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MANUAL

DE APOIO

Curso/Unidade: Formador/a:
Tipologias de redes Paulo Cardoso

Código da Unidade: Carga horária:


UFCD 0825 25h
Índice
1. Objetivos do curso.............................................................................................................................................................. 2
2. Conteúdos programáticos .............................................................................................................................................. 3
3. Introdução às redes........................................................................................................................................................... 4
4. Tipos de redes de computadores............................................................................................................................... 5
LAN ........................................................................................................................ 5
MAN ....................................................................................................................... 6
WAN ...................................................................................................................... 6
Comparação entre LAN’s e WAN’s .............................................................................. 6
5. Rede cliente-servidor ....................................................................................................................................................... 6
6. Rede peer-to-peer .............................................................................................................................................................. 7
7. Tipos de servidores ........................................................................................................................................................... 7
8. Componentes de uma Rede ........................................................................................................................................... 8
Placa de rede ............................................................................................................. 8
Routers ................................................................................................................... 10
Repetidores ............................................................................................................. 11
Bridges .................................................................................................................... 12
Gateways ................................................................................................................ 13
9. Transmissão de dados .................................................................................................................................................. 13
Sinais analógicos ................................................................................................... 14
Sinais digitais ........................................................................................................ 14
10. Modos informação analógica vs digital modulação ................................................................................. 16
11. Sistemas de Numeração (Binário, Octal, Decimal, Hexadecimal) .................................................... 18
12. Transmissão via porta série, paralela, USB, IEEE 1394, sem fios e FDD ....................................... 20
13. Conclusão ......................................................................................................................................................................... 24
14. Bibliografia ..................................................................................................................................................................... 24
Índice de Figuras
Figura 1 - Rede de computadores............................................................................................................................................ 4
Figura 2 - Placa de rede ............................................................................................................................................................... 9
Figura 3 - Placa fibra ótica ....................................................................................................................................................... 10
Figura 4 - Placa Wireless .......................................................................................................................................................... 10
Figura 5 - Router Wireless....................................................................................................................................................... 11
Figura 6 - Sinal analógico ......................................................................................................................................................... 14
Figura 7 - Sinal digital................................................................................................................................................................ 15
Figura 8 - Sinal analógico vs digital ..................................................................................................................................... 15
Figura 9 - Modem interno ........................................................................................................................................................ 18
Figura 10 - Modem externo..................................................................................................................................................... 18
Figura 11 - Sistema decimal.................................................................................................................................................... 19
Figura 12 - Tabela de conversão de bases ........................................................................................................................ 20
Figura 13 - Tecnologias Wireless ......................................................................................................................................... 22
1. Objetivos do curso
Os objetivos do curso são os seguintes:

 Identificar as várias formas de transmissão de dados.


 Identificar os diversos tipos de redes.

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2. Conteúdos programáticos
Introdução às redes:
 Necessidade das redes
 Tipos de redes
 Redes ponto-a-ponto
 Redes cliente-servidor
 Tipos de servidores
 Componentes de uma rede
 Transmissão de dados
 Modos informação analógica vs digital modulação
 Sistemas de Numeração (Binário, Octal, Decimal, Hexadecimal)
 Transmissão via porta série, paralela, USB, IEEE 1394, sem fios. FDD

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3. Introdução às redes
Tem-se observado uma utilização cada vez maior das redes de computadores através
dos computadores nas diversas atividades diárias. As operações bancárias, as
telecomunicações e o manuseio de muitos aparelhos informáticos são exemplos claros
das facilidades trazidas pela utilização dos computadores.
Pergunta: O que é uma rede de computadores?

Rede de computadores: conjunto de computadores e outros dispositivos informáticos


interligados entre si fisicamente, para comunicação e partilha de dados.

Figura 1 - Rede de computadores

Objetivos e vantagens das redes de computadores:


 Partilha de recursos físicos (ex: impressora, disco)
 Partilha de programas e ficheiros (ex: base de dados, pastas com documentos,
jogos)
 Intercâmbio de informação (ex: e-mail)
 Rapidez e eficiência no envio de informação (a informação chega mais rápido ao
destino do que se fosse entregue fisicamente)

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 Economia de tempo e custos no envio de informação (pode-se enviar informação
para mais que um destinatário ao mesmo tempo)
 Coordenação e estruturação (o facto de a informação se deslocar rapidamente
permite que se tomem decisões em tempo real, pode-se controlar a partir de um
determinado ponto toda uma actividade que esteja implementada a nível
mundial)
 Melhor organização do trabalho
 Supervisão e controlo do trabalho (o administrador pode consultar os logs para
verificar o que os utilizadores fazem)
 Calendarização de tarefas
 Definição de diferentes níveis de acesso à informação (consoante o estatuto do
utilizador pode ou não ter acesso a certas pastas)

4. Tipos de redes de computadores


Podem-se classificar quanto ao:
 Âmbito geográfico
 Tipo de servidor

Quanto ao âmbito geográfico existem 3 tipos:

 LAN (Local Area Network) – rede de área local


 MAN (Metropolitan Area Network) – rede de área metropolitana
 WAN (Wide Area Network) – rede de area alargada

LAN

LAN: rede local que interliga um conjunto de computadores localizados no mesmo


espaço físico e que cobre uma área geograficamente limitada - não ultrapassa algumas
dezenas ou centenas de metros, situando-se normalmente dentro de um edifício.

Exemplos: Rede de computadores da escola; rede de computadores de uma empresa.

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MAN

MAN: rede metropolitana que interliga diferentes redes locais (LAN´s) dentro de uma
área cuja extensão abrange a área de uma grande cidade ou região urbana.

Exemplo: rede de televisão por cabo disponível numa cidade.

WAN

WAN: rede alargada que interliga várias redes metropolitanas (MAN´s) numa área
geográfica consideravelmente grande, em que a área de abrangência pode ir desde uma
ampla região geográfica até à totalidade do globo.

Exemplos: WWW (World Wide Web), acesso sem fios à Internet através de um
telemóvel.

Comparação entre LAN’s e WAN’s

LAN´s WAN´s
 De alguns metros a alguns  De alguns kms a milhares de kms
kms
 Altas velocidades  Velocidades relativamente mais baixas que as LAN´s
 Baixas taxas de erros  Taxas de erros mais significativas
 Baixo custo  Custo relativamente mais elevado
 Geralmente são privadas  Geralmente são de utilização pública

Quanto ao tipo de servidor existem 2 tipos:

 Redes client-server (cliente-servidor)


 Redes peer-to-peer (igual para igual)

5. Rede cliente-servidor
Nesta rede, existe um ou mais computadores que desempenham funções especiais, que
consistem em prestar serviços aos outros computadores de rede. Um computador que
desempenha essas funções chama-se servidor (server) e os outros computadores que
utilizam esses serviços chamam-se clientes.

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Exemplos: WWW (World Wide Web), FTP, email.

6. Rede peer-to-peer
Nesta rede não existe diferenciação entre servidores e clientes, pois todos os
computadores estão em pé de igualdade uns com os outros (quanto à possibilidade de
partilharem e acederem à informação e aos recursos uns dos outros). Neste caso todos
os computadores da rede podem ser servidores e/ou clientes simultaneamente.

A principal característica desta rede é a possibilidade de qualquer computador poder


partilhar os seus recursos com qualquer outro computador da rede e, reciprocamente,
aceder aos recursos partilhados noutros computadores.

Exemplos: Aplicações LimeWire, Kazaa, eMule.

Comparação entre rede cliente-servidor e rede peer-to-peer:

Cliente-servidor Peer-to-peer

 Vocacionada para grandes grupos de  Vocacionada para pequenos grupos de


trabalho trabalho (2 até 12 postos)
 Proporciona a centralização do controlo  Proporciona uma gestão distribuída de
do funcionamento da rede controlo do funcionamento da rede
 Tem boas condições de segurança da  Não tem grandes preocupações com a
informação segurança da informação

7. Tipos de servidores
Existem diversos tipos de servidores, consoante as funcionalidades e aplicações,
hospedagem de dados e tráfego devem ser levados em consideração numa possível
aquisição.

Servidor partilhado - É o tipo mais comum de servidor. Também chamado de web


hosting partilhado, este servidor é mantido por uma empresa especializada. Nele, há

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espaço e recurso que são partilhados com uma série de outras empresas que utilizam o
serviço. É usado principalmente para pequenas empresas, e que não rodam aplicações
complexas – geralmente não excedem os 10 gigabytes.

Cloud Hosting - Este servidor funciona de maneira semelhante ao servidor partilhado.


No entanto, uma diferença é fundamental: trata-se de um dos tipos de servidores
escaláveis. Isso possibilita que vários servidores sejam colocados em linha, passando a
operar como se fossem um único servidor, mas de capacidade bem maior.

Virtual Private Servers - O Virtual Private Servers é o servidor intermediário entre os


serviços partilhados e aqueles de dedicação exclusiva. Embora seja uma mesma
máquina em uso, as partições são distintas, o que evita os riscos de ser “derrrubado”
quando houver instabilidade no servidor.

Servidor dedicado - Este é um tipo de servidor onde se aluga um servidor físico numa
empresa de web hosting. Nestes casos, o cliente tem acesso total ao servidor o que
permite que o utilizador rode toda e qualquer aplicação através dele.

8. Componentes de uma Rede


Placa de rede

Placa de rede: Dispositivo que permite ligar sistemas informáticos a uma rede de
computadores local (LAN).

As placas de rede variam consoante o formato, arquitectura, topologia e cablagem


utilizada em cada rede. Existem diferentes tipos de ligação da placa à rede, bem como
diferentes tipos de ligação da placa ao computador.

Ligação da placa à rede:


 Ligação com ficha RJ45 - a mais comum nos PC´s que utilizamos

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Figura 2 - Placa de rede

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 Ligação por fibra óptica - por a cablagem em fibra óptica ser livre de
interferências electromagnéticas, torna a placa imune a problemas da descarga
atmosférica

Figura 3 - Placa fibra ótica

 Ligação sem fios (wireless) - este tipo de placa possui uma antena de
transmissão e recepção de sinal para comunicar com a estação base

Figura 4 - Placa Wireless

Routers

Routers (roteadores): dispositivos de encaminhamento que interligam redes locais


diferentes, levando à constituição de uma WAN.

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Figura 5 - Router Wireless

Os routers são dispositivos apropriados para redes complexas, que contêm grande
número de segmentos, possuindo alguns desses segmentos, diferentes arquitecturas
físicas (hardware). É um equipamento usado para fazer a comutação de protocolos, a
comunicação entre diferentes redes de computadores, provendo a comunicação entre
computadores distantes entre si. Os routers são utilizados neste tipo de redes porque
são capazes de efectuar uma boa gestão do tráfego, ou seja, são capazes de determinar
qual o melhor caminho a seguir pelos dados, entre a sua origem e o seu destino. Um
exemplo de utilização de routers ocorre na Internet: esta grande rede está repleta de
routers, os quais tentam determinar, sempre que recebem um pacote de dados, qual o
melhor caminho para enviá-los ao seu destino. Os routers devido à sua sofisticação
podem ser lentos e dispendiosos pelo que a sua utilização é mais vantajosa para grandes
organizações.

Repetidores

Repetidores (repeaters): são equipamentos utilizados para interligação de redes


idênticas (dentro de uma rede local), pois eles amplificam e regeneram electricamente os
sinais transmitidos no meio físico.
Os repetidores recebem os sinais transmitidos ao longo do cabo e repetem-nos para o
segmento seguinte.

Os repetidores regeneram os sinais da rede: após receber o sinal os repetidores copiam


e retransmitem o sinal com mais potência (para anular a atenuação) e sem ruído. Como
resultado é possível aumentar a extensão de uma rede local, de forma que o conjunto de
segmentos interconectados se comporte como um único segmento.

São utilizados para estender a transmissão de ondas de rádio, por exemplo, redes
wireless e de telefones móveis. A limitação do número de repetidores é obtida de acordo

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com o protocolo utilizado (por exemplo, no protocolo Ethernet o número máximo é de
quatro). Um sistema pode conter vários slots de cabos e repetidores, mas dois
repetidores não podem estar a mais de 2,5 km de distância, e nenhum caminho pode
atravessar mais de quatro repetidores.

Bridges

Bridges: dispositivos que permitem dividir uma rede local em duas ou interligar duas
redes.

As bridges podem ser utilizadas para:


 Expandir o comprimento de um segmento aumentando o número de
computadores ligados da rede;
 Dividir uma rede sobrecarregada em duas redes separadas (o que reduz a
quantidade de tráfego em cada segmento);
 Ligar diferentes meios de transmissão (por exemplo: cabo coaxial e par
entrelaçado);
 Gerir o tráfego entre as 2 sub-redes, impedindo transmissões que não se
destinam a um dos segmentos;
 Filtrar as mensagens de tal forma que somente as mensagens endereçadas para
ela sejam tratadas e que pacotes com erros não sejam retransmitidos;
 Armazenar os pacotes quando o tráfego for muito grande;
 Funcionar como uma estação repetidora comum.

Uma bridge ignora os protocolos utilizados nos dois segmentos que liga, já que opera a
um nível muito baixo do modelo OSI - camada 2 –ligação de dados. A bridge somente
envia dados de acordo com o endereço do pacote. Este endereço não é o endereço IP
(internet protocol) mas o MAC (media access control) que é único para cada placa de
rede. Os únicos dados que são permitidos atravessar uma bridge são dados destinados a
endereços válidos no outro lado da ponte. Desta forma é possível utilizar uma bridge
para manter um segmento da rede livre dos dados que pertencem a um outro segmento.

As bridges diferem-se dos repetidores porque manipulam pacotes ao invés de sinais


eléctricos. A vantagem sobre os repetidores é que não retransmitem ruídos, erros, e por

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isso não retransmitem frames mal formados. Um frame deve estar completamente
válido para ser retransmitido por uma bridge.

Gateways

Gateways: dispositivos de interligação de redes locais que possuam arquitecturas (de


software e de hardware) diferentes.

Figura 6 - Gateway

Os gateways são dispositivos sofisticados que permitem a ligação entre sistemas com
diferentes protocolos, diferentes estruturas de formatação de dados, diferentes
linguagens, diferentes arquitecturas, etc. Basicamente, o que os gateways fazem é mudar
o formato dos dados de modo a serem compreendidos no destino.

9. Transmissão de dados
Sinais
A comunicação de dados entre duas máquinas é feita através da emissão de sinais. A
transmissão de sinais de uma máquina para outra tem que ser feita de modo a que o
receptor possa interpretar os sinais recebidos.

Os sistemas informáticos processam a informação através de sinais digitais, ou seja,


sinais eléctricos que codificam zeros e uns (bits).

Bit: unidade elementar de informação utilizada pelos computadores. Assume dois


estados diferentes – zero (0 - desligado) e um (1 - ligado).

Porém em algumas redes os sinais são transmitidos em formato analógico.

Temos assim dois tipos de sinais:

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 Sinais analógicos
 Sinais digitais

Sinais analógicos

Dizemos que uma informação é Analógica quando há uma variação contínua das suas
grandezas (brilho, som, cor, luminosidade, etc.). Tudo o que vemos, tudo o que ouvimos,
tudo o que sentimos são grandezas analógicas.

Exemplos: Um relógio em que o ponteiro dos segundos roda continuamente, podendo


tomar qualquer posição dá uma informação analógica. Da mesma forma, a fotografia,
onde as cores e a luminosidade podem tomar qualquer valor é também uma informação
analógica.

Na transmissão analógica, os sinais elétricos variam continuamente entre todos os


valores possíveis, permitidos pelo meio físico de transmissão.

Sinal analógico: assume uma forma de sinusóide e no mesmo espaço de tempo, pode
ter mais do que dois valores.

Figura 7 - Sinal analógico

Sinais digitais

Ao contrário da informação analógica, a Informação Digital, varia por níveis bem


distintos.

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Sinal digital: assume um formato de onda quadrática e possui apenas dois valores num
determinado espaço de tempo (1 e 0).

Exemplos: Um relógio em que o ponteiro dos segundos salta de segundo em segundo,


em vez de rodar continuamente, é um relógio digital; A comunicação entre o computador
e a impressora.

Figura 8 - Sinal digital

Figura 9 - Sinal analógico vs digital

Analógico ou Digital?

A pergunta é inevitável, então... Porquê digital se tudo ao nosso redor é analógico?

Existem várias e poderosas razões:

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 Preço: com a tecnologia atual, os sistemas digitais, são regra geral, muito mais
baratos que os seus antepassados analógicos;
 Qualidade: o sinal digital é extremamente fiável porque mesmo que se degrade
no percurso da transmissão, é possível incluir códigos de erros e utilizar técnicas
que permitem reconstituir o sinal original. Em termos de gravação, o sinal digital
não se degrada por cópias sucessivas ao contrário do que ocorre com as
gravações analógicas;
 Funcionalidade: os sinais digitais permitem a inclusão de uma variada gama de
serviços ou de opções adicionais que seriam difíceis ou mesmo impossíveis de
obter com sinais analógicos (encriptação, multiplexagem, interatividade, pay-per-
view, etc.);
 Modularidade: possibilidade de construção de grandes sistemas por meio de
módulos independentes, com fácil comunicação entre eles, e com possibilidade
de serem controlados e configurados à distância.
A tendência atual é para a generalização da utilização dos sinais digitais. Porém,
enquanto existirem redes analógicas na interligação de computadores e de redes, há que
ter em conta a conversão dos sinais digitais para analógicos e vice-versa. Para isso usam-
se técnicas de modulação e demodulação.

10. Modos informação analógica vs digital modulação


Modulação e demodulação

Modulação: conversão de sinais digitais para sinais analógicos.

Demodulação: conversão de sinais analógicos para sinais digitais (processo inverso ao


de modulação).

Os dispositivos que realizam estas operações são os modems.

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Figura 10 - Modem

MODEM: Dispositivo que converte os sinais digitais do computador em sinais capazes de


serem transmitidos pelas linhas telefónicas.

Permitem a ligação de sistemas informáticos a uma rede alargada (WAN) – rede


telefónica pública.

Têm como função modular/demodular sinais digitais/analógicos.

MODDEM = MOD + DEM (MODulação + DEModulação)

Existem diferentes tipos de modems, consoante o tipo de ligação, adequados para que a
modulação e a demodulação sejam realizadas adequadamente.

Tipos de modems:
 Internos – ligados no interior do computador, encaixam nos slots de expansão
da motherboard

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Figura 11 - Modem interno

 Externos - ligam à caixa do computador, através de um cabo, a uma porta série


ou USB

Figura 12 - Modem externo

11. Sistemas de Numeração (Binário, Octal, Decimal, Hexadecimal)


A conversão entre sistemas numéricos é realizada com base em regras. A quantidade de
algarismos disponíveis num sistema de numeração designa-se de base, sendo que a
representação numérica mais utilizada é a notação posicional (valor atribuído a um
símbolo dependente da posição em que este se encontra, num conjunto de símbolos).

Alguns sistemas de numeração

 Decimal (base 10)

 Binário (base 2)

 Octal (base 8)

 Hexadecimal (base 16)

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Sistemas Decimal

Tal como referido, o sistema Decimal é o sistema mais utilizado pelos seres humanos,
normalmente para indicar quantidades, e é constituído por dez
algarismos: 0,1,2,3,4,5,6,7,8,9.

Figura 13 - Sistema decimal

No sistema decimal cada algarismo tem um valor posicional, ou seja, cada algarismo tem
um peso de acordo com a sua posição na representação do valor.

Sistema Binário

O sistema binário é o sistema mais utilizado por máquinas, uma vez que os sistemas
digitais trabalham internamente com dois estados (ligado/desligado, verdadeiro/falso,
aberto/fechado). O sistema binário utiliza os símbolos: 0, 1, sendo cada símbolo
designado por bit (binary digit).

Sistema Octal

O sistema octal é um sistema de numeração de base 8, ou seja, recorre a 8 símbolos


(0,1,2,3,4,5,6,7) para a representação de um determinado valor. O sistema octal foi
muito utilizado no mundo da computação, como uma alternativa mais compacta do
sistema binário, na programação em linguagem de máquina. Actualmente, o sistema
hexadecimal é um dos mais utilizado como alternativa viável ao sistema binário.

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Sistema Hexadecimal

Sistema de numeração muito utilizado na programação de microprocessadores,


especialmente nos equipamentos de estudo e sistemas de desenvolvimento. Utiliza os
símbolos: 0,1,2,3,4,5,6,7,8,9 do sistema decimal e as letras A, B, C, D, E, F.
Equivalências: A=10, B=11, C=12, D=13, E=14 e F=15.

Tabela de conversão de bases

Figura 14 - Tabela de conversão de bases

12. Transmissão via porta série, paralela, USB, IEEE 1394, sem fios e
FDD
Porta Série

 Transmissão síncrona
o Um bit transmitido a cada pulso de clock
o Caracteres back−to−back
 Transmissão assíncrona - Utiliza Start bit para sinalizar o início de cada carater
 Modo Simplex
 Modo Duplex
 Modo Half−duplex

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Porta Paralela

 Porta paralela padrão (SPP)


o Projetada para interface com impressoras - Padrão Centronics
o Unidirecional
 Porta bi−direcional
 Enhanced Parallel Port (EPP) - Operação mestre−escravo
 Extended Capabilities Port (ECP) - Operação multimestre

USB - Universal Serial Bus

 Conector único para todos os periféricos


 Conexão de diversos periféricos num único conector
 Solução dos conflitos de recursos
 Detecção e configuração automática
 Baixo custo para o sistema e periféricos
 Implementação de baixa potência
 Hot−plugg

Firewire (IEEE−1394)

 Comunicação serial a 100, 200 ou 400Mbps


 Conexão ponto−a−ponto
 Topologia em árvore
 Configuração automática
 Hot pluggable
 Transferências isócronas e assíncronas
 Cabo até 4.5m
 Taxa variável - Dispositivos com taxas diferentes podem compartilhar o
barramento

Wireless

Redes sem fio são redes de comunicação entre dispositivos informáticos, como por
exemplo, computadores, telefones VoIP, impressoras, sem recurso à utilização de cabos
para fazer a interligação desses dispositivos. Para estabelecer essa interligação são
utilizadas radiofrequências ou infravermelhos. A sua utilização vai desde o uso de

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equipamentos de conversação como walkie-talkies até à utilização de satélites artificiais,
sendo a sua utilização mais comum para redes de dados entre computadores pessoais,
possibilitando dessa forma uma maior mobilidade e facilidade para aceder às redes de
dados como por exemplo a Internet.

As redes sem fio são classificadas essencialmente pela sua área de abrangência:

 Redes WPAN: Redes destinadas a interligar dispositivos fisicamente próximos,


tais como teclados e ratos ao computador, máquinas fotográficas, troca de dados
entre telemóveis e computadores, etc. São normalmente utilizadas para este tipo
de ligações as tecnologias Bluetooth ou Infravermelhos;
 Redes WLAN: São redes que utilizam ondas de rádio para criar redes de dados,
permitem estabelecer ligações à Internet ou criação de redes internas para
comunicação de dados. Será com certeza o modo mais popularizado de redes sem
fio e sem dúvida o mais utilizado;
 Redes WMAN: São redes com finalidades em tudo semelhantes às redes WLAN
mas a sua área de abrangência é um pouco maior e utilizam tecnologias
diferentes de transmissão das ondas electromagnéticas. Neste caso normalmente
é utilizada a tecnologia GPRS, UMTS, GSM, HSDPA, 3G/4G ou CDPD.

Figura 15 - Tecnologias Wireless

Sendo as redes sem fio utilizadas por vários utilizadores em simultâneo existem regras
para que esta coabitação “pacífica” possa ocorrer, de modo a que os vários utilizadores
da rede a utilizem sem chocarem entre si, chamasse a essas tecnologias, tecnologias de
acessos múltiplos.

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Poderão ser consideradas três classes de acessos múltiplos:

 Técnicas onde os utilizadores são identificados porque se lhes atribui slots


diferentes de frequência (FDMA), ou seja, é reservado uma determinada
frequência para que o utilizador estabeleça a comunicação;
 Técnicas onde aos utilizadores se atribuem um slot de tempo (TDMA), ou seja, é
reservado um determinado espaço de tempo para que o utilizador estabeleça a
comunicação;
 Existe ainda uma terceira técnica utilizada por exemplo nas comunicações
móveis e WLAN que tem terminologia de CDMA, que ao contrário das duas
anteriores que utilizam o tempo (TDMA) ou a frequência (FDMA), utiliza uma
codificação prévia dos dados de modo a poder estabelecer a comunicação e
possibilitar o múltiplo acesso à rede não dependendo de restrições o nível da
frequência ou tempo.

Existem ainda os métodos de Duplex, que permitem separar os sinais de envio e


recepção, existindo para esse fim duas abordagens, o FDD (Frequency Division Duplex) e
o TDD (Time Division Duplex). O FDD utiliza um par de bandas de frequências, uma para
enviar (uplink) e outra para receber (downlink). Esta tecnologia é utilizada por exemplo
em todos os sistemas móveis de segunda geração. O TDD utiliza uma única banda de
frequência para enviar e receber, são exemplos desta tecnologia os sistemas sem fio
DECT e as WLAN.

O WI-FI é a tecnologia por excelência para redes WLAN, regulamentada pelo IEEE
802.11. Essencialmente a função de uma rede WI-FI será a substituição dos cabos
Ethernet, normalmente utilizados para ligação entre equipamentos numa rede de dados
LAN. Essa ligação poderá ser efectuada em modo AdHoc, ou seja ponto a ponto, ou em
modo Infrastructure que já utiliza equipamentos emissores (Access Point)
possibilitando desta forma que vários utilizadores utilizem a rede em simultâneo
partilhando informação entre si.

Hoje em dia praticamente todos os fabricantes de equipamentos de rede disponibilizam


no seu portfólio equipamentos que utilizam esta tecnologia. As velocidades de
transmissão poderão variar entre os 11Mbit na norma 802.11b, os 54 Mbit nas normas
802.11g e 802.11a e os 300 Mbit quando utilizado a tecnologia MIMO na norma 802.11n
que actualmente já saiu a sua versão standard. É uma tecnologia tal como o Bluetooth,
ou seja, utiliza radiofrequências para estabelecer a comunicação conseguindo raios de
abrangência que poderão ir até aos 100 metros com um único equipamento transmissor
e frequências de transmissão na ordem dos 2.4 GHz nas normas 802.11b, 802.11g e
802.11n e 5GHz na norma 802.11a e 802.11n.

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Sendo esta uma tecnologia sem fios, a questão da segurança terá um papel essencial em
qualquer implementação. Para aumentar essa segurança foram criados standards
adicionais ao protocolo de forma a permitir aumentar esses factores. Em relação à
segurança existem essencialmente três níveis de segurança numa rede:

 WEP (Wired Equivalent Privacy) padrão do IEEE 802.11;


 WAP (Wi-Fi Protected Access);
 WPA2 (Wi-Fi Protected Access), standard 802.11i

Sendo o WAP um substituto e evolução da tecnologia WEP e o WAP2 uma evolução do


WAP, de salientar ainda ao nível de segurança que os protocolos WAP e WAP2 poderão
ser associados a um servidor RADIUS (IEEE 802.11x) para autenticar os utilizadores
num servidor e assim aumentar os níveis de segurança.

13. Conclusão
Neste manual foram abordados os conceitos fundamentais do módulo tipologias de rede
onde abordamos os principais conceitos de rede de computadores, a sua constituição, os
seus tipos e componentes. A evolução nesta área é brutal, sendo a tecnologia atualizada
constantemente. Contudo, com este manual podemos obter os conceitos básicos que são
sempre fundamentais no estudo desta temática ao longo da vida.

14. Bibliografia
 http://www.ece.ufrgs.br/~fetter/proc/ports.pdf
 http://www.safebit.pt/sites/default/files/PDF/Redes%20sem%20Fio.pdf

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