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Faculdade de Engenharia
Investigação Operacional
Discente: Docente:
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Investigação Operacional
Discente: Docente:
3.5. Determinacao das ultimas datas de inicio das actividades- UDI, ou Ti .................... 15
Conclusão ................................................................................................................................. 18
Referências ............................................................................................................................... 19
Introdução
O Diagrama de Rede é uma ferramenta que organiza o sequenciamento das atividades que
precisam ser realizadas para se concluir um projeto. Essa é mais uma forma de criar o
cronograma de um projeto de consultoria focado nas principais atividades que precisam ser
realizadas em cada uma das etapas. A construção de um roteiro de projeto pode ajudar você a
visualizar o que precisa ser feito para alcançar o seu objetivo. O método do caminho crítico
ajuda a fazer exatamente isso. É uma técnica de gestão de projetos que envolve o mapeamento
das tarefas-chave ou tarefas críticas necessárias para concluir um projeto.
Tendo isso em vista, o objetivo geral deste trabalho é falar da construção e ordenamento de
redes, e tem como objetivo específico, ilustrar como funciona o digrama de redes, mostrar o
método mais importante e comum, bem como a sua relevância nos projetos.
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1. Construção e Ordenamento de Redes
De acordo com (Equipe Editorial do Conceito.de, 2020), do latim rete, o termo rede é usado
para definir uma estrutura que tem um padrão característico. Existem múltiplos tipos de rede,
nomeadamente a rede informática, a rede elétrica e a rede social. (Dicionário Priberam, n.d.),
diz que é um conjunto de relações e intercâmbios entre indivíduos, grupos ou organizações que
partilham interesses, que funcionam na sua maioria através de plataformas da Internet.
• A sua designação
• A sua duração
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Figura 2: diagrama de redes exemplificadas. fonte: (Luz, n.d.)
De acordo com (Luz, n.d.), Enquanto a Estrutura Analítica do Projeto busca responder a questão
do que deve ser feito no projeto, o diagrama de rede mostra como fazer as atividades e, por fim,
o cronograma do projeto determina quando fazer as tarefas do projeto. Dessa forma, o diagrama
de rede serve para mostrar todas as atividades relacionadas, do início do projeto até o seu final.
É essencial para o cálculo de duração total do tempo de execução do projeto. Além disso, auxilia
o planejamento e organização do que precisa ser feito.
O autor acima citado ainda diz que hoje, para o melhor controle de nossas obras, lançamos mão
de técnicas como o Program Evaluation and Review Technique (PERT) e o Critical Path
Method (CPM), ou Método do Caminho Crítico, surgidos no final da década de 1950 e no início
dos anos 1960. Finalmente, em 1964, surgiu o Diagrama de Precedências (MDP), desenvolvido
por Roy na França. Basicamente, esse diagrama representou uma evolução das técnicas
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anteriores e, devido a sua simplicidade, tem consolidado sua disseminação até os dias de hoje
em escritórios de projetos de pequeno, médio e grande porte.
Para (da Silva, 2007), existem dois tipos de redes de projecto: rede ‘‘AOA’’ (activities on arc)
e a rede ‘‘AON’’ (activities on nodes).
Neste tipo de rede, a identificação e a duração da actividade são inscritas nos vértices (nós) do
grafo sendo sequencia da execução indicada por arcos (setas) ligando vértices. Entre cada par
de vértices há apenas um e só um arco. A rede constitui um grafo orientado sem circuitos.
Neste tipo de rede, a identificação (A, B…) e a duração (2,3,4 dias…) da actividade são
graficadas nos arcos do grafo sendo os vértices denominadas de ‘Etapas’ que são numeradas.
Neste tipo de rede, entre cada par de etapas há apenas uma e só uma actividade (arco único).
Cada uma das actividades tem início numa ‘Etapa inicial’ e termina noutra etapa, distinta da
anterior, designada ‘Etapa final’. As etapas são numeradas para que a etapa inicial tenha
numeração inferior à da etapa final o que permite identificar as actividades pela numeração das
suas etapas de início e fim (por exemplo a actividade ‘1-10’ é a actividade A). A rede constitui
um grafo orientado sem circuitos.
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Figura 4: Ilustração de Rede AOA Fonte: (da Silva, 2007)
Com aplicação deste método, identifica-se as tarefas necessárias para a conclusão do projecto
e determina as flexibilidades de agendamento. Um caminho crítico na gestão de projetos é
sequência mais longa de actividades que devem ser concluídas a tempo para que o projecto
inteiro seja concluído.
A utilização deste método na programação da produção ocorre toda vez que devemos programar
produtos únicos e não repetitivos. E existem dois métodos distintos: PERT e CPM (da Silva,
2007).
Para (da Silva, 2007), essas são algumas razoes pelas quais deveria se considerar este método:
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• Ajuda a evitar gargalos: os gargalos nos projetos podem acarretar a perda de tempo
valioso. Esquematizar as dependências dos projetos com um diagrama de rede dará uma
ideia melhor das actividades que podem e não podem ocorrer em paralelo, permitindo-
lhe elaborar o cronograma de maneira correspondente.
De acordo com (Martins & Laugeni, 2005), as principais fases para a elaboração da rede do
projecto são:
Como se referiu, para desenhar a rede do projecto é necessário conhecer as tarefas e a sua
dependência. Assim, para as redes anteriores, a lista das actividades e dependências é a seguinte:
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2.2.2. Desenhar a Rede AOA
Para desenhar a rede graficam-se a etapa inicial do projecto (entrada única na rede) e as
actividades A, B e C (início do projecto).
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Figura 7: imagem retirada de (da Silva, 2007)
Veja-se que foram usadas actividades fictícias (duração e recursos nulos) para colocar G
dependendo de A e B, pois D só depende da conclusão de A e as actividades ‘E’ e ‘I’ dependem
só da conclusão de B. agora graficam-se H e J e completa-se grafo com etapa final do projecto.
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Veja-se que:
• A rede tem início e fim em etapa única e que é um grafo orientado sem circuitos.
• As etapas foram numeradas de forma que, em cada actividade, o número da etapa inicial
é menor do que o número da etapa final.
• O intervalo de numeração é livre devendo ser tanto maior quanto maior for a previsão
de necessitar introduzir novas etapas, em particular quando, posteriormente, se pretende
efectuar otimização de recursos.
3. Exemplo de Utilização das redes em um Projeto
Os custos seriam:
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3.1. PERT
No método PERT (Program Evaluation and Review Technique), a cada actividade atribuem-se
três durações distintas:
• Duração de otimista: A;
• Duração mais provável: M;
• Duração pessimista: B.
Para que o algoritmo de solução possa ser aplicado, determina-se a duração media (T) da
actividade pela expressão:
(𝐴 + 4 × 𝑀 + 𝐵)
𝑇=
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Essa aproximação é proveniente da hipótese de que sua duração não é fixa, mas é uma variável
aleatória que segue uma distribuição ß de probabilidades. Caso seja decidido utilizar o método
PERT, poderão ser desenvolvidos cálculos estatísticos que mostram a probabilidade de um
projecto ser terminado até uma certa data. Depois de determinada a data media T de cada
atividade, aplica-se o algoritmo do método do caminho critico para a determinação da duração
projecto. (Martins & Laugeni, 2005).
3.2. CPM
Para a utilização do método CPM, deve-se determinar uma única duração para cada actividade
e aplicar o algoritmo do caminho critico. Para a representação do algoritmo do caminho critico,
supomos que cada actividade tenha uma única data, seja a data atribuída pelo método CPM,
seja a data media calculada pelo método PERT. Desejamos determinar a duração do projecto
do exemplo acima citado (Martins & Laugeni, 2005)
A rede do projecto é:
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Figura 11 extraída de (Martins & Laugeni, 2005)
• Inicio de B
Para que a actividade B possa ser iniciada, pela dependência apresentada na rede, a actividade
A deve estar terminada. Portanto, se a actividade A é iniciada na data 0, como sua duração é 3,
deve terminar em 0 + 3 = 3. Consequentemente, a actividade B tem sua PDI em 3, que se
colocou sobre o nó 2, que representa o início da actividade B.
• Inicio de D.
Para que a actividade D possa ser iniciada, pela dependência apresentada na rede, a actividade
E deve estar terminada. Portanto, se a actividade E é iniciada na data 0, como sua duração é 7,
deve terminar em 0 + 7 = 7. Consequentemente, a actividade D tem sua PDI em 7, que se
colocou sobre o nó 3, que representa o início da actividade D.
• Inicio de F.
Para que a actividade F possa ser iniciada, pela dependência apresentada na rede, a actividade
E deve estar terminada. Portanto, se a actividade E é iniciada na data 0, como sua duração é 7,
deve terminar em 0 + 7 = 7. Consequentemente, a actividade F tem sua PDI em 7, que deveria
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ser colocada sobre o nó 3, que também representa o inico da actividade F. no caso, a PDI para
esse nó já foi obtida a partir da actividade D sobre o nó 2.
• Inicio de C.
Para que a actividade C possa ser iniciada, pela dependência apresentada na rede, a actividade
C depende do término das actividades B e D. O término da actividade B ocorre na data: início
de B + duração de B = 3 + 5 = 8. O término da actividade D ocorre na data: início de D +
duração de D = 7+3 = 10. Portanto, a actividade C somente pode ser iniciada na data 10, que
se marcou no nó 4, início da actividade C.
A determinação das PDIs não significa que todas as actividades devem ser iniciadas na data
marcada, mas somente que a actividade não pode ser iniciada antes daquela data. Existem
actividades que devem ser iniciadas na PDI, sob pena de que a duração do projecto seja alterada-
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são chamadas de actividades críticas. Mas há aquelas que podem ter um relativo atraso em seu
início- são as actividades que têm folga. (Martins & Laugeni, 2005).
Para que se possa determinar cada um dos tipos de actividade, devemos determinar as últimas
datas em que ela pode ser iniciada sem comprometer a duração final do projecto. São as UDIs,
ou as últimas datas de início de cada actividade. Para isso, marca-se as datas do fim para o
começo da rede a partir da pergunta: qual seria a última data possível para o início da actividade
sem que a duração do projecto fosse alterada?
• UDI no nó 4
Qual é a última data possível para iniciar a actividade C de forma a não alterar a duração do
projecto? UDI = (UDI do nó 5)2 duração de C = 14 – 4 = 10.
• UDI no nó 3.
Desse nó se originam as atividades D e F. qual é a última data possível de iniciar as actividades
D e F de forma a não alterar a duração do projecto? Deve-se analisar cada actividade
separadamente:
UDI para D: 10 – 3 = 7
UDI para F: 14 – 2 = 12
A data a ser selecionada deve satisfazer a D e a F. Assim, se fosse selecionada a data 12 tanto a
actividade D quanto a F poderiam ser iniciadas na data 14. Contudo, se a actividade D iniciasse
em 12 e considerando que ela dura 3 e apos D, há a actividade C, que dura 4, resultaria que o
projecto somente terminaria na data 19, contrariando a data de termino (14), portanto, a data
que deve ser colocada no nó é a data 7, que atende as actividades D e F.
• UDI no nó 2
Qual é a última data possível para iniciar a actividade B de forma a não alterar a duração do
projecto?
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• UDI no nó 1.
Qual é a última data possível para iniciar as actividades ‘A’ e ‘E’ de forma a não alterar a duração
do projecto? A análise a ser realizada é idêntica á analise feita para o nó 3. Vejamos: para a
actividade A, a UDI é: 5 – 3 = 2; e para a actividade E a UDI é: 7-7= 0. Portanto, a UDI do nó
1 é 0. A figura abaixo apresenta todas as datas.
Figura 13: Redes do Projecto- datas PDI e UDI. Fonte: (Martins & Laugeni, 2005).
Entende –se por caminho a sequência de actividades que ligam o início ao fim do projecto, no
caso o nó 1 ao nó 5. Identificando esses caminhos, temos:
Caso haja algum atraso na duração de qualquer uma das actividades do caminho 2 (EDC),
haverá um aumento na duração do projecto. Portanto, este é o caminho que determina a duração
do projecto e que é chamado de caminho critico. As actividades que formam o caminho critico
são chamadas actividades críticas. As demais actividades, não críticas, apresentam uma folga
em suas durações.
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Conclusão
Em suma, essa é mais uma forma de criar o cronograma de um projeto focado nas principais
atividades que precisam ser realizadas em cada uma das etapas.
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Referências
Ang, J. (02 de Junho de 2022). O que é um diagrama de rede e como ele melhora os fluxos de
trabalho? Obtido em 12 de Maio de 2023, de VENNAGE:
https://pt.venngage.com/blog/diagrama-de-rede/
Equipe Editorial do Conceito.de. (17 de Janeiro de 2020). Rede - O que é, conceito e definição.
Obtido em 18 de Maio de 2023, de Conceito.de: https://conceito.de/rede
Luz. (s.d.). O que é o diagrama de rede e como usar em um cronograma de projeto? Obtido em
16 de Maio de 2023, de Luz: https://luz.vc/diagrama-de-rede-o-que-e-como-
usar#Para_que_serve_o_diagrama_de_rede
Martins, P. G., & Laugeni, F. P. (2005). Administração da Produção. Saraiva: São Paulo.
Vitor, J. (18 de Janeiro de 2019). Entendendo o diagrama de redes do seu projeto. Obtido em
19 de maio de 2023, de Guia de Engenharia:
https://www.guiadaengenharia.com/diagramas-redes-elementos/
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