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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO - UFERSA

BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA


Trabalho de Conclusão de Curso (2020).

ESTUDO SOBRE OS MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO DE CAMPOS


MADUROS ONSHORE

STUDY ON METHODS OF RECOVERING ONSHORE MATURE FIELDS

Sávio Wescley Bezerra Dantas1

Antônio Rodolfo Paulino Pessoa2

RESUMO

A implantação e o aprimoramento de métodos para a recuperação da produção de


campos maduros onshore, podem ser considerados uma das formas mais eficazes para a
conquista de uma maior autonomia e uma maior durabilidade no platô produtivo de um
poço petrolífero ou em um campo. Os estudos sobre as metodologias mais eficientes e
suas aplicações embasaram as pesquisas e melhorias que fazem com que o homem
possa intervir hoje a seu favor em situações que antes eram irremediáveis no que diz
respeito à queda na produção de um campo maduro onshore. Este trabalho teve como
objetivo analisar os métodos empregados, bem como apresentar em qual situação qual
método se torna mais eficaz. Após fazer uma apresentação sobre a necessidade de
técnicas que visam a melhoria na extração, ao final ficara claro que os métodos de
recuperação são fundamentais para o meio petrolífero.

Palavras-chave: Campos maduros, Poço de petróleo, Métodos de recuperação.

ABSTRACT

The implementation and improvement of methods for recovering the production of


mature onshore fields, can be considered one of the most effective ways to achieve
greater autonomy and greater durability at the peak of an oil well or in a field. Studies
on the most efficient methodologies and their applications have supported the research
and improvements that make man today able to intervene in his favor in situations that
were previously irremediable with regard to the fall in the production of a mature
onshore field. This work aimed to analyze the methods used, as well as to present in
which situation which method becomes more effective. After giving a presentation on
the need for techniques aimed at improving extraction, at the end it was clear that
recovery methods are fundamental for the oil industry.

Keywords: Mature fields, Oil well, Recovery methods.

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1. INTRODUÇÃO

Um poço de petróleo, assim como os campos em geral, tem seu pico de


produção em um determinado período o que significa que após atingirem esse auge,
estão em fase de queda na produção e se aproximando do fim de suas vidas produtivas.
Isso ocorre, pois a quantidade de óleo extraída vai diminuindo, a vida útil dos campos
pode variar muito, alguns fatores influenciam nisso, como o volume encontrado em uma
reserva, o fator de recuperação, a estrutura instalada e a tecnologia disponível para
produzir o hidrocarboneto.
Segundo a CBIE (2019), campos maduros são considerados a espinha dorsal da
indústria por sua grande quantidade, assim como a grande quantidade de óleo ainda por
ser extraída e que se encontra retida na jazida.
Com o passar do tempo, ocorre à perda de uma parcela da energia primária, o
que implica diretamente na diminuição da pressão e consequentemente da produção,
podendo tornar a acumulação inviável economicamente (LIMA, 2013, p.11).
Revitalizar um campo maduro significa tomar medidas que aumentem o valor
extraído além da expectativa inicial. Como os investimentos nesses campos diminuem
com o tempo assim como a atratividade econômica dessas áreas, uma alternativa é
incentivar a revitalização da produção nestes poços, que se localizam principalmente
nas bacias terrestres do Nordeste e na Bacia de Campos, que concentra a maior
produção do país CBIE (2019).
Todo campo possui uma curva de produção sobre a qual a produção aumenta
para um nível de pico e depois diminui até atingir o ponto em que a operação não é mais
econômica. CBIE (2019), ao atingir uma decrescente na produção, estudos técnicos
devem ser realizados para a implantação dos métodos de recuperação ou de estimulação
de poços, algumas técnicas que visam maximizar a retirada são implantadas para que a
produção seja aumentada. Os métodos mais utilizados são recuperação primária,
secundária e terciaria.
De acordo com a CBIE (2009), Contudo é necessário determinar qual é o alvo
do projeto para selecionar o melhor método. Antes de iniciar um projeto de revitalização
de campos maduros ou abandonados, é preciso ter uma imagem clara dos recursos
remanescentes. A análise do reservatório é o melhor ponto de partida, avaliando certas
características como tipo de rocha, tipo de óleo, sua viscosidade, características da
formação como porosidade, permeabilidade, saturação de óleo residual, profundidade

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do topo, espessura da formação dentre outras características, para que incógnitas
relacionadas ao projeto sejam esclarecidas, incluindo a quantidade de hidrocarbonetos
nos reservatórios.
O trabalho tem como objetivo conhecer e abordar os métodos utilizados para a
recuperação do auge produtivo de um campo bem como poço maduro onshore,
caracterizar os métodos e os impactos que estes poços representam identificar as
dificuldades enfrentadas para a obtenção dos resultados necessários e detalhando as
técnicas.
A metodologia do projeto baseou-se no levantamento bibliográfico de forma
qualitativa e exploratória, abordando os principais tópicos ligados ao processo de
produção de petróleo.

2. METODOS DE RECUPERAÇÃO DE CAMPOS MADUROS

Os reservatórios, cujos mecanismos são pouco eficientes e que por consequência


retém grandes quantidades de hidrocarbonetos apos a exaustão da sua energia natural,
são fortes candidatos ao emprego de uma serie de processos que visam à obtenção de
uma recuperação adicional. Esses processos são chamados de métodos de recuperação,
que, de uma maneira geral, tentam interferir nas características do reservatório que
favorecem a retenção exagerada de óleo (THOMAS, 2001, p.200).
Para aumentar a produção alguns quesitos devem ser observados para a escolha
do melhor método, como levantamento do maquinário usado, pois muitos campos
maduros possuem equipamentos antigos, alguns com infraestrutura com avaliação de
risco superior a média para questões ambientais ou de segurança do poço.

Figura 01 – Fases da produção de petróleo

Fonte: Engeprojnews

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A vida produtiva de um reservatório de petróleo, particularmente quando se
aplicam métodos de recuperação, se compõe de etapas que cronologicamente são
chamadas de recuperação primaria, recuperação secundaria, e recuperação terciaria etc.
(THOMAS, 2001, p.200).
Os métodos utilizados vão de acordo com a viabilidade da jazida em fornecer
óleo suficiente para que o método empregado seja suficiente para a produção recuperada
ser economicamente viável para as ambições financeiras do campo.

Figura 02 – Métodos de recuperação de poços

Fonte: Engeprojnews

Com o passar do tempo às expressões secundaria e terciaria perderam a sua


conotação cronológica e passaram a designar a natureza do processo. Assim
recuperação secundaria passou a significar injeção de água ou injeção de gás, e
recuperação terciaria passou a designar os demais processos (THOMAS, 2001, p.201).
A nomenclatura utilizada baseia-se no seguinte critério: para os processos cujas
tecnologias são bem conhecidas e cujo grau de confiança na aplicação é bastante
elevado, como é o caso da injeção de agua e injeção de gás, dá-se o nome de métodos
convencionais de recuperação. Para os processos mais complexos e cujas tecnologias
ainda não estão satisfatoriamente desenvolvidas, métodos especiais de recuperação
(THOMAS, 2001, p.201).
A mudança na nomenclatura veio com intuito de simplificar os processos
utilizados assim juntando em uma só classe técnicas que antes eram subdivididas.

3. MÉTODOS CONVENCIONAIS DE RECUPERAÇÃO

Ao se injetar um fluido em um reservatório com a finalidade única de deslocar o


óleo para fora dos poros da rocha, isto é, buscando-se um comportamento puramente
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mecânico, tem-se um processo classificado como método convencional de recuperação
(THOMAS, 2001, p.201).
Os métodos de recuperação consistem basicamente em preencher os espaços na
rocha com fim de empurrar o óleo para que seja deslocado para uma melhor coleta.
Deve-se observar permeabilidade do líquido em questão, assim cada poço tem uma
característica que influencia no método que ira ser utilizado.
Antes mesmo que se observe um declínio na produção, podem ser empregadas
às técnicas de injeção, conhecidas como métodos de recuperação convencionais ou
secundários. Eles garantem que o decréscimo da energia primária não afete a
produtividade do reservatório. Esses mecanismos são então utilizados, mesmo havendo
ainda condições de produção com recuperação primária. (LIMA, 2013, p.27)
Os processos convencionais ou secundários são significativamente mais
acessíveis, pois o meio utilizado provem de recursos de fácil obtenção, levando assim o
método convencional a ser mais utilizado de acordo com cada necessidade que foi
levantada em estudos para determinar a viabilidade e de retorno e aumento da produção
após a recuperação ser implantada.
Os principais métodos secundários a serem estudados são a injeção de água e a
injeção imiscível de gás, que buscam um comportamento puramente mecânico e tem
como vantagem menores investimentos e custos operacionais comparados aos métodos
de recuperação avançada (LIMA, 2013, p.28). Os métodos secundários especificamente
com uso de agua são definitivamente mais acessíveis, pois a matéria prima se encontra
em abundância assim como a sua facilidade em transporte e armazenamento o que
demanda uma menor logística se comparado aos demais métodos.
Um projeto de injeção de fluidos para recuperação de adicional de óleo pode ser
realizado de diversas maneiras, variando com alto grau de liberdade na escolha da
disposição dos poços produtores e injetores ao longo da área do reservatório. A seleção
de injeção de um esquema apropriado deve ser feita levando em consideração a
viabilidade técnica e econômica do projeto, além das características físicas do meio
poroso e dos fluidos in situ. Esta escolha deve proporcionar o maior incremento da
produção e ao mesmo tempo compensar os investimentos e custos associados
(CASTIÑERA, 2008, p.5).
O método que irá ser utilizado deve ser escolhido de acordo com as
características da jazida, e a disposição dos poços de material a ser injetados bem como

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a localização dos poços produtores de óleo, para que o método mais adequado seja
aplicado impactando no menor deslocamento de recursos possível.

3.1 INJEÇÃO DE ÁGUA

Segundo (MONTALVO, 2008, p.18) o principal método de recuperação


secundaria é a injeção de agua, que possui diversas vantagens sobre outros mecanismos
de recuperação secundaria. A água é barata para se obter e injetar, e funciona bem no
deslocamento do óleo de um reservatório. A injeção de agua foi primeiramente utilizada
a mais de 100 anos, mas somente a partir dos anos 1950 é que ganhou notoriedade,
quando as aplicações práticas de campo aumentaram rapidamente.
A água utilizada para o método pode ser obtida de diferentes localidades como
água salina que tem origem dos mares, agua que vem da associação à produção do
petróleo, agua obtida através de poços artesianos que provém das chuvas que se
acumulam abaixo da superfície, e agua retirada de lagos ou rios. A fonte mais utilizada
são águas formadas pelos excedentes das chuvas que andam camadas abaixo da
superfície do solo e completam os espaços vazios entre as rochas.
Os métodos de injeção consistem em empurrar o óleo através das rochas com a
finalidade de direciona-lo para os sistemas coletores com uma maior fluidez sendo
assim possível maximizar a quantidade de óleo captado, fazendo com que a média de
produção seja mantida estável sem declínio.
A aplicação da injeção de água é responsável por mais da metade da produção
de óleo no mundo, porém este processo produz uma eficiência de varredura do
reservatório limitada, normalmente deixando uma considerável quantidade de óleo no
reservatório, isto ocorre devido à razão desfavorável de mobilidade entre o óleo e a
água, causada pela menor viscosidade da agua em relação ao óleo em muitos
reservatórios (MONTALVO, 2008, p.18).
A razão de mobilidade é a razão entre a mobilidade do fluido que ira deslocar
(w) atrás da frente de avanço e a mobilidade do fluido deslocado (o). A razão de
mobilidade é diretamente relacionada à eficiência de varrido de um reservatório.

Figura 03 - Recuperação Secundaria de petróleo (Água).

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Fonte: Engeprojnew

3.2 INJEÇÃO DE GÁS

A injeção de gás, que não se mistura com o óleo, é um método secundário de


recuperação utilizado em casos restritos. Sua estrutura é semelhante à operação de
injeção de água, com a adição de alguns equipamentos específicos, que aumentam os
custos do projeto. (LIMA, 2013, p.31).
O gás é injetado no meio poroso utilizando-se compressores que fornecem as
pressões e as vazões necessárias para o processo. O processo não requer que o gás
injetado se misture com o óleo do reservatório o deslocando para fora do meio poroso.
Na verdade, o nome mais adequado para o método é processo não-miscível de
injeção de gás. O papel do gás é d um simples agente mecânico de deslocamento.
(THOMAS, 2001, p.203)
O método de injeção de gás torna-se mais complexo e caro devido à escassez da
matéria prima, ao contrario da agua que pode ser facilmente adquirida e deslocada sem
maiores dificuldades, o gás necessita de uma maior logística e a dificuldade em
armazenamento e locomoção, tornam esse método mais caro e destinado apenas em
situação que os custos empregados sejam bastante inferiores aos ganhos obtidos com a
recuperação do poço produtor.

Figura 02 - Recuperação primária de petróleo (Gás).

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Fonte: Engeprojnews

4. MÉTODOS ESPECIAIS DE RECUPERAÇÃO

Pode-se dizer que o método especial de recuperação é empregado para atuar nos
pontos onde o processo convencional falhou, ou falharia caso fosse empregado
(THOMAS, 2001, p.205). Ou seja, quando os métodos de recuperação secundários ou
convencionais não são suficientes para um melhor aproveitamento do poço, é necessária
uma nova perspectiva para o aumento da produção utilizando técnicas especiais e mais
complexas.
Quando o óleo presente no reservatório possui altos valores de viscosidade, a
mobilidade fica comprometida com a utilização apenas dos métodos secundários. Parte
considerável dos hidrocarbonetos fica retida, pois o fluido injetado (de baixa
viscosidade) não se propaga de maneira adequada (LIMA, 2013, p.33).
Os métodos de injeção avançada de petróleo com frequência envolvem a injeção
de mais de um fluido. Num caso típico, um volume relativamente menor de uma
substancia química é injetada para mobilizar o óleo. Este primeiro banco injetado é
deslocado por um grande volume de outro fluido mais barato. A finalidade da segunda
injeção é deslocar eficientemente o primeiro banco químico injetado com a menor
deterioração possível (MONTALVO, 2008, p.18). Diferentemente das técnicas
secundarias as técnicas especiais se utilizam mais de um fluido para movimentar o óleo
no interior da rocha sendo o fluido secundário com valor menor o que não deixa a
operação com um custo ainda mais elevado.

4.1 MÉTODOS QUÍMICOS

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Estão agrupados como métodos químicos alguns processos em que se pressupõe
uma certa interação química entre o fluido injetado e o fluido do reservatório. São eles a
injeção de solução de polímeros, injeção de solução tensoativos, injeção de
microemulsão, injeção de solução alcalina, etc. não existe um ponto único de ataque
como nas outras categorias, sendo que alguns processos poderiam ser enquadrados
dentro dos métodos miscíveis (THOMAS, 2001, p.206).
Os polímeros são utilizados para majorar a viscosidade da água que será injetada
nos poços, os surfactantes são usados para diminuir a tensão superficial entre o óleo e
água e também entre a interface entre o óleo e as rochas que contém o óleo, e também
são utilizados ácidos, gases e solventes para somar na permeabilidade através da trama
de poros fornecendo uma nova pressão ao reservatório.
As substâncias alcalinas, ou álcalis, são adicionadas à água de injeção e reagem
com ácidos orgânicos presentes em determinados óleos, produzindo no reservatório
soluções tensoativas. Diversos são os efeitos dessas soluções dentro do reservatório,
entre eles o aumento da produção. Em geral, utiliza-se soda cáustica (LIMA, 2013,
p.39). Esse método químico não se mostrou eficaz, pois todos os materiais utilizados
para os processos provem do petróleo, o que leva a gerar um ciclo vicioso nos materiais
usados sendo que eles levam a um aumento da extração quando os mesmo são
derivados do petróleo.

4.2 MÉTODOS TÉRMICOS

O desenvolvimento dos métodos térmicos buscava a redução da viscosidade do


óleo através do seu aquecimento para aumentar a recuperação do petróleo. À medida
que outros efeitos igualmente benéficos foram aparecendo, os processos foram se
modificando, resultando-nos diversos tipos de métodos que se tem atualmente
(THOMAS, 2001, p.205).
Esse método e mais utilizado para recuperação de óleos pesados, esse artifício
consiste no provimento de energia térmica ao reservatório. Basicamente, ocorre através
da injeção de vapor, o vapor saturado é injetado no reservatório. Então a condensação
do vapor transfere energia direta ao óleo e diminui sua viscosidade, possibilitando a
libertação do gás dissolvido.
Outro método também pode ser realizado através da combustão in situ, que
incide na queima de parte do reservatório deslocando o óleo restante no reservatório

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para os poços de produção. Mas esse é um processo de grande complexidade, não sendo
muito aplicado, pois necessita de muitos recursos e seu custo é alto.

4.3 MÉTODOS MISCÍVEIS

Quando dois fluidos que não se misturam estão em contato, entre eles se
estabelece uma interface submetida a tensões interfaciais. Estas tensões de natureza
físico-química desempenham um papel também nas relações entre rocha e fluido,
podendo ser mais ou menos intensas, dependendo da natureza dos fluidos e da rocha.
Caso o fluido injetado e o óleo sejam miscíveis, isto é, se misturem, não existem nem
interfaces nem tensões interfaciais (THOMAS, 2001, p.206). Quando o material
injetado se mistura homogeneamente ao óleo facilitando sua movimentação
caracterizam-se os métodos miscíveis.
Os métodos miscíveis recebem este nome, pois a injeção feita é com um fluido
que seja totalmente miscível no óleo, evitando a formação de interfaces e as forças
capilares de retenção. A miscibilidade é uma propriedade que permite que os dois
fluidos ao entrarem em contato formem um sistema homogêneo, apresentando-se
apenas em uma fase (SANTOS, 2019, p.20).
O material injetado se mistura ao óleo formando uma única solução, sendo assim
facilitando seu percurso no interior da rocha o que facilita a sua coleta.
A injeção pode ser feita com hidrocarbonetos, sendo eles gás enriquecido, gás pobre a
alta pressão ou um banco miscível de gás liquefeito de petróleo (GLP), além de poder
injetar também o dióxido de carbono (CO2) (SANTOS, 2019, p.20).

4.4 OUTROS MÉTODOS

A recuperação microbiológica é obtida a partir da utilização de diferentes


microorganismos que, quando adequadamente escolhidos através dos seus processos
biológicos no interior do reservatório, produzem uma serie de substancias que causam
os mais diversos efeitos e que podem aumentar a recuperação do petróleo.
O conceito da recuperação microbiológica é de que os micro-organismos podem
colaborar de algumas formas distintas. Inicialmente, com os agentes que irão alterar os
atributos do óleo e facilitar a sua recuperação, e depois alguns desses atuantes podem
auxiliar no bloqueio de canais de grande permeabilidade, ou seja, em canais em que não

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existe mais a presença de óleo, evitando que a água que será injetada siga as aberturas
preferenciais criados no decorrer da recuperação secundária.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os campos maduros de petróleo representam uma enorme parcela na produção


do hidrocarboneto, por isso métodos de recuperação além de necessários são
extremamente recomendados visto que de acordo com as características do campo, do
poço, e do óleo que se deseja recuperar seu auge produtivo, o emprego da técnica certa
dará um retorno financeiro satisfatório.

6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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