1) A capacidade de orientação é fundamental para a atividade mental e pode ser afetada por pequenas alterações na consciência, comprometendo a orientação no tempo e espaço.
2) A orientação requer a integração de atenção, percepção e memória, sendo vulnerável a danos cerebrais.
3) Existem diferentes tipos de desorientação dependendo da causa subjacente, como redução da consciência, déficit de memória, demência, alterações do humor, delírios, déficit intelectual ou dissociação.
1) A capacidade de orientação é fundamental para a atividade mental e pode ser afetada por pequenas alterações na consciência, comprometendo a orientação no tempo e espaço.
2) A orientação requer a integração de atenção, percepção e memória, sendo vulnerável a danos cerebrais.
3) Existem diferentes tipos de desorientação dependendo da causa subjacente, como redução da consciência, déficit de memória, demência, alterações do humor, delírios, déficit intelectual ou dissociação.
1) A capacidade de orientação é fundamental para a atividade mental e pode ser afetada por pequenas alterações na consciência, comprometendo a orientação no tempo e espaço.
2) A orientação requer a integração de atenção, percepção e memória, sendo vulnerável a danos cerebrais.
3) Existem diferentes tipos de desorientação dependendo da causa subjacente, como redução da consciência, déficit de memória, demência, alterações do humor, delírios, déficit intelectual ou dissociação.
Orientação - A capacidade de situar-se quanto a si mesmo e quanto ao ambiente é
elemento básico da atividade mental. Pequenos rebaixamentos no nível da consciência são suficientes para comprometer a orientação de um paciente quanto ao tempo e ao espaço. Por isso, uma pessoa aparentemente vigil pode ter suas alterações detectadas pelo exame da sua capacidade de orientação.
A capacidade de orientar-se requer a integração das capacidades de atenção,
percepção e memória. A orientação também é excepcionalmente vulnerável aos efeitos da disfunção ou do dano cerebral. A capacidade de orientar-se é classificada em: 1) Orientação Autopsíquica Orientação do indivíduo em relação a si mesmo. Revela se o sujeito sabe quem é: nome, idade, data de nascimento, profissão, estado civil, etc. 2) Orientação Alopsíquica Capacidade de orientar-se em relação ao mundo. Subdivide-se em: a) Orientação espacial O lugar onde o paciente se encontra: nome da instituição, andar do prédio, bairro, cidade, estado e país. Pode-se perguntar a distância do local da entrevista até a residência do paciente (em quilômetros ou horas). b) Orientação temporal Pode-se aferir “do mais fácil para o mais difícil”: em que ano estamos? qual o mês? que dia da semana? que dia do mês? Também pode-se avaliar a noção que o paciente tem da duração dos eventos: a quanto tempo a senhora está internada? quando se alimentou pela última vez? É importante lembrar que a orientação temporal é adquirida mais tardiamente que a autopsíquica e a espacial na evolução neuropsicológica. Por isso, crianças com menos de 7 anos podem ter dificuldade em responder a essas perguntas sem que isso signifique, necessariamente, uma disfunção. Por fim, os tipos de desorientação podem ser distinguidos de acordo com a alteração de base que os condiciona:
– Desorientação por redução do nível de consciência: também
chamada desorientação torporosa ou confusa. O rebaixamento do nível de consciência altera a atenção, a concentração e a capacidade de perceber e reter os estímulos ambientais. É a forma mais comum de desorientação. – Desorientação por déficit de memória imediata e recente: também denominada desorientação amnéstica. O indivíduo não consegue reter as informações ambientais (apesar de percebê-las adequadamente).
– Desorientação demencial: é muito próxima da amnéstica. Em acréscimo à
perda da memória de fixação, há agnosia (déficit de reconhecimento ambiental) e perda/desorganização global das funções cognitivas. Ocorre nos diversos quadros demenciais (Doença de Alzheimer, demências vasculares, etc.).
– Desorientação apática ou abúlica: a pessoa se torna desorientada devido a
uma marcante alteração do humor e da volição, comumente em quadro depressivo.
– Desorientação delirante: ocorre em indivíduos em profundo estado delirante,
crendo com convicção plena que estão “habitando” o lugar e/ou o tempo de seus delírios. Pode ocorrer dupla orientação, em que o paciente ora reconhece estar no hospital sendo assistido por enfermeiros, ora afirma que está numa penitenciária cercado de carcereiros, por exemplo.
– Desorientação por déficit intelectual: em indivíduos com deficiência ou
retardo mental grave ou moderado. Há incapacidade ou dificuldade em compreender o ambiente e interpretar as convenções sociais (horários, calendários, etc.) que padronizam a orientação do indivíduo no mundo.
– Desorientação por dissociação ou histérica: normalmente acompanhada de
alterações da identidade pessoal e alterações da consciência secundárias à dissociação histérica.
– Desorientação por desagregação: em pacientes psicóticos, geralmente
esquizofrênicos em estado crônico e avançado. A desagregação profunda do pensamento pode impedi-los de orientar-se adequadamente quanto ao ambiente e quanto a si mesmos.
– Desorientação quanto à própria idade: definida como uma discrepância de
cinco anos ou mais entre a idade real e aquela que paciente diz ter. Acredita-se ser um bom indicativo clínico de déficit cognitivo na esquizofrenia.
Dalgalarrolo, Paulo. Psicopatologia dos transtornos mentais. 2ed. Porto Alegre: