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Orientação e Atenção

Fabiana Kubiak

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Orientação

 “Espaço e tempo não existem por si, mesmo quando estão vazios, nós
só os temos em ligação com objetos que os preenchem ou delimitam”
(Jaspers)

 Espaço e tempo são representações da interiorização do mundo


presente. Sempre estão presentes na vida psíquica.

 Homem x Tempo/espaço
 O saber: tempo objetivo;
 A vivência: consciência total do tempo;
 O lidar: tratar da temporalidade.

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Quadros clínicos

 Uso de substâncias psicoativas;

 Abstinência alcoólica (delirium tremens);

 Síndrome de Korsakov;

 Transtornos orgânicos - lesões corticais difusas (ex. Alzheimer).

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Orientação

 Capacidade de situar-se quanto a si mesmo e ao ambiente;

 Espacial;

 Temporal;

 Quanto a própria pessoa – autopsíquica;

 Quanto às pessoas circunstantes – alopsíquica.

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Alterações - desorientação

 Amnéstica: secundário ao esquecimento imediato do que acabou de


vivenciar.

 Delirante: pelo delírio, podem achar que vivem em outra época, mesmo
sabendo que as outras pessoas contam outra data, etc.

 Dupla orientação: sabem os dados corretos, mas acreditam que na


verdade é tudo aparência, estão em outra época, é tarde demais etc.

 Apática: lucidez, mas sem capacidade para formar juízo.

 Desorientação com turvação da consciência: não integram informações,


misturam realidade com dados fantásticos, oníricos.

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Alterações - desorientação

 Oligofrênica: incapacidade de compreender o ambiente, reconhecer e


interpretar as normas sociais (relógio, calendário, nomes).

 Histérica: quadros dissociativos ou de alterações da identidade pessoal


(possessão histérica ou desdobramentos da personalidade).

 Desorientação por desagregação: pacientes psicóticos crônicos, graves,


por desorganização de toda a atividade psíquica.

 Desorientação quanto à própria idade: discrepância de 5 anos ou mais .

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Semiotécnica da orientação

 Tempo: que dia é hoje? Qual o dia da semana? Qual o dia do mês? Que
mês nós estamos? E o ano? Qual a época do ano (começo, meio ou
final)? Que horas mais ou menos são agora?

 Espaço: Onde estamos? Que prédio é esse em que estamos? Que bairro
(ou rua) é esse (a)? Qual o caminho da sua casa até aqui? Que cidade
estamos? E o estado?

 Autopsíquica: Quem é o Sr? O que você faz? Qual sua profissão? Você é
casado? Qual sua idade? Quem são seus pais?

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Definições

 Direcionamento da consciência, o estado de concentração da atividade


mental sobre determinado objeto; focalização passiva ou ativa da
consciência sobre uma experiência.

 Refere-se à parte do aparato cognitivo que permite ao indivíduo se


focalizar em aspectos seletivos de estímulos sensoriais e ideias
enquanto mantém estímulos potencialmente perturbadores à parte.

 A atenção depende da consciência.

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Atenção

 Com o rebaixamento da consciência, a primeira faculdade psíquica que se


altera é a capacidade de atenção.

 Graus variáveis de atenção são possíveis com a consciência plena, mas


uma completa atenção é impossível com a consciência diminuída.

 A atenção recebe impulsos do interesse, da tensão afetiva e intelectual.

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Natureza da atenção

 Atenção voluntária: exprime a concentração ativa e intencional da


consciência sobre um objeto, sobre um evento interno ou externo.

 Atenção espontânea ou involuntária: atenção que surge diante de um


interesse momentâneo, incidental, despertado por determinado objeto;
o acontecimento atrai a atenção do indivíduo sem seu esforço
consciente.

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Direção da Atenção

 Atenção externa: a projetada para fora do mundo subjetivo do


indivíduo, para o mundo exterior ou para o corpo; de caráter mais
sensorial.

 Atenção interna: a que se volta para os processos mentais do próprio


indivíduo; mais reflexiva, introspectiva.

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Amplitude da atenção

 Atenção focal: a que se mantém concentrada sobre um campo determinado e


relativamente delimitado, sobre uma experiência.

 Atenção dispersa: a que não se concentra em um campo determinado,


espalha-se por um campo menos delimitado, mais amplo.

 Atenção seletiva: capacidade de seleção de estímulos e objetos específicos,


estabelecimento de prioridades da atividade consciente do indivíduo diante
de um conjunto amplo de estímulos ambientais.

 Atenção sustentada: manutenção da atenção seletiva sobre determinado


estímulo ou objeto, permitindo a execução de tarefas específicas e a obtenção
de objetivos fixados.

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Outros conceitos

 Concentração: atenção seletiva e sustentada; manutenção do foco da


consciência sobre uma experiência ou na tarefa que está sendo
realizada, durante determinado tempo.

 Tenacidade: capacidade do indivíduo de fixar sua atenção sobre


determinada área ou objeto.

 Vigilância: a qualidade da atenção que permite ao indivíduo mudar seu


foco de um objeto para outro.

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Alterações da Atenção

 Hipoprosexia: diminuição global da atenção; é a mais comum e menos


específica das alterações da atenção.

Fisiológica Patológica
•Sono; •Quadros orgânicos (TCE, intoxicações por
SPA);
•Sonhos;
•Psicogênicos (dissociações);
•Fadiga;
•Transtornos depressivos graves;
•Tédio.
•Esquizofrenia, TDAH
 hipotenacidade e hipovigilância.

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Alterações da Atenção

 Pseudoaprosexia: déficit aparente da atenção observado em indivíduos


concentrados em algum conteúdo psíquico. Ex. Ansiedade (TOC),
esquizofrenia (alucinações), depressão.

 Hiperprosexia: estado de atenção exacerbada, excesso de mobilidade da


atenção, tendência a se manter concentrado em determinado objeto ou
evento durante muito tempo, com certa infatigabilidade. Ex. Quadro
maníaco psicótico  hipertenacidade e hipervigilância.

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Alterações da Atenção

 Distraibilidade: instabilidade marcante e mobilidade acentuada da


atenção voluntária, com dificuldade ou incapacidade para se fixar ou se
manter em qualquer coisa que implique esforço produtivo.

Ex. quadros maníacos, orgânicos, intoxicação por cocaína 


hipotenacidade e hipervigilância.

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Semiotécnica da atenção

 Pede-se que o indivíduo olhe os objetos que estão no ambiente da


entrevista e que logo em seguida repita de cabeça o que viu.

 Prova de repetição de dígitos: pede-se ao indivíduo que repita uma série


de dígitos que pronunciamos em voz alta, de forma pausada, evitando-se
tudo o que possa distrair o sujeito: 2-7/4-9/5-8-2/6-9-4/6-4-3-9/7-2-8-6/4-2-7-
3-1/7-5-8-3-6/6-1-9-4-7-3/3-9-2-4-8-7/5-9-1-7-4-2-8/4-1-7-9-3-8-6 (resultado
normal esperado: 6 ou 7 dígitos).

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Semiotécnica da atenção

 Teste “A”: é apresentado ao indivíduo uma série de letras, uma por


segundo, e pede-se que ele sinalize cada ocorrência da letra A
(vigilância).

 Pede-se para o indivíduo recitar os números de 20 a 1 ou para citar os


dias da semana ou os meses do ano em ordem inversa (concentração).

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Bibliografia

Paulo Dalgalarrondo - Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos


Mentais, 2000.

Andrew Sims – Sintomas da Mente, Introdução à Psicopatologia


Descritiva, 2001.

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