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MOTORES A JATO

Existem dois meios de geração de empuxo:


1 – Pegar massa de propelente existente dentro do veiculo e
expelir na direção contraria com alta velocidade;
2 – Pegar a massa de ar ao seu redor e adicionar quantidade de
movimento a essa massa

Acelerar massa á e acelerar a


Lect-6
CICLO BRAYTON

• O ciclo de Brayton foi proposto por George Brayton em 1870 para


utilização em motores a reação.

• Turbinas a gás modernas operam no ciclo Brayton e trabalham com


máquinas rotativas (compressor e turbinas).

• Motores a jato operam em em modo de ciclo aberto, sendo modeladas


como ciclo fechado considerando a rejeição de calor como exaustão
atmosférica.

• Combustão e exaustão substituídos por adição e rejeição de calor a


pressão constante.
Lect-6
CICLO BRAYTON

Empuxo ou Tração
APLICAÇÕES DO CICLO BRAYTON
• Motores aeronáuticos;
APLICAÇÕES DO CICLO BRAYTON
• Geração de potência elétrica: o uso de turbinas
a gás é muito eficiente;
APLICAÇÕES DO CICLO BRAYTON
• Engenharia naval (grandes embarcações).
CICLO BRAYTON
• Características:
– Ar é o fluido de trabalho
• Considerado gás ideal
– Ciclo aberto ou fechado
• Ar segue circuito fechado
– Combustão é substituída por aquecimento proveniente de fonte externa
– Exaustão do ar é substituída por um resfriamento rápido
– Todos os processos são internamente reversíveis
– Calor especifico ar = cte
– Evita-se complexidade da combustão
CICLO ABERTO
CICLO FECHADO
CICLO BRAYTON IDEAL
• O ciclo Brayton consiste de 4 processos internamente reversíveis:
1-2 Compressão Isentrópica (Compressor)
2-3 Adição de calor a pressão constante (Combustor)
3-4 Expansão Isentrópica (Turbina)
4-1 Rejeição de calor a pressão constante (Tubeira)
CICLO BRAYTON IDEAL

qin Isobárico 3
P Isentrópico
2 3 T qin

2 4

qout
1 4 1
qout

v s

Diagrama P-v e T-s diagramas


DIAGRAMA T-S PARA O CILO IDEAL DE UM
TURBOJATO

• 1 a 3 compressão isentrópica em um compressor


• 3 a 4 adição de calor a pressão constante
• 4 a 6 expansão isentrópica em uma turbina
• 6 a 1 rejeição de calor a pressão constante
CICLO BRAYTON
• O ciclo Brayton opera entre 2 linhas de pressão constante (isobáricas),
logo a razão das pressões é importante

• A razão entre pressões não é a taxa de compressão (volume)

• Diferente de motores a combustão:


– O ar não permanece no mesmo lugar ele circula
– Ao se analisar cada componente => volume de controle
CICLO BRAYTON IDEAL

 Balanço de energia para escoamento permanente em cada processo


termodinâmico pode ser expresso por:

(qin  qout )  (win  wout )  h


 A transferência de calor para e de um fluido realizando trabalho pode ser
expresso como:

qin h3  h2 c p (T3  T2 )

qout h4  h1  c p (T4  T1)


PROCESSOS
• Considerando escoamento de ar ideal” e variação da energia
cinética e potencial igual a zero ∆KE=∆PE=0

Isobárico 3
T qin

2 4

qout
1

s
CICLO BRAYTON IDEAL

• A eficiência térmica do ciclo ideal de Brayton considerando


processo para ar ideal torna-se:

wnet qout T  T1 T1(T4 / T1 1)


th,Brayton   1  1 4  1
qin qin T3  T2 T2 (T3 / T2 1)

Processos 1-2 e 3-4 são isentrópicos e 2-3 e 4-1 isobáricos

P2 P3 e P4 P1

Processos

ar ideal
CICLO BRAYTON IDEAL

• Substituindo estas equações na relação de eficiência térmica e


simplificando:

Onde, r é a razão entre pressões.

• A eficiência térmica de um ciclo de Brayton é, portanto, uma


função da taxa de pressão do ciclo e da relação de aquecimentos
específicos.
EFICIÊNCIA TÉRMICA DO CICLO BRAYTON

• O importante aqui é a
razão entre as
pressões
• A razão entre as pressões é
apenas... uma razão entre as
pressões
• A taxa de compressão é
uma taxa de volumes (ciclo Otto).
EFICIÊNCIA TÉRMICA DO CICLO BRAYTON
CICLO BRAYTON IDEAL COM REGENERAÇÃO

• A regeneração pode ser realizada 3


usando o ar quente que sai da turbina qin
para aquecer o fluxo de ar na saída T
do compressor.
• A eficiência térmica do ciclo de qregen 5’ 4
Brayton aumenta como parte do calor 5
rejeitado é reutilizado.
2
• A regeneração diminui os requisitos 6 q =q
saved regen
de entrada de calor (portanto,
combustível) para a mesma saída de 1 qout
trabalho de rede.

Regeneration
CICLO BRAYTON IDEAL COM REGENERAÇÃO

• A eficiência do regenerador é chamada de effectiveness (eficiência)

• Considerando escoamento como ar frio, a eficiência térmica de um


ciclo ideal de Brayton com regeneração é:

 T1 
th,regen 1  (rp ) ( 1)/ 
 T3 
• A eficiência térmica depende da temperatura e da razão de
pressão.
CICLO BRAYTON IDEAL COM:
INTERCOOLING, REHEATING AND REGENERATION

• O trabalho líquido de um ciclo de turbina a gás (Brayton) é a


diferença entre a saída de trabalho da turbina e a entrada de
trabalho do compressor.
• Ela pode ser aumentada diminuindo o trabalho consumido no
compressor ou aumentando o trabalho realizado pela turbina,
ou ambos.
• O trabalho necessário para comprimir um gás entre duas
pressões especificas pode ser reduzido realizando o processo
de compressão em estágios e resfriando esse gás: compressão
multi-estágio com inter-resfriamento.
CICLO BRAYTON IDEAL COM:
INTERCOOLING, REHEATING AND REGENERATION

• Compressão multi-estágio com inter-resfriamento.


CICLO BRAYTON IDEAL COM:
INTERCOOLING, REHEATING AND REGENERATION

• Da mesma forma, a saída de trabalho de uma turbina pode ser


aumentada por: expansão em múltiplos estágios com
reaquecimento.
• À medida que o número de estágios de compressão e expansão
aumenta, o processo se aproxima de um processo isotérmico.
CICLO BRAYTON IDEAL COM:
INTERCOOLING, REHEATING AND REGENERATION
• Expansão em múltiplos estágios com reaquecimento.
CICLO BRAYTON IDEAL COM:
INTERCOOLING, REHEATING AND REGENERATION

6 8
qin
T

qregen 5 9
7
4 2
10
qsaved=qregen
3 1 qout
s

T-s diagrama de um ciclo de turbina a gás ideal com


intercooling, reaquecimento e regeneração
CICLO BRAYTON REAL E IDEAL

• Os ciclos reais do
T
funcionamento de uma turbina
Pressure drop
a gás (Ciclo Brayton) diferem
dos quatro processos ideais 3
considerados. qin
• O processo de compressão e
os processos de expansão são
2a 4a
não-isentrópicos. 4s
2s
• Queda de pressão durante a
qout
adição de calor e rejeição de
calor. 1
• A presença de s
irreversibilidades provoca os
desvios acima. Diagrama T-s Ciclo Brayton Real
CICLO BRAYTON REAL E IDEAL

• A variação da eficiência dos compressores e turbinas reais em


relação as versões isentrópicas pode ser explicado usando o
conceito de eficiência isentrópicas.

Isentropic work h2s h1


C  
Actual work h2a  h1
Actual work h3  h4a
T  
Isentropic work h3  h4s

• Onde, 2a e 4a são os estados reais na saída do compressor e da


turbina e 2s e 4s são os estados isentrópicos correspondentes.
CICLO BRAYTON REAL E IDEAL

• O compressor precisa de mais trabalho do que o ciclo ideal e a

turbina gera menos trabalho.

• As eficiências isentrópicas refletem a quantidade de desvio dos

processos reais de compressão / expansão do ideal.

• Perdas de pressão total nos processos de adição / rejeição de calor

também precisam ser consideradas.


CICLO BRAYTON REAL E IDEAL

• Outras diferenças entre os ciclos Brayton ideais e reais


 Mudança de calores específicos com a temperatura
 Eficácia do permutador de calor (no caso de ciclos
regenerativos)
 Vazão mássica do combustível
 Eficiência de combustão
• Esses parâmetros são frequentemente usados na análise de ciclos
reais.
CICLO BRAYTON REAL E IDEAL

• Variantes do ciclo Brayton

 Reaquecimento

 Intercooling

 Regeneração

• Os ciclos reais serão diferentes dos ciclos ideais em termos das

irreversibilidades presentes de ciclo adicional.


CICLO BRAYTON REAL E IDEAL
• Ciclo real de Brayton com intercooling

 Eficiências isentrópicas de cada estágio do resfriamento

 Eficácia do trocador de calor do duto intercooling


 Ciclo real de Brayton com reaquecimento
 Eficiências isentrópicas de cada estágio de reaquecimento
 Perda de pressão total e eficiência de combustão durante o reaquecimento

• Ciclo de brayton real com regeneração

 Eficiência do trocador de calor


Lect-7

CICLOS TURBINA A GÁS

• Motores de turbina a gás operam em ciclos Brayton.


• O ciclo ideal de Brayton é um ciclo fechado, enquanto as turbinas
a gás operam no modo de ciclo aberto.
• O ciclo ideal assume que não há irreversibilidades nos processos,
o ar se comporta como um gás ideal com calores específicos
constantes e que não há perdas por atrito.
Lect-7
CICLO IDEAL PARA MOTORES A JATO

• Todos os motores a jato a ar operam no ciclo Brayton (modo ciclo


aberto).
• O modelo mais básico de um motor a jato é um motor turbojato.
• Alguns dos parâmetros de um ciclo de motor a jato são geralmente
parâmetros de projeto e, portanto, muitas vezes fixados a priori: por
exemplo. relação de pressão do compressor, temperatura de
entrada da turbina etc.
• A análise do ciclo envolve a determinação dos parâmetros de
desempenho do ciclo com os parâmetros de design conhecidos.
CICLO IDEAL PARA MOTORES A JATO
Combustion chamber/burner
Diffuser Compressor Turbine Nozzle

0 1 2 3 4 5 6 7
Afterburner

Terminologia
Lect-7
CICLO IDEAL PARA MOTORES A JATO
• Os diferentes processos no ciclo de turbojato são os seguintes:
 0-1: O ar de longe a montante é levado para a entrada de ar
(difusor) com alguma aceleração / desaceleração
 1-2: O ar é desacelerado à medida que passa pelo difusor
 2-3: O ar é comprimido em um compressor (axial ou centrífugo)
 3-4 O ar é aquecido usando uma câmara de combustão /
queimador
 4-5: O ar é expandido em uma turbina para obter energia para
acionar o compressor
 5-6: O ar pode ou não ser mais aquecido em pós-combustão,
adicionando mais combustível
 6-7: O ar é acelerado e exaurido pelo bocal.
Lect-7
CICLO IDEAL PARA MOTORES A JATO

4
T

5
3
7

2
0

Diagrama T-s para turbojatos sem afterburner


Lect-7
CICLO IDEAL PARA MOTORES A JATO COM
AFTERBURNER
• Afterburner: utilizado quando a aeronave precisa de um incremento substancial de
empuxo. Ex: para acelerar e voar em velocidades supersônicas.
• Como a relação ar-combustível nos motores de turbina a gás é muito maior do que
os valores estequiométricos, há quantidade suficiente de ar disponível para
combustão na saída da turbina.
• Não há componentes rotativos como uma turbina no pós-combustor, portanto as
temperaturas podem ser levadas a valores muito mais elevados do que aqueles na
entrada da turbina.
CICLO IDEAL PARA MOTORES A Lect-7
JATO COM
AFTERBURNER
6a
T

7a
5, 6

2
0

diagrama T-s para turbojato ideal com


afterburner.
Lect-7
MOTORES TURBOFAN

• A eficiência propulsiva é função da velocidade de saída dos gases em relação


a velocidade de vôo.
• Pode ser aumentada reduzindo a velocidade de exaustão efetiva.
• Em um motor turbofan, um ventilador de diâmetro maior que o compressor é
usado para gerar um fluxo de massa maior do que o núcleo
• Esta relação é chamada de razão de desvio.
• Os motores Turbofan têm maior eficiência propulsiva quando comparados aos
motores turbojato que operam na mesma faixa de velocidade.
Lect-7
MOTOR TURBOFAN IDEAL

2’ 3’ Secondary 7’
Diffuser nozzle

Fan Combustion chamber/burner


Compressor Turbine
Primary nozzle

0 1 2 3 4 5 6 7
Lect-7
MOTOR TURBOFAN IDEAL

Diffuser
2’ 3’ 7’ Nozzle

Fan Combustion chamber/burner


Compressor Turbine

0 1 2 3 4 5 6 7

Turbofan misto
Lect-7
MOTOR TURBOFAN IDEAL

• Os diferentes processos em um ciclo de turbofan não misturado são :


• 0-1: O ar do escoamento livre é levado para o difusor
• 1-2 ’: o ar é desacelerado à medida que passa pelo difusor
• 2'-3 ’: o ar é comprimido em um ventilador
• 2-3: O ar é comprimido em um compressor (axial ou centrífugo)
• 3-4: O ar é aquecido usando uma câmara de combustão / queimador
• 4-5: O ar é expandido em uma turbina que aciona o compressor
• 5-6: Utiliza ou não afterburner
• 6-7: O ar é acelerado e exaurido pelo bocal primário.
• 3'-7 ’: o ar no duto de bypass é acelerado e expandido
Lect-7

MOTOR IDEAL TURBOPROP/TURBOSHAFT

• Os motores turbohélice geram uma potência de eixo substancial além do impulso


da tubeira.
• Motores turboshaft, geram apenas potência de eixo. Esses motores são usados em
helicópteros. A potência do eixo é usada para acionar a lâmina do rotor principal.
• Em um motor turboélice, as vantagens e limitações são as da hélice.
• Tanto os turboélices quanto os turboshaft têm aplicações em velocidades
relativamente baixas.
Lect-7

MOTOR IDEAL TURBOPROP/TURBOSHAFT


Propeller
Nozzle
Compressor Combustion chamber/burner

Propeller
pitch
control

Gear box Compressor- Power turbine


turbine

Motor Turboprop
Lect-7

MOTOR IDEAL TURBOPROP/TURBOSHAFT

• Turboprops e turboshafts geralmente têm uma turbina livre ou turbina de


potência para hélice ou a lâmina do rotor principal (turbocompressores).
• As limitações estruturais exigem que a hélice de grande diâmetro gire a uma
taxa muito menor e, portanto, um redutor de velocidade é necessário.
• Turboprops também pode ter um componente de impulso devido ao jato de
escape, além do impulso da hélice. Nos turboshafts, no entanto, não há
componente de pressão devido ao bocal.
Lect-7
RAMJET IDEAL

• Ramjet é o mais simples de todos os motores aspirados.


• Consiste em um difusor, câmara de combustão e um bocal.

• Ramjets são mais eficientes quando operados em velocidades supersônicas.


• Quando o ar é desacelerado de um número Mach alto para um baixo número de
Mach subsônico, isso resulta em um aumento substancial na pressão e temperatura.
• Portanto, os Ramjets não precisam de compressores e, consequentemente, também
de turbinas.
Lect-7
RAMJET IDEAL

Diffuser Combustion chamber Nozzle

Flame holders

Supersonic Subsonic
compression compression
Lect-7
RAMJET IDEAL

4
T
a-2: Compressão Isentrópica
2-4: Combustão a pressão
2 constante
7
4-7: Expansão Isentrópica
a

Diagrama T-s motor Ramjet


RAMJET IDEAL Lect-7

• Em um ramjet, não há compressores e turbinas e, portanto, a análise é mais


simples.
• Como os ramjets dependem da compressão sem uso de compressor, os
ramjets não podem gerar empuxo estático.
• Portanto, os ramjets devem ser levados a uma velocidade suficientemente alta,
na qual os ramjets podem começar a gerar propulsão própria.
Lect-7
CICLOS COMBINADOS
• Utilização de ciclos termodinâmicos para avaliação do melhor combinação
de ciclos.
Turbine Based Combined Cycle Engine selection for Hypersonic Civil Transport

HYCAT
CICLOS COMBINADOS Lect-7

Turbine Based Combined Cycle Engine selection for Hypersonic Civil Transport
CICLOS COMBINADOS Lect-7

Turbine Based Combined Cycle Engine selection for Hypersonic Civil Transport
Lect-8
CICLO TERMODINÂMICO DE CADA COMPONENTE

 O funcionamento de qualquer motor a jato depende de componentes


para satisfazer cada ciclo termodinâmico:
• Difusor: desacelera o ar e alimenta o compressor;
• Fan: impulsiona o fluxo de massa através do by-pass;
• Compressor: compressão do ar admitido;
• Câmara de combustão: Injeção de combustível e combustão, resultando
em escoamento de alta entalpia;
• Turbina: Expansão dos gases da combustão gerando energia no eixo
para acionar o compressor;
• Bocal: Expansão e exaustão dos gases através do bocal para gerar
empuxo
• Afterburner: aumentar temperatura e pressão do escoamento na antes
do bocal;
Lect-8
PERFORMANCE DO SISTEMA DE ADMISSÃO
• Perdas no sistema de admissão ocorrem devido aos efeitos viscosos (fricção na
parede) e/ou ondas de choque (em uma entrada supersônica).
• Redução na pressão total.
• O fluxo é geralmente adiabático à medida que passa pela entrada.
• O desempenho é caracterizado usando a relação de pressão total e eficiência
isentrópica.
TERMINOLOGIA

Câmara de Combustão/burner
Difusor Compressor Turbina Tubeira

0 1 2 3 4 5 6 7
Afterburner

Seções motores turbojato


Lect-8

PERFORMANCE DO SISTEMA DE ADMISSÃO

P0a
0a 02 P02
T P2 V22/2cp
02s 2
2s
Perda de Entalpia
V02/2cp
P1
1 Pa

Processo ideal vs real da admissão


PERFORMANCE DO SISTEMA DE ADMISSÃO
Lect-8

• Eficiência isentrópica do difusor, ηd,

ht2s  h0 Tt2s Ta


d  
ht0  h0 Tt0 Ta
• A eficiência pode ser relacionado a razão da pressão total (πd)
e número de Mach

  1 2  ( 1)/ 
1 M  d 1
 2 
d 
( 1) / 2M 2
PERFORMANCE DO SISTEMA DE ADMISSÃO
Lect-8

• Eficiência isentrópica do difusor, ηd,

ht2s  h0 Tt2s Ta


d  
ht0  h0 Tt0 Ta
• A eficiência pode ser relacionado a razão da pressão total (πd)
e número de Mach

  1 2  ( 1)/ 
1 M  d 1
 2  𝑝
d  𝜋 =

( 1) / 2M 2


𝑝
Lect-8
PERFORMANCE DO SISTEMA DE ADMISSÃO

• Durante a análise de ciclo, o valor da eficiência isentrópica é


frequentemente calculado com base no número Mach.
• A eficiência isentrópica cai drasticamente conforme o número
de Mach aumenta.
• Isto é devido à presença de choques e às perdas de pressão
total resultantes.
• Existem correlações empíricas disponíveis para estimar a
eficiência do difusor em função do número de Mach.
PERFORMANCE DO SISTEMA DE
Lect-8

COMPRESSÃO/FAN

• Boa aproximação para processo adiabático.


• O desempenho do compressor é avaliado usando a
eficiência isentrópica, ηc

Trabalho ideal de compressão de acordo com


razão de compressão
C 
C Trabalho real de compressão de acordo com
razão de compressão

wci h h
   03s 02
wc h03  h02
PERFORMANCE DO SISTEMA
Lect-8
DE
COMPRESSÃO/FAN

T
P03
T03 03
03s
T03s

P02
T02 02

Processo real vs ideal do processo da compressão


PERFORMANCE DO SISTEMA
Lect-8

DE COMPRESSÃO/FAN

• A eficiência isentrópica é função da relação de pressão total e


da razão entre a temperatura total.
PERFORMANCE DO SISTEMA
Lect-8

DE COMPRESSÃO/FAN
• Além da eficiência isentrópica, utiliza-se o conceito de eficiência
politrópica na avaliação do desempenho de compressores
multiestágios.
• Relaciona a eficiência do processor de compressão pelo aumento
de pressão diferencial (local e não global).
PERFORMANCE DO SISTEMA
Lect-8

DE COMPRESSÃO/FAN
Eficiência politrópica, ηpoly, =e definida por:
Trabalho de compressão ideal para dado diferencial de pressão
 poly 
Trabalho de compressão real para dado diferencial de pressão

Para um compressor ideal pode-se utilizar relações isentrópicas,

É constante, portanto:
PERFORMANCE DO SISTEMA
Lect-8

DE COMPRESSÃO/FAN
Reescrevendo a equação acima,
dT0 γ 1 dP0

T0 γ poly P0
Integrando entre estágios 2 e 3,

A equação acima relaciona a eficiência isentrópica com


a relação de pressão assumindo uma eficiência
politrópica constante.
PERFORMANCE DA CÂMARA
Lect-8
DE
COMBUSTÃO
• Em uma câmara de combustão (ou combustor), existem dois
meios de perda de eficiência, combustão incompleta e perdas
totais de pressão.
• A eficiência de combustão pode ser analisada realizando um
balanço de energia através do combustor.
• Dois valores diferentes de calor específico a pressão constante:
um para o fluido na entrada do combustor e o outro para o fluido
na saída do combustor.
PERFORMANCE DA CÂMARA
Lect-8
DE
COMBUSTÃO

Eficiência da combustão,b

Onde, cpg é o valor médio para gases após o combustor e cpa é o valor
médio para o ar antes do combustor.
PERFORMANCE DA CÂMARA
Lect-8
DE
COMBUSTÃO

• Perdas na pressão total se devem à:


– Perdas viscosas na câmara de combustão
– Perda de pressão total devido ao processo de combustão
Perda de pressão total:,
P
 b  04 1
P03

• A eficiência de combustão é geralmente muito alta nos motores


de turbina a gás.
• Na análise de ciclo real, esses dois parâmetros são usados.
Lect-8
PERFORMANCE DA TURBINA
• O fluxo em uma turbina também é considerado adiabático,
embora em motores reais possa haver resfriamento da lâmina da
turbina.
• A eficiência isentrópica da turbina é definida de maneira
semelhante à do compressor.
Trabalho da turbina real para dada diferença de pressão
 turbina
Trabalho da turbina ideal para dada diferença de pressão

 turbina
Lect-8
PERFORMANCE DA TURBINA

T
P04
T04 04

P05
T05
T05s 05
05s

Processo real vs ideal Turbinas


Lect-8
PERFORMANCE DA TURBINA
Eficiência politrópica, ηpoly, =e definida por:

Trabalho da turbina real para dado diferencial de pressão


 poly 
Trabalho da turbina ideal para dado diferencial de pressão

Para uma turbina ideal pode-se utilizar relações isentrópicas,

É constante, portanto:
PERFORMANCE DO SISTEMA
Lect-8
DE
COMPRESSÃO/FAN
Integrando entre estágios 04 e 05,

A equação acima relaciona a eficiência isentrópica com


a relação de pressão assumindo uma eficiência
politrópica constante.
Lect-8
PERFORMANCE DA TUBEIRA

• O fluxo na tubeira também é adiabático.

• No entanto, as perdas em um bocal de expansão podem ocorrer


devido à expansão incompleta (sub ou superexpansão).

• O atrito pode reduzir a eficiência isentrópica.

• A eficiência é definida por

h06  h7
n 
h06 h7 s
Lect-8
PERFORMANCE DA TUBEIRA

P06
h
06 P6

P7

7
7s

Processo real vs ideal na Tubeira


Lect-8
PERFORMANCE DO AFTERBURNER

• Termodinamicamente afterburner é semelhante a uma câmara de


combustão.
• Os parâmetros de desempenho para um pós-combustor são,
portanto, a eficiência de combustão e a perda de pressão total.
• No caso de motores com pós-combustão, os parâmetros de
desempenho correspondentes para o afterburner precisam ser
levados em consideração.
Lect-8
EFICIÊNCIA MECÂNICA

• A eficiência mecânica às vezes é usada para explicar a perda ou


extração de energia naquele poço.
• A eficiência mecânica é definida como

Potencia do eixo utilizada pelo compressor


 m
Potencia do eixo entregue ao eixo pela turbina

• A eficiência mecânica é menor que 1(um) devido às perdas de


potência que ocorrem nos mancais do eixo e também na extração
de energia para acionar acessórios como bombas de óleo e
combustível.
Lect-8
EFICIÊNCIA TÍPICA DE CADA COMPONENTE

Component Figure of merit Type Value


Diffuser πd Subsonic 0.95-0.98
Supersonic 0.85-0.95
Compressor ηC - 0.85-0.90
Burner ηb - 0.96-0.99
πb 0.90-0.95
Turbine ηt Uncooled 0.85-0.92
Cooled 0.84-0.90
Afterburner ηab - 0.96-0.99
πab 0.90-0.95
Nozzle ηn - 0.95-0.98
Mechanical ηm - 0.96-0.99
CICLO REAL TURBOJATOS
Combustion chamber/burner
Diffuser Compressor Turbine Nozzle

a 1 2 3 4 5 6 7
Afterburner

Seções motores turbojato


CICLO REAL PARA MOTORES A JATO

T 4

3
7

2
a
s

Ciclo de turbojato real (sem pós-


combustão) em um diagrama de T-s
CICLO REAL PARA TURBOJATOS:
ADMISSÃO
• Para análise de ciclo real, devemos considerar cada componente
separadamente e determinar as condições de saída com base nos
parâmetros de entrada conhecidos.
• Admissão: número de Mach, Pressão e temperatura ambiente
conhecidos, Pa, Ta e M
CICLO REAL PARA Lect-10

TURBOJATOS
• Compressor: razão de COMPRESSOR
pressão
Saída de pressão no compressor:

P03   c P02
A eficiência do compressor é dada por :

Simplificando,
CICLO REAL PARA
TURBOJATOS
CÂMARA DE
COMBUSTÃO
• Balanço de energia para Câmara de Combustão,

• Assim, podemos determinar a razão entre combustível e ar e a


pressão total de saída da câmara de combustão.
CICLO REAL PARA
TURBOJATOS
TURBINA
• Turbina: uma vez que a turbina produz trabalho para
movimentar o compressor consideramos que:
Wturbine = Wcompressor

• Simplificando:
 /( 1)
 1 
P05  P04 1 (1 T05 / T04 )
 t 
CICLO REAL PARA TURBOJATOS
TUBEIRA
• Tubeira: Sem afterburner

A energia cinética na tubeira é dada por

Como, h07 = h06


CICLO REAL PARA TURBOJATOS
DIAGRAMA T-S
6a

T 4

7
5, 6
3

2
a
s

Ciclo real para turbojato com afterburner


CICLO REAL PARA TURBOJATOS COM
AFTERBURNER
• Afterburner: usado quando a aeronave precisa de um incremento
substancial de empuxo. Por exemplo para acelerar e navegar em
velocidades supersônicas.
• Como a razão ar-combustível nos motores de turbina a gás é
muito maior do que os valores estequiométricos, existe uma
quantidade suficiente de ar disponível para combustão na saída
da turbina.
• Não há componentes rotativos como uma turbina no pós-
combustor, as temperaturas podem ser levadas a valores muito
mais altos do que na entrada de turbinas.
CICLO REAL PARA TURBOJATOS COM
AFTERBURNER
• Para calcular a taxa de fluxo de combustível necessária para atingir
a temperatura de T6a, realizamos um balanço de energia
semelhante ao do combustor.
• A taxa de fluxo total de combustível, f, é igual à soma das taxas de
fluxo de combustível no combustor principal e no pós-combustor.
• f = f1 + f2
• Onde f1 é a taxa de fluxo de combustível no combustor principal e
f2, a taxa de fluxo de combustível no pós-combustor.
6
a
T 4
7
3 5,
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