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PETRÓLEO

BORGES JR

ALCANOS EM
NOSSAS VIDAS
Petróleo
Introdução — o petróleo tem sua origem em pequenos
seres vegetais e animais da orla marítima, que foram
soterrados há milhões de anos. Pela ação de
microorganismos, da pressão, do calor e do tempo, essa
matéria orgânica foi transformada em petróleo.
Recurso não-renovável
A palavra petróleo vem do latim (petrae, pedra; oleum,
óleo), lembrando que é um material oleoso extraído das
rochas. O petróleo é um líquido escuro, oleoso, formado
por milhares de compostos orgânicos, com grande
predominância de hidrocarbonetos.
Ocorrência e extração
O petróleo é encontrado em bolsões profundos , às vezes em terra firme,
outras vezes abaixo do fundo do mar.
Ocorrência e extração
A prospecção de petróleo
A prospecção de petróleo
O método clássico é a detonação de cargas explosivas no
solo, seguida de medição das ondas de choque refletidas
pelas várias camadas do subsolo. O estudo dessas ondas
nos dá uma ideia da constituição do subsolo e da
possibilidade da existência de petróleo.

Atualmente, por meio de aviões e satélites artificiais, são


feitos também estudos que possibilitam definir as
regiões onde é maior a probabilidade de existir petróleo.
Essas técnicas modernas permitem a descoberta de
poços de petróleo com relativa facilidade.
Ocorrência e extração
A extração de petróleo no mar é mais difícil. A
Petrobras, atualmente, é uma das companhias
que detêm a tecnologia mais desenvolvida para
esse tipo de extração.
Observe uma plataforma com poço submarino:
Ocorrência e extração
Ocorrência e extração
Após a extração, o petróleo é transportado até as regiões consumidoras, por
meio de oleodutos ou de superpetroleiros, navios gigantescos que deslocam
milhares de toneladas. Como sabemos, o transporte marítimo desse tipo de
carga tem causado sérios desastres ecológicos, devido a acidentes com esses
petroleiros.
Refino do petróleo

Transportado em navios e oleodutos, o petróleo


vai para as refinarias de petróleo, onde sofre a
separação e purificação de seus componentes —
é o processo denominado refino ou refinação do
petróleo.
CRAQUEAMENTO E REFORMA
Cracking (ou craqueamento ou pirólise) — O termo vem do inglês to
crack (“quebrar”) e representa a quebra de frações mais pesadas
(moléculas maiores) do petróleo, que são transformadas em “frações
mais leves” (moléculas menores) por aquecimento (cracking térmico)
ou por aquecimento e catalisadores (cracking catalítico).
CRAQUEAMENTO E REFORMA
Reforming (ou reforma catalítica) — Por meio de aquecimento
e catalisadores apropriados, o processo denominado reforming
permite transformar hidrocarbonetos de cadeia normal em
Hidrocarbonetos ramificados, cíclicos e aromáticos, contendo
em geral o mesmo número de átomos de carbono.
Gasolina
Dos produtos obtidos no refino do petróleo, um dos mais importantes é
a gasolina, usada nos automóveis. O motor que normalmente equipa os
automóveis é o chamado motor a explosão de quatro tempos.
GASOLINA
Normalmente, a gasolina contém alcanos de C6H14 a C10H22, predominando,
porém, os compostos de fórmula C7H16 e C8H18. Destes últimos, o que dá melhor
desempenho ao motor de um automóvel é o 2,2,4-trimetilpentano, vulgarmente
chamado de isooctano; a ele foi atribuído um índice de octanos (octanagem) igual a
100. Pelo contrário, o alcano de pior desempenho nos motores a explosão é o
heptano normal, ao qual se atribuiu um índice de octanos igual azero.
GASOLINA
Uma maneira de aumentar a octanagem é adicionar à gasolina os chamados
antidetonantes.
Um dos antidetonantes clássicos foi o chumbo-tetraetila, Pb(C2H5)4, usado pela
primeira vez em 1922.
O antidetonante mais utilizado atualmente é o éter metilterciobutílico, cuja sigla
(MTBE) vem do inglês methyl tertbutyl ether.
No Brasil, o álcool anidro (sem água), que já vem adicionado à gasolina, funciona
também como antidetonante.
ATIVIDADES PARA SALA (PÁGINA 09)
ATIVIDADES PARA SALA (PÁGINA 09)
PETROBRÁS
Qual é o benefício da adição do etanol à gasolina?
O etanol é um combustível de produção renovável, o que é positivo
ambientalmente. Os motores atuais dos automóveis incorporam tecnologias
que permitem o seu pleno funcionamento com os combustíveis adequados
comercializados no mercado, seja gasolina ou etanol. 
PETROBRÁS

É verdade que o petróleo vai acabar?


O petróleo é considerado um recurso não renovável. Precisa de
milhões de anos para ser formado, seja em terra ou no mar. Atuamos
tanto na pesquisa para a descoberta de novos campos, a chamada
Exploração, quanto na Produção, que é a atividade de extração do
petróleo. 
No caso específico do Brasil, uma informação importante é que a
relação reserva provada / produção (R/P) da Petrobras é em torno de
19, o que significa que, mantido o ritmo de extração atual, temos
reservas com potencial de produção para 19 anos. Este número é
atualizado ano a ano, com base na estimativa de reservas provadas e na
produção acumulada realizada no ano. 
PETROBRÁS
Como se calcula o preço da gasolina nos postos?
Nossas refinarias produzem e vendem a gasolina 'A' (sem etanol) para as diversas
companhias distribuidoras de combustíveis, que adquirem o etanol anidro das usinas
produtoras e fazem a mistura dos combustíveis para revender aos postos a gasolina 'C'.
Assim, no preço que você paga na gasolina estão incluídos, além do preço da Petrobras, o
preço do etanol anidro, as margens brutas de distribuição e revenda e os tributos
estaduais (ICMS) e federais (CIDE e PIS/COFINS). A soma destes fatores equivale ao preço
final nos postos.
Embora livres, os preços dos produtores, das distribuidoras e dos postos de todo o país
são monitorados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis -
ANP, e os resultados podem ser consultados no site da Agência. 
Gás natural

Estima-se que o Brasil tenha reservas da ordem de 650 bilhões de m3 de gás


natural, situadas principalmente na bacia de Campos. O gás natural
proveniente dessa região é distribuído, através de gasodutos, para os estados do
Rio de Janeiro e de São Paulo. Há projeto de aproveitamento do gás natural da
região petrolífera do rio Urucu, no Amazonas, para a produção de energia
elétrica para os estados do Amazonas, do Acre e de Rondônia.
Para suprir a demanda de energia, o Brasil ainda necessita importar gás natural.
Através do gasoduto Brasil–Bolívia, construído em parceria pelos dois países, a
Bolívia fornece gás natural para várias cidades do Centro-Sul brasileiro.
O gás natural é um ótimo combustível, tanto pelo seu alto poder calorífico como
pelo fato de ser menos poluente do que os derivados do petróleo. É também um
ótimo ponto de partida para a indústria petroquímica, já que contém menos
impurezas do que o petróleo.

GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO (GLP)

É importante não confundir o gás natural (formado principalmente


por metano, CH4) com gás liquefeito de petróleo (GLP), que é uma
das frações obtidas nas refinarias de petróleo (formado
principalmente por propano, C3H8 e butano, C4H10). O GLP é o gás
engarrafado em botijões, para uso doméstico, ou em garrafas
maiores, para cozinhas industriais, para mover empilhadeiras etc.
É chamado de “liquefeito” porque, ao ser comprimido para dentro
do botijão, parte passa para o estado líquido — o que podemos
“sentir” balançando um botijão, ou mesmo ver em um isqueiro de
plástico transparente.
Xisto betuminoso
• É uma rocha impregnada de material oleoso, BETUME (5% a 10%)
semelhante ao petróleo.
• FONTE DE ENERGIA NÃO RENOVÁVEL
• RESERVA 4 VEZES MAIOR DO QUE O PETRÓLEO
• Em particular, o Brasil ocupa o segundo lugar nas reservas mundiais de xisto
— 1,9 bilhão de barris de óleo —, estando no Paraná (São Mateus do Sul) os
maiores depósitos conhecidos.
XISTO
• A grande dificuldade, contudo, é a extração do óleo do
xisto: a rocha deve ser escavada, moída e aquecida a
cerca de 500 °C para liberar o óleo bruto; em seguida, o
óleo bruto deve ser refinado, como acontece com o
petróleo.
• A usina construída pela Petrobras em São Mateus do Sul
pode processar 112.000 toneladas de minério por dia,
resultando desse total 52.000 barris de óleo, 890
toneladas de enxofre, 480 toneladas de gás liquefeito de
petróleo — GLP — e 1,86 milhão de m3 de gás
combustível leve — metano (CH4) e etano (C2H6).
METANO

O metano (CH4) é um gás incolor, inodoro e muito inflamável.


Sua mistura com o ar explode violentamente, quando em
contato com chama ou faísca.
Essa inflamabilidade já causou muitas explosões em minas de
carvão, no interior das quais ocorre a emanação do metano (a
mistura do metano com o ar é chamada, em mineração, de
grisu). Por esse motivo, os antigos mineiros usavam um tipo de
lampião cuja chama era protegida por uma tela metálica
(lâmpada de Davy) e, atualmente, todos os dispositivos
elétricos (lâmpadas, motores etc.) usados em minas de carvão
são blindados, para evitar perigo das faíscas elétricas.
METANO
O metano se forma também nos pântanos, pelo apodrecimento de vegetais, sendo por
isso chamado de gás dos pântanos.
Forma-se também nos aterros sanitários (aterros de lixo urbano), devido à atividade
de bactérias que se multiplicam no lixo .
BIODIGESTORES
A ideia de extrair gases do lixo é aproveitada nos
chamados biodigestores. Nesses aparelhos, são
colocados resíduos agrícolas, madeira, bagaço de cana-
de-açúcar, dejetos animais etc. (biomassa), cuja
fermentação produz o chamado biogás — mistura gasosa
formada principalmente por metano. O biogás é usado
como combustível em caldeiras, veículos etc., e o resíduo
formado no biodigestor é utilizado como fertilizante
agrícola. Esse é um bom exemplo de aproveitamento
racional da biomassa, uma vez que, além de produzir
energia, reduz os prejuízos que o lixo causa ao ambiente.
ATIVIDADES PROPOSTAS (PÁGINA 10)
ATIVIDADES PROPOSTASA SALA (PÁGINA 10)
ATIVIDADES PROPOSTASA SALA (PÁGINA 10)

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