Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Faculdade de Engenharia
Grupo I
Discentes:
Doutel Caixão
Nurdine Aruna
Salima Marques
Selma Napica Docente:
Valden Lizai Paulo Nguenha, Msc
i
1. Introdução
No presente trabalho pretende-se fazer a caracterização dos diferentes sistemas de recuperação de
petróleo e gás, tendo em conta os seus diversos tipos e caraterísticas. Sendo estes subdivididos em
três principais categorias, pela sua complexidade e capacidade de remover o hidrocarboneto dos
poros, podendo ser primário, secundário ou ate terciário.
1.2.Objetivos
1.2.1. Geral:
➢ Caraterizar os sistemas recuperação de petróleo e gás.
1.2.2. Específicos:
➢ Descrever o método primário;
➢ Diferenciar os métodos secundários de recuperação de Petróleo e Gás;
Para o cumprimento dos objetivos acima citados, recorreu-se à diversas bibliografias relacionadas
com o estudo de Petróleo e Gás assim como os sistemas de recuperação destes recursos, assim
como experiências relacionadas com as tais matérias e conhecimentos básicos em ferramentas
Microsoft e outras ferramentas.
2
2. Métodos de recuperação
Baseadas na ideia de que baixas recuperações eram resultado de baixas pressões nos reservatórios,
as primeiras experiências buscavam fornecer pressão ao reservatório por meio a injeção do fluido
no meio poroso e ocupar espaço deixado por este. Como nem sempre o aspeto mais critico do
fluxo dos fluidos nos meios porosos é a baixa pressão, a simples injeção de fluidos para deslocar
outros fluidos nem sempre resultava em sucesso. Como resultado da observação e da análise dos
comportamentos dos meios porosos quando submetidos a injeção de fluidos, surgiram os diversos
processos que se conhecem atualmente [1].
Durante a vida dos poços de petróleo, o processo de produção geralmente passa por três etapas. A
primeira etapa é a recuperação primária onde usa-se a fonte natural de energia. A segunda etapa é
a denominada recuperação secundária, onde tem como objetivo manter a pressão do reservatório
por uma injeção de fluidos. O aumento dos preços mundiais de petróleo incentivou os produtores
a usar novos desenvolvimentos técnicos. A terceira etapa é a chamada Recuperação Avançada de
Petróleo (EOR) que é uma coleção de métodos sofisticados para extrair o máximo de óleo de um
reservatório [2].
Nos últimos anos o termo EOR tem sido substituído por IOR (Improved Oil Recovery), pois este
último engloba, alem dos antigos métodos de EOR, ou seja, os antigos métodos especiais,
quaisquer métodos não convencionais que tenham o objectivo de aumentar a recuperação e/ou
acelerar a produção em relação a produção primaria ou secundaria. [4]
Para os processos cujas tecnologias são bem conhecidas e cujo grau de confiança na aplicação é
bastante elevado, como injeção da água e gás, dá-se o nome de métodos convencionais de
recuperação. Para os processos mais complexos e cujas tecnologias ainda estão satisfatoriamente
desenvolvidas, métodos especiais de recuperação [1]
3
2.1.Métodos Convencionais de Recuperação
Ao se injetar um fluido em um reservatório com a finalidade única de deslocar o óleo para fora
dos poros da rocha, isto é, buscando-se um comportamento puramente mecânico, tem-se um
processo classificado como método convencional de recuperação. Esse comportamento mecânico,
sem qualquer interação de natureza química ou termodinâmica entre os fluidos ou entre os fluidos
e a rocha, é o que se espera obter ao se injetar água ou ao se submeter o reservatório a um processo
não miscível de injeção de gás. Em outras palavras, não se espera que os fluidos se misturem entre
si ou interfiram na rocha-reservatório (Thomas, 2004, p. 201) citado por [3].
Para os processos cujas tecnologias são bem conhecidas e cujo grau de confiança na aplicação é
bastante elevado, como injeção da água e gás, dá-se o nome de métodos convencionais de
recuperação. Para os processos mais complexos e cujas tecnologias ainda estão satisfatoriamente
desenvolvidas, métodos especiais de recuperação [1].
É o método mais utilizado do mundo e foi primeiramente utilizado no campo de Bradford, EUA,
no início do século XX. A injeção de água, atua expulsando o óleo dos poros da rocha reservatório,
uma vez que estes fluidos não se misturam. [4]
O comportamento da água no meio poroso é o chamado deslocamento tipo pistão, como mostra a
figura.
4
Figura 1Esquema de injeção de água [4]
Quando a viscosidade do fluido injetado é muito menor que a do fluido a ser deslocado, o primeiro
se move muito mais facilmente no meio poroso, encontrando caminhos preferenciais e se dirigindo
rapidamente para os poços de produção. O óleo fica retido porque o fluido injetado não se propaga
5
adequadamente no reservatório, ficando grandes volumes de rocha nos quais o deslocamento não
se processou. No caso de altas tensões interfaciais, a capacidade do fluido injetado de desalojar o
óleo do reservatório para fora dos poros é bastante reduzida, deixando saturações residuais
elevadas de óleo nas regiões já contactadas pelo fluido injetado. No caso de altas tensões
interfaciais, a capacidade do fluido injetado de desalojar o óleo do reservatório para fora dos poros
é bastante reduzida, deixando saturações residuais elevadas de óleo nas regiões já contactadas pelo
fluido injetado (Thomas, 2004, p. 205) citado por [3].
O desenvolvimento inicial dos métodos térmicos buscava a redução da viscosidade do óleo através
do seu aquecimento para aumentar a recuperação de petróleo. Á medida que outros efeitos
igualmente benéficos foram aparecendo, os processos foram se modificando, resultando nos
diversos tipos de métodos que se tem atualmente.
Há dois tipos de métodos térmicos que diferem na maneira como é feito o aquecimento do fluido
do reservatório. Em um deles o calor é gerado na superfície e em seguida transportado para o
interior da formação, utilizando-se de um fluido. É chamado de Injeção de Fluidos Aquecidos. No
outro grupo o calor é gerado no interior do próprio reservatório a partir da combustão de parte do
óleo ali existente. Este segundo processo é chamado Combustão in situ (Thomas, 2004, p. 205)
citado por [3].
➢ Na injeção de fluidos aquecidos, utiliza-se a água como meio para transportar o calor da
superfície até o reservatório. A água é normalmente injetada na forma de vapor, mas pode
6
também ser injetada a uma temperatura elevada, porém ainda no estado líquido. Temos,
portanto, dois tipos de processos, a Injeção de Vapor e a Injeção de Água Quente.
➢ Na combustão in situ, se inicia por meio de uma injeção de ar aquecido, um processo de
oxidação do óleo que vai gerando calor, que por sua vez intensifica a oxidação num
processo crescente até se chegar a uma temperatura chamada “ponto de ignição”, a partir
do qual está estabelecida a combustão. A partir daí, continuando-se a injetar ar frio, o
processo tem continuidade. O calor gerado desencadeia processos que resultam no aumento
do fator de recuperação.
Os métodos miscíveis se ocupam da injeção de fluidos que venham a se tornar ou que sejam
miscíveis com o óleo do reservatório, de tal modo que não existam tensões interfaciais. Dessa
maneira, o óleo será totalmente deslocado para fora da área que for contatada pelo fluido injetado.
Os fluidos que podem ser utilizados para deslocamento miscível são preferencialmente o dióxido
de carbono, o gás natural e o nitrogênio (Thomas, 2004, p. 206) citado por [3].
Uma das características mais importantes da utilização do gás carbônico para os processos de EOR é
a sua forte tendência de dissolver-se no óleo, acarretando inchamento e vaporização do mesmo, facto
esse que resulta no deslocamento do óleo no interior do reservatório. Os processos miscíveis são
considerados “ideais” quando se trata de mecanismos de recuperação avançada, pois sua importância
7
está relacionada com a habilidade do CO2 de reduzir as forças capilares e interfaciais, que causam
retenção de óleo no reservatório [5].
Sendo assim, para garantirmos a miscibilidade entre o óleo e o gás, é necessário ter um
conhecimento aprofundado das características termodinâmicas das misturas óleo-gás, além do
entendimento dos mecanismos físicos e químicos envolvidos na miscibilidade entre os fluidos em
questão. Para isso, alguns requisitos devem ser respeitados, tais como:
8
➢ Banco de CO2 deslocado por injeção alternada de água e gás de hidrocarbonetos.
9
reservatórios que iram gerar a produção do fluido injetado implicando em uma baixa recuperação
de petróleo e eventualmente, um processo não econômico [2].
Para a utilização do polímero adequado são necessários testes em laboratório usando amostras de
testemunhos do reservatório e os fluidos presentes nos testemunhos auxiliam na escolha do
polímero. Os polímeros são sensíveis à degradação mecânica, química, térmica e microbiológica
e para que o método seja eficiente, as soluções poliméricas a serem injetadas precisam permanecer
estáveis por um longo período sob condições de reservatório. Na indústria do petróleo a
poliacrilamida parcialmente hidrolisada (HPAM) e a goma xantana são os polímeros mais
utilizados [2].
Na recuperação por injeção de polímeros, testes de interação ente a rocha e o fluido mostram qual
o tipo de polímero deve ser injetado na formação [8].
10
A recuperação microbiológica é obtida a partir da utilização de diferentes microrganismos que,
quando adequadamente escolhidos e através dos seus processos biológicos no interior do
reservatório, produzem uma série de substâncias que causam os mais diversos efeitos e que podem
aumentar a recuperação de petróleo. A recuperação através de ondas eletromagnéticas é um
processo de aquecimento do reservatório por meio de ondas eletromagnéticas ocasionadas pela
aplicação de uma diferença de potencial entre os poços do campo (Thomas, 2004, p. 207) citado
por [3].
11
3. Conclusão
O ciclo de vida de um reservatório de petróleo é dividido basicamente em três estágios. No
primeiro estágio apenas a energia provida do reservatório é utilizada para a recuperação dos
hidrocarbonetos, no segundo estágio técnicas especiais são utilizadas na recuperação para manter
a energia do reservatório que agora está em declínio. Nessa fase se caracteriza a utilização de
fluidos nativos do próprio reservatório para injeção, na maioria das vezes água.
O uso desses métodos quer de forma individual, quer em simultâneo, permitir aumentar a produção
de um reservatório. Até certo ponto um método pode ser inviável para um determinado reservatório
dependendo das caraterísticas do mesmo e do fluido que este contem, não permitindo maximizar
a produção. Sendo por vezes, necessário usar outros métodos.
12
4. Bibliografia
13