,


devendo receber o arrimo do CDC:
"Art. 3º. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada,
nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que
desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção,
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização
de produtos ou prestações de serviços.
(...)
§ “2º Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo,
mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira,
de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter
trabalhista.”

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Logo, nesse caso dever ser estabelecido A INVERSAO DO ÔNUS DA
PROVA, posto a hipossuficiência do Autoral, bem como, diante do poder
econômico disposto pela Reclamada, senão vejamos:

"Art. 6º. São direitos básicos do consumidor

II - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e


serviços, com especificação correta de quantidade, características,
composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que
apresentem;”
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão
do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do
juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente,
segundo as regras ordinárias de experiências;"

Sobre o princípio da transparência nas relações de consumo, Jorge Alberto


Quadros de Carvalho Silva assevera:

O princípio da transparência, essencialmente democrático que é, ao


reconhecer que, em uma sociedade, o poder não é só exercido no
plano da política, mas também da economia, surge no Código de
Defesa do Consumidor, com o fim de regulamentar o poder econômico,
exigindo-lhe visibilidade, ao atuar na esfera jurídica do consumidor.

Fábio Ulhoa Coelho Preceitua:

De acordo com o princípio da transparência, não basta ao empresário


abster-se de falsear a verdade, deve ele transmitir ao consumidor em
potencial todas as informações indispensáveis à decisão de consumir
ou não o fornecimento.

A Requerida nunca travou qualquer especie de relação negocial com o


Demandante, ainda assim procedeu negativação indevida.
Assim, diante de ato ilícito abusivamente praticado pela
Demandada, que em atitude de latente descaso e negligência,o Autor, em
posição de total hipossuficiência ainda sofre os reflexos do ato lesivo e
negligente da Demandada, posto que tal situação que se mantém, assim, a
legislação pátria em seu código civil em vigor estabelece que a obrigação pelo
autor do dano de repará-lo:

"Artigo 186 – Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência,


ou imprudência, violar direito, ou causar prejuízo a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito."

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“Artigo 927 – Aquele que, por ato ilícito causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
Parágrafo Único. Haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.”

Nesta baila, não diferente se posiciona o CDC:

"Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da


existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos
consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem
como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e
riscos."

3.3 - DA INDENIZAÇÃO

A quantificação do dano moral deve atender a critérios como a


extensão do dano, a condição do causador do dano e o da vítima e os
fatos, bem como atentar para o aspecto pedagógico da indenização, isto é,
deve ser tal que sirva de advertência para que o causador do dano e seus
congêneres se abstenham de praticar tais atos, neste caso, o Autor, vem
sofrendo diretamente em sua vida cotidiana, as dificuldades impostas pela
atitude negligente da Demandada, que em total ilícito vem se delongado uma
situação sem qualquer possibilidade resolução.

TJ-DF - Ação Cível do Juizado Especial ACJ


26882320068070011 DF 0002688-23.2006.807.0011 (TJ-DF)

Data de publicação: 12/06/2007

Ementa: CIVIL. CONSUMIDOR. RESPONSABILIDADE CIVIL.


EMPRESA DE TELEFONIA. DÉBITO NÃO AUTORIZADO.
LINHA TELEFÔNICA INSTALADA SEM AUTORIZAÇÃO DO
CONSUMIDOR. NEGATIVAÇÃO INDEVIDA NO SPC-
SERASA. COBRANÇA POR SERVIÇO NÃO PRESTADO.
DEFEITO NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA. TEORIA DO RISCO DA
ATIVIDADE (ART. 927, CCB/02). CULPA. NEGLIGÊNCIA E
IMPRUDÊNCIA CONFIGURADAS. DANO MORAL
CONFIGURADO. INEXISTÊNCIA DE FATO IMPEDITIVO,
MODIFICATIVO OU EXTINTIVO DO DIREITO BUSCADO.
CONSTRANGIMENTOS E ANGÚSTIA SUPORTADOS. "DANO
IN RE IPSA". PRECEDENTES DESTE TRIBUNAL.
"QUANTUM" FIXADO. PRINCÍPIOS DA
PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. 1 - AO OPTAR
POR SISTEMA DE CONTRATAÇÃO POR TELEFONE, NO
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INTUITO DE DIMINUIR DESPESAS OPERACIONAIS E
AUMENTAR SEUS LUCROS, DEVE A PRESTADORA DE
SERVIÇOS ASSUMIR OS RISCOS QUE DELE DECORREM -
TEORIA DO RISCO DA ATIVIDADE NEGOCIAL - ART. 927 ,
PARÁGRAFO ÚNICO , DO CCB/02. 2 - QUANTUM FIXADO
NA INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL EM R$ 7.000,00
(SETE MIL REAIS) ESTÁ EM CONFORMIDADE COM AS
CIRCUNSTÂNCIAS ESPECÍFICAS DO EVENTO, ATENTO À
SITUAÇÃO PATRIMONIAL DAS P ARTES (CONDIÇÃO
ECONÔMICO-FINANCEIRA), PARA A GRAVIDADE DA
REPERCUSSÃO DA OFENSA, ATENDIDO O CARÁTER
COMPENSATÓRIO, PEDAGÓGICO E PUNITIVO DA
CONDENAÇÃO, SEM GERAR ENRIQUECIMENTO SEM
CAUSA, INDEVIDO PELO DIREITO VIGENTE (ART. 884,
CCB/02), LEVANDO-SE EM CONTA, AINDA, A MEDIÇÃO DA
EXTENSÃO DO DANO DE QUE TRATA O ARTIGO 944 DO
CÓDIGO CIVIL , ESPECÍFICA EM CADA CASO, SEMPRE EM
SINTONIA COM OS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E
PROPORCIONALIDADE. SENTENÇA CONFIRMADA.
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. UNÂNIME.

O Dano moral encontra-se cabalmente caracterizado, pelo simples


fato da Demandada realizar a negativação indevida do Autor.
Para AUGUSTINHO ALVIM, dano, em sentido amplo, é a lesão a
qualquer bem jurídico e aí se inclui o dano moral; em sentido estrito, é a
lesão ao patrimônio, e patrimônio é o conjunto de relações jurídicas de
uma pessoa, apreciáveis em dinheiro.
Portanto, a definição de dano moral tem que ser dada sempre em
contraposição ao dano material, sendo este o que lesa bens, apreciáveis
pecuniariamente e aquele, ao contrário, o prejuízo a bens ou valores que não
tem conteúdo econômico.

Nesta modalidade de reparação, Culto Magistrado, não se trata de


pagar o transtorno e a angústia causada aos Requerentes, mas sim de dar
ao lesado os meios derivativos, com que se aplacam ou afugentem esses
males, através de compensação em dinheiro, o quantum satis, a fim de se
afastar os sofrimentos ou esquecê-los, ainda que não seja no todo, mas, ao
menos, em grande parte.
O dano moral está intimamente ligado à pessoa que sofreu uma lesão
em seus sentimentos. Assim, a reparação do dano, é, na realidade, uma
compensação, que deverá ser suficiente para que atenue os danos sofridos,
assim, consequentemente, deve o Estado-Juiz quantificar o dano de tal

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forma que: 1) compense a dor e o medo, que passa a ser permanente; 2)
apresente um caráter pedagógico.
Neste sentido, vem se manifestando a doutrina mais atualizada:

“O valor da condenação deve, igualmente, servir de desestímulo a


repetições de atos do gênero; cumpre função pedagógica não somente
em relação ao próprio como também a toda a coletividade, que se
torna sabedora das consequências de eventual violação das normas,
podendo adequar sua conduta aos objetivos do ordenamento”. “A nova
face das teorias negativistas encontra-se no arbitramento em valores
baixos de reparação. Que efetividade haverá na norma que consagra o
direito à reparação do dano moral se proceder à sua quantificação em
valores módicos? É lógico o comprometimento da função preventiva da
norma jurídica, de influir positivamente na conduta das pessoas a ela,
subordinadas, pelo só fato da quantificação reduzida não inibir a prática
de ilícitos.” (CARLOS EDISON DO RÊGO MONTEIRO FILHO –
ELEMENTOS DE RESPONSABILIDADE CIVIL POR DANO MORAL –
RENOVAR – 1999).

Diante disso, podemos imaginar, Culto Magistrado, os transtornos,


provocados pela Demandada, frente dos fatos ora narrados, pois o Requerido,
com o seu descuido e negligência, fez o Requerente passar por grande
constrangimento e humilhação, tendo ainda que suportar privações.

Desta forma, nada mais justo do que “tentar” compensar os danos e


constrangimento que a Requerida causou ao Requerente.

3.2 DA TUTELA ANTECIPADA

A vida em sociedade, trás algumas necessidades aos homens,


principalmente aos de conduta ilibada, pois que sofrem mais o peso de seus
regramentos, uma delas, esta atrelada ao modo como é visto pela sociedade
onde se encontra inserido. Assim, não possuindo qualquer débito junto à
Reclamada, não há de se permitir que o Autor continue carregando a peja de
“mal pagador”, e sendo privado de atos da vida cotidiana de um homem médio.
Logo, vem suplicar a esse juízo que conceda o benefício da tutela
antecipada com fito de excluir seus dados dos órgãos de proteção ao crédito
(SERASA e SPC), e PERMITINDO assim o acesso às linhas de crédito que
tanto necessita, ainda, com objetivo de evitar maiores transtornos como vem
ocorrendo.
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DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS- Pelo fato da Demandada não
cumprir com todas as obrigações contratuais, deverá ser condenada ao
pagamento dos honorários advocatícios no patamar de 20%, com fulcro no art.
389 do Novo Código Civil Brasileiro.

É de bom alvitre esclarecer que a redação dada ao art. 389 do CCB


prevê honorários de advogado não em razão da sucumbência, mas sim pelo
não cumprimento da obrigação contraída. In verbis:

"Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e


danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais
regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.”

Neste caso, a Demandada tendo infligido tantos transtornos, danos e prejuízos


ao Autor, deverá ser responsável pelo pagamento dos honorários devido ao
patrono do Requerente, uma vez que, é única e exclusivamente responsável
pelo nascimento da presente demanda.

4. DOS PEDIDOS

Diante do exposto, pretende provar todo o exposto através de todos os


meios de prova permitidos no direito pátrio, requer ainda, a citação da
Demandada na pessoa de seu representante legal, no endereço apresentado
no preâmbulo, para querendo contestar a presente ação, sob pena de
aplicação dos efeitos da revelia, além de:

a. Seja concedido o benefício da gratuidade da justiça ao Autor;


b. Que seja concedida inaudita atera pars a Tutela Antecipada,
com imediato arbitramento de multa, no valor de R$500,00
dia, para que a Requerida realize a exclusão dos dados do
Autor dos órgões de proteção ao Crédito no prazo de cinco
dias a contar da ciência/notificação desta, sem qualquer custo
para o Autor, devendo os efeitos da tutela perquirida serem
ratificados ao final em sentença de mérito;
c. Que se julgue procedente a presente ação, condenando a
REQUERIDA ao pagamento de verba indenizatória a ser
estipulada por este douto magistrado valor não inferior
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R$30.000,00, referente aos DANOS MORAIS suportados pelo
Autor e ainda em curso:
d. Seja condenada a Requerida ao pagamento das custas
processuais, honorários periciais, sendo esta a única
responsável pelo inadimplemento contratual. Bem como
aos honorários advocatícios conforme disposto conforme
dispõe o Art. 389 do CCB/2002;

e. Seja decretada a inexistência do débito, não sendo qualquer


responsabilidade atribuída ao Requente.
f. Dispensa audiência de conciliação, com base no disposto no, VII,
artigo 319 do CPC.

Dá-se à causa, o valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), para efeitos


meramente fiscais.

Nestes termos, pede deferimento.

ARACAJU, 25 DE AGOSTO DE 2017.

CARLOS FABIANO AND


ANDRADE DE JESUS

OAB 9573

VICENTE MATHEUS ANDRADE DE JESUS

OAB 10756

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