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Extração e refino do

petróleo

EETEPA- Paragominas
Turma: Agropecuária 23
Disciplina: Química
Alunas:
• Conceição
• Rute
• Samara
• Jhenifer
• Adriele
• Laize
Extração de petróleo

• Localização do campo de petróleo


Os geólogos usam técnicas sísmicas para pesquisar estruturas geológicas
que podem formar reservatórios de petróleo. O método “clássico” inclui
fazer explosões subterrâneas nas proximidades e observar-se a resposta
sísmica que fornece informações sobre as estruturas geológicas abaixo da
terra. No entanto, métodos polonivoros, que extraem a informação de
ocorrência sobrenatural das ondas sísmicas, também são conhecidos.
Outros instrumentos, como gravímetros e magnetômetros também são
usados na busca de petróleo. Quando extrai-se petróleo bruto,
normalmente se começa com a perfuração de poços em reservatórios
subterrâneos. Quando um poço de petróleo tem sido aproveitado,
geólogos (conhecido no meio como “ass”) irão notar sua presença.
Historicamente, nos EUA, alguns campos de carvoes existiam quando o
petróleo subiu naturalmente para a superfície, mas a maioria desses
campos já foram há muito utilizados, exceto alguns lugares no Alasca.
Muitas vezes, muitos poços (chamado poços multilaterais) são perfurados
no mesmo reservatório, para garantir que a taxa de extração seja
economicamente viável. Além disso, alguns poços (poços terciários)
podem ser usados para bombear água, vapor, ácidos ou várias misturas
para o reservatório para aumentar ou manter a pressão do reservatório, e
assim manter uma taxa de extração.

• Perfuração
O poço de petróleo é criado pela perfuração de um buraco na terra com
uma sonda de perfuração. Um tubo de aço (envoltório) é colocado no
buraco, para assegurar a integridade estrutural do poço recém-perfurado.
Buracos são feitos na base do poço para permitir que o petróleo passe
pelo furo. Finalmente, um conjunto de válvulas denominado “árvore de
Natal” é montado no topo, com as válvulas que regulam as pressões e os
fluxos de controle.
Na perfuração terrestre, um poço é perfurado verticalmente até atingir
uma área onde se acredita haver depósitos de petróleo. A perfuração é
feita utilizando brocas rotativas e a profundidade pode variar de poucos
metros a vários quilômetros. Uma vez que o poço é perfurado, ele é
revestido com tubos de aço para evitar desmoronamentos e vazamentos.

Na perfuração marítima, também conhecida como perfuração offshore, os


poços são perfurados no leito do oceano. Existem diferentes métodos de
perfuração offshore, como plataformas fixas, plataformas flutuantes e
unidades de perfuração móveis. Essas plataformas são ancoradas ou
fixadas ao fundo do oceano e utilizam tecnologia avançada para perfurar e
extrair petróleo

Extração e recuperação de petróleo

• Recuperação primária
Durante a fase de recuperação primária, a produção do reservatório vem
de uma série de mecanismos naturais. Estes incluem: água natural
deslocando óleo para cima, para o poço, a expansão do gás natural na
parte superior do reservatório, a expansão do gás inicialmente dissolvido
no petróleo bruto, e de drenagem por gravidade resultante da circulação
de óleo no alto do reservatório para as partes baixas onde estão
localizados os poços. O fator de recuperação durante a fase de
recuperação primária é tipicamente 5-15%.

Enquanto a pressão no reservatório subterrâneo de petróleo é suficiente


para forçar o óleo à superfície, tudo que é necessário é colocar um arranjo
complexo de válvulas (a árvore de Natal) sobre a cabeça do poço para
conectar o poço a uma rede de transporte tubular para o armazenamento
e processamento.
• Recuperação secundária
Durante o tempo de operação do poço a pressão vai diminuir, e em algum
momento haverá uma pressão subterrânea insuficiente para forçar o óleo
à superfície. Após a produção natural do reservatório diminuir, métodos
de recuperação secundária são aplicados. Eles contam com o
fornecimento de energia externa para o reservatório na forma de injeção
de fluidos para aumentar a pressão do reservatório, portanto, substituir
e/ou aumentar o impulsor natural do reservatório com um meio artificial.

Às vezes, as bombas, como bombas cabeça de cavalo e bombas elétricas


submersíveis (em inglês electrical submersible pumps, ESP), são usadas
para trazer o petróleo para a superfície. Outras técnicas de recuperação
secundária são o aumento da pressão do reservatório por injeção de água,
reinjeção de gás natural e gas lift, o qual injeta ar, gás carbônico ou algum
outro gás para o fundo de um poço de produção, reduzindo a densidade
global do fluido no poço. O fator de recuperação das operações típicas de
inundação com água é de cerca de 30%, dependendo das propriedades do
petróleo e as características da rocha reservatório. Em média, o fator de
recuperação após as operações de recuperação primária e secundária de
petróleo está entre 30 e 50%.

• Recuperação terciária
Métodos terciários, ou recuperação aprimorada de petróleo são de
aumento da mobilidade do óleo, a fim de aumentar a produção.

Métodos termicamente melhorados de recuperação de petróleo


(thermally enhanced oil recovery methods, TEOR) são técnicas de
recuperação terciária em que se aquece o petróleo, reduzindo assim a
viscosidade e facilitando a extração. A injeção de vapor é a forma mais
comum de TEOR e muitas vezes é feito com um planta de cogeração. Neste
tipo de central de cogeração, uma turbina a gás é usada para gerar
eletricidade e o calor é usado para produzir vapor, que é injetado no
reservatório. Esta forma de recuperação é usada extensivamente para
aumentar a produção de petróleo no Vale de San Joaquin, que tem
petróleo muito pesado, mas é responsável por 10% da produção de
petróleo dos Estados Unidos.[4] A queima in-situ é outra forma de TEOR,
mas em vez de vapor, alguma quantidade do óleo é queimada para
aquecer o óleo envolvente.

Ocasionalmente, surfactantes (detergentes) são injetados para alterar a


tensão superficial entre a água e o óleo no reservatório, a mobilização de
óleo que teria de outro modo permanecido no reservatório como óleo
residual.
Outro método de reduzir viscosidade é o alagamento por dióxido de
carbono.
A recuperação terciária permite que mais 5% a 15% do petróleo do
reservatório seja recuperado.
A recuperação terciária começa quando a recuperação secundária de
petróleo não é suficiente para continuar o impulso adequado, mas
somente quando o petróleo ainda podem ser extraído proveitosamente.
Isso depende do custo do método de extração e o então praticado preço
do petróleo. Quando os preços estão altos, os poços já não rentáveis são
trazidos de volta em produção e quando estão baixos, a produção é
limitada.

Tratamentos microbianos são um outro método de recuperação terciária.


Misturas especiais de micróbios são usados para tratar e quebrar a cadeia
de hidrocarbonetos de petróleo, tornando o petróleo fácil de recuperar,
além de ser mais econômico versus outros métodos convencionais. Em
alguns estados dos EUA, como o Texas, há incentivos fiscais para a
utilização destes micróbios no que é chamado de recuperação terciária
secundária. Muito poucas companhias fornecem estes processos, porém
empresas como a Bio Tech, Inc. tem-se revelado muito bem sucedidas em
toda as áreas alagadas do Texas.
• Fator de recuperação
A quantidade de óleo que é recuperável é determinada por uma série de
fatores, incluindo a permeabilidade das rochas, a força dos impulsos
naturais (a presença de gás, a pressão da água adjacente ou gravidade), e
a viscosidade do óleo. Quando as rochas reservatório está “compactada”,
como o xisto, o petróleo geralmente não pode fluir, mas quando elas são
permeáveis, como no arenito, o petróleo flui livremente. O fluxo de
petróleo é muitas vezes ajudado por pressões naturais ao redor das rochas
reservatório, incluindo o gás natural que pode estar dissolvido no óleo (ver
proporção de óleo de gás), gás natural presente acima do petróleo, água
abaixo do petróleo e da força da gravidade. Óleos tendem a abranger uma
ampla gama de viscosidade de líquidos, leves como gasolina a pesados
como o piche. As formas mais leves tendem a resultar em maiores taxas de
produção.

A engenharia de petróleo é a disciplina responsável pela avaliação da


localização dos poços e mecanismos de recuperação que serão
apropriados para um reservatório ou para estimar as taxas de recuperação
e reservas de petróleo anteriormente a produção real.
Refino do petróleo
O refino do petróleo consiste na separação dos seus componentes através
de processos que ocorrem nas refinarias.
O objetivo do refino é transformar o petróleo, uma mistura complexa de
hidrocarbonetos com diferentes propriedades físicas e químicas, em
frações mais simples e com grande utilidade. O fator determinante para
ocorrer a separação é a temperatura de ebulição de cada substância.Antes
de se obter as frações de hidrocarbonetos é necessário que ocorra a
eliminação de impurezas por meio de processos físicos. A decantação
promove a eliminação de água e a filtração retira pedaços de rochas
arrastados durante a extração.
O tamanho da cadeia carbônica influencia no estado físico das frações de
petróleo. Substâncias com grandes cadeias carbônicas tendem a ser
sólidas. Já as frações com menos átomos de carbono são gasosas e as de
cadeia intermediária são líquidas.
Os principais componentes obtidos no refino são: gás natural, gás
liquefeito de petróleo – GLP, gasolina e nafta.

• Etapas do processo de refino do petróleo


Após ser extraído, o petróleo bruto chega até as refinarias de petróleo por
meio de oleodutos e navios para que ocorra a separação e purificação dos
componentes.
Ao ser recebido na refinaria, o petróleo passa inicialmente pelos processos
de decantação e filtração.
As principais impurezas que chegam junto com o petróleo e precisam ser
removidas são: areia, argila, pedaços de rocha, água salgada ou salobra.O
processo de decantação retira a água salgada do petróleo. Pela diferença
de densidade, a mistura é separada deixando-a em repouso. A água (mais
densa) tende a se acumular na parte inferior e o petróleo (menos denso)
na parte superior. Na filtração, as impurezas sólidas, como areia e argila,
são retiradas do petróleo.
As frações do petróleo são obtidas com a utilização de processos físicos e
químicos interligados entre si. São eles: destilação fracionada, destilação a
vácuo, craqueamento térmico ou catalítico e reforma catalítica.

• Refinarias de petróleo
As refinarias de petróleo são responsáveis pela transformação do petróleo
bruto em seus derivados.
Principal fonte energética da atualidade, o petróleo é um combustível de
origem fóssil. Sua formação ocorre através da decomposição da matéria
orgânica (resto de animais e vegetais), que ficou durante milhões de anos
submetida a altas temperaturas, pressão da terra, pouca oxigenação, entre
outros fatores, formando, assim, as jazidas de petróleo.

Após a extração, o petróleo bruto passa por diferentes etapas de


transformação nas refinarias, que são grandes indústrias de
beneficiamento. Esse processo tem por objetivo realizar a separação dos
diversos tipos de hidrocarbonetos presentes no petróleo, proporcionando
a produção de seus derivados.
A primeira fase de uma refinaria são as colunas de fracionamento, onde
ocorre o aquecimento em altas torres de aço divididas horizontalmente,
cuja temperatura reduz conforme se direciona ao ápice da torre. Em
seguida, ocorre a evaporação e, posteriormente, o produto passa por
diversos níveis de condensação (passagem do estado gasoso para o estado
líquido). Em cada um desses níveis de condensação, é possível se obter um
derivado do petróleo.

Portanto, as refinarias são estruturadas para processar o petróleo e obter


uma grande variedade de derivados. Entre os principais produtos estão a
gasolina, óleo diesel, gás liquefeito, querosene para aviões a jato,
querosene para iluminação, solventes, lubrificantes, coque de petróleo,
resíduos e parafinas.
A maioria das refinarias localiza-se próxima aos principais pontos
produtores de petróleo, das cidades mais industrializadas e dos centros
mais populosos. Essa é uma estratégia para reduzir os custos com
deslocamento do produtor ao consumidor. No Brasil, por exemplo, há uma
grande concentração de refinarias na Região Sudeste, pois essa é a porção
mais industrializada, populosa e com os estados que mais produzem
petróleo (Rio de Janeiro e Espírito Santo) no país.

Foto de uma refinaria de petróleo

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