UNIDADE DE PROTEÇÃO INTEGRAL: UMA EXPERIÊNCIA DE

ESTUDO NO PARQUE ESTADUAL DO UTINGA EM BELÉM – PA

INTEGRAL PROTECTION UNIT: A STUDY EXPERIENCE IN THE UTINGA
STATE PARK IN BELÉM – PA

Nathalia Ingrid Gomes Machado 1

Jose Igor Silva Mendes 2
Autor (Nome Completo)3
Autor (Nome Completo)4
Autor (Nome Completo)5
Autor (Nome Completo)6
Autor (Nome Completo)7

Área Temática 5: Meio ambiente, Recursos Florestais;

Modalidade: Artigo Científico

Resumo

A presente pesquisa descreve a experiência de uma visita técnica realizada no Parque Estadual do
Utinga, uma unidade de conservação integral localizada em Belém - PA. O objetivo da visita foi
observar a unidade de conservação e explorar as características naturais, aprender sobre a
biodiversidade e compreender a importância da preservação nesse ambiente protegido. O artigo relata
as atividades realizadas durante a visita, incluindo a vista aos espaços de cultura, observação da fauna
e flora, interação com os guias locais e aquisição de conhecimento sobre a gestão e preservação do
parque. Além disso, são destacados os principais desafios enfrentados na conservação do Parque
Estadual do Utinga e as medidas necessárias para garantir sua sustentabilidade a longo prazo.

Palavras-Chave: Meio ambiente, Unidade de Conservação, Sustentabilidade

Abstract

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Instituição; e-mail Universidade do Estado do Pará; nnthaliaingrid@gmail.com
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Instituição; e-mail
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Instituição; e-mail

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The present research describes the experience of a technical visit carried out in the Parque Estadual do
Utinga, an integral conservation unit located in Belém - PA. The purpose of the visit was to observe
the conservation unit and explore the natural features, learn about biodiversity and understand the
importance of preservation in this protected environment. The article reports on the activities carried
out during the visit, including visiting cultural spaces, observing fauna and flora, interacting with local
guides and acquiring knowledge about the management and preservation of the park. In addition, the
main challenges faced in the conservation of the Utinga State Park and the necessary measures to
guarantee its long-term sustainability are highlighted.
Key words: Environment, Conservation Unit, Sustainability

1. Introdução
De acordo com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) estabelecido
pela Lei Federal 9.985/00, os parques nacionais são um tipo específico de Unidade de
Conservação (UC) de proteção integral que possuem como objetivo primordial “a preservação
de ecossistemas naturais de grande significado ecológico e beleza cênica, possibilitando a
realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação ambiental,
de recreação em contato com a natureza e o turismo ecológico” (Brasil, 2000).

As Unidades de Conservação (UCs) desempenham um papel fundamental no controle

do uso dos recursos naturais e da ocupação humana por meio de regras específicas, tendo
como função principal a proteção e conservação ambiental (Lopes et al., 2022). Logo, o
Parque Estadual do Utinga desempenha um papel singular como o único fragmento florestal
urbano público, fornecendo as informações biológicas essenciais para a restauração da
paisagem fragmentada e a preservação ambiental.

É valido ressaltar, na prática, os parques urbanos na Amazônia, mesmo com todas as

provisões legais, enfrentam uma série de desafios, como demarcação de territórios, exploração ilegal
de recursos naturais, ocupação irregular de áreas vizinhas, resíduos de resíduos e outros efeitos
antropogênicos. (SOUZA et al. 2020). Nesse sentido, demanda-se a compreensão dos fatores e
processos que afetam o papel desta Unidade de Conservação de proteção integral, para serem
melhor entendidos e dimensionados dentro do contexto de uma forma metropolitana.

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 Neste contexto, as visitas técnicas e estudos realizados nas unidades de conservação
integral desempenham um papel crucial na compreensão e valorização dessas áreas
protegidas. O objetivo desta pesquisa foi conhecer, analisar e entender a função do Parque
Estadual do Utinga Camilo Viana, a fim de ampliar o conhecimento da flora local e auxiliar
nas ações de manejo e gestão dessa unidade de conservação.

2. Metodologia
A pesquisa foi conduzida no Parque Estadual do Utinga Camilo Viana, que é uma
Unidade de Conservação localizada na Região Metropolitana de Belém e faz parte da Área de
Proteção Ambiental de Belém (APA Belém). O objetivo do Parque é preservar os
ecossistemas naturais de grande culto e beleza cênica, promover a realização de pesquisas
científicas, incentivar atividades de educação ambiental e fomentar o turismo ecológico.

Espaço reservado para fazer um mapinha bonitinho e simples. Confio no seu potencial, obrigada
😊

A pesquisa foi desenvolvida através da utilização de dados primários coletados no

local da pesquisa e dados secundários obtidos por meio de pesquisa bibliográfica. A coleta de
dados primários foi possibilitada a partir de uma visita técnica ao Parque Estadual do Utinga,
realizada no mês de Maio de 2023, como cumprimento da disciplina Gestão e Manejo de
Áreas de Conservação, ofertada pelo curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da
Universidade do Estado do Pará (UEPA). A Técnica utilizada foi observação participante
(BRUMER ET AL,2008).
Durante a visita ao local, caminhamos na unidade de proteção integral e observamos a
dimensão ecológica do parque e visitamos os espaços de culturas que estão instalados na
unidade

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3. Resultados/Discussões
A visita proporcionou a observação e análise acerca do ecossistema amazônico que é
conservado e protegido pela unidade de conservação integral, e seus elementos e relações
ecológicas, bem como a fauna e flora presentes na região. E também, como funciona uma
unidade de conservação integral. Com isso, Sousa (2010) destaca que, cabe aos
visitantes/turistas compreender o espaço de visitação e sua interação com as espécies, o
ambiente e as características do local.

O ecossistema da unidade e suas relações ecológicas, observadas durante a visita, foi

possível constatar o seu processo de busca por equilíbrio ecológico, bem como a alta taxa de
resiliência da floresta e seus elementos.

3.1 Fauna

Durante a visita ao parque estadual do Utinga, foi possível observar dentro da área da
unidade a diversidade da fauna do ecossistema amazônico, como a presença e avistamento do
bicho preguiça (Folivora), diversas aves, peixes, e insetos, uma rica biodiversidade nativa do
bioma amazônico.

3.2 Flora

A flora observada na unidade é um pequeno retrato da floresta amazônica em processo de

alcance do clímax, com uma vegetação arbórea de grande ponte com árvores que podem
chegar a uma altura de um prédio de seis andares ou mais, e uma vegetação de sub-bosque
densa e fechada.
Algumas espécies de flora observadas no local podem se destacar a Aninga-açu
(Montrichardia linifera), uma planta herbácea macrófita aquática bem predominantes nos
ecossistemas aquáticos da unidade, como visto na (figura 1 A) e que devido à sua
característica pioneira, essa espécie desempenha um papel ecologicamente significativo na
formação das margens de rios e igarapés com águas turvas. Ao ser a primeira vegetação a
surgir nas ilhas aluviais, ela estabelece extensas constituídas clonais por meio da brotação de

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caules subterrâneos e submersos (AMARANTE et al., 2011). Também pode-se destacar a
Andiroba (Carapa guianensis Aubl), presente em várias partes da unidade, como visto na
(figura 2 A).
Figura 1A : Aninga-açu (Montrichardia linifera); Figura 2A : (Carapa guianensis Aubl)
A B

Fonte: Autores, 2023.

3.3 Segurança e Sinalização

Na entrada principal do local, tem alguns extintores de incêndios espalhados com
placas de sinalizações dos mesmos, para que seja usado em algum imprevisto. Além do
mais, durante as trilhas tem placas de sinalizações para os visitantes, e também as trilhas
possuem pinturas no chão identificando os locais onde são para caminhadas e os locais onde
são para ciclistas. Essas ações, permitem que os visitantes tenham uma melhor segurança
dentro da unidade de conservação integral.
Figura 2A : Extintores em caso de sinistros; Figura 2B: Placa de sinalização de
velocidade.

A B

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 Fonte: Autores, 2023.

3.4 Museu Memorial Verônia Tembe

Durante a visita técnica, foi realizada a visita na Casa da Mata, que possui o Memorial
De Verônica Tembe, uma indígena nomeada como a primeira cacica dentre os Tembé-
Tenetehara, que atuou como uma articuladora política e um dos mais renomados nomes de
lideranças femininas indígenas da Amazônia paraense, contribuindo para a ascensão de outra
lideres femininas (SCARAMUZINI, 2021). Também, houve uma breve apresentação acerca
de quem foi Verônica Tembe e a história de criação do memorial por parte do palestrante
local.

Figura 3A : Entrada do memorial Verônica Tembe; Figura 3B : Objetos presentes no

memorial.
A B

Fonte: Autores, 2023.

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3.5 Lagos Bolonha e Água Preta

Os Lagos Bolonha e Água Preta, localizados dentro da unidade de conservação, são os

principais corpos d'água utilizados para o abastecimento da Região Metropolitana de Belém
e são responsáveis pelo fornecimento de água para aproximadamente 75% da população
local (SODRÉ, 2007).

A unidade de conservação foi criada com o objetivo de assegurar a potabilidade da

água por meio do manejo dos mananciais, recuperando as áreas degradadas para ampliar a
vida útil dos lagos Bolonha e Água Preta. No entanto, foi possível observar que ambos
contem processo de eutrofização e pouca vida aquática, com isso, a necessidade de realizar
constantemente a limpeza desses mananciais.

Figura 4: Eutrofização dos lagos bolonha e água pretaa.

Fonte: Autores, 2023.

4. Considerações Finais ou Conclusão

Portanto, este estudo se apresenta como uma contribuição para a compreensão da
importância do conhecimento e da proteção do Patrimônio Natural, com ênfase no Parque
Estadual do Utinga. Essa atividade proporcionou um maior conhecimento sobre os

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ecossistemas, a biodiversidade e os processos ecológicos, permitindo o desenvolvimento de
estratégias eficazes de conservação.

Além disso, é importante estabelecer parcerias e promover o engajamento da

comunidade local no manejo e conservação do parque. Incentivar a participação ativa dos
moradores, promover programas de educação ambiental e estimular atividades ambientais,
como o ecoturismo comunitário, pode criar um senso de responsabilidade e pertencimento em
relação ao parque. Dessa forma, é possível alcançar a preservação e sustentabilidade do
Parque.

5. Referências Bibliográficas

BRASIL. Lei Federal Nº 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1o,
incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza e dá outras providências. Disponível em: Acesso em: 27 de junho
2023.
BRUMER, A. et al. A elaboração de projeto de pesquisa em ciências sociais. In:
GUAZZELLI, C. A.; PINTO, C.R. J. B. (Org). Ciências humanas: pesquisa e método. Porto
Alegre: UFRGS, 2008. p. 125- 147;
Lopes, R.V.R., Silva, M.D., Almeida, N.V., Ferreira, G.R.D., 2022. Supressão e fragilidade
de remanescentes florestais em uma Unidade de Conservação, na região sul de Alagoas,
Brasil. Ciência Florestal 32, 1479-1499. DOI: 10.5902/1980509866382.
SCARAMUZINI, Fernanda: “Conheça o memorial Verônica Tembé, localizado no parque
estadual do Utinga”. Agência Pará, 2021. Disponível em: <
https://agenciapara.com.br/noticia/26656/conheca-o-memorial-veronica-tembe-localizado-no-
parque-estadual-do-utinga-camillo-vianna >. Acesso em: 27 de junho de 2023.

SODRÉ, S.S.V. (2007). Hidroquímica dos lagos Bolonha e Água Preta mananciais de
Belém Pará. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais) – Universidade Federal do
Pará, Museu Paraense Emilio Goeldi e Embrapa. Belém.

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SOUSA, Rosemary da S. Etnobotânica e etnozoologia de comunidades pesqueiras da
Área de proteção ambiental (APA) do Delta do Parnaíba, Nordeste do Brasil.
Dissertação. Mestrado Desenvolvimento e Meio Ambiente. Teresina, Piauí. 2010. 175f.

SOUZA, C. B. G.; CAMPOS, A. S.; SOUSA, F. B. B.; SANTOS, A. M. A.; CARVALHO,

G. P.. O uso de indicadores ambientais na avaliação de unidades de conservação: o caso
do Parque Estadual do Utinga em Belém/PA (PEUT). Nature and Conservation, v.13, n.1,
p.86-94, 2020. DOI: http://doi.org/10.6008/CBPC2318-2881.2020.001.0010.