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Cultivo e produção

de hortas
Carga horária: 20 horas

Módulo 1
2020. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL DE GOIÁS -
SENAR GOIÁS
1ª EDIÇÃO – 2020

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS


A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui viola-
ção dos direitos autorais (Lei no 9.610)

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INFORMAÇÕES E CONTATO
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás - SENAR/AR-GO
Rua 87, nº 708, Ed. Faeg,1º Andar: Setor Sul, Goiânia/GO, CEP: 74.093-300
(62) 3412-2700 / 3412-2701
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CURSO CULTIVO E PRODUÇÃO DE HORTAS

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

PRESIDENTE DO CONSELHO ADMINISTRATIVO:


José Mário Schreiner

SUPERINTENDENTE DO SENAR GOIÁS:


Dirceu Borges

DIRETOR DO DEPARTAMENTO TÉCNICO DO SENAR GOIÁs:


Marcelo Lessa Medeiros Bezerra

GERENTE DE EDUCAÇÃO FORMAL DO SENAR GOIÁs:


Mara Lopes de Araújo Lima
Sumário
Apresentação.........................................................................................................4

Módulo 1 – Introdução à oleicultura................................................................7


Aula 1 – Cultivo de hortaliças no Brasil...............................................................8
Aula 2 – A importância econômica e social da oleicultura...............................10
Aula 3 – Classificação das hortaliças...................................................................16
Atividade de aprendizagem...................................................................................22
Bibliografia................................................................................................................24

Apresentação
3
Apresentação
Bem-vindo(a) ao curso Cultivo e produção de hortas!

Para nos mantermos saudáveis, precisamos contar com uma


boa alimentação e dispor de alimentos de qualidade, concorda?
Saiba que as hortaliças podem ser grandes aliadas para uma
dieta equilibrada.

Neste curso, você vai aprender a produzir hortaliças sem segredos, com práticas
adequadas no manejo de hortas e técnicas simples de modo sustentável. Pronto
para trilhar conosco nesse universo maravilhoso? Então, vamos começar!

Apresentação
4
O curso está organizado em três módulos. Confira a seguir o conteúdo do curso:

Módulo 1 - Aula 1: Cultivo de hortaliças no Brasil


Aula 2: Importância econômica e social
Introdução da olericultura
à Olericultura Aula 3: Classificação das hortaliças

Módulo 2 - Aula 1: Tipos de hortas (caseira urbana, caseira rural,


comunitária e escolar)
Planejamento Aula 2:Tipos de ferramentas e equipamentos
da horta Aula 3: Escolha do local

Módulo 3 - Aula 1: Correção do solo


Adubação convencional Aula 2: Adubação convencional (plantio e reposição)
e orgânica Aula 3: Adubação orgânica

Módulo 4 - Aula 1: Espécies variadas


Propagação e Aula 2: Hortaliças frutos e tubérculos
plantio Aula 3: Propagação e plantio das hortaliças

Módulo 5 - Aula 1: Irrigação


Tratos culturais Aula 2: Controle de pragas e doenças
e colheita Aula 3: Colheita e pós colheita

Apresentação
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Atividades de aprendizagem
Neste curso, você vai aprender a produzir hortaliças sem segredos, com práticas
adequadas no manejo de hortas e técnicas simples de modo sustentável. Pronto
para trilhar conosco nesse universo maravilhoso? Então, vamos começar!

Ao final de cada módulo, você encontrará


atividades de aprendizagem que deverão ser
respondidas dentro do AVA. Elas têm o objetivo
de verificar se houve um bom aproveitamento
em relação ao conteúdo.

! As respostas das atividades de aprendizagem


são pré-requisitos essenciais para que seja
possível avançar para o próximo módulo. Você
terá duas tentativas, então leia o texto com
atenção.
Note que você poderá realizar seus estudos
por meio desta apostila, no entanto, ao final do
módulo, deverá acessar o AVA para realizar as
atividades e avançar para o módulo seguinte a
fim de conseguir concluir o curso.

Pesquisa de satisfação

Ao final do curso gostaríamos muito de sua participação na nossa pesquisa de satis-


fação, assim, conseguimos melhorar cada vez mais a nossa relação com você.

Não deixe de respondê-la, pois isso é muito importante para nós.

Avance no curso e se prepare para as transformações!

Apresentação
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Módulo 1
t ro d u ç ã oà
In
r i c u lt u r a
ol e

Neste primeiro módulo, você vai ver a definição de olericultura e conhecer o cenário
deste cultivo no Brasil, bem como sua importância econômica e social. Você verá,
ainda, a classificação das hortaliças e algumas condições que devem ser analisadas
para o seu plantio.

Não se esqueça de que ao final de cada módulo você testará seus conhecimentos
com um rápido questionário que preparamos para você!

Avance para as próximas aulas e absorva o conteúdo. Bom estudo!

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Aula 1
Cultivo de hortaliças no Brasil
Você sabia que a arte de cultivar hortaliças é denominada de olericultura e que no
Brasil essa prática vem crescendo, já que há um aumento da demanda por alimen-
tos mais saudáveis?

Quer entender um pouco mais sobre esse


assunto? Vá até a plataforma AVA e assista
ao vídeo 1, que destaca características da
olericultura brasileira. Confira!

Muito interessantes os dados sobre o cultivo de hortaliças no Brasil, concorda? Sem


contar a possibilidade de produção até mesmo dentro de casa. E para finalizarmos
nossas considerações sobre a produção de hortaliças no Brasil, que tal refletirmos
um pouco sobre Segurança Alimentar? Acompanhe!

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A segurança alimentar e
nutricional se refere a um conjunto
de ações participativas para que
todos tenham acesso a alimentos
de qualidade. Isso significa
que as pessoas que conseguem
produzir suas próprias hortaliças
em áreas urbanas e periurbanas
podem satisfazer as necessidades
alimentares diárias, a fim de levar
uma vida ativa e saudável.

Os benefícios de se cultivar o próprio


alimento vão além da produção
Atenção sustentável, podendo ser destacada a
redução dos custos, principalmente para
as famílias de baixa renda que gastam
até 80% de seus ganhos com alimentos.

Conclusão
Nesta aula, você aprendeu que o cultivo de hortali-
ças, também conhecidas como verduras e legumes,
é denominado olericultura. Viu, ainda, que algu-
mas regiões brasileiras expandiram sua produção
e que a prática tem ganhado espaço dentro de
casa e até mesmo em apartamentos.

Pronto para saber mais sobre as hortaliças e sua im-


portância econômica e social? Continue sua leitura.

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Aula 2
Importância econômica e
social da olericultura
Você já parou para pensar quais são os benefícios econômicos da olericultura?

A produção de olerícolas, ou hortaliças, inclui:

As folhosas Raízes Tubérculos Frutos Bulbos


(alface e rúcula) (cenoura) (batata) (tomate) (alho e cebola)

Todas essas culturas possuem sistemas de produção que dependem do uso direto
da terra e de mão de obra.

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A olericultura é uma atividade que pode ser produzida o ano todo, independente-
mente das condições climáticas. Veja a seguir outros pontos positivos relacionados
à olericultura. Conheça cada um deles na sequência.

É uma das atividades que mais geram


empregos: são em torno de 3 a 6
empregos diretos e indiretos, que vão
desde a semeadura e colheita até
a comercialização, ao contrário das
monoculturas, que geram empregos
apenas em certos períodos do ano.

A produção de hortaliças também pode


ser realizada de forma comunitária e/
ou coletiva, através das hortas urbanas,
que em sua maioria têm como objetivo
principal o desenvolvimento de inclusão e
bem-estar social.

O olericultor pode ter uma fonte de


renda em curto prazo, pois a maioria das
hortaliças possuem ciclo curto, como, por
exemplo, a alface, que possui um ciclo
de 55 dias, e o rabanete, que possui um
ciclo de 35 dias.

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Vale ressaltar que a produção de
hortaliças é uma atividade de alto

Atenção
risco econômico devido aos problemas
de ataque de pragas, doenças
(detalhes que veremos mais adiante)
perdas após a colheita e instabilidade
dos preços.

Na sequência, conheça a importância alimentar das olerícolas, bem como suas pro-
priedades nutricionais. Prossiga sua leitura!

Importância alimentar das olerícolas

Você já se perguntou: por que deve-


mos consumir hortaliças? Pois saiba
que a importância das hortaliças na
alimentação e nutrição humana é um
assunto muito amplo, já que está liga-
do à saúde, e que muitas delas são consi-
deradas preventivos para determinadas
doenças ou fornecem uma rica fonte de
vitaminas e minerais.

Você certamente já deve ter percebido que


muitos distúrbios alimentares, como pro-
blemas renais, obesidade, pressão arterial
entre outros, são decorrentes do consumo
de alimentos pobres em nutrientes, não é ver-
dade? Isso ocorre quando substituímos comidas saudáveis por alimentos industria-
lizados, ricos em gorduras e sais de baixa qualidade nutricional.

Esses problemas, que atingem tanto crianças e adultos, podem ser diminuídos com
a introdução de hortaliças no cardápio diário, a fim de obter uma alimentação ade-
quada e balanceada. Isso porque:
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São fonte de vitaminas
e sais minerais
As hortaliças são ricas em vitami-
nas e sais minerais, de acordo com
a espécie. Podemos destacar as vi-
taminas A, C, B1, B5, e os minerais
cálcio, ferro, enxofre, entre outros.

Seu consumo é
recomendado pela OMS
A OMS (Organização Mundial da Saú-
de) tem incentivado, através de diver-
sas campanhas, o consumo de hor-
taliças para uma dieta saudável para
toda a família, visto que o consumo de
hortaliças pelos brasileiros ainda está
abaixo do mínimo recomendado.

A principal recomendação da OMS é o consumo pre-


ferencialmente de alimentos crus, para que haja o
melhor aproveitamento possível das suas vitaminas
e dos seus minerais.

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Vamos conhecer as propriedades nutricionais de algumas espécies de hortaliças?
Acompanhe as informações da tabela a seguir.

Abóbora: A abóbora tem grande quantidade de vitaminas A,


C, B1, B2, B5, além dos minerais cálcio, fósforo e ferro. É um
alimento de fácil digestão, que dá especial proteção ao fígado.

Alface: Contém quantidades razoáveis de vitaminas A e C, além


dos minerais cálcio, ferro e fósforo. Essa verdura possui princí-
pios calmantes, sendo, portanto, indicada para o combate à in-
sônia, bem como para aliviar sintomas como tensão e agitação.

Alho: Você sabia que a melhor forma de aproveitar ao máximo


as propriedades nutritivas do alho é comê-lo cru? Ele contém
vitaminas A, B e C e auxilia na redução da pressão alta e pre-
venção de tumores malignos.

Batata: A batata é rica em potássio e contém vitaminas B e C.

Beterraba: Possui em sua composição vitaminas A, B e C e é


fonte de nutrientes como cálcio, fósforo, ferro, sódio, potássio.
Lembrando que ela deve ser consumida preferencialmente crua.

Cebola: Famosa por criar aquele tempero especial, a cebola é a que-


ridinha na preparação de vários pratos. Pois saiba que esse alimento
é uma ótima fonte de vitamina A e B e rico em vitamina C, além de
ser muito importante no funcionamento do aparelho digestivo.

Cenoura: Você sabia que o consumo de cenoura crua fortalece a


saúde dos dentes e da boca? Isso porque esse vegetal é rico em flúor,
cálcio, magnésio, ferro, potássio, caroteno e vitaminas B, C, D e K. É
estimulante do sistema nervoso e da visão, revigora as células do cé-
rebro, combate o cansaço mental e facilita o trabalho digestivo.

Tomate: Pode ser utilizado cru ou cozido. É muito rico em vita-


mina C, B, K, contendo, ainda, cálcio e potássio.

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Conclusão
Nesta aula, você viu que a olericultura é uma das atividades que mais geram em-
pregos em toda a sua cadeia de produção, sendo um importante instrumento
econômico e social. Viu, ainda, a importância da inclusão das hortaliças na alimen-
tação, conhecendo, inclusive, as propriedades nutricionais de algumas delas.

Em caso de dúvidas, revise o conteúdo ou entre em contato com o seu tutor!


Para conhecer a classificação das hortaliças, prossiga com a sua leitura.

Módulo 1
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Aula 3
Classificação das hortaliças
Até agora, você já aprendeu o que é olericultura, além de entender a importância
de se consumir hortaliças. Agora, vamos conhecer os tipos de hortaliças. Vamos
começar?

A classificação das plantas tem como função agrupar as espécies identificando e


catalogando as informações geradas, com o intuito de entender as diferenças e as
semelhanças entre elas, descobrindo, ainda, a melhor forma de manejá-las.

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As hortaliças são classificadas em: herbáceas, tuberosas e de
fruto. Acompanhe, a seguir, mais informações sobre cada grupo.

Hortaliças herbáceas
São aquelas hortaliças cujas partes comestíveis estão
acima do solo, sendo tenras e suculentas, como por
exemplo:
• Folhas: alface, espinafre, repolho, rúcula, couve,
rúcula, salsa.
• Talos e hastes: aspargo, agrião, alho-poró.
• Flores e inflorescências: couve-flor, brócolis.

Hortaliças tuberosas
SHortaliças, cuja parte explorada normalmente se
desenvolve dentro do solo, são ricas em carboidratos:
• Tubérculo: batata, cará.
• Rizoma: açafrão, araruta, gengibre, inhame.
• Bulbo: cebola e alho.
• Raiz tuberosa: batata-doce, beterraba, cenoura,
mandioquinha-salsa (ou batata baroa), nabo, rabanete.

Hortaliças frutos e legumes


Aquelas cujos frutos podem ser utilizados verdes ou
maduros, como por exemplo: melancia, pimentão,
quiabo, tomate, ervilha, pepino, pimentas, ervilhas.

Ainda podemos classificar as hortaliças como condimentos, em que as partes


comestíveis servem para melhorar o sabor e o aroma dos alimentos, como: salsa,
coentro, cebolinhas, pimentas e pimentão.

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Fatores que influenciam no
desenvolvimento das plantas

Assim como os seres humanos, as plantas precisam de


condições ideais do ambiente para sua sobrevivência,
como clima, temperatura, luz e água. Esses fatores
interferem no desenvolvimento e crescimentos das
hortaliças. Acompanhe a seguir, mais detalhes sobre
cada um desses elementos.

Temperatura

A temperatura exerce profundo efeito


sobre todos os organismos vivos,
favorecendo ou limitando o crescimento
deles.

Saiba Você sabia que baixas temperaturas retardam


o crescimento, a frutificação e a maturação?
mais Em contrapartida, temperaturas mais altas são
adequadas na época do florescimento e da maturação.

Módulo 1
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Cada hortaliça possui suas exigências climáticas, porém, de modo geral, as folho-
sas e raízes se desenvolvem melhor em temperaturas que variam entre 15 e 23 °C,
enquanto que as hortaliças frutos produzem mais entre 18 e 25 °C (algumas horta-
liças desse tipo sobrevivem em temperaturas na faixa de 30 a 35 °C, mas a frutifi-
cação é bastante prejudicada).

Vários centros de pesquisa desen- Entre 15º Entre 18º


volveram variedades denominadas
e 23º e 25º
“de verão”, que são hortaliças de
clima frio, adaptadas para serem Folhosas Frutos
cultivadas em climas quentes, e raízes
como é o caso da alface, cenoura,
repolho, couve-flor, entre outras.

Luz

A luz é essencial para a vida das plantas,


uma vez que a luz solar é fator-chave
para a realização da fotossíntese. No caso
das hortaliças, são necessárias de 4 a 6
horas por dia de luz solar para que esse
processo ocorra.

Você sabia que fotossíntese é o processo pelo qual


Saiba as plantas produzem a energia necessária para sua

mais sobrevivência? Esse processo é realizado graças à


energia solar, que é capturada e transformada em
energia química.

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Água

Todos os seres vivos necessitam


de água para sua sobrevivência e
desenvolvimento. A água fornecida para
as hortaliças necessita ser limpa e livre de
contaminações.

Cultivando
A falta d’agua é um dos principais fatores responsáveis
pela queda de produtividade de hortaliças. Por
isso, a disponibilidade de água em quantidade e
qualidade deve ser um dos primeiros aspectos a serem
observados quando se pretende implantar um cultivo
de hortaliças. Você sabia que a água compõe de 80 a
95% do peso da massa fresca das hortaliças? Por isso,
ela é tão importante em todas as fases ou estágios de
desenvolvimento das olerícolas.

Veja a seguir como as condições climáticas podem determinar o sucesso ou o fra-


casso da sua horta.

Sucesso
É preciso estabelecer um ambiente de culti-
vo com equilíbrio entre o clima, a tempera-
tura, a luz solar e disponibilidade de água,
para, assim, permitir o crescimento e de-
senvolvimento das plantas.

Módulo 1
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Fracasso
Condições climáticas não apropriadas po-
dem levar ao fracasso da exploração, já que
é preciso se atentar a uma diversidade de
fatores que influenciam no cultivo de frutas,
verduras e legumes.

No próximo módulo, você entenderá que para obter sucesso no cultivo de oleríco-
las, é preciso contar com um certo planejamento. Além disso, perceberá que para
plantar uma horta é preciso seguir alguns passos.

Conclusão
Nesta aula, você estudou a classificação das hortaliças e
aprendeu que existem certos fatores que influenciam no
sucesso de uma plantação.

Que tal colocar em prática o que viu nesta aula?


Verifique qual é o clima de sua região e co-
mece a pensar: com base no conteúdo
visto, quais seriam as hortaliças mais
indicadas para o plantio em sua casa,
por exemplo.

Em caso de dúvidas, revise o conteúdo ou


entre em contato com o seu tutor!

Antes de encerrar este módulo, responda a algumas questões. Elas servem para
que você avalie o quanto já aprendeu até agora. Vamos lá?

Módulo 1
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Atividades de aprendizagem
Iniciaremos agora as atividades de aprendizagem deste módulo. Leia atentamente as
perguntas antes de respondê-las, caso precise volte no texto e reveja o conteúdo.

Para saber se suas respostas estão


certas, acesse o AVA e as envie
obrigatoriamente por lá, assim você

Atenção terá os feedbacks e os gabaritos


correspondentes a essas questões.
Você terá duas tentativas, sendo que o
próximo módulo só será liberado após a
conclusão desta atividade dentro do AVA.

o 1
Questã
De acordo com o conteúdo estudado na aula Introdução à Olericultura, associe as
atividades com sua correta descrição.

1 - Características das hortaliças


2 - Sistemas de produção orgânica
3 - Segurança alimentar

( ) Hortaliças saudáveis, livres de produtos químicos, naturais, com sabor, frescas


e que previnem o aparecimento de doenças.
( ) As hortaliças são cultivadas em pequenos espaços, possuem ciclo de produção
curto, são consumidas in natura e dispensam a industrialização.
( ) Alimentar-se de forma segura e saudável, produzindo o próprio alimento para
satisfazer as necessidades cotidianas das famílias.

a. ( ) 1, 2, 3
b. ( ) 3, 1, 2
c. ( ) 3, 2, 1
d. ( ) 2, 1, 3

Módulo 1
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o2
Questã
De acordo com o conteúdo estudado na aula sobre importância econômica e social
da olericultura, analise as seguintes afirmações e marque a alternativa correta.
a. ( ) A produção de olerícolas ou hortaliças possui sistemas de produção com-
plexos e pode ser cultivada apenas em determinadas épocas devido às condições
climáticas, dificultando, assim, a geração de renda para os agricultores.
b. ( ) A OMS (Organização Mundial da Saúde) estimula o consumo das hortaliças,
pois são ricas em vitaminas, minerais e outros nutrientes benéficos à saúde. Para
melhor aproveitar seus nutrientes, deve ser dada a preferência para o consumo in
natura.
c. ( ) As hortaliças devem ser produzidas em grandes áreas, pois grandes partes
possuem ciclo biológico longo, com média de produção acima dos 100 dias, dificul-
tando, assim, sua produção pelos pequenos agricultores.
d. ( ) Hortaliças como abóbora, alface, beterraba, cenoura e cebola devem ser evi-
tadas ou consumidas com moderação, pois apresentam baixos teores de vitaminas
A, B, C, D e são pobres em minerais como cálcio, fósforo e ferro.

o 3
Questã
Com base no conteúdo da aula sobre classificação das hortaliças, relacione a se-
gunda coluna de acordo com a primeira.
1 - Hortaliças herbáceas;
2 - Hortaliças tuberosas;
3 - Hortaliças de fruto.
( ) Essas hortaliças correspondem aos frutos verdes ou maduros: melancia, pi-
mentão, quiabo, tomate, ervilha, pepino, pimentas, ervilhas.
( ) São aquelas hortaliças cujas partes comestíveis são folhas, talos, hastes e flo-
res e estão acima do solo e possuem a característica de serem tenras e suculentas.
( ) São hortaliças ricas em carboidratos e se devolvem em forma de tubérculo,
rizoma, bulbo e raízes tuberosas, como: açafrão, cebola, cenoura e cará.
Assinale a alternativa com a sequência correta.
a. ( ) 3, 2, 1
b. ( ) 2, 1, 3
c. ( ) 2, 3, 1
d. ( ) 3, 1, 2

Módulo 1
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Bibliografia
Referências
bibliográficas
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pa Amapá. Macapá, 2011. Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digi-
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CANALI, B. et al. Protótipos de irrigação para horta vertical reutilizando gar-
rafas PET. CRICTE, Ijuí, 2017. Resumos expandidos publicados em anais de
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FILGUEIRA, F. A. R. Manual de Olericultura: agrotecnologia moderna na pro-
dução e comercialização de hortaliças. 3. ed. Viçosa: UFV, 2008. 421 p.
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2018. (Cartilha). Disponível em: https://fundacaoverde.org.br/wp-content/uplo-
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INSTITUTO PÓLIS. Hortas urbanas: moradia urbana com tecnologia social.
Disponível em: http://polis.org.br/wp-content/uploads/Hortas-Urbanas-FINAL-
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LANA, M. M.; TAVARES, S. A. (Org.). 50 Hortaliças: como comprar, conservar e
consumir. 2. ed. rev. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2010.
MAKISHIMA, N. et al. Embrapa Meio Ambiente. Projeto horta solidária: cultivo
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down_site/horta/cartilha_horta_final2010.pdf. Acesso em: 3 ago. 2020.

Módulo 1
24
MAKISHIMA, N. O cultivo de hortaliças. Coleção Plantar. Brasília: Embrapa,
1993.
PEREIRA, I. S.; PEREIRA, M. T. Olericultura. Brasília: NT, 2016. 160 p.
PUIATTTI, M. A arte de cultivar hortaliças. Viçosa: UFV/CEAD, 2019. Dis-
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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Olericultura. Revista Casa da Agri-
cultura, São Paulo, ano 18, n. 2, abr./mai./jun. 2015. Disponível em: http://
www.cdrs.sp.gov.br/revistacasadaagricultura/22/RevistaCA_Olericultura_
Ano18_n2.pdf. Acesso em: 2 ago. 2020.
SENAR. Hortaliças: Cultivo de hortaliças raízes, tubérculos, rizomas e bulbos.
Coleção SENAR, [s.l.], v. 145, p. 1-154, 2012.
SENAR. Produção orgânica de hortaliças folhosas. Coleção SENAR, [s.l.], v.
118, p. 1-88, 2005.
TOPSEED. Guia para o produtor de hortaliças: catálogo informativo Topseed
Sementes. Rio de Janeiro: [s.n.], 1993. 34 p.

Módulo 1
25
Cultivo e produção
de hortas
Carga horária: 20 horas

Módulo 2
2020. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL DE GOIÁS -
SENAR GOIÁS
1ª EDIÇÃO – 2020

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS


A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui viola-
ção dos direitos autorais (Lei no 9.610)

FOTOS
Banco de imagens do Senar
GettyImages
Shutterstock

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Rua 87, nº 708, Ed. Faeg,1º Andar: Setor Sul, Goiânia/GO, CEP: 74.093-300
(62) 3412-2700 / 3412-2701
E-mail: senar@senargo.org.br
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CURSO CULTIVO E PRODUÇÃO DE HORTAS

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

PRESIDENTE DO CONSELHO ADMINISTRATIVO:


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Marcelo Lessa Medeiros Bezerra

GERENTE DE EDUCAÇÃO FORMAL DO SENAR GOIÁs:


Mara Lopes de Araújo Lima
Sumário
Módulo 2 – Planejamento de horta .................................................................24
Aula 1 – Tipos de horta .........................................................................................25
Aula 2 – Tipos de ferramentas e equipamentos................................................32
Aula 3 – Escolha do local........................................................................................37
Atividade de aprendizagem...................................................................................40
Bibliografia................................................................................................................42
Módulo 2
n e j a m e nto
Pla
da horta

Na aula anterior, você conheceu os principais fatores que podem influenciar no


sucesso de uma plantação. Neste módulo, você vai aprender a planejar uma horta,
e perceberá que, seja ela pequena ou grande, é necessário se atentar para diversos
fatores como:

• o tipo de horta desejada;


• quais ferramentas e equipamentos
utilizar no cultivo das hortaliças;
• local disponível para instalação.

Neste módulo, vamos abordar todos esses


assuntos. Então, vamos começar?

Módulo 2
24
Aula 1
Tipos de hortas
O cultivo de hortaliças pode ocorrer em diversos locais, como áreas urbanas ou ru-
rais que podem ser classificadas em: caseiras urbanas, caseiras rurais, comunitária
e escolar.

Cada tipo de horta demanda um planejamento específico, uma vez que os locais de
instalação são diferentes – isso porque você pode contar com uma área grande ou
pequena para o plantio, por exemplo. Lembrando que os tipos de hortas vão in-
fluenciar diretamente nas espécies de hortaliças a serem cultivadas.

Hortas caseiras urbanas


De acordo com o Google Trends, ferramenta que analisa o comportamento de pes-
quisas no site de buscas, em junho de 2020 houve um aumento de procura por in-
formações sobre jardinagem e hortas urbanas.

Módulo 2
25
A Revista Globo Rural ( junho de 2020) comenta que
esse é o reflexo de uma sociedade urbana que, na
falta de passeios ao ar livre e em confinamento social
por conta de uma pandemia, está buscando levar a
prática da jardinagem e da horta urbana para dentro
de casa.

Você sabia que mesmo nas cidades, com o calor do


asfalto, é possível plantar alimentos em pequenos
espaços e sem gastar muito?

Quer saber mais sobre esse tipo de horta? Acompanhe!

Horta em casa
Esse tipo de horta muda a nossa
visão de que hortas só dão certo
no campo, em propriedades ru-
rais, uma vez que se pode plan-
tar dentro de casa e até mesmo
em apartamentos.

Diferentes formatos
Elas podem ser feitas nos quintais
em jardins horizontais e plantadas
em canteiros de diferentes forma-
tos. Sendo possível, ainda, fazer
canteiros retangulares no solo,
assim como em canteiros redondos,
ou formatos espirais.

Módulo 2
26
Os tamanhos das hortas horizontais variam de acordo com os espaços disponíveis.
Há, também, a possibilidade de se construir a horta caseira verticalmente, de acor-
do com sua criatividade e disponibilidade, utilizando, por exemplo:

Pneus

Vasos

3 Canos

Caixotes de
2
madeiras
4 Garrafas
Pet
1
5

Na prática, qualquer casa ou apartamento que tenha algum cômodo recebendo luz
solar suficiente pode construir uma horta.

No caso das hortas verticais, as


hortaliças crescem verticalmente
e são penduradas em suportes
longe do chão, como paredes
e muros. A finalidade é que
qualquer pessoa pode ter sua
horta particular em casa, e que,
além de produzir seus próprios
alimentos, seja possível tornar o
ambiente mais alegre e bonito.

Módulo 2
27
As hortas verticais são indicadas, exatamente, para locais com poucos espaços
disponíveis para uma plantação comum, seja em casas ou apartamentos. Dessa
forma, varandas, sacadas e pequenas áreas ganham mais verde e, com rusticidade,
podem formar hortas com elegância e charme.

Além da produção de alimentos, o cultivo traz inúmeros benefícios, uma vez que o
contato com as plantas produz a sensação de bem-estar e tranquilidade, permitin-
do um momento de relaxamento em meio à correria do dia a dia.

Aproveite esse momento para refletir e deixar


Fica a as adversidades de lado, num ambiente
personalizado e tranquilo. Invista um tempo
dica! para customizar seu espaço de acordo com as
suas preferências e personalidade.

Módulo 2
28
Hortas caseiras rurais
As hortas caseiras rurais precisam de planejamento para sua construção, já que con-
tam com um espaço maior para o cultivo. Veja algumas características:

Tamanho
Deve ter um tamanho suficiente para
fornecer alimentos para toda a família e
a opção de plantar uma diversidade de
hortaliças.

Canteiros
Frequentemente, são construídas em
canteiros com diferentes formatos e
tamanhos.

Hortas comunitárias

As hortas comunitárias têm o papel de


produzir alimentos através do trabalho
voluntário da comunidade, podendo ser
implementadas em áreas públicas dentro
da cidade ou em condomínios.

Módulo 2
29
Além da produção de alimentos para o consumo próprio, as hortas comunitárias
oferecem vários benefícios ambientais, sustentáveis e educacionais, bem como a
possibilidade de renda pela comercialização de seus produtos.

As hortas comunitárias podem ser


Para cultivadas por pessoas de diversas
comunidades, da vizinhança ou por
lembrar cooperativas de produção sustentável, que
se envolvem em todos os processos, desde
o plantio até a colheita. Vale ressaltar
! que projetos que visam à produção
de alimentos com a participação da
comunidade promovem a inclusão social e
a segurança alimentar.

Hortas escolares
Por fim, temos as hortas escolares, cujo objetivo é proporcionar ao aluno o conheci-
mento, fortalecendo valores e atitudes através de atividades desenvolvidas na horta.

A educação ambiental e alimentar é um dos focos


das hortas escolares, que buscam sensibilizar e mo-
tivar os alunos a consumirem alimentos saudáveis.

Módulo 2
30
Entre os benefícios alcançados com as hortas escolares, destacam-se:

Produção e
consumo de Atividades ligadas
Troca de
alimentos à culinária na
conhecimentos
naturais pelos escola
alunos

Mostrar na
prática as A influência Inserção de
consequências nas escolhas assuntos como
das ações alimentares das a economia
humanas sobre o crianças doméstica
meio ambiente

Agora que você já conhece todos os tipos de hortas e, consequentemente, já sabe


qual melhor se encaixa à sua realidade, avance para aprender quais os tipos de fer-
ramentas e equipamentos você necessitará para construir sua horta. Vamos lá?

Conclusão
Nesta aula, você aprendeu quais os tipos de hortas (ca-
seira urbana, caseira rural, comunitária e escolar), enten-
dendo que não importa o tamanho do espaço que você
possui, pois com planejamento e criatividade é possível
cultivar alimentos para o consumo próprio e garantir uma
alimentação saudável.

Qual dessas hortas mais tem a ver com o espaço


que você possui? Pense nisso e já comece a ima-
ginar um espaço todo especial para a prática do
cultivo de hortaliças, por exemplo.

Em caso de dúvidas, revise o conteúdo ou entre em contato com o seu tutor!

Para conhecer os tipos de ferramentas e equipamentos que você vai precisar para
a construção da sua horta, continue sua leitura.

Módulo 2
31
Aula 2
Tipos de ferramentas e
equipamentos
Você certamente já sabe onde pode construir sua horta, não é verdade? Mas se
está em dúvida sobre quais ferramentas e equipamentos vai precisar para o plan-
tio e a manutenção, saiba que as ferramentas são utilizadas de acordo com o tipo
de horta a ser implantada. Fique tranquilo, pois você vai perceber que pode utilizar
diversos materiais alternativos para montar a sua horta.

Como poderá observar, listamos alguns equipamentos necessários para a constru-


ção de hortas pequenas, além de dicas de instrumentos para hortas verticais, des-
tacando alguns materiais alternativos. Vamos começar?

Módulo 2
32
Para hortas pequenas
Para uma horta pequena, as ferramentas essenciais são:
Enxada: usada para Rastelo:
capinar, isto é, para cortar é usado
o mato que cresce entre as para juntar
plantas cultivadas, para resíduos Sacho: o sacho é
misturar adubos ao solo e espalhados e uma ferramenta
para acertar as bordas e a para acertar com duas lâminas.
superfície dos canteiros. a superfície Uma delas é
dos canteiros. uma espécie de
enxada pequena,
que serve para
capinar pequenos
espaços, e a outra
tem formato de V
e é utilizada para
afofar a terra e
fazer pequenos
sulcos.
Enxadão: serve para
cavar e revolver a
terra. É usado para Colher de
abrir sulcos e valas transplante:
e para incorporar é utilizada
(misturar ao solo) para retirar
adubos, matéria as mudas das
orgânica e calcário. sementeiras ou
viveiros com um
Regador: o regador é o equipamento usado bloco de terra
para regar a horta. Deve ter os jatos finos junto às raízes,
para não machucar as folhas e hastes para serem
delicadas das plantas jovens nem escavar transplantadas.
o solo, desenterrando sementes e raízes.

Pulverizador: os pulverizadores manuais de 5 litros


servem para aplicar adubos foliares (usados nas
folhas das plantas) e defensivos agrícolas.

Mão na Outras ferramentas que podem ajudar no


cultivo e na manutenção de sua horta são:
terra • A pá de corte, que serve para abrir covas e
valas mais profundas e para revolver a terra.
• A tesoura de poda, muito útil para cortar
ramos, folhas e brotações que devem ser
retirados das plantas.
• Bandejas de isopor, que são utilizadas para
sementeiras.
• Saquinhos para plantio de mudas.

Módulo 2
33
Para hortas verticais
Agora, se você deseja montar uma horta vertical, o
mais indicado é a aquisição de kits compostos
por ferramentas manuais que auxiliam
o cuidado com as hortaliças,
como: pazinha pequena, pazi-
nha larga, pazinha estreita, sacho
com três pontas e sacho coração.Vá-
rios centros de pesquisa desenvolveram
variedades denominadas “de verão”, que
são hortaliças de clima frio, adaptadas
para serem cultivadas em climas quentes,
como é o caso da alface, cenoura, repolho,
couve-flor, entre outras.

Outras ferramentas muito utilizadas em hortas verticais são:

Pulverizadores e borrifadores manuais


usados para aplicação de adubos foliares
nas folhas das plantas.

Faca de colheita, para facilitar a colheita


das hortaliças, e luvas de jardinagem,
para proteger as mãos.

Defensivos agrícolas e baldes ou cestos


para serem utilizados na colheita das
hortaliças.

Arame galvanizado para amarrar as


estruturas verticais e os canos PVC, que
servem como estruturas para o plantio
das hortaliças.

Módulo 2
34
Materiais alternativos
Existe, ainda, uma infinidade de materiais alternativos que podemos reutilizar para
trabalhar com as hortas.

Veja, na sequência, uma lista de alguns materiais que podem ser utilizados de ma-
neira alternativa em sua horta.

1 2 3
Canos PVC Garrafas PET Pneus

4 5 6
Caixas de Caixas de leite e Latas de diversos
madeira recipientes plásticos tamanhos

7 8 9
Cartelas de ovos Copos descartáveis Copos fabricados
para a confecção para produção de de jornal para
de sementeiras mudas mudas

Esses materiais alternativos podem ser utilizados de diversas


maneiras como forma de irrigação, vasos, separação de
canteiros, organização, entre outros.
Não há limites para a imaginação, portanto, use e abuse de
itens reciclados ou alternativos.

Módulo 2
35
Conclusão
Nesta aula, você conheceu os equipamentos e as ferramentas que são utilizadas
para criação e manutenção de hortas pequenas e verticais.

Coloque em prática o que você viu nesta aula, faça uma lista das ferramentas e ma-
teriais alternativos como garrafas PET, copos e latas que você já tem em casa. Em
seguida, veja o que ainda precisa. Mãos à obra!

Em caso de dúvidas, revise o conteúdo ou entre em contato com o seu tutor!


Na próxima aula, veja dicas relacionadas à escolha do melhor local para sua horta.

Módulo 2
36
Aula 3
Escolha do local
Você viu na aula anterior que para escolher as ferramentas mais adequadas, é pre-
ciso verificar o tamanho e o tipo da horta. Da mesma maneira, quando se pensa no
local de implantação da horta, analise quanto espaço você tem disponível.

E não se esqueça de que as hortaliças devem receber a luz


direta do sol por um período de 4 a 6 horas diárias.

Módulo 2
37
Confira agora outros pontos que deve considerar na escolha do local ideal para
instalação de sua horta.

Investigue o local
A área escolhida deve ser livre de
pragas, doenças e ervas de difícil
controle. É muito importante saber
o histórico do local e quais ativida-
des já foram desenvolvidas ali. Já
imaginou construir sua horta numa
área anteriormente ocupada com um
depósito de lixo?

Mantenha distância
As hortas devem ficar distantes de
fossas, esgotos, privadas, lixeiras e
abrigos de animais. Além disso, o lo-
cal escolhido não pode estar sujeito
a encharcamento ou alagamentos.

Agora que você viu como escolher o local ideal


para suas hortaliças, que tal entender como é
feito o planejamento de uma horta vertical? Vá
até a plataforma e assista ao vídeo 2. Dê play
e aproveite!

Espero que tenha gostado do vídeo. Quanta informação bacana, não é mesmo? Ago-
ra, você é convidado a planejar sua horta, seguindo o checklist a seguir. Vamos lá?

Qual o local que tenho disponível?


Neste local é possível implantar uma horta horizontal ou vertical?
Qual o tipo de hortaliças posso cultivar neste local?
Quais as ferramentas adequadas para o tipo de horta que pretendo criar?

Após realizar esse simples planejamento, te convido para o próximo módulo, onde
vamos conhecer os procedimentos de adubação nas hortaliças. Te espero lá!

Módulo 2
38
Conclusão
Parabéns, você concluiu a última aula desse módulo em que você
conheceu os tipos de hortas, bem como os equipamentos e ferra-
mentas mais adequados e necessários para a imple-
mentação do local de cultivo das suas hortaliças.

Viu, ainda, como planejar uma horta vertical,


realizando, inclusive, um checklist para ajudar no
planejamento da sua horta.

Em caso de dúvidas, revise o conteúdo ou entre em con-


tato com o seu tutor!

Antes de terminar este módulo, responda às questões a


seguir e veja o quanto já aprendeu. Vamos lá?

Módulo 2
39
Atividades de aprendizagem
Iniciaremos agora as atividades de aprendizagem deste módulo. Leia atentamente as
perguntas antes de reponde-las, caso precise volte no texto e reveja o conteúdo.

Para saber se suas respostas estão


certas, acesse o AVA e as envie
obrigatoriamente por lá, assim você

Atenção terá os feedbacks e os gabaritos


correspondentes a essas questões.
Você terá duas tentativas, sendo que o
próximo módulo só será liberado após a
conclusão desta atividade dentro do AVA.

o 1
Questã
Com base nos estudos sobre os tipos de hortas, relacione a lista dos tipos de hor-
tas com as afirmações a seguir.
1. Hortas caseiras urbanas
2. Hortas comunitárias
3. Hortas escolares
4. Hortas caseiras rurais
( ) Essas hortas dispõem de mais espaços para sua construção, geralmente são
feitas em canteiros, podem ser plantadas várias espécies de hortaliças e são locali-
zadas nas zonas rurais.
( ) Essas hortas são implantadas em espaços públicos ou privados e com a partici-
pação da comunidade local em todas as etapas da sua execução.
( ) São hortas construídas em quintais ou apartamentos, plantadas em canteiros
no chão ou em recipientes com formatos verticais ou horizontais.
( ) São hortas construídas com a participação dos alunos e professores e que con-
tribuem na melhoria da alimentação escolar.
Assinale a ordem correta.
a. ( ) 4, 2, 1, 3
b. ( ) 3, 1, 2, 4
c. ( ) 3, 4, 1, 2
d. ( ) 1, 2, 3, 4

Módulo 2
40
o2
Questã
Com base no conteúdo sobre as ferramentas e os equipamentos para o plantio das
hortaliças, analise as seguintes alternativas e marque a opção correta.
a ( ) No manuseio das hortaliças é possível trabalhar com diversas ferramentas,
não importando as dimensões e o tipo de horta que se pretende instalar.
b ( ) Ao adquirir o regador, equipamento para a rega da horta, não é preciso se
preocupar com o tamanho do jato, já que esse fator não influencia na qualidade e
nem danifica o solo e as plantas.
c ( ) Os materiais e equipamentos alternativos como canos, garrafas PET, pneus,
caixas de leite, recipientes plásticos e outros podem ser reutilizados no processo de
construção das hortas.
d ( ) Para as hortas verticais é preciso adquirir todas as ferramentas disponíveis
no mercado, pois isso ajudará nos cuidados com as hortaliças.

o 3
Questã
Com base no conteúdo estudado na Aula 3 – Escolha do local –, analise as seguin-
tes afirmativas e marque a opção correta.

a ( ) Ao escolher o local da horta, devemos priorizar áreas livres de pragas e doen-


ças, distantes das lixeiras e dos abrigos de animais e que recebam luz direta do sol
por um período de 4 a 6 horas diárias.
b ( ) O local escolhido para implantar hortas independe dos históricos de ocu-
pações anteriores, pois elas podem ser construídas em áreas antes ocupadas por
fossas e depósitos de lixos.
c ( ) Hortas verticais necessitam dispor de locais com dimensões maiores, pois
ocupam mais espaços que as hortas horizontais.
d ( ) Para construir as hortas horizontais, não podemos utilizar materiais alterna-
tivos como vasos, pneus e caixas d’águas, pois estes são impróprios para esse tipo
de cultivo.

Módulo 2
41
Bibliografia
Referências
bibliográficas
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pa Amapá. Macapá, 2011. Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digi-
tal/bitstream/item/70683/1/7-Planejando-a-Instalacao-de-Hortas.pdf. Acesso
em: 2 ago. 2020. (Folheto).
CANALI, B. et al. Protótipos de irrigação para horta vertical reutilizando gar-
rafas PET. CRICTE, Ijuí, 2017. Resumos expandidos publicados em anais de
congressos). Disponível em: https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/
cricte/article/view/8944/7649. Acesso em: 2 ago. 2020.
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ. Olericultura. Curso Técnico em Agro-
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cacao/IT35_horta.pdf. Acesso em: 3 set. 2020.
FILGUEIRA, F. A. R. Manual de Olericultura: agrotecnologia moderna na pro-
dução e comercialização de hortaliças. 3. ed. Viçosa: UFV, 2008. 421 p.
FUNDAÇÃO HERBERT DANIEL. Transformando espaços urbanos em hortas.
2018. (Cartilha). Disponível em: https://fundacaoverde.org.br/wp-content/uplo-
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INSTITUTO PÓLIS. Hortas urbanas: moradia urbana com tecnologia social.
Disponível em: http://polis.org.br/wp-content/uploads/Hortas-Urbanas-FINAL-
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LANA, M. M.; TAVARES, S. A. (Org.). 50 Hortaliças: como comprar, conservar e
consumir. 2. ed. rev. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2010.
MAKISHIMA, N. et al. Embrapa Meio Ambiente. Projeto horta solidária: cultivo
de hortaliças. Jaguariúna, 2010. Disponível em: http://www.cnpma.embrapa.br/
down_site/horta/cartilha_horta_final2010.pdf. Acesso em: 3 ago. 2020.

Módulo 2
42
MAKISHIMA, N. O cultivo de hortaliças. Coleção Plantar. Brasília: Embrapa,
1993.
PEREIRA, I. S.; PEREIRA, M. T. Olericultura. Brasília: NT, 2016. 160 p.
PUIATTTI, M. A arte de cultivar hortaliças. Viçosa: UFV/CEAD, 2019. Dis-
ponível em: https://www2.cead.ufv.br/serieconhecimento/wp-content/uplo-
ads/2020/03/Olericultura-download.pdf. Acesso em: 3 ago. 2020.
REVISTA GLOBO RURAL. O que é compostagem e como fazê-la em casa.
Fev. 2018. Disponível em: https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Susten-
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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Olericultura. Revista Casa da Agri-
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www.cdrs.sp.gov.br/revistacasadaagricultura/22/RevistaCA_Olericultura_
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SENAR. Hortaliças: Cultivo de hortaliças raízes, tubérculos, rizomas e bulbos.
Coleção SENAR, [s.l.], v. 145, p. 1-154, 2012.
SENAR. Produção orgânica de hortaliças folhosas. Coleção SENAR, [s.l.], v.
118, p. 1-88, 2005.
TOPSEED. Guia para o produtor de hortaliças: catálogo informativo Topseed
Sementes. Rio de Janeiro: [s.n.], 1993. 34 p.

Módulo 2
43
Cultivo e produção
de hortas
Carga horária: 20 horas

Módulo 3
2020. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL DE GOIÁS -
SENAR GOIÁS
1ª EDIÇÃO – 2020

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS


A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui viola-
ção dos direitos autorais (Lei no 9.610)

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CURSO CULTIVO E PRODUÇÃO DE HORTAS

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

PRESIDENTE DO CONSELHO ADMINISTRATIVO:


José Mário Schreiner

SUPERINTENDENTE DO SENAR GOIÁS:


Dirceu Borges

DIRETOR DO DEPARTAMENTO TÉCNICO DO SENAR GOIÁs:


Marcelo Lessa Medeiros Bezerra

GERENTE DE EDUCAÇÃO FORMAL DO SENAR GOIÁs:


Mara Lopes de Araújo Lima
Sumário
Módulo 3 – Adubação convencional e orgânica..........................................42
Aula 1 – Correção do solo......................................................................................43
Aula 2 – Adubação convencional (plantio e reposição)....................................48
Aula 3 – Adubação orgânica..................................................................................54
Atividade de aprendizagem...................................................................................59
Bibliografia................................................................................................................61
Módulo 3
Adubação
v e n c i o n al
con
o r g â n i c a
e

Você chegou ao terceiro módulo do curso, que vai abor-


dar um assunto muito importante: a adubação. Seja
convencional ou orgânica, ela é muito importante, pois,
assim como os seres humanos precisam de minerais e
vitaminas, as plantas precisam de nutrientes e minerais
para o seu desenvolvimento.

Esses minerais podem ser encontrados


em diversos tipos de adubos, sejam eles
orgânicos ou sintéticos (encontrados
comercialmente).

Na aula a seguir trataremos sobre a correção do solo. Siga em frente!

Módulo 3
42
Aula 1
Correção do solo
Você sabia que quando se pensa em cultivar hortaliças, o primeiro passo é deter-
minar o que aquele solo tem a oferecer para as plantas? Para a correção do solo, é
preciso saber qual o tipo de cultivo.

Por exemplo, ao decidir cultivar hortaliças em hortas verticais, é mais viável adquirir
substratos prontos, encontrados comercialmente e que possuem em sua composi-
ção os nutrientes minerais necessários para a planta.

No caso de hortas horizontais, sejam rurais, escolares ou comunitárias, que pos-


suem maiores áreas para o plantio e utilizam o solo como principal fonte fornece-
dora de nutriente, é preciso conhecer os princípios e as necessidades em termos
químicos de solo.

Para isso, é necessário realizar a correção do solo


com o uso da calagem.
Você sabe o que significa calagem? Acompanhe.

Módulo 3
43
De acordo com Puiattti (2019), o termo calagem vem de cal,
em razão do uso, inicialmente, da cal como prática agrícola
Definição de para correção do solo. Portanto, o termo calagem significa a
Calagem operação de corrigir o solo com cal. Corrigir significa aplicar
corretivo como forma de suprimir a deficiência e/ou neutrali-
zar o excesso de algo.

No Brasil, devido à própria formação dos solos, eles têm


características ácidas, ou seja, possuem uma grande con-
centração dos íons H+ e Al+3. Embora seja uma acidez de
Solo ácido forma natural, ela não é ideal para o desenvolvimento das
plantas, isso porque faz com que as plantas diminuam a
absorção de nutrientes de suma importância para o cresci-
mento, tais como nitrogênio, fósforo e potássio.

Na atualidade, não se emprega mais a cal para correção do


solo, mas sim os calcários, substâncias que, quando adicio-
nadas ao solo, promovem a correção da acidez e a melhoria
Melhoria do PH do pH (potencial hidrogeniônico) e de outras propriedades
químicas desse solo, tornando-o mais apropriado para o
cultivo.

Ficou em dúvida sobre o termo pH? Fique tranquilo que já vamos explicar melhor.

O pH, ou potencial hidrogeniônico, é uma escala logarítmica que mede o grau de


acidez, neutralidade ou alcalinidade de uma determinada solução. A escala com-
preende valores de 0 a 14, sendo que
0 7 14
o 7 é considerado o valor neutro.

Substâncias com pH entre 0 e 7 são


considerados ácidos, em contra-
partida, pH com valores acima de 7
caracteriza uma substância básica ou
alcalina.

Ácido Neutro Alcalino

Módulo 3
44
Agora, conheça o pH de algumas substâncias:

Substância Potencial hidrogeniônico (pH)


Saliva humana Entre 6,5 e 7,5
Estômago Entre 1,5 e 2
Água do mar 8
Água natural 7
Sangue humano 7,4

No caso dos solos, para que as plantas e hortaliças


absorvam os nutrientes necessários, o pH ideal deve
estar em torno de 5,5 a 6,5.

Quimicamente falando, o calcário


é composto basicamente por
carbonato de cálcio (CaCO3), um
sal de baixíssima solubilidade,
mas que, na presença de gás
carbônico e água, participa
de reações que resultam na
neutralização da acidez do solo.

Módulo 3
45
A neutralização da acidez ocorrerá mais rapidamente quanto mais fino for o calcá-
rio e quanto melhor for a mistura com o solo, considerando a irrigação do solo caso
não chova, pois, a reação só ocorre com a presença da água.

Mão na O calcário deve ser aplicado


antecipadamente ao plantio (pelo menos
terra com 20 a 30 dias de antecedência), sendo
distribuído uniformemente e incorporado
na maior profundidade possível (de 20 a
30 cm).
Para saber a necessidade de calcário,
procure um laboratório especializado em
análises de solo.

Você sabia que é preciso verificar o teor de óxido de magnésio quando for comprar
o calcário? Conheça os três tipos de calcários existentes:

• Calcíticos: < 5% de MgO.


• Magnesianos: 5 a 12% de MgO.
• Dolomíticos: > 12% de MgO

Essa variação na concentração de magnésio possibilita tratar solos com diferentes


necessidades de correção.

As áreas do cerrado, dos estados de


Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Goiás e Tocantins, além do exces-
so de acidez, têm solos deficientes
em cálcio e magnésio. Nesse caso, é
recomendado aplicar calcários dolo-
míticos que possuem um maior teor
desses nutrientes.

Agora que você já entendeu a importância de corrigir o solo, que tal saber um pou-
co mais sobre a adubação convencional? Esse é o tema da nossa próxima aula. Não
perca!

Módulo 3
46
Conclusão
Nesta aula, você aprendeu que antes de iniciar o plantio de hortaliças é preciso
verificar o potencial hidrogeniônico do solo, fazendo as devidas correções para que
sua horta alcance o pH ideal e suas verduras e legumes absorvam os nutrientes
necessários.

Em caso de dúvidas, revise o conteúdo ou entre em contato com o seu tutor!

Acredito que agora tudo faz sentido para você em relação à correção do solo. En-
tão, vamos conhecer um pouco mais sobre adubação convencional? Prossiga com
sua leitura!

Módulo 3
47
Aula 2
Adubação convencional
(plantio e reposição)
Como vimos na aula anterior, no cultivo das hortaliças, os nutrientes devem ser
fornecidos em quantidades equilibradas para que as plantas possam absorver e ter
um excelente desenvolvimento.

Lembrarmos que as plantas necessitam, N


Nitrogênio
tanto dos elementos que fazem parte
de sua constituição, como o carbono, o S P
oxigênio e hidrogênio, como dos elemen- Enxofre Fósforo
tos absorvidos pelas plantas em maiores
quantidades e conhecidos como macro-
nutrientes. São eles:
Mg K
Magnésio Potássio

Ca
Cálcio

Módulo 3
48
As hortaliças também necessitam dos outros elementos tais
como manganês (Mn), zinco (Zn), cobre (Cu), ferro (Fe), molibdênio
(Mo), boro (B) e cloro (Cl), que denominamos de micronutrientes
por serem absorvidos em pequenas quantidades.

Entre os macronutrientes e micronutrientes


Para não há diferença de no grau de importância,
lembrar sendo os dois de sua importância para
as plantas, a diferença está apenas na
! quantidade a ser absorvida pela hortaliça.

Você sabia que cada elemento citado acima exerce uma função importante para as
plantas? Veja uma breve descrição destas funções através da tabela abaixo:

Nutriente Função na planta


Nitrogênio (N) Crescimento, floração e frutificação.
Fósforo (P) Produção de energia, na respiração.
Potássio (K) Formação das raízes, amadurecimento dos frutos.
Cálcio (Ca) Fortalecimento de todos os órgãos das plantas, principalmente raízes e folhas
Magnésio (Mg) Atua na formação da clorofila.
Enxofre (S) Atua no crescimento da planta
Zinco (Zn) Favorece o crescimento vegetal das plantas;
Ferro (Fe) Atua na fixação do nitrogênio e desenvolvimento do tronco e raízes;
Boro (B) Atua no desenvolvimento das folhas e dos brotos
Cobre (Cu) Importante na fotossíntese, respiração, redução e fixação de nitrogênio.
Manganês (Mn) Essencial à fotossíntese e síntese de clorofila.
Molibdênio (Mo) Atua na absorção do nitrogênio.
Cloro (Cl) Atua no metabolismo da água, fotossíntese e a transpiração das plantas.

Módulo 3
49
Absorção de nutrientes na planta
As plantas retiram do ar e da água o carbono, o oxigênio e hidrogênio, já os macros
e micronutrientes são retirados do solo, que nem sempre dispõe das quantidades
necessárias para as plantas, onde podem ser disponibilizados através das aduba-
ções com nutrientes minerais.

Água Carbono
Hidrogêmio
Ar Oxigênio

Macro e
micronutrientes

Na adubação convencional temos os adubos minerais que possuem grandes con-


centrações dos nutrientes necessários para as hortaliças e que podem ser facil-
mente encontrados comercialmente nas formas de pó ou granulados, com um só
nutriente ou composições com vários nutrientes em um só produto.

Vamos conhecer alguns adubos minerais de plantio e de reposição de nutrientes


para as plantas?
Sulfato de amônia e Superfosfatos simples
a ureia e superfosfatos triplo

Contêm nitrogênio Contêm fósforo (P)

Cloreto de potássio e As fórmulas de NPK


o sulfato de potássio
Dizem qual a porcentagem de
Contêm o potássio(K) cada um desses 3 elementos
presentes no adubo.

Módulo 3
50
Como visto, as fórmulas NPK
mostram a porcentagem de
nitrogênio, fósforo e potássio

Atenção presentes no adubo. Caso você


compre uma fórmula 4 – 14 – 8,
significa que seu adubo possui 4% de
Nitrogênio, 14% de Fósforo e 8% de
Potássio.

Sugestão de adubação para o


plantio de hortaliças
Segundo Maklshlma (1993), podemos aplicar, de maneira genérica, para pequenas
hortas as quantidades, mostradas abaixo, de adubos minerais por metro quadrado
(m2) de canteiro ou por covas de plantio, de acordo com cada cultura.

Opção 1
Aplicar de 150 a 200g por m2 de
superfosfato simples, além de 20 a
30 g/m2 de cloreto de potássio por
cova de plantio. No caso de espaços
maiores, aplicar de 200 a 300g/m2 do
superfosfato simples e de 20 a 50 g/
m2 de cloreto de potássio por cova.

Opção 2
Utilizar de 200 a 300g/m2 da fórmula
NPK (5-10-5) ou de 200 a 300g/m2
da fórmula NPK (4-14-8) por cova de
plantio.

Módulo 3
51
Cultivando
Quando for aplicar o adubo, obedeça sempre a
seguinte recomendação de aplicação: Aplicar o
adubo mineral de 5 a 7 dias antes do plantio nas
quantidades recomendadas.

Sugestão de adubação para o


plantio de hortaliças
Segundo Maklshlma (1993), podemos aplicar, de maneira genérica, para pequenas
hortas as quantidades, mostradas abaixo, de adubos minerais por metro quadrado
(m2) de canteiro ou por covas de plantio, de acordo com cada cultura.

As hortaliças também necessitam dos outros elementos tais


como manganês (Mn), zinco (Zn), cobre (Cu), ferro (Fe), molibdênio
(Mo), boro (B) e cloro (Cl), que denominamos de micronutrientes
por serem absorvidos em pequenas quantidades.

Mão na O adubo nitrogenado mais utilizado na

terra adubação em cobertura é o sulfato de


amônio ou ureia, com recomendação
genérica de aplicação de 20 a 30g/m2 a
cada 30 dias.
Existem também os adubos foliares que
são aplicados diretamente nas folhas das
plantas, diluídos em água.

Módulo 3
52
Percebe como é fundamental dar as condições físicas e químicas para que suas
hortaliças consigam retirar todos os elementos e nutrientes necessários? Logo, é
preciso preparar o solo para proporcionar as quantidades suficientes para um bom
desenvolvimento e produção dos alimentos de sua horta.

Você acabou de ver algumas recomendações de adubação convencional. Vamos


aprender como adubar o solo com adubos orgânicos? Continue sua leitura, pois
este é o assunto da nossa próxima aula.

Conclusão
Quanto conteúdo interessante você viu nesta aula, não é mesmo? Aprendeu que as
plantas necessitam tanto das substâncias vindas da água e do ar como dos macros
e micronutrientes.

Viu ainda, que o solo muitas vezes não oferece toda quantidade de nutrientes sufi-
cientes para o desenvolvimento das hortaliças e que por este motivo, você precisa-
rá utilizar adubos que supram esta necessidade.

Em caso de dúvidas, revise o conteúdo ou entre em contato com o seu tutor!

Continue sua leitura e bons estudos!

Módulo 3
53
Aula 3
Adubação orgânica
A última aula abordou a adubação convencional, com dicas de aplicação em hor-
taliças. Nesta aula, veremos o quanto os adubos orgânicos são importantes para o
cultivo de hortaliças, já que promovem melhoria nas condições do solo, mantendo a
humidade e aumentando a absorção dos nutrientes pelas plantas.

Você sabia que quanto mais adubos Compostos de


resíduos vegetais
orgânicos forem aplicados no solo,
menores serão os custos com adu- Esterco de bovinos
bos químicos e melhor qualidade nu- e de galinha
tricional das hortaliças? Os adubos
orgânicos mais utilizados são:
Húmus de
minhocas

Palhadas de
leguminosas

Módulo 3
54
Uma forma de se obterem adubos orgânicos é por
meio da compostagem. Já ouviu falar nesse termo
e sabe como é realizado esse processo? Acesse o
AVA, confira o vídeo 3 e aprenda, inclusive, como
ter uma composteira em casa. Dê play e aproveite!

Quanta dica bacana neste vídeo, não é verdade? Espero que você aproveite todas
essas informações e consiga produzir seus próprios adubos, de forma natural e
sustentável. Continue sua leitura para saber um pouco mais sobre a utilização do
esterco animal e húmus de minhoca.

Esterco animal e húmus de minhocas


O esterco animal é um dos adubos orgânicos mais utilizados, porém, antes da
aplicação, o material deve passar pelo processo de curtimento. Veja, na sequência,
mais detalhes sobre o curtimento do esterco animal.

O processo de curtimento do esterco é


bem simples: basta fazer pilhas do ester-
co amontoando e cobri-lo com palhas ou
folhas para protegê-lo do solo e da chuva.

O período de curtimento pode variar de 3


(três) meses a mais meses, podendo ser
reduzido se ele for revolvido pelo menos
uma vez na semana.

Para ambientes pequenos e com pouco


espaço, o curtimento pode ser feito em
recipientes como sacos e latas reutilizá-
veis.

O esterco estará pronto para uso quando


não apresentar elevação de temperatura,
ou seja, aquecimento em seu interior, e
estiver com coloração escura e uniforme.

Módulo 3
55
Já o húmus de minhoca é conhecido como um adubo rico em nutrientes como nitro-
gênio, fósforo e potássio, que são facilmente absorvidos pelas plantas, conferindo
qualidade às hortaliças, além de prevenir contra doenças.

Cultivando
Para o cultivo de horta é indicado uma quantidade
de 600 gramas a 1 (um) quilo de húmus para cada
metro quadrado de canteiro ou, ainda, 300 gramas de
húmus para espécies transplantadas para covas.

Adubação verde

A adubação verde é um tipo de


adubação natural que utiliza
plantas do grupo das leguminosas
com potencial de retirar dos solos
nutrientes, que são incorporados ao
solo utilizando os resíduos dessas
plantas como adubo.

Trata-se de uma técnica bastante vantajosa, pois reduz o uso de


fertilizantes nitrogenados fixados nos solos, trazendo redução de
custos e impacto ambiental.

Módulo 3
56
A adubação verde contribui para o aumento da matéria orgânica, diminuição da ero-
são, controle de pragas e aumento da retenção de água no solo, que fica disponível
para as plantas cultivadas. Veja quais espécies de leguminosas podem ser utilizadas.

1 Crotalárias

2 Feijão-de-porco

3 Feijão-caupi

4 Guandu

5 Amendoim forrageiro

6 Calopogônio

7 Galáxia

8 Cudzu tropical

Como fazer a adubação verde?


Para realizar a adubação verde, devemos plantar leguminosas e posteriormente
realizar o corte das plantas imaturas, no pleno florescimento, com ou sem a incor-
poração da fitomassa ao solo. O plantio pode ocorrer em consórcios ou em faixas
juntamente com as culturas, como por exemplo:

Abóbora com Milho com crotalária


1 guandu 4

Batata-doce com Milho com feijão-


2 crotalária 5
de-porco

Berinjela com Quiabo com


3 feijão-caupi 6 crotalária

Módulo 3
57
Para se obter os resultados desejados é
Para necessário que o corte e a incorporação
lembrar dos restos culturais das leguminosas sejam
manejados no momento certo, deixando os
! nutrientes disponíveis paras as plantas.

Você viu que existem algumas opções de adubos orgânicos, que você mesmo pode
produzir para melhorar a quantidade de nutrientes no solo da sua horta. Você está
encerrando mais um módulo, por isso, prepare-se, pois o próximo conteúdo que
estudaremos será sobre propagação e plantio. Ansioso? Siga em frente!

Conclusão
Parabéns, você acaba de finalizar a última aula do módulo, mas que tal um desafio
final para você ver quanta coisa aprendeu e o quanto a adubação é importante para
o sucesso de sua horta? Só não se esqueça de todas as dicas que foram vistas para
utilizar corretamente tanto o adubo convencional quanto o orgânico.

Responda as perguntas a seguir!

Módulo 3
58
Atividades de aprendizagem
Iniciaremos agora as atividades de aprendizagem deste módulo. Leia atentamente as
perguntas antes de reponde-las, caso precise volte no texto e reveja o conteúdo.

Para saber se suas respostas estão


certas, acesse o AVA e as envie
obrigatoriamente por lá, assim você

Atenção terá os feedbacks e os gabaritos


correspondentes a essas questões.
Você terá duas tentativas, sendo que o
próximo módulo só será liberado após a
conclusão desta atividade dentro do AVA.

o 1
Questã
Com base nos estudos sobre correção de solo, identifique nas afirmativas a seguir
quais são verdadeiras e quais são falsas, marcando a alternativa correta que apre-
senta as vantagens da correção do solo.

a. A calagem fornece cálcio e magnésio às plantas.


b. A calagem deve ser aplicada, no mínimo, 20 dias antes do plantio.
c. A calagem neutraliza o alumínio tóxico nas plantas.
d. A necessidade de calcário é calculada com a interpretação da análise de solo.

A sequência correta de afirmativas verdadeiras (V) e falsas (F) é:


a. ( ) V, F, V, V
b. ( ) V, V, V, V
c. ( ) F, F, F, V
d. ( ) V, V, F, V

Módulo 3
59
o2
Questã
Com base nos estudos sobre adubação convencional e orgânica, relacione a lista
de nutrientes a seguir com as afirmações:

1 Nitrogênio (N)
2 Fósforo (P)
3 Potássio (K)
4 Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg)

( ) Esse nutriente estimula a produção de energia e atua na respiração das plantas.


( ) Atua na formação das raízes e estimula o amadurecimento dos frutos.
( ) Exerce a função de estimular o crescimento, a floração e frutificação.
( ) Esses dois nutrientes atuam no fortalecimento de todos os órgãos da planta e
na formação da clorofila.
Assinale a ordem correta:
a. ( ) 4, 2, 1, 3
b. ( ) 2, 3, 1, 4
c. ( ) 3, 4, 1, 2
d. ( ) 1, 4, 2, 3

o3
Questã
Com base nos estudos da Aula 3, marque a alternativa que melhor define a com-
postagem.

a. ( ) É um tipo de adubação em que utilizamos plantas do grupo das leguminosas


para potencializar os nutrientes do solo.
b. ( ) Esterco originário de fezes de animais, como aves e bois, o qual deve passar
pelo processo de curtimento para ser utilizado.
c. ( ) Feita com restos de alimentos orgânicos, como borra de café, restos de fru-
tas, legumes crus e outros materiais que são decompostos em adubos.
d. ( ) Adubos granulados, sintéticos, chamados comercialmente por Nitrogênio
(N), Fósforo (P) e Potássio (K).

Módulo 3
60
Bibliografia
Referências
bibliográficas
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pa Amapá. Macapá, 2011. Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digi-
tal/bitstream/item/70683/1/7-Planejando-a-Instalacao-de-Hortas.pdf. Acesso
em: 2 ago. 2020. (Folheto).
CANALI, B. et al. Protótipos de irrigação para horta vertical reutilizando gar-
rafas PET. CRICTE, Ijuí, 2017. Resumos expandidos publicados em anais de
congressos). Disponível em: https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/
cricte/article/view/8944/7649. Acesso em: 2 ago. 2020.
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ. Olericultura. Curso Técnico em Agro-
negócios. Escola Estadual de Educação Profissional EEEP. Secretaria Estadual
da Educação. Fortaleza, 2013. Disponível em: http://licita.seplag.ce.gov.br/pu
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2020.
VIVA DECORA. Como criar hortas urbanas? Veja 16 exemplos que deram
certo. Disponível em: https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/hortas-ur-
banas/. Acesso em: 25 ago. 2020.
FERNANDES, M. do C. de A. et al. Tudo o que você precisa saber para ter
uma horta. 2. ed. Niterói: PESAGRO-RIO, 2007. 22 p. (PESAGRO-RIO. Infor-
me Técnico, 35). Disponível em: http://www.pesagro.rj.gov.br/downloads/publi-
cacao/IT35_horta.pdf. Acesso em: 3 set. 2020.
FILGUEIRA, F. A. R. Manual de Olericultura: agrotecnologia moderna na pro-
dução e comercialização de hortaliças. 3. ed. Viçosa: UFV, 2008. 421 p.
FUNDAÇÃO HERBERT DANIEL. Transformando espaços urbanos em hortas.
2018. (Cartilha). Disponível em: https://fundacaoverde.org.br/wp-content/uplo-
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INSTITUTO PÓLIS. Hortas urbanas: moradia urbana com tecnologia social.
Disponível em: http://polis.org.br/wp-content/uploads/Hortas-Urbanas-FINAL-
-bx-site.pdf. Acesso em: 3 ago. 2020.
LANA, M. M.; TAVARES, S. A. (Org.). 50 Hortaliças: como comprar, conservar e
consumir. 2. ed. rev. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2010.
MAKISHIMA, N. et al. Embrapa Meio Ambiente. Projeto horta solidária: cultivo
de hortaliças. Jaguariúna, 2010. Disponível em: http://www.cnpma.embrapa.br/
down_site/horta/cartilha_horta_final2010.pdf. Acesso em: 3 ago. 2020.

Módulo 3
61
MAKISHIMA, N. O cultivo de hortaliças. Coleção Plantar. Brasília: Embrapa,
1993.
PEREIRA, I. S.; PEREIRA, M. T. Olericultura. Brasília: NT, 2016. 160 p.
PUIATTTI, M. A arte de cultivar hortaliças. Viçosa: UFV/CEAD, 2019. Dis-
ponível em: https://www2.cead.ufv.br/serieconhecimento/wp-content/uplo-
ads/2020/03/Olericultura-download.pdf. Acesso em: 3 ago. 2020.
REVISTA GLOBO RURAL. O que é compostagem e como fazê-la em casa.
Fev. 2018. Disponível em: https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Susten-
tabilidade/noticia/2018/02/o-que-e-compostagem-e-como-faze-la-em-casa.
html. Acesso em: 2 set. 2020.
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Olericultura. Revista Casa da Agri-
cultura, São Paulo, ano 18, n. 2, abr./mai./jun. 2015. Disponível em: http://
www.cdrs.sp.gov.br/revistacasadaagricultura/22/RevistaCA_Olericultura_
Ano18_n2.pdf. Acesso em: 2 ago. 2020.
SENAR. Hortaliças: Cultivo de hortaliças raízes, tubérculos, rizomas e bulbos.
Coleção SENAR, [s.l.], v. 145, p. 1-154, 2012.
SENAR. Produção orgânica de hortaliças folhosas. Coleção SENAR, [s.l.], v.
118, p. 1-88, 2005.
TOPSEED. Guia para o produtor de hortaliças: catálogo informativo Topseed
Sementes. Rio de Janeiro: [s.n.], 1993. 34 p.

Módulo 3
62
Cultivo e produção
de hortas
Carga horária: 20 horas

Módulo 4
2020. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL DE GOIÁS -
SENAR GOIÁS
1ª EDIÇÃO – 2020

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS


A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui viola-
ção dos direitos autorais (Lei no 9.610)

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(62) 3412-2700 / 3412-2701
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http://ead.senargo.org.br/

CURSO CULTIVO E PRODUÇÃO DE HORTAS

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

PRESIDENTE DO CONSELHO ADMINISTRATIVO:


José Mário Schreiner

SUPERINTENDENTE DO SENAR GOIÁS:


Dirceu Borges

DIRETOR DO DEPARTAMENTO TÉCNICO DO SENAR GOIÁs:


Marcelo Lessa Medeiros Bezerra

GERENTE DE EDUCAÇÃO FORMAL DO SENAR GOIÁs:


Mara Lopes de Araújo Lima
Sumário
Módulo 4 – Propagação e plantio.....................................................................61
Aula 1 – Espécies e variedades.............................................................................62
Aula 2 – Hortaliças frutos e tubérculos...............................................................68
Aula 3 – Propagação e plantio das hortaliças....................................................73
Atividade de aprendizagem...................................................................................75
Módulo 4
o pa g a ç ã o
Pr
e plantio

Você chegou ao módulo 4 do curso, que vai abordar um assunto muito importante:
a propagação e o plantio. Você vai entender que as variedades de hortaliças que
pretende plantar em sua horta devem ser escolhidas de acordo com as condições
ambientais da área e do plantio, uma vez que cada hortaliça possui característi-
cas próprias quanto ao ciclo de vida, época preferencial de plantio, necessidade de
água e exigências nutricionais.

Por exemplo, na época das chuvas muitas vezes temos


problemas com encharcamento do solo, dificultando
colheita de raízes e bulbos.

Neste módulo, além da atividade de

Atenção
aprendizagem, que fica no final, o
convidaremos a entrar na plataforma para
testar seus conhecimentos em um jogo que
tratará sobre as espécies das hortaliças.
Então, prepare-se, preste bastante
atenção e divirta-se!

Módulo 4
61
Aula 1
Espécies e variedades
Você sabia que a escolha das espécies é um fator de muita importância para o cul-
tivo das hortaliças? Logo, ao decidir fazer uma horta, seja ela horizontal ou vertical,
priorize o cultivo de espécies que apresentem boa adaptação às condições climáti-
cas da localidade onde se pretende produzir.

Lembrando que cada espécie de hortaliças possui diferentes grupos de plantas,


de acordo com uma série de características específicas, fazendo com que tenham
maiores ou menores condições de plantio em cada localidade, para esses grupos
denominamos variedades.

Cultivando
Antes de decidir quais hortaliças pretende cultivar,
pesquise quais espécies e variedades são mais
indicadas para o cultivo na sua região.

Módulo 4
62
O plantio das hortaliças folhosas necessita de atenção a alguns fatores, como época de
plantio, os tipos de tratos e culturas empregados, formas de semeadura, plantio e trans-
plantio, com destaque para as hortaliças folhosas que possuem as folhas e as hastes
como partes comestíveis, tais como:

Alface Cebolinha Couve Salsa

Chicória Coentro Rúcula

Cultivando
Vale destacar que as sete hortaliças folhosas que
você acabou de ver são mais apropriadas para o
plantio em hortas verticais.

Na sequência, acompanhe algumas instruções específicas para o plantio dessas


hortaliças. Prossiga sua leitura.

Instruções específicas para o plantio


das hortaliças folhosas
Chegou a hora de conhecer fatores importantíssimos para o plantio das hortaliças
folhosas, como: época e região para o cultivo, semeadura, transplantio, espaçamento e
irrigação. Muita atenção a essas dicas, pois essas informações determinarão o sucesso
de sua horta.

Módulo 4
63
Alface e
chicória
A alface e a chicória podem ser plan-
tadas o ano todo e cultivadas em can-
teiros, vasos e jardineiras. Existem no
mercado cultivares adaptadas para as
diversas regiões do país que chama-
mos de cultivares de verão e inverno.

Veja mais informações sobre essas


hortaliças:

Cultivo Podem ser plantadas em diversas regiões do país durante todo o ano.
Nas sementeiras, em pequenos sulcos de 1 cm de profundidade, com espa-
çamento de 10 cm, utilize de 2 a 3 g de sementes por metro quadrado. Cada
Semeadura
grama contém entre 900 e 1.000 sementes. A alface pode ser semeada direta-
mente no canteiro para posterior raleamento.
Quando as mudas estiverem com 2 ou 5 folhas e aproximadamente 10 cm de
Transplantio
altura, é possível fazer o transplantio escolhendo as melhores mudas.
Espaçamento As mudas devem ser transplantadas a uma distância de 30 x 30 cm.
Na sementeira, deve ocorrer duas vezes por dia. Nos canteiros ou recipientes, a
Irrigação
irrigação deve ocorrer diariamente.

Cebolinha
e coentro

A cebolinha e o coentro também são


conhecidos popularmente como chei-
ro verde e são muito utilizados como
incremento para temperar os alimentos
e pratos prontos. O cheiro verde pode
ser plantado em canteiros e recipien-
tes.

Módulo 4
64
Cultivo Podem ser plantadas em diversas regiões do país durante todo o ano.
A semeadura da cebolinha deve ser feita em sementeiras e transplantadas de
30 a 40 dias após o plantio. O coentro deve ser semeado em local definitivo.
Semeadura Não se preocupe se o seu plantio de coentro demorar a germinar, pois esse é
um processo normal. Deixá-las de molho em água de 1 a 3 dias antes do plantio
pode ajudar no processo.
A cebolinha tem a vantagem de poder ser plantada por mudas, que podem ser
Transplantio adquiridas já prontas, o que diminui o ciclo de produção. O coentro é semeado
no local definitivo.
Espaçamento As mudas devem ser plantadas no espaçamento de 20 a 25 cm entre linhas.
Irrigação Irrigar diariamente.

Couve

Couve e couve-brócolis, conhecidas também


por couve-manteiga, são espécies da mesma
família, com cultivo por sementes.

Cultivo Existem variedades para diferentes regiões, adaptadas a climas frios e quentes.
Na sementeira, em sulcos distanciados 10 cm uns dos outros e com 1 cm de
Semeadura
profundidade. Um grama contém cerca de 300 sementes.
Quando as mudas tiverem 4 ou 5 folhas e 10 a 15 cm de altura, devem ser
Transplantio transplantadas para pequenas covas feitas em canteiros ou em recipientes como
vasos, canos, garrafas PET e outros.
O espaçamento pode ser de 60 cm a 1 m entre as linhas de plantio e de 30 cm a
Espaçamento
60 cm entre as plantas.
Irrigação Irrigar diariamente.

Módulo 4
65
Mão na Lembrando que os recipientes devem

terra possuir uma profundidade maior


devido às raízes das plantas. No caso
dos recipientes pequenos, deve ser
transplantada apenas uma muda por
recipiente.

Rúcula

A rúcula é ideal para as hortas caseiras, pois


ocupa pouco espaço e pode ser plantada em
recipientes pequenos.

Ideal em temperaturas entre 15° e 25° C. Em regiões de inverno fraco, pode ser
Cultivo
plantada o ano todo.
Plantar as sementes direto no local definitivo, na superfície ou a uma profundi-
Semeadura
dade não superior a 0,5 cm do solo. As sementes germinam em 4 a 8 dias.
Transplantio A Rúcula é plantada no local definitivo.
O espaçamento varia de 15 a 60 cm entre as linhas e de 10 a 30 cm entre as
Espaçamento
plantas.
Irrigação Irrigar diariamente.

Módulo 4
66
Salsa

A salsa é muito utilizada para fins alimentares


ou medicinais. É uma planta medicinal muito
empregada no tratamento de doenças renais,
como infecção urinária e pedras nos rins, e no
tratamento de problemas como gases intesti-
nais, prisão de ventre e retenção de líquidos.

Vamos saber mais sobre a salsa? Acompanhe!

Preferência por regiões de temperaturas em torno de 20 °C, não muito frias, nem
Cultivo
muito quentes.
As sementes demoram entre 2 e 6 semanas para germinar. Deixar de molho em
água morna por 1 dia acelera o processo. A semeadura é feita no local definitivo.
Semeadura
Pode ser plantada em jardineiras e vasos não muito pequenos, acima de 30 cm
de profundidade e diâmetro.
Transplantio A salsa é plantada no local definitivo.
Espaçamento As plantas devem ser plantadas com espaçamento de 10 a 15 cm entre si.
Irrigação Irrigar diariamente.

Encerramento
Nesta aula, você aprendeu mais sobre as espécies e varieda-
des das hortaliças, bem como sobre instruções específicas
para o plantio das hortaliças como alface e chicória, cebolinha,
coentro, couve, rúcula e salsa. Lembrando que existem outras
hortaliças folhosas que podem ser plantadas em diversos
tipos de hortas. Nos saquinhos ou latas das sementes adquiri-
das comercialmente, existem especificações de plantio e tra-
tos culturais para cada tipo de hortaliça.
Em caso de dúvidas, revise o conteúdo ou entre em contato
com o seu tutor!
Continue sua leitura e bons estudos!

Módulo 4
67
Aula 2
Hortaliças frutos e tubérculos
Agora, chegou o momento de conhecer instruções específicas para o plantio das
hortaliças, frutos e tubérculos. Vamos discutir a época ideal para o plantio, os prin-
cipais tratos culturais, as formas de semeaduras, o transplantio e plantio dessas
hortaliças.

Abóbora e
moranga
A abóbora, também conhecida como “jerimum”,
é um dos alimentos mais versáteis na cozinha –
afinal, pode ser aproveitada por completo e em
diversas preparações, tanto doces quanto salga-
das. Ela se desenvolve melhor entre 20 e 27 °C e
sua produção é prejudicada em climas frios.

Veja a seguir as informações de plantio desse


fruto:

Módulo 4
68
Deve ser realizado de agosto a março em regiões de inverno ameno ou o ano
Cultivo
todo em regiões de clima quente.
As abóboras são plantadas em covas com dimensões 30 cm x 30 cm e 20 a
Semeadura 25 cm de profundidade. Plante 3 ou 4 sementes por cova e cubra com 2 cm de
terra. Cada grama contém de 6 a 8 sementes.
A abóbora é plantada no local definitivo, e quando as plantas estiverem com 3
Transplantio
ou 4 folhas, deve-se eliminar as menos desenvolvidas, deixando 2 por cova.
Espaçamento Para a abóbora o espaçamento é de 3 a 4 m e para a moranga, de 2 a 3 m.
Irrigar diariamente até 30 dias após o plantio e de 4 em 4 dias, a partir daí até o
Irrigação
início da maturação dos frutos.

Beterraba
Você sabia que podemos cultivar beterraba
em garrafas PET, canos e vasos? Ela é um
legume altamente versátil na cozinha, que
pode ser plantada nos diversos tipos de
hortas.

Conheça, a seguir, informações importantes


sobre o plantio da beterraba.

Ideal em regiões com temperaturas entre 15° e 25 °C. Resiste ao frio e a geadas.
Cultivo
Não tolera temperaturas e umidade muito elevadas.
Feita no local definitivo, é preciso fazer pequenas covas distanciadas de 20 a 25
cm nos canteiros e com profundidade de 1 cm. Colocam-se 2 ou 3 sementes
Semeadura por cova. Cada grama contém de 50 a 60 sementes. Nos recipientes devemos
plantar de acordo com o espaço disponível. Como exemplo, o plantio em garrafa
PET deve usar apenas uma planta por garrafa.
Transplantio O plantio é feito em local definitivo, não havendo necessidade de transplantes.
O plantio deve ser feito com espaçamento de 20 a 25 cm entre plantas. Para
permitir o crescimento dos tubérculos deve-se ralear quando as plantas estive-
Espaçamento
rem com 5 a 10 cm de altura, deixando a mais vigorosa. As mudas arrancadas
podem ser transplantadas com o mesmo espaçamento.
Irrigação Irrigar diariamente.

Módulo 4
69
Cenoura
Assim como a beterraba, a cenoura tam-
bém pode ser plantada em diversos tipos de
hortas e cultivada em garrafas PET, canos e
vasos, desde que os recipientes tenham uma
boa profundidade.

Veja, na sequência, mais informações sobre


o plantio da cenoura.

A temperatura ideal para uma germinação rápida e uniforme é de 20 a 30 °C.


Temos variedades que se desenvolvem em diversas regiões do país, conhecidas
Cultivo
como cenouras de verão. Para espécies de verão, em temperaturas baixas, só é
útil para produtores de sementes.
Feita no local definitivo, nos canteiros devem ser feitas pequenas covas distan-
ciadas de 20 a 30 cm e com profundidade de 1 cm. Colocam-se 2 ou 3 semen-
Semeadura tes por cova. Cada grama contém de 800 a 1.200 sementes. Nos recipientes
devemos plantar de acordo com o espaço disponível. Como exemplo, o plantio
em garrafa PET deve usar apenas uma planta por garrafa.
O plantio é feito em local definitivo, mas deve realizar o raleio quando as plantas
Transplantio estiverem com 5 a 10 cm de altura, deixando a mais vigorosa. As mudas arran-
cadas podem ser transplantadas no mesmo espaçamento.
Espaçamento A cenoura deve ser plantada num espaçamento de 4 a 5 em entre elas.
Irrigação Diariamente, nos primeiros 30 dias, e depois a cada 2 dias.

Jiló
O jiló contém nutrientes importantes para uma
boa saúde, como cálcio, fósforo e ferro. Apesar
de ser confundido com um legume, o jiló é um
fruto, podendo ser consumido de formas varia-
das, sendo muito utilizado na medicina popular
para o preparo de infusões para tratamento de
gripe e resfriado.

Acompanhe, a seguir, algumas informações


sobre o plantio do jiló.
Módulo 1
pag. 70
Espécie típica de clima tropical, nos períodos de primavera e verão. Pode-se
Cultivo plantar o ano todo em regiões de clima quente e de agosto a setembro em regi-
ões de inverno frio.
Em sementeiras, distribuindo-se as sementes em sulcos distanciados de 10
cm ou em copinhos feitos com papel de jornal, com 10 cm de altura por 5 ou 6
Semeadura
cm de diâmetro. Germina em 1 ou 2 semanas. Gastam-se 2 g de sementes por
metro quadrado. Cada grama contém aproximadamente 250 sementes.
É feito quando as mudas estão com 8 a 10 cm e possui de 4 a 6 folhas definiti-
Transplantio
vas. O transplante pode ser feito em covas ou em grandes vasos.
O espaçamento é de 1 x 1 m quando o plantio é feito em covas feitas no chão.
Espaçamento Já com relação aos vasos, quando houver, deve-se distanciá-los de acordo com
esse mesmo espaçamento.
Diariamente na sementeira, logo após o transplantio, sendo contínuo, com inter-
Irrigação
valos de 4 em 4 dias.

Quiabo
O quiabo é uma planta que exige pouco cuidado e
que pode ser cultivada em pequenos vasos em va-
randas. As flores embelezam o ambiente e o fruto
é apropriado para o consumo. Os pés de quiabo
podem alcançar até dois metros de altura, mas o
processo de poda do quiabeiro é simples e pode ser
realizado com uma tesoura de jardim.

Vamos às dicas de cultivo do quiabo. Veja!

Pode ser plantado o ano todo, porém, exige temperaturas altas e não tolera frio,
Cultivo portanto, a sugestão é dar início ao plantio do quiabo durante as estações da
primavera e do verão.
A semeadura pode ocorrer no local definitivo ou por transplante, levando mais
de 3 semanas para germinar. Mas deixando-as num recipiente com água por
Semeadura
1 dia, acelera a germinação, acontecendo em 1 semana. Também podem ser
semeadas em pequenos vasos, copos de plástico ou saquinhos.
Transplantio Deve ser feito quando as mudas estão com 8 a 10 cm de altura.
Espaçamento Espaçamento de 1 m x 1 m entre as plantas.
Irrigação Regar a cada 3 dias.

Módulo 4
71
Tomate
O tomate, apesar de normalmente ser usado como
legume em saladas e pratos quentes, é uma fru-
ta. Possui propriedades diuréticas, além de muita
água e vitamina C que melhora o sistema imune e a
absorção do ferro nas refeições. Pode ser cultivado
em diferentes espaços e recipientes.

E qual melhor maneira de se cultivar tomates? Va-


mos descobrir? Acompanhe!

Preferência por regiões altas, serras e planaltos, de clima tropical e subtropical.


Cultivo Também em clima temperado, seco e com alta incidência de luz solar. Regiões
muito úmidas e quentes favorecem doenças.
Pode ser plantado diretamente no local definitivo ou em sementeiras, copos ou
saquinhos de plástico ou papel, com 10 cm de altura e 7 cm de diâmetro. Colo-
Semeadura
car de 2 a 5 sementes em cada recipiente, a 1 cm de profundidade, resgatando
apenas 1 ou 2 plantas, sendo estas as mais vigorosas.
Transplantar as plantas que atinjam de 15 cm a 25 cm de altura e, se desejar,
enterrar parte do caule para aumentar o surgimento de mais raízes. Também
Transplantio
podem ser plantados em vasos, jardineiras, cestas suspensas, sacos plásticos
com terra e outros tipos de recipientes.
No local definitivo, o espaçamento é de 1 m entre as linhas e de 50 a 70 cm
Espaçamento entre as plantas. Espécies anãs podem ser cultivadas em vasos pequenos, com
30 cm de distância entre as plantas.
Regar a cada dois dias, tomando o cuidado de não molhar as folhas, pois isso
Irrigação
pode ocasionar o surgimento de doenças.

Encerramento
Nesta aula, você viu algumas informações específicas de
plantio para a abóbora e moranga, beterraba, cenoura, jiló,
quiabo e tomate, classificadas como hortaliças frutos e
tubérculos.
Em caso de dúvida, revise o conteúdo e entre em contato
com o seu tutor.
Na próxima aula vamos falar sobre a propagação e o plan-
tio das hortaliças. Pronto para começar? Siga em frente!

Módulo 4
72
Aula 3
Propagação e plantio das
hortaliças
Chamamos de propagação das espécies das hortaliças o modo como elas se multi-
plicam e que pode ocorrer de diversas maneiras.

Na maioria das vezes, essa propagação é feita por sementes que podem ser semeadas di-
retamente no local de plantio ou plantadas em sementeiras. Também existe a propagação
feita pelo plantio de suas partes vegetativas (partes dos ramos, tubérculos e bulbos).

Quer saber mais sobre esse processo? Acesse


a plataforma Ava e veja o vídeo 4, que trata
da produção de mudas olerícolas, sementeiras,
substrato e transplantes. Não perca!

Módulo 4
73
Encerramento
Nesta aula, você aprendeu as diversas maneiras de se plantar e propagar as horta-
liças. Viu que algumas plantas necessitam de condições especiais para germinar e
crescer e que, portanto, devem ser plantadas em sementeiras para que se tornem
mudas.

Viu, ainda, que o processo de transplante consiste na etapa de transferência da


muda da sementeira para o local definitivo de plantio.

Quanta informação legal, não é mesmo? Mas ainda não acabou! No próximo módu-
lo, você vai aprender os tratos com as hortaliças. Siga em frente e bons estudos.
Mas antes de encerrar, responda as perguntas a seguir!

Módulo 4
74
Atividades de aprendizagem
Iniciaremos agora as atividades de aprendizagem deste módulo. Leia atentamente as
perguntas antes de reponde-las, caso precise volte no texto e reveja o conteúdo.

Para saber se suas respostas estão


certas, acesse o AVA e as envie
obrigatoriamente por lá, assim você

Atenção terá os feedbacks e os gabaritos


correspondentes a essas questões.
Você terá duas tentativas, sendo que o
próximo módulo só será liberado após a
conclusão desta atividade dentro do AVA.

o 1
Questã
Com base na Aula 1, sobre espécies e variedades, é correto afirmar que:

a. ( ) Ao realizar a escolha das espécies e variedades é importante observar as


características das variedades e as recomendações que mais se adaptam para as
regiões de cultivo.
b. ( ) A escolha das espécies a serem plantadas independe do tipo de horta a ser
instalada.
c. ( ) Questões como o clima e recomendações de cultivo são importantes, no en-
tanto, para as hortas verticais podemos desconsiderar tais recomendações.
d. ( ) Todas as espécies e variedades de hortaliças podem ser plantadas nas hor-
tas verticais, considerando o interesse do proprietário.

Módulo 4
75
o2
Questã
Assinale a alternativa que apresenta a melhor definição para plantio e propagação
das hortaliças:

a. ( ) Propagação refere-se à escolha das espécies e definições de tratos culturais.


b. ( ) Tipo de horta a ser instalada, sendo vertical ou horizontal.
c. ( ) Propagação está relacionada com a qualidade e disponibilidade da água
para o cultivo.
d. ( ) Forma de multiplicação das hortaliças, seja por sementes, mudas ou partes
vegetativas.

Módulo 4
76
Bibliografia
Referências
bibliográficas
ALVES, R. M. M.; SEGOVIA, J. F. O. Planejando a instalação de hortas. Embra-
pa Amapá. Macapá, 2011. Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digi-
tal/bitstream/item/70683/1/7-Planejando-a-Instalacao-de-Hortas.pdf. Acesso
em: 2 ago. 2020. (Folheto).
CANALI, B. et al. Protótipos de irrigação para horta vertical reutilizando gar-
rafas PET. CRICTE, Ijuí, 2017. Resumos expandidos publicados em anais de
congressos). Disponível em: https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/
cricte/article/view/8944/7649. Acesso em: 2 ago. 2020.
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ. Olericultura. Curso Técnico em Agro-
negócios. Escola Estadual de Educação Profissional EEEP. Secretaria Estadual
da Educação. Fortaleza, 2013. Disponível em: http://licita.seplag.ce.gov.br/pu
b/198956%5C198956_2013123113428_olericultura.pdf. Acesso em: 2 ago.
2020.
VIVA DECORA. Como criar hortas urbanas? Veja 16 exemplos que deram
certo. Disponível em: https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/hortas-ur-
banas/. Acesso em: 25 ago. 2020.
FERNANDES, M. do C. de A. et al. Tudo o que você precisa saber para ter
uma horta. 2. ed. Niterói: PESAGRO-RIO, 2007. 22 p. (PESAGRO-RIO. Infor-
me Técnico, 35). Disponível em: http://www.pesagro.rj.gov.br/downloads/publi-
cacao/IT35_horta.pdf. Acesso em: 3 set. 2020.
FILGUEIRA, F. A. R. Manual de Olericultura: agrotecnologia moderna na pro-
dução e comercialização de hortaliças. 3. ed. Viçosa: UFV, 2008. 421 p.
FUNDAÇÃO HERBERT DANIEL. Transformando espaços urbanos em hortas.
2018. (Cartilha). Disponível em: https://fundacaoverde.org.br/wp-content/uplo-
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INSTITUTO PÓLIS. Hortas urbanas: moradia urbana com tecnologia social.
Disponível em: http://polis.org.br/wp-content/uploads/Hortas-Urbanas-FINAL-
-bx-site.pdf. Acesso em: 3 ago. 2020.
LANA, M. M.; TAVARES, S. A. (Org.). 50 Hortaliças: como comprar, conservar e
consumir. 2. ed. rev. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2010.
MAKISHIMA, N. et al. Embrapa Meio Ambiente. Projeto horta solidária: cultivo
de hortaliças. Jaguariúna, 2010. Disponível em: http://www.cnpma.embrapa.br/
down_site/horta/cartilha_horta_final2010.pdf. Acesso em: 3 ago. 2020.

Módulo 4
77
MAKISHIMA, N. O cultivo de hortaliças. Coleção Plantar. Brasília: Embrapa,
1993.
PEREIRA, I. S.; PEREIRA, M. T. Olericultura. Brasília: NT, 2016. 160 p.
PUIATTTI, M. A arte de cultivar hortaliças. Viçosa: UFV/CEAD, 2019. Dis-
ponível em: https://www2.cead.ufv.br/serieconhecimento/wp-content/uplo-
ads/2020/03/Olericultura-download.pdf. Acesso em: 3 ago. 2020.
REVISTA GLOBO RURAL. O que é compostagem e como fazê-la em casa.
Fev. 2018. Disponível em: https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Susten-
tabilidade/noticia/2018/02/o-que-e-compostagem-e-como-faze-la-em-casa.
html. Acesso em: 2 set. 2020.
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Olericultura. Revista Casa da Agri-
cultura, São Paulo, ano 18, n. 2, abr./mai./jun. 2015. Disponível em: http://
www.cdrs.sp.gov.br/revistacasadaagricultura/22/RevistaCA_Olericultura_
Ano18_n2.pdf. Acesso em: 2 ago. 2020.
SENAR. Hortaliças: Cultivo de hortaliças raízes, tubérculos, rizomas e bulbos.
Coleção SENAR, [s.l.], v. 145, p. 1-154, 2012.
SENAR. Produção orgânica de hortaliças folhosas. Coleção SENAR, [s.l.], v.
118, p. 1-88, 2005.
TOPSEED. Guia para o produtor de hortaliças: catálogo informativo Topseed
Sementes. Rio de Janeiro: [s.n.], 1993. 34 p.

Módulo 4
78
Cultivo e produção
de hortas
Carga horária: 20 horas

Módulo 5
2020. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL DE GOIÁS -
SENAR GOIÁS
1ª EDIÇÃO – 2020

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS


A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui viola-
ção dos direitos autorais (Lei no 9.610)

FOTOS
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http://www.senargo.org.br/
http://ead.senargo.org.br/

CURSO CULTIVO E PRODUÇÃO DE HORTAS

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

PRESIDENTE DO CONSELHO ADMINISTRATIVO:


José Mário Schreiner

SUPERINTENDENTE DO SENAR GOIÁS:


Dirceu Borges

DIRETOR DO DEPARTAMENTO TÉCNICO DO SENAR GOIÁs:


Marcelo Lessa Medeiros Bezerra

GERENTE DE EDUCAÇÃO FORMAL DO SENAR GOIÁs:


Mara Lopes de Araújo Lima
Sumário
Módulo 5 – Tratos culturais e colheitas..........................................................77
Aula 1 – Irrigação.....................................................................................................78
Aula 2 – Controle de pragas e doenças...............................................................84
Aula 3 – – Colheita e pós colheita.........................................................................88
Atividade de aprendizagem...................................................................................94

Encerramento.........................................................................................................96
Referências..............................................................................................................99
Módulo 5
c u lt u r a i s
Tratos
e colheita

Parabéns, você chegou ao último módulo do


curso! Mas calma que ainda tem muita coisa im-
portante para você aprender nestas aulas finais.
Vamos começar?

Neste módulo vamos abordar os tratos culturais com as


hortaliças, como a irrigação, controle de pragas e do-
enças, técnicas básicas de poda, desbaste, tutoramen-
to, amontoa e raleio das olerícolas. Além disso, serão
destacados os cuidados com a colheita, ou seja, todas
as informações de que você necessita para saber lidar
com a sua horta da melhor maneira possível. Confira!

Módulo 5
77
Aula 1
Irrigação
De acordo com Braga e Calgaro (2009), a irrigação é:

Uma técnica milenar que tem como finali-


dade disponibilizar água às plantas para
que estas possam produzir de forma ade-
quada no momento, local e quantidade
correta ao desenvolvimento das plantas.

O objetivo de irrigar é proporcionar umidade


adequada para o desenvolvimento das horta-
liças, aumentando, consequentemente, a pro-
dutividade e garantindo a sobrevivência das
plantas.

A irrigação é fundamental para a formação e


o crescimento das hortaliças. Portanto, tenha
alguns cuidados, como:

A água para as hortaliças precisa ser limpa e pura,


evitando, assim, a contaminação das plantas.

Água

Módulo 5
78
Os melhores períodos para regar as plantas são as
primeiras horas da manhã e no final da tarde. De-
vemos evitar irrigar as plantas em horários muito
quentes, pois a água evapora muito rápido.
Período

Regar à noite também não é indicado, pois a ab-


sorção da água é menor.

Absorção

E você sabia que é possível reaproveitar a água para a irrigação? A água da chuva e até
mesmo a água do ar-condicionado podem ser armazenadas e reutilizadas para a irrigação.

Um ar-condicionado de porte mais comum


Para pode acumular todos os dias, com o uso
lembrar direto de até 20 litros de água. Para isso,
basta encaixar uma mangueira na saída de
água do ar-condicionado, direcionando essa
! água para um recipiente e, assim, reutilizá-la
para irrigação.

Como vimos anteriormente, cada tipo de


hortaliça necessita de uma quantidade de
água, então, a falta ou o excesso de água
podem causar problemas para o desenvol-
vimento das plantas.

Módulo 5
79
As olerícolas folhosas, por exemplo, são mais exigentes quanto à irrigação em todo
o seu ciclo de produção. Portanto, se você deseja plantar alface em sua horta, pre-
cisará oferecer, do plantio à colheita, uma boa quantidade de água à sua hortaliça.

Tipos de irrigação
Diante de diversas formas de irrigação, quais são as mais indicadas para as hor-
taliças? É necessário adaptar a irrigação de acordo com o tipo de horta, por isso,
atente-se às dicas que serão mostradas adiante e lembre-se de que a qualidade
das olerícolas pode ser prejudicada dependendo da forma e da qualidade da água
fornecida. Acompanhe!

Os métodos mais utilizados para hortas horizon-


tais são a irrigação por aspersão e irrigação por
gotejamento.

A irrigação por aspersão impulsiona água sob pressão,


sendo distribuída às plantas pelos aspersores. Suge-
rimos os microaspersores, que funcionam muito bem
em áreas muito pequenas de plantio, pois possuem um
pequeno raio de ação que varia de 6 a 18 metros.

E não podemos esquecer do uso dos regadores manu-


ais, que são necessários para a rega das hortaliças,
principalmente plantadas em recipientes.

Módulo 5
80
Cultivando
No caso das hortas verticais, as hortaliças devem
ser irrigadas manualmente com o uso de pequenos
regadores, ou, ainda, adaptando sistemas de irrigação
com uso, por exemplo, de mangueiras, canos, garrafas
PET, de acordo com a realidade de cada horta.

Propomos, a seguir, dois modelos de irrigação para hortas verticais. Acompanhe!

Modelo 1

Esse modelo propõe um sistema de irrigação com o uso de pallets, garrafas PET,
canos, joelhos, “T” de PVC de 32 mm e abraçadeiras de nylon. Lembrando que es-
ses produtos são encontrados em casas de materiais de construção.

Corte as garrafas PET ao meio, a fim de


receber o solo para o crescimento das
hortaliças. Os pallets que serão reutiliza-
dos possuem a dimensão de 1,0 m x 1,20
m e servem como estrutura de susten-
tação para as garrafas PET, que devem
ser fixadas nessa estrutura de madeira,
através de abraçadeiras de nylon.
1,20 m

Tubos, joelhos e “T” de PVC (com diâ-


metro de 32 mm) servirão de passagem
para a água do reservatório. Utiliza-
1,00 m
remos como reservatório de irrigação
garrafas PET com capacidade de 3 litros,
inseridas no início do sistema para que
funcionem com o princípio dos vasos co-
municantes, como mostra a figura.

Módulo 5
81
Modelo 2

O segundo modelo propõe uma horta com o sistema de irrigação utilizando garra-
fas PET, pallets e mangueiras siliconadas 5/16’’. Observe a imagem e mais informa-
ções desse tipo de horta vertical a seguir. Confira!

Corte as garrafas PET com um corte lon-


gitudinal para que ela armazene o solo.
Os pallets, assim como no modelo ante-
rior, servirão como estrutura de susten-
tação para as garrafas PET, que serão
fixadas na madeira, através de abraça-
deiras de nylon.
1,20 m

Nesse modelo, a irrigação acontecerá


pela técnica do gotejamento, de acordo
com a qual mangueiras cristais silico-
nadas de 5/16’’ serão responsáveis pela
irrigação e estarão ligadas na saída do
reservatório, feito de garrafa PET com
1,00 m
capacidade de 3 litros, que estará inse-
rido no início do sistema, como mostra
a figura. As mangueiras serão furadas
conforme disposição das garrafas na
estrutura de pallets da horta vertical.

Outros tratos culturais


As hortaliças necessitam, ainda, de outros tratos culturais impor-
tantes para manter a horta em condições ideais de produção.

Módulo 5
82
Veja, a seguir, outros cuidados que devem ser empregados em verduras e legumes,
além da irrigação.

Cubra os canteiros, recipientes de sementes ou mudas com capim, folhas


Cobertura verdes ou secas, com cuidado para não abafar as sementes. Isso evita
morta exposição direta do sol no solo, mantém a umidade, diminui a germinação
de plantas espontâneas e a erosão causada pelas chuvas fortes.
Suporte Para garantir melhor suporte às plantas, faça uma amontoa, ou seja, junte
das plantas um pouco de terra no pé das plantas.
Quando são plantadas determinadas hortaliças diretamente no local
definitivo, como cenoura, beterraba, quiabo e outras, é comum que as
Raleio sementes fiquem muito próximas. Quando os plantios atingirem os 5 cm
de altura, arranque os que estiverem em excesso, para manter um espaça-
mento que favoreça as plantas.
Nas hortaliças frutos, faz-se o desbaste para retirar o excesso de frutifica-
Desbaste
ção e permitir melhor desenvolvimento dos frutos deixados.
Plantas Retire as ervas espontâneas, aquelas que nascem sem ser plantadas,
daninhas com auxílio de ferramentas ou as arranque manualmente.
Em algumas hortaliças, como couve e tomate, por exemplo, retire as mu-
Desbrota das que se formam na base para que não retirem a força de crescimento
das folhas.

Esses cuidados garantirão uma produção mais abundante e saudável. Portanto,


fique atento à essas dicas e mãos à terra! Siga em frente.

Encerramento
Nesta aula, você aprendeu a importância da irrigação para o cultivo de hortaliças,
que necessitam de água de boa qualidade e em quantidade suficiente para garantir
a produtividade.
Lembrando que os sistemas de irrigação são adaptados de acordo com
o tipo de hortas, logo, nas hortas horizontais os modelos mais utiliza-
dos são por aspersão e gotejamento. Já nas hortas verticais, além da
irrigação com o uso de regadores, os sistemas de irrigação
são construídos diretamente no sistema da horta.
Em caso de dúvidas, contate seu tutor.
Prossiga sua leitura para entender como realizar o con-
trole de pragas e doenças.

Módulo 5
83
Aula 2
Controle de pragas e doenças
Nas aulas anteriores estudamos sobre a implantação e o manejo com as hortaliças,
enfatizando a necessidade de tratos culturais específicos para as hortaliças, como,
por exemplo, irrigar adequadamente. Além desses tratos culturais, é preciso controlar
as pragas e as doenças que influenciam diretamente na produção das hortaliças.

Para a boa produção das hortaliças precisamos afastar


problemas causados por insetos, pragas e doenças. Entenda
melhor sobre esse assunto!

Módulo 5
84
Pragas e doenças nas hortaliças
As plantas devem ser cuidadosamente observadas todos os dias para que qual-
quer ataque de pragas ou doenças possa ser controlado logo no início. O apareci-
mento de pragas e doenças frequentemente se relaciona ao desequilíbrio nutricio-
nal das plantas, ambiente e clima inadequados.

Pragas
Pragas são insetos e ácaros que atacam as folhas, hastes e raízes e frutos, sugando
a seiva ou comendo partes da planta. Entre os insetos e pragas que mais atacam as
hortaliças estão as formigas cortadeiras, os ácaros, as lesmas, os caracóis, grilos e
paquinhas.

1 2 Lagarta-
3 4
Lagarta-rosca, das-folhas Besouros de
que corta as ou lagartas cores variadas,
Insetos hastes das desfolhadoras, principalmente
sugadores, plantas novas que comem alaranjados
conhecidos rente ao solo. folhas. Elas ou verdes
como pulgões, É escura, mede medem de com manchas
moscas brancas, de 3 a 5 cm de 3 a 5 cm de amarelas,
cochonilhas, comprimento e se comprimento, que comem
percevejos e esconde na terra são verdes as folhas. São
cigarrinhas durante o dia, e podem conhecidos
perto das plantas apresentar como vaquinhas
cortadas. listras pretas no
dorso.

Em hortas pequenas, é possível controlar essas e outras pragas


catando-as com as mãos e eliminando as partes onde elas se
encontram.

Módulo 5
85
Doenças
Assim como os animais que criamos, as plantas também são atacadas por doenças,
que são causadas por organismos vivos chamados de microrganismos fitopatogê-
nicos ou somente fitopatógenos, que são microrganismos que utilizam os vegetais
como hospedeiros (fornecedores de alimento), causando-lhes doenças.

Você consegue identificar as doenças, observando algumas alterações anormais


nas plantas que normalmente chamamos de danos. Esses danos podem ocorrer
nas partes:

Aéreas: Nas folhas, caules, flores e frutos.

Subterrâneas: Nos tubérculos e nas raízes.

As principais doenças que atacam as


hortaliças são causadas por fungos,

Atenção
bactérias, vírus e nematoides. A planta
está doente quando aparecem pintas,
manchas, secamento, murchamento
ou apodrecimento nas folhas, hastes,
raízes e frutas.

Módulo 1
pag. 86
Vejamos os principais danos causados por esses agentes patógenos.

Provocam o aparecimento de pintas ou pequenas manchas nas folhas, hastes


Fungos e frutos. Podem causar tanto o apodrecimento ou o secamento das partes
atacadas, quanto o murchamento ou a morte da planta.
Causam pintas ou manchas, em geral escuras, podridão das partes atacadas e,
Bactérias
finalmente, o murchamento e morte das plantas.
Formam nódulos nas raízes, amarelamento, murchamento e mau
Vírus
desenvolvimento das plantas.

Vale ressaltar que as plantas que recebem um tratamento adequado quanto ao


aspecto nutricional tornam-se mais resistentes às doenças e ao ataque de insetos-
-praga e ácaros.

Acesse o vídeo 4 na plataforma AVA e


conheça alguns métodos alternativos de
controle de pragas e doenças. Dê play e preste
muita atenção nessas dicas. Aproveite!

Módulo 5
87
Aula 3
Colheita e pós-colheita
Parabéns! Você chegou na última aula do curso. Após entender os diversos aspec-
tos relacionados ao cultivo das hortaliças, agora é o momento de se preparar para a
hora mais aguardada de todo processo: a colheita.

Prepare-se para aprender qual o momento correto para


colher suas hortaliças e quais os cuidados devem ser tomados
na pós-colheita, além de compreender a importância
dos procedimentos de rotação de cultura, para, assim,
iniciarmos um novo ciclo de produção.

Você sabia que o ponto certo e jeito como é colhida pode influenciar na qualidade e
sabor de suas hortaliças? Isso porque cada espécie demanda cuidados específicos
nessa etapa. Acompanhe!

Módulo 5
88
Cuidados e época ideal de colheita
Como saber qual o melhor momento para colher as hortaliças da minha horta? Essa
dúvida surge já que:

Se colhida antes, ela estará tenra,


mas não terá sabor.

Se passada, o sabor estará alterado


ou terá consistência fibrosa, logo,
difícil de ser consumida.

Como visto no Módulo 4, cada espécie de hortaliças possui particularidades quanto à


época da sua colheita. Para estabelecer o ponto de colheita, devemos observar a ida-
de das plantas, o desenvolvimento das folhas, as hastes, os frutos, as raízes ou ou-
tras partes que serão consumidas, ou pelo secamento e amarelecimento das folhas.

Cultivando
De modo geral, as hortaliças folhosas e de hastes são
colhidas quando estão tenras, as de flores quando
os botões estão fechados, as de frutos quando
as sementes não estão totalmente formadas e as
de raízes e bulbos quando estão completamente
desenvolvidas.

Módulo 5
89
Acompanhe, na sequência, os pontos de colheita de algumas hortaliças folhosas.

Realize a colheita quando a planta atingir o máximo


tamanho de cabeça, sem sintomas de alongamento do
caule e de amarelamento de folhas.
Alface

A colheita inicia após os 50 dias do plantio, e você


pode cortar para realizar a rebrota ou simplesmente
ir arrancando. A cor deve ser verde vivo, sem sinais de
amarelecimento e de florescimento (pendoamento).
Coentro

Inicie a colheita das folhas de couve desenvolvidas


a partir de 70 dias depois da semeadura ou do
transplantio, com cores vivas e sem sinais de
amarelamento.
Couve

Dê início à colheita de 30 a 40 dias após a semeadura.


Realize o primeiro corte das folhas rente ao solo ou
arranque a planta inteira.
Rúcula

A colheita é feita cortando as flores mais


desenvolvidas.

Salsa

Módulo 5
90
Agora, vamos entender como devemos colher alguns legumes e frutos muito co-
muns nas hortas dos brasileiros.

Abobrinha: O início da colheita ocorre com os frutos imaturos,


com coloração e tamanho (16 a 20 cm de comprimento) caracte-
rísticos da variedade ou do cultivo.

Batata: A colheita é feita quando as ramas estão secando ou


tombando, ou seja, cerca de 90 a 120 dias após o plantio.

Beterraba: A colheita deve ser feita de 60 a 70 dias após plantio,


com tamanho e formato característicos da variedade ou cultivo.

Cenoura: A colheita ocorre no período de 85 a 110 dias após o


plantio. Faça uma amostra arrancando as raízes para verificar
seu comprimento, com tamanho e formato característicos da
variedade ou cultivo, sem sinais de início de pendoamento (alon-
gamento do caule).

Jiló: Colha os frutos imaturos à medida que forem se desenvol-


vendo, a partir de 90 ou 100 dias depois do transplantio.

Quiabo: os frutos devem ser colhidos antes de se tornarem fibro-


sos, entre 70 e 80 dias depois do plantio.

Tomate: Inicie a colheita dos frutos quando apresentarem a colo-


ração externa variando de “cor de cana” a completamente ver-
melha. A colheita ocorre de 90 a 100 dias após o transplante.

Módulo 5
91
Rotação de culturas
Você sabia que após a colheita de um tipo de hortaliça, é necessário variar as hor-
taliças plantadas naquela área? A esse processo damos o nome de rotação de
culturas.

Isso porque o plantio sucessivo de plantas da mesma espécie ou da mesma família


na mesma área diminui a produção e favorece o ataque de doenças e pragas.

Plantas de uma mesma família retiram do solo os mesmos


nutrientes e a repetição dessas plantas permitem o ciclo
completo de reprodução das pragas.
Logo, a rotação de culturas tem como principal objetivo
evitar a multiplicação, ou seja, “quebrar” o ritmo de
crescimento da população de fitopatógenos daquela
espécie que estava sendo cultivada.

Módulo 5
92
Mão na Veja alguns exemplos de rotação de culturas
que você pode adotar na sua horta:
terra 1. Tomate, pimentão, berinjela, jiló e batata são
da família das solanáceas, portanto, uma dessas
culturas não deve suceder outra delas.
2. Da mesma forma, colhendo couve-flor, da
família das brássicas, não se deve plantar repolho
ou brócolis, que são da mesma família.
3. Depois de colher abóboras, evita-se plantar
pepino, melancia ou melão na mesma área, pois
todas são cucurbitáceas.

Encerramento
Parabéns, você chegou à última aula deste módulo.

Neste módulo, você conheceu os principais tratos culturais que deve


adotar com as hortaliças, como a irrigação, o controle
de pragas e doenças. Você viu que tratos
culturais são importantes para o manejo com
as hortaliças, como a poda, o desbaste, o
tutoramento, amontoa e raleio.

Por fim, foram destacados os


procedimentos de colheita como o
ponto de colheita e a pós-colheita
das hortaliças. Lembre-se de que
essas medidas proporcionam
melhores condições de produção e
desenvolvimento às plantas.

Antes de terminar o curso, responda às


questões a seguir e veja o quanto já aprendeu.
Vamos lá?

Módulo 5
93
Atividades de aprendizagem
Iniciaremos agora as atividades de aprendizagem deste módulo. Leia atentamente as
perguntas antes de reponde-las, caso precise volte no texto e reveja o conteúdo.

Para saber se suas respostas estão


certas, acesse o AVA e as envie
obrigatoriamente por lá, assim você

Atenção terá os feedbacks e os gabaritos


correspondentes a essas questões.
Você terá duas tentativas, sendo que o
seu certificado só será liberado após a
conclusão desta atividade dentro do AVA.

Vamos às questões:

o1
Questã
Com base na Aula 1, marque a alternativa que melhor define a finalidade da irrigação.
a. ( ) Possui a finalidade de disponibilizar água às plantas para que estas possam
produzir de forma adequada no momento, local e quantidade correta ao desenvol-
vimento das plantas.
b. ( ) Possui a finalidade de corrigir os índices de alcalinidade do solo.
c. ( ) Possui a finalidade de fornecer uma mistura de materiais inertes que permi-
tem a germinação.
d. ( ) Possui a finalidade de fornecer às plantas os macro e micro nutrientes para
o solo de forma líquida.

Módulo 5
94
o2
Questã
Com base na aula de tratos culturais, relacione a lista a seguir com as afirmações:
a) Desbaste.
b) Controle de plantas daninhas.
c) Desbrota
d) Estaqueamento/tutoramento.
( ) Fornece um apoio para evitar que as hortaliças fiquem em contato com a terra e
para protegê-las do tombamento causado pelos ventos e pelo excesso de produção.
( ) As ervas espontâneas, aquelas que nascem sem ser plantadas, podem ser retira-
das com o auxílio de ferramentas ou arrancadas manualmente.
( ) Nas hortaliças frutos, o trato cultural é feito para retirar o excesso de frutificação
e permitir melhor desenvolvimento dos frutos deixados.
( ) Em algumas hortaliças, como couve e tomate, por exemplo, há necessidade de
retirar as mudas que se formam na base para não retirar a força de crescimento das
folhas.
a. ( ) 4, 2, 1, 3
b. ( ) 3, 1, 2, 4
c. ( ) 3, 4, 1, 3
d. ( ) 1, 3, 2, 4

o3
Questã
De acordo com a Aula 3, sobre colheita e pós-colheita, marque a alternativa que
melhor define o ponto de colheita das hortaliças:
a. ( ) A colheita é feita quando as ramas estão secando ou tombando, o que ocorre
de 90 a 120 dias após o plantio.
b. ( ) A colheita é feita quando os frutos devem ser colhidos antes de se tornarem
fibrosos, entre 70 e 80 dias depois do plantio.
c. ( ) É preciso observar a idade das plantas, o desenvolvimento das folhas, hastes,
frutos, raízes ou outras partes que serão consumidas.
d. ( ) A colheita é feita cortando as folhas mais desenvolvidas, rentes ao solo, per-
mitindo a rebrota.

Módulo 5
95
Bibliografia
Referências
bibliográficas
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